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Universidade do Algarve

Departamento de Fı́sica

Exercı́cios
de Electromagnetismo
Compilados por
Robertus Potting, Paulo Seara de Sá
e Orlando Camargo Rodrı́guez

Faro, 12 de Setembro de 2005


1 Cálculo Vectorial Elementar
Ao longo desta secção r representa o vector-posição:

r = xex + yey + zez .

1.1 Gradiente, divergência e rotacional


Exercı́cio 1 Calcule:
a) o gradiente de r.

b) a divergência de r.

c) o rotacional de r.

Exercı́cio 2 Calcule a divergência dos seguintes vectores:


a) r/r.

b) ex (x2 + yz) + ey (y 2 + xz) + ez (z 2 + xy).

c) r × (ex y + ey z + ez x).

Exercı́cio 3 Calcule o gradiente de uma função escalar Ψ, tal que Ψ(x, y, z) = Ψ(r).

Exercı́cio 4 Calcule a divergência do gradiente da função Ψ(x, y, z) = ex+y+z .

Exercı́cio 5 Calcule o rotacional dos seguintes vectores:


a) (r · A) r, onde A = ex + ey + ez .

b) (r · A) B, onde A = ex + ey + ez e B = ex − ey − ez .

Exercı́cio 6 Calcule (A · ∇) r, onde A = A(x, y, z).

1.2 Identidades
Exercı́cio 7 Demonstre as seguintes identidades para quaisquer funções Ψ, Φ, A e B:
i. ∇ (ΨΦ) = Φ∇Ψ + Ψ∇Φ.

ii. ∇ · (ΨA) = Ψ∇ · A + ∇Ψ · A.

iii. ∇ × (ΨA) = Ψ∇ × A + ∇Ψ × A.

iv. ∇ · (A × B) = B · (∇ × A) − A · (∇ × B).

v. ∇ × (A × B) = (B · ∇)A − (A · ∇)B − B(∇ · A) + A(∇ · B).

Exercı́cio 8 Calcule ∇ · (rn−1 r) (sugestão: aplique a identidade 7.ii).

Exercı́cio 9 Calcule ∇ × (Ψ(r)r) (sugestão: aplique a identidade 7.iii).

1
1.3 Aplicações sucessivas de ∇
Exercı́cio 10 Calcule ∇2 Ψ(r).

Exercı́cio 11 Calcule ∇ × (Ψ∇Ψ) (sugestão: aplique a identidade 7.iii).

Exercı́cio 12 Verifique as seguintes identidades:


a) ∇ × ∇Ψ = 0.

b) ∇ · ∇ × A = 0.

c) A × (∇ × A) = 12 ∇(A2 ) − (A · ∇)A.

d) ∇ × (∇ × A) = ∇(∇ · A) − (∇ · ∇)A.

e) ∇2 (ΨΦ) = Φ∇2 Ψ + Ψ∇2 Φ + 2∇Ψ · ∇Φ.

1.4 Gradiente, divergência e rotacional em coordenadas cilı́ndricas


Exercı́cio 13 Demonstre que em coordenadas cilı́ndricas (r, φ, z)

ex = er cos φ − eφ sin φ
.
ey = er sin φ + eφ cos φ

Exercı́cio 14 Mostre que em coordenadas cilı́ndricas


∂Ψ 1 ∂Ψ ∂Ψ
∇Ψ = er + eφ + ez ,
∂r r ∂φ ∂z
onde Ψ = Ψ(r, φ, z).

Exercı́cio 15 Mostre que


1 ∂ 1 ∂Aφ ∂Az
∇·A= (rAr ) + + ,
r ∂r r ∂φ ∂z
onde A = Ar er + Aφ eφ + Az ez .

Exercı́cio 16 Calcule div A e rot A, onde A = rer + zez .

Exercı́cio 17 Mostre que rot A só tem componente z se A(r, φ) = er Ar (r, φ)+eφ Aφ (r, φ).

1.5 Gradiente, divergência e rotacional em coordenadas esféricas


Exercı́cio 18 Demonstre que em coordenadas esféricas (r, θ, φ)

ex = er sin θ cos φ − eφ sin φ + eθ cos θ cos φ


ey = er sin θ sin φ + eφ cos φ + eθ cos θ sin φ
ez = er cos θ − eθ sin θ

(sugestão: projecte os versores er , eφ e eθ sobre os versores ex , ey e ez , determine a matriz


de projecção e calcule a respectiva inversa).

2
Exercı́cio 19 Mostre que
∂Ψ 1 ∂Ψ 1 ∂Ψ
∇Ψ = er + eθ + eφ ,
∂r r ∂θ r sin θ ∂φ

onde Ψ = Ψ(r, θ, φ).

Exercı́cio 20 Calcule grad (rn ).

Exercı́cio 21 Calcule div (rn er ).

Exercı́cio 22 Calcule ∆(rn ).

1.6 Integrais de volume, de superfı́cie e de linha


Exercı́cio 23 Escreva em coordenadas cartesianas: (a) O elemento de volume dV ; (b) O
elemento de área nos planos XY , Y Z e XZ; (c) As normais correspondentes aos elementos
de área, dS; (d) O elemento de comprimento, dl, ao longo dos eixos X, Y e Z.

