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Livro Eletrônico

Aula 08

Língua Portuguesa p/ SEDUC-CE (Professor-todas áreas) Pós-Edital

Décio Terror Filho

02608773362 - Maria Jose Cavalcante de Oliveira Dias


Décio Terror Filho
Aula 08

Aula 08: Emprego das classes de palavras (pronome).

SUMÁRIO PÁGINA
1. Pronomes pessoais 1
2. Colocação dos pronomes oblíquos átonos 9
3. Valores do vocábulo “se” 21
4. Demais pronomes 26
5. Lista das questões apresentadas 47
6. Gabarito 64

Olá, pessoal!
O estudo dos pronomes é importante, porque ele fundamentalmente é um
vocábulo de coesão, isto é, liga estruturas do texto. Muitas questões das provas
fundamentam-se simplesmente em reconhecer o referente do pronome. Por
isso, esse assunto será muito importante também para trabalharmos as
questões de interpretação de texto.
A primeira divisão dos pronomes é quanto a sua finalidade: eles podem
substituir palavras ou acompanhá-las.
No primeiro caso, chamamos o pronome de substantivo, pois ele passa a
ocupar o lugar de um substantivo. Assim, tem a finalidade de retomar uma
palavra anterior, constituindo o recurso anafórico. Veja:
“O documento prevê cinco estratégias de vendas. Além disso, ele abre
possibilidades para que elas sejam ampliadas.”
Chamamos os pronomes “ele” e “elas” de pronomes substantivos, porque
ocuparam o lugar dos substantivos “documento” e “estratégias”. Esse é o
recurso chamado de coesão referencial (anafórica), pois esses pronomes
retomam palavras anteriores.
O pronome também pode ser adjetivo, quando simplesmente acompanha
o substantivo, flexionando-se de acordo com ele:
“Sua família está feliz hoje, pois outra conquista ocorreu.”
Os pronomes “Sua” e “outra” são chamados de pronomes adjetivos,
porque acompanham os substantivos “família” e “conquista” e se flexionam de
acordo com eles.

Os pronomes substantivos se subdividem em pessoais, indefinidos,


demonstrativos, mas também os pronomes adjetivos podem se subdividir em
demonstrativos, possessivos etc.

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Assim, não se quer que você decore os nomes desses pronomes, mas
entenda seu emprego. É isso que cai na prova.

Questão 1: PM SP 2017 Soldado (banca VUNESP)


Fragmento do texto: Pense rápido: qual o número de telefone da casa em
que morou quando era criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado
mensagens recentemente? Por certo, foi mais fácil responder à primeira
pergunta do que à segunda – mas você não está sozinho. Estudos científicos
chamam esse fenômeno de “efeito Google” ou “amnésia digital”, um sintoma
de um comportamento cada vez mais comum: o de confiar o armazenamento
de dados importantes aos nossos dispositivos eletrônicos e à internet em vez
de guardá-los na cabeça.
A forma pronominal -los, destacada ao final do parágrafo, retoma a expressão
(A) armazenamento de dados. ==1044fb==

(B) nossos dispositivos eletrônicos.


(C) estudos científicos.
(D) dados importantes.
(E) dispositivos eletrônicos e internet.
Comentário: Esta questão nos cobra o recurso de coesão referencial. Note
que o pronome pessoal oblíquo átono “os” se encontra no masculino e plural
porque “dados importantes” foi retomado por ele. Confira:

“... confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos


dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los
na cabeça.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Questão 2: MGS 2017 Médio (banca IBFC)


Considere o fragmento abaixo para responder à questão.
“O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa
xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim
e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo.”
O pronome pessoal destacado no trecho faz referência à seguinte palavra:
a) homem.
b) banquinho.
c) balcão.
d) botequim.
Comentário: Bem tranquila esta questão, não é mesmo?! Entendemos do
trecho que o homem ficou esperando que o rapaz viesse atendê-lo, isto é,
atender o homem. Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

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Questão 3: Pref Campo Bom RS 2016 Assistente Adm (banca Fundatec)


Fragmento do texto: A partir de certo momento na vida, geralmente após o
aniversário de 40 anos, a grande questão neurológica se resume a uma
pergunta: onde diabos foram parar todos os nomes que esquecemos? No
início, desaparece o nome de uma atriz famosa. Depois, some o nome dos
filmes que ela fez. Mais adiante, você não consegue achar, no mar de
neurônios, o nome do famoso marido dela, muito menos o do outro ator,
manjadíssimo, com quem ela contracenou em seu trabalho mais célebre. Você
percebe que foi derrotado pela memória no almoço de domingo em que, diante
da cara divertida de seus filhos, você tenta explicar: “Aquele filme, com aquela
atriz australiana, casada com aquele outro ator...”.
Essa, você já sabe – ou vai descobrir dentro de algumas décadas –, é a
parte chata de um cérebro que bateu na meia-idade. Ela vem junto com muitas
piadas e uma dose elevada de ansiedade em relação ao futuro. O que você
não sabe, mas vai descobrir agora, é que existe outro lado, inteiramente
positivo, das transformações cerebrais que o tempo _______. “Conforme
envelhecemos, o cérebro se reorganiza e passa a agir e pensar de maneira
diferente. Essa reestruturação nos torna mais inteligentes, calmos e felizes”,
diz a americana Barbara Strauch, autora de O melhor cérebro da sua vida. O
livro, recém-lançado no Brasil, reúne argumentos que fazem a ideia de
envelhecer – sobretudo do ponto de vista intelectual – bem menos assustadora
do que costuma ser.
Barbara, que é editora de saúde do jornal The New York Times, um dos
mais influentes dos Estados Unidos, resolveu investigar o que estava
acontecendo com seu cérebro. Aos 56 anos, estava cansada de passar pela
vergonha de encontrar um conhecido, lembrar o que haviam comido na última
vez em que jantaram juntos, mas não ter a mínima ideia de como se chamava
o cidadão. Queria entender a razão por que se pegava parada em frente a um
armário sem saber o que tinha ido buscar. Ela não entendia como o mesmo
cérebro que lhe causava lapsos de memória tão evidentes decidira, nos últimos
tempos, presenteá-la com habilidades de raciocínio igualmente
surpreendentes. Ela sentia que, simplesmente, “sabia das coisas”, mas, ao
mesmo tempo, se exasperava com a quantidade imensa de nomes e
referências que pareciam estar sumindo na neblina da memória. Como pode
ser?
Assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas, nas seguintes afirmações sobre
elementos do texto.
( ) “ela” (linha 5) refere-se à “atriz famosa” (linha 4).
( ) “Essa” (linha 11) e “Ela” (linha 12) referem-se à mesma coisa.
( ) “cidadão” (linha 27) refere-se a “conhecido” (linha 25).
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) V – V – V.
B) V – F – F.
C) F – V – V.

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D) F – F – V.
E) V – V – F.
Comentário: A primeira afirmação está correta, pois o pronome “ela”
realmente faz referência à expressão “atriz famosa”, haja vista que podemos
entender do contexto que “Depois, some o nome dos filmes que essa atriz
famosa fez.
A segunda afirmação também está correta, pois ambos os pronomes se
referem à “parte chata de um cérebro que bateu na meia-idade”. Veja que
“Essa” é o sujeito e o termo “a parte chata de um cérebro que bateu na meia-
idade” é seu predicativo. Assim, o verbo de ligação “é” indica que um termo
se refere a outro. Além disso, pelo contexto, entendemos que essa parte chata
de um cérebro que bateu na meia-idade vem junto com muitas piadas e uma
dose elevada de ansiedade em relação ao futuro. Isso comprova que tanto o
pronome “Essa” quanto o pronome “ela” se referem à mesma informação.
Confirme:
Essa, você já sabe – ou vai descobrir dentro de algumas décadas –, é a parte
chata de um cérebro que bateu na meia-idade. Ela vem junto com muitas
piadas e uma dose elevada de ansiedade em relação ao futuro.

A terceira afirmação também é verdadeira, haja vista que o substantivo


“cidadão” está precedido do artigo “o”, o que evidencia que tal cidadão já havia
sido anunciado anterior, o que ocorreu por meio da expressão “um conhecido”.
Assim, a alternativa correta é a (A).
Gabarito: A

Os pronomes pessoais têm valor substantivo e são aqueles que indicam


uma das três pessoas do discurso: quem fala (locutor), com quem se fala
(interlocutor) e de quem se fala (referente).
Pronomes pessoais do caso reto: são os que desempenham a função
sintática de sujeito da oração, vocativo e predicativo. São os pronomes eu, tu,
ele (ela), nós, vós, eles (elas).

Eu sou professor. O professor sou eu.


Tu és professor. O professor és tu. Tu, não deixes de estudar!
Ele é professor. O professor é ele.
Nós somos professores. Os professores somos nós.
Vós sois professores. Os professores sois vós. Vós, aceitai a reprimenda.
Eles são professores. Os professores são eles.
sujeito predicativo vocativo

Pronomes pessoais do caso oblíquo: são os que desempenham a função


sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento
nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal.

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Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os


átonos, que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por
preposição.

a) Pronomes pessoais oblíquos átonos: são os seguintes: “me, te, se,


o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes”. Eles podem exercer diversos valores
morfossintáticos nas orações:

Objeto direto: “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”.


Ana informou-me do ocorrido.
Ana informou-te do ocorrido.
Ana informou-se do ocorrido.
Ana informou-o (a) do ocorrido.
Ana informou-nos do ocorrido.
Ana informou-vos do ocorrido.
Ana informou-os (as) do ocorrido.
sujeito VTDI + OD + OI

Se o verbo termina com as nasalizações “m”, ou “õe”; os pronomes o, a,


os, as transformam-se em no, na, nos, nas.
Quando encontrarem o material, tragam-no até mim.
Os sapatos, põe-nos fora, para aliviar a dor.
Se o verbo termina em “r”, “s” ou “z”; excluem-se essas terminações, e
os pronomes o, a, os, as mudam para lo, la, los, las.

Quando encontrarem as apostilas, deverão trazê-las até mim.


deverão trazer + as deverão trazê-las

As apostilas, perde-las toda semana. (sujeito oculto “tu”)

perdes + as perde-las

As garotas ingênuas, o conquistador sedu-las com facilidade.

seduz + as sedu-las

Independentemente da predicação verbal, se o verbo termina em “-


mos”, seguido de “nos” ou de “vos”, retira-se a terminação “-s”.
Encontramo-nos ontem à noite.
Solicitamo-vos a acolhida nesta noite.

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Objeto Indireto: “me, te, se, lhe, nos, vos, lhes”. (valor sintático)
Ana informou-me o ocorrido.
Ana informou-te o ocorrido.
Ana informou-lhe o ocorrido.
Ana informou-nos o ocorrido.
Ana informou-vos o ocorrido.
Ana informou-lhes o ocorrido.
Ana revoga-se o direito de ficar calada.
sujeito VTDI + OI + OD + oração subordinada substantiva
completiva nominal
Se o verbo for transitivo indireto terminado em “s”, seguido de lhe, lhes,
não se retira a terminação “-s”.
Obedecemos-lhe cegamente.

Complemento nominal: “me, te, lhe, nos, vos, lhes”.


Vimos na aula de sintaxe da oração que o complemento nominal é o termo
que é exigido pelo nome. Assim, note que o substantivo “respeito” exigiu os
complementos nominais que estão em negrito abaixo:

(você) Tenha-me respeito. Tenha respeito a mim.


(eu) Tenho-te respeito. Tenho respeito a ti.
(eu) Tenho-lhe respeito. Tenho respeito a ele.
(você) Tenha-nos respeito. Tenha respeito a nós.
(eu) Tenho-vos respeito. Tenho respeito a vós.
(eu) Tenho-lhes respeito. Tenho respeito a eles.
sujeito VTD + CN + OD VTD + OD + CN

Valor de posse (algo de alguém): “me, te, lhe, nos, vos, lhes”.
Algumas gramáticas determinam a esses pronomes a função de adjunto
adnominal, outras, objeto indireto. Para concurso, basta entender o valor de
posse.
Doem-me as pernas. (As minhas pernas doem.)
Doem-te as pernas. (As tuas pernas doem.)
Doem-lhe as pernas. [As suas pernas doem. As pernas dele(dela) doem.]
Doem-nos as pernas. (As nossas pernas doem.)
Doem-vos as pernas. (As vossas pernas doem.)
Doem-lhes as pernas. [As suas pernas doem. As pernas deles(delas) doem.]

Questão 4: PM SP 2017 Soldado (banca VUNESP)


Assinale a alternativa em que o trecho está reescrito conforme a norma-padrão
da língua, com a expressão em destaque corretamente substituída pelo
pronome.
(A) ... mas só se ela usar as armas de um biógrafo... (3º parágrafo) ...
mas só se ela usar-las...

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(B) ... gostaria que mais cantores publicassem suas memórias. (4º
parágrafo) ... gostaria que mais cantores publicassem-as.
(C) Rita Lee acaba de publicar um livro delicioso... (1º parágrafo) Rita
Lee acaba de publicar-lhe ...
(D) Mas só uma biografia de verdade oferece o quadro completo. (4º
parágrafo) Mas só uma biografia de verdade oferece-lo.
(E) ... ligaram os instrumentos no volume máximo... (4º parágrafo) ...
ligaram-nos no volume máximo...
Comentário: A alternativa (A) está errada, primeiramente porque o verbo
“usar” termina com a letra “r”. Sendo seguido do pronome “as”, perde o “r” e
o pronome recebe “l”: usá-las. Porém, o pronome “ela” atrai o pronome “as”.
Assim, a forma correta é “...mas só se ela as usar”.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo termina em “m” e o pronome
“as” deve ser precedido de “n”: “publicassem-nas”.
A alternativa (C) está errada, pois o objeto direto não pode ser
substituído pelo pronome “lhe”. Assim, o correto é “Rita Lee acaba de publicá-
lo”.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “oferece” não termina em “r”,
“s” ou “z”. Assim, não cabe a letra “l” diante do pronome. Dessa forma, o
correto é “Mas só uma biografia de verdade oferece-o”.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “ligaram” termina em “m”, por
isso o pronome átono recebeu “n”.
Gabarito: E

Questão 5: CITEPE 2012 Técnico (banca Cesgranrio)


O termo em destaque foi substituído pela forma de pronome oblíquo, de acordo
com a norma-padrão, em:
(A) Deram a notícia em primeira página.
Deram-la em primeira página.
(B) Joguei as melhores fotos no computador.
Joguei-las no computador.
(C) Merece o prêmio pelo seu trabalho.
Merece-lo pelo seu trabalho.
(D) Vender o livro pela internet foi fácil.
Vendê-lo pela internet foi fácil.
(E) Escolheram as crônicas mais interessantes.
Escolheram-las.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo transitivo direto
“deram” termina em “m”, por isso devemos inserir “n” ao pronome “a”:
“Deram-na em primeira página”.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo transitivo direto “joguei” não
termina em “r”, “s” ou “z”, por isso não se admite a consoante “l”:
“Joguei-as no computador”.

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A alternativa (C) está errada, pois o verbo transitivo direto “merece” não
termina em “r”, “s” ou “z”, por isso não se admite a consoante “l”:
“Merece-o pelo seu trabalho”.
A alternativa (D) é a correta, pois o verbo transitivo direto “vender”
termina em “r”, por isso devemos inserir “l” ao pronome “o”.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo transitivo direto “Escolheram”
termina em “m”, por isso devemos inserir “n” ao pronome “a”:
“Escolheram-nas”.
Gabarito: D

Sujeito acusativo: Os pronomes que funcionam como sujeito acusativo são


“me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”, quando estiverem em um período
composto formado pelos verbos “fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir”, e
um verbo no infinitivo ou no gerúndio. Esses são os verbos causativos e
sensitivos, os quais foram mencionados quando estudamos as peculiaridades
das orações subordinadas substantivas objetivas diretas.
Ex. Deixei-a entrar atrasada.
Mandaram-me conversar com o diretor.

