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EVOLUÇÃO DOS MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS E A

APLICABILIDADE NOS DIAGNÓSTICOS E ESTUDOS


FARMACÊUTICOS

ALEXANDRE QUEIROZ DE BIASE

FORTALEZA

2016
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ALEXANDRE QUEIROZ DE BIASE

EVOLUÇÃO DOS METÓDOS CROMATOGRÁFICOS E A


APLICABILIDADE NOS DIAGNÓSTICOS E ESTUDOS
FARMACÊUTICOS

Projeto apresentado como Trabalho de


Conclusão de Curso (TCC), para obtenção
do título de Bacharel do curso de Farmácia
da Faculdade Mauricio de Nassau.

Orientadora: Professora Ms. Manuela Chaves Loureiro Cândido

FORTALEZA

2016
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EVOLUÇÃO DOS METÓDOS CROMATOGRÁFICOS E A


APLICABILIDADE NOS DIAGNÓSTICOS E ESTUDOS
FARMACÊUTICOS

Data de aprovação _____/______/_______

Banca Examinadora:

Professora M.S Malena Gadelha Cavalcante, Faculdade Mauricio de Nassau

Professor Dr. Flávio Nogueira da Costa, Faculdade Mauricio de Nassau


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Sumário

RESUMO ..............................................................................................................................5

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 6

JUSTIFICATIVA...............................................................................................................12

PROBLEMATICA ............................................................................................................13

HIPÓTESE ........................................................................................................................ 14

OBJETIVOS ..................................................................................................................... 15

OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 15

OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 15

METODOLOGIA ............................................................................................................ 16

CRONOGRAMA ............................................................................................................. 17

ORÇAMENTO ................................................................................................................. 18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 19


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1 RESUMO

A cromatografia consiste em métodos analíticos que auxiliam os pesquisadores e


desenvolvedores de forma eficiente e precisa em seus estudos qualitativos e quantitativos
de compostos químicos e substâncias orgânicas. O presente projeto refere-se a uma
revisão de literatura sobre a evolução histórica dos métodos cromatográficos, bem como
sua aplicação no campo de diagnóstico e desenvolvimento de produtos e atividades
farmacêuticos, objetiva-se, deste modo, investigar sua importância e sua aplicabilidade
no segmento de pesquisa e desenvolvimento.
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2 INTRODUÇÃO

Descrito por SIMÕES (2008), cromatografia é a designação de um conjunto de


técnicas separativas onde se utilizam duas fases, uma estacionária e outra móvel, por
intermédio dos quais vão sendo distribuídos vários componentes de uma mistura.

COLLINS (2006) afirma que a história da cromatografia e do cromatograma


teve seu início na Antiguidade, por vários métodos de separação (por Ex. extração,
amalgamação, troca de íons), incluindo a cromatografia por papiro, descrita por PLINIO O
VELHO, (CAIO PLINIO SEGUNDO), historiador naturalista romano em aproximadamente
50 anos D.C.

Com as pesquisas iniciadas em 1834, a cromatografia em papel circular foi


aplicada na identificação de compostos orgânicos e esta pesquisa resultou em um livro
publicado em 1850.

Ainda conforme a autora, em meados do século XIX, foi introduzida a


cromatografia com tiras de papel, com desenvolvimento ascendente, desta forma, mais uma
fase de evolução se dá aos métodos cromatográficos.

Pode-se ressaltar que a cromatografia em camada delgada já havia sido descrita,


também houve relatos sobre um tipo de troca iônica de forma própria e independente às
citadas nos trabalhos publicados em 1850. Deste modo, podemos observar que os métodos
cromatográficos vêm evoluindo e suas especificidades aprimorando-se gradativamente.

Já em 1893, foi identificada a utilização de Caulim como fase estacionária e água


como fase móvel na identificação de sais inorgânicos. A evolução se dava em todas as
comunidades estudiosas da época, nos Estados Unidos e na Alemanha, no mesmo período,
já se utilizava “terra de Fuller” e éter de petróleo como fase móvel para o fracionamento de
petróleo.
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Segundo COLLINS (2006), a cromatografia Líquida-Sólida foi descrita em


trabalho apresentado à Sociedade de Ciências de Varsóvia, no ano de 1903, quando foram
relatados resultados de pesquisas de extração em folhas, utilizando uma coluna de vidro
recheada com Carbonato de Cálcio e a separação de constituintes do extrato por passagem
de éter dietílico. A autora aponta que, entretanto, nos grupos de pesquisas na Alemanha e
nos Estados Unidos, era utilizado o desenvolvimento ascendente na cromatografia de papel

Desta forma, a autora mencionada relata como a evolução dos métodos analíticos
vem sendo estudada por vários profissionais, cientistas e pesquisadores no decorrer dos anos
que se seguiram à descoberta dos métodos cromatográficos.

