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RIO
Alvo de ação civil pública movida pelo município de Angra dos Reis em outubro de 2007
por supostos danos ambientais e construções irregulares em sua casa de veraneio, o
apresentador de TV Luciano Huck é representado pelo escritório de direito do qual é sócia a
primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo Cabral. Seu marido, o governador Sérgio Cabral
Filho (PMDB), editou, em junho do ano passado, o Decreto 41.921, que alterava a
legislação da Área de Proteção Ambiental (APA) de Tamoios, na Baía de Ilha Grande. A
medida, cuja constitucionalidade é questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela
Procuradoria-Geral da República, beneficiaria proprietários de residências consideradas
irregulares na região ? caso de Huck e sua casa na Ilha das Palmeiras.
O polêmico Decreto 41.921 teria sido originalmente elaborado na Secretaria da Casa Civil,
e não por órgãos ambientais do Estado do Rio ? segundo servidores que atuam no setor.
Segundo o Inea, a informação não é verdadeira. "O decreto foi elaborado pela Secretaria do
Ambiente e encaminhado à Casa Civil unicamente para a assinatura do governador e
publicação."
Por sua assessoria, Luciano Huck informou que o escritório da primeira-dama "atua há
vários anos como correspondente de Lilla, Huck, Otranto, Camargo Advogados", seus
advogados em São Paulo, desde antes da gestão Cabral. "Não tínhamos conhecimento, até o
momento, de que a primeira-dama do Rio de Janeiro era sócia desse escritório", informou a
assessoria. O advogado Sérgio Coelho não quis comentar o caso e informou apenas que
representa Huck e seus sócios desde 2002.
Para ele, o País está atualmente "em um mato sem cachorro" e em um "limbo", pois as
doações empresariais não se materializam. "Estamos em um mato sem cachorro, não temos
financiamento coletivo e estamos com sistema de lista aberta", disse ele durante palestra
sobre reforma eleitoral no auditório do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis
(Sescon) de São Paulo.
Gilmar afirmou que é preciso pensar em uma "grande engenharia institucional que permita
que os itens sejam minimamente regulados" para o financiamento e que as eleições não
resultem em um quadro de abuso de poder econômico, como revelado pelas investigações
recentes. O ministro destacou que é preciso definir também um teto para as doações, sejam
de empresas ou de pessoas físicas.
O ministro do STF defendeu ainda o fim das coligações e a cláusula de barreira, que pode
diminuir o número de partidos representados no Congresso. Ele disse que o Congresso
precisa definir as mudanças até setembro ou outubro deste ano para que eventuais novas
regras passem a valer nas próximas eleições presidenciais, em outubro de 2018.
Caixa 2. O ministro disse que as investigações recentes, inclusive o processo que julga a
chapa Dilma-Temer no TSE, mostraram que a forma de financiamento via caixa 2 foi
generalizada em todas as eleições. Ele destacou, na palestra, o depoimento do empreiteiro
Marcelo Odebrecht ao TSE na semana passada. "Os senhores viram as declarações de
Marcelo Odebrecht dizendo que doou para a campanha de Dilma Rousseff R$ 150 milhões,
dos quais 80% pelo caixa 2? Num sistema de franquia, de abertura, ocorreu isso. E isso é
pouco que se sabe desse contexto todo", afirmou.