Parte Integrante do Verbo: Os pronomes me, te, se, nos, vos são parte
integrante do verbo pronominal. Verbo pronominal é aquele que não se conjuga
sem o pronome. São exemplos de verbo pronominal “suicidar-se, queixar-se,
arrepender-se, esquecer-se, recordar-se, lembrar-se, referir-se...”
Ex. Queixei-me de Pedro por ter atrapalhado o nosso trabalho.
Arrependam-se, pecadores!

Partícula Expletiva ou de Realce: Os pronomes que são partículas


expletivas, ou partículas de realce são me, te, se, nos, vos.
Ocorre a partícula de realce com verbo intransitivo, com sujeito claramente
determinado. Esse pronome pode ser retirado da frase, sem prejuízo de
significado.
Ex. João foi-se embora.
Maria morria-se de ciúmes da cunhada.

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Questão 6: Prefeitura Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan)


Na tirinha, o “se” é utilizado com duas funções. Identifique o exemplo em que
as duas ocorrências de “se” são iguais às da tirinha, respectivamente.

a) Se acertamos, ninguém se lembra. Se erramos, ninguém se esquece.


b) Desconcertado, a sós parte e nunca se lembra se foi o botão ou o tango.
c) Há um vazio que sufoca, principalmente quando a gente se lembra de que
se esqueceu.
d) A felicidade também pode estar nas coisas simples e imperceptíveis a que
não se dá valor, nem mesmo se lembra que se trata de um verdadeiro
milagre.
Comentário: Em “Se lembra”, o pronome “se” é parte integrante do verbo.
Em “se eu casasse”, o “se” é uma conjunção condicional.
A alternativa (A) está errada, pois apresenta quatro vocábulos “se”. O
primeiro e terceiro são conjunções condicionais, e o segundo e quarto são
partes integrantes dos verbos. Como os quatro vocábulos deveriam seguir a
ordenação parte integrante do verbo e conjunção, esta alternativa está errada.
A alternativa (B) é a correta, pois, em “se lembra”, o pronome “se” é
parte integrante do verbo. Em “se eu casasse”, o “se” é uma conjunção
integrante, pois inicia a oração subordinada substantiva “se foi o botão ou o
tango”.
A alternativa (C) está errada, pois as duas ocorrências do vocábulo “se”
são partes integrantes dos verbos “lembra” e “esqueceu”.
A alternativa (D) está errada, pois a primeira ocorrência do vocábulo
“se” é o pronome apassivador, pois o verbo “dá” é transitivo direto e indireto,
o objeto indireto é a expressão “a que” e o sujeito paciente é “valor”. Sempre
que tivermos um pronome apassivador, devemos confirmar transformando a
voz passiva sintética em voz passiva analítica: valor não é dado a coisas
simples e imperceptíveis.
A segunda ocorrência do “se” é a parte integrante do verbo “lembra”. Já
a terceira ocorrência é o índice de indeterminação do sujeito, haja vista que o
verbo é transitivo indireto e o sujeito está indeterminado.
Gabarito: B

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Entendemos no geral o que é um pronome pessoal oblíquo átono. Agora,


veremos especificamente a colocação pronominal.

Colocação dos pronomes oblíquos átonos

A colocação significa a posição do pronome oblíquo átono antes do verbo


(próclise), depois do verbo (ênclise) ou no meio do verbo (mesóclise).
Ênclise: o pronome surge após o verbo. Pode ser considerada a colocação básica
do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Na língua culta, é
observada no início das frases ou quando não houver palavra que atraia esse
pronome:
Apresento-lhe meus cumprimentos. Contaram-te tudo?
Joana cansou-se de tanto andar.
Observação: deve-se ter em mente que não se inicia oração com pronome
oblíquo átono: estão erradas as construções “Me disseram assim.”, o ideal é
“Disseram-me assim.”
Próclise: o pronome surge antes do verbo, porque há uma palavra que o atrai,
chamada palavra atrativa.
Não nos mostraram nada. Nada me disseram.
a) São palavras atrativas: advérbios¹, pronomes relativos², interrogativos³,
conjunções subordinativas4 e, normalmente, as negações5:
Sempre¹ se encontram.
É a pessoa que² nos orientou.
Quem³ te disse isso?
Nada foi feito, embora4 se conhecessem as consequências da omissão.
Não5 me falaram nada a respeito disso.
b) Se, após a palavra atrativa houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula, dois-
pontos etc), a atração perde força e o pronome deve posicionar-se após o verbo:
Não nos falaram a verdade. Não, falaram-nos a verdade.
Agora nos fale a verdade. Agora, fale-nos a verdade.

c) O pronome átono, não inicial, pode vir antes da palavra negativa:


“...descia eu para Nápoles a busca de sol que o não havia nas terras do norte.”
d) A colocação pronominal enclítica ocorre por força gramatical, porém os
autores modernos têm optado pela próclise, mesmo não havendo palavra
atrativa, haja vista o processo eufônico (soar melhor). Veja:
O marceneiro feriu-se com a lâmina.
O marceneiro se feriu com a lâmina.
Esse recurso ganhou gosto nos tempos modernos tendo em vista fugir de
um suposto artificialismo da linguagem.

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Assim, chegamos à conclusão de que, com palavra atrativa, ocorrerá próclise


obrigatoriamente. Além disso, mesmo sem palavra atrativa, pode ocorrer
próclise, por eufonia.

Observação: a tradição fixou a próclise ainda nos seguintes casos:


1) com o gerúndio precedido da preposição em:
Em lhe chegando o turno, volte ao trabalho com eficiência.
2) nas orações exclamativas e optativas, com o verbo no subjuntivo e sujeito
anteposto ao verbo:
Bons ventos o levem! Deus te ajude!
Note a diferença com: “Benza-o Deus!”. Nesta frase, o sujeito ficou
posposto ao verbo, porque o pronome teve de ser deslocado para não iniciar a
frase.
3) Com a preposição “para” seguida de infinitivo, a colocação pronominal é
facultativa (próclise ou ênclise), inclusive com palavra negativa:
Para se equilibrar, ele segurou um graveto.
Para equilibrar-se, ele segurou um graveto.
Para não se esquecer, escreveu o recado na mão.
Para não esquecer-se, escreveu o recado na mão.
Mesóclise: o pronome é intercalado ao verbo, que deve estar no futuro do
presente do indicativo ou futuro do pretérito do indicativo. Mas, se houver
palavra atrativa, mesmo com os verbos nestes tempos, a colocação é a próclise:
Mostrar-lhe-ei meus escritos. Falar-vos-iam a verdade?
Nunca lhe mostrarei meus escritos. Jamais vos falarei a verdade.

Agora, veja essas regras com uma locução verbal:


O pronome oblíquo átono pode posicionar-se em qualquer das três formas
a seguir:

infinitivo gerúndio particípio


1 Vou-lhe falar. Estou-lhe falando. Tenho-lhe falado.
2 Vou lhe falar. Estou lhe falando. Tenho lhe falado.
3 Vou falar-lhe. Estou falando-lhe. —
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal

Quando há hífen, sabe-se que ocorre ênclise. Assim, na estrutura 1, há


ênclise ao verbo auxiliar; na 2 há próclise ao verbo principal e na 3 há ênclise
ao verbo principal. Note que não pode haver ênclise com verbo no particípio.
“Dica para memorizar: o particípio não participa da colocação pronominal.”

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Observe também que não se muda o sentido com a mudança de posição


do pronome oblíquo átono.

Outra importante observação: via de regra, com palavra atrativa, o


pronome oblíquo átono ficará proclítico ao auxiliar¹ ou ao principal², e enclítico
ao principal³:

infinitivo gerúndio particípio


1 Não lhe vou falar. Não lhe estou falando. Não lhe tenho falado.
2 Não vou lhe falar. Não estou lhe falando. Não tenho lhe falado.
3 Não vou falar-lhe. Não estou falando-lhe. —
verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal

Portanto, há de se concluir que as normas de colocação pronominal não


devem ser vistas como preceitos intocáveis, ficando, em muitos casos,
subordinados às exigências da ênfase, da harmonia e espontaneidade da
expressão.

Questão 7: ALERJ 2017 Especialista Legislativo (banca FGV)


Independentemente da posição no texto, se substituíssemos os complementos
dos verbos abaixo por pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma
INADEQUADA seria:
a) impregna a vida cotidiana / impregna-a;
b) entender os debates / entendê-los;
c) ganha destaque / ganha-o;
d) supõe um conhecimento / supõe-lo;
e) marcaram sua história / marcaram-na
Comentário: A alternativa (D) é a inadequada, pois o verbo “supõe”
apresenta a nasalização “õe” no final do verbo, o que força a inserção da letra
“n” diante do pronome átono “o”: supõe-no.
A alternativa (A) está correta, pois a expressão “a vida cotidiana” é o
objeto direto e pode ser substituída pelo pronome “a”.
A alternativa (B) está correta, pois a expressão “os debates” é o objeto
direto e pode ser substituída pelo pronome “os”. Como o verbo termina em
“r”, devemos excluí-lo e inserir a letra “l” diante do pronome.
A alternativa (C) está correta, pois a expressão “destaque” é o objeto
direto e pode ser substituída pelo pronome “o”.
A alternativa (E) está correta, pois o verbo “marcaram” apresenta a
nasalização “m” no final do verbo, o que força a inserção da letra “n” diante
do pronome átono “a”.
Gabarito: D

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Décio Terror Filho
Aula 08

Questão 8: CR Bio 2017 Técnico (banca VUNESP)


Leia o trecho do quarto parágrafo: A atitude imediatista praticamente impacta
todas as decisões...
O pronome que substitui corretamente a expressão destacada e está
adequadamente colocado no trecho selecionado encontra-se em:
(A) A atitude imediatista praticamente impacta-as...
(B) A atitude imediatista praticamente as impacta...
(C) A atitude imediatista praticamente impacta-se...
(D) A atitude imediatista praticamente impacta-lhes...
(E) A atitude imediatista praticamente lhes impacta...
Comentário: O verbo “impacta” é transitivo direto e o termo “todas as
decisões” é o objeto direto. Assim, não cabe o pronome pessoal oblíquo átono
“lhe”, nem o reflexivo “se”; mas “as”. Com isso, já eliminamos as alternativas
(C), (D) e (E).
Como o verbo é precedido do advérbio “praticamente”, o qual é palavra
atrativa, o pronome pessoal oblíquo átono deve se posicionar antes do verbo.
Por isso, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 9: TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP)

Assinale a alternativa em que a reescrita da frase da personagem expressa a


ideia do texto original e está de acordo com a norma-padrão.
(A) Me preocupa seriamente a aposentadoria? Nem a alheia...
(B) Tenho preocupado-me seriamente com isso: a aposentadoria alheia.
(C) Preocupo-me seriamente com a aposentadoria – alheia...
(D) Seriamente preocupo-me com a aposentadoria alheia...
(E) Me preocupa seriamente a aposentadoria... Alheia...
Comentário: Apesar de haver referência à preservação do sentido original, a
questão cobra basicamente a colocação pronominal.
A alternativa (A) está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome
pessoal oblíquo átono.

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A alternativa (B) está errada, pois não pode haver pronome pessoal
oblíquo átono após particípio.
A alternativa (C) é a correta quanto à colocação pronominal e também
reflete o sentido original do texto.
A alternativa (D) está errada, pois o advérbio “seriamente” é palavra
atrativa e força o posicionamento do pronome átono para antes do verbo.
A alternativa (E) está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome
pessoal oblíquo átono.
Gabarito: C

Questão 10: Prefeitura Balneário Camboriú–SC 2016 Analista (banca FEPESE)


Assinale a alternativa em que, utilizando-se a ênclise, o complemento verbal
foi corretamente substituído pelo pronome oblíquo átono correspondente.
a) Convença o leitor a não abandonar a leitura./ Convença-o a não abandonar
a leitura.
b) Ele encontrou o filósofo perdido na praça./ Ele lhe encontrou perdido na
praça.
c) Fui visitar um amigo na Grécia./ Fui visitar ele na Grécia.
d) Finalmente ele trouxe uma boa notícia para os leitores./Finalmente ele lhes
trouxe uma boa notícia.
e) Poderia encontrar bons leitores, com certo grau de criticidade, se
quisesse./Lhes poderia encontrar com certo grau de criticidade se quisesse.
Comentário: A ênclise é o posicionamento do pronome átono após o verbo.
A alternativa (A) é a correta, pois, na primeira frase, “o leitor” é o objeto
direto e pode ser substituído por “o”. Como o verbo “convença” termina com
a vogal “a”, cabe apenas a inserção de tal pronome.
A alternativa (B) está errada, pois, além de o pronome átono se
encontrar antes do verbo, o termo “o filósofo” é o objeto direto e não pode ser
substituído por “lhe”, mas por “o”.
A alternativa (C) está errada, pois “um amigo” é o objeto direto e o
pronome átono correto é “o”. Como o verbo termina em “r”, tal letra deve ser
excluída e devemos acrescentar “l”: Fui visitá-lo.
A alternativa (D) está errada, pois o pronome “lhes” encontra-se
proclítico, isto é, antes do verbo.
A alternativa (E) está errada, pois “bons leitores” é o objeto direto e o
pronome átono correto é “os”. Como o verbo termina em “r”, tal letra deve ser
excluída e devemos acrescentar “l”: Poderia encontrá-los.
Gabarito: A

Questão 11: Prefeitura de Jandira - SP 2016 Técnico (banca IBFC)


Considerando a Norma Padrão, em “não se pode dizer que existe uma porta
aberta” (4º§), o emprego, em próclise, do pronome oblíquo deve-se:
a) a um uso facultativo desse registro.
b) à presença de uma palavra atrativa.
c) a uma exigência do tempo verbal.

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d) a uma reprodução do discurso oral.


Comentário: O pronome oblíquo átono “se” se encontra antes do verbo tendo
em vista a palavra atrativa “não”. Assim , a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 12: Prefeitura de Jandira - SP 2016 Enfermeiro (banca IBFC)


Considere as ocorrências de pronomes oblíquos átonos nos seguintes
fragmentos retirados do 5º parágrafo do texto. Em seguida, assinale a
alternativa que faz um comentário correto quanto à adequação da colocação
desses pronomes em relação à Norma Padrão.
I. O grupo moveu-se para tomar lugar”
II. “recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho”
III. “Despediu-se.”
IV. “uma certeza de que nem tudo se perde”
a) Apenas I e III estão corretas.
b) Todas estão corretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas a III está correta.
Comentário: Todas as colocações estão corretas e a alternativa (B) é a
correta.
Na primeira frase, o pronome está posicionado após o verbo, pois não
há nenhuma palavra atrativa.
Na segunda frase, não cabe pronome átono imediatamente após a
vírgula, por isso o pronome se encontra após o verbo.
Na terceira frase, não cabe pronome átono em início de frase, por isso o
pronome se encontra após o verbo.
Na quarta frase, o pronome está posicionado antes do verbo, tendo em
vista a atração do pronome indefinido “tudo”.
Gabarito: B

Questão 13: Pref Santa Maria Madalena RJ 2016 Procurador (banca IBADE)
“A imprensa exibiu fotos de crianças de até quatro anos, várias com chupetas
na boca, sendo colocadas em camburões pelos amáveis e carinhosos soldados
da milícia mineira, que souberam respeitar as crianças, deixando-as com suas
chupetas.”
Sobre os termos que estruturam esse fragmento, assinale a afirmativa correta.
a) o pronome QUE pode ser substituído por OS QUAIS.
b) Como concorda com CHUPETAS, a forma NA BOCA deveria ser,
obrigatoriamente, NAS BOCAS.
c) as formas verbais EXIBIU e SOUBERAM são intransitivas.
d) o trecho DEIXANDO-AS COM SUAS CHUPETAS está gramaticalmente
errado, devendo ser alterado para AS DEIXANDO COM SUAS CHUPETAS.
e) o termo destacado em deixando-AS é catafórico.

