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Direito do Consumidor
terça-feira, 1º de novembro de 2011
Cláusulas abusivas
Muito bem.
Antes de ler o artigo, que é meio extenso, vamos passar aqui alguns
pontos importantes com relação a cláusulas abusivas. São pontos ou
cobrados na prova da Ordem ou nas de concursos.
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Civil.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.
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Prossigamos.
Sexto ponto: prática abusiva não se confunde com cláusula abusiva. Por
que não? É uma boa pergunta! Porque uma é espécie, outra é gênero. A prática é
gênero, e a cláusula é espécie. Mas não só isso. Vejamos um exemplo prático:
publicidade abusiva. Dá-se em qual fase contratual? Na pré-contratual. Prática
abusiva é gênero que não se confunde com cláusula abusiva pois aquela pode
ocorrer em todas as fases de uma relação de consumo. Na pré-contratual, na fase
de execução do contrato e na fase pós-contratual. Publicidade abusiva e cobrança
constrangedora são práticas abusivas. Não prestar serviços como oferecidos
também é prática abusiva. Então não confundam a prática com a cláusula abusiva.
A cláusula é uma espécie de prática.
cláusula que achar que está boa, bacana, que ache que lhe vá dar vantagem
maneiríssima. Não pode, porque viola a boa-fé. Isso é fundamentação para
petição. “Houve violação da boa-fé, meritíssimo, porque o fornecedor não elaborou
a cláusula observando os limites subjetivos que lhe são impostos. Importa o que o
homem médio acha.” E quem define o que o homem médio acha é o juiz.
Art. 51:
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
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V - (Vetado);
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Inciso VIII: impor que se fale com outra pessoa. Fácil resolver problemas
assim...
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Inciso II: temos o exemplo da cláusula geral de não indenizar, que tem por
base o art. 51, § 1º, inciso II. Se um fornecedor pretender se desobrigar do próprio
objeto do contrato, invoque este inciso II do § 1º do art. 51 do CDC.
Muita atenção para esse § 2º. Suponha que o juiz decrete a nulidade de
uma cláusula contratual. A cláusula não mais pertence ao contrato. O contrato
como um todo não está invalidado. Princípio da manutenção do contrato. Por mais
que se anule uma ou duas cláusulas, pelo princípio da conservação dos negócios
jurídicos, esse contrato deverá ser mantido.
Mas o juiz retirou uma cláusula essencial. O que terá que ser feito?
Primeira coisa é aplicar as condições gerais e normas gerais de nosso ordenamento
jurídico. Bem simples. Nosso ordenamento jurídico é positivado. Retirada a
cláusula, aplique-se o ordenamento jurídico. E se não houver previsão? O juiz terá
que estipular uma cláusula contratual. Não depende da anuência das partes para
estipular a cláusula. Claro que terá que observar o princípio da equidade.
Sabe por que o Ministério Público intervirá? Porque se trata da tutela dos
direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos.
Art. 42, importantíssimo, que vamos usar muito para nós mesmos e para
nossos clientes:
Mas, se por acaso você não lembra que pagou, e depois descobre que você
já tinha pagado, você terá direito, enquanto consumidor, de pedir a repetição do
indébito em dobro. Você pagou 100, e deverá receber 200, salvo engano
justificado. Neste caso a restituição será simples, e não em dobro. Quando há
enganos justificados? Descontos em folha, por exemplo. O consumidor pode
autorizar o desconto em folha de prestações de um produto comprado. O
empregador começa a realizar o desconto. O desconto ocorre cada dia 5, e
exatamente nesse dia você manda cancelar o desconto. Se ocorre dúvida sobre
qual coisa deveria ocorrer primeiro, então temos engano justificável. Aí devolve-se
o valor simples, e não em dobro.
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