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Métodos da Filosofia
Fenomenológico – Esse método quer ir além de descrever um objeto, ele quer chegar a essência
para além dos seres empíricos ou singulares. Para poder chegar a essa observação pura é necessário
deixar de lado todas as ideias preconcebidas, todos os preconceitos, tudo aquilo que ouvimos dizer,
tudo aquilo que lemos a respeito. Este método tem por fundamento a operação chamada epoché
(termo grego para expressar “suspensão”) e que significa a recusa de qualquer pronunciamento
sobre os problemas da existência e das realidades substanciais, se abstendo portanto de qualquer pré
– juízo.
Dialético – é uma forma de discurso entre duas ou mais pessoas que possuem diferentes pontos de
vista sobre um mesmo assunto, mas que pretendem estabelecer a verdade através de argumentos
fundamentados. A dialética é a estrutura contraditória do real, que no seu movimento constitutivo
passa por três fases: a tese, a antítese e a síntese, que podem ser configurados dessa forma:
identidade que é chamada de tese, contradição ou negação chamada de antítese e positividade ou
negação da negação chamada de síntese
Como por exemplo, o homem que esculpe uma estátua madeira, ele se encontra com a matéria-
prima, que depois é negada, ou seja, a sua forma natural é destruída. Mas ao mesmo tempo ela será
“conservada”, pois a madeira continuará existindo como matéria, só que modificada, elevada a uma
forma qualitativamente diferente, uma forma criada. Portanto, o trabalho nega a natureza, mas não a
destrói, antes a recria.
As três leis principais da dialética são: a) lei da negação da negação; b) lei da interpenetração dos
contrários; c) lei da transformação da quantidade em qualidade e vice – versa.
. Lei da negação da negação: Esta lei explica que cada qualidade nega a anterior. Ao negar e superar
os aspectos da realidade objetiva anterior com a obtenção de uma nova qualidade, a qualidade
anterior é negada, mas não “aniquilada”, porque não desaparece sem deixar marcas; pelo contrário
nesta negação preserva-se o resultado positivo anterior, no desenvolvimento subsequente
. Lei da interpenetração dos contrários: Esta lei se manifesta nas ligações mais fundamentais,
essenciais entre os aspectos, elementos e propriedades nos objetos ou entre objetos. A contradição é
pois resultante da relação entre os pólos contrários e cada um constitui um dos lados dele. A
característica fundamental é que um lado inexiste sem que o outro exista. Um exemplo simples
pode ser visto através de um ovo. Ele já contém em germe a sua negação; nele coexistem duas
forças: que ele permaneça ovo e que ele venha a ser pinto.
. Lei da transformação da quantidade em qualidade e vice – versa: Esta lei se refere ao fato de que
ao mudarem, as coisas não mudam sempre no mesmo ritmo. O processo de transformação por meio
do qual elas existem passa por períodos lentos (nos quais se sucedem pequenas alterações
quantitativas) e por períodos de aceleração. O exemplo clássico é o da água esquentando: ao
alcançar 100o C, deixa o estado líquido e passa a ser gasoso. Para isto, entanto, foi preciso que grau
a grau as moléculas de água fossem se movimentando e expandindo seu espaço para que ao chegar
a 100o C, a água em estado líquido se evapore.