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Aulas práticas Direito da Família e das Sucessões

Direito da Família e das Sucessões (Universidade do Porto)

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DIREITO DA FAMÍLIA E DAS


SUCESSÕES
Resolução dos casos práticos
Ano letivo 2017/2018

Comissão de Curso do 4º ano

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Hipótese prática nº1

a) Consultar art.º 2133 CC. R e D tem uma relação de parentesco colateral (art.º 1578), em 5º
grau. Sabendo isto, segundo o art.º 2183 e 2184 no qual a alínea D limita até ao 4º grau de
parentesco, D não tem direitos sobre a herança. O Estado vai receber estes 100.000€ como
herdeiro do Rui.

b) Considerar a norma 2146.º CC. Quanto ao C e G, são parentes no 2º grau da linha colateral. C e
D são parentes no 2º grau na linha colateral. Igualmente C e M. Neste caso o G recebe 60.000
e a cada um dos outros 30.000. Para se saber qual é a quota dos irmãos unilaterais, a fórmula
é obtida através da divisão do valor da herança pelo numero de irmãos unilaterais mais o
numero de irmãos bilaterais a multiplicar por 2. Ex: 12000*2(1x2) = 12000+4= 30.000€.

c) Atentar no art.º 2009 CC (obrigados a prestar alimentos). D e E são parentes na linha reta,
ascendentes no 1º grau. B é parente na linha reta, descendente 1º grau. Os ascendentes são
excluídos pois temos descendentes. Art.º 2135- primeiro são chamados os parentes de graus
mais próximos e só depois os mais afastados. Quem será obrigado a prestar alimentos a A? A
sua filha B. O legislador obriga a prestar alimentos as mesmas pessoas que depois serão
chamadas à herança. E se não prestarem alimentos, poderão ser deserdados? Sim, no caso
de não haver justa causa para isso.

d) A paternidade fora do casamento pode ser obtida por 2 vias: perfilhação ou reconhecimento
judicial (através de uma ação). Neste caso não foi necessário pois o pai reconheceu. Atender
ao art.º 1602 CC.

1. Existem impedimentos absolutos (art.º 1601.º) mas também relativos (art.º 1602 CC). M e C
são irmãos, não podem casar. São parentes em 2º grau na linha colateral. Consequências: se
eles casassem (civil) seria anulável (art.º 1631.º al a) CC).
2. São aplicados os efeitos do art.º 1986.º - efeitos da adoção. Para o Direito, ME os pais dela
passam a ser Eça e Helga e juridicamente ela deixa de ser irmã do Carlos. No entanto, não
significa que ela já possa casar com o Carlos. Juridicamente ela já não é irmã do C, mas
continua a aplicar-se o 1602º.
3. São parentes em 4º grau na linha colateral. O art.º 1602º não impede o parentesco em 4º
grau. O art.º 1604.º são impedimentos impedientes. Não há nenhum impedimento ao
casamento deles.
e)
1. António e David não tem nenhuma relação jurídico-familiar entre eles. Quando A se casa com
B, ele não se torna afim dos afins de B. A resposta é a mesma quer o casamento se dissolvam
por morte, quer por divórcio. A afinidade nunca se constituiu. Eles podem casar, não há
qualquer impedimento.
2. Art.º 115.º nº1 CPC. B e C são afins no segundo grau na linha colateral. Quando D se casa com
C, D torna-se afim dos parentes de C (2º grau na linha colateral) – do pai de C. Torna-se afim
na linha reta em 1º grau. Há um impedimento do juiz, Bruno não pode exercer as suas
funções. Deve declara-se impedido. Se a magistrada fosse Antónia, não há impedimento pois
não há afinidade. Art.º 120 nº1 al a) CPC – motivo de suspeição

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f)
1. Há afinidade entre C e D? sim, pois aquando do casamento tornou-se afim do 1º grau da linha
reta em relação a B. Art.º 1585º a afinidade entre C e D ainda se mantém o que os impede de
casar art.º 1602 al) b) CC. É anulável nos termos do 1631 al) a tendo legitimidade para arguir
as pessoas do art.º 1639º no prazo do 1643 nº1 al c).
2. Nesse caso a afinidade tinha cessado e eles já podiam casar.
3. C casou-se com B e tornou-se afim dos filhos. Podem casar pois não há qualquer impedimento.

g) C foi casada com G que, entretanto, morreu (2003). Hoje nasce uma sobrinha de G, filha de um
irmão, D. Há afinidade entre C e D? A afinidade não se cria no fim do casamento, por isso não
existe nenhuma.

Hipótese prática nº2

a) (Hipótese prática inspirada no acórdão do STJ de 31 de janeiro de 2006). O primeiro


pedido: de adoção, visa constituir uma relação jurídico-familiar (art.º 1586º CC). O segundo
pedido, de mudança de nome de Carlos para José depende do deferimento ou indeferimento
do primeiro pedido. Este processo corresponde à terceira fase do processo de adoção. Para
que seja deferido, é necessária a reunião de alguns requisitos. Quanto aos requisitos gerais
(art.º 1974 CC), parece que estão preenchidos, satisfazendo os interesses da criança. Não
temos indícios de motivos não legítimos nem existência de outros filhos. É visível o
estabelecimento entre eles um vinculo afetivo. Não há nenhum obstáculo em termos de
ética e axiologia. Quanto aos requisitos gerais, podemos dá-los como preenchidos. É
necessário atender agora aos requisitos subjetivos (art.º 1979 nº1 CC). A e B são casados há
mais de 4 anos, não estão separados de pessoas e bens, tem mais de 25 anos e menos de 60
anos à data e no caso de terem mais de 50 anos a diferença etária não pode exceder os 50
anos. Em relação à Daniela tem 48 anos de idade, o requisito está preenchido. Já quanto ao
Carlos, o requisito não se verifica. No entanto, como C e D são irmãos, o legislador abre aqui
uma exceção (nº4 do 1979º CC). É dada relevância aqui à relação entre irmãos e por isso está
verificado o requisito. Quanto aos adotantes, estão verificados os pressupostos. Quanto aos
adotados (art.º 1980.º CC): o adotante deve ter menos de 15 anos à data do requerimento da
adoção, é preciso que a criança tenha sido confiada ao adotante ou que seja filha do cônjuge
(medida de dezembro de 2014 – mãe consentiu). O art 1981º refere-se ao consentimento do
adotando maior de 12 anos (nenhum dos dois tem mais de 12 anos por isso não é necessário
o seu consentimento), no entanto devem ser ouvidos (artº 3º e 54º do regime jurídico da
adoção, art.º 4º al j) e 84º e ss da lei de proteção de crianças e jovens em perigo). Temos de
considerar também o regime geral do processo titular cível art.º 4º nº1 al C e 5º. Tem que se
obter o consentimento dos pais biológicos do adotando, ressalvando que a mãe não pode
dar o consentimento antes das x semanas (1982º CC). Aqui falta o consentimento do pai,
sendo que este não é necessário quando já foi decretada uma medida de proteção e
promoção de confiança, como foi o caso. A posição do pai biológico foi apreciada no
processo de adoção e já tinha sido decretada a medida. Os adotantes poderiam proceder
então à adoção.
Quanto ao nome, é um pedido distinto. Os efeitos da adoção quanto ao nome é a perda
dos apelidos de origem (efeito automático) e o nome é composto nos termos gerais (art

