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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA ___

VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE


CIDADE - UF

Nome, brasileiro, menor, inscrito(a) com o CPF nº xx,


assistido pela sua (parentesco) Nome, brasileira, profissão, portador(a) do
documento de identidade RG nº xx, inscrita com o CPF nº xx, ambos residentes
e domiciliados na (endereço completo), por intermédio de seu advogado
legalmente constituído, vem, perante Vossa Excelência, com fulcro na Lei nº
8.213/1991, ajuizar a presente

AÇÃO DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE

em face do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, na pessoa de seu


representante legal, situado na (endereço completo), com os seguintes
fundamentos fáticos e jurídicos a serem deduzidos a seguir:

I – DOS FATOS
A parte Autora era filho e dependente de Nome do
Instituidor, agricultor, CPF n° xx, falecido em data, conforme demonstra a
Certidão de Óbito anexa.

Ressalta-se que o Instituidor da Pensão sempre laborou


na lavoura, exercendo a profissão de lavrador, trabalhando sob o regime de
economia familiar e que continuou no exercício da sua atividade até as
vésperas de sua morte.

Aliás, constata-se que o exercício da atividade rural por


parte do falecido é demonstrado pelos seguintes documentos anexos:
CERTIDÃO DE ÓBITO, CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO AUTOR,
CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO FALECIDO COM A INFORMAÇÃO DE
QUE OS PAIS DO MESMO TAMBÉM SÃO AGRICULTORES, todos constando
a profissão do falecido como agricultor, além de provas testemunhais a serem
verificadas posteriormente.

Destarte, agora a parte Autora pretende obter o benefício


PENSÃO POR MORTE, pois como dito acima, o finado exercia atividade
vinculada à Previdência Social na qualidade de segurado especial.

Contudo, devido à burocracia imposta pelo INSS, a


parte Autora não conseguiu obter a implantação do benefício pleiteado
sob a alegação (motivos). Por isso, a parte Autora se vale do Poder
Judiciário para lograr o reconhecimento do seu direito.

Dados do Benefício:

Número do benefício xx

Tipo de benefício Pensão por Morte

Data do Óbito do Instituidor ou


xx
data do requerimento ao INSS
II – DO DIREITO

A pensão por morte é devida ao conjunto dos


dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, desde que não
tenha ocorrido a perda de sua condição de segurado.

Nos termos do inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213/1991,


com redação dada pela Lei nº 9.032/1995, o cônjuge, a companheira, o
companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
(vinte e um) anos ou inválido são dependentes do segurado.

Com efeito, para configuração da qualidade de segurado


especial do de cujus, deve-se comprovar o exercício de atividade rural ao
tempo do óbito, haja vista a inexistência de carência para a concessão desse
benefício (Lei n.º 8.213/91, arts. 26, I e III, c/c art. 39).

No caso em tela, a comprovação da atividade rural do


falecido se dá pela demonstração dos seguintes documentos anexos:
CERTIDÃO DE ÓBITO, CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO AUTOR,
CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO FALECIDO COM A INFORMAÇÃO DE
QUE OS PAIS DO MESMO TAMBÉM SÃO AGRICULTORES, todos constando
a profissão do falecido como agricultor, além de provas testemunhais a serem
verificadas posteriormente.

No caso, considerando o início de prova material do


instituidor da pensão indica a sua qualidade de agricultor, faz jus a parte Autora
à pensão por morte, uma vez que está demonstrada a qualidade de segurado
especial do de cujus e a situação de dependência econômica da parte
postulante.

O entendimento acima e situação ora exposta encontra-se


em consonância com a jurisprudência:

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. RECURSO INOMINADO.


PENSÃO POR MORTE. TRABALHADOR RURAL.
QUALIDADE DE SEGURADO ESPECIAL DO
INSTITUIDOR DA PENSÃO E DEPENDÊNCIA
COMPROVADAS. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA.
RECURSO IMPROVIDO. - Insurgência do INSS contra
sentença que concedeu pensão por morte à autora. Em
suas razões, sustenta que não restou demonstrada a
qualidade de segurado especial do companheiro da
recorrida. O falecido morava na cidade. A própria
recorrida disse em seu depoimento que o mesmo
trabalhava recebendo diárias. Ademais, foi contraditória
se dizendo agricultora e não sabendo responder ás
perguntas mais básicas relacionadas à lide campesina. -
A pensão por morte é devida ao conjunto dos
dependentes do segurado que falecer, aposentado ou
não, desde que não tenha ocorrido a perda de sua
condição de segurado. - Nos termos do inciso I do art. 16
da Lei nº 8.213/1991, com redação dada pela Lei nº
9.032, de 1995, o cônjuge, a companheira, o companheiro
e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor
de 21 (vinte e um) anos ou inválido são dependentes do
segurado. - No caso, considerando que a certidão de
óbito do instituidor da pensão indica a sua qualidade de
agricultor, confirmando a profissão declarada na Certidão
de Casamento, bem como as provas orais estão
coerentes entre si, faz jus a autora à pensão por morte
decorrente do óbito do seu cônjuge, uma vez que está
demonstrada a qualidade de segurado especial deste e a
situação de dependência econômica da requerente. -
Improvimento do recurso. (Processo: 0500997-
75.2011.4.05.8402 - Terceira Turma - Data de
Julgamento: 27/07/2012 - Relator: GISELE MARIA DA
SILVA ARAÚJO LEITE).