Exercı́cio 24 Demonstre que em coordenadas cilı́ndricas (r, φ, z) o elemento de volume


corresponde a
dV = r dr dφ dz .
Use dV para demonstrar que os volumes de um cilı́ndro e de um cone, de raio R na base
e altura h, correspondem respectivamente a
1
Vcilı́ndro = π R2 h e Vcone = π R2 h .
3
Exercı́cio 25 Escreva em coordenadas cilı́ndricas o elemento de área da base de um
cilindro, cuja base está apoiada na plano XY . Indique a normal correspondente.

Exercı́cio 26 Escreva em coordenadas cilı́ndricas o elemento de área da superfı́cie lateral


de um cilindro, cuja base está apoiada na plano XY . Indique a normal correspondente.

Exercı́cio 27 Escreva em coordenadas cilı́ndricas o elemento de comprimento, dl, ao


longo da coordenada r e ao longo do perı́metro de um cı́rculo de raio r.

Exercı́cio 28 Demonstre que em coordenadas esféricas (r, θ, φ) o elemento de volume


corresponde a
dV = r2 sin θ dr dθ dφ .
Use dV para demonstrar que o volume de uma esfera de raio R corresponde a
4
V = π R3 .
3
Exercı́cio 29 Escreva em coordenadas esféricas o elemento de área da superfı́cie de uma
esfera e a normal a esse elemento de área. Mostre que a área de uma esfera de raio R
corresponde a 4πR2 .

3
Z
Exercı́cio 30 Calcule o integral de volume rdV , onde V é o volume delimitado por
V
uma esfera de raio R.
Z
Exercı́cio 31 Calcule o integral de superfı́cie F · dS, onde S é a superfı́cie
S
n o
(x, y, z)|x2 + y 2 + z 2 = 4, z ≥ 0

e F = F0 ez (F0 = constante).

1I
Exercı́cio 32 Calcule o integral de superfı́cie r · dS, onde S corresponde à área do
3
S
cubo unitário definido pelos pontos (0, 0, 0), (1, 0, 0), (0, 1, 0) e (0, 0, 1).

Exercı́cio 33 A força que actua sobre um oscilador harmónico em duas dimensões pode
ser descrita através da relação

F(x, y) = −k (ex x + ey y) ,

onde k é uma constante. Compare o trabalho realizado por esta força ao longo dos
percursos (1, 1) → (4, 1) → (4, 4), (1, 1) → (1, 4) → (4, 4) e (1, 1) → (4, 4) ao longo da
recta x = y. Resolva este exercı́cio usando coordenadas cartesianas e coordenadas polares.

Exercı́cio 34 Determine o trabalho realizado pelo campo de força


y x
F(x, y) = −ex + ey 2
x2 +y 2 x + y2
ao longo do cı́rculo unitário no plano XY :

a) no sentido contrário do ponteiro do relógio de 0 a π;

b) no sentido do ponteiro do relógio de 0 a −π.

4
2 Electrostática
2.1 Lei de Coulomb, campo e potencial electrostáticos
Exercı́cio 35 Duas cargas pontuais q1 = 2e e q2 = −5e encontram-se separadas por uma
distância a = 2 m. Determine o ponto (ou pontos) do plano onde o campo electrostático
e o potencial são nulos.

Exercı́cio 36 Nos vértices de um quadrado de lado L encontram-se quatro cargas, Q1 =


Q3 = + |q| e Q2 = Q4 = − |q|; cargas do mesmo sinal encontram-se em vértices opostos.
Calcule:

a) a força que as cargas Q1 , Q2 e Q3 exercem sobre a carga Q4 ;

b) o campo electrostático criado pelas quatro cargas no ponto médio de um dos lados do
quadrado;

c) o potencial electrostático no mesmo ponto da alı́nea anterior.

Exercı́cio 37 Três cargas eléctricas iguais são colocadas nos vértices de um triângulo
equilátero de lado l. Calcule:

a) a força de cada carga como resultado das interacções com as outras;

b) o campo electrostático no centro do triângulo;

c) o potencial electrostático no centro do triângulo.

Exercı́cio 38 Dois protões estão separados por uma distância 2a = 4 fm, como mostra
a Fig.1 (os dois protões encontram-se fixos nos pontos P1 e P2 ).

a) Qual é a direcção do campo electrostático em qualquer ponto do plano a tracejado


indicado na figura?

b) Suponha que se substitui um dos protões por um electrão.

1 - Qual seria agora a resposta à alı́nea a)?


2 - Qual o valor do potencial no plano a tracejado? Como se chama a esse plano?
3 - Qual é o trabalho que é necessário realizar para deslocar uma carga q de P3 para
P4 ?

Exercı́cio 39 Mostre que a um campo electrostático E0 , uniforme numa região de espaço,


corresponde o potencial Φ(r) = Φ(0) − E0 · r.

Exercı́cio 40 Um fio, de comprimento l, está uniformemente carregado com uma carga


total q. Determine o campo electrostático e o potencial, num ponto P situado ao longo
do eixo do fio, a uma distância a do seu extremo mais próximo (ver Fig.2).

5
· P3

+e +e

P1 a a P2

· P4

Figura 1

P
X
l a

Figura 2

Exercı́cio 41 Considere um fio de comprimento infinito, orientado ao longo do eixo Z


e carregado com uma densidade linear de carga λ (ver Fig.3). Determine o campo e o
potencial electrostáticos num ponto P de coordenadas (x, y, z). Qual é a simetria do
campo?

