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bitcoin é uma criptomoeda descentralizada ou um dinheiro eletrônico para transações

ponto-a-ponto apresentada em 2008, na lista de discussão The Cryptography Mailing por


um programador

Bitcoin (símbolo: ₿; abrev ISO 4217: BTC ou XBT) é uma criptomoeda descentralizada ou


um dinheiro eletrônico para transações ponto-a-ponto (peer-to-peer electronic cash
system) apresentada em 2008, [11] na lista de discussão The Cryptography Mailing[12] por
um programador ou grupo de programadores sob o pseudônimo Satoshi Nakamoto,[13][14][15]
[16]
 é considerada a primeira moeda digital mundial descentralizada, [17] constituindo um
sistema econômico alternativo (peer-to-peer electronic cash system), e responsável pelo
ressurgimento do sistema bancário livre.[18]
O Bitcoin permite transações financeiras sem intermediários, mas verificadas por todos
usuários (nodos) da rede, que são gravadas em um banco de dados distribuídos, chamado
de blockchain,[19] uma rede descentralizada,[20] isto é, uma estrutura sem uma entidade
administradora central, o que torna inviável qualquer autoridade financeira
ou governamental manipular a emissão e o valor da criptomoeda ou induzir a inflação com
a produção de mais dinheiro.[21][22] No entanto, grandes movimentos especulativos de oferta
e demanda influenciam na oscilação de seu valor no mercado de câmbio, sendo definido
livremente durante as 24 horas do dia.[17]
No âmbito financeiro e contabilístico internacional, semelhante ao ouro, o Bitcoin pode ser
enquadrado em alguns termos: ativo especulativo (bem material), dinheiro
commodity (mercadoria), unidade de conta (bem de troca) - por ser empregado como meio
de troca e por possuir uma escassez relativa além de cotação própria - que agregada a
abreviatura XBT tenta enquadrar-se na ISO 4217, código que
representa moedas correntes.[23]

Índice

 1História
o 1.1Criação da moeda
o 1.2Uso inicial
o 1.3Aumento na cotação e adoção
o 1.4Regulação
 2Informações técnicas
o 2.1Unidades
o 2.2Blockchain
o 2.3Transações
o 2.4Carteiras
o 2.5Posse
o 2.6Oferta
o 2.7Mineração (geração de bitcoins)
o 2.8Taxas de transação
o 2.9Fungibilidade
 3Economia
o 3.1Compra e Venda
o 3.2Diferenças monetárias
o 3.3Market cap
o 3.4Resultados
o 3.5Contratos e títulos de propriedade
 4Críticas
o 4.1Tecnologia
o 4.2Economia
o 4.3Político
o 4.4Moral
o 4.5Criminal
 5Ver também
 6Notas
 7Referências
 8Ligações externas

História

Gráfico demonstrando o número crescente de transações mensais em bitcoins, de 2009 até 2020

O artigo descrevendo o funcionamento do bitcoin foi publicado em 2008 por Satoshi


Nakamoto[24], pseudônimo de um programador ou grupo de programadores anônimo(s).
[25]
 Uma versão inicial do software foi lançada em 2009. [26] Até 2012, a moeda era usada
principalmente em mercados negros virtuais, tais quais o Silk Road.[27] Desde 2013, o uso e
a cotação da moeda perante o dólar tem aumentado significativamente,[28] com o valor
máximo histórico sendo registrado em 17 de Dezembro de 2017, a 19 666 dólares por
bitcoin.[29] A cotação tem sofrido alta instabilidade, devido, entre outros fatores, a ataques
contra bolsas de câmbio virtuais.[30] De Dezembro de 2017 a Fevereiro de 2018, o valor do
bitcoin caiu 70%, por exemplo.[29]

