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O ENGENHEIRO DE

MANUTENÇÃO ã

Eng. Milton Augusto Galvão Zen


O Engenheiro de Manutenção ã 2

Sobre o Autor

Milton Augusto Galvão Zen, nasceu em São Paulo em 1957. É engenheiro Eletricista,
Pós-graduado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie e em
Engenharia de Segurança do Trabalho pela FEI-IECAT. Como Extensão Universitária
realizou: Administração de Negócios pela Univ. Mackenzie e Administração de
Empresas pela Getúlio Vargas.

Possui 24 anos de vivência profissional na área industrial e de consultoria, tendo


realizado vários cursos de especialização e atualização na área técnica e humana.

Atualmente ocupa o cargo de Gerente de Coordenação de Segurança no Trabalho da


DaimlerChrysler do Brasil. Foi responsável de 1992 a 1998, pelo gerenciamento de
manutenção industrial das unidades de fabricação de cabina/estamparia/pintura e de
eixos da Mercedes-Benz do Brasil.

Trabalhou em empresas tais como: Cia.Antarctica Paulista, CESP, Peterco,


Westinghouse do Brasil, Asea Brow Boveri e GKW-Fredenhagen

Diretor Nacional, tendo sido Diretor da Regional São Paulo da Associação Brasileira de
Manutenção – Abraman. Foi também vice-diretor no biênio 97/99.

Vice-Diretor do Departamento de Engenharia Industrial e de Agronomia do Instituto de


Engenharia de São Paulo – IE, e foi vice-coordenador da Divisão de Manutenção do
mesmo instituto no biênio 97/99. Menção honrosa por serviços prestados ao IE em 1998.

Professor e Coordenador do Curso de Especialização, nível de Pós-graduação lato senso


em Gerenciamento de Manutenção da ABRAMAN-FEI-IECAT.

Professor e coordenador dos cursos na ABRAMAN, “Organização da Manutenção na


Pequena e Média Empresa” e “Política de Manutenção, a busca da função Manutenção
na Empresa Moderna”.

Delegado da Mountarat Sociedade de Proteção Ambiental e associado RENCTAS –


Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres.

Possui vários artigos técnicos escritos, apresentados e publicados no Brasil e no exterior.

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Resumo:

Ser Engenheiro de Manutenção exige nos dias de hoje mais do que o conhecimento específico
sôbre técnicas de manutenção. É necessário a consciência que esta atividade além de ser uma
ciência é também uma verdadeira arte. As necessidades de cumprimento de um alto grau de
produtividade aliado à administração participativa coloca para esta nova era também um novo
profissional de manutenção, que deve desta forma estar inserido neste novo contexto. Precisa
estar atento a assuntos que antes não recebiam a atenção devida e que hoje são importantes para
sua atividade. Conhecer-se a si mesmo, sabendo quais são seus limites e como ultrapassá-los,
possuir visão do cliente e uma nova postura quanto a qualidades humanas e profissionais, fazem
parte do atual engenheiro de manutenção.

Este artigo foi apresentado como Contribuição Técnica ao 11º Congresso Brasileiro de
Manutenção da ABRAMAN,outubro de 1996, Belo Horizonte, MG.

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Índice

1.0 Manutenção 05

2.0 O Homem de Manutenção 06

3.0 Visão de Cliente 07

4.0 A Competência do Novo Profissional 09

5.0 Perfil Profissional – Engenheiro de Manutenção 13

6.0 Bibliografia 17

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1.0 MANUTENÇÃO

Vamos iniciar pelas definições da "MANUTENÇÃO".

1.1 OFICIAL

São todas as ações necessárias para que um item seja conservado ou restaurado, de modo a
permanecer de acordo com uma condição especificada.

1.2 PRÁTICA

É a conservação técnico econômica do ativo fixo da empresa.

1.3 SATÍRICA

Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe. quando algo vai mal, dizem que não existe.

Quando é para gastar, acha-se que não é preciso que exista. Porém, quando não existe,
concordam que deveria existir.