Exercı́cio 42 Considere um arco circular de raio R no plano XY (ver Fig.4), definido


pelas coordenadas polares φ1 e φ2 , e carregado com uma densidade linear de carga λ.
Determine o campo e o potencial electrostáticos no ponto de coordenadas (0, 0, 0). Indique
o valor do campo e do potencial para φ1 = 0 e φ2 = π, e para φ1 = 0 e φ2 = 2π.

Exercı́cio 43 Considere um cı́rculo de raio R no plano XY (ver Fig.5(a)), carregado


com uma densidade linear de carga λ. Determine o campo e o potencial electrostáticos
no ponto P com coordenadas (0, 0, z). Considere igualmente o caso em que metade do
cı́rculo tem uma densidade de carga λ, enquanto que a outra metade tem uma densidade
de carga −λ.
Exercı́cio 44 Determine o campo e o potencial electrostáticos no ponto P com coor-
denadas (0, 0, z), criados por dois cı́rculos concêntricos de raios R1 e R2 , localizados no
plano XY (ver Fig.5(b)), e carregados com densidades lineares de carga λ1 e λ2 , respec-
tivamente.

6
z

λ
r ◦(x, y, z)

y
Y

Figura 3

Y
λ

φ2
R

φ1
X

Figura 4

Exercı́cio 45 Considere um disco circular de raio R no plano XY , e com densidade


superficial de carga σ (ver Fig.6). Determine o campo e o potencial electrostáticos no
ponto P de coordenadas (0, 0, z). Determine igualmente o campo de um plano infinito
considerando um disco de raio infinito, assim como o campo criado por dois planos infinitos
paralelos, com densidades de carga opostas e separados por uma distância d .

Exercı́cio 46 Mostre que o valor médio do potencial dentro de uma carga esférica com
distribuição uniforme é
6 Q
Φ̄ = .
5 4π0 R

Exercı́cio 47 Um cilindro longo de raio R está orientado ao longo do eixo dos Z, per-
pendicularmente a um campo eléctrico uniforme E0 = (E0 , 0, 0). A superfı́cie do cilindro
tem uma carga −4π0 E0 R por unidade de comprimento uniformemente distribuı́da.

a) Mostre que no ponto (2R, 0) o campo electrostático é nulo.

7
Z Z

P · P ·
r
R1
R R2

λ2
λ λ1
X Y X Y

(a) (b)

Figura 5

P
·
R

x y
❑dq
X Y

Figura 6

b) Mostre que o potencial fora do cilindro (negligenciando os efeitos dos extremos do


cilindro) é " √ 2 !#
x + y2
Φ(x, y) = E0 −x + 2R ln .
R

Exercı́cio 48 A densidade da carga num átomo de hidrogénio no seu estado fundamental


é !
e 2r
 
ρel = − 3 exp − ,
πa0 a0
onde r é a distância ao protão e a0 o raio de Bohr. Mostre que o potencial electrostático
total é dado por
e 1 1 2r
   
Φ(r) = + exp − .
4π0 r a0 a0

2.2 Lei de Gauss


Exercı́cio 49 Use a lei de Gauss para calcular a intensidade do campo electrostático de
um fio de comprimento infinito.

Exercı́cio 50 Uma superfı́cie esférica de carga uniforme tem raio R e carga total Q.
Utilizando a lei de Gauss, mostre que:

8
a) E = 0 no interior da superfı́cie esférica;

b) no exterior da superfı́cie esférica o campo eléctrico é igual àquele criado por uma carga
pontual com carga Q situada no centro da esfera.

Exercı́cio 51 Utilize a lei de Gauss para obter expressões para o campo electrostático
nos pontos dentro e fora de uma distribuição esférica e uniforme de carga (a carga total
é Q).

Exercı́cio 52 Uma esfera de raio R1 , com carga q0 uniformemente distribuı́da, está


rodeada por uma camada esférica de raio interior R2 e raio exterior R3 , com carga −2q0
também uniformemente distribuı́da (q0 > 0). Utilizando a lei de Gauss, obtenha ex-
pressões para o campo electrostático em r < R1 , R1 < r < R2 , R2 < r < R3 e r > R3 .

Exercı́cio 53 Uma carga q encontra-se distribuı́da no interior de uma esfera sólida de


raio R, de acordo com a distribuição de densidade de carga volúmica:
C
ρ(r) = ,
r2
onde C é uma constante. Determine o valor de C a partir da condição
Z
q= ρdV .
V

Seguidamente aplique a lei de Gauss para determinar o campo electrostático no interior


e no exterior da esfera.

Exercı́cio 54 Numa esfera, uniformemente carregada com densidade de carga volúmica


ρ, é feita uma cavidade esférica, o centro da qual se encontra à distância d do centro da
esfera (ver Fig.7). Determine o campo electrostático no interior da cavidade.

R2

d R1

Figura 7

Exercı́cio 55 Determine o potencial electrostático dentro e fora de um cilindro infinito


de raio R, uniformemente carregado com densidade de carga volúmica ρ. O potencial na
superfı́cie do cilindro é Φ(R) = Φ0 .