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Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o pronome relativo “que”


retoma o substantivo plural “soldados”. Por isso, tal pronome pode ser
substituído por “os quais”.
A alternativa (B) está errada, pois a expressão “na boca” tem valor
generalizante, por isso não é obrigatória a flexão no plural.
A alternativa (C) está errada, pois os verbos “exibiu” e “souberam” são
transitivos diretos e apresentam seus complementos verbais diretos “fotos de
crianças de até quatro anos” e “respeitar as crianças”.
A alternativa (D) está errada, pois o pronome átono não deve se
posicionar imediatamente após uma vírgula. A colocação pronominal original
está correta.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome átono “as” retoma
vocábulo anterior. Assim, ele tem valor anafórico, e não catafórico. Falaremos
do valor catafórico adiante em nossa aula.
Gabarito: A

Questão 14: Prefeitura São Paulo-SP 2016 – Analista Fiscal (banca VUNESP)
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, conforme a
norma-padrão.
a) Quando dão-se conta da situação dos refugiados, as pessoas já põem-se a
acolhê-los sem discriminação.
b) No Brasil, vê-se que o número de refugiados não é tão grande. Aceita-os,
sem restrição, boa parte da população.
c) Se veem imagens dramáticas dos refugiados na TV. Não trata-se de ficção:
é a pura realidade.
d) Têm visto-se turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em
busca de uma vida melhor.
e) Os refugiados buscam uma vida melhor. Discriminaria-os aqueles que
desconhecem a solidariedade.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a conjunção subordinativa
“Quando” e o advérbio “já” forçam a próclise. Veja a correção:
Quando se dão conta da situação dos refugiados, as pessoas já se põem a
acolhê-los sem discriminação.
A alternativa (B) é a correta, pois o pronome oblíquo átono não deve se
posicionar imediatamente após a vírgula. Também não pode iniciar frase.
Dessa forma, ocorre ênclise.
A alternativa (C) está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome
pessoal oblíquo átono. Além disso, a palavra atrativa “Não” atrai o pronome
átono. Veja a correção:
Veem-se imagens dramáticas dos refugiados na TV. Não se trata de ficção: é
a pura realidade.
A alternativa (D) está errada, pois o pronome átono não pode se
posicionar após particípio. Veja a correção:

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Têm-se visto turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em busca


de uma vida melhor.
ou
Têm se visto turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em busca
de uma vida melhor.
A alternativa (E) está errada, pois o futuro do pretérito do indicativo não
admite a ênclise. Veja a correção:
Discriminá-los-ia aqueles que desconhecem a solidariedade.
Gabarito: B

Questão 15: Câmara Municipal Araraquara-SP 2016 Assistente (banca IBFC)


Assinale a alternativa que indica a colocação correta do pronome.
a) Estas atividades são para mim fazer.
b) Estes trabalhos chegaram para eu.
c) Para eu, a prova estava muito difícil.
d) Para mim, a lição deverá demorar um pouco mais.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “fazer” deve ter como
sujeito o pronome pessoal do caso reto “eu”, e não o oblíquo tônico “mim”.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “chegaram” deve ter como
objeto indireto o pronome pessoal do caso oblíquo tônico “mim”, e não o do
caso reto “eu”.
A alternativa (C) está errada, pois a expressão “para mim” deve ser
empregada por ser um dativo de opinião. Assim, não cabe o pronome pessoal
do caso reto “eu”.
A alternativa (D) é a correta, justamente porque a expressão “para mim”
deve ser empregada por ser um dativo de opinião.
Gabarito: D

Questão 16: COMLURB 2016 Técnico de Segurança do Trabalho (banca IBFC)


Das opções abaixo, assinale a única que apresenta corretamente a colocação
do pronome.
a) Esqueci de te contar que vi ele na rua.
b) Nunca pode-se falar mal de quem não conhece-se
c) Esta situação se-refere a assuntos empresariais.
d) Precisa-se de bons funcionários.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome “ele” não pode
ocupar a função de objeto direto, haja vista que “ele” será um pronome pessoal
do caso reto (quando na função de sujeito, predicativo ou até vocativo); ou
será um pronome pessoal oblíquo tônico (quando na função de complemento),
por isso deve ser precedido de preposição. Como o objeto direto não é termo
que é precedido de preposição, cabe o pronome pessoal oblíquo átono “o”.
Veja a correção:

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Esqueci de te contar que o vi na rua.


Considerando que a pessoa vista é alguém de quem se fala, realmente
cabe o pronome “o”. Porém, se considerarmos que a pessoa vista é a com
quem se fala, cabe o pronome “te”. Veja:
Esqueci de te contar que te vi na rua.
A alternativa (B) está errada, pois as palavras negativas “Nunca” e “não”
são atrativas e os pronomes devem se posicionar antes dos verbos. Veja:
Nunca se pode falar mal de quem não se conhece.
A alternativa (C) está errada, pois não pode haver hífen com pronome
em próclise, isto é, posicionado antes do verbo. Veja:
Esta situação se refere a assuntos empresariais.
A alternativa (D) é a correta, pois o pronome não pode iniciar frase.
Assim, ele se posicionou após o verbo.
Precisa-se de bons funcionários.
Gabarito: D

Questão 17: UNIFESP 2016 Técnico (banca VUNESP)


________ uma aluna da Sorbonne que a recebesse para uma conversa que
pudesse explicar o Brasil com apenas um título que _____ de roteiro para o
trabalho que deveria apresentar. Já me pediram coisas extravagantes,
recusei algumas, aceitei outras. Mas não _________.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser
preenchidas, respectivamente, com:
a) Pediu-me … serviria-lhe … lhe quis decepcionar
b) Me pediu … servir-lhe-ia … quis decepcioná-la
c) Pediu-me … lhe serviria … a quis decepcionar
d) Me pediu … o serviria … quis decepcionar-lhe
e) Pediu-me … serviria-o … quis decepcioná-la
Comentário: Na primeira lacuna, como o pronome pessoal oblíquo átono não
pode iniciar frase, devemos eliminar as alternativas (B) e (D).
Na segunda lacuna, o pronome relativo “que” é palavra atrativa e força
a próclise. Assim, devemos eliminar também as alternativas (A) e (E). Dessa
forma, sabemos que a alternativa (C) é a correta.
Veja que na terceira lacuna ocorre a locução verbal “quis decepcionar”.
Com a palavra atrativa “não”, houve a próclise. Veja a correção:
Pediu-me uma aluna da Sorbonne que a recebesse para uma conversa que
pudesse explicar o Brasil com apenas um título que lhe serviria de roteiro
para o trabalho que deveria apresentar. Já me pediram coisas
extravagantes, recusei algumas, aceitei outras. Mas não a quis decepcionar.
Gabarito: C

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Questão 18: Petrobras 2017 Técnico (banca Cesgranrio)


O termo destacado foi utilizado na posição correta, segundo as exigências da
norma-padrão da língua portuguesa, em:
a) A poluição do ar será irreversível, caso as medidas preventivas esgotem-
se.
b) Os cientistas nunca equivocaram-se a respeito dos perigos do uso de
combustível fóssil.
c) Quando as substâncias tóxicas alojam-se no meio ambiente, causam danos
aos seres vivos.
d) Se as fontes de energia alternativa se esgotarem, poderemos sofrer sérias
consequências.
e) Uma das exigências do mundo atual é que o ser humano sempre
mantenha-se em dia com as atividades físicas.
Comentário: Esta questão aborda uma regra peculiar de próclise, que é a
seguinte: orações subordinadas frequentemente forçam a próclise. Assim, nas
orações subordinadas “caso as medidas preventivas esgotem-se”, “Quando as
substâncias tóxicas alojam-se no meio ambiente” e “Se as fontes de energia
alternativa se esgotarem”, deve haver próclise. Por isso, a alternativa (D) é a
correta e devemos corrigir as alternativas (A) e (C) da seguinte forma:
...caso as medidas preventivas se esgotem...
Quando as substâncias tóxicas se alojam no meio ambiente...
A alternativa (B) está errada, pois a palavra atrativa “nunca” força a
próclise: nunca se equivocaram.
A alternativa (E) está errada, pois a palavra atrativa “sempre” força a
próclise: sempre se mantenha.
Gabarito: D

Questão 19: IBGE 2016 Agente de Pesquisas (banca Cesgranrio)


A posição do pronome se destacado atende às exigências da norma-padrão da
língua portuguesa em:
a) É preciso que os estados em que há maior degradação ambiental não
neguem-se a tomar as providências necessárias para enfrentar o
problema.
b) Há uma grande pressão social para que as pessoas mantenham-se felizes
e sintam-se realizadas permanentemente.
c) Se os órgãos responsáveis pela proteção ambiental dedicarem-se mais a
sua missão, as matas brasileiras poderão sobreviver à degradação.
d) Quando os institutos de pesquisa se preocuparem em analisar o grau de
felicidade da população, descobrirão que os índices são muito baixos.
e) Livros de autoajuda fazem muito sucesso atualmente porque ensinam as
pessoas a nunca sentirem-se infelizes ao enfrentarem dificuldades.
Comentário: Esta é outra questão que aborda a regra peculiar de próclise,
que é a seguinte: orações subordinadas frequentemente forçam a próclise.
Assim, nas orações subordinadas “para que as pessoas mantenham-se
felizes”, “Se os órgãos responsáveis pela proteção ambiental dedicarem-se

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mais a sua missão” e “Quando os institutos de pesquisa se preocuparem em


analisar o grau de felicidade da população”, deve haver próclise. Por isso, a
alternativa (D) é a correta e devemos corrigir as alternativas (B) e (C) da
seguinte forma:
... para que as pessoas se mantenham felizes...
Se os órgãos responsáveis pela proteção ambiental se dedicarem mais a sua
missão...
A alternativa (A) está errada, pois a palavra atrativa “não” força a
próclise: não se neguem.
A alternativa (E) está errada, pois a palavra atrativa “sempre” força a
próclise: nunca se sentirem.
Gabarito: D

Questão 20: IBGE 2016 Supervisor (banca Cesgranrio)


O pronome oblíquo está colocado de acordo com a norma-padrão em:
a) Eles estão por toda parte, mas ninguém nota-os.
b) Vivemos em uma sociedade que pouco se importa com essa questão.
c) Encontraremo-los em muitas cidades.
d) Nos sensibilizamos, porém nada fazemos.
e) É preciso trabalhar para que resolva-se o problema.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a palavra negativa “ninguém”
é atrativa e força a próclise: “mas ninguém os nota”
A alternativa (B) é a correta, pois o advérbio “pouco” é palavra atrativa
e força a próclise: “pouco se importa”.
A alternativa (C) está errada, pois o futuro do presente do indicativo
impõe a mesóclise: “Encontrá-los-emos”.
A alternativa (D) está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome
átono. Assim, o correto é “Sensibilizamo-nos”.
A alternativa (E) está errada, pois a locução conjuntiva “para que” é
atrativa e força a próclise: “para que se resolva”.
Gabarito: B

Questão 21: UNIRIO 2016 Assistente em Administração (banca Cesgranrio)


O pronome átono destacado está colocado de acordo com a norma-padrão em:
a) Meu caro, me não engano dizendo que antigamente o tempo do carnaval
era obrigatório.
b) As pessoas não davam-se conta de que o tempo do carnaval era
obrigatório.
c) Quando o tempo do carnaval era obrigatório, meu pai me levava a bailes
à fantasia.
d) O tempo do carnaval era obrigatório, mas não havia deixado-me muitas
lembranças.
e) Os foliões divertiriam-se mais se soubessem que o tempo do carnaval era
obrigatório.

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Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver pronome
átono imediatamente após vírgula. Assim, o correto é “Meu caro, não me
engano dizendo...”.
A alternativa (B) está errada, pois a palavra negativa “não” é atrativa e
força a próclise: “não se davam conta...”.
A alternativa (C) é a correta, pois, mesmo sem palavra atrativa, o
pronome átono não inicia frase, nem se encontra imediatamente após vírgula.
Assim, ocorre próclise por eufonia, isto é, soa menos artificial.
A alternativa (D) está errada, pois não pode haver pronome átono
imediatamente após particípio. Assim, há as seguintes possibilidades: “não me
havia deixado” e “não havia me deixado”.
A alternativa (E) está errada, pois o futuro do pretérito do indicativo
força a mesóclise: “divertir-se-iam”.
Gabarito: C

Questão 22: UNIRIO 2016 Assistente em Administração (banca Cesgranrio)


O pronome em destaque está adequadamente colocado, quanto à norma-
padrão, em:
a) O rapaz se mostrou feliz com o troco generoso.
b) Sentirá-se feliz aquele que tiver um trabalho digno.
c) O engraxate não queixou-se do calor.
d) Nunca observou-se tanta compaixão naquele homem.
e) Se sentiu envergonhado com a cena o escritor.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois, mesmo sem palavra atrativa,
o pronome átono não inicia frase, nem se encontra imediatamente após
vírgula. Assim, ocorre próclise por eufonia, isto é, soa menos artificial.
A alternativa (B) está errada, pois o futuro do presente do indicativo
força a mesóclise: “Sentir-se-á”.
A alternativa (C) está errada, pois a palavra negativa “não” é atrativa e
força a próclise: “não se queixou...”.
A alternativa (D) está errada, pois a palavra negativa “Nunca” é atrativa
e força a próclise: “Nunca se observou...”.
A alternativa (E) está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome
átono. Assim, o correto é “Sentiu-se envergonhado”.
Gabarito: A

Questão 23: Transpetro 2016 Auditor Júnior (banca Cesgranrio)


No que se refere à colocação pronominal, respeita-se a norma-padrão em:
a) Queria que admira-me-ssem na velhice.
b) Me seduziria poder ser jovem a vida toda.
c) A aposentadoria, esperarei-a com ansiedade.
d) Nunca senti-me tão velho como hoje.
e) Ninguém o observava com a mesma atenção que eu.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a palavra “que” é atrativa e
força a próclise: “que me admirassem...”.

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A alternativa (B) está errada, pois não se pode iniciar frase com pronome
átono. Assim, o correto é “Seduzir-me-ia”.
A alternativa (C) está errada, pois o futuro do presente do indicativo
força a mesóclise: “A aposentadoria, esperá-la-ei com ansiedade”.
A alternativa (D) está errada, pois a palavra negativa “Nunca” é atrativa
e força a próclise: “Nunca me senti...”.
A alternativa (E) é a correta, pois a palavra negativa “Ninguém” é
atrativa e força a próclise.
Gabarito: E

Você viu como é importante a colocação pronominal? Assunto tão


importante quanto esse são os valores do pronome “se”: índice de
indeterminação do sujeito e pronome apassivador. Além disso, veremos outros
valores desse pronome os quais caem muito em prova.
Valor do pronome oblíquo átono “se”
Índice de indeterminação do sujeito (voz ativa):
Vimos na aula de concordância que o pronome “se” pode ser índice de
indeterminação do sujeito (IIS), o qual se junta a verbo transitivo indireto,
intransitivo e de ligação, na intenção de indeterminar o agente (sujeito). Perceba
que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente estão na voz ativa e
o verbo obrigatoriamente fica na 3ª pessoa do singular.
Trata-se de assuntos sigilosos.
(verbo transitivo indireto + IIS + objeto indireto)
Morre-se de fome em várias partes do mundo.
(verbo intransitivo + IIS + adjunto adverbial de causa + adjunto adverbial de lugar)
É-se feliz aqui.
(verbo de ligação + IIS + predicativo + adjunto adverbial de lugar)

Pronome apassivador (voz passiva sintética):


Também vimos na mesma aula que o pronome “se” pode ser pronome
apassivador (PAp), o qual se junta a verbo transitivo direto ou a verbo transitivo
direto e indireto, na intenção de indeterminar o agente (agente da passiva).
Perceba que todas as orações em que ele aparece obrigatoriamente estão na
voz passiva sintética e o verbo concorda com o sujeito paciente:

Consertam-se carrocerias. Carrocerias são consertadas.