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1875º CC). Em principio, o nome próprio não é alterado. No entanto, (1988º CC) a pedido do
adotante, excecionalmente, o nome próprio pode ser alterado desde que a alteração possa
ser benéfica para a criança. A imposição do nome “Carlos” implicaria uma condição pouco
benéfica para a criança que pode prejudicar a sua identidade pessoal, já que este se
identifica como “José” e assim foi chamado desde criança.

b) Nos termos do art 1985 nº2, os pais biológicos podem opor-se mediante declaração
expressa a que a sua identidade fosse revelada aos adotantes. No art 6º do regulamento
jurídico do processo de adoção, estão previstas algumas alíneas sobre este tema. No caso em
que se trate de um motivo de saúde, pode o tribunal fornecer informações sobre os pais
biológicos, elementos da sua história pessoal. O próprio Ministério Público pode requerer
esta informação.

Hipótese prática nº3

Esta norma (pedido de confiança) visa proteger a família biológica, e se houver uma solução
dentro da família biológica deve-se evitar aplicar outra. Foi pensada para situações em que a
medida é decretada a pedido de terceiros e não dos próprios. Parece que a decisão do
tribunal foi precipitada. O art.º 1978 nº4 não é obstáculo ao decretamento desta adoção.

Hipótese prática nº4

Temos uma adoção singular feita por A, sendo que A pretende adotar a filha do
cônjuge (art.º 1980 nº1 al b) CC). Nesse caso, essas crianças devem ter menos de 18 anos de
idade. Os requisitos para adoção singular (art.º 1970) falam-nos da idade, e A tem 70 anos
atualmente. O nº 5 diz-nos que o disposto no nº3 não se aplica quando o adotando é filho do
cônjuge. Para adotarem conjuntamente tinham que estas casados ou unidos de facto há pelo
menos 4 anos. A intenção é a de adotar singularmente para dar a volta aos requisitos da
adoção conjunta, que não seria permitido na data. Agora sim, estão reunidos os requisitos
para a adoção singular da criança por parte de A.
O adotado plenamente é tratado como filho. O limite de idade para adotar deve-se ao bem-
estar da criança, e uma pessoa de elevada idade não terá a mesma relação filiar com o filho.
O objetivo é de promover um projeto de vida para a criança. O legislador, quando elaborou a
norma que abre exceções aos limites, não previu este caso. Podemos aceitar esta
interpretação da lei e aplicar o numero 5 e deixar a adoção ser concretizada ou não nos
bastar com a letra da lei e afastar o numero 5 e exigir o numero 3, considerando que se trata
de uma fraude à lei pois através de 2 atos permitidos por lei alcançam um resultado que não
é permitido pela lei.

Hipótese prática nº5

I. A relação entre A e D constitui uma união de facto eficaz, só começa a contar a partir de
setembro de 2015. Antes dessa data NÃO poderíamos denominar a sua relação como: 1.
Comunhão de leito: prática de relações sexuais; 2. Comunhão de mesa: ambos suportam os

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encargos inerentes à vida comum; Comunhão de habitação: residem no mesmo espaço


físico. A partir de setembro de 2015 passaram a reunir estes requisitos. É necessário que não
se verifiquem nenhum dos impedimentos do art.º 2º para se verificar a união de facto. No
entanto verifica-se impedimento. Não há duração mínima de 2 anos.
II.
A) A união de facto é eficaz pois o impedimento desapareceu. Temos de verificar se os factos
constitutivos estão verificados. O impedimento desaparece em fim de novembro de 2015.
Temos de saber se os dois anos contam apenas depois do fim do impedimento ou se
podemos contar o período anterior. O legislador exige uma factualidade que dure 2 anos. A
razão de ser desta norma é obter um sinal de estabilidade dessa relação. Para esta
estabilidade é irrelevante a existência de requerimento. Os factos que estão no art.º 2º da lei
da proteção das Uniões de Facto são exceções impeditivas. A al a) do art.º 2º foi alterada em
2010 pois antes escrevia 16 anos e não 18. A discussão que se discutia era se os 2 anos antes
dos 16 contavam para a união de facto (já desde os 14). O legislador considera o período
anterior ao desaparecimento do impedimento. Em setembro de 2017, a união de facto seria
eficaz. Art.º 1106º - não caduca por morte do arrendatário. Sendo a união de facto eficaz, a
Diana é que terá o direito.

B) Partimos da premissa de que a união de facto é eficaz. Estamos perante uma


união de facto em que o proprietário da casa de família faleceu, vamos aplicar o artº 5º, à
companheira viva são reconhecidos desde logo os direitos de habitação sobre o imóvel e uso
do recheio, direitos esses que, como no caso da união de facto durou menos de 5 anos, terão
a duração de 5 anos. Como direitos reais menores, são direitos dotados das características da
sequela. Para alem destes direitos, que proporcionam o gozo da coisa durante 5 anos, a
Diana é também titular de um direito de preferência (art 5º nº9). O Cláudio recebeu este
apartamento e pode vendê-lo, porém, decidindo vendê-lo e tendo negociado com terceiro os
termos do negócio que pretende celebrar, deve dar preferência na venda a Diana e realizar a
notificação artº 416 CC. Deve dar conta da vontade de vender, do projeto de venda, das
cláusulas do contrato, nomeadamente o modo de pagamento do preço. A identidade do
terceiro pode ser relevante e deve ser comunicada à adquirente. Se a notificação fosse feita
corretamente, ela teria feito valer o seu direito. A venda a terceiro é válida. Como este
direito é legal, a preferente pode lançar mão do direito de preferência. Não há nenhum vício
no negócio. A ação de preferência vai substituir o terceiro pelo preferente. Se Diana
pretender pode lançar mão da ação de preferência e ocupar a posição jurídica que cabia ao
Xavier. Nesse caso, o direito de propriedade vai extinguir-se. Sem prejuízo de poder lançar
mão à ação, a Diana sempre poderia peticionar uma indemnização pelos danos que lhe
causaram. E de qualquer modo, poderia opor os seus direitos reais ao Xavier. Ela terá direito
a permanecer no imóvel durante 5 anos a contar de setembro de 2017, poderia haver um
alargamento do prazo se a factualidade tivesse reconduzido ao nº 4. Salvo as situações
enumeradas no art.º 1102º, o proprietário do imóvel, o C está obrigado a celebrar um
contrato de arrendamento com a Diana, nos termos gerais. Enquanto não for celebrado este
contrato e já passado o prazo (5 anos), ela pode continuar lá ainda que sem título. (nota:
tudo isto decorre de uma união de facto). Findos esses 5 anos pode exigir a celebração de
contrato de arrendamento nos termos gerais e à luz das regras gerais de arrendamento. Só
cessará em casos em que se verifique a situação de denúncia unilateral pelo senhorio (1102º
CC).

