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Harmônia
Definição
Harmonia é a relação vertical das notas que são executadas num mesmo momento. A harmonia pode ser ternária (sons
formados pelo intervalo de terças, ex. Do/Mi/Sol ou Do/Mi bemol/Sol), quaternária (formada por intervalos de quarta, ex.
Fa/Si/Mi ou Fa/Si bemol/Mi), quinária (intervalo de quinta, inversão do de quarta, ex. Si/Fa/Do), intervalo de segunda (ex.
Do/Re/Mi) e assim por diante. É irrelevante se estes intervalos são maiores ou menores ou mesmo aumentados. É básico para
o estudo da Harmonia e para a composição, que se tenha em mente a seguinte tabela de intervalos, que são os graus dos tons
com relação a uma nota fundamental, neste exemplar.
Classicamente temos 5 formas de acordes maiores e 4 formas menores mas, usaremos nas formas
menores apenas 3 formas.
Como costumo dizer essas 8 formas clássicas chamaremos de acordes geradores de acordes.
Obs: Esses estudos estão baseados sobre a afinação em quartas forma tradicional/clássica da
Guitarra ou Violão (E – B – G – D – A – E ) Cordas contadas de baixo p/ cima
Observe que (E) Mi Maior gera (F) Fa Maior e (A) La Maior gera (B) Si Maior e assim
consecutivamente.....
Observe que (Em) Mi Menor gera (Fm) Fa Menor e (Am) La Menor gera (Bm) Si Menor e assim
consecutivamente.....
Tonalidade
Tonalidade é um sistema de sons baseados nas Escalas: maior, menor, menor harmônica e menor
melódica, onde os graus da escala são observados de acordo com sua função dentro da harmônia. Cada
um dos graus de uma escala desempenha funções próprias na formação e concatenação dos acordes. A
palavra função serve para estabelecer a sensação que determinado grau (ou acorde) nos dá dentro da
frase harmônica. Ao ouvir uma escala, percebemos que as notas repousam em certos graus e criam
tensão em outros. O repouso absoluto é feito no grau I, centro de todos os movimentos. Assim, cada
grau tem função definida em relação à tônica de uma escala, criando momentos estáveis, instáveis e
menos instáveis, cuja variação motiva a continuidade da música até o repouso final.
Os graus da escala são designados também de acordo com suas funções dentro da harmonia, sendo
classificados da seguinte maneira:
Segundo a teoria da harmonia funcional, de Riemann, os graus I, IV e V têm importante função dentro
da harmonia, na preparação e resolução dos acordes de uma frase harmônica, da seguinte maneira:
Os acordes formados sobre o grau I de uma escala têm sentido conclusivo (estável) e, geralmente,
aparecem na finalização de uma música. O acorde principal da função tônica é aquele cuja nota
fundamental (primeira nota do acorde, ou seja, a nota que define o nome do acorde) é, também, o grau
I da escala, podendo ser substituido por acordes formados sobre os graus VI ou III, que também
estabelecem repouso.
Tem sentido suspensivo (instável) e pede resolução na tônica ou nos graus substitutos da mesma. O
acorde principal da função dominante tem sua fundamental no grau V da escala, podendo ser
substituído pelo grau VII. Muitos músicos interpretam a tríade sobre o grau VII como uma tétrade do
grau V desprovida de fundamental. Analogamente, a tétrade sobre o grau VII é interpretada como
uma sobreposição de quatro terças sobre o grau V, também com a omissão da fundamental.
•
o Por exemplo: na escala de dó maior, o fá é a subdominante da escala; o 4º grau perfeito
da escala de dó.
Referências
A Teoria Funcional
A Teoria Funcional surge com Riemann em 1887; sua primeira finalidade é a de construir
um sistema capaz de entender e codificar a linguagem harmônica sempre mais
complexa que, a partir da época clássica, veio se desenvolvendo.
Primeiro e mais importante axioma dessa teoria é o da existência de três únicas categorias
de acordes (T-S-D). Todos os acordes de uma composição podem ser reconduzidos
a uma das três funções. Pelas notas dos três acordes é possível deduzir a
escala [Do-Mi-Sol, Fa-La-Do, Sol-Si-Re = Do-Re-Mi-Fa-Sol-La-Si]. Os acordes e suas
relações são dados; as escalas resultam derivadas por eles.
A teoria funcional tenta reconduzir a análise harmônica a uma só tonalidade, localizando
o grau de um acorde dentro dela e estabelecendo, assim, a estrutura desse acorde.
Inovadora é, também, na visão de Riemann, a equivalência e especularidade dos
modos maior e menor. Esse último é explicado, por Riemann, recorrendo à idéia da
existência dos harmônicos inferiores.