VTD + PAp + sujeito paciente sujeito paciente locução verbal
voz passiva sintética voz passiva analítica

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Pronome reflexivo (voz reflexiva):


Diz-se que um pronome é reflexivo quando este “reflete” a ação ao mesmo
elemento. Isto é, o sujeito age e o objeto direto sofre a ação, porém a mesma
pessoa (ou coisa) será também o objeto direto. Veja:
Ana olhou-se no espelho. (Ana olhou alguém e esse alguém é ela mesma)
Porém, podemos ter dúvida se esse pronome é reflexivo ou apassivador.
Por isso, vamos a suas diferenças:
Feriu-se o atleta durante a partida.
Há ambiguidade gerada a partir do se, pois não se sabe se o atleta agiu
ou sofreu a ação. Por isso há necessidade de um contexto, e é isso que tem
caído em prova.

Supondo-se que o atleta agiu contra ele mesmo (caiu sozinho, por
exemplo), o pronome se será entendido como pronome reflexivo:
Feriu-se o atleta durante a partida.
VTD + P Refl sujeito adjunto adverbial de tempo
(OD) agente

A ambiguidade é desfeita, substituindo o pronome átono “se” pela


expressão tônica “a si mesmo”, da seguinte maneira:
O atleta feriu a si mesmo durante a partida.
sujeito agente VTD + P Refl (OD prep) adjunto adverbial de tempo

Supondo-se que o atleta sofreu a ação de alguém (agente da passiva) que


não foi identificado, o pronome se será entendido como pronome
apassivador:
(* O agente da passiva
Feriu-se o atleta durante a partida. está indeterminado)
VTD + P Ap sujeito adjunto adverbial de tempo
paciente

A ambiguidade é desfeita da seguinte maneira:


(* O agente da passiva
O atleta foi ferido durante a partida. continua indeterminado)
sujeito locução verbal adjunto adverbial de tempo
paciente

Pronome reflexivo recíproco (voz reflexiva recíproca):


Esse pronome transmite uma reação dos objetos direto ou indireto à ação
do sujeito, por isso é chamado de pronome reflexivo recíproco (P Rec) e compõe
a voz recíproca, que é apenas uma variação da reflexiva, com o detalhe de que
se necessita de no mínimo dois indivíduos para se efetivar a reciprocidade. Uma
forma prática de visualizar o pronome reflexivo recíproco é subentender os
advérbios de modo “reciprocamente”, “mutuamente”:

Os deputados cumprimentaram-se após a sessão plenária.


sujeito VTD + P Rec (OD) adjunto adverbial de tempo
voz reflexiva recíproca

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Com base no que foi visto anteriormente sobre o pronome apassivador,


reflexivo recíproco e o puramente reflexivo, entendamos a diferença entre eles,
dependendo do contexto. Usamos para isso o sujeito iniciado com a expressão
“mais de um”:
Feriu-se mais de um atleta durante a partida. Pronome reflexivo: cada atleta a
VTD + P Refl sujeito agente adjunto adverbial de
tempo seu tempo se machucou durante a
partida; portanto, verbo no
Mais de um atleta feriu a si mesmo durante a partida. singular.
sujeito agente VTD + P Refl adjunto adverbial de tempo

Feriu-se mais de um atleta durante a partida. Pronome apassivador: cada


VTD + P Ap sujeito paciente adjunto adverbial de atleta a seu tempo foi machucado
tempo por um agente (agente da passiva)
que não foi identificado, isto é, está
Mais de um atleta foi ferido durante a partida. indeterminado. Verbo concorda no
sujeito paciente locução adjunto adverbial de singular.
verbal tempo

Pronome recíproco: os
Feriram-se mais de um atleta durante a partida. atletas se chocaram. Um
VTD + P Rec sujeito agente adjunto adverbial de contra o outro. Esta é a
tempo
exceção à regra da
concordância com o
Mais de um atleta feriram-se mutuamente durante a partida. sujeito “mais de um”.
sujeito agente VTD + P Rec + adj adv adjunto adverbial de
modo tempo Verbo no plural.

sujeito agente VTD + P Rec + adj adv adjunto adverbial de


modo tempo

Questão 24: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan)


“Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se escreve coisas inúteis,
se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) para obter um efeito ou
um escândalo; se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não
acredita.” A respeito das várias ocorrências do termo destacado “se”, é correto
afirmar que
A) em todas as ocorrências a função do termo “se” é a mesma.
B) entre as quatro ocorrências podem ser identificadas apenas duas funções
distintas do “se”.
C) a primeira ocorrência pode ser substituída por “já que”, sem que haja
alteração quanto ao sentido.
D) as duas últimas ocorrências representam ênfase quanto à condição para
que haja nocividade no trabalho do escritor.
Comentário: As três primeiras ocorrências do vocábulo “se” são conjunções
condicionais. Para confirmar, podemos, fazendo alguns ajustes nos verbos,
trocar a conjunção “se” pela conjunção “caso”, também condicional:
“É nocivo caso escreva coisas inúteis, caso deforme ou falsifique (mesmo
inconscientemente) para obter um efeito ou um escândalo; caso se conforme
sem convicção a opiniões nas quais não acredita.”

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Podemos notar que os verbos referem-se ao substantivo “escritor”.


Assim, o último pronome “se” é reflexivo, pois se subentende a expressão
“ele mesmo”: se ele conforma ele mesmo como sem convicção a opiniões nas
quais não acredita.
Assim, fica fácil perceber que a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 25: BANESTES 2013 Assistente Securitário (banca Consulplan)


Nas frases abaixo, as palavras sublinhadas possuem o mesmo valor semântico,
EXCETO:
(A) “Quando eu estiver louco, subitamente se afaste …”
(B) “Muitos desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e se medicam a
fim de minimizar os efeitos desastrosos...”
(C) “…são os que simplesmente se autointitulam ‘difíceis’…”
(D) “...Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais..”
(E) “Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando ‘sou uma pessoa
difícil’,...”
Comentário: Nas alternativas (A), (B), (C) e (D), o vocábulo “se” é pronome
reflexivo, pois entendemos a expressão “a si mesmo”, “de si mesmo”, “você
mesmo”, “ele mesmo” etc. Veja:
“Quando eu estiver louco, subitamente afaste você mesma de mim …”
“Muitos desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e medicam a si
mesmos a fim de minimizar os efeitos desastrosos...”
“…são os que simplesmente intitulam a si mesmos ‘difíceis’…”
“...Se a pessoa é difícil, é porque está levando ela mesma a sério demais..”
Observação: apesar de ser amplamente usada na linguagem culta, a
expressão “se autointitulam”, da alternativa (C), é um pleonasmo, uma
redundância, haja vista que o próprio radical “auto” já transmite a ideia
reflexiva.
Assim, a alternativa (E) é a exceção, haja vista que o vocábulo “se” é
uma conjunção condicional.
Gabarito: E

Questão 26: Liquigás 2013 Engenheiro (banca Cesgranrio)


A palavra se, empregada em “Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela
dama...”, tem a mesma classe gramatical do que se destaca em:
(A) Não se sabe quão fundamental é dominar a norma-padrão da língua.
(B) Se não dominamos o idioma, não conseguimos nos expressar bem.
(C) Cria-se muita polêmica em relação ao uso da língua portuguesa.
(D) Não se precisa de todas as regras gramaticais para usar bem o idioma.
(E) É normal não se dominarem todas as regras da norma-padrão.
Comentário: Na frase “Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela
dama...”, a palavra “se” é uma conjunção. Ela é subordinativa adverbial

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condicional. Note que podemos substituí-la por “caso”: “Que me aconteceria


caso eu dissesse a uma bela dama...”.
Na alternativa (A), o vocábulo “se” é o pronome apassivador, pois o
verbo “sabe” é transitivo direto e toda a informação posterior é o sujeito
oracional. Para termos certeza de que o pronome “se” realmente é
apassivador, devemos transformar a voz passiva sintética em analítica:
Não se sabe isso. Isso não é sabido.
A alternativa (B) é a correta, pois o vocábulo “se” também é uma
conjunção. Aí podemos entender uma conjunção causal ou condicional. Como
há verbo no modo indicativo, textualmente há valor causal, mas há gramáticos
que ainda veem nesse caso o valor condicional. Assim, o valor exato de tal
conjunção dependerá muito da intenção comunicativa do autor do texto. Se
usamos a conjunção causal, a informação é uma constatação; se usamos a
conjunção condicional, a informação é uma suposição. Veja:
Como não dominamos o idioma, não conseguimos nos expressar bem.
Caso não dominemos o idioma, não conseguiremos nos expressar bem.
Com a simples troca da conjunção, podemos notar, pela manutenção
dos verbos no modo indicativo, o valor causal.
Na alternativa (C), o vocábulo “se” é o pronome apassivador, pois o
verbo “Cria” é transitivo direto e o termo “muita polêmica” é o sujeito paciente.
Para termos certeza de que o pronome “se” realmente é apassivador, devemos
transformar a voz passiva sintética em analítica:
Cria-se muita polêmica Muita polêmica é criada
Na alternativa (D), o vocábulo “se” é o índice de indeterminação do
sujeito, pois o verbo “precisa” é transitivo indireto e o termo “de todas as
regras gramaticais” é o objeto indireto.
Não se precisa de todas as regras gramaticais para usar bem o idioma.
Na alternativa (E), o vocábulo “se” é o pronome apassivador, pois o
verbo “dominarem” é transitivo direto e o termo “todas as regras da norma-
padrão” é o sujeito paciente. Para termos certeza de que o pronome “se”
realmente é apassivador, devemos transformar a voz passiva sintética em
analítica:
não se dominarem todas as regras não serem dominadas todas as regras
Gabarito: B
b) Pronomes pessoais oblíquos tônicos:
Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição e são os
seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco,
vós, convosco, eles, elas.
Abaixo segue a diferença entre os tipos de pronomes pessoais:

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Eu, tu / Mim, ti
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito (então são pronomes
pessoais do caso reto). Mim e ti exercem a função sintática de complemento
verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são
precedidos de preposição (então são pronomes pessoais do caso oblíquo tônico).
Confira no exemplo a seguir:

Comprei um livro para eu ler. eu (sujeito):


O sujeito não VTD + OD Suj + VI
admite preposição, pronome pessoal
oração principal or sub adv final
por isso a do caso reto
(reduzida de
preposição “para” infinitivo)
se refere a toda a período composto
oração adverbial de
finalidade, não só Comprei um livro para mim. para mim (objeto
ao sujeito. VTDI + OD OI indireto): pronome
período simples pessoal do caso oblíquo
O objeto indireto e tônico
o adjunto adverbial Nada há entre mim e ti.
são termos OD +VTD adj adv de lugar
entre mim e ti (adjunto
preposicionados, período simples
adverbial de lugar): pronome
por isso há pessoal do caso oblíquo
preposição tônico
antecedendo-os.

Por isso, são construções viciosas as seguintes: “Comprei um livro para


mim ler”, “Comprei um livro para eu” “Nada há entre eu e tu”.
Si, consigo
São pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na
voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca.
Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho.
Maria trouxe consigo os três irmãos.
Assim, é considerada errada a construção de “consigo” com o valor de
“com você”: Gostaria de falar consigo. (vício de linguagem)
Troque por: Gostaria de falar com você.
Com nós, com vós / conosco, convosco
Maria esteve conosco. Falarei convosco.
Usa-se com nós ou com vós, quando os pronomes pessoais são
reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum
numeral.
Gilberto conversou com nós todos a respeito de seus estudos.
Ele falou que sairia com nós dois.

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Dele (do) + substantivo / De ele (de o) + substantivo.


É importante observar que não pode haver contração de preposição e
artigo antes do núcleo do sujeito. Da mesma forma, quando os pronomes
pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo, funcionarem como sujeito,
não devem ser contraídos com a preposição de.
É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade. (emprego correto)
É chegada a hora dele assumir a responsabilidade. (emprego incorreto)
No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra. (emprego correto)
No momento do orador discursar, faltou-lhe a palavra. (emprego incorreto)

Questão 27: JUSESC 2017 Analista (banca FEPESE)


Assinale a alternativa em que o pronome pessoal está corretamente
empregado.
a) Nós três vamos com ele e ele vai com nós.
b) Este é um relatório para mim escrever, tal é sua importância.
c) Entre eu e tu nada mais pode haver, chegamos ao limite.
d) Para mim, viajar é uma questão de qualidade de vida.
e) Espere um pouco mais, pois quero falar consigo sobre a reunião da
diretoria.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois só empregamos a expressão
“com nós” quando há numeral ou pronomes: com nós dois, com nós todos,
com nós mesmos. Neste contexto, emprega-se “conosco”:
Nós três vamos com ele e ele vai conosco.
A alternativa (B) está errada, pois o sujeito deve ser empregado com o
pronome pessoal do caso reto “eu”:
Este é um relatório para eu escrever, tal é sua importância.
A alternativa (C) está errada, pois o adjunto adverbial não é empregado
com o pronome pessoal do caso reto (“eu”, “tu”). Assim, deve-se empregar os
pronomes pessoais do caso oblíquo tônico “mim” e “ti”:
Entre mim e ti nada mais pode haver, chegamos ao limite.
A alternativa (D) é a correta, pois a expressão “para mim” não é sujeito.
Assim, emprega-se o pronome pessoal oblíquo tônico “mim”.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo tônico
“consigo” só pode ser empregado com valor reflexivo. Como neste contexto
não há tal valor, devemos empregar “com você”:
Espere um pouco mais, pois quero falar com você sobre a reunião da diretoria.
Gabarito: D

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Questão 28: JUSESC 2017 Técnico (banca FEPESE)


Complete as lacunas da frase abaixo:
“Era para ______ trabalhar ________ ontem, mas não _______ encontrei em
departamento nenhum.”
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
a) eu • consigo • te
b) eu • com ele • o
c) eu • com ele • lhe
d) mim • com ele • o
e) mim • contigo • te
Comentário: Em relação à primeira lacuna, como o verbo “trabalhar” tem
como sujeito o pronome, este deve ser o pronome pessoal do caso reto “eu”.
Na segunda lacuna, não há valor reflexivo. Assim, não cabe o pronome
“consigo”, mas “com ele”.
Na terceira lacuna, o verbo “encontrei” deve ter como complemento o
objeto direto “o”. Tal verbo é transitivo direto: encontrar alguém.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 29: CELESC 2016 Assistente Administrativo (banca FEPESE)


Em apenas uma das alternativas abaixo o pronome pessoal está corretamente
empregado. Assinale-a.
a) Vou pôr ele a par do assunto.
b) Traga esse relatório para eu ler.
c) Pega a bola e põe-a no local de chute a gol.
d) “Entre eu e tu nada mais pode haver”, disse aquele jovem.
e) Quero, ainda hoje, falar consigo sobre seu projeto.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o objeto direto não pode ser
empregado com o pronome “ele”. Note que tal pronome pode ser pessoal do
caso reto, quando estiver na função de sujeito; ou pessoal do caso oblíquo
tônico, quando estiver na função de objeto indireto. Como não há preposição
e o pronome ocupa a função de objeto direto, devemos trocar tal pronome
pelo oblíquo átono “o”. Já que o verbo termina em “r”, devemos excluir tal
letra e inserir “l”: Vou pô-lo a par do assunto.
A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “ler” tem como sujeito o
pronome pessoal do caso reto “eu”.
A alternativa (C) está errada, pois, quando o verbo termina em “õe” e
em seguida há o pronome átono “a”, deve haver a inserção da letra “n”:
Pega a bola e põe-na no local de chute a gol.
A alternativa (D) está errada, pois o adjunto adverbial não é empregado
com o pronome pessoal do caso reto (“eu”, “tu”). Assim, deve-se empregar os
pronomes pessoais do caso oblíquo tônico “mim” e “ti”:

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Entre mim e ti nada mais pode haver”, disse aquele jovem.