Há muito vem se discutindo da necessidade ou não da existência das equipes de manutenção,


entretanto em um mundo cada vez mais competitivo torna-se premente a busca da maior
disponibilidade do processo produtivo e com certeza, para que tal objetivo seja alcançado é
necessária uma equipe de manutenção forte e atuante.

A ciência da manutenção ganha força a cada dia, visto sua importância para garantir o
funcionamento de máquinas, equipamemtos e instalações sempre mais complexos ou quando
não, manter as mais simples em condições adequadas de trabalho.

Somente se alcança alto índice de disponibilidade dos equipamentos produtivos através da


aplicação de técnicas avançadas de manutenção preventiva e preditiva.

Não restará outra saída senão aquela de ampliar os conhecimentos do homem de manutenção
tornando-o cada vez mais multifuncional. Aqui se aliará o conhecimento técnico aprofundado
com aqueles da humanística, visando propiciar seu movimento adequado dentro das novas
organizações.

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2.0 O HOMEM DE MANUTENÇÃO

Na engenharia constata-se que não existem escolas que visem a formação de Engenheiros de
Manutenção. Infelizmente o aprendizado da arte da manutenção inicia-se pela improvisação do
engenheiro na sua execução e controle, prossegue com a realização de cursos de
aperfeiçoamento de curta duração ou mesmo de pós-graduação, passa pôr estágio em empresas
nacionais ou multinacionais e acaba por solidificar seus conhecimentos atuando efetivamente
nas empresas, nos seminários e nas associações setoriais e nacionais de manutenção.

Infelizmente não é uma atividade bastante atraente para o engenheiro recém formado, visto
também não receber informações suficientes sobre a arte da manutenção nos cursos regulares de
graduação.

Mas com certeza, a Manutenção está crescendo em importância e as escolas que se atualizarem
propiciarão um campo de trabalho bastante amplo para seus engenheirandos.

Enquanto o acima não acontece é preciso acreditar em treinamento. A empresa ou área


prestadora de serviços de manutenção deve investir na idéia de que as pessoas querem colaborar
e portanto necessitam ser treinadas.

A empresa deve e pode proporcionar a seus colaboradores treinamento centrado no ser humano,
onde, sob a coordenação de profissionais habilitados, a pessoa possa refletir com maior
profundidade sobre:

Autoimagem, onde busca-se estruturá-la de forma positiva.

Autoconsciência, que significa perceber-se a si mesmo como pessoa e profissional.

Autoconfiança, que tem a finalidade de garantir os aspectos decisórios.

Automotivação,que procurará descobrir dentro do seu eu a força motivacional que supera as


circunstâncias adversas.

Autodeterminação, onde se trabalhará bastante o binômio vontade e persistência de forma a


alavancar os movimentos em prol dos objetivos traçados.

Autonomia, que visa garantir o livre arbítrio para tomar decisões, errar, corrigir e aperfeiçoar.

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3.0 Visão de Cliente

Com relação a este aspecto, deve-se procurar analisar os pontos críticos e desenvolver a
percepção das necessidades do cliente.

Poderíamos em primeiro lugar fazer algumas reflexões sobre o que é ser cliente e como ele se
comporta. O texto abaixo será bastante esclarecedor.

" Eu sou uma pessoa que vai a um restaurante, sento-me a mesa e pacientemente espero
enquanto o garçom faz de tudo, joga conversa fora, olha para a minha pessoa e nem ao
menos faz menção de atender ao meu pedido.

Eu sou o comprador que vai a uma loja em um grande Shopping e após vislumbrar o que deseja
comprar, adentra a loja e espera calmamente o vendedor vir atender-me depois de muita
conversa particular.

Sou aquele que não recebe a devida atenção quando chego a um determinado local e aguardo o
atendente enquanto ele lê tranquilamente ao seu jornal.

Que pareço estar pedindo e suplicando por um favor, ansioso por um sorriso ou até ser notado,
ou que espera pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si, ou simplesmente,
abaixam a cabeça e fingem não me ver.

Devem estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas,
não é mesmo? Pois enganam-se..... Sabem quem eu sou?