9
Exercı́cio 56 Um cilindro oco, infinitamente longo, está carregado uniformemente. O
raio interior é R e o raio exterior é 2R.
a) Determine o campo electrostático em todo o espaço.
b) Sabendo que o potencial na superfı́cie exterior do cilindro é Φ0 , determine o potencial
na superfı́cie interior.
Exercı́cio 57 Dois condutores longos, paralelos, situados à distância L um do outro,
encontram-se carregados uniformemente com carga por unidade de comprimento igual a
q e −q. Por aplicação da lei de Gauss para cada um dos condutoress, determine o campo
electrostático no ponto P , situado à distância H do plano que contém os dois condutores.

2.3 Energia electrostática


Exercı́cio 58 Um núcleo atómico contém N neutrões e Z protões. Considere que o
núcleo é construı́do adicionando um nucleão após outro e suponha ainda que os núcleos
são distribuı́dos uniformemente sobre uma esfera de raio R. Mostre que a contribuição
electroestática para a energia do sistema é
3 Z (Z − 1) e2
.
5 4π0 R
Exercı́cio 59 Suponha que um electrão em repouso não é pontual, mas uma camada
esférica de carga com raio a. Qual será o valor de a, supondo que toda a massa do
electrão é electrostática na origem, de modo a que a energia do campo possa ser igualada
a mc2 ?

2.4 Dipolos
Exercı́cio 60 Mostre que o momento do dipolo eléctrico de uma distribuição de carga
globalmente neutra (Q = 0) é independente da origem do sistema de coordenadas.
Exercı́cio 61 No interior de um cubo de aresta L está distribuı́da, uniformemente, uma
carga Q. Escolhendo a origem do sistema de coordenadas no centro do cubo, mostre que
o momento dipolar da distribuição é nulo.
Exercı́cio 62 Uma distribuição de carga é dada, em coordenadas esféricas, pela seguinte
densidade volumétrica:
 ρ0 sin2 θ , r < R

ρ =  R2 .
0, r>R
Calcule os momentos monopolar e dipolar da distribuição.
Exercı́cio 63 Mostre que a intensidade do campo eléctrico de um dipolo eléctrico é
p √
E= 1 + 3 cos2 θ ,
4π0 r3
onde p é o momento do dipolo, R e θ são, respectivamente, as coordenadas radial e polar.
O centro do dipolo está situado na origem do sistema de coordenadas e orientado na
direcção θ = 0. O potencial do dipolo é
p·r
Φ(r) = .
4π0 r3

10
Exercı́cio 64 Qual a energia potencial de dois dipolos p1 e p2 com distância relativa r?
Exercı́cio 65 Uma molécula de água (considerada como um dipolo eléctrico com |p| =
6, 17 × 10−30 C.m) está à distância de 2,5 Å de um catião com carga +e.
a) Qual é a configuração em que a energia potencial da molécula de água no campo do
ião é mı́nima?
b) Nessa configuração, a força é atractiva ou repulsiva?
c) Qual é a energia necessária para inverter a orientação da molécula?

2.5 Método das imagens


Exercı́cio 66 Uma carga Q está à distância a da superfı́cie de uma placa condutora
infinita (ver Fig.8).
a) Mostre que a densidade superficial de carga é
Q a
σ=− .
2π (a + r2 )3/2
2

b) Mostre que a carga total induzida na placa é igual a −Q.


c) Mostre que a força de atracção entre a carga Q e a placa é igual à força de atracção
entre duas cargas Q e −Q, situadas à distância 2d uma da outra.

Q
·
a

Figura 8

Exercı́cio 67 Determine a intensidade da força que actua numa carga pontual Q, que se
encontra situada sobre a bissectriz do ângulo recto formado por dois planos condutores e
à distância a da aresta (ver Fig.9(a)).
Exercı́cio 68 Duas cargas +Q e −Q estão à distância a uma da outra e à distância b de
um plano condutor infinito (ver Fig.9(b)). Sabendo que a = 2b determine a intensidade
da força que actua na carga −Q.

Exercı́cio 69 Utilizando o método das imagens, determine a força de atracção entre uma
carga Q e uma esfera metálica de raio R. A carga e o centro da esfera estão à distância
L e a esfera está ligada à terra (ver Fig.10).

11
Q a −Q

·Q · ·
b
a

(a) (b)

Figura 9

Y
R

Q
· X

Figura 10

2.6 Condutores
Exercı́cio 70 Uma esfera condutora de raio a é colocada num campo eléctrico uniforme
E0 . Mostre que
σ(θ) = 30 E0 cos θ e que pind = 4π0 a3 E0 .

2.7 A equação de Laplace


Exercı́cio 71 Utilizando coordenadas cilı́ndricas, (r, φ, z), verifique quais dos seguintes
campos potenciais são soluções da equação de Laplace:
a) Φ = ln r ; b) Φ = r2 tan φ ; c) Φ = r cos φ ; d) Φ = ln r/z ; e) Φ = (cos φ) /r .
Exercı́cio 72 Um fio condutor longo de raio a, com carga por unidade de comprimento
igual a λ, é colocado ao longo do eixo Z num campo eléctrico uniforme E = E0 ex . Mostre
que o potencial resultante é
a2
!
λ
Φ(r, φ, z) = −E0 r− cos φ − ln r + constante (r ≥ a) .
r 2π0

12
2.8 Condensadores
Exercı́cio 73 Um fio, de raio a e carga Q, é colocado ao longo do eixo de um condutor
cilı́ndrico oco, de raio interior b e raio exterior c, ligado à terra. Negligenciando os efeitos
de fronteira, determine a capacidade do sistema.