A alternativa (E) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo tônico
“consigo” só pode ser empregado com valor reflexivo. Como neste contexto
não há tal valor, devemos empregar “com você”:
Quero, ainda hoje, falar com você sobre seu projeto.
Gabarito: D

Questão 30: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Técnico (banca FEPESE)


Assinale a alternativa que apresenta o uso correto do pronome oblíquo.
a) Nada houve entre eu e ele.
b) Vou pôr ele a par do tema da poesia.
c) Lê, dirigindo-se a si mesma, como quem está pensando em voz alta.
d) Nunca refiro-me a ele com tom de ironia, ele é um poeta.
e) “Quero falar consigo sobre o lançamento do livro de poesias”.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o adjunto adverbial não deve
ser empregado com o pronome pessoal do caso reto “eu”. Deve-se empregar
o pronome pessoal do caso oblíquo tônico “mim”:
Nada houve entre mim e ele.
A alternativa (B) está errada, pois o objeto direto não pode ser
empregado com o pronome “ele”. Note que tal pronome pode ser pessoal do
caso reto, quando estiver na função de sujeito; ou pessoal do caso oblíquo
tônico, quando estiver na função de objeto indireto. Como não há preposição
e o pronome ocupa a função de objeto direto, devemos trocar tal pronome
pelo oblíquo átono “o”. Já que o verbo termina em “r”, devemos excluir tal
letra e inserir “l”: Vou pô-lo a par do tema da poesia.
A alternativa (C) é a correta, pois “a si mesma” apresenta o pronome
pessoal oblíquo tônico “si”, o qual está corretamente precedido da preposição
“a”.
A alternativa (D) está errada, pois o advérbio “Nunca” é palavra atrativa
e força a colocação do pronome antes do verbo:
Nunca me refiro a ele com tom de ironia, ele é um poeta.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo tônico
“consigo” só pode ser empregado com valor reflexivo. Como neste contexto
não há tal valor, devemos empregar “com você”:
Quero falar com você sobre o lançamento do livro de poesias.
Gabarito: C

Questão 31: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Superior (banca FEPESE)


Analise as frases abaixo quanto ao emprego dos pronomes.
1. Ela trazia uma gatinha consigo.
2. Aos domingos, papai almoça com nós.
3. Chamaram nós duas.

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4. Há algum trabalho para mim fazer?


5. O gato entrou na sala. Fizemo-lo sair.
Assinale a alternativa que indica todas as frases corretas.
a) São corretas apenas as frases 1 e 4.
b) São corretas apenas as frases 3 e 5.
c) São corretas apenas as frases 1, 3 e 5.
d) São corretas apenas as frases 2, 3 e 4.
e) São corretas apenas as frases 2, 4 e 5.
Comentário: A frase 1 está correta, pois o pronome oblíquo tônico “consigo”
está sendo empregado com valor reflexivo, prova disso é que podemos
subentender a palavra “mesma”: Ela trazia uma gatinha consigo mesma.
Assim, já eliminamos as alternativas (B), (D) e (E).
A frase 2 está errada, pois só empregamos a expressão “com nós”
quando há numeral ou pronomes: com nós dois, com nós todos, com nós
mesmos. Neste contexto, emprega-se “conosco”:
Aos domingos, papai almoça conosco.
A frase 3 está correta. Como há o numeral “duas” após o pronome,
admite-se o pronome pessoal oblíquo tônico “nós”.
A frase 4 está errada, pois o verbo “fazer” deve ter como sujeito o
pronome pessoal do caso reto “eu”, e não “mim”.
A frase 5 está correta, pois o pronome átono “o” recebeu a letra “l”,
tendo em vista a exclusão da letra “s” do verbo “fizemos”.
Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 32: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Técnico (banca FEPESE)


Analise a frase abaixo: “O professor discutiu............mesmos a respeito da
desavença entre .........e ........ .
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
a) com nós • eu • ti
b) conosco • eu • tu
c) conosco • mim • ti
d) conosco • mim • tu
e) com nós • mim • ti
Comentário: Na primeira lacuna, o pronome demonstrativo “mesmos” força
o emprego do pronome pessoal oblíquo tônico “com nós”.
Na segunda e terceira lacunas, o adjunto adverbial não deve ser
empregado com o pronome pessoal do caso reto (“eu”, “tu”). Deve-se
empregar os pronomes pessoais do caso oblíquo tônico “mim” e “ti”:
O professor discutiu com nós mesmos a respeito da desavença entre mim e ti.
Portanto, a alternativa correta é a (E).
Gabarito: E

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Questão 33: Pref Santa Maria Madalena RJ 2016 Procurador (banca IBADE)
Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção do texto:
I. Na frase "A sociedade só se preocupa com os menores porque eles estão
assaltando.”, o SE é partícula apassivadora.
II. Em “a praça da Sé estava voltando a ser um aprazível ponto turístico de
São Paulo.”, o autor cometeu um equívoco ao não usar o sinal indicativo
de crase na segunda ocorrência do A.
III. Na frase "é obrigação humanitária de todos NÓS.”, o elemento destacado
é pronome pessoal oblíquo.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) lll
b) ll e lll.
c) II.
d) I e II.
e) l.
Comentário: A afirmação I está errada, pois, para haver pronome
apassivador, o sujeito deveria ser paciente. Porém, sabemos que “A
sociedade” é agente neste contexto. Na realidade, tal pronome é reflexivo
(preocupar a si mesma com alguma coisa).
A frase II está errada, pois não pode haver sinal indicativo de crase em
“a” que precede verbo.
A afirmação III está correta, pois o pronome “Nós” não se encontra na
função de sujeito. Assim, não é pronome pessoal do caso reto. Por fazer parte
do adjunto adnominal, é pronome pessoal oblíquo tônico.
Gabarito: A

Questão 34: IPSMI 2016 Procurador (banca VUNESP)


O emprego dos termos destacados e do sinal indicativo de crase está de acordo
com a norma-padrão em:
a) Sei que para mim chegar onde cheguei a luta foi dura, frente à frente com
muitas dificuldades.
b) Sempre soube que em mim existe uma tendência à vencer, que me leva
aonde eu desejo.
c) O homem sabe que vai aonde quiser, graças à ação de um poder maior
que lhe conduz os passos.
d) Agimos à partir da hora em que deixaram nós sozinhos, naquele escritório
aonde não havia nada.
e) Foi à luta, pensando que onde fosse estaria sem amigos que lhe
apoiassem.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome pessoal oblíquo
tônico não pode desempenhar a função de sujeito. Assim, devemos trocar pelo
pronome pessoal do caso reto “eu”. Além disso, o verbo “chegar” rege a

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preposição “a” e o advérbio “onde” deve ser precedido da preposição “a”. Por
fim, não cabe crase diante de palavras repetidas. Veja a correção:
Sei que para eu chegar aonde cheguei a luta foi dura, frente a frente com
muitas dificuldades.
O ideal seria o emprego de vírgulas separando a oração adverbial
intercalada. Veja:
Sei que, para eu chegar aonde cheguei, a luta foi dura, frente a frente com
muitas dificuldades.
A alternativa (B) está errada, pois não pode haver crase diante de verbo.
Quanto ao restante, está correto, pois o pronome “mim” se encontra como
núcleo do adjunto adverbial e o verbo “leva” rege a preposição “a”.
Sempre soube que em mim existe uma tendência a vencer, que me leva
aonde eu desejo.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “vai” rege a preposição “a”, a
locução prepositiva “graças a” termina com preposição “a” e se encontra com
o artigo “a” que precede o substantivo “ação”. Além disso, o pronome “lhes”
tem valor de posse (conduz seus passos), por isso está bem empregado.
O homem sabe que vai aonde quiser, graças à ação de um poder maior que
lhe conduz os passos.
A alternativa (D) está errada, pois não cabe crase diante de verbo. O
pronome pessoal oblíquo tônico não pode ocupar a função de objeto direto.
Não cabe a preposição “a”, pois o verbo “havia” não transmite ideia de
movimento. Veja a correção:
Agimos a partir da hora em que nos deixaram sozinhos, naquele escritório
onde não havia nada.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo ir rege a preposição “a”. Além
disso, o verbo “apoiassem” é transitivo direto e o objeto direto não pode ser
empregado com o pronome “lhe”. A crase está correta.
Foi à luta, pensando que aonde fosse estaria sem amigos que o apoiassem.
Gabarito: C

Agora, é hora de falarmos um pouco sobre os pronomes indefinidos!!!!

Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma


maneira vaga, imprecisa, genérica. Eles podem ter valor substantivo (Alguém
veio aqui.) ou adjetivo (Alguma coisa aconteceu aqui.). São eles:

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Invariáveis Variáveis
alguém, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns,
ninguém, tudo, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda, todas, muito,
nada, algo, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco,
cada, outrem, , poucos, pouca, poucas, certo, certos, certa, certas, tanto,
alhures, mais, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas,
menos, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer, vário, vária,
demais. vários, várias, etc

Acrescentam-se, ainda, as locuções pronominais indefinidas: cada um,


cada qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais...

Usos de alguns pronomes indefinidos


Todo: Deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua
frente o exigir; caso signifique cada ou todos, não terá artigo, mesmo que o
substantivo exija.
Todo dia telefono a ela. (Todos os dias)
Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)
Então, fica a pergunta, quando viajamos a um local e dizemos que visitamos
cada canto da cidade, o correto é “Conhecemos toda cidade” ou “Conhecemos toda
a cidade”?
Naturalmente, você percebeu que a segunda forma é a correta para este
contexto, não é mesmo?!!!!
Agora, veja o uso do pronome “todo”, com sentido de “por inteiro”, porém o
vocábulo posterior não admite artigo:
Todo ele ficou machucado. (Ele por inteiro, mas o pronome ele não admite artigo.)

Todos, todas: Devem ser usados com artigo, se o substantivo à sua frente o
exigir.
Todos os colegas o desprezam.
Todas as meninas foram à festa.
Da mesma forma que a anterior, veja o uso do pronome “todos” com vocábulo
posterior que não admite artigo:
Todos vocês merecem respeito.
Algum: Tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa a
ter sentido negativo, quando está depois do substantivo.
Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo) Algum amigo o ajudará. (Alguém)
Certo: Será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo,
quando estiver posposto a substantivo.
Certas pessoas estão aqui. As pessoas certas estão aqui.

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Qualquer: Designa coisa, lugar ou indivíduo indeterminado:


Veio duma cidade qualquer.
Dependendo do contexto, a troca de posição faz mudar o sentido
Qualquer pessoa pode entrar naquela empresa!! (sentido de “toda”)
Ele não é uma pessoa qualquer! (sentido pejorativo)

Questão 35: EBSERH UNIRIO 2017 Advogado (banca IBFC)


Em “Há algum tempo venho afinando certa mania.”, nota-se que o termo
destacado pertence à seguinte classe gramatical:
a) substantivo.
b) adjetivo.
c) pronome.
d) advérbio.
e) interjeição.
Comentário: Sabemos que o vocábulo “certa” pode ser adjetivo quando se
encontra após o substantivo: pessoa certa. Já, quando está antecipado, é
pronome indefinido: certa pessoa.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Vamos observar, agora, os pronomes possessivos:


São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do discurso.
São eles: meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s),
nossa(s), vosso(s), vossa(s). Normalmente esses pronomes têm valor
adjetivo, mas cabe também o valor substantivo:
“Sua casa é linda”. “Não venha com mais uma das suas!”

O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode
dar duplo sentido à frase (ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente do
substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se o possessivo por esses
elementos.
Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos.
De quem eram os documentos? Não há como saber. Então a frase está
ambígua. Para evitar a ambiguidade, coloca-se, após o substantivo, o elemento
referente ao dono dos documentos: se for Joaquim: Joaquim contou-me que
Sandra desaparecera com seus documentos dele; se for Sandra: Joaquim
contou-me que Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-se,
ainda, eliminar o pronome possessivo: Joaquim contou-me que Sandra
desaparecera com os documentos dele (ou dela).
É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.
Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos.
Antes de partirmos para os exercícios, vamos aos pronomes demonstrativos:

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Esses pronomes situam os seres no tempo, no espaço e no discurso


(posição dentro do próprio texto). O posicionamento no discurso é dividido em
anafórico e catafórico, os quais trabalham a coesão referencial, por retomar
palavra ou expressão dita anteriormente ou referenciar-se a termo posterior,
respectivamente. Esses pronomes podem ter valor adjetivo ou substantivo:
“Aquela casa é linda”. “Foi você quem fez aquilo?”

Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso;


aquele, aquela, aquilo; tal; semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os
pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis.
a. Uso de este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo:
I - Posicionamento referente a lugar e tempo:
Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que fala e
para o tempo presente.
Este chapéu que estou usando é de couro.
Este ano está sendo cheio de surpresas.
Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa com quem
se fala, para o tempo passado recente e para o futuro.
Esse chapéu que você está usando é de couro?
Dezembro. Esse mês será marcado pelo meu casamento.
Em novembro de 2007, inauguramos a loja. Até esse mês, nada
sabíamos sobre comércio.
Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da pessoa que
fala e da pessoa com quem se fala e para o tempo passado remoto.
Aquele chapéu que ele está usando é de couro?
Em 1980, eu tinha 15 anos. Naquela época, Campinas ainda era
considerada uma cidade pequena.
II - Posicionamento no discurso (no próprio texto):
Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que ainda
vai ser dito ou escrito (recurso catafórico), e “esse, essa, isso” (recurso
anafórico) para o que já foi dito ou escrito.

A verdade é esta: o Brasil será campeão.


O Brasil será campeão. A verdade é essa.

Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente


citados, usa-se “este, esta, isto” em relação ao que foi mencionado por último
e “aquele, aquela, aquilo”, em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar.

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(A, B. Este, aquele)

Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio


destes sobre aquele.
Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas, mas eu
prefiro aqueles a estas.
b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto,
isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s).
Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)
Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu)
A que apresentar o melhor texto será aprovada. (aquela que apresentar)
c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos
ou de semelhante, semelhantes:
Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente.
Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca admitiu tal fato.
d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos
quando equivalem a tal, tais:
O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio
de janeiro. Não se veriam semelhantes catástrofes se os projetos urbanísticos
municipais fossem eficazes ou, pelo menos, existissem.
Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente.
Semelhante tradição vinha de longe, através dos escritores gregos, sobretudo
de Platão” (Aquilino Ribeiro).
e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria,
próprias são demonstrativos quando têm o sentido de "idêntico", "em
pessoa":
Não é possível continuar insistindo nos mesmos erros.
Ela própria deve fiscalizar a mercadoria que lhe é entregue.
Os recursos anafóricos e catafóricos não são exclusividades do pronome
demonstrativo, a retomada, por exemplo, já foi vista com outros pronomes
substantivos, como o relativo, o pessoal, e também cabe a substantivos e a outras
classes gramaticais:
Algo me incomoda: a fome no mundo. (recurso catafórico: algo fome)
Há dois detalhes não previstos: comida e água. (recurso catafórico:
detalhes comida, água)

Questão 36: ALERJ 2017 Especialista Legislativo (banca FGV)


“Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados a
dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro
problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam alguns tópicos

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especiais dos cantões e das comunas. Esse sistema repousa sobre a iniciativa
popular e sobre o referendum, que permitem a uma minoria, respectivamente
100.000 cidadãos, no caso da iniciativa popular, e 50.000, no caso do
referendum, obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a
preocupa”.
O termo sublinhado no segmento acima que mostra seu antecedente textual
de forma INADEQUADA é:
(A) suas / cidadãos;
(B) aos quais / problemas;
(C) esse sistema / votações, opiniões e tópicos especiais;
(D) que / o;
(E) a / iniciativa popular.
Comentário: A alternativa (A) está correta, porque entendemos do texto que
as opiniões são dos cidadãos.
A alternativa (B) está correta, pois o pronome relativo “os quais” retoma
o núcleo do termo plural e masculino “três ou quatro problemas de interesse
nacional”.
A alternativa (C) está correta, pois “esse sistema” retoma um sistema
anteriormente colocado no texto. Tal sistema se mostra em três núcleos
substantivos, que se somam, por meio dos conectivos “Além de” e “aos quais
se acrescentam”. Confirme:

“Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados


a dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro
problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam alguns tópicos
especiais dos cantões e das comunas. Esse sistema...”