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C) Este sujeito responsável pelo acidente, quanto aos danos patrimoniais, não sendo a D a
herdeira, apenas se vislumbra a possibilidade de ela invocar o art º 485º nº3 CC. Tem direito
a indemnização aqueles a quem o lesado prestava alimentos. Não tendo sido constituída
uma obrigação de alimentos, a D não era titular de um direito de crédito de alimentos. A não
tinha obrigação civil de alimentos face a ela. No entanto, o artº 485º nº3 abrange a obrigação
natural de alimentos, para essa existir tem que se verificar a existência de requisitos do artº
402º. No âmbito daquela comunhão de visa, podia haver a prestação de uma quantia por um
unido de facto ao outro, para fazer face às despesas relacionadas com o vestuário, sustento,
habitação etc. Há lugar para que um dos unidos de facto vá custeando as despesas
relacionadas com o vestuário, sustento, habitação. Estaremos perante uma mera obrigação
natural de alimentos. Se ela provasse isto, terá direito a uma indemnização pela
impossibilidade de incumprimento pela morte do devedor. Tem ainda direito a uma
indemnização pelos danos patrimoniais (art.º 496º nº3 CC). Danos próprios por ela sofridos
também. Este direito a ser compensada não afasta outros direitos de compensação de danos
não patrimoniais. Para além dos danos sofridos por ela, também há danos sofridos por eles
(perda do direito à vida). A doutrina e jurisprudência neste aspeto é pacífica, estando de
acordo que a perda do direito à vida é um dano ressarcível. A perda da vida do Alberto é um
dano, pode agora nascer como um direito na esfera: ou do falecido ou na esfera jurídica das
pessoas previstas no artº 496, nº 2 e 3 CC. A questão é saber a quem é que transmite este
direito. Há duas posições dominantes: 1ª- transmite-se às pessoas previstas no artº 2131 e ss
do CC; ou 2ª- transmite-se às pessoas previstas no artº 416º, nº2 e 3. No caso em que se
defende que nascem na esfera jurídica do falecido e transmitem-se às pessoas do 496º nº3,
D vai receber indemnização, uma vez que está incluída nessas pessoas elencadas. Caso
contrário, não recebe nada. Não é indiferente qual o regime a adotar pois num ela recebe e
no outro não.

D) A paternidade vai estabelecer-se ou por reconhecimento voluntário (perfilhação – artº


1849 e ss + 1854º e 1855º) ou por reconhecimento judicial, o que pressupõe a propositura
de uma ação (ação de investigação de paternidade, regulada nos artº 1869 e ss). No âmbito
desta ultima ação, pode funcionar a presunção de paternidade prevista no artº 1861º al c)
CC. O art 1873º remete para o art 1819º CC.

E) Trata-se aqui de mais um efeito da união de facto (artº 2020º CC). Ela podia peticionar
alimentos à herança, quem vai prestar alimentos é a herança. Dirige-se ao património
hereditário. Ela precisa de pedir alimentos à mãe? Não. Ela pode peticionar diretamente
alimentos à herança. Há um limite temporal o fazer, mas não há obrigatoriedade de pedir à
mãe. A montante definido segundos as regras gerais.

Hipótese prática nº6

I.
A) Vivendo eles em união de facto de 2010 até 2017 (7 anos, eficaz a menos que exista um
impedimento) artº 2º. O parentesco é um impedimento quando é em linha reta colateral
em 1º grau. Eles são parentes no 3º grau na linha colateral. Não há nada que impeça a
união de facto. Se quisessem casar, haveria um impedimento. Artº 1602-A define o regime
primário de bens para o casamento. Na união de facto não há regime de bens. O Fábio não
pode reagir ao ato praticado pela Eva, esta é proprietária sobre o imóvel e tem plenos

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poderes sobre ele. Não se aplica o 1602-A pois não se trata de um casamento e o regime de
bens não existe na união de facto.
B) Quem contraiu a dívida foi a Eva, em principio quem responde é ela mesma. Aos unidos de
facto, não existindo pacto de coabitação, aplicam-se as regras do direito das obrigações. No
entanto, há quem defenda que se pode aplicar à união de facto, o regime de casamento
apenas na al b) 1691º. Teremos então uma dívida plural, aplica-se o regime da conjunção.
Significa que o terceiro credor só pode exigir a cada um dos devedores metade do valor e
nunca a totalidade a um só.
C) Artº 2019º - diz-nos que iniciada uma união de facto nova constitui causa de cessação de
obrigação de alimentos. Hélder já não tem que entregar os 350 euros a Eva.
D) Nos termos do artº 1911º nº 1 CC, os dois progenitores serão responsáveis pelas
responsabilidades parentais. (remete para 1901º)

II

A) Há uma rutura da união de facto e queremos saber que destino terá a casa de morada de
família. Esta era propriedade de Eva. Vamos aplicar o art 1793º do CC por remissão do artº 4º
da lei 7/2001. É uma norma prevista para o casamento, mas aplica-se à união de facto. A Eva
e o Fábio podem acordar entre si, no caso de não haver acordo terão de fazer o pedido. O
tribunal vai ter em atenção os interesses do filho. Eva pode ver o seu imóvel expropriado e
arrendado a Fábio se o tribunal assim o entender.
B) Se a casa fosse arrendada pela Eva. Art 1105º por remissão do artº 4. Eva e Fábio podem
acordar que a posição contratual seja transferida de um para o outro. Se não houver acordo,
Fábio pode ainda fazer o pedido.

C) Por regra não pode exigir uma compensação porque não há responsabilidade contratual,
resta-nos a extracontratual. Para ela ter direito a ser ressarcida tem que estar verificados os
pressupostos do artº 485. Violação de um direito da Eva, não existiu. Violação de uma
norma de proteção também não existe (art 384º). Não pode seguir com a sua pretensão
pois não teria sucesso.

D)Teríamos de ver se havia alguma regra que eles teriam convencionado no pacto de
coabitação, não existe. Assim sendo as regras que vamos aplicar não serão as de família. O
titular do carro é o Fábio, mas a Eva contribuiu com metade do valor. Podemos aplicar as
regras de sociedade, tratando-se de uma sociedade de facto. Podemos tentar provar que foi
um contrato de mútuo e se este é válido ou não. Pode ser ainda um caso de doação de Eva.
Deveríamos equacionar ainda o regime do enriquecimento sem causa (artº 473º). Há um
enriquecimento de Fábio e empobrecimento de Eva no valor que deu para contribuir para o
carro. Se se afirmar que estão verificados os pressupostos, a Eva terá o direito de restituição
de um valor monetário.

Hipótese prática nº7

Há aqui uma vivência em economia comum, comunhão de habitação e mesa. A pessoa


obrigada à prestação de serviços domésticos era a mãe da margarida. Há aqui uma
voluntariedade que vai muito além do conteúdo obrigacional do contrato de prestação de

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serviços. Artº 1106 nº1 al c) ela tem direito à transmissão da posição de arrendatária e não
tem que abandonar a propriedade.