Exercı́cio 74 Dois fios condutores infinitos, de raio a, encontram-se à distância d um do


outro. A carga por unidade de comprimento de um fio é Q, no outro é −Q. Sabendo que
d  a, obtenha uma expressão aproximada para a capacidade do sistema.

13
3 Magnetostática
3.1 Densidade de corrente e campo magnético
Exercı́cio 75 A densidade de portadores de carga no cobre corresponde a 8,47×1028
m−3 . Um fio de cobre, com um diâmetro de 1 mm, transporta uma corrente de 10 A.
Determine a velocidade média dos portadores de carga.
Exercı́cio 76 Suponha que entre duas placas condutoras com espessura ∆, colocadas
paralelamente ao plano XY , uma entre z = 0 e z = ∆, a outra entre z = a e z = a + ∆,
existe um campo magnético uniforme e constante (B0 , 0, 0). Dentro das placas o campo
varia linearmente:
zB0
  
, 0, 0 se 0 < z < ∆





B= (z − a) B0
! .
B − , 0, 0 se a < z < a + ∆


 0


Fora das placas (z < 0 e z > a + ∆) o campo é nulo. Qual a distribuição de corrente que
produz tal campo?

3.2 Propriedades do campo magnético


Exercı́cio 77 Mostre que um campo magnético radial, B(r) = B(r)er , não pode existir.
Exercı́cio 78 Um campo magnético B (r) é desprezável a grandes distâncias. Determine
um potencial vector A(r), tal que Az (r) = 0 (gauge axial).
Exercı́cio 79 Determine um potencial vector A(r) tal que B = ∇ × A = B0 ez , onde B0
é constante.

3.3 Força de Lorentz


Exercı́cio 80 Um electrão tem uma velocidade inicial perpendicular a um campo magnético
uniforme B = (0, 0, B). Mostre que o electrão se move em cı́rculos com uma frequência
angular ωc = eB/m. Mostre também que a trajectória do electrão é helicoidal, no caso de
uma orientação arbitrária da velocidade inicial em relação ao campo magnético uniforme.
Exercı́cio 81 Uma partı́cula com carga e e massa m move-se numa região com um campo
eléctrico uniforme E = (E, 0, 0) e um campo magnético B = (0, 0, B). Qual a trajectória
da partı́cula?
Exercı́cio 82 A equação do movimento para uma carga que se move num campo elec-
tromagnético estável é
dv
m = Q (E + v × B) .
dt
Mostre que a equação da energia se escreve
1 2
mv + QΦ = constante ,
2
sendo Φ(r) o potencial electrostático.

14
3.4 Lei de Biot-Savart
Exercı́cio 83 Considere um fio condutor de comprimento infinito, orientado ao longo do
eixo Z, e percorrido no sentido positivo do eixo por uma corrente I (ver Fig.11). Determine
o campo magnético num ponto P de coordenadas (x, y, z). Com base na solução obtida
indique qual é o valor do campo no ponto de coordenadas (0, 0, z).

I
r ◦(x, y, z)

y
Y

Figura 11

Exercı́cio 84 Dois fios infinitos paralelos estão separados por uma distância a (ver
Fig.12). Determine o campo magnético entre os dois condutores quando eles são per-
corridos por correntes no mesmo sentido (Fig.12.a) ou em sentidos opostos (Fig.12.b).

a a a a
I I I I

(a) (b)

Figura 12

Exercı́cio 85 Usando a lei de Biot-Savart, determine o campo magnético (intensidade e


direcção) criado por um laço circular de raio R, percorrido por uma corrente I,

15
a) no centro do laço;

b) no ponto P com coordenadas (0, 0, z) (ver Fig.13).

P ·
r

R
I I

X Y

Figura 13

Exercı́cio 86 Uma bobina cilı́ndrica é composta por fios circulares de raio a, cada um
atravessado por uma corrente I, havendo n fios por unidade de comprimento (ver Fig.14).
Mostre que o módulo do campo magnético no eixo da bobina é
1
B = nIµ0 (sin θ2 − sin θ1 ) ,
2
com os ângulos θ1 e θ2 indicados na figura. Qual o valor de B no limite quando o
comprimento da bobina tende para infinito?

θ1

θ2 a

z0 z1 z2
Z

×××××××× ×××× ××××

Figura 14

16
Exercı́cio 87 Dois laços de raio a, com os centros sobre o eixo dos Z e contidos em
planos paralelos ao plano XY , estão situados à distância a (ver Fig.15). Sabendo que os
laços são percorridos por correntes com a mesma intensidade I e o mesmo sentido, mostre
que o campo magnético é aproximadamente constante na região entre os laços.

a/2 I

a/2
X
a Y

Figura 15

Exercı́cio 88 Um condutor é enrolado em torno de uma esfera de madeira de raio R, de


tal modo que as espiras descrevem cı́rculos máximos que se intersectam nos extremos do
diâmetro AB (ver Fig.16). O número de espiras é 6, e os planos que as contêm formam
ângulos de 30◦ entre si. O condutor é percorrido por uma corrente de intensidade I.
Determine a intensidade do campo magnético no centro da esfera.