A alternativa (D) está correta, porque o pronome relativo “que” retoma


seu antecedente, o pronome demonstrativo “o”.
A alternativa (E) é a errada, pois o pronome átono “a” retoma
“minoria”, e não “iniciativa popular”.
Gabarito: E

Questão 37: IBGE 2017 Recenseador (banca FGV)


“Silva, Oliveira, Faria, Ferreira... Todo mundo tem um sobrenome e temos de
agradecer aos romanos por isso. Foi esse povo, que há mais de dois mil anos
ergueu um império com a conquista de boa parte das terras banhadas pelo
Mediterrâneo, o inventor da moda. Eles tiveram a ideia de juntar ao nome
comum, ou prenome, um nome.
Por quê? Porque o império romano crescia e eles precisavam indicar o clã a
que a pessoa pertencia ou o lugar onde tinha nascido”.
(Ciência Hoje, março de 2014)
“Todo mundo tem um sobrenome e temos de agradecer aos romanos por isso”.
O pronome “isso”, nesse segmento do texto, se refere a(à):
(A) todo mundo ter um sobrenome;

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(B) sobrenomes citados no início do texto;


(C) todos os sobrenomes hoje conhecidos;
(D) forma latina dos sobrenomes atuais;
(E) existência de sobrenomes nos documentos.
Comentário: O pronome “isso” se encontra ao fim da primeira frase. Ele
retoma o fato de todo mundo ter um sobrenome.
Assim, a alternativa (A).
Gabarito: A

Questão 38: Polícia Científica PR 2017 Auxiliar de Necropsia (banca IBFC)


Afinal: o que é a “morte cerebral”?
A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na
medicina e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais
O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que
pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente
e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não
poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto
de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter
um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os
mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que
as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.
E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras
funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela
simples falta da atividade cerebral adequada.
Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava
de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre.
Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por
exemplo), emanavam do coração.
Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu
adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas
décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou
“morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de
órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos
com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.
No quarto parágrafo, em ‘Apesar disto parecer “bom senso”’, considerando o
contexto, nota-se que o pronome destacado faz referência à seguinte ideia:
a) Crer que alguém morre quando seu coração para.
b) Acreditar que sensações emanavam do coração.
c) Saber que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre.
d) Associar o amor a um sentimento provocado pelo coração.
e) As funções ficam descoordenadas sem a atuação do coração.
Comentário: Note que a questão não cobra se devemos empregar “disto” ou
“disso”. O ideal, neste contexto, seria o emprego do pronome “disso”, pois o
autor retoma informação anterior. Porém, a questão simplesmente quer que

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você note quem é o referente contextual de “disto”, sem ter que considerar se
o emprego do pronome estava certo ou errado.
O parágrafo começa fazendo uma afirmação de que sabermos que o
indivíduo está morto quando seu cérebro morre parece ser um bom senso,
haja vista que o diagnóstico por morte cerebral permitiu o desencadeamento
dos transplantes. Além disso, enfatizou-se neste parágrafo que, apesar de isso
ser um bom senso, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico
são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

Questão 39: UNIFESP 2016 Técnico (banca VUNESP)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da


fala da personagem, no primeiro quadrinho, devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
a) algum ... me livrar
b) o ... livrar eu
c) esse ... me livrar
d) um ... livrar eu
e) este ... me livrar
Comentário: Vimos que, quando o locutor emprega o pronome demonstrativo
fazendo referência a algo que se encontra com ele ou bem próximo a ele,
devemos usar o pronome demonstrativo “este”.
Na segunda lacuna, devemos usar o pronome pessoal oblíquo átono
“me”, haja vista que o verbo “livrar” é transitivo direto e tal pronome é o objeto
direto. Veja:
“Eu trouxe este gato para livrar-me de um rato aqui em casa.
ou
“Eu trouxe este gato para me livrar de um rato aqui em casa.
Assim, a alternativa correta é a (E).
Gabarito: E

Questão 40: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Técnico (banca FEPESE)


Analise a frase abaixo:
“O homem e a mulher estavam sorrindo.
_______________porque foi promovido;

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_______________por ter recebido um aumento.


Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase.
a) Este • esta
b) Este • essa
c) Esse • essa
d) Aquele • essa
e) Aquele • esta
Comentário: A questão trabalha o emprego dos pronomes demonstrativos no
recurso anafórico, isto é, a retomada de elementos anteriores por contraste.
Sabemos que podemos retomar o último dos elementos com “este” e o
primeiro deles por “aquele”. Como na primeira frase pede-se o referente
masculino, tendo em vista o emprego do particípio “promovido”, temos então
que retomar o primeiro dos elementos (“homem”), por meio do pronome
“aquele”.
Dessa forma, retomamos o último dos elementos (“mulher”), por meio
do pronome “esta”.
Portanto, a alternativa correta é a (E).
Gabarito: E

Questão 41: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Superior (banca FEPESE)


Analise as frases abaixo:
1. Vou fechar _______ porta agora.
2. Paula tem uma beleza ímpar. ____________ sua beleza tem um quê de
mistério!
3. Maria separou meias, vestidos, blusas e sapatos. Pegou ____________
artigos todos e jogou-os na mala!
4. Os animais de estimação mais comuns são _________: gato, cachorro e
papagaio.
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do
texto.
a) essa • Essa • estes • estes
b) essa • Esta • estes • estes
c) esta • Esta • esses • esses
d) esta • Esta • esses • estes
e) esta • Essa • esses • estes
Comentário: Na frase 1, empregamos o pronome demonstrativo tomando por
base o recurso de lugar, isto é, estamos considerando que a porta está mais
perto do locutor. Assim, empregamos “esta”.
Na frase 2, empregamos o pronome demonstrativo tomando por base o
recurso de retomada de palavra anterior. Dessa forma, empregamos o
pronome “Essa”.
Na frase 3, empregamos o pronome demonstrativo tomando por base o
recurso de retomada de palavras anteriormente expressas. Dessa forma,
empregamos o pronome “esses”.

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Na frase 4, empregamos o pronome demonstrativo tomando por base o


recurso catafórico, isto é, a projeção de palavras posteriores. Dessa forma,
empregamos o pronome “estes”.
Assim, a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

Questão 42: EBSERH UFF 2016 Médico (banca IBFC)


Ensinamento
Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
(Adélia Prado)
O último verso do texto emprega o pronome “essa” como recurso coesivo. Seu
uso pode ser explicado uma vez que:
a) antecipa uma ideia que será apresentada
b) faz referência a algo próximo ao leitor
c) sinaliza uma referência temporal
d) resume elementos de uma enumeração
e) retoma um termo citado anteriormente
Comentário: A expressão “Essa palavra de luxo” se refere ao vocábulo
“amor”, o qual se encontra no verso anterior.
Assim, o pronome “essa” tem valor anafórico e a alternativa (E) é a
correta.
Gabarito: E

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Pronomes interrogativos:
Os pronomes indefinidos quem, que, qual e quanto tomam o valor
interrogativo em frases interrogativas diretas e indiretas.
A frase interrogativa direta é aquela que é finalizada com ponto de interrogação:
Quem é você?
Que você quer?
Qual a sua profissão?
Quantos anos você tem?
A frase interrogativa indireta é vista em nossa de sintaxe do período composto
por subordinação substantiva, momento em que falamos das peculiaridades da
oração subordinada substantiva objetiva direta, quando esta é iniciada por “quem”,
“que”, “qual”, “quanto” e se liga à oração principal com verbos que transmitem
dúvida, questionamento, incerteza, como “perguntar”, “indagar”, “(não) saber”,
“ignorar”:
Não sei quem é você.
Indaguei que você quer, mas você não me respondeu.
Perguntei qual é a sua profissão, mas você não me respondeu.
Eles ignoraram quantos anos você tem.
Pronomes de tratamento: Esses pronomes são empregados no trato com as
pessoas, familiarmente ou respeitosamente. Vejamos um quadro com os principais
tratamentos:

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para se dirigir a


Vossa Alteza V. A. príncipes e duques
Vossa Eminência V. Emª. cardeais
Vossa Excelência V. Exª. altas autoridades *
Vossa Magnificência V. Magª. reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis, imperadores
Vossa Santidade V. S. papa
Vossa Senhoria V. Sª. tratamento cerimonioso
* Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o pronome de
tratamento Vossa Excelência é empregado para as seguintes autoridades:
• do Poder Executivo: Presidente da República, Vice-Presidente da
República, Ministros de Estado1, Governadores e Vice-Governadores de
Estado e do Distrito Federal, Oficiais-Generais das Forças Armadas,
Embaixadores, Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes
de cargos de natureza especial, Secretários de Estado dos Governos
Estaduais, Prefeitos Municipais.

1
Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos
titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe
da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União.

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Obs.: algumas gramáticas entendem dão o tratamento a prefeito como Vossa


Senhoria. Então, tome cuidado e, por eliminação das alternativas, resolva a
questão que envolva este cargo.
• do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores, Ministros do
Tribunal de Contas da União, Deputados Estaduais e Distritais,
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Presidentes das Câmaras
Legislativas Municipais.
• do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores, Membros de
Tribunais, Juízes, Auditores da Justiça Militar.
a. Quando esses pronomes de tratamento se encontram na função de
sujeito, o verbo e pronomes adjetivos flexionam-se na terceira pessoa do
singular e os adjetivos podem concordar literalmente (com a palavra feminina
Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo
masculino ou feminino) :
Vossa Excelência está cansado, deputado!
Vossa Senhoria remeteu seu documento ao endereço errado.
b. Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou
complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois
não admitem artigo: Refiro-me a Vossa Senhoria.
c. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você,
vocês. O senhor e a senhora são empregados num tratamento formal; você e
vocês, no tratamento familiar e amigável.
Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”,
por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase:
Refiro-me à senhora Gioconda.
d. Usa-se “Vossa”, quando conversamos com a pessoa, e “Sua”, quando
falamos da pessoa.
Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de
Sua Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente.

Questão 43: SJC SC 2016 Agente de Segurança (banca FEPESE)


Assinale a alternativa correta, considerando a norma culta da língua
portuguesa.
a) Informamos à Vossa Senhoria e família que o evento beneficiente foi
cancelado.
b) Informamos a Vossa Senhoria e sua família que o evento beneficente foi
cancelado.
c) Informamos a Vossa Senhoria e vossa família de que o evento beneficente
foi cancelado.
d) Informamos-lhe e a vossa família de que o evento beneficente foi cancelado.
e) Informamo-lhes que o evento beneficiente foi cancelado.

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Comentário: Primeiramente, devemos notar que não existe a palavra


“beneficiente”. O correto é “beneficente”. Assim, já eliminamos as
alternativas (A) e (E).
O pronome de tratamento “Vossa Senhoria” não admite ser precedido
do artigo “a”. Assim, não cabe crase diante desse pronome.
Os verbos e pronomes que se referem aos pronomes de tratamento
devem se flexionar na terceira pessoa. Assim, não cabe “vossa”, em “vossa
família”, nas alternativas (C) e (D). Portanto, a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

Questão 44: EBSERH UNIRIO 2017 Assistente Administrativo (banca IBFC)


Maria chorando ao telefone
O telefone toca aqui em casa, atendo, uma voz de mulher estranhíssima
pergunta por mim, e antes que eu tome providências para dizer que é minha
irmã que fala, ela me diz: é você mesma. O jeito foi eu ficar sendo eu própria.
Mas... ela chorava? Ou o quê? Pois a voz era claramente de choro contido.
“Porque você escreveu dizendo que não ia mais escrever romances.” “Não se
preocupe, meu bem, talvez eu escreva mais uns dois ou três, mas é preciso
saber parar. Que é que você já leu de mim?“ “Quase tudo, só falta A cidade
sitiada e A legião estrangeira.” “Não chore, venha buscar aqui os dois livros.”
“Não vou não, vou comprar.” ”Você está bobeando, eu estou oferecendo de
graça dois livros autografados e mais um cafezinho ou um uísque.” [...]
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999)
No trecho “Você está bobeando”, percebe-se que, com o emprego do pronome
de tratamento, a autora consegue:
a) dirigir-se aos leitores de modo geral.
b) fazer referência a um interlocutor específico.
c) criar uma intervenção formal no diálogo.
d) afastar-se de um projeto de leitor ideal.
e) mostrar que não tem intimidade com quem fala.
Comentário: Note que o pronome “você” está sendo empregado a um
interlocutor que se encontra do outro lado do telefone. Assim, tal pronome faz
referência a um interlocutor específico e a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 45: SANEAGO 2013 – Agente Administrativo (banca IBEG)


Pesquisa realizada pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena),
que funciona no campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba
(SP), identificou que o uso de casca de banana processada é eficaz no
tratamento de águas poluídas pelos pesticidas atrazina e ametrina,
normalmente utilizados em plantações de cana-de-açúcar e milho.
Em amostras coletadas nos rios Piracicaba, Capivari e Corumbataí, as
águas contaminadas com essas substâncias ficaram livres dos componentes,
o que, segundo os pesquisadores, comprova a eficácia do método em

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comparação a outros procedimentos físico-químicos mais comuns, como a


utilização de carvão, por exemplo.
(...)
(Em: <http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia /2013/04/, com
adaptações> Acesso em: 10/05/2013.)
Sobre o uso dos pronomes e das conjunções no texto, marque a alternativa
correta.
(a) O pronome “essas” (2º parágrafo), acompanhado de “substâncias”, foi
utilizado para retomar “atrazina e ametrina”.
(b) No trecho “em plantações de cana-de-açúcar e milho.” (1º parágrafo), o
vocábulo em destaque é uma conjunção que introduz ideia de explicação.
(c) Para tornar clara a relação de sentido entre os parágrafos, o segundo
poderia ser introduzido pela conjunção adversativa Entretanto.
(d) Se, no lugar de “outros” (2º parágrafo), fosse utilizado o pronome tais,
o sentido do texto seria preservado.
(e) A conjunção “como”, no trecho final do 2º parágrafo, une duas
informações indicando a ideia de condição entre elas.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois realmente o pronome “essas”,
em “essas substâncias”, retoma “atrazina e ametrina”. Assim, entendemos
que, em amostras coletadas nos rios Piracicaba, Capivari e Corumbataí, as
águas contaminadas pelos pesticidas atrazina e ametrina ficaram livres dos
componentes.
A alternativa (B) está errada, pois a conjunção “e” é coordenativa
aditiva. Assim, ela une elementos e não transmite explicação.
A alternativa (C) está errada, pois a conjunção “Entretanto” traduz um
valor adversativo, isto é, de contraste, oposição. O segundo parágrafo reforça
a informação anterior. Assim, não cabe tal conjunção.
A alternativa (D) está errada, pois o pronome indefinido “outros” não
retoma palavra anterior. Ele indica que há procedimento falado posteriormente
no texto, como a utilização de carvão, por exemplo. Com a substituição pelo
pronome demonstrativo “tais”, muda-se o sentido, pois passaria a se referir a
termo anterior.
A alternativa (E) está errada, pois o vocábulo “como” não transmite o
sentido de condição, mas de exemplificação.
Gabarito: A