Verifica-se, portanto, que a pretensão da parte Autora


deve ser acolhida, pois preenche todos os requisitos legais.

Assim, deve ser concedido à parte Autora, nascido


em data, o benefício previdenciário de pensão por morte desde a data do
falecimento de seu genitor que se deu em data por não ocorrer os efeitos
da prescrição em razão de a parte Autora ser menor impúbere. Tal
entendimento encontra-se em consonância com a jurisprudência:

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. FILHOS


MENORES. COMPROVAÇÃO. DEPENDÊNCIA
ECONÔMICA PRESUMIDA. ABSOLUTAMENTE
INCAPAZES. PRESCRIÇÃO AFASTADA.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUROS DE MORA E
CORREÇÃO MONETÁRIA. APELAÇÃO E REMESSA
PARCIALMENTE PROVIDAS. APELAÇÃO DO
PARTICULAR PARCIALMENTE PROVIDA.
1. Apelação e remessa oficial de sentença que julgou
procedente o pedido inicial, para conceder o benefício de
pensão por morte em favor dos autores, com pagamento
das parcelas retroativas, desde a data do óbito do
instituidor da pensão.
2. Consoante estatuído nos artigos 16 da Lei nº 8.213/91,
e 13 do Decreto nº 2.171/97, o filho menor faz parte do
elenco dos beneficiários do RGPS, na condição de
dependente.
3. Em relação aos filhos, menores de idade à época do
óbito do instituidor da pensão, não se aplica a prescrição
por serem absolutamente incapazes.
4. A controvérsia cinge-se apenas no que pertine à
comprovação da condição de segurado do falecido.
Verifica-se da documentação acostada aos autos que ode
cujus na data do óbito encontrava-se no período de graça,
mantendo, portanto, a condição de segurado da
Previdência Social.
5. Fazem jus os apelados à concessão do benefício de
pensão por morte, desde o óbito de seu genitor.
6. Impossibilidade de majoração da verba honorária de
defensor dativo, tendo em vista que esta foi fixada em
conformidade com a Resolução 305/2014 do Conselho da
Justiça Federal.
7. Honorários sucumbenciais fixados em 10% (dez por
cento) sobre o valor da condenação (parágrafo 3º, I do
artigo 85 do NCPC) e honorários recursais, previstos no
art. 85, parágrafo 11, do CPC/2015, a cargo do INSS, que
devem ser arbitrados em 2% sobre o valor da causa.
8. O Pleno do TRF5, à unanimidade, na Sessão realizada
no dia 17/06/2015, ao proferir o julgamento dos processos
nºs 0800212-05.2013.4.05.0000, 0800607-
58.2013.4.05.0000 e APELREEX nº 22.880/PB, decidiu
que as parcelas em atraso (tutela condenatória), devem
sofrer a incidência de juros de mora, no percentual de
0,5% (meio por cento) ao mês, a contar da citação inicial,
e correção monetária a partir de quando deveria ter sido
efetuado o pagamento das parcelas aqui perseguidas,
nos moldes estatuídos pelo Manual de Cálculos da
Justiça Federal.
9. Apelação do INSS e remessa oficial parcialmente
provida e apelação do particular parcialmente provida em
relação aos honorários advocatícios sucumbenciais
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação.
(PROCESSO: 08004104720154058302, APELREEX/PE,
DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS REBÊLO
JÚNIOR, 3ª Turma, JULGAMENTO: 11/05/2017,
PUBLICAÇÃO:)

IV – DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) que seja deferido os benefícios da justiça judiciária gratuita, nos termos


da Lei 1.060/50, por ser pobre na acepção legal, não podendo arcar com
as despesas processuais e os honorários advocatícios sem prejuízo do
sustento próprio;
b) total procedência do pedido de concessão de Benefício Previdenciário
de Pensão por Morte à parte Autora, desde a data de óbito do seu
genitor, que se deu em data, com o devido acréscimo de juros e
correção monetária;
c) a condenação da Ré no pagamento de honorários de sucumbência,
conforme previsão legal;
d) a citação do Instituto Requerido (INSS), por meio de seu representante
legal, para que querendo, possa contestar a presente ação, sob pena
dos efeitos da revelia;
e) a intimação do ilustre representante do Ministério Público, para
acompanhar todos os atos e termos da presente ação.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova


admitidos em Direito, especialmente depoimentos pessoais, oitiva de
testemunhas, juntada posterior de documentos, perícias, etc., tudo desde já
requerido.

Dá-se à causa o valor de R$ xx.

Nesses termos,

Pede deferimento.

Local e data.

Advogado
OAB/UF n° xxx

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