Exercı́cio 89 Um condutor fino é enrolado em torno de uma esfera isoladora de raio


R, de tal modo que N espiras cobrem metade da esfera, ficando paralelas e igualmente
espaçadas entre si (ver Fig.16). Sabendo que o condutor é percorrido pela corrente I,
determine a intensidade do campo magnético no centro da esfera. Sugestão: Para valores
grandes de N , as espiras podem ser consideradas, numa boa aproximação, como tendo a
forma de anéis.

3.5 Lei de Ampère


Exercı́cio 90 Um condutor cilı́ndrico, de comprimento infinito e de raio R, é percorrido
por uma corrente eléctrica I. Sabendo que a densidade de corrente eléctrica é uniforme
no condutor, determine o campo magnético dentro e fora deste condutor.

Exercı́cio 91 Um cabo coaxial consiste num condutor cilı́ndrico de raio a, envolto num
outro cilindro condutor de raio interno b1 e de raio externo b2 . O espaço entre os 2
condutores é preenchido por um material isolante. Uma corrente de intensidade I flui
através do condutor interior e retorna pelo condutor exterior. Use a lei de Ampère para
determinar o campo magnético nos condutores e na região entre eles. Assuma que a
densidade de corrente é constante.

17
A

1 2 3 4 5 6 I
R
N
N-1
...
B 12
(a) (b)

Figura 16

Exercı́cio 92 Um condutor cilı́ndrico infinito, percorrido por uma corrente eléctrica I,


é constituı́do por dois cilindros coaxiais: um cilindro central de raio r1 , com resistividade
ρ1 , e outro cilindro oco de raio interior r1 e raio exterior r2 , com resistividade ρ2 (ver
Fig.17).

a) Mostre que que o cilindro interior é percorrido pela corrente

ρ2 r12
I1 = I ,
ρ1 (r22 − r12 ) + ρ2 r12

e o cilindro exterior é percorrido pela corrente

ρ1 r12 (r22 − r12 )


I2 = I .
ρ1 (r22 − r12 ) + ρ2 r12

b) Determine o campo magnético para r ≤ r1 , r1 ≤ r ≤ r2 e r ≤ r2 .

r2
r1

ρ1
ρ2

Figura 17

18
3.6 Dipolos magnéticos
Exercı́cio 93 Mostre que o campo magnético B(r) associado ao momento magnético m
é dado pela expressão " #
µ0 3 (m · r) r
B(r) = −m .
4πr3 r2

19
4 Campos dependentes do tempo
Exercı́cio 94 Considere um laço plano com área S, rodando num campo magnético
uniforme B em volta de um eixo no plano com velocidade angular ω, perpendicular a B.
Supondo que no instante t = 0 o plano que contém o laço é perpendicular a B, mostre
que o fluxo magnético através do laço é BS cos(ωt) e que a f.e.m. é BSω sin(ωt).

Exercı́cio 95 Uma esfera de raio 1 cm emite 1010 electrões por segundo, de tal modo
que a densidade de corrente fora da esfera é radial e tem simetria esférica.

a) Há campo magnético?

b) Como é que a equação de Maxwell que contém o termo é satisfeita neste caso?

Exercı́cio 96 Um campo magnético dependente do tempo, B = B(r, t)ez , tem simetria


cilı́ndrica em relação ao eixo Z. Mostre que o campo eléctrico é dado por
1 dF
E=− eφ ,
2πr dt
onde F (r, t) é o fluxo magnético.

Exercı́cio 97 Considere o cabo coaxial do Exercı́cio 91.

a) Mostre que a energia magnética por unidade de comprimento na região entre os con-
dutores é
µ0 I 2
!
b1
ln .
4π a

b) Se a  b1 e b2 −b1  b1 , mostre que a indutância própria por unidade de comprimento


é, aproximadamente !
µ0 b1
ln .
2π a

Exercı́cio 98 Dois solenóides longos, com raios a e b (a < b), têm cada um n espiras por
unidade de comprimento. Uma parte (com comprimento L) do solenóide mais fino é in-
troduzida dentro do outro solenóide. Mostre que a indutância mútua é aproximadamente

L12 = µ0 n2 πa2 L .

Exercı́cio 99 Mostre que a indutância mútua entre dois laços circulares concêntricos, de
raios R1 e R2 , é aproximadamente

R12 R22
µ0 π .
2 (R2 − R1 )3

20
5 Propriedades eléctricas da matéria
Exercı́cio 100 Encontre a relação entre os ângulos com a normal para um campo eléctrico
que passa pela superficie entre dois dieléctricos com permitividades relativas ε1 e ε2 , re-
spectivamente.

Exercı́cio 101 Um filme de meio dieléctrico condutor (εr = 3,25, σ = 10−16 Ω−1 m−1 ),
com espessura de 25µm, é envolvido entre dois filmes de alumı́nio de largura 1 cm e com-
primento 1 m. Qual a capacidade do condensador assim constituı́do? Qual a resistência
entre os filmes de alumı́nio? Quanto electrões passam entre os filmes de alumı́nio se a
diferença de potencial for 1 V?