Sou o cliente que não volta NUNCA MAIS .. Que diverte-se um tanto sadicamente, é possível
- vendo milhões de reais sendo gastos todos os anos em anúncios, panfletos, livretos de
propaganda e outras coisas mais, para levar-me de novo à loja ou a preferir seus produtos ou
serviços... Quando fui a sua empresa ou a sua sala, pela primeira vez, tudo o que deveriam ter
feito era apenas a pequena gentileza, tão fácil e barata, de um pouco de CORTESIA."

Autor desconhecido

Em função do texto anterior, devemos nos questionar quem é o cliente? E tranquilamente


responderiamos.

É a pessoa ou grupo de pessoas mais importantes em qualquer negócio. Que o mesmo não
depende de nós, e sim nós dele.

Ele não interrompe nosso trabalho, pois ele é o propósito de nosso trabalho.

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Ele nos faz um favor quando nos procura, e não nós ao esperar por ele.

O cliente interno ou externo é uma parte essencial do nosso negócio, portanto não é uma parte
descartável.

Ele não significa apenas dinheiro em caixa. É um ser humano com sentimentos, que deve ser
tratado com todo o respeito e consideração.

Merece toda atenção e cortesia possíveis. É a razão de ser de qualquer negócio. É ele quem nos
paga o salário.

Sem o cliente não se sobrevive.

JAMAIS SE ESQUEÇA DISSO!!!!

Autor desconhecido

Como complemento, ainda poderíamos fazer as seguintes perguntas caso sejamos um prestador
de serviço interno a uma empresa.

Quem são meus clientes internos?


Quantos são?
O que querem?
Como querem?
Qual a expectativa deles em relação ao meu trabalho?

Ou ainda,

Quem são meus fornecedores internos?


O que recebo deles?
É exatamente o que desejo?
Qual a minha expectativa em relação ao trabalho deles?
Forneço Feed-Back para eles?

4.0 A competência do novo profissional de manutenção

Deve abrir-se para o novo e aprender a fluir e a liberar o potencial criativo, pressupõe-se
portanto disposição para mudar e para se conhecer.

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Ousar, na busca de respostas inovadoras, é uma tarefa que cada um de nós tráz como bagagem,
de uma realidade que não tolerava o erro e a fraqueza.

Compartilhar decisões, informações e riscos, depende de uma nova forma de compreender e


lidar com o poder e com a competição.

Tornar-se mais assertivo, ao dizer o que pensa e o que é preciso fazer, é desafio que exige
coragem para enfrentar pessoas de posição hierárquica mais elevada, até então, além de vistas
como merecedoras de respeito também de reverência.

Superar velhos conceitos e crenças ultrapassadas demanda apoio para o auto conhecimento, até
porque a maioria das nossas crenças auto-limitadoras não pode ser percebida sem ajuda externa.

Tornar-se mais capaz de agir no tempo certo e perceber oportunidades é tarefa que exige um
estado de atenção, muito difícil de experimentar, quando estamos dissociados, agitados e
estressados.

Desenvolver o potencial criativo supõe estímulo ao desenvolvimento da intuição e da


percepção.

A parceria exige ambiente de aceitação do erro e capacidade de legitimar, compreender e


administrar expectativas próprias e das pessoas envolvidas.

Ter sucesso em um mundo cada vez mais mutável, no qual até os alvos são móveis, exige muito
mais do que conhecimentos. É importante desenvolver a flexibilidade. E o aprendizado da
flexibilidade pode esbarrar com limitações até de natureza corporal.

Pelo exposto, vemos que as necessidades de cumprimento de um alto grau de produtividade


aliado ao aspecto da administração participativa coloca para essa nova era também um novo
profissional de manutenção, que deve desta forma estar inserido dentro deste novo contexto.
É importante considerar a corresponsabilidade de todos nos trabalhos integrados, cabendo aos
envolvidos sempre posicionarem-se perante toda e qualquer situação.

Com vistas a essa nova postura, apresentamos algumas qualidades humanas e profissionais, as
quais estão listadas a seguir.

4.1 Flexibilidade

O novo profissional deverá estar aberto a novas idéias e conceitos independentemente de sua
origem técnica. Ele se empenhará em aprender sempre e estará pronto para questionar as idéias
e sistemas existentes.