Nesta perspectiva, MÜHLEN e LANÇAS (2004) descrevem que, atualmente,


contamos com uma grande variedade de aplicações e tipos de análises específicas com
características únicas, além disso, realizaram um estudo arrojado que demonstra a
possibilidade de um método unificado de cromatografia.

COUTINHO E LANÇAS (2011) afirmam que nos últimos 70 anos muitos


métodos cromatográficos têm obtido grandes saltos de inovação em praticamente todos os
aspectos, tais como o desenvolvimento da cromatografia em partição, ocorrida na década de
40, a cromatografia por troca iônica na década de 50 e a sua versão instrumental na década
de 60, entretanto, alguns métodos foram muito mais eficientes no que se diz respeito à
evolução rápida e precisa.

A Figura 1 possibilita um melhor entendimento do que se tratam os métodos


cromatográficos e quais as suas classificações.
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Figura 1 Classificação dos Métodos Cromatográficos.

Fonte: Portal da Engenharia Química, Fundamentos.

Como se pode observar, os métodos cromatográficos são classificados de


diferentes formas e sua aplicabilidade se dá por intermédio da escolha adequada de seus
diversos critérios, critérios estes que se definem, por sua vez, dada a finalidade de seu estudo.

COLLINS (2009) descreve como um capítulo da obra, “Pilares da


Cromatografia ”, a história do pesquisador, Mikhail Semyonovich Tswett, e suas
contribuições ao desenvolvimento das palavras “cromatografia” e “cromatograma”, já citado
9

anteriormente, reafirmando a importância dos estudos cromatográficos e sua evolução.


COUTINHO E LANÇAS (2011) demonstram que no período moderno a cromatografia tem
se desenvolvido de forma inovadora.

Em revisão publicada por MÜHLEN E LANÇAS (2004), é evidente a


.cronologia de aparecimento dos métodos instrumentais cromatográficos. Embora a
cromatografia líquida tenha sido o primeiro método a ser desenvolvido no início do século
XX, 50 anos antes da Cromatografia a Gás (CG), pode se destacar que sua utilização por
aproximadamente 70 anos se deu sem alguma evolução. Desta forma, a implementação dos
métodos instrumentais, incialmente com a Cromatografia Gasosa (CG), posteriormente, a
Cromatografia Líquida (CL) e finalmente a Cromatografia com Fluido Supercrítico (CSC)
concebido nos anos 60, contudo, somente empregada muito depois de seu desenvolvimento,
proporcionaram ganhos significativos ao estudo analítico.

Dando continuidade à cronologia de evolução dos métodos cromatográficos, nos


anos 80, conforme MÜHLEN E LANÇAS (2004), a busca por melhor resolução nos modos
cromatográficos consolidou a Cromatografia Gasosa de Alta Resolução (CGAR) e a
Cromatografia Líquida de Alta Resolução (CLAE), com adaptações em equipamentos já
existentes proporcionando melhorias aos sistemas CSC. Estas melhorias estão ligadas à
tecnologia de detecção e colunas importadas da CG, além de técnicas de injeção e controle
de fase móvel de CLAE.

Já nos anos 90, a miniaturização das técnicas CGAR, CSC e CL pela introdução
de sistemas u-CGAR, u-CSC, u-CL, ganha destaque. COUTINHO E LANÇAS (2011)
publicam que as miniaturizações destes métodos proporcionam avanços substanciais para a
obtenção da cromatografia unificada.

Com base em fundamentação teórica, MÜHLEN E LANÇAS (2004) descrevem


as possibilidades do desenvolvimento da cromatografia unificada baseando-se nas equações
mais utilizadas para definir parâmetros cromatográficos, tais como resolução, número de
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pratos teóricos, entre outros. Os modos cromatográficos de separação CG, CL e CSC são
ainda classificados de acordo com estado físico da fase móvel (gás, liquido ou fluido
supercrítico) na coluna, partindo destes parâmetros, o princípio da cromatografia unificada
pode ser explicado pela teoria das fases para um fluido puro.