Exercı́cio 102 Um condensador de placas paralelas está semi-preenchido com um lı́quido


isolante cuja constante dieléctrica é εr . Se Vh e Vv são as diferenças de potencial entre as
placas quando elas estão na horizontal e na vertical, respectivamente, mostre que

Vh (1 + εr )2
= .
Vv 4εr
Exercı́cio 103 Considere dois condensadores planos, contendo dois dieléctricos entre as
suas placas, tal como se mostra na figura Fig.18(a). A superfı́cie e a espessura dos
condensadores são, respectivamente, S e d; as constantes dieléctricas são ε1 e ε2 . Qual
dos dois condensadores, A e B, tem maior capacidade?

Exercı́cio 104 O espaço entre as placas de um condensador plano é preenchido com um


material dieléctrico cuja permitividade relativa é dada por
1 x
 
εr = ε1 + (ε2 − ε1 )
ε0 D
(ver Fig.18(b).) As placas do condensador, de área S, estão carregadas com as cargas Q e
−Q, e encontram-se à distância d uma da outra. Calcular a capacidade do condensador.

X
-Q

ε1
ε1 ε2
ε2 D

Condensador A Condensador B +Q

(a) (b)

Figura 18

Exercı́cio 105 Considere um condensador de placas paralelas quadradas de lado L, cuja


distância entre placas é d  L. Um dieléctrico também de lado L e espessura ligeiramente
inferior a d é inserido no condensador até uma distância b  d. Se o condensador está

21
isolado e contém uma carga Q, mostre que a energia eléctrica é aproximadamente dada
por
Q2 d
2
.
2ε0 L + (εr − 1) bL
Qual a força exercida sobre o dieléctrico?

Exercı́cio 106 Uma placa isoladora com constante dieléctrica ε e espessura L2 é intro-
duzida num condensador, cujas placas se encontram à distância L1 + L2 uma da outra
(ver Fig.19). A superfı́cie da placa isoladora e das placas do condensador é S. A diferença
de potencial entre as placas do condensador é V . Determine a força de atracção entre as
placas do condensador.

Figura 19

22
6 Constantes fı́sicas
Significado Sı́mbolo Valor Unidades
Aceleração da gravidade g 9,80665 m/s2
Constante gravı́tica G, γ 6, 67259 × 10−11 m3 /(kg·s2 )
Velocidade da luz no vácuo c 2, 99792458 × 108 m/s
Carga elementar e 1, 6021892 × 10−19 C
Constante de Coulomb K 9 × 109 N·m2 /C2
(4πε0 )−1 8,9876×109 N·m2 /C2
Constante eléctrica ε0 8, 85418782 × 10−12 F/m
Constante magnética µ0 12, 5663706144 × 10−7 H/m
Constante da estructura fina α = e2 /2hcε0 ≈ 1/137
Constante de Planck h 6, 6260755 × 10−34 J·s
Constante de Dirac h̄ = h/2π 1, 0545727 × 10−34 J·s
Magnetão de Bohr µB = eh̄/2me 9, 2741 × 10−24 Am2
Ráio de Bohr a0 0, 52918 Å
Constante de Rydberg Ry 13,595 eV
Magnetão nuclear µN 5, 0508 × 10−27 J/T
Momento magnético µe 9, 2847701 × 10−24 A·m2
do electrão
Momento magnético µp 1, 41060761 × 10−26 A·m2
do protão
c.d.o de Compton λCe = h/ (me c) 2, 2463 × 10−12 m
c.d.o de Compton λCp = h/ (mp c) 1, 3214 × 10−15 m
para o protão
c.d.o de Compton λCn = h/ (mn c) 1, 3195909 × 10−15 m
para o neutrão
Raio do electrão re 2, 817938 × 10−15 m
Massa do electrão me 9, 109534 × 10−31 kg
Massa do protão mp 1, 6726485 × 10−27 kg
Massa do neutrão mn 1, 674954 × 10−27 kg
u.m.a. 1
mu = 12 m(126 C) 1, 6605656 × 10−27 kg

c.d.o = comprimento de onda

u.m.a = unidade de massa atómica, ou unidade elementar de massa

23
7 Apêndice Matemático
7.1 Alfabeto grego
A α alfa N ν niu
B β beta Ξ ξ csi
Γ γ gama O o omicron
∆ δ delta Π π, $ pi
E , ε epsilon P ρ, % ró
Z ζ zeta Σ σ, ς sigma
H η eta T τ tau
Θ θ, ϑ teta Υ υ upsilon
I ι iota Φ φ, ϕ fi
K κ kapa X χ qui
Λ λ lambda Ψ ψ, ϕ psi
M µ miu Ω ω omega

7.2 Mudanças de Sistemas de Coordenadas


1. De coordenadas cartesianas (x, y, z) para coordenadas cilı́ndricas (r, φ, z):
q
r= x2 + y 2 , tan φ = y/x .

2. De coordenadas cilı́ndricas (r, φ, z) para coordenadas cartesianas (x, y, z):

x = r cos φ , y = r sin φ .

3. De coordenadas cartesianas (x, y, z) para coordenadas esféricas (r, θ, φ):


√ 2
q tan θ = x + y 2 /z
r = x2 + y 2 + z 2 , ou √ , tan φ = y/x .
cos θ = z/ x2 + y 2 + z 2

4. De coordenadas esféricas (r, θ, φ) para coordenadas cartesianas (x, y, z):

x = r cos φ sin θ , y = r sin φ sin θ , z = r cos θ .

