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CAROLINA

VIGNA
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Scribus: diagramando em software livre


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Scribus: diagramando em software livre


posted on 27 de agosto de 2010 by Carolina Vigna in Wide

Atenção: por algum motivo alheio ao meu conhecimento, esse artigo tem sido muito
acessado. É importante ressaltar que foi escrito em 2010 e que portanto pode estar
desatualizado e que novas versões do Scribus podem trazer ferramentas e
características diferentes. O post não foi atualizado.

O Scribus é um programa opensource de diagramação. Existem muitos tutoriais em inglês


disponíveis online, inclusive em vídeo.

Como esta é uma revista voltada para a web, vou considerar a meta de produção como e-
books e afins e não vou me preocupar aqui com questões como resolução mínima de
impressão ou geração de marcas de registro, por exemplo. Se esta for uma questão
importante para você, no site de documentação do Scribus você encontrará bons pontos de
partida. Recomendo também a leitura do livro O Design do Livro, de Richard Hendel.

Antes de entrar na parte prática do programa é importante pensarmos em alguns conceitos


que talvez não sejam uma preocupação para quem é muito “webcentrado”.

Diferentemente de sites, publicações em pdf e afins pressupõem uma certa linearidade. Ou


seja, não usamos extensivamente hipertexto e lógicas similares. Toda a diagramação é
pensada como um plano fechado, não-fluido ou muito menos elástico. Além disso, o
conteúdo também é pensado de forma a não utilizar referências externas, como um link para
uma definição na wikipedia, por exemplo. A publicação neste formato precisa ter uma certa
unidade e independência, mesmo se parte de uma série ou se é um periódico. Pegue a
Revista Webdesign como exemplo: cada edição tem uma identidade comum a todas e, ao
mesmo tempo, encerra os assuntos ali propostos com artigos completos e que se sustentam
sozinhos.
Podemos usar esta mesma lógica, da publicação linear, em outras aplicações. Não é
incomum, por exemplo, que um artista queira sua obra dividida em anos ou em fases.
Podemos criar um pdf para cada segmento ou seção e colocá-lo de forma a fazer sentido no
todo, com ou sem textos explicativos. Ou, ainda, é possível que um cliente seu queira uma
área de downloads de documentos que necessitam ser impressos em uma formatação
específica (como atas, pareceres jurídicos, etc). Ou seja, nem só de CSS vive o homem.

O Scribus é um programa bastante complexo. Existem inúmeros bons tutoriais e uma vasta
documentação a seu respeito na web e portanto o propósito deste artigo é apenas de
apresentá-lo como uma solução possível de diagramação.

Começando do início, como manda os bons costumes, abrimos um novo documento.

A caixa de diálogo exibe algumas opções interessantes, como a possibilidade de dobras


duplas ou triplas e a mudança da unidade de medida para cada documento.

Na hora da criação, pedi um Automatic Text Frame, então é só colar o texto a ser diagramado.

Uma das principais características do Scribus é que ele trata cada elemento individualmente,
inclusive com a possibilidade de mudarmos o nome para uma identificação mais rápida. No
caso de uma publicação maior, será muito mais fácil de identificar “Tabacaria” do que “Text1”,
por exemplo.

Se você precisar criar novas caixas de texto, a passagem automática de uma para outra pode
ser ligada/desligada no Link Text Frames.

Todos os ajustes de texto são encontrados na caixa de diálogo Text, os de imagem na caixa
Image e assim por diante.

Assim como os melhores programas de Desktop Publishing, o Scribus também tem estilos de
parágrafo. Clique em new para criar os seus estilos. Depois, para aplicá-lo é só selecionar o
texto e clicar em “style” na caixa de texto.
Se quiser quebrar uma página antes do automático, é só arrastar a linha final para a quebra
ou então inserir um frame break na posição certa.

Inserimos então um Image Frame e, com 2 cliques em cima dele, importamos uma imagem.
Neste caso, estou usando uma fotografia da tabacaria Seattle Rainier Cigar Co, de 1900,
encontrada no endereço http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Seattle_Rainier_Cigar_Co_-
_1900.jpg

As imagens podem ser tratadas de várias maneiras. Uma das mais comuns é com o texto
contornando os limites da imagem. Para isso, basta clicar em Shape e em Text Flows Around
Frame.
Outra coisa importante de mostrar é que o Scribus trabalha com layers e podemos, por
exemplo, inserir a imagem por baixo do texto.

Em Document Setup, em sections, você pode manipular e adicionar seções do seu


documento e, depois pode gerar um índice automático em Page of Contents. Funciona mais
ou menos como o book do InDesign. É nesta caixa de diálogo também que você encontrará a
exportação para PDF.

Inserir número de páginas também é bem similar ao programa da Adobe. Basta inseri-lo
como um caracter especial dentro de um frame de texto.

Acredito que com estes poucos dados já seja possível fazer algo com o Scribus. Assim como
qualquer software open source, este também muda um pouco a lógica das coisas para quem
está acostumado a similares comerciais. É necessário um período de adaptação mas acredito
que a maioria das necessidades de diagramação sejam supridas por ele. Pode ser uma boa
solução gratuita para você ou para a sua empresa, inclusive para impressos.

Scribus: diagramando em software livre. Revista Wide online, 27 ago. 2010.

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