4.2 Criatividade

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No atual meio empresarial nota-se com muita ênfase a necessidade de ser criativo de forma a
acompanhar a velocidade dos eventos sociais, políticos, econômicos, culturais e
simultâneamente, sermos capazes de focalizar o futuro.

Necessitamos estimular a capacidade criativa de forma a gerar processos de mudancas nas das
organizações, no comportamento dos profissionais, além de facilitar para uma consequente
quebra de paradigmas e a formulação de antevisões. A criatividade é um fator importante na
diferenciação dos processos e procedimentos.

4.3 Amplitude e Profundidade

Nem generalista, nem especialista. O novo profissional deve ser multifuncional e entender o
complexo relacionamento entre funções tão bem quanto as funções.

4.4 Respeito

O respeito mútuo deve ser praticado com profundidade. O reconhecimento de suas


potencialidades e de suas limitações, o aproveitamento de suas idéias e sugestões, a
demonstração clara e evidente que o mesmo é importante para a empresa, são fatores que devem
ser cotidianamente considerados.

Não se deve esquecer que uma empresa é uma entidade amorfa, ou seja, não existe por si só, ela
necessita do ser humano para ser constituída.

4.5 Vontade

A determinação firme e constante de melhorar o atual, buscando cada vez mais o não
acomodamento de posições. Procurar desenvolver novas fontes de fornecimento, praticando
também aqui a política do ganha-ganha. A criatividade deve ser estimulada, com vistas a novos
processos e estruturas organizacionais.

4.6 Espirito de equipe

Mais do que nunca este ítem deve ser incentivado. O desenvolvimento de grupos de trabalho
deve ser substituído por trabalhos em grupo.

Isto implementado, elimina-se o paternalismo, o artificialismo e o jargão profissional. Deve-se


aprimorar o espírito de justiça, o assumir responsabilidade, a participação e o bom
relacionamento.

4.7 Liderança

A tendência a descentralização, a filosofia das estratégias de negócios e a demanda de


autonomia local irão produzir maior necessidade de liderança multifuncional.

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A liderança hierárquica deve ser substituída pela competitiva, o autoritarismo arbitrário e a


forma manipuladora do trabalho deve ser substituída pela participação e desenvolvimento de
trabalhos em co-gestão. O incentivo e demonstração de comprometimento, com idéias e metas,
acreditar nas mudanças e aplicar a política da sinergia através das inovações contínuas, são
pontos primordiais para a nova liderança.

4.8 Ética

A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é a


ciência de uma forma específica do comportamento humano.

Moral entende-se por um conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos
indivíduos numa comunidade social dada.

O profissional moderno tem que ser extremamente sensível a questões éticas, morais, sistemas
de valores e códigos sociais. Principalmente aqueles que possam causar dilemas éticos ou
confrontos.
Assim como uma sociedade sucede a outra, também a moral concreta, efetiva, se sucede e
subsitue uma à outra.

4.9 Reconhecimento

Este é um ítem de difícil implementação, dependendo da empresa, implica em mudanças


profundas nas estruturas salariais e comportamental dos superiores hierárquicos.

O mérito de um colaborador deve sempre ser reconhecido através de atitudes públicas e


oportunas, de forma a encorajar o assumir ríscos e a convivência com erros.

Aliado ao reconhecimento perante todos, deve estar uma política salarial que saiba recompensar
aqueles que mais se destacam.

4.10 Orientação Global

Um grande interesse e conhecimento do desenvolvimento em todas as regiões e todas as áreas


de atividade é indispensável. Não é mais possível dizer : " ISSO NÃO ME INTERESSA."
ou " ISSO NÃO ME DIZ RESPEITO."

4.11 Capacidade de Decisão na Incerteza

O profissional precisa conviver com a incerteza e com mudanças mais velozes, mas deve estar
preparado para lidar com elas de forma mais consistente.

4.12 Habilidade de Comunicação

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O profissional eficáz tem grande habilidade em se comunicar dentro e fora do seu


segmento/empresa. É frequentemente solicitado a agir, podendo ter que mudar de idéia e lidar
com a reação da comunidade.