Hipótese prática nº8


1.
Se ele invocasse a união de facto, poderia adquirir a posição de arrendatário (artº 1106º nº1
al b) por remissão do artº 5 da lei da união de facto. Se ele não quiser invocar a união de
facto, só poderá invocar a vida em economia comum (artº 1º nº2 da lei 6/2002 lei economia
comum). Se recorrer ao regime da economia comum, o direito da avó também pode recorrer
ao regime e prevalece porque eles eram parentes. Artº 1904º CC. Teríamos de ver quem é
que o pai designou em testamento. Não havendo testamento, teremos de aplicar o artº
1903º e será o companheiro do pai mais próximo da criança.

2.

2.1 Até então não poderiam apadrinhar pois são um casal homossexual, no entanto a lei
mudou e podem agora fazê-lo. Resultava do artº 3º nº4 do dl 121/2010 de 27 de
outubro. Hoje encontra-se revogado. Não há qualquer impedimento por parte do
Zeferino e Teodoro. Quem tem de prestar alimentos são os pais da Catarina. Se não
poderem, então aí sim os obrigados a prestar alimentos são os padrinhos art 21º.
2.2 Se Catarina necessitar de uma intervenção cirúrgica vemos que segundo o artº 7º da lei
103/2009 11 de set, são os padrinhos os responsáveis.
2.3 Em caso de morte de Zeferino, Catarina não seria herdeira pois o apadrinhamento não
produz efeitos sucessórios legais. Poderia ser chamada por força do testamento, se o
padrinho assim quisesse apenas.
2.4 A afilhada não pode casar com o padrinho artº 22 lei 103/2009. Se o casamento fosse
celebrado, não seria inválido, mas o padrinho não poderia receber nenhum bem nem por
testamento nem por doação.

Hipótese prática nº9


I.

Prometeram casar catolicamente, trata-se de um contrato promessa de casamento católico.


Aplicam-se as regras previstas no art 1591 e ss do CC – regras de civil. Este contrato, sendo um
contrato-promessa aplicamos o regime do contrato prometido, regras do casamento. Quanto à
forma aplicamos a regra geral artº 200 CC. O negócio será válido. Quanto à capacidade, é
necessária a capacidade exigida para casar (princípio da equiparação), e que não se verifique
nenhum impedimento patrimonial. Não há informações que nos indiquem algum tipo de
impedimento. O António e a Bruna assumiram como obrigação principal a de emitirem o
consentimento matrimonial. Fixam como data para a celebração do contrato definitivo julho
de 2016. Antes dessa data há uma discussão grande, uma agressão até. A verdade é que optou
por uma ação de indemnização pois não poderia ter optado por uma ação de execução
específica. Ela tem que demonstrar que o António incumpriu com a obrigação assumida
perante o contrato art 1594º. Só precisa de provar que ele rompeu a promessa art 799º, pois a
partir dai a culpa é presumida. Quem tem o ónus de provar a existência de justo motivo é ele.
Presume-se a culpa dele, se ele não a afasta terá de indemnizar Bruna. Ela prova a rutura dele
e se ele não conseguir provar um justo motivo, terá de indemnizar. O artº 1594º fixa o regime
da indemnização neste caso. Este artº diz-nos que os pais também podem ser indemnizados e

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uma vez que foram eles a gastar o dinheiro, tem de ser estes a peticionar os 1.000 euros. Os
bens comprados continuam a ser úteis, mas podem ter valor reduzido. Quanto aos 12000
euros investidos no vestido do casamento: o juiz aqui iria decidir à luz da equidade. O vestido
continua a ser útil, mas o campo de aplicação é muito reduzido devido à carga sentimental que
esta porta. Os 3.000 euros que ela não aceitou para trabalhar na loja do António são lucros
cessantes e estes não são resarcíveis. Com base no enriquecimento sem causa, por outro lado,
ela poderia tentar pedir uma restituição. Teríamos que verificar se os requisitos se encontram
preenchidos. nos termos do artº 479, haveria uma obrigação de restituição por parte de
António. O legislador tem muita atenção a este assunto uma vez que o objetivo aqui é repor
um desequilíbrio. Os danos não patrimoniais nunca são ressarcidos nestes casos. Por isso os
3.500 euros não são ressarcidos. Não significa que a agressão não possa gerar danos não
patrimoniais, mas estes têm de estar ligados à responsabilidade extracontratual (danos físicos)
e não à contratual (sofrimento por falta de cumprimento do contrato). Quanto ao anel, este foi
um donativo em contexto de noivado. A obrigação aqui não é de indemnização do valor do
donativo, mas da sua restituição art 1592º. António pede ainda a restituição das botas, calças e
mala. Ele tem direito a exigir os donativos no âmbito da promessa mesmo que tenha sido ele a
rompe-la artº 1592, só tem de provar que foram oferecidos por causa da promessa. No caso
afirmativo, ele terá direito de os reaver. Ele pede também a restituição de umas cartas e de
um retrato às quais terá direito de reaver, apesar de ter sido o responsável pelo rompimento
da promessa.

II.

O António não podia casar com a Bruna, assim como não podia casar como mais ninguém
(impedimento absoluto). Ele não tem capacidade para casar e à luz do principio da
equiparação também não tem capacidade para prometer casar. Nos termos do 1594º, o
António seria obrigado a indemnizar. A resposta seria a mesma, apenas a causa de
rompimento mudou. No primeiro caso devia-se à agressão e discussão e no segundo caso
deve-se ao facto de ele já ser casado.

Hipótese prática nº10

I.
A) Lei 16/2001 de 22 de junho – religião considerada radicada no nosso país. Ou casam
sobre a forma civil ou casam sobre a forma religiosa. Em qualquer um dos casos, o casamento
é sempre civil. O que muda é a forma. O artº 1671 prevê a igualdade entre os cônjuges.
Estamos perante uma situação de erro vicio. As causas de invalidade do casamento são
aquelas que estão previstas na lei. No art 1632º presume-se a perfeição do consentimento. O
erro vicio releva nos termos do art 1636º o que pressupõe que haja um erro que recaia sobre
as qualidades essenciais do outro contraente, tem de ser essencial ou determinante. Afirmado
no sentido objetivo e deve ser próprio e autónomo assim como desculpável. É preciso provar
que a Beatriz não iria casar com alguém que é portador do HIV, assim como deve ser razoável
a decisão de não casar devido a esta factualidade. Atendendo às características da doença, os
tribunais considerariam essencial. O facto de ele ter o vírus, por si só, não é causa para
terminar o casamento. Quanto à desculpabilidade, o caso não nos dá informações necessárias
para determinar. Não havendo factualidade que nos permita dizer que o bom pai de família
teria suspeitado, podemos afirmar que o erro era desculpável. Assim sendo verificados estes

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requisitos nos termos do 1631º d), a legitimidade para invocar é daquela cuja vontade se
encontra viciada pelo outro, a Beatriz. Tem o prazo de 6 meses após a cessação do vício (artº
1645ºCC).
B) O erro não é autónomo porque a idade por si só já é um impedimento matrimonial art 1601 a).
Não pode casar e se o fizer, este casamento civil sobre a forma religiosa é anulável art 1631 a).
Quem tem legitimidade para invocar e propor a ação art 1643 nº1 a) CC. A legitimidade aqui é
muito mais ampla art 1639º, pois o interesse é público. O art 187-C código registo civil remete
para o artº 174 do mesmo documento. A transcrição deve ser recusada.