24
8 Sistemas de coordenadas

(x, y, z)
ez ◦
ey
ex
z Y
x
y
X
Coordenadas cartesianas
(x, y, z)

Z Z

θ
(r, φ, z) (r, θ, φ) er
ez ◦ ◦
r

er z Y Y
r eθ

φ eφ φ eφ
X X
Coordenadas cilı́ndricas Coordenadas esféricas
(r, φ, z) (r, θ, φ)

25
9 Limites notáveis
ln (1 + x)
1. lim =1.
x→0 x

10 Séries
N
N (N + 1) N
N (N + 1) (2N + 1) N
N 2 (N + 1)2
i2 = i3 =
X X X
i= , , ,
i=1 2 i=1 6 i=1 4

N N h
( )
1 m+1
i
m
(i + 1)m−1 − im+1 − (m + 1) im
X X
i = (N + 1) −1− .
i=1 m+1 i=1

11 Integrais indefinidas

Z
dx x Z
x 1
1. = 2√ 2 +C 2. dx = − √ +C
(x2 + a2 )3/2 a x + a2 (x2 + a2 )3/2 x2 + a2

Z
dx  √ 
3. √ = ln x + x 2 + a2 + C
x 2 + a2

26
12 Gradiente, divergência e rotacional
1. Em coordenadas cartesianas:
∂Ψ ∂Ψ ∂Ψ
grad Ψ ≡ ∇Ψ = ex + ey + ez , (1)
∂x ∂y ∂z
∂Ax ∂Ay ∂Az
divA ≡ ∇ · A = + + , (2)
∂x ∂y ∂z


ex ey ez


∂ ∂ ∂


rotA ≡ ∇ × A = , (3)
∂x ∂y ∂z



Ax Ay Az
onde Ψ = Ψ(x, y, z) e A(x, y, z) = Ax (x, y, z)ex + Ay (x, y, z)ey + Az (x, y, z)ez .

2. Em coordenadas cilı́ndricas:
∂Ψ 1 ∂Ψ ∂Ψ
∇Ψ = er + eφ + ez , (4)
∂r r ∂φ ∂z
1 ∂ 1 ∂Aφ ∂Az
∇·A= (rAr ) + + , (5)
r ∂r r ∂φ ∂z


er reφ ez


1 ∂ ∂ ∂

∇×A= , (6)
r ∂r ∂φ ∂z



Ar rAφ Az
onde Ψ = Ψ(r, φ, z) e A(r, φ, z) = Ar (r, φ, z)er + Aφ (r, φ, z)eφ + Az (r, φ, z)ez .

3. Em coordenadas esféricas:
∂Ψ 1 ∂Ψ 1 ∂Ψ
∇Ψ = er + eθ + eφ , (7)
∂r r ∂θ r sin θ ∂φ
" #
1 ∂  2  ∂ ∂
∇·A= 2 r sin θAr + (r sin θAθ ) + (rAφ ) , (8)
r sin θ ∂r ∂θ ∂φ


er reθ r sin θeφ


1 ∂ ∂ ∂


∇×A= 2 , (9)
r sin θ ∂r ∂θ ∂φ




Ar rAθ r sin θAφ

onde Ψ = Ψ(r, θ, φ) e A(r, θ, φ) = Ar (r, θ, φ)er + Aθ (r, θ, φ)eθ + Aφ (r, θ, φ)eφ .

27
13 O Laplaciano
Para funções escalares Ψ:

div grad Ψ ≡ ∆Ψ = ∇ · ∇Ψ = ∇2 Ψ . (10)

1. Em coordenadas cartesianas (Ψ = Ψ(x, y, z)):

∂2Ψ ∂2Ψ ∂2Ψ


∆Ψ = + + . (11)
∂x2 ∂y 2 ∂z 2

2. Em coordenadas cilı́ndricas (Ψ = Ψ(r, φ, z)):

1 ∂2Ψ ∂2Ψ
!
1 ∂ ∂Ψ
∆Ψ = r + 2 2 + . (12)
r ∂r ∂r r ∂φ ∂z 2

3. Em coordenadas esféricas (Ψ = Ψ(r, θ, φ)):

∂2Ψ
! !
1 ∂ ∂Ψ 1 ∂ ∂Ψ 1
∆Ψ = 2 r2 + 2 sin θ + 2 2 . (13)
r ∂r ∂r r sin θ ∂θ ∂θ r sin θ ∂φ2

Para funções vectoriais A:

∆A = grad div A − rot rot A = ∇ (∇ · A) − ∇ × (∇ × A) . (14)

14 O teorema de Stokes
Z I
(∇ × A) · dS = A · dl ,
S L

onde L corresponde à fronteira da área S, dS representa a normal à superfı́cie S e dl é


o vector de deslocamento elementar ao longo da curva fechada L. A direcção de dl deve
estar relacionada com a direcção de dS pela regra da mão direita.

15 O teorema da divergência
Z I
(∇ · A) dV = A · dS ,
V S

onde S corresponde à área exterior do volume V . A normal à superfı́cie, dS, dever estar
orientada para o exterior da superfı́cie fechada S.

28

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