Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2 - O ENGENHEIRO DE Manutenção PDF
2 - O ENGENHEIRO DE Manutenção PDF
MANUTENÇÃO ã
Sobre o Autor
Milton Augusto Galvão Zen, nasceu em São Paulo em 1957. É engenheiro Eletricista,
Pós-graduado em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie e em
Engenharia de Segurança do Trabalho pela FEI-IECAT. Como Extensão Universitária
realizou: Administração de Negócios pela Univ. Mackenzie e Administração de
Empresas pela Getúlio Vargas.
Diretor Nacional, tendo sido Diretor da Regional São Paulo da Associação Brasileira de
Manutenção – Abraman. Foi também vice-diretor no biênio 97/99.
Resumo:
Ser Engenheiro de Manutenção exige nos dias de hoje mais do que o conhecimento específico
sôbre técnicas de manutenção. É necessário a consciência que esta atividade além de ser uma
ciência é também uma verdadeira arte. As necessidades de cumprimento de um alto grau de
produtividade aliado à administração participativa coloca para esta nova era também um novo
profissional de manutenção, que deve desta forma estar inserido neste novo contexto. Precisa
estar atento a assuntos que antes não recebiam a atenção devida e que hoje são importantes para
sua atividade. Conhecer-se a si mesmo, sabendo quais são seus limites e como ultrapassá-los,
possuir visão do cliente e uma nova postura quanto a qualidades humanas e profissionais, fazem
parte do atual engenheiro de manutenção.
Este artigo foi apresentado como Contribuição Técnica ao 11º Congresso Brasileiro de
Manutenção da ABRAMAN,outubro de 1996, Belo Horizonte, MG.
Índice
1.0 Manutenção 05
6.0 Bibliografia 17
1.0 MANUTENÇÃO
1.1 OFICIAL
São todas as ações necessárias para que um item seja conservado ou restaurado, de modo a
permanecer de acordo com uma condição especificada.
1.2 PRÁTICA
1.3 SATÍRICA
Quando tudo vai bem, ninguém lembra que existe. quando algo vai mal, dizem que não existe.
Quando é para gastar, acha-se que não é preciso que exista. Porém, quando não existe,
concordam que deveria existir.
A ciência da manutenção ganha força a cada dia, visto sua importância para garantir o
funcionamento de máquinas, equipamemtos e instalações sempre mais complexos ou quando
não, manter as mais simples em condições adequadas de trabalho.
Não restará outra saída senão aquela de ampliar os conhecimentos do homem de manutenção
tornando-o cada vez mais multifuncional. Aqui se aliará o conhecimento técnico aprofundado
com aqueles da humanística, visando propiciar seu movimento adequado dentro das novas
organizações.
Na engenharia constata-se que não existem escolas que visem a formação de Engenheiros de
Manutenção. Infelizmente o aprendizado da arte da manutenção inicia-se pela improvisação do
engenheiro na sua execução e controle, prossegue com a realização de cursos de
aperfeiçoamento de curta duração ou mesmo de pós-graduação, passa pôr estágio em empresas
nacionais ou multinacionais e acaba por solidificar seus conhecimentos atuando efetivamente
nas empresas, nos seminários e nas associações setoriais e nacionais de manutenção.
Infelizmente não é uma atividade bastante atraente para o engenheiro recém formado, visto
também não receber informações suficientes sobre a arte da manutenção nos cursos regulares de
graduação.
Mas com certeza, a Manutenção está crescendo em importância e as escolas que se atualizarem
propiciarão um campo de trabalho bastante amplo para seus engenheirandos.
A empresa deve e pode proporcionar a seus colaboradores treinamento centrado no ser humano,
onde, sob a coordenação de profissionais habilitados, a pessoa possa refletir com maior
profundidade sobre:
Autonomia, que visa garantir o livre arbítrio para tomar decisões, errar, corrigir e aperfeiçoar.
Com relação a este aspecto, deve-se procurar analisar os pontos críticos e desenvolver a
percepção das necessidades do cliente.
Poderíamos em primeiro lugar fazer algumas reflexões sobre o que é ser cliente e como ele se
comporta. O texto abaixo será bastante esclarecedor.