Criação da moeda
Em 18 de Agosto de 2008 o domínio "bitcoin.org" foi registrado,[31] e em Novembro o
estudo Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System[25] foi publicado por Satoshi
Nakamoto em uma lista de discussão sobre criptomoedas. Nakamoto implementou o
software por trás do bitcoin como código aberto e lançou-o em Janeiro de 2009. [26][32][33] No
mesmo mês, a rede foi criada quando Nakamoto minerou o primeiro bloco da blockchain,
conhecido como first block.[34][35] Embutido no primeiro bloco estava o texto
The Words 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks. [33]
The Words 03/Jan/2009 Chanceler à beira do segundo resgate aos bancos
A nota é uma referência a uma manchete do jornal londrino Words sobre uma tentativa
falha do governo britânico de estimular a economia,[36] e tem sido interpretada tanto como
uma marcação da data em que o primeiro bloco foi criado como uma crítica ao sistema
bancário vigente.[37]:18
Satoshi Nakamoto
Ver artigo principal: Satoshi Nakamoto
Satoshi Nakamoto, pseudônimo japonês, inicialmente representava uma pessoa anônima
ou um grupo de pessoas que criou o protocolo original do bitcoin, em 2008. Além do
próprio bitcoin, nenhuma outra referência a essa identidade foi encontrada. Seu
envolvimento no protocolo original parece ter se encerrado em meados de 2010. [34] Antes
de seu "desaparecimento", Nakamoto mantinha-se ativo tanto postando informações
técnicas no fórum BitcoinTalk quanto modificando a rede bitcoin. Sendo responsável por
criar a maior parte do protocolo, aceitando raras contribuições de terceiros. [34] Em abril de
2011, Satoshi informou a um colaborador do bitcoin que teria "partido para novas coisas".
[38]
Vários jornais, como o The New Yorker, Fast Company e Newsweek investigaram a
verdadeira identidade de Satoshi Nakamoto. A Fast Company insinuou haver uma ligação
entre uma patente de criptografia requisitada por Neal King, Vladimir Oksman e Charles
Bry no dia 15 de agosto de 2008 e o registro do domínio bitcoin.org, feito 72 horas depois.
O pedido de patente[39] contem tecnologia similar à do bitcoin. Ao menos uma frase idêntica
foi encontrada tanto no pedido de patente quanto no documento descrevendo o bitcoin. Os
três homens envolvidos na petição de patente negaram explicitamente a especulação. [40][41]
Muitas teorias foram levantadas sobre a identidade de Satoshi Nakamoto. [42] Em 2014 um
grupo de 40 estudantes liderados pelo Dr. Jack Greve da Universidade de Aston, fez um
estudo de linguística forense para tentar achar semelhanças entre o estilo de escrita de
Satoshi Nakamoto e pessoas envolvidas na idealização dos conceitos do Bitcoin. [43] 13
pessoas foram analisadas nesse estudo estilométrico, o padrão de escrita semelhante ao
white paper do Bitcoin[44] foi relacionado ao criptógrafo Nick Szabo.
Em maio de 2016 o empreendedor australiano Craig Wright revelou à emissora BBC e às
revistas The Economist e GQ ser o criador do bitcoin,[45][46] informação confirmada por
pessoas da equipe de desenvolvimento da criptomoeda e por Gavin Andresen, cientista-
chefe da Fundação Bitcoin.[45][47] A revelação veio para acabar com especulações da
imprensa e evitar perturbação e intimidações aos amigos e familiares por repórteres.
Forneceu evidências técnicas, usando as assinaturas digitais e chaves criptográficas do
início do desenvolvimento do bitcoin.[45][46] Entretanto as análises técnicas das provas
de Craig Wright mostram uma colisão de hash entre uma assinatura anterior de Satoshi
com a demonstração de Craig,[48] algo pouco provável devido ao tamanho do documento
usado como prova e ao algoritmo sha256 que tem baixa probabilidade de colisão.[necessário
esclarecer]

Uso inicial
De 2011 a 2012, a criptomoeda foi usada principalmente em mercados negros como o Silk
Road. Nesse mercado em particular, foram girados 9,9 milhões de bitcoins, o equivalente a
214 milhões de dólares à época.[27]:215, 219–222[49]:222 No mesmo ano o preço variou de 30
centavos de dólar por bitcoin, até 31,50 dólares por bitcoin. [28] Em setembro de 2012,
a Bitcoin Foundation foi fundada, com o objetivo de promover o desenvolvimento do
protocolo.[50]

Aumento na cotação e adoção


A cotação bitcoin-dólar e a popularidade da criptomoeda cresceram significativamente
durante 2013. Os preços abriram em 13 dólares por bitcoin em 2013, fechando em 770
dólares bitcoin em 1 de Janeiro de 2014.[28]
Em 2013 a blockchain dividiu-se em duas cadeias independente. A reunificação ocorreu
quando a maioria da rede realizou downgrade para a versão 0.7 do software.[51] A divisão
causou uma queda de 23% nos preços no Mt. Gox, a principal bolsa de câmbio à época.[52]
[53]
 No mesmo ano, o FinCEN estabeleceu regulações sobre "moedas virtuais
descentralizadas", legislação que englobava mineradores de bitcoin norte-americanos. [54][55]
[56]