A teoria funcional se propõe a explicar todos os
acordes através de afinidades de quintas e de terças. Assim, a antiga Tonart, passa a ser substituída
pelo conceito de Tonalität, que se estende a todos os acordes diretamente reconduziveis às três
harmonias principais (para ter uma idéia de como a teoria
funcional consegue dar símbolos a todos os acordes, veja a tradução do artigo de Ernst Kunst, mais a
frente).
Conseqüências da evolução da linguagem a partir da metade do século XIX
A Teoria dos Graus, assim como a Teoria Funcional de Riemann,, se acham em dificuldade diante da
linguagem musical da metade do século XIX. Nessa época o aumentar das implicações cromáticas e o
progressivo enfraquecimento do sentido tonal implicam na busca de novas teorizações.
Se Schoenberg e, sucessivamente, Schenker não seguem a simbologia riemanniana,
essa acha novos seguidores até os nossos dias. Por exemplo, o Harmonielehre
(Manual de Harmonia) de Diehter De La Motte de 1976. Todavia, é importante ressaltar que a
utilização da simbologia riemanniana é usada por De la Motte no seu manual somente a partir da época
de Bach e até a Ópera, não recusando ele o uso de outros instrumentos nas circunstâncias em que se
fazem necessários.
A partir dos anos 80 se assiste a uma retomada da corrente riemanniana, agora
denominada neo-riemanniana, representada por autores como David Lewin, Brien
Hyer, D. Kropp, M. Mooney, Richard Cohn.
B. FUNÇÃO TONAL
Vejamos, pelas palavras de Norton Dudeque, o que é Função Tonal:
Norton Dudueque, pesquisador sobre a teoria schoenberguiana, tem escrito a respeito da Função
Tonal em Schoenberg. Segundo ele, o termo "função tonal", normalmente associado com o sentido de
"função harmônica", está longe de ser definido de forma clara e definitiva.
Seu uso tem sido vago a medida que foi ganhando uma maior freqüência. Basicamente, função significa
sentido harmônico ou ação, dois termos que têm apresentado um uso variado. Por exemplo, sentido
harmônico ou função tonal, pode significar o uso de um grau da escala e suas variações, servindo como
a fundamental de uma gama variada de acordes, ou pode significar a tendência de um acorde em se
dirigir a outro; ou ainda pode ser associado às tendências de notas individuais de um acorde.
O uso mais freqüente do termo função tem sido o de relacionar o sentido harmônico de um elemento
capaz de expressar uma tonalidade a um centro tonal.
A questão principal é resumida na identificação destes elementos que expressam
uma determinada tonalidade.
Geralmente, são identificadas duas teorias distintas na sua concepção e que se
ocupam da questão da função tonal. Algumas vezes estas são consideradas
contraditórias mas na realidade são complementares. A primeira refere-se a
teoria tradicional, herdada de teóricos do século XVIII e XIX (por exemplo de
Gottfried Weber e Georg Joseph Vogler), que diz respeito a redução de acordes
a sua posição fundamental, tendo as fundamentais dos acordes assinaladas
com algarismos romanos relacionando-os desta maneira com a tônica.
A segunda, a "teoria funcional" de Hugo Riemann, que tenta reduzir as funções de todos os acordes
de uma determinada tonalidade a apenas três principais: T, S, D
Função tonal para Schoenberg envolve mais do que simples relações entre
acordes. Envolve sim uma rede de relacionamento bastante complexo entre
notas, acordes e regiões. Notas individuais atuam como elemento melódico
capaz de expressar uma tonalidade, adquirindo deste modo sua função tonal.
Os acordes por sua vez, expressam sua função através da sua fundamental.
Ambos elementos, notas individuais e acordes, são incluídos na noção de
região tonal que considera segmentos escalares para estabelecer a relação
entre duas ou mais tonalidades.
TOM C e F MAIOR
|| C | G | F | G | C ||
|| C | F | G | C ||
|| C | G | F | C ||
TOM F MAIOR
|| F | C | Bb | C | F ||
|| F | Bb | C | F ||
|| F | C | Bb| F ||
TOM Cm e Fm “MENOR”
|| Cm | G ou Gm | Fm | G | Cm ||
|| Cm | Fm | G ou Gm | Cm ||
|| Cm | G ou Gm | Fm | Cm ||
TOM Fm MENOR
|| Fm | C ou Cm | Bbm | C ou Cm | Fm ||
|| Fm | Bbm | C ou Cm | Fm ||
|| Fm | C ou Cm | Bbm| Fm ||
Tonalidade relativa
Em música, a tonalidade relativa menor de uma particular tonalidade maior (ou o relativo maior de
uma tonalidade menor) é a tonalidade que tem a mesma armadura mas uma tónica diferente, como
oposta menor ou maior, respectivamente. Por exemplo, Sol maior e Mi menor têm um só sustenido na
sua armadura; daí pode dizer-se que Mi menor é a relativa menor de Sol maior (e que Sol maior é a
relativa maior de Mi menor). A relativa menor de uma tonalidade maior tem sempre a sua tónica uma
terceira menor descendente (e vice-versa).