" Eu sou uma pessoa que vai a um restaurante, sento-me a mesa e pacientemente espero
enquanto o garçom faz de tudo, joga conversa fora, olha para a minha pessoa e nem ao
menos faz menção de atender ao meu pedido.
Eu sou o comprador que vai a uma loja em um grande Shopping e após vislumbrar o que deseja
comprar, adentra a loja e espera calmamente o vendedor vir atender-me depois de muita
conversa particular.
Sou aquele que não recebe a devida atenção quando chego a um determinado local e aguardo o
atendente enquanto ele lê tranquilamente ao seu jornal.
Que pareço estar pedindo e suplicando por um favor, ansioso por um sorriso ou até ser notado,
ou que espera pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si, ou simplesmente,
abaixam a cabeça e fingem não me ver.
Devem estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas,
não é mesmo? Pois enganam-se..... Sabem quem eu sou?
Sou o cliente que não volta NUNCA MAIS .. Que diverte-se um tanto sadicamente, é possível
- vendo milhões de reais sendo gastos todos os anos em anúncios, panfletos, livretos de
propaganda e outras coisas mais, para levar-me de novo à loja ou a preferir seus produtos ou
serviços... Quando fui a sua empresa ou a sua sala, pela primeira vez, tudo o que deveriam ter
feito era apenas a pequena gentileza, tão fácil e barata, de um pouco de CORTESIA."
Autor desconhecido
É a pessoa ou grupo de pessoas mais importantes em qualquer negócio. Que o mesmo não
depende de nós, e sim nós dele.
Ele não interrompe nosso trabalho, pois ele é o propósito de nosso trabalho.
Ele nos faz um favor quando nos procura, e não nós ao esperar por ele.
O cliente interno ou externo é uma parte essencial do nosso negócio, portanto não é uma parte
descartável.
Ele não significa apenas dinheiro em caixa. É um ser humano com sentimentos, que deve ser
tratado com todo o respeito e consideração.
Merece toda atenção e cortesia possíveis. É a razão de ser de qualquer negócio. É ele quem nos
paga o salário.
Autor desconhecido
Como complemento, ainda poderíamos fazer as seguintes perguntas caso sejamos um prestador
de serviço interno a uma empresa.
Ou ainda,
Deve abrir-se para o novo e aprender a fluir e a liberar o potencial criativo, pressupõe-se
portanto disposição para mudar e para se conhecer.
Ousar, na busca de respostas inovadoras, é uma tarefa que cada um de nós tráz como bagagem,
de uma realidade que não tolerava o erro e a fraqueza.
Tornar-se mais assertivo, ao dizer o que pensa e o que é preciso fazer, é desafio que exige
coragem para enfrentar pessoas de posição hierárquica mais elevada, até então, além de vistas
como merecedoras de respeito também de reverência.
Superar velhos conceitos e crenças ultrapassadas demanda apoio para o auto conhecimento, até
porque a maioria das nossas crenças auto-limitadoras não pode ser percebida sem ajuda externa.
Tornar-se mais capaz de agir no tempo certo e perceber oportunidades é tarefa que exige um
estado de atenção, muito difícil de experimentar, quando estamos dissociados, agitados e
estressados.
Ter sucesso em um mundo cada vez mais mutável, no qual até os alvos são móveis, exige muito
mais do que conhecimentos. É importante desenvolver a flexibilidade. E o aprendizado da
flexibilidade pode esbarrar com limitações até de natureza corporal.
Com vistas a essa nova postura, apresentamos algumas qualidades humanas e profissionais, as
quais estão listadas a seguir.
4.1 Flexibilidade
O novo profissional deverá estar aberto a novas idéias e conceitos independentemente de sua
origem técnica. Ele se empenhará em aprender sempre e estará pronto para questionar as idéias
e sistemas existentes.
4.2 Criatividade
No atual meio empresarial nota-se com muita ênfase a necessidade de ser criativo de forma a
acompanhar a velocidade dos eventos sociais, políticos, econômicos, culturais e
simultâneamente, sermos capazes de focalizar o futuro.
Necessitamos estimular a capacidade criativa de forma a gerar processos de mudancas nas das
organizações, no comportamento dos profissionais, além de facilitar para uma consequente
quebra de paradigmas e a formulação de antevisões. A criatividade é um fator importante na
diferenciação dos processos e procedimentos.