II

A) Os católicos podem casar civilmente ou catolicamente. São dois institutos matrimoniais


diversos. Optando por casar catolicamente, a validade do casamento aprecia-se à luz do direito
católico pelos tribunais eclesiásticos (Art 1625º CC). A questão relativa ao erro-vicio vai ser
apreciada por um tribunal eclesiástico que aplicará a legislação destinada a esse fim. M
poderia propor uma ação junto aos tribunais eclesiásticos invocando o erro-vício. Também
poderia invocar uma ação junto aos tribunais civis, porém não poderia invocar o erro-vício,
mas sim a rutura do casamento do artº 1781 d) CC.

B) Artº 1601 c) vigora entre nós o casamento civil. A competência para avaliar os tribunais
católicos é dos tribunais eclesiásticos. O artº 1596 diz-nos que só pode ser celebrado
casamento católico quem é civilmente capaz de casar. Este casamento católico releva, pois, é
um impedimento civil. Deveria ter sido detetado no processo preliminar do casamento.
Casando catolicamente tem de decorrer 2 processos preliminares, um realizado pela paróquia
e outro pela conservatória do registo civil. Findo este processo é emitido um certificado de
capacidade matrimonial. Se o faz ainda assim, sujeita-se a aplicação de sanções artº 296º
Código Registo Civil. Uma vez celebrado este casamento, o duplicado do assento matrimonial é
enviado para a conservatória do registo civil. O que deve ser feito agora? artº 174º nº1 d) CRC
– o conservador não pode registar, tem o dever de recusar a transcrição. O casamento é
ineficaz.

III

Esta cerimónia não vale como um casamento pois tem de ser uma religião registada. No artº 37º
da lei da liberdade religiosa: estão os requisitos e não estão preenchidos. Não se aplica o disposto
no artº 19 do mesmo diploma. O regime que se aplica a estes cidadãos é o regime civil de
casamento.

Hipótese prática nº11

No erro-obstáculo há uma divergência entre a declaração e a vontade, pois esta está viciada. Quer
casar com X, mas diz que quer casar com B. No caso presente há uma declaração que está
inquinada. Ela quer casar com Augusto, mas quer casar com Basílio. A sua declaração negocial
está viciada por erro-obstáculo que releva nos termos do artº 1635º b) CC. Está em erro acerca da
identidade física do outro. Quando ela diz que quer casar com o “Basílio Santos”, pensa que esse
nome identifica o Augusto. O casamento seria anulável se se tivesse celebrado algum casamento.
Aqui falta a declaração negocial de Basílio. O casamento é inexistente nos termos do artº 1628º
c). Não é anulável pois nunca chegou a existir. Se o erro-obstáculo relevasse, o casamento seria

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anulado pelo conjugue cuja vontade faltou (artº 1640, nº2) – Cidália, dentro do prazo do artº
1644º.

Hipótese prática nº12

O casamento que está a ser discutido é celebrado entre Augusto e Catarina. O Augusto atribuiu
poderes representativos a um procurador artº 1620 nº2 (requisitos). Além destes, acrescem
requisitos formais artº 43 nº2 CRC. A Catarina apareceu e emite a declaração negocial de quer
casar com A e A também através do procurador. Não temos notícia de que haja algum vicio no
casamento por procuração. Aqui há um erro-obstáculo porque o Augusto quer casar com a
Bernadete, mas diz que quer casar com C. Ele atribui à sua declaração negocial um significado que
ela não tem. Artº 1631 b) é anulável. É preciso ilidir a presunção do art 1634º e tem de ser
proposta uma ação policial com esse fim artº 1632 pelo (artº 1640 nº2) Augusto (pessoa a quem
faltou a vontade) dentro do prazo do artº 1644º - até set 2016. Ele vem a Portugal em novembro
2017. Os 6 meses adicionais não se aplicam a A pois este tem conhecimento do casamento
celebrado, só não tem conhecimento da verdadeira identidade da noiva. Uma vez que não tentou
estar com a noiva desde que casou não pode usufruir deste direito. Pode sim, propor uma ação de
divorcio e provar que estão separados há mais de um ano.

Hipótese prática nº13

Há uma presunção de que a vontade não faltou e se formou de forma livre e esclarecida. No
entanto, esta presunção pode ser ilidida porque temos um erro-vicio que afeta a declaração de
vontade da Alberta. Ela só quer isso porque não conhece o elemento da toxicodependência.
Artº 1627 o erro vicio só pode relevar se estiverem verificados os pressupostos do artº 1636º. O
objeto do erro tem que respeitar às qualidades essenciais do outro contraente,
desculpabilidade, essencialidade, autonomia ou propriedade. Quanto ao objeto do erro, recai
sobre uma qualidade essencial pois o consumo destas drogas por tanto tempo é uma qualidade
essencial, é um vício grave. Quanto a autonomia do erro (o erro não é próprio quando o objeto
sobre que recai o erro é por si só causa de invalidade ou inexistência do casamento) é
autónomo. Havia essencialidade objetiva. Temos que saber se o erro era desculpável ou não, se
o bom pai de família, naquelas circunstâncias, teria caído no erro. Parece que apontaríamos
para a falta de desculpabilidade do erro, uma vez que ela era enfermeira e teria conhecimento
vasto dos efeitos da droga no sistema. No entanto, ela trabalha por turnos e poderia não ter
conhecimento. Poderia ser ou não. As duas eram aceites conforme os argumentos. Se for
desculpável é anulável nos termos do artº 1631 b legitimidade artº 1641. Ela propôs a ação em
2017, o que significa que os 6 meses já expiraram. O casamento convalidou-se porque o prazo já
decorreu. Ela conheceu o vício e tinha legitimidade para invocar o vício de vontade nessa altura,
no entanto, escolheu faze-lo mais tarde. Pode ter havido aqui uma confirmação do erro. Este
erro não poria fim ao casamento pois se ele melhorasse, provavelmente estaria com ele. O
desconhecimento do erro já não era motivo para acabar o casamento. Neste caso, o casamento
convalidou-se. Resta saber se já não teria havido uma confirmação.

