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Não há dúvida de que estamos em um momento particular da história. Nos toca ver
e assistir a uma série de coisas que nunca aconteceram antes, em particular o fato
que todo o mundo católico se vê retirado, sem missas públicas, sem sacramentos.
Momentos de morte e dor, não apenas fisicamente, mas ainda mais, vemos como
os idosos e doentes na Itália outrora católica e não solo lá são isolados, privando-os
do consolo da religião nos momentos mas importantes e depois são entregues ao
túmulo de maneira quase ímpia, sem sacramentos ou sacramentais, sem funerais
sem orações.
Nesse momento muito particular de escuridão no mondo, nos com tudo o ímpeto
de nossas vocês exclamamos Surrexit sic dixit! Suregit Chrsitus spes mea!
Nesta noite santa nos afirmamos que a luz e mais forte que as trevas de este mondo
que passa:
Como ontem os judeus e fariseus incrédulos, hoje, mais do que nunca, existem
pessoas que questionam esse pilar de nossa fé, a quem Santo Agustín responde
com o que o Concílio Vaticano I chamou de "o milagre moral da Igreja":
“É incrível que Cristo tenha ressuscitado dos mortos; incrível é que o mundo
inteiro acreditou aquele incrível; o mais incrível de tudo é que alguns homens,
ásperos, fracos, analfabetos, convenceram o mundo inteiro, incluindo os sábios e
filósofos, da aquele inacreditável. O primeiro Incrível não quer acreditar; no
segundo eles não têm escolha senão vê-lo, de onde não há outra escolha senão
admitir o terceiro”, argumentou Santo Agostinho no quarto século. A existência
da Igreja, sem a ressurreição de Cristo, é outro absurdo maior.
Ontem, hoje e sempre, houve falsos doutores que negaram a ressurreição de Cristo,
e os antecedentes porque isso implica a vitória de Cristo e a afirmação de sua
segunda vinda para fazer justiça a si próprio.
Antes de tudo as suas preocupações morais. “Cristo – afirmava ele – com o seu
moralismo dividiu os homens segundo o bem e o mal, enquanto eu os unirei com
os benefícios que são igualmente necessários aos bons e aos ruins”.
Depois não aceitava “a sua absoluta unicidade”. Ele é um dos tantos; ou melhor,
dizia, foi o meu precursor, porque o salvador perfeito e definitivo sou eu, que
purifiquei a sua mensagem daquilo que é inaceitável ao homem de hoje.
Finalmente, e principalmente, não podia suportar o fato que Cristo estivesse vivo,
tanto que histericamente repetia: “Ele não está entre os vivos e nunca estará. Não
ressuscitou, não ressuscitou, não ressuscitou. Ele apodreceu, apodreceu no
sepúlcro...”.
Contra tudo isso nesta noite admirável, a mais bela das noites, confessamos que
Cristo ressuscitou, que Cristo venceu e confessamos diante deste cosmos, diante
deste mundo que Cristo está vivo, que a vitória é nossa, que Cristo vivo voltará em
Glória para pôr fim à história, porque ele somente ele é o A e o Ômega, o começo
e o fim.