Nem generalista, nem especialista. O novo profissional deve ser multifuncional e entender o
complexo relacionamento entre funções tão bem quanto as funções.
4.4 Respeito
Não se deve esquecer que uma empresa é uma entidade amorfa, ou seja, não existe por si só, ela
necessita do ser humano para ser constituída.
4.5 Vontade
A determinação firme e constante de melhorar o atual, buscando cada vez mais o não
acomodamento de posições. Procurar desenvolver novas fontes de fornecimento, praticando
também aqui a política do ganha-ganha. A criatividade deve ser estimulada, com vistas a novos
processos e estruturas organizacionais.
Mais do que nunca este ítem deve ser incentivado. O desenvolvimento de grupos de trabalho
deve ser substituído por trabalhos em grupo.
4.7 Liderança
4.8 Ética
Moral entende-se por um conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos
indivíduos numa comunidade social dada.
O profissional moderno tem que ser extremamente sensível a questões éticas, morais, sistemas
de valores e códigos sociais. Principalmente aqueles que possam causar dilemas éticos ou
confrontos.
Assim como uma sociedade sucede a outra, também a moral concreta, efetiva, se sucede e
subsitue uma à outra.
4.9 Reconhecimento
Aliado ao reconhecimento perante todos, deve estar uma política salarial que saiba recompensar
aqueles que mais se destacam.
O profissional precisa conviver com a incerteza e com mudanças mais velozes, mas deve estar
preparado para lidar com elas de forma mais consistente.
Ele precisa discernir entre as mudanças no panorama global que irão afetar diretamente suas
necessidades ou empresa e as que terão menos relevância.
Lidar com um ambiente mutante vai inevitavelmente criar estresse. Reduzí-lo a níveis
adminitráveis e conviver com ele vai sem dúvida demandar muito preparo físico e emocional.
5.1 Constatação
Este profissional deve ter larga experiência industrial, grande experiência administrativa e
acentuada abrangência empresarial.
Naturalmente seu grau de escolaridade deve ser universitário em engenharia elétrica /eletrônica
/mecânica e de preferência pós-graduado em administração de empresas ou economia.
Além dos conhecimentos inerentes a escolaridade e prática das matérias ligadas a atividade
funcional, deve possuir profundos conhecimentos sobre a programação e controle da
manutenção corretiva e da manutenção preventiva e preditiva além de conhecimentos básicos
sobre organização e administração do trabalho e de pessoal, planejamento e controle financeiro,
gerenciamento de projetos e de planejamento estratégico.
Engenheiro Eletricista/Eletrônico/Mecânico/Mecatrônico
Administrador de Empresas ou Economista
Especialização em Manutenção
5.2.2 Gerais
Dinâmica da Comunicação
Programação Neurolinguistica
Criatividade
5.2.3 Microinformática
5.2.4 Gerenciais
Adminstração participativa
Administração de conflitos
Técnicas de negociação e condução de reuniões
Legislação do trabalho
Administração de contratos
Terceirização
Elementos multiplicadores
- Aplicação dos conceitos práticos e técnicos para orientação e direção dos estudos sobre
análise de falhas.
6.0 Bibliografia
Mirshawka, Vitor - Olmedo, Napoleão Lupes - Manutenção, Combate aos Custos da Não-
Eficácia - Makron Books do Brasil Editora Ltda, São Paulo, 1993.
Mirshawka, Vitor - Olmedo, Napoleão Lupes - TPM Á Moda Brasileira - Makron Books
do Brasil Editôra Ltda, São paulo, 1994.
Sanguinetti, Norberto - 50 Idéias concretas para melhorar sua empresa. Editôra Érica,
São Paulo, 1994.
Cattini, Orlando - Mitos da Manutenção - Apostila Curso Grupo Planes - São Paulo,
Julho,1995.
Vásquez, Adolfo Sánchez - Ética - Editôra Civilização Brasileira SA, 5º Edição, Rio de
Janeiro, 1982.
Kroener, Wieland - Manutenção no Ano 2000. Palestra na FAAP - São Paulo, Maio/89.