Nota:

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Convalidação: caducidade do direito a anular o negócio sem que este tenha sido exercido
(decurso do prazo para o exercício do direito). A convalidação opera automaticamente, o
novente não tem de emitir uma declaração de vontade nesse sentido. Os prazos estão nos artº
1632 e ss.
Confirmação: pressupõe que seja confirmado por aquele que tem legitimidade para anular o
negócio. Este pode anulá-lo ou pode confirma-lo. Para o confirmar tem de conhecer o vício e
que o vício tenha sido sanado supervenientemente. É preciso que conheça o direito a anular o
negócio. A confirmação é um exemplo de negócio jurídico unilateral que pode exteriorizar-se
expressamente o tacitamente. Quando há várias pessoas que tem legitimidade para confirmar, a
confirmação não poderá operar.
Validação: só existe para o casamento (artº 1632). Artº 1633 al. A) e B) trata-se de confirmação.
Quem pode anular? Todas as pessoas do artº 1639. Na al. C) há uma validação ope legis. Na al.
D) a validação depende do ato do conservador do registo.

Hipótese prática nº14

Aqui temos uma simulação (divergência intencional entre a declaração e a vontade). Vai
assentar num acordo simulatório pois ambos têm de estar de acordo e intenção de enganar
terceiros. Esta simulação é absoluta nos termos do artº 1635 al d). Este é anulável por força do
artº 1635 d) e 1631 D). A presunção do artº 1634 é ilidível, o que pressupõe a proposição de
uma ação com este fim especifico art 1632º dentro do prazo do artº 1640 nº1, artº 1644. Aqui
os cônjuges não querem anular. Tem ainda legitimidade para propor a ação aqueles
prejudicados pelo casamento. Vigora aqui no âmbito da validade do casamento o princípio da
tipicidade. O que o tribunal vem a demonstrar é que o prejudicado aqui é o Estado enquanto
conjunto de pessoas (comunidade).

Hipótese prática nº15

A) A separação de pessoas e bens produz efeitos. O estado civil de M e N é: casados. Neste


caso existe o impedimento do art 1601 al C), impedimento esse que devia ter sido detetado
no processo preliminar de casamento. Pode-se aplicar sanções criminais. Ainda assim, o
casamento foi celebrado. Este casamento é valido, pois, a validade é apreciada pelo tribunal
eclesiástico e para este não é motivo de invalidade. A única via é recusar a transcrição e o
conservador do registo deve faze-lo artº 174 al b).
B) Se desaparecer o impedimento que deu causa à recusa, o conservador deve proceder à
transcrição. Artº 1670 os efeitos são retroativos. Vai casar juridicamente com M.
C) O impedimento desaparece com efeitos retroativos. Tudo se passa como se o casamento de
M e N nunca se tivesse passado.

Hipótese prática nº16

O casamento A/B foi celebrado com impedimento do artº 1601 al c) nos termos do 1631 al a), o
casamento é anulável pelas pessoas do artº 1639º nº2 no prazo do artº 1643 nº1 al. C). A
Bernardete teve todo o período em que o casamento durou mais 6 meses. Já podia ter anulado,
não o fez. O casamento A/B convalidou-se. O que quer dizer que, de facto vamos ter aqui um

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falecido cuja à herança vão concorrer 2 cônjuges. A morte presumida torna o casamento do
ausente dissolúvel pela vontade do cônjuge.

Hipótese prática nº17

1.
A) Propuseram uma ação de anulação que procedeu. O fundamento foi o impedimento
relativo art.º 1602 c) CC. A adoção plena, hoje produz os efeitos do artº 1986 nº1. Os laços
jurídicos com a família natural quebram-se. No entanto, no 1986 nº1 parte final lemos que
se ressalvam as relações familiares para efeitos de impedimentos. Em relação ao A vão
valer os impedimentos quer da família natural, quer da família adotiva. Apesar de
juridicamente já não serem irmãos, continuam a sê-lo biologicamente. Este casamento é
anulável nos termos do artº 1632, é necessária uma ação proposta pelas pessoas do artº
1639 dentro do prazo do artº 1643 nº1 c) CC.
B) No momento da morte de A, o casamento extingue-se, dá-se a abertura da sucessão. São
chamados os sucessíveis de A. Vão ser chamados os conjugues e os pais adotivos.
Queremos saber se a anulação do casamento, posterior a este momento, tem repercussões
nesta partilha. O casamento putativo está previsto no artº 1647 e 1648. O casamento tem
que existir (confirma) e tem que ser anulado (confirma) e haver boa fé dos cônjuges (a lei
presume nos termos do artº 1648 nº3). Estando os 2 de boa-fé porque ela se presume e
nada é dito em contrário, quanto à eficácia putativa aplica-se o 1600 nº1.
C) Supondo que alberto não tinha falecido, temos aqui uma anulação em junho 2017. Como
estão os dois de boa-fé, a partilha do património vai fazer-se à luz do regime vigente no
casamento. Quando nada é dito, presume-se que vigora o regime de separação de bens artº
1720 nº1 al. A). Artº 1717º, quando os noventes nada digam e quando não haja uma
imposição por força da lei vigora o regime supletivo. O regime da comunhão adquiridos são
bens adquiridos na constância do casamento. A moradia (2009) pertence a quem a herdou,
Alberto (artº 1722). O terreno (doado em 2012) foi um bem adquirido na constância do
casamento, mas foi gratuito, por isso é de margarida. O automóvel foi adquirido por ambos
(artº 1725) e por isso é comum nos termos do art.º 1724º b). o automove e a conta bancária
são os bens a partilhar. Temos 120 mil euros a partilhar. Quanto cabe a cada um dos
conjugues? Artº 1730. Diz-nos que os conjugues participam em partes iguais no património.
Cada um dos conjugues recebe 60 mil.
D)Quanto ao filho nascido na constância do casamento presume-se que o pai é o marido da mãe
artº 1826 nº1. Juridicamente o pai da criança é o Alberto. A anulação do casamento não
destrói a paternidade de Alberto.
E) Esta dívida é comum por força do regime do artº 1691 al c). Com a anulação do casamento, e
estando os 2 de boa-fé, os efeitos que o casamento produziu, mantém-se.

2.

A) Quanto ao chamamento sucessório, os efeitos que um casamento produziu são destruídos


retroativamente salvo no que respeita aos filhos artº 1289. O chamamento é destruído, pois
deixando a M de ser considerada conjugue com efeitos retroativos, ela deixa de ser qualificada
como herdeira do Alberto. O Luís e a Raquel são os únicos herdeiros legais do Alberto. (nesta
alínea estamos a considerar que não nasceu filho, se não ele seria o herdeiro universal do pai).

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B) Como houve uma destruição retroativa de bens não podemos aplicar o regime da partilha de
bens. Terá de ser feita à luz dos direitos reais. O Alberto mantém a moradia, A Margarida
mantém o terreno. Ao automóvel é aplicado o regime de compropriedade. As quotas são
diferentes para cada um deles, ao A corresponde 40% e à M corresponde 60%. Na conta
bancária estão 100 mil euros. O A tem direito a 60 mil e a M tem direito a 40 mil.
C) Quanto à presunção da paternidade, os efeitos quanto ao filho mantêm-se artº 1827 nº1. º.
D) A dívida é de Alberto. A comunicabilidade de Margarida vai ser destruída pois estão de má-fé
e os efeitos destroem-se retroativamente.
E) Se o A está de boa-fé: o chamamento sucessório de Margarida é destruído. A partilha do
património comum: cabe ao A invocar ou não o casamento. Se o fizer, mantém a moradia, tem
direito a 50% do automóvel e outros 50% da conta bancária (60 mil euros). Se não o fizer, fica
com a moradia, 8 mil euros do carro e mais 60 mil euros da conta. Em principio não vai invocar
o casamento. A partilha faz-se à luz das regras gerais.

