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Doença de lyme

A doença de lyme é zoonose mais frequente no hemisfério norte e é caudadas principalmente


pela Borrelia burgdorfei a espiroqueta responsavel pela doença, caracterizada pelo
aparecimento do eritema migrans em forma de alvo que não aparece no lugar da picada de 2 a
30 dias antes dos sintomas principalmente articulares, mas também sistema nervoso central e
coração(estágio 2), quando não tratada nesta fase aguda pode causar sintomas cutâneos,
neurológicos e articulares meses ou anos após a infecção primária. Testes sorológicos são o
meio de diagnóstico. A diversidade clínica pode se dar pelos diferentes tipos de borrelia,
burgdorferi predomina nos EUA e tende a fazer artrite crônica, na eurasiática predomina a
garinii que causa mais problemas neurológicos e a afzelii responsável por acordar ite crônica
atrófica na Europa .
Patogenia
Após inoculadas na pele as espiroquetas espalham-se na pele de 24-48h e após atingirem a
corrente sanguínea disseminasse para outros órgãos. Pode causar uma síndrome febril
inespesifica nesta fase. Quando cursa com cefaleia e meningismo é provável que a espiroqueta
tenha atingido o LSNC, porém apensas 7% dos doentes não tratados apresentam meningite e
alterações liquoricas. A neuropatia periférica é de patogenia desconhecida, a manifestação
mais comum é paralisia de nervos periféricos, por vezes ocorre dor radicular associada a
distribuição de dermatonos associados à meningite quadro conhecido como síndrome de
Banwarth. A patogenia de lesões parenquimatosas está associada a invasão local pelo MO com
infiltrado inflamatório ou uma vasculite por imunocomplexos. A artrite a bactéria se aloja no
estágio 1, e se não houver tratamento pode ocorrer infecção crônica ou desencadeamento de
autoimunidade por mimetismo entre antígenos bacterianos e autoantigenos. Causando
depósito articular de imuno complexos, porém, só 10% manifesta esta forma, sendo fstores
genéticos de suscetibilidade necessários, como HLA-DR4 e o HLA—DR2.
Quadro clínico
Pode ser assintomática ou inespesifica, porém, em 70-90% dos casos surge o eritema migrans
10 dias após a picada, e pode persistir por dias a meses, pode estar associados sintomas
inespesifica.
Estágio 1
Fase cutânea ocorre aparecimento de lesão em tronco centrada no local que aumenta
cocentricamente adquirindo formato de alvo com o centro pálido, mais da metade dos
doentes ocorre disseminação da lesão aparecendo de 4 a 20 pelo corpo, as lesões
desaparecem de 3 a 4 semanas após o surgimento, e a queixa principal é de sensação de
queimação no local do eritema. O eritema costuma surgir com quadros gripais inespesificos
com febre, mialgia, cefaleia, astenia, ligeira rigidez de nuca, artralgias, e menos
frequentemente adenopatias, esplenomegalia, inflamação testicular, e quadros de hepatite e
faringite. 10% apresenta sintomas digestivos, como náuseas, vômitos, anorexia e dores em
quadrante superior do abdômen.
Estágio 2
4 semanas ou meses após a fase 1, caracterizando-se por alterações neurológicas, articulares,
cardíacas, oculares, e dermatológicas. Dermatológicas, o eritema migrans tende a desaparecer
em 30 dias após infecção, porém, em pacientes não tratados podem recorrer lesões de pele
não tão características não associadas a picada do carrapato, que resolvem espontaneamente
e podem recorrer. Neurológico, ocorrem em 15% na fase secundária, mais comumente
meningite linfocitaria semanas ou meses após infecção primária, a principal manifestação a
neurite craniana, com paralisia do facial especialmente se for bilateral e repetitiva, pode
acometer outros pares causando disacusia(8º), diplopia(3º,4º,6º), disfagia e dislalia(9º,10). O
envolvimento periférico é marcado por poliradiculopatia sensitiva e ou motora, e outros
quadros descritos são encefalomielite, ataxia cerebelares, convulsões e distúrbios psiquiátricos
orgânicos. Pode ocorrer alterações cognitivas como peturbacao no sono, concentração,
memória, irritabilidade, ou humor instável com alterações no eletroencefalograma. Em um
terço de crianças com lyme foram descritas alterações no sono que podem desaparecer com
ATB. Quadro sugestivo, meningite com acometimento de nervos cranianos e ou radiculopatia
periférica. Somente 40% dos doentes com manifestação neurológica refere o eritema migrans.
Alterações cardíacas, 8% dos pacientes e em 90% desses manifestações de alteração de
condução AV com graus flutuantes de bloqueio AV 1º graus, Wenckebach ou bloqueio
completo, acompanhadas as vezes de alterações inespesificas de repolarizacao. Pode causar
miocardite podendo ser fatal em alguns casos, normalmente tendem a autoresolucao em até 6
semanas, mas sem tratamento podem recidivar, acometimento ocular pode variar de
panoftamite, coroidite, uveíte, descolamento de retina, simular pseudo tumorcerebral com
edema de papila. Alterações articulares, tipicamente mono, oligo ou poliartrite migratória,
principalmente em MI, durando de semanas a meses espaçados em intervalos variáveis de 1 a
10 semanas. Primariamente pode não ocorrer edema articular, porém, posteriormente
costumam cursar com grandes derrames em grandes articulações.
Estágio 3
Anos após o contato com a bactéria alterações neurológicas tendem a não responder a
tratamento e serem definitivas, a artrite se torna crônica em 10% dos pacientes e com
característica semelhante a artrite reumatoide. Neuro, manifestações variadas podendo ser
confundidas com doenças psiquiátricas, esclerose múltipla, e tumor cerebral. Normalmente
cursam com sintomas de encefalopatia crônica com diminuição da concentração, memória.
Outras complicações são sonolência, dificuldade e, abstração, cálculo, desorientação,
irritabilidade, e convulsões. Alguns doentes apresentam lesões desmielinizantes bilaterais
semelhantes a MS e AVC.

Síndrome de baggio-yoshinari
Agente etiológico nunca foi cultivado, porém já foi visualizado em campo escuro. O.carrapatoé
do gênero Amblyoma diferente do carrapato da lyme. Teste sorológico para borrelia
burgdorferi são positivos. Esta associada à desenvolvimento dê autoimunidade muito
maisdoque em lyme. Quando não tratada no estágio um apresenta recidivas em ¾ dos
pacientes. Eritema migratório anular com centro poupado. A patogenia das manifestações
crônicas está associada provavelmente a reação cruzada a antígenos do hospedeiro após
muito tempo de exposição com os esiroqurtoides.
Quadro clínico
Estágio 1- Sintomas gerais que sugerem infecção viral, sendo a fase aguda arbitrariamente
definida como 3 meses.
Quadro dermatológico – o eritema migrans surge primeiramente no local da picada com
características semelhantes ao da doença de lyme, e pode aparecer em outros locais do corpo
como lesões anelares, aparece em 50% dos pacientes e dura em torno de 10 dias.
Artrite – 30% dos pacientes, na fase aguda tem caráter mono ou oligoarticular, com
acometimento de grandes articulações principalmente joelho, durando de dias a semanas. O
aspirado sinovial exibe padrão inflamatório com predomínio de neutrófilo.
Quadro neurológico – na fase aguda pode ocorrer qualquer manifestação da tríade meningite,
neurite ou neuropatia periférica. Raramente encefalite aguda, o LCR tem padrão de infecção
viral com discreta proteinoraquia e hipercelularidade linfocitaria.
Fases 2 e 3 – 75% dos pacientes e evoluem para doença crônica se não tratados nos três
primeiros meses de doença, com 30% desenvolvendo complicações neurológicas ou articulares
e 10% envolvimento cardíaco, surgem distúrbios imunológicos como autoanticorpos como
FAN, cardiolipina, membrana de neurônios, e constituintes celulares variados. Não conhece-se
o papel desses anticorpos na doença, porém os doentes passam a exibir fenômeno de Raynou,
xeroftalmia, xerostomia, artralgia, vasculite, fadiga crônica e importante distúrbios cognitivos.
Nesta fase os doentes não respondem bem ao tratamento.
Sintomas dermatológicos – os eritema clássicos tornam-se raros nessa fase, mas podem
ocorrer, assim como tende a ocorrer exacerbação de fenômenos de hipersensibilidade como
lesos urticariforme e quadros graves sugerindo edema angioneurotico.
Geral – a fadiga crônica é o principal sintoma geral nestes paciente junto com febre desânimo
e cansaço. A fadiga crônica é caracterizada pelo quadro de dor de garganta, gânglios cervicais,
dores musculares, poliartralhia, cefaleia, distúrbios de memória, e concentração mental,
alteração do ritmo do sono que pioram com exercício mas não melhoram no repouso, tem que
durar por no mínimo 6 meses.
Manifestações articulares – 30% dos doentes cursam com doença similar a artrite reumatoide ,
os surtos tendem a durar 30 dias, o joelho continua sendo o mais acometido mas com a
evolução as pequenas articulações começam a ser acometidas, com caratês poliarticular,
simétrico e com rigidez matinal. Casos de mucosite com elevação de enzimas e
eletroneuromiografia alterada podem ocorrer.
Manifestações neurológicas – as neuropatias são variadas, desde meningite, neurite,
poliradiculopatia simulamdo GBS, encefalomielites, quadros que lembram esclerose múltipla
ou Parkinson.
Coração – 10% similar a lyme com distúrbios de condução AV e miocardite.

STARI – não se conhece o patógeno causador, cursa com sintomas gerais, e um eritema
migram variado mas que não costuma ter o aspecto em alvo da doença de lyme, não está
associada a com artrite e doença neurológica ou doença crônica.

Tuleramia - pode afetar outros animais como coelhos, e outros roedores que tendem a morrer
em grandes quantidades em epidemias. Pessoas podem contrair a doença com picada de
carrapato ou moscas, contado com animais infectados, bebendo água contaminada, inalando
aerosol contaminado na agricultura ou terraplanagem, ou acidente em laboratório. É causada
pela bactéria Francisella tularensis. Os sintomas dependem da via de contaminação, ,as todas
as formas são acompanhadas de febre alta. Úlcera glandular- forma mais comum,
aparecimento de lesão ulcerada no local da picada ou mordida de animal ou inseto
contaminado, a úlcera é acompanha de adenopatia regional, geralmente axila e virilha.
Glandular – similar a primeira mas sem a úlcera, mesmo modo de aquisição.
Oculoglandular – acontece quando a bactéria é inoculada pelo olho, pode ocorrer em pessoas
limpando uma caça contaminada, entrando em contato com seus olhos após manipulação.
Ocorre irritação e inflamação e linfadenopatia anterior auricular.
Orofaríngea – ocorre por contaminação via água ou alimentos contaminados, dor de garganta,
úlcera na boca, tonsilite, e linafadenopatia cervical.
Pneumonica – sintomas incluem tosse, dor torácica, e dispneia, ocorre em contaminação via
aerosol é a forma mais grave, pode ocorrer também por disseminacao hematogenica de outra
forma não tratada. Ocorre em todo os Estados Unidos com predomínio no meio oeste.

Erliquiose - É transmitida via picada de carrapato, acometendo toda a costa leste dos Estados
Unidos, e pode ser transmitida via transfusão sanguínea. Sintomas começam tipicamente 1 a 3
semanas após a infecção, costumam ser indolores. A doença inicial nos 5 primeiros dias inclui
febre, calafrio, cefaleia severa, mialgia, Nausea, vômito, diarreia e perda de apetite, confusão e
um rash mais comum em crianças. Se o tratamento for atrasado podem ocorrer
meningoencefalite, insuficiência respiratória, hemorragia, falecia de múltiplos órgãos e morte

Babesiose – causada por um parasita sanguíneos, transmitido por picada de carrapato, a


maioria dos infectados não apresentam sintomas ou apenas flu like, porém alguns podem
desenvolver anemia hemolítica levando a icterícia e urina com cor de coca-cola. Pode ser
severa em pacientes esplenectomizados, imunocomprometidos, e idosos.

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