4.13 Habilidade em discernir

Ele precisa discernir entre as mudanças no panorama global que irão afetar diretamente suas
necessidades ou empresa e as que terão menos relevância.

4.14 Domínio de Tecnologia

É necessária habilidade para entender o significado de mudanças tecnológicas, porque elas


poderão ter impacto em todas as áreas, incluindo finanças, marketing, recursos humanos e
produção.

4.15 Boas condições físicas e emocionais

Lidar com um ambiente mutante vai inevitavelmente criar estresse. Reduzí-lo a níveis
adminitráveis e conviver com ele vai sem dúvida demandar muito preparo físico e emocional.

5.0 Perfil Profissional - Engenheiro de Manutenção

5.1 Constatação

É chegado o momento de apresentar as condições mínimas de conhecimento e formação


profissional que deve possuir o homem de manutenção para que possa enfrentar a globalização
que ora se apresenta.

Este profissional deve ter larga experiência industrial, grande experiência administrativa e
acentuada abrangência empresarial.

Naturalmente seu grau de escolaridade deve ser universitário em engenharia elétrica /eletrônica
/mecânica e de preferência pós-graduado em administração de empresas ou economia.

Além dos conhecimentos inerentes a escolaridade e prática das matérias ligadas a atividade
funcional, deve possuir profundos conhecimentos sobre a programação e controle da
manutenção corretiva e da manutenção preventiva e preditiva além de conhecimentos básicos
sobre organização e administração do trabalho e de pessoal, planejamento e controle financeiro,
gerenciamento de projetos e de planejamento estratégico.

É necessário ter visão empresarial e mercadológica, grande espirito de colaboração e integração,


iniciativa e criatividade, excelente relacionamento com eventuais subordinados e demais
colaboradores, autocrítica e ser motivado.

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Não podemos esquecer da habilidade e desenvolvimento da microinformática, fator hoje que


pesa bastante na agilização dos trabalhos de qualquer área de manutenção, visto ser
responsabilidade do engenheiro de manutenção a elaboração de relatórios gerenciais e de
necessidades para tomadas de decisão. Aliado ao descrito acima deve estar consciente de suas
responsabilidades para com o meio ambiente.

5.2 Proposta de formação e treinamento

5.2.1 Formação Profissional

Engenheiro Eletricista/Eletrônico/Mecânico/Mecatrônico
Administrador de Empresas ou Economista
Especialização em Manutenção

5.2.2 Gerais

Participar efetivamente de congressos e feiras

Dinâmica da Comunicação

Programação Neurolinguistica
Criatividade

Organização Racional do Trabalho


Manutenção Produtiva Total (MPT)
Metodologia KAIZEN

5.2.3 Microinformática

Sistemas Operacionais DOS/Windows


Editores de Texto
Planilha Eletrônica
Editores de Apresentação

5.2.4 Gerenciais

Adminstração participativa
Administração de conflitos
Técnicas de negociação e condução de reuniões
Legislação do trabalho
Administração de contratos
Terceirização
Elementos multiplicadores

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5.3 Principais Atribuições

- Desenvolvimento de estudos e pesquisas, objetivando a otimização das atividades de


manutenção, adequando a Mão de obra e materiais para possibilitar a racionalização dos
trabalhos.

- Auxiliar na elaboração e controle do plano de investimentos e despesas.

- Elaborar anexos e justificativas e desenvolver estudos de viabilidade econômica para compras


em geral.

- Analisar e interpretar as despesas de manutenção identificando as causas e efeitos.

- Solicitar a compra de peças de reposição, inclusões em almoxarifados e colaborar junto a


coordenação de engenharia de manutenção para a adequação de estoques e racionalização de
itens.

- Aplicação dos conceitos práticos e técnicos para orientação e direção dos estudos sobre
análise de falhas.

- Providenciar quando necessário a chamada de assistência técnica, especificando os problemas


existentes nos equipamentos, assim como realizando o apontamento das horas efetivamente
gastas para a realização dos serviços.

- Elaborar/acompanhar cadernos de encargos para concorrências de serviços de manutenção.