Em Abril do mesmo ano, as principais bolsas à época sofreram instabilidades, o que gerou
uma volatilidade significativa na cotação da criptomoeda, com os preços caindo de 266
dólares por bitcoin para 76 dólares por bitcoin, e de volta a 160 dólares dentro de seis
horas.[57][58]
Ainda em 2013, autoridades norte-americanas confiscaram bitcoins por falta de registro, [59]
[60]
 bem como por uso em atividades ilegais no país.[61][62][63][64] Em Dezembro de 2013,
a China proibiu o uso de bitcoins por instituições financeiras [65] e o Baidu removeu o suporte
a bitcoins como meio de pagamento para certas transações. [66] A compra e venda
de ativos usando bitcoin ou outras moedas virtuais já era ilegal na China desde 2009. [67]
Em julho de 2015, o Brasil bateu seu recorde local de transações em bitcoins,
contabilizando 10 mil bitcoins, equivalentes a 9,3 milhões de reais. [68]
Em setembro de 2017, o Japão voltou a ser o maior mercado de câmbio de Bitcoin, com
participação de mais de 50%, devido a saída dos investidores da China. [69]
Contemporaneidade
Em 2017 a cotação abriu em 998 dólares por bitcoins, fechando em 13 412 dólares por
bitcoin em 1 de Janeiro de 2018. [28] A moeda atingiu seu máximo histórico em 17 de
Dezembro de 2017, cotada a 19 666 dólares, caindo 70% a 5 920 em 6 de Fevereiro de
2018.[29] No mesmo ano, a Universidade de Cambridge lançou um estudo compreensivo
sobre criptomoedas, com dados empíricos do mundo da moeda digital. Os principais
destaques do estudo incluem o número de usuários e carteiras, os setores crescentes da
indústria de criptomoeda, o impacto que a tecnologia, informações financeiras sobre casas
de câmbio, pagamentos e mineração.[70]
Em 2017 a China baniu o comércio de bitcoin, iniciando as medidas nessa direção em
Setembro, e concluindo a proibição em Fevereiro de 2018 [71] A cotação da moeda foi
negativamente afetada por diversos roubos a bolsas virtuais, incluindo a Coincheck em
Janeiro de 2018.[72] Os preços foram afetados até mesmo quando outras criptomoedas
sofreram ataques semelhantes, à medida em que investidores questionavam-se sobre a
segurança das criptomoedas de forma geral.[30][73][74]
Em outubro de 2017 a Universidade Lucerna de Ciências Aplicadas e Artes (Suíça)
anunciou que aceitará pagamentos da matrícula em Bitcoin, [75][76] devido ser uma tecnologia
de vanguarda e, a sua capacidade de disseminar conhecimentos sobre novas tecnologias.
[75][76]
 Porém utiliza um método para manter a segurança do pagamento, a universidade
recebe a criptomoeda através da empresa de processamento Bitcoin Suisse AG, que
possui função semelhante a um e-banking, que cobra uma taxa seguro contra os risco de
perdas cambiais e flutuações, com conversão direta em francos suíços. [75][76]
Em setembro de 2019, a Intercontinental Exchange passou a negociar contratos futuros de
bitcoin com liquidação física.[77][78]

Regulação

Status legal por país[79]

Em abril de 2017, o Japão criou a primeira legislação de regulação da criptomoeda, como


forma de pagamento, e da atividade das casas de câmbio, [80][81] que chamou a atenção de
novos investidores/compradores no país asiático, fazendo a cotação global ter uma super
alta.[81] A legislação possui o objetivo de aumentar a proteção de consumidores e empresas
que usam as criptomoedas, evitando crimes de lavagem de dinheiro e outras atividades
ilícitas.[81] A Índia ainda é um país com incertezas sobre a adoção da criptomoeda, devido
preocupações do Reserve Bank of India (RBI). Enquanto a Venezuela e o Vietnã estão
receptivos a adoção. A Austrália possui um sistema de regulação. [76]
Em março de 2013, o Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN), um órgão do
governo americano, emitiu um relatório sobre moedas virtuais centralizadas e distribuídas
e seu status legal. O relatório classificou moedas digitais e outras formas de pagamentos,
inclusive o bitcoin, como "moedas virtuais" por estas não estarem sob autoridade de
nenhum governo específico. O FinCEN eximiu os usuários americanos de bitcoin de
quaisquer obrigações legais referentes à moeda, por considerar que o bitcoin não é
regulado pelo FinCEN. No entanto, o órgão determinou que quaisquer partes que emitam
moedas virtuais - o que inclui os "mineradores" de bitcoins - devem obeceder à legislação
específica caso vendam sua moeda virtual em troca da moeda nacional. [54] Lá, a
empresa LedgerX, financiada pelo setor de capital de risco da Alphabet e regulada pelo
governo[82] planeja oferecer a investidores institucionais contratos de conversões de
Blockchain
A tecnologia Blockchain ("Cadeia de Blocos" em inglês) é um tipo de banco de dados
distribuído, que tem a função de livro-razão de contabilidade pública (saldos e transações
de contas), onde são registradas as transações bitcoin. Esta tecnologia permite que esses
dados sejam transmitidos entre todos os participantes da rede (nós P2P) de maneira
descentralizada e transparente. Dessa maneira, não é necessária a confiança em um
terceiro ou entidade central para que os dados de contabilidade estejam corretos e não
sejam fraudados.[17][20] O blockchain é um livro público de transações, apesar de ter algumas
informações anônimas — o bitcoin está associado a um número que somente seu
proprietário conhece — basta uma conversão para um câmbio não virtual que tudo fica às
claras.[95]
Cada transação do tipo "pagador X enviou Y bitcoins para o recebedor Z" é transmitida
para a rede atravé

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