A presunção de paternidade mantém-se sempre. A divida foi contraída por A, em principio a


comunicabilidade mantém-se.

Se a M estiver de boa-fé ela vai invocar o casamento (vocação sucessória mantem-se). A


partilha de bens: se mantiver recebe terreno e 60 mil euros. Se não invocar, recebe 52 mil
euros. À partida mantém. A presunção de paternidade mantém-se sempre. A dívida é
comunicada.

Hipótese prática nº18

A partilha foi feita entre os irmãos nos termos do artº 2133 nº1 al c). O processo previsto para o
casamento civil é diferente do processo do casamento católico. O argumento da homologação
não seria válido então. Seria ainda necessário opor uma ação judicial com esse fim para a qual
teriam legitimidade 1617. O prazo seria o de 6 meses. De qualquer forma este não foi um
casamento civil, era católico por isso nada disto se aplicava. É possível registar um casamento
em que um dos conjugues já morreu? Sim artº 174 nº4. A morte de um ou de ambos os
conjugues não impede a subscrição. Artº 174 al e). os efeitos do registo artº 1670, retroagir à
data do casamento. Nº2 do artº 1670 – os direitos de terceiros vão ser salvos se forem
compatíveis com os direitos de natureza patrimonial. O registo tem de ser feito. Os direitos
deles como herdeiros não vão ser afetados por causa do 1670 nº2.

Hipótese prática nº19

a) A casa de morada da família foi escolhida por acordo comum. Ambos os cônjuges devem
adotar a residência em Setúbal, lugar de cumprimento do dever de coabitação – comunhão
de mesa, leito e teto. C está a desrespeitar o dever de coabitação ao viver na casa de família
apenas ao fim-de-semana? O casamento é também um instrumento de realização pessoal.
As questões profissionais são típicas dos motivos ponderosos referidos no artº 1673 nº2.
Não parece ter havido violação culposa dos deveres conjugais.
b) Hélder Santos Pereira e Cristina Pereira Santos → podem faze-lo nos termos do artº 1677
nº1. É uma faculdade que pode ser exercida por ambos os cônjuges simultaneamente.
Antunes Varela critica profundamente esta solução, porém é esta que resulta da lei. Os
cônjuges podem criar nomes diferentes. O objetivo era criar um nome familiar, reflexo da

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unidade familiar- a norma do modo como está redigida não permite isto, visto que os
cônjuges podem compor nomes diferentes. Há uma querela quanto à redação do artº 1677
nº2 → o que significa “acrescentar”? Seria adicionar nomes do outro cônjuge no fim dos
nomes próprios ou podem interpolar-se os apelidos? Há respostas nos dois sentidos. No
caso do Hélder falecer, Cristina pode continuar a usar o apelido que adotou de Hélder, nos
termos do artº 1677-A. Só não os conservará se os renunciar. Amílcar não pode privar
Cristina deste direito. Nos termos do artº 1677-C nº2, o tio não tem legitimidade pois é
parente na linha colateral no 3º grau.
c) O acordo entre H e C é um acordo de orientação da vida familiar (artº 1671 nº2). Trata-se de
um verdadeiro negócio jurídico? Considera-se que sim, podendo qualquer um deles
desvincular-se unilateralmente salvo se houver abuso do direito (a possibilidade de
execução específica do direito está excluída). H viola o dever de assistência na vertente de
contribuir para os encargos da vida familiar, uma vez que existe comunhão de vida. C pode
assim recorrer aos mecanismos do artº 1676 nº4. Pode propor uma ação com vista a
condenar a entidade que disponibiliza os rendimentos a H e a entregar parte desses a C,
diretamente.
d) Neste âmbito, há uma ampla margem de liberdade convencional (artº 1698), na medida em
que os cônjuges podem construir regimes de bens típicos, mistos ou atípicos, salvos nos
casos em que o legislador impõe algum regime de bens especifico. Neste caso não há
imposição (artº1720). Por outro lado, pode estar a ser posto em causa o princípio da
imutabilidade – o regime de bens não pode ser alterado na constância do casamento (artº
1714 nº1). A convenção antenupcial pode ser celebrada sob condição (artº 1713 nº1) – “se e
quando nascer um primeiro filho” é uma condição. A condição é aposta na própria
convenção celebrada antes do casamento. Quanto aos interesses de terceiros – a condição
tem de constar da convenção, que necessita de registo para ser oponível a terceiros (artº
1711), o facto condicionante tem que ser inscrito no registo artº 1 nº1 e) CRC. O
preenchimento da condição não tem efeitos retroativos em relação a terceiros (artº 1713
nº2). Assim, a convenção é válida e para ser eficaz tem de ser celebrada no prazo máximo de
um ano antes do casamento (artº 1716). É eficaz.
e) H compra o apartamento quando ainda vigora o regime de separação de bens, logo é bem
próprio. Este apartamento não era a casa de morada de família. Não se aplicam as
limitações do artº 1682-A, assim o ato é válido. A dúvida de H tem origem no contrato de
mútuo (artº 1690 nº2+1691 e 1692+1694 nº2). A dívida é uma dívida própria de H e a
qualificação da dívida não pode alterar-se. Por essa dívida respondem os bens próprios de H
(artº 1696º).
Em maio de 2011 nasce D, e assim preenche-se a condição e o regime de bens altera-se e
passa a ser uma comunhão de adquiridos o que implica: efeitos retroativos entre os
cônjuges.
H aceita de imediato a herança (artº 1683/1) e não precisa do consentimento de C para
aceitar. O imóvel é um bem próprio de H nos termos do art 1722 nº1 b).
→ Bens qualificados à luz da comunhão de adquiridos:
- Quinta: bem próprio de H (artº 1722 nº1 b)
- Apartamento: bem comum (artº 1724 b)

→ Responsabilidade pelas dívidas:


- Banco é 3º - dívida própria de H pela qual respondem os seus bens próprios (quinta e
apartamento

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f)Temos estes bens comuns enunciados. No negócio celebrado acordam que se comprometem a
repartir os bens comuns nestes termos. Trata-se de um contrato-promessa de partilha. O
principio da imutabilidade (artº 1714) – a proibição da alteração das regras que compõem o
regime de bens aplicável na constância do casamento. Este princípio, nestes termos, não é
violado. Aqueles que defendem uma opinião mais ampliada do princípio, defendem que o
contrato promessa de partilha é uma violação do princípio. Impedem que a situação jurídica
dos bens seja alterada. As massas patrimoniais não se alteram com o contrato promessa e
por isso estes negócios não alteram nada. No entanto, Antunes Varela e outros autores
consideram estes negócios nulos. A esta observação, para quem defende o 1º
entendimento, responde-se com a reação de direito civil comum (Estado de necessidade,
regime do dolo, abuso de direito etc.). No entendimento de Rita xavier, o negócio é inválido,
mas a cônjuge pode incumprir propondo uma ação de execução especifica ao marido.