- Colaborar para o desenvolvimento de novos fornecedores, enfocando principalmente os


produtos importados.

- Acompanhamento dos serviços de terceiros, providenciando a respectiva aprovação de


pagamentos.

- Elaborar planos de manutenção preventiva / preditiva.

- Efetuar em conjunto com os mestres de manutenção a análise de planos de melhoria das


atividades de manutenção.

- Elaborar gráficos de disponibilidade para detecção de falhas e propor frequências de


manutenção.

- Visitar empresas para troca de informações técnicas, programas e métodos de manutenção.

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- Planejar em conjunto com a mestrias e a área de treinamento os diversos cursos internos e


externos para os colaboradores das equipes de manutenção.

- Elaborar programas de limpeza e conservação das instalações de instalações, máquinas e


equipamento em geral.

- Estudar e viabilizar as necessidades de serviços de apoio as áreas de produção, planejamento


e processo.

- Elaborar em conjunto com as mestrias Check-List para instalações, máquinas e equipamentos


em geral.

- Acompanhar o desenvolvimento dos sistemas de controle de manutenção por computador e


sua administração.

- Acompanhar os trabalhos de escritório e sistemas informatizados e projetos de manutenção e


modificações.

- Assistir tecnicamente aos Técnicos Eletromecânicos /Eletroeletrônicos da equipe de


manutenção.

- Participar de reuniões de planejamento e produção.

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6.0 Bibliografia

Mirshawka, Vitor - Olmedo, Napoleão Lupes - Manutenção, Combate aos Custos da Não-
Eficácia - Makron Books do Brasil Editora Ltda, São Paulo, 1993.

Mirshawka, Vitor - Olmedo, Napoleão Lupes - TPM Á Moda Brasileira - Makron Books
do Brasil Editôra Ltda, São paulo, 1994.

Almeida, Sérgio - Cliente Nunca Mais - Quality House, Salvador,BA, 1993.

Sanguinetti, Norberto - 50 Idéias concretas para melhorar sua empresa. Editôra Érica,
São Paulo, 1994.

Tavares, Lourival A. - Controle de Manutenção por Computador - Editôra Técnica Ltda,


Rio de Janeiro, 1987.

Cattini, Orlando - Mitos da Manutenção - Apostila Curso Grupo Planes - São Paulo,
Julho,1995.

Carvalho, Luiz Tavares - Manutenção e a Arquitetura Organizacional Competitiva -


Palestra no 8. Congresso Brasileiro de Manutenção, São Paulo, 1993.

Vásquez, Adolfo Sánchez - Ética - Editôra Civilização Brasileira SA, 5º Edição, Rio de
Janeiro, 1982.

Kroener, Wieland - Manutenção no Ano 2000. Revista Manutenção, ABRAMAN, Nº 23,


Dez-Jan/1990, RJ - RJ

Kroener, Wieland - Manutenção no Ano 2000. Palestra na FAAP - São Paulo, Maio/89.

André, Maristela Guimarães - DVS Editôra Ltda., Lumni Nº 02 , Março/Abril de 1996.

Zen, Milton Augusto Galvão - O Engenheiro de Manutenção, Trabalho apresentado ao 2º


Seminário Paulista de Manutenção, Agosto de 1996.

Zen, Milton Augusto Galvão - Manutenção Competitiva, Palestra no I e II Seminário de


Manutenção Holística na Mercedes Benz do Brasil, 1993 e 1994.

Zen, Milton Augusto Galvão - Mudança de Paradigmas, Palestra no I e II Seminário de


Manutenção Holística na Mercedes Benz do Brasil, 1993 e 1994.

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Zen, Milton Augusto Galvão - Lubrificação, A primeira Manutenção Preventiva, Palestra


na I Semana de Tecnologia e Manutenção em Meios de Produção na Mercedes Benz do
Brasil, Abril,1995.

Zen, Milton Augusto Galvão - O Engenheiro de Manutenção, Palestra na II Semana de


Qualidade no Ensino - Faculdade de Engenharia Industrial - FEI, São Bernardo do
Campo, Julho, 1995.

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