Em um diagrama bidimensional de fase para fluido puro, MÜHLEN E LANÇAS


(2004) demonstram que a pressão em função da temperatura na qual o estado sólido, líquido,
e vapor estão separados por linhas representando a transição de fase da sublimação, fusão e
ebulição, convergem em um único ponto, sendo que a fase liquida, sólida e gasosa coexistem
em equilíbrio apenas em um ponto de interseção triplo.

No citado estudo, os autores observam que, à medida em que a linha de ebulição


é estendida do ponto triplo para maiores pressões e temperaturas, onde as fases líquidas e
vapor coexistem no equilíbrio, as diferenças entre as propriedades que distinguem líquido
de vapor vão diminuindo, até um ponto convergente, este é o ponto crítico onde a linha de
ebulição termina.

Os autores mencionados verificaram que para valores de pressão e temperatura


maiores que o ponto crítico, existe apenas uma fase fluida, que é compreendida como um
vapor, mas que solvata e dissolve outras substâncias como um líquido, já um fluido sob
condições acima do ponto crítico, nesta representação é chamado de fluido supercrítico.

Observa-se, diante do exposto, que a cromatografia como instrumento de


separação de substâncias vem se consolidado ao decorrer dos anos, desta forma, podemos
citar alguns exemplos práticos de sua aplicabilidade na obtenção de diagnósticos e
auxiliando no desenvolvimento farmacêutico.

Em estudo de caso descrito por VIEIRA et. al. (2016), a importância da


cromatografia gasosa acoplada a um espectrômetro de massa CG/EM fica evidente no
diagnóstico, possibilita a identificação rápida por intermédio de um exame de fluidos
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corpóreos, desta forma, podendo proporcionar um tratamento adequado e uma qualidade de


vida superior ao paciente.

VIEIRA et. al. (2016) descrevem um caso de Acidemia Propiônica, enfermidade


rara de caráter genético, que foi diagnosticado como o primeiro caso grave conhecido em
Cuba, o qual teve sua confirmação por intermédio de análise de ácido graxo e derivados da
glicina na urina, em Cromatografia Gasosa acoplada ao Espetrômetro de Massa.

Em decorrência da versatilidade dos métodos cromatográficos, sua utilização


está em diversos campos de atividade da pesquisa cientifica. KOBLITZ e PASTORE (2004)
demonstram como a cromatografia de troca iônica e a cromatografia de interação hidrofóbica
são eficientes na purificação parcial da lipase em processos industriais na produção de
enzimas.

Conforme os autores, a Lipase possui aspectos de grande interesse industrial em


decorrência de serem enzimas de ação incomum, são solúveis em água mas catalisam
reações envolvendo substratos lipofílicos, apresentam grande relevância médica,
principalmente em relação a arteriosclerose e a hiperlipidêmica, além da capacidade da
Lipase em catalisar reações de síntese e sua surpreendente estabilidade em diversos solventes
orgânicos. Desta maneira, é indiscutível sua aplicabilidade em indústrias alimentícia,
química e farmacêutica, demonstrando, assim, a importância dos métodos cromatográficos
no estudo e desenvolvimento de novos compostos.
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3 JUSTIFICATIVA

O projeto busca demonstrar a importância da evolução dos métodos


cromatográficos em favor da ciência e dos resultados confiáveis, podendo assim auxiliar o
desenvolvimento de novos compostos, a descoberta de novas moléculas e solucionar muitos
casos de inconsistência na compatibilidade entre moléculas que inviabilizam a sintetização
de fármacos uteis à humanidade.

As aplicabilidades dos métodos cromatográficos estão atreladas à resolução de


problemas complexos, normalmente buscando respostas na própria molécula que podem
estar ligados à sua estrutura, conformação e disponibilidade.