Hipótese prática nº20

E e C estão casados sob o regime de comunhão de adquiridos (artº 1717). Os imóveis doados a E
são bens próprios (artº 1722º nº1 b), sem carecer de consentimento de C para a aceitar (artº
1683). Para vender os imóveis carecia de consentimento de C nos termos do artº 1682-A nº1 a).
Mas ela não consentiu. Se soubesse e não pudesse consentir ou não quisesse, aplicava-se o artº
1684 nº3. Aqui ela não sabia logo não consentiu. O artº 1687 diz que C pode requerer a
anulação da venda no prazo de 6 meses a contar do conhecimento, sem nunca passar 3 anos da
data de celebração do ato. C teve conhecimento em fim de 2011, só podendo atacar o ato ate
2012 (o advogado tinha razão).
Coloca-se aqui uma situação de sub-rogação indireta. Artº 1123º C). a mulher tinha que intervir
no ato de aquisição. Não interveio. O bem vai ser considerado comum por aplicação do artº
1124 B). no âmbito da partilha pode ser provado pelo E, por qualquer meio de prova que o valor
utilizado no pagamento do preço da fração autónoma é um valor próprio. A esse propósito
perfilavam-se 2 entendimentos: parte da doutrina afirma que: uma vez preteridas essas
formalidades, a qualificação do bem não pode ser alterada, o que pode afirmar-se é a existência
de uma compensação (artº 1726) por parte do Eduardo pelo património comum. Há outra parte
da doutrina que diz que a exigência da parte final do art 1123 c) é motivada pela proteção de
terceiros. Se optarmos pelo 1º entendimento, o que vai ser alterado para efeitos de partilha é
uma divida a favor de Eduardo (um crédito). Se se optar pelo 2º entendimento, a fração
autónoma vai ser considerada própria dele, não entra para o património comum.

Hipótese prática nº21


1.
Estes cônjuges estão casados em regime de comunhão de adquiridos pois não foi celebrada
convenção antinupcial e na falta desta, este é o regime aplicado automaticamente. O direito real

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sobre o automóvel é adquirido quando ele termina o pagamento do preço (set 2017),
poderíamos concluir que o bem é comum, mas o bem foi adquirido num contrato de compra e
vende celebrado antes do casamento. A este contrato foi aposta a reserva de propriedade art
409º. Artº 1722 nº2 C), como sendo uma das hipóteses em que o bem é adquirido
anteriormente ao casamento. A partir do momento em que se casou usou os salários dos dois. O
património dele próprio vai ter de compensar o património comum. O direito de compensação
está previsto no artº 1722 nº2. Não confundir com o artº 1726, pois o artº 1722 especifica esta
situação mesmo.
Quanto aos bens móveis, tendo a propriedade e a administração do bem, em principio podem
alienar liquidamente os bens. A não ser que haja alguma exceção. Tendo a propriedade e a
administração, o ato é valido. Se tivesse sido a Luísa a vende-lo? Não é proprietária nem
administradora artº 1677 nº4. São aplicadas as regras relativas a alienação alheia artº 892 e ss. A
venda é nula.

2.
O carro passa a ser um instrumento de trabalho da Luísa. Este casal está casado no regime de
comunhão de adquiridos artº 1717. O automóvel é um bem conjunto artº 1722 c). Passa a ser
ela que tem a administração deste bem. Em principio caberia ao Júlio artº 1678 nº2 e). A
propriedade é do J, mas a administração é de L. Para a alienação, carece do consentimento de
ambos os conjugues artº 1682 nº3 b), o ato praticado pela Luísa viola o art. É anulável o ato artº
1687 dentro do prazo previsto no nº2. Um ato de administração ordinária seria válido.

Hipótese prática nº22

a) C e D estão casados no regime de bens atípico. Eles tornam comuns todos os bens que já
tinham antes do casamento e depois (adquiridos gratuitamente). Ele já tinha um filho artº
1699 nº2, o que impede a estipulação de comunhão de bens geral. Não estão numa
comunhão geral de bens, no entanto, esta cláusula viola o disposto no artº 1699 nº2 pois
tornaram comuns bens que seriam próprios da comunhão geral de bens. Se a convenção
antinupcial tivesse outras clausulas, podíamos recorrer ao regime da redução. Perante a
invalidade da convenção podemos concluir que estão casados num regime de comunhão de
adquiridos.
b) O regime aplicável é a comunhão de adquiridos. O leitor de DVDs foi doado pela madrinha à
afilhada já na constância do casamento, à luz da comunhão de adquiridos o bem é próprio
da diana Artº 1722 nº1 b). Ele é o administrador. EM principio ela podia alienar livremente o
bem. No entanto, como é um instrumento utilizado conjuntamente na vida do lar artº 1682
nº3 a) a alienação carece do consentimento de ambos os cônjuges. Os bens utilizados na
vida lar são os bens que compõe o recheio da casa (sofá, fogão, esquentador etc.). São os
bens necessários, mas também os uteis e os supérfluos. Artº 2103 c). A propriedade é dela,
a administração é dela, mas para a alienação necessitava do consentimento do marido. Não
obteve, o ato é anulável termos do artº 1877, mas atenção ao nº3 que protegia o terceiro de
boa-fé.
c) A casa é um bem próprio do Cláudio do artº 1722 nº1 b). Quem tem a administração é ele
artº 1678 nº1. Ele pode mandar fazer obras que se traduzem na conservação da casa? É
considerado um ato de administração ordinária. O ato de celebração de empreitada para a
celebração das obras é valido. Não há qualquer exigência de intervenção de outro cônjuge.

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Quanto ao arrendamento, carece do consentimento da mulher artº 1682-A nº1 a), sob pena
do ato ser anulável artº 1687.
d) Os juros são frutos civis e por isso são comuns (25000), nos termos do artº 1727 e do 1733
nº2. O prémio é uma espécie de doação, há uma aquisição gratuita. O jogo é um contrato
aleatório que é uma espécie de contrato oneroso. Não há uma só resposta para esta
questão. Há argumentos para dizer que o bem é comum (o jogo é um negócio oneroso), no
entanto esta aquisição é fruto do esforço individual do C e não do esforço comum.
e) Em principio por estas dividas corresponderam a pessoa que os contrario. Mas qualquer
uma delas se vai comunicar ao outro. A divida relativa aos bilhetes pode comunicar-se nos
termos do 1691 nº1 c) (proveito comum do casal). O proveito não tem de ser económico,
pode ser espiritual. Quanto à compra dos medicamentos artº 1691 nº1 b) (encargos normais
da vida familiar, ex. saúde, habitação, vestuário etc.). tem de ser um encargo normal pois o
valor tem de ser tido em conta e em proporção ao nível de vida do casal. Que bens
respondem por elas? Os bens previstos no artº 1695º. Em primeira linha os bens comuns e
em 2ª linha os bens próprios dos cônjuges solidariamente.

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