Questão 46: Prefeitura de Jandira - SP 2016 Enfermeiro (banca IBFC)


Facebook deixa você depressivo
Pura inveja. Você vai fuçar na vida alheia e descobre que seu ex-chefe, aquele
mala, está de férias em Cancún. E o cara mais chato da faculdade conseguiu
o emprego dos seus sonhos. Pior: postaram fotos, com a felicidade estampada
na cara. E você ali, estagnado no trabalho, sem um centavo para viajar. O
cotovelo coça. Todo mundo parece mais feliz do que você. Pobrecito...
Não se preocupe. Isso parece acontecer com a maioria das pessoas que
acessam o Facebook com frequência. Os sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e

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Nicholas Edge, da Universidade de Utah Valley, conversaram com 425


estudantes sobre a vida: se estavam felizes ou não com o rumo das coisas. E
se os amigos pareciam felizes. Também disseram quanto concordavam com
expressões como “a vida é justa” ou “muitos dos meus amigos têm uma vida
melhor do que a minha”. Aí então contaram quantos amigos cada um tinha no
Facebook e quanto tempo passava on-line - a média foi de cinco horas por
semana.
E concluíram: quanto mais horas uma pessoa passa no Facebook, maior a
chance de achar que a vida dos outros anda melhor. Isso acontecia ainda mais
quando as pessoas não conheciam muito bem os contatos do Facebook.
A explicação é fácil. Ninguém (ou quase ninguém) posta fotos tristes no
Facebook. É só alegria - mesmo se a viagem for um fracasso e o trabalho uma
furada. Só que daí, do outro lado da tela, tudo parece perfeito. Menos a sua
vida, real e completa, com dias bons e ruins. Eu, hein.
(Disponível em: http://superabril.com.br. Acesso em 18/05/16)
Ao empregar o pronome “você”, no título do texto, o autor está se referindo:
a) aos sociólogos citados
b) aos usuários do Facebook
c) aos leitores em geral
d) apenas a si próprio
Comentário: Todo o texto fala do uso do Facebook e o título afirma que o
“Facebook deixa você depressivo”. Assim, o pronome “você” faz referência ao
usuário do Facebook e a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Questão 1: PM SP 2017 Soldado (banca VUNESP)


Fragmento do texto: Pense rápido: qual o número de telefone da casa em
que morou quando era criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado
mensagens recentemente? Por certo, foi mais fácil responder à primeira
pergunta do que à segunda – mas você não está sozinho. Estudos científicos
chamam esse fenômeno de “efeito Google” ou “amnésia digital”, um sintoma
de um comportamento cada vez mais comum: o de confiar o armazenamento
de dados importantes aos nossos dispositivos eletrônicos e à internet em vez
de guardá-los na cabeça.
A forma pronominal -los, destacada ao final do parágrafo, retoma a expressão
(A) armazenamento de dados.
(B) nossos dispositivos eletrônicos.
(C) estudos científicos.

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(D) dados importantes.


(E) dispositivos eletrônicos e internet.

Questão 2: MGS 2017 Médio (banca IBFC)


Considere o fragmento abaixo para responder à questão.
“O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa
xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim
e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo.”
O pronome pessoal destacado no trecho faz referência à seguinte palavra:
a) homem.
b) banquinho.
c) balcão.
d) botequim.

Questão 3: Pref Campo Bom RS 2016 Assistente Adm (banca Fundatec)


Fragmento do texto: A partir de certo momento na vida, geralmente após o
aniversário de 40 anos, a grande questão neurológica se resume a uma
pergunta: onde diabos foram parar todos os nomes que esquecemos? No
início, desaparece o nome de uma atriz famosa. Depois, some o nome dos
filmes que ela fez. Mais adiante, você não consegue achar, no mar de
neurônios, o nome do famoso marido dela, muito menos o do outro ator,
manjadíssimo, com quem ela contracenou em seu trabalho mais célebre. Você
percebe que foi derrotado pela memória no almoço de domingo em que, diante
da cara divertida de seus filhos, você tenta explicar: “Aquele filme, com aquela
atriz australiana, casada com aquele outro ator...”.
Essa, você já sabe – ou vai descobrir dentro de algumas décadas –, é a
parte chata de um cérebro que bateu na meia-idade. Ela vem junto com muitas
piadas e uma dose elevada de ansiedade em relação ao futuro. O que você
não sabe, mas vai descobrir agora, é que existe outro lado, inteiramente
positivo, das transformações cerebrais que o tempo _______. “Conforme
envelhecemos, o cérebro se reorganiza e passa a agir e pensar de maneira
diferente. Essa reestruturação nos torna mais inteligentes, calmos e felizes”,
diz a americana Barbara Strauch, autora de O melhor cérebro da sua vida. O
livro, recém-lançado no Brasil, reúne argumentos que fazem a ideia de
envelhecer – sobretudo do ponto de vista intelectual – bem menos assustadora
do que costuma ser.
Barbara, que é editora de saúde do jornal The New York Times, um dos
mais influentes dos Estados Unidos, resolveu investigar o que estava
acontecendo com seu cérebro. Aos 56 anos, estava cansada de passar pela
vergonha de encontrar um conhecido, lembrar o que haviam comido na última
vez em que jantaram juntos, mas não ter a mínima ideia de como se chamava
o cidadão. Queria entender a razão por que se pegava parada em frente a um
armário sem saber o que tinha ido buscar. Ela não entendia como o mesmo
cérebro que lhe causava lapsos de memória tão evidentes decidira, nos últimos
tempos, presenteá-la com habilidades de raciocínio igualmente

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surpreendentes. Ela sentia que, simplesmente, “sabia das coisas”, mas, ao


mesmo tempo, se exasperava com a quantidade imensa de nomes e
referências que pareciam estar sumindo na neblina da memória. Como pode
ser?
Assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas, nas seguintes afirmações sobre
elementos do texto.
( ) “ela” (linha 5) refere-se à “atriz famosa” (linha 4).
( ) “Essa” (linha 11) e “Ela” (linha 12) referem-se à mesma coisa.
( ) “cidadão” (linha 27) refere-se a “conhecido” (linha 25).
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) V – V – V.
B) V – F – F.
C) F – V – V.
D) F – F – V.
E) V – V – F.

Questão 4: PM SP 2017 Soldado (banca VUNESP)


Assinale a alternativa em que o trecho está reescrito conforme a norma-padrão
da língua, com a expressão em destaque corretamente substituída pelo
pronome.
(A) ... mas só se ela usar as armas de um biógrafo... (3º parágrafo) ...
mas só se ela usar-las...
(B) ... gostaria que mais cantores publicassem suas memórias. (4º
parágrafo) ... gostaria que mais cantores publicassem-as.
(C) Rita Lee acaba de publicar um livro delicioso... (1º parágrafo) Rita
Lee acaba de publicar-lhe ...
(D) Mas só uma biografia de verdade oferece o quadro completo. (4º
parágrafo) Mas só uma biografia de verdade oferece-lo.
(E) ... ligaram os instrumentos no volume máximo... (4º parágrafo) ...
ligaram-nos no volume máximo...

Questão 5: CITEPE 2012 Técnico (banca Cesgranrio)


O termo em destaque foi substituído pela forma de pronome oblíquo, de acordo
com a norma-padrão, em:
(A) Deram a notícia em primeira página.
Deram-la em primeira página.
(B) Joguei as melhores fotos no computador.
Joguei-las no computador.
(C) Merece o prêmio pelo seu trabalho.
Merece-lo pelo seu trabalho.
(D) Vender o livro pela internet foi fácil.
Vendê-lo pela internet foi fácil.
(E) Escolheram as crônicas mais interessantes.
Escolheram-las.

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Questão 6: Prefeitura Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan)


Na tirinha, o “se” é utilizado com duas funções. Identifique o exemplo em que
as duas ocorrências de “se” são iguais às da tirinha, respectivamente.

a) Se acertamos, ninguém se lembra. Se erramos, ninguém se esquece.


b) Desconcertado, a sós parte e nunca se lembra se foi o botão ou o tango.
c) Há um vazio que sufoca, principalmente quando a gente se lembra de que
se esqueceu.
d) A felicidade também pode estar nas coisas simples e imperceptíveis a que
não se dá valor, nem mesmo se lembra que se trata de um verdadeiro
milagre.

Questão 7: ALERJ 2017 Especialista Legislativo (banca FGV)


Independentemente da posição no texto, se substituíssemos os complementos
dos verbos abaixo por pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma
INADEQUADA seria:
a) impregna a vida cotidiana / impregna-a;
b) entender os debates / entendê-los;
c) ganha destaque / ganha-o;
d) supõe um conhecimento / supõe-lo;
e) marcaram sua história / marcaram-na

Questão 8: CR Bio 2017 Técnico (banca VUNESP)


Leia o trecho do quarto parágrafo: A atitude imediatista praticamente impacta
todas as decisões...
O pronome que substitui corretamente a expressão destacada e está
adequadamente colocado no trecho selecionado encontra-se em:
(A) A atitude imediatista praticamente impacta-as...
(B) A atitude imediatista praticamente as impacta...
(C) A atitude imediatista praticamente impacta-se...
(D) A atitude imediatista praticamente impacta-lhes...
(E) A atitude imediatista praticamente lhes impacta...

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Questão 9: TJ SP 2017 Psicólogo (banca VUNESP)

Assinale a alternativa em que a reescrita da frase da personagem expressa a


ideia do texto original e está de acordo com a norma-padrão.
(A) Me preocupa seriamente a aposentadoria? Nem a alheia...
(B) Tenho preocupado-me seriamente com isso: a aposentadoria alheia.
(C) Preocupo-me seriamente com a aposentadoria – alheia...
(D) Seriamente preocupo-me com a aposentadoria alheia...
(E) Me preocupa seriamente a aposentadoria... Alheia...

Questão 10: Prefeitura Balneário Camboriú–SC 2016 Analista (banca FEPESE)


Assinale a alternativa em que, utilizando-se a ênclise, o complemento verbal
foi corretamente substituído pelo pronome oblíquo átono correspondente.
a) Convença o leitor a não abandonar a leitura./ Convença-o a não abandonar
a leitura.
b) Ele encontrou o filósofo perdido na praça./ Ele lhe encontrou perdido na
praça.
c) Fui visitar um amigo na Grécia./ Fui visitar ele na Grécia.
d) Finalmente ele trouxe uma boa notícia para os leitores./Finalmente ele lhes
trouxe uma boa notícia.
e) Poderia encontrar bons leitores, com certo grau de criticidade, se
quisesse./Lhes poderia encontrar com certo grau de criticidade se quisesse.

Questão 11: Prefeitura de Jandira - SP 2016 Técnico (banca IBFC)


Considerando a Norma Padrão, em “não se pode dizer que existe uma porta
aberta” (4º§), o emprego, em próclise, do pronome oblíquo deve-se:
a) a um uso facultativo desse registro.
b) à presença de uma palavra atrativa.
c) a uma exigência do tempo verbal.
d) a uma reprodução do discurso oral.

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Questão 12: Prefeitura de Jandira - SP 2016 Enfermeiro (banca IBFC)


Considere as ocorrências de pronomes oblíquos átonos nos seguintes
fragmentos retirados do 5º parágrafo do texto. Em seguida, assinale a
alternativa que faz um comentário correto quanto à adequação da colocação
desses pronomes em relação à Norma Padrão.
I. O grupo moveu-se para tomar lugar”
II. “recusou o convite gentil, sentia-se quase um estranho”
III. “Despediu-se.”
IV. “uma certeza de que nem tudo se perde”
a) Apenas I e III estão corretas.
b) Todas estão corretas.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas a III está correta.

Questão 13: Pref Santa Maria Madalena RJ 2016 Procurador (banca IBADE)
“A imprensa exibiu fotos de crianças de até quatro anos, várias com chupetas
na boca, sendo colocadas em camburões pelos amáveis e carinhosos soldados
da milícia mineira, que souberam respeitar as crianças, deixando-as com suas
chupetas.”
Sobre os termos que estruturam esse fragmento, assinale a afirmativa correta.
a) o pronome QUE pode ser substituído por OS QUAIS.
b) Como concorda com CHUPETAS, a forma NA BOCA deveria ser,
obrigatoriamente, NAS BOCAS.
c) as formas verbais EXIBIU e SOUBERAM são intransitivas.
d) o trecho DEIXANDO-AS COM SUAS CHUPETAS está gramaticalmente
errado, devendo ser alterado para AS DEIXANDO COM SUAS CHUPETAS.
e) o termo destacado em deixando-AS é catafórico.

Questão 14: Prefeitura São Paulo-SP 2016 – Analista Fiscal (banca VUNESP)
Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, conforme a
norma-padrão.
a) Quando dão-se conta da situação dos refugiados, as pessoas já põem-se a
acolhê-los sem discriminação.
b) No Brasil, vê-se que o número de refugiados não é tão grande. Aceita-os,
sem restrição, boa parte da população.
c) Se veem imagens dramáticas dos refugiados na TV. Não trata-se de ficção:
é a pura realidade.
d) Têm visto-se turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em
busca de uma vida melhor.
e) Os refugiados buscam uma vida melhor. Discriminaria-os aqueles que
desconhecem a solidariedade.

Questão 15: Câmara Municipal Araraquara-SP 2016 Assistente (banca IBFC)

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Assinale a alternativa que indica a colocação correta do pronome.


a) Estas atividades são para mim fazer.
b) Estes trabalhos chegaram para eu.
c) Para eu, a prova estava muito difícil.
d) Para mim, a lição deverá demorar um pouco mais.

Questão 16: COMLURB 2016 Técnico de Segurança do Trabalho (banca IBFC)


Das opções abaixo, assinale a única que apresenta corretamente a colocação
do pronome.
a) Esqueci de te contar que vi ele na rua.
b) Nunca pode-se falar mal de quem não conhece-se
c) Esta situação se-refere a assuntos empresariais.
d) Precisa-se de bons funcionários.

Questão 17: UNIFESP 2016 Técnico (banca VUNESP)


________ uma aluna da Sorbonne que a recebesse para uma conversa que
pudesse explicar o Brasil com apenas um título que _____ de roteiro para o
trabalho que deveria apresentar. Já me pediram coisas extravagantes,
recusei algumas, aceitei outras. Mas não _________.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser
preenchidas, respectivamente, com:
a) Pediu-me … serviria-lhe … lhe quis decepcionar
b) Me pediu … servir-lhe-ia … quis decepcioná-la
c) Pediu-me … lhe serviria … a quis decepcionar
d) Me pediu … o serviria … quis decepcionar-lhe
e) Pediu-me … serviria-o … quis decepcioná-la

Questão 18: Petrobras 2017 Técnico (banca Cesgranrio)


O termo destacado foi utilizado na posição correta, segundo as exigências da
norma-padrão da língua portuguesa, em:
a) A poluição do ar será irreversível, caso as medidas preventivas esgotem-
se.
b) Os cientistas nunca equivocaram-se a respeito dos perigos do uso de
combustível fóssil.
c) Quando as substâncias tóxicas alojam-se no meio ambiente, causam danos
aos seres vivos.
d) Se as fontes de energia alternativa se esgotarem, poderemos sofrer sérias
consequências.
e) Uma das exigências do mundo atual é que o ser humano sempre
mantenha-se em dia com as atividades físicas.