Junto aos movimentos da dominante (quinto grau da escala) ou da subdominante (quarto grau da
escala), a modulação para a relativa menor ou maior é das mais comuns em música tonal.
O termo música tonal pode admitir dois sentidos, de acordo com o contexto e a acepção desejada
para o termo: Em sentido lato, música tonal é toda música que apresenta uma tonalidade definida, ou
seja, uma hierarquia entre as notas utilizadas, girando em torno de uma principal. Assim, pode-se
entender como tonal a música pentatônica, a música modal e mesmo a música ficta. Em outros termos,
esse conceito engloba toda a música ocidental não atonal.
Mais estritamente, diz respeito à música que adota o chamado sistema tonal, que se baseia em
estruturas funcionais determinadas, gerando um "percurso" harmônico e melódico com tensões e
repousos mais complexos, por exemplo, que os da música modal.
• Atonalidade ou Música Atonal em seu sentido mais amplo, descreve a música que carece de um
centro tonal, ou príncipal.não tendo, portanto, uma tonalidade preponderante. Atonalidade,
neste sentido, geralmente descreve composições escritas de 1908 até os dias atuais, mas em
períodos anteriores já era usada com menos frequência onde uma hierarquia de arremessos
focando em um único tom central não é usado e as notas da escala cromática trabalham
independentemente uma da outra (Anon. 1994). Mais restrito, o termo descreve a música que
não se conforma com o sistema de hierarquias que caracterizam tonal da música clássica
européia entre os séculos XVII e XIX (Lansky, Perle e Headlam 2001).
• Mais restrito ainda, o termo é por vezes utilizado para descrever a música que não é tonal nem
serial, especialmente a música pré-dodecafônica da Segunda Escola de Viena, principalmente,
Alban Berg, Arnold Schoenberg e Anton Webern (Lansky, Perle e Headlam , 2001). De acordo
com John Rahn, no entanto, "[a] sa rótulo categórico," atonal "geralmente significa apenas que
a peça está na tradição ocidental e não é" tonal "(Rahn 1980, 1);" serialismo surgiu em parte
como um meio de organizar de forma mais coerente as relações utilizadas na preserial 'atonal
livre' música .... Assim, muitas informações úteis e fundamentais sobre a música mesmo
estritamente serial dependem apenas teoria básica atonal "(1980 Rahn, 2)
• Compositores como Alexander Scriabin, Claude Debussy, Béla Bartók, Paul Hindemith, Sergei
Prokofiev, Igor Stravinsky, e Edgard Varèse escreveram música que tem sido descrita, no todo
ou em parte, como atonal (Baker 1980 e 1986; Bertram 2000; Griffiths 2001, 1983 Kohlhase;
Lansky e Perle 2001; 2004 Obert; 1974 Orvis; Parks, 1985; 2000 Rülke; 1995-1996 Teboul,
Zimmerman 2002).
Praticando as Relativas
| C | Dm | Em | F | G | Am | B dim. | C |
| Am | B dim | C | Dm | Em ou E | F | G | Am |
Acordes Substitutos Diatônicos
Introdução
Os acordes substitutos são aqueles que substituem da forma mais adequada os acordes principais de
uma tonalidade. Em tonalidades maiores e menores, os acordes principais são aqueles formados sobre
o primeiro grau (Tônica), quarto grau (Subdominante) e quinto grau (Dominante). Esses acordes podem
ser substituídos por outros que mantêm a mesma função do acorde principal de origem. Em outras
palavras, os acordes substitutos devem manter a função de tônica, subdominante ou dominante.
Há duas categorias principais de acordes substitutos:
Acordes Substitutos Diatônicos: são aqueles que pertencem à tonalidade de origem, isto é, não
acrescentam notas alteradas; são os acordes formados sobre o 2º, 3º, 6º e 7º graus.
Acordes Substitutos Cromáticos: são aqueles em que pelo menos uma de suas notas são alteradas em
relação à tonalidade onde são empregados.
Em relação a qualquer acorde, os substitutos mais eficazes são aqueles que têm o maior número de
notas comuns. Como uma tríade possui três sons, duas notas é o maior número possível de notas
comuns entre duas tríades. Por exemplo, há duas tríades perfeitas que têm duas notas comuns em
relação a C:
Am C Em
si
sol ↔ sol
mi ↔ mi ↔ mi
dó ↔ dó
lá
Assim, Am e Em são os substitutos mais adequados para o acorde de C, nas tonalidades em que estes
acordes aparecem.
Am e Em fazem parte dos tons de DóM, SolM e Mim; em todos esses tons, podem substituir o acorde
de C.
Entretanto, apenas possuir notas comuns não é o suficiente para um acorde ser considerado um
substituto adequado. É necessário que o substituto tenha as mesmas características de função e
sonoridade que o acorde principal.
Por exemplo, os acordes que possuem a sensível determinam a função de dominante (tensão
harmônica). Por isso, em um campo harmônico mais simples, formado apenas por tríades, um acorde
com a sensível não seria muito apropriado para caracterizar a função de tônica.
Por isso, em Dó Maior, o acorde de Em, que possui a nota si (sensível de dó), não seria o melhor
substituto da tônica, mesmo possuindo duas notas comuns. Neste contexto, entre os acordes citados
na página anterior, (Am e Em) o melhor substituto para C, em Dó Maior, seria Am, que inclusive
caracteriza a sonoridade da relativa, já que a tonalidade de Lá Menor é relativa do tom de Dó Maior.
O mesmo problema não aconteceria na tonalidade de Sol Maior, pois tanto o acorde de Am quanto o
acorde de Em podem substituir o acorde de C com eficácia, neste tom. Em Sol maior, a sensível é fá#,
que não está presente em nenhum desses acordes (C, Am , Em).
Isso significa que um acorde substituto deve cumprir dois requisitos:
a) Possuir notas comuns em relação ao acorde principal
b) Manter claramente a função do acorde principal
Conforme foi dito anteriormente, a tônica relativa é o substituto mais eficaz pelo fato de que não
possui a sensível, como ocorre com a tônica anti-relativa.
O acorde de Em, que é a “Dominante relativa” (cifra Dr), não é o melhor substituto da dominante por
ser uma tríade menor. Como sabemos, as tríades menores não são as melhores para caracterizar a
função de dominante. Assim, em Dó Maior, temos os seguintes substitutos da dominante:
Abaixo, estão as tríades na tonalidade de Dó Maior, com os acordes de função principal (I, IV e V
graus) e seus substitutos, com as cifras de grau, acorde e função.
A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta: tR (tônica Relativa) note que as letras maiúsculas e
minúsculas se invertem em relação ao tom maior. Isso se deve ao fato de que a tônica Am é uma tríade
menor, ao passo que sua relativa C é uma tríade maior. Por isso, é comum cifrar o “t” minúsculo (para
indicar que a tônica é menor) e o “R” maiúsculo (para indicar que a relativa é maior). Pode-se ler assim:
“relativa maior da tônica menor.”
Por estar na posição oposta à da relativa (3ªM abaixo), o acorde de F é a “tônica Anti-relativa”. Por
definição a anti-relativa de um acorde menor é um acorde maior cuja fundamental se encontra à terça
maior inferior (a nota fá está uma 3ªM abaixo de lá). A cifra empregada na Harmonia Funcional é esta:
tA (tônica Anti-relativa). Pode-se ler assim: “anti-relativa maior da tônica menor.”
Ambos substitutos podem ser empregados com eficiência. A tríade diminuta sobre o 2º grau pode ser
entendida como um acorde de subdominante com a sexta (si) no baixo. Este acorde é bastante
empregado com a sétima, cuja cifra pode ser: Bm7(b5) – notas: si-ré-fá-lá.
Destaca-se o fato de que o acorde de F, em Lá Menor, pode ser empregado tanto como tA (tônica
Anti-relativa), quanto como sR (subdominante Relativa). Sua função depende do campo harmônico em
que ocorre (tônica ou subdominante).
A “Dominante relativa” é o acorde de C#m. A cifra é esta: Dr (lembre-se de que Dó#m é a relativa de
MiM). Este também é um acorde alterado, pois não pertence à tonalidade de Lá Menor. Seu emprego é
raro e, por isso, não será abordado nesta unidade.
Uso dos Acordes Substitutos Os acordes substitutos podem ser empregados em algumas situações:
a) Substituir os acordes principais (daí seu nome de “acordes substitutos”). Em Dó Maior:
A sequência C F G7 C
A sequência Am Dm E7 Am
Em 2/4
Am G#º | Am | Dm C | F Bm(b5) | E7 | C | Bm(b5) E | Bm(b5) G#º | Am Bº | Am | Dm C | F Bm(b5) |
Dm C | F Bm(b5) | E7 | Bm(b5) | Am/E E7 | Am ||
Bons estudos....
Isaias A.E.S