A busca de respostas químicas nos produtos compostos já há muito tempo são


fontes de estudos da comunidade científica. Os resultados e os diagnósticos sempre trazem
muitas discussões, já os métodos cromatográficos em sua evolução têm possibilitado uma
visão precisa e exata para muitas respostas. Desta forma, a busca de solução de inúmeros
problemas de desenvolvimento de produtos farmacêuticos, medicinais e cosmetológicos,
vem facilitando o controle de qualidade na análise das substâncias e na confecção de
diagnósticos.
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4 PROBLEMÁTICA

De que forma a evolução dos métodos cromatográficos proporcionam


credibilidade nos estudos das ciências farmacêuticas e diagnósticos?
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5 HIPÓTESE

Os métodos cromatográficos são importantes na confecção de diagnósticos


contundentes, além de auxiliar de forma confiável nos estudos das ciências farmacêuticas.
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6 OBJETIVOS

6.1 OBJETIVO GERAL

Investigar em base de dados a evolução dos métodos cromatográficos nos


diagnósticos e estudos farmacêuticos.

6.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Identificar em base de dados resultados e soluções de aplicabilidade


dos métodos cromatográficos na elaboração de diagnósticos e nos
estudos farmacêuticos.

 Descrever a evolução histórica dos métodos cromatográficos.

 Apresentar estudos de viabilidade nos desenvolvimentos de


equipamento para aplicação dos métodos cromatográficos unificados.
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7 METODOLOGIA

Este estudo tratará de uma revisão de literatura, do tipo quantitativa, o qual


se desenvolverá com base em artigos científicos e periódicos que abordam a temática em
questão.

Após pesquisados, os dados serão compilados e analisados por meio da


leitura do material obtido, em seguida exposto, obtendo-se uma discussão acerca das
considerações dos autores sobre o assunto estudado.
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8 CRONOGRAMA

Atividade 01- 03- 05- 07- 09- 11-


02/2017 04/2017 06/2017 08/2017 10/2017 12/2017
Pesquisa Base de Dados X
Revisão de Literatura X
Qualificação X
Redação Preliminar X X
Redação e Correções X
Revisão Gramatical X
Redação Final X
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9 ORÇAMENTO

Material de Consumo Quant. Valor Unitário Valor Total Financiamento


(R$) (R$)
Internet 12 meses 47,00 564,00 Próprio
Resma de Papel A4 1 15,00 15,00 Próprio
Pen Drive 8 Gib. 1 32,00 32,00 Próprio
Encadernação 4 4,50 18,00 Próprio
Tinta para Impressora 4 32,00 128,00 Próprio

Totalização - - 757,00 Próprio


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. COLLINS Carol H. 2006 – Cem Anos das Palavras Cromatografia e


Cromatograma. São Paulo: Quimica Nova, Vol.29, No. 4, p.889-890, 2006.

2. ______. Pilares da Cromatografia: I. Michel Tswett e o “nascimento” da


Cromatografia. Disponível em: www.scientiachromatographica.com , Vol.1, No. 1,
2009. Acessado em: 27 de março de 2016.

3. COUTINHO Lincoln F. M. ; LANÇAS Fernando Mauro. Cromatografia Líquida


Capilar: 1. Principais características da técnica. Disponível em:
www.scientiachromatographica.com , Vol. 3, No. 2, 2011. Acessado em: 27 de
março de 2016.

4. KOBLITZ Maria Gabriela Bello ; PASTORE Glaucia Maria. Purificação Parcial,


por dois diferentes métodos cromatográficos, da Lipase produzida por Rhizopus
sp. Campinas – SP: Ciência Tecnologia de Alimentos, Vol. 24(2): p.287-292, abr-
jun, 2004.

5. MÜHLEN Carin Von; LANÇAS Fernando Mauro. Cromatografia Unificada.


Quimica Nova, Vol. 27, No. 5, p. 747-753, 2004.

6. PORTAL DA ENGENHARIA QUIMICA. Fundamentos. Disponível em:


http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&i
d=67&Itemid=143 Acessado em: 27 de março de 2016.

7. SIMÕES Manuela. Métodos Cromatográficos, Volumétricos e Potenciométricos


para Análise Química Quantitativa de Água Subterrânea e Suas Aplicações no
Aquífero Cenozoico da Bacia do Baixo Tejo, Portugal. São Paulo: UNESP,
Geociências, Vol. 27, No. 2, p.161-169, 2008.

8. VIEIRA Ivette Camayd; et al. Diagnostico de Acidemia Propiónica por


Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Masa a propósito de um
caso. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/286882595
Acessado em: 08 de Maio de 2016.

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