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Questão 19: IBGE 2016 Agente de Pesquisas (banca Cesgranrio)


A posição do pronome se destacado atende às exigências da norma-padrão da
língua portuguesa em:
a) É preciso que os estados em que há maior degradação ambiental não
neguem-se a tomar as providências necessárias para enfrentar o
problema.
b) Há uma grande pressão social para que as pessoas mantenham-se felizes
e sintam-se realizadas permanentemente.
c) Se os órgãos responsáveis pela proteção ambiental dedicarem-se mais a
sua missão, as matas brasileiras poderão sobreviver à degradação.
d) Quando os institutos de pesquisa se preocuparem em analisar o grau de
felicidade da população, descobrirão que os índices são muito baixos.
e) Livros de autoajuda fazem muito sucesso atualmente porque ensinam as
pessoas a nunca sentirem-se infelizes ao enfrentarem dificuldades.

Questão 20: IBGE 2016 Supervisor (banca Cesgranrio)


O pronome oblíquo está colocado de acordo com a norma-padrão em:
a) Eles estão por toda parte, mas ninguém nota-os.
b) Vivemos em uma sociedade que pouco se importa com essa questão.
c) Encontraremo-los em muitas cidades.
d) Nos sensibilizamos, porém nada fazemos.
e) É preciso trabalhar para que resolva-se o problema.

Questão 21: UNIRIO 2016 Assistente em Administração (banca Cesgranrio)


O pronome átono destacado está colocado de acordo com a norma-padrão em:
a) Meu caro, me não engano dizendo que antigamente o tempo do carnaval
era obrigatório.
b) As pessoas não davam-se conta de que o tempo do carnaval era
obrigatório.
c) Quando o tempo do carnaval era obrigatório, meu pai me levava a bailes
à fantasia.
d) O tempo do carnaval era obrigatório, mas não havia deixado-me muitas
lembranças.
e) Os foliões divertiriam-se mais se soubessem que o tempo do carnaval era
obrigatório.

Questão 22: UNIRIO 2016 Assistente em Administração (banca Cesgranrio)


O pronome em destaque está adequadamente colocado, quanto à norma-
padrão, em:
a) O rapaz se mostrou feliz com o troco generoso.
b) Sentirá-se feliz aquele que tiver um trabalho digno.
c) O engraxate não queixou-se do calor.
d) Nunca observou-se tanta compaixão naquele homem.

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e) Se sentiu envergonhado com a cena o escritor.

Questão 23: Transpetro 2016 Auditor Júnior (banca Cesgranrio)


No que se refere à colocação pronominal, respeita-se a norma-padrão em:
a) Queria que admira-me-ssem na velhice.
b) Me seduziria poder ser jovem a vida toda.
c) A aposentadoria, esperarei-a com ansiedade.
d) Nunca senti-me tão velho como hoje.
e) Ninguém o observava com a mesma atenção que eu.

Questão 24: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan)


“Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se escreve coisas inúteis,
se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) para obter um efeito ou
um escândalo; se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não
acredita.” A respeito das várias ocorrências do termo destacado “se”, é correto
afirmar que
A) em todas as ocorrências a função do termo “se” é a mesma.
B) entre as quatro ocorrências podem ser identificadas apenas duas funções
distintas do “se”.
C) a primeira ocorrência pode ser substituída por “já que”, sem que haja
alteração quanto ao sentido.
D) as duas últimas ocorrências representam ênfase quanto à condição para
que haja nocividade no trabalho do escritor.

Questão 25: BANESTES 2013 Assistente Securitário (banca Consulplan)


Nas frases abaixo, as palavras sublinhadas possuem o mesmo valor semântico,
EXCETO:
(A) “Quando eu estiver louco, subitamente se afaste …”
(B) “Muitos desses pacientes recorrem à ajuda psicanalítica e se medicam a
fim de minimizar os efeitos desastrosos...”
(C) “…são os que simplesmente se autointitulam ‘difíceis’…”
(D) “...Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais..”
(E) “Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando ‘sou uma pessoa
difícil’,...”

Questão 26: Liquigás 2013 Engenheiro (banca Cesgranrio)


A palavra se, empregada em “Que me aconteceria se eu dissesse a uma bela
dama...”, tem a mesma classe gramatical do que se destaca em:
(A) Não se sabe quão fundamental é dominar a norma-padrão da língua.
(B) Se não dominamos o idioma, não conseguimos nos expressar bem.
(C) Cria-se muita polêmica em relação ao uso da língua portuguesa.
(D) Não se precisa de todas as regras gramaticais para usar bem o idioma.
(E) É normal não se dominarem todas as regras da norma-padrão.

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Questão 27: JUSESC 2017 Analista (banca FEPESE)


Assinale a alternativa em que o pronome pessoal está corretamente
empregado.
a) Nós três vamos com ele e ele vai com nós.
b) Este é um relatório para mim escrever, tal é sua importância.
c) Entre eu e tu nada mais pode haver, chegamos ao limite.
d) Para mim, viajar é uma questão de qualidade de vida.
e) Espere um pouco mais, pois quero falar consigo sobre a reunião da
diretoria.

Questão 28: JUSESC 2017 Técnico (banca FEPESE)


Complete as lacunas da frase abaixo:
“Era para ______ trabalhar ________ ontem, mas não _______ encontrei em
departamento nenhum.”
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
a) eu • consigo • te
b) eu • com ele • o
c) eu • com ele • lhe
d) mim • com ele • o
e) mim • contigo • te

Questão 29: CELESC 2016 Assistente Administrativo (banca FEPESE)


Em apenas uma das alternativas abaixo o pronome pessoal está corretamente
empregado. Assinale-a.
a) Vou pôr ele a par do assunto.
b) Traga esse relatório para eu ler.
c) Pega a bola e põe-a no local de chute a gol.
d) “Entre eu e tu nada mais pode haver”, disse aquele jovem.
e) Quero, ainda hoje, falar consigo sobre seu projeto.

Questão 30: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Técnico (banca FEPESE)


Assinale a alternativa que apresenta o uso correto do pronome oblíquo.
a) Nada houve entre eu e ele.
b) Vou pôr ele a par do tema da poesia.
c) Lê, dirigindo-se a si mesma, como quem está pensando em voz alta.
d) Nunca refiro-me a ele com tom de ironia, ele é um poeta.
e) “Quero falar consigo sobre o lançamento do livro de poesias”.

Questão 31: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Superior (banca FEPESE)


Analise as frases abaixo quanto ao emprego dos pronomes.
1. Ela trazia uma gatinha consigo.
2. Aos domingos, papai almoça com nós.
3. Chamaram nós duas.

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4. Há algum trabalho para mim fazer?


5. O gato entrou na sala. Fizemo-lo sair.
Assinale a alternativa que indica todas as frases corretas.
a) São corretas apenas as frases 1 e 4.
b) São corretas apenas as frases 3 e 5.
c) São corretas apenas as frases 1, 3 e 5.
d) São corretas apenas as frases 2, 3 e 4.
e) São corretas apenas as frases 2, 4 e 5.

Questão 32: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Técnico (banca FEPESE)


Analise a frase abaixo: “O professor discutiu............mesmos a respeito da
desavença entre .........e ........ .
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
a) com nós • eu • ti
b) conosco • eu • tu
c) conosco • mim • ti
d) conosco • mim • tu
e) com nós • mim • ti

Questão 33: Pref Santa Maria Madalena RJ 2016 Procurador (banca IBADE)
Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção do texto:
I. Na frase "A sociedade só se preocupa com os menores porque eles estão
assaltando.”, o SE é partícula apassivadora.
II. Em “a praça da Sé estava voltando a ser um aprazível ponto turístico de
São Paulo.”, o autor cometeu um equívoco ao não usar o sinal indicativo
de crase na segunda ocorrência do A.
III. Na frase "é obrigação humanitária de todos NÓS.”, o elemento destacado
é pronome pessoal oblíquo.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) lll
b) ll e lll.
c) II.
d) I e II.
e) l.

Questão 34: IPSMI 2016 Procurador (banca VUNESP)


O emprego dos termos destacados e do sinal indicativo de crase está de acordo
com a norma-padrão em:
a) Sei que para mim chegar onde cheguei a luta foi dura, frente à frente com
muitas dificuldades.
b) Sempre soube que em mim existe uma tendência à vencer, que me leva
aonde eu desejo.

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c) O homem sabe que vai aonde quiser, graças à ação de um poder maior
que lhe conduz os passos.
d) Agimos à partir da hora em que deixaram nós sozinhos, naquele escritório
aonde não havia nada.
e) Foi à luta, pensando que onde fosse estaria sem amigos que lhe
apoiassem.

Questão 35: EBSERH UNIRIO 2017 Advogado (banca IBFC)


Em “Há algum tempo venho afinando certa mania.”, nota-se que o termo
destacado pertence à seguinte classe gramatical:
a) substantivo.
b) adjetivo.
c) pronome.
d) advérbio.
e) interjeição.

Questão 36: ALERJ 2017 Especialista Legislativo (banca FGV)


“Além de cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados a
dar suas opiniões (votando simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro
problemas de interesse nacional, aos quais se acrescentam alguns tópicos
especiais dos cantões e das comunas. Esse sistema repousa sobre a iniciativa
popular e sobre o referendum, que permitem a uma minoria, respectivamente
100.000 cidadãos, no caso da iniciativa popular, e 50.000, no caso do
referendum, obrigar o conjunto do país a se interessar sobre o que a
preocupa”.
O termo sublinhado no segmento acima que mostra seu antecedente textual
de forma INADEQUADA é:
(A) suas / cidadãos;
(B) aos quais / problemas;
(C) esse sistema / votações, opiniões e tópicos especiais;
(D) que / o;
(E) a / iniciativa popular.

Questão 37: IBGE 2017 Recenseador (banca FGV)


“Silva, Oliveira, Faria, Ferreira... Todo mundo tem um sobrenome e temos de
agradecer aos romanos por isso. Foi esse povo, que há mais de dois mil anos
ergueu um império com a conquista de boa parte das terras banhadas pelo
Mediterrâneo, o inventor da moda. Eles tiveram a ideia de juntar ao nome
comum, ou prenome, um nome.
Por quê? Porque o império romano crescia e eles precisavam indicar o clã a
que a pessoa pertencia ou o lugar onde tinha nascido”.
(Ciência Hoje, março de 2014)
“Todo mundo tem um sobrenome e temos de agradecer aos romanos por isso”.
O pronome “isso”, nesse segmento do texto, se refere a(à):

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(A) todo mundo ter um sobrenome;


(B) sobrenomes citados no início do texto;
(C) todos os sobrenomes hoje conhecidos;
(D) forma latina dos sobrenomes atuais;
(E) existência de sobrenomes nos documentos.

Questão 38: Polícia Científica PR 2017 Auxiliar de Necropsia (banca IBFC)


Afinal: o que é a “morte cerebral”?
A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na
medicina e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais
O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que
pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente
e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não
poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto
de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter
um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os
mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que
as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.
E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras
funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela
simples falta da atividade cerebral adequada.
Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava
de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre.
Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por
exemplo), emanavam do coração.
Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu
adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas
décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou
“morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de
órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos
com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.
No quarto parágrafo, em ‘Apesar disto parecer “bom senso”’, considerando o
contexto, nota-se que o pronome destacado faz referência à seguinte ideia:
a) Crer que alguém morre quando seu coração para.
b) Acreditar que sensações emanavam do coração.
c) Saber que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre.
d) Associar o amor a um sentimento provocado pelo coração.
e) As funções ficam descoordenadas sem a atuação do coração.

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Décio Terror Filho
Aula 08

Questão 39: UNIFESP 2016 Técnico (banca VUNESP)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da


fala da personagem, no primeiro quadrinho, devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
a) algum ... me livrar
b) o ... livrar eu
c) esse ... me livrar
d) um ... livrar eu
e) este ... me livrar

Questão 40: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Técnico (banca FEPESE)


Analise a frase abaixo:
“O homem e a mulher estavam sorrindo.
_______________porque foi promovido;
_______________por ter recebido um aumento.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase.
a) Este • esta
b) Este • essa
c) Esse • essa
d) Aquele • essa
e) Aquele • esta

Questão 41: Prefeitura de Florianópolis–SC 2016 Superior (banca FEPESE)


Analise as frases abaixo:
1. Vou fechar _______ porta agora.
2. Paula tem uma beleza ímpar. ____________ sua beleza tem um quê de
mistério!
3. Maria separou meias, vestidos, blusas e sapatos. Pegou ____________
artigos todos e jogou-os na mala!
4. Os animais de estimação mais comuns são _________: gato, cachorro e
papagaio.
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do
texto.
a) essa • Essa • estes • estes

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b) essa • Esta • estes • estes


c) esta • Esta • esses • esses
d) esta • Esta • esses • estes
e) esta • Essa • esses • estes

Questão 42: EBSERH UFF 2016 Médico (banca IBFC)


Ensinamento

Minha mãe achava estudo


a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
(Adélia Prado)
O último verso do texto emprega o pronome “essa” como recurso coesivo. Seu
uso pode ser explicado uma vez que:
a) antecipa uma ideia que será apresentada
b) faz referência a algo próximo ao leitor
c) sinaliza uma referência temporal
d) resume elementos de uma enumeração
e) retoma um termo citado anteriormente

Questão 43: SJC SC 2016 Agente de Segurança (banca FEPESE)


Assinale a alternativa correta, considerando a norma culta da língua
portuguesa.
a) Informamos à Vossa Senhoria e família que o evento beneficiente foi
cancelado.
b) Informamos a Vossa Senhoria e sua família que o evento beneficente foi
cancelado.
c) Informamos a Vossa Senhoria e vossa família de que o evento beneficente
foi cancelado.
d) Informamos-lhe e a vossa família de que o evento beneficente foi cancelado.
e) Informamo-lhes que o evento beneficiente foi cancelado.

Questão 44: EBSERH UNIRIO 2017 Assistente Administrativo (banca IBFC)


Maria chorando ao telefone
O telefone toca aqui em casa, atendo, uma voz de mulher estranhíssima
pergunta por mim, e antes que eu tome providências para dizer que é minha
irmã que fala, ela me diz: é você mesma. O jeito foi eu ficar sendo eu própria.
Mas... ela chorava? Ou o quê? Pois a voz era claramente de choro contido.

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Aula 08

“Porque você escreveu dizendo que não ia mais escrever romances.” “Não se
preocupe, meu bem, talvez eu escreva mais uns dois ou três, mas é preciso
saber parar. Que é que você já leu de mim?“ “Quase tudo, só falta A cidade
sitiada e A legião estrangeira.” “Não chore, venha buscar aqui os dois livros.”
“Não vou não, vou comprar.” ”Você está bobeando, eu estou oferecendo de
graça dois livros autografados e mais um cafezinho ou um uísque.” [...]
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999)
No trecho “Você está bobeando”, percebe-se que, com o emprego do pronome
de tratamento, a autora consegue:
a) dirigir-se aos leitores de modo geral.
b) fazer referência a um interlocutor específico.
c) criar uma intervenção formal no diálogo.
d) afastar-se de um projeto de leitor ideal.
e) mostrar que não tem intimidade com quem fala.

Questão 45: SANEAGO 2013 – Agente Administrativo (banca IBEG)


Pesquisa realizada pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena),
que funciona no campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba
(SP), identificou que o uso de casca de banana processada é eficaz no
tratamento de águas poluídas pelos pesticidas atrazina e ametrina,
normalmente utilizados em plantações de cana-de-açúcar e milho.
Em amostras coletadas nos rios Piracicaba, Capivari e Corumbataí, as
águas contaminadas com essas substâncias ficaram livres dos componentes,
o que, segundo os pesquisadores, comprova a eficácia do método em
comparação a outros procedimentos físico-químicos mais comuns, como a
utilização de carvão, por exemplo.
(...)
(Em: <http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia /2013/04/, com
adaptações> Acesso em: 10/05/2013.)
Sobre o uso dos pronomes e das conjunções no texto, marque a alternativa
correta.

(a) O pronome “essas” (2º parágrafo), acompanