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Apresentação do Módulo
Objetivos do Módulo
Estrutura do Módulo
Aula 3 – Queimaduras
Aula 1 – Trauma em extremidades
Fratura;
Luxação;
Entorse.
1.1. Fratura
É a solução de continuidade de uma estrutura óssea, podendo ser total ou parcial; geralmente
resultante de um mecanismo agressor importante.
a) Fechada (simples)
b) Aberta (exposta)
O osso se quebra, atravessando a pele, ou existe uma ferida associada que se estende desde o
osso fraturado até a pele.
1.2. Luxação
As luxações mais frequentes ocorrem em: ombro, cotovelo, punho, dedos, fêmur, joelho e
tornozelo.
1.3. Entorse
É a torção ou distensão brusca de uma articulação além de seu grau normal de amplitude.
São similares aos das fraturas e aos das luxações. Mas nas entorses os ligamentos geralmente
sofrem ruptura ou estiramento, provocados por movimento brusco.
Importante!
Diminuir a dor;
Prevenir ou minimizar outras lesões, tais como: lesões musculares, nervos e vasos
sanguíneos;
Auxiliar a hemostasia.
1.4.1. Materiais/equipamentos para imobilizações
Tipoia. Uma tipoia pode ser suficiente para imobilizar a extremidade superior. Mesmo
quando se aplica uma tala, pode ser apropriado incluir uma tipoia para evitar o movimento da
parte lesionada; ou a parte pode ser fixada ao corpo por meio de uma atadura.
3. Expor o local. As roupas devem ser cortadas e removidas sempre que houver suspeita
de fratura ou luxação.
4. Controlar hemorragias e cobrir feridas. Não empurrar fragmentos ósseos para dentro do
ferimento, nem tentar removê-los. Usar curativos estéreis.
8. Imobilizar. Usar tensão suave para que o local fraturado possa ser colocado na tala.
Movimentar o mínimo possível. Imobilizar todo o osso fraturado, uma articulação
acima e abaixo. Em alguns casos, a extremidade deve ser imobilizada na posição
encontrada.
9. Revisar a presença de pulso e a função nervosa. Assegurar-se de que a imobilização está
adequada e não restringe a circulação.
Se a fratura estiver aberta, controlar o sangramento, cobrir com uma gaze estéril e imobilizar
com talas rígidas. Se estiver fechada, alinhar cuidadosamente o membro afetado e imobilizar
utilizando tala de tração própria.
Imobilizar na posição que se encontra, a menos que o pulso esteja ausente. Antes de
imobilizar, observar a cor, temperatura e a presença ou ausência de pulso na extremidade.
Aplicar uma tala larga, almofada ou cobertor. Se o pulso não retornar após a imobilização,
repita a técnica.
2.1. Traumatismos
Traumatismo da face
Fraturas de crânio
As fraturas de crânio são comuns nas vítimas de acidentes que receberam impacto na cabeça.
A gravidade da lesão depende do dano provocado no cérebro.
Fraturas abertas
São mais frequentes lesões cerebrais nos traumatismos sem fratura de crânio. As fraturas
poderão ser abertas ou fechadas.
Fraturas fechadas
São as que afetam o osso sem, entretanto, expor o conteúdo da caixa craniana. Não existe
solução de continuidade da pele.
Concussão
Quando uma pessoa recebe um golpe na cabeça ou na face, pode haver uma concussão
encefálica. Não existe um acordo geral sobre a definição de concussão, exceto que ela
envolve a perda temporária de alguma ou de toda a capacidade da função encefálica. Pode não
haver lesão encefálica demonstrável. O paciente que sofre uma concussão pode se tornar
completamente inconsciente e incapaz de respirar por um curto período de tempo, ou ficar
apenas confuso. Em geral o estado de concussão é bastante curto e não deve existir quando o
emergencista chegar ao local do acidente.
Importante!
Se o paciente não consegue se lembrar dos eventos ocorridos antes da lesão (amnésia), existe
uma concussão mais grave.
Contusão
O cérebro pode sofrer uma contusão quando qualquer objeto bate com força no crânio. A
contusão indica a presença de sangramento por causa de vasos lesados.
Quando existe uma contusão cerebral, o paciente pode perder a consciência. Outros sinais de
disfunção por contusão incluem a paralisia de um dos lados do corpo, dilatação de uma pupila
e alteração dos sinais vitais. As contusões muito graves podem produzir inconsciência por
período de tempo prolongado e também causar paralisia em todos os membros.
2.1.2. Classificação
Diretas
São produzidas por corpos estranhos que lesam o crânio, perfurando-o e lesando o encéfalo.
Indiretas
Golpes na cabeça podem provocar, além do impacto do cérebro na calota craniana com
consequente dano celular, hemorragias dentro do crânio. Esse hematoma acarreta compressão
do tecido cerebral. A hipertensão intracraniana provocada pela hemorragia e edema causa
lesão nas células cerebrais.
Náuseas e vômitos;
Alterações da visão;
A Escala de Coma de Glasgow (ECG) é uma escala neurológica utilizada para medir o nível de
consciência após uma lesão cerebral.
A ECG é composta de três aspectos: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora, para os
quais os médicos atribuem valores de 3 a 15 para cada nível de resposta. Veja a figura a seguir:
3. Corrija os problemas que ameaçam a vida. Mantenha a permeabilidade das vias aéreas
(abertas), a respiração e a circulação.
5. Controle hemorragias (não detenha a saída de sangue ou líquor pelos ouvidos ou pelo
nariz).
Importante!
2. Não se deve conter sangramento ou impedir a saída de líquor pelo nariz ou pelos ouvidos
nos traumatismos crânio-encefálicos (TCE). Poderá ocorrer aumento na pressão intracraniana
ou infecção no encéfalo.
O principal perigo das lesões e fraturas faciais são os fragmentos ósseos e o sangue, que
poderão provocar obstruções nas vias aéreas.
Deformidade facial;
Nesse caso, será o mesmo tratamento utilizado no cuidado de ferimentos em tecidos moles.
Sua atenção deve estar voltada para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas e
controle de hemorragias. Cubra com curativos estéreis os traumas abertos, monitore os sinais
vitais e esteja preparado para o choque.
Pacientes conscientes:
Perguntar:
O que houve?
O que o incomoda?
Observar:
Apalpar:
Solicitar:
Pacientes inconscientes:
Observar:
Apalpar:
Deformidades e lesões.
Perguntar a testemunhas:
2.3.3. Complicações
Paralisia dos músculos do tórax (respiratórios). A respiração sendo feita exclusivamente pelo
diafragma.
A lesão medular provoca dilatação dos vasos sanguíneos, podendo se instalar o choque
(neurogênico).
5. Considere sempre que um paciente inconsciente, vítima de trauma, tem uma lesão
medular, até que se possa determinar o contrário.
6. Não tente a imobilização de outras fraturas se houver suspeita de lesão medular, até
que ela seja tratada.
7. Evite manipular um paciente que tenha suspeita de lesão medular, a menos que tenha
que protegê-lo de um perigo iminente na cena.
Lembre-se de que, ao lidar com pacientes com lesão na coluna, o emergencista deve
realizar todas as manobras mantendo a cabeça e o pescoço fixos.
Postura característica: o paciente fica inclinado sobre o lado da lesão, com a mão ou o
braço sobre a região lesada, imóvel;
Para auxiliar nos seus estudos, os traumatismos do tórax serão apresentados da seguinte
forma:
Fraturas de costelas;
Objetos encravados;
Fratura de costelas
Sinais e sintomas
Crepitação.
Tratamento pré-hospitalar
2. Use bandagens triangulares como tipoia e outras para fixar o braço no tórax.
Importante!
Não use esparadrapo direto sobre a pele para imobilizar costelas fraturadas.
Tórax instável
Ocorre quando duas ou mais costelas estão quebradas em dois pontos. Provoca a respiração
paradoxal. O segmento comprometido se movimenta, paradoxalmente, ao contrário do
restante da caixa torácica durante a inspiração e a expiração. Enquanto o tórax se expande, o
segmento comprometido se retrai e quando a caixa torácica se contrai, o segmento se eleva.
Tratamento pré-hospitalar
2. Use almofadas pequenas ou compressas dobradas presas com fita adesiva larga.
4. Transporte o paciente deitado sobre a lesão ou na posição que mais lhe for confortável.
São os traumas abertos de tórax, geralmente provocados por objetos que não se encontram
cravados, assim como lesões provocadas por armas brancas, de fogo ou lesões ocorridas nos
acidentes de trânsito, entre outras. Em alguns casos, é possível perceber o ar entrando e saindo
pelo orifício.
São chamados de ferimentos aspirantes de tórax porque se escuta um som característico cada
vez que o paciente respira.
Tratamento pré-hospitalar
1. Tampone o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas, após a
expiração;
2. Faça um curativo oclusivo com plástico ou papel aluminizado (curativo de três pontas);
a oclusão completa do ferimento pode provocar um pneumotórax hipertensivo grave;
3. Conduza o paciente com urgência para um hospital e ministre O2, de acordo com o
protocolo local.
Objetos encravados
Não remova corpos estranhos encravados (pedaços de vidro, facas, lascas de madeiras,
ferragens, etc.). As tentativas de remoção poderão causar hemorragia grave ou, ainda, lesar
nervos e músculos próximos da lesão.
Tratamento pré-hospitalar
2. Use curativo volumoso para estabilizar o objeto encravado, fixando-o com fita adesiva.
O ar que sai do pulmão perfurado leva ao pneumotórax hipertensivo, que resulta em colapso
pulmonar. As hemorragias no interior da caixa torácica (hemotórax) provocam compressão do
pulmão, levando também à insuficiência respiratória. As lesões na caixa torácica acabam
provocando lesões internas nos pulmões e no coração. O sangue envolvendo a cavidade do
pericárdio pode também resultar em uma perigosa compressão no coração.
Sinais e sintomas
Desvio de traqueia;
Estase jugular;
Cianose;
Sinais de choque;
Enfisema subcutâneo.
Tratamento pré-hospitalar
1. Ministre O2.
Importante!
Todas essas lesões são emergências sérias que requerem um pronto cuidado médico.
Aula 3 – Queimaduras
3.1. Definições
Lesão causada por agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação, etc.
3.2. Causas
As causas das queimaduras são:
Térmicas – Por calor (fogo, vapores quentes, objetos quentes) e por frio (objetos congelados,
gelo).
Queimadura de 1º grau
Queimadura de 2º grau
Atinge a epiderme e a derme. Caracteriza-se
por muita dor, vermelhidão e formação de
bolhas.
Queimadura de 3º grau
De acordo com a extensão da queimadura, usamos percentagens através da regra dos nove,
que permitem estimar a superfície corporal total queimada (SCTQ). Nesse caso, analisamos
somente o percentual da área corpórea atingida pela lesão, sem considerar sua profundidade
(seus graus).
A regra dos nove divide o corpo humano em doze regiões. Onze delas equivalem a 9% cada, e
uma (região genital) equivale a 1%, conforme segue:
Grau da queimadura;
Percentagem da SCTQ:
Localização da queimadura;
Idade da vítima;
Queimaduras que afetam as áreas críticas do corpo (rosto, mãos, pés, genitais e nádegas), ou
queimaduras inalatórias.
- Queimaduras faciais;
- Antecedente de explosão.
Tratamento pré-hospitalar
4. Esfrie a área queimada em água fria ou use um jato de água fria por alguns minutos. A
melhor coisa é mergulhar, se possível, a área afetada em água fria.
5. Mantenha uma via aérea aberta; garanta que o paciente esteja respirando.
6. Cubra a queimadura inteira usando um curativo frouxo estéril ou limpo. Não tape a boca
ou nariz. Não aplique quaisquer cremes. Cubra com gaze estéril de preferência.
8. Preste atenção especial aos dedos. NÃO feche uma mão que tenha queimaduras de
segundo ou terceiro grau sem ter de inserir um curativo entre cada dedo. Se o protocolo
local permitir, aplique compressas úmidas em água estéril.
9. Previna o choque.
10. Não remova a roupa presa à pele. Corte em torno da lesão e cubra com curativo limpo.
Tratamento pré-hospitalar
4. Lave a área completamente com água corrente por vinte minutos ou mais.
7. Previna o choque.
3.4.3. Queimaduras elétricas
Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada
respiratória ou cardiorrespiratória, dano ao SNC e lesões em órgãos internos.
Tratamento pré-hospitalar
3. Verifique a respiração e pulso. A energia elétrica passa através do corpo, muitas vezes
resultando em parada cardíaca. Também pode haver um bloqueio parcial, devido à
inflamação dos tecidos ao longo da via aérea.
4. Avalie a queimadura, procure pelo menos dois pontos queimados. Um deles será no
local onde o paciente entrou em contato com a fonte de energia (muitas vezes a mão),
o outro é a saída (muitas vezes é o pé ou a mão).
Exposição ao frio excessivo pode causar problemas de saúde. Em casos graves, o resfriamento
geral do corpo, hipotermia, pode levar à morte. Exposição ao frio excessivo pode manifestar-
se de duas formas:
Resfriamento generalizado
Resfriamento localizado
Também chamado de hipotermia geral, é provavelmente a lesão mais comum no frio. Afeta
todo o corpo com uma diminuição geral da temperatura, ao ponto de se perder o controle
térmico, chegando-se ao coma e à morte.
Sinais e sintomas
Calafrios;
Sensação de adormecimento;
Sonolência;
Perda da visão;
Tratamento pré-hospitalar
8. Não permita que o paciente retorne para o mesmo local em que estava, pois
provavelmente retornará a hipotermia.
Setenta por cento do corpo humano é composto por água. Quando exposto ao frio excessivo, a
água se congela intracelularmente, resultando em cristais de gelo que podem destruir as
células.
Sinais e sintomas
Tratamento pré-hospitalar
3. Aqueça a zona afetada. Implemente uma fonte confiável (não queime o paciente) de
calor externo para o local lesado.
Importante!
Não esfregue a área do corpo afetada, pois as células estão em forma de cristais e podem se
destruir.
Sinais e sintomas
Tratamento pré-hospitalar
Finalizando...
Exercícios: