Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PORTUGAL
No inicio do século XIX, Portugal encontrava-se perante a encruzilhada dos interesses politico-
militares das duas maiores potências da Europa, a França e a Inglaterra.
Copiar pagnia 149 até pretendia executar. No reino ficava um Concelho de Regência, presidido
pelo Marquês de Abrantes
A situação económica e financeira do reino, nas vésperas de 1820, era de crise generalizada:
As invasões napoleónicas deixaram um rasto de destruição por todo o pais, com maior
gravidade a norte do Tejo. A agricultura, o sempre débil sector industrial e as
actividades comerciais foram profundamente afectados pelos combates e destruições
praticadas pelos soldados franceses, a que também não escapou o saque organizado
do património nacional;
Importantes homens de negócios saíram do pais, levando consigo as suas fortunas e a
sua mentalidade empreendedora para o Brasil ou para a Inglaterra. Só a esquadra que
transportou o rei, em 1807, era constituída por 36 navios e transportava mais de
10000 pessoas, entre elas, a elite social e económica do reino;
A abertura dos portos do Brasil ao comércio internacional e, em particular, o Tratado
de 1810 com a Inglaterra, que estabeleceu a liberdade de comércio em Portugal e
abriu o mercado brasileiro às suas manufacturas, provocaram a falência do comércio
luso-brasileiro que continuava a ser o grande suporte do equilíbrio financeiro do reino.
A conjuntura social
A agitação revolucionária
Foi este descontentamento que fez crescer, sobretudo entre os sectores burgueses, o
sentimento de revolta que conduziu a uma tentativa revolucionária em 1817, quando a
Maçonaria portuguesa levou a cabo uma conspiração contra Beresford, organizada em torno
de Gomes Freire de Andrade (1757-1817), um estrangeirado que fez carreira nas armas e que
chegou a combater nos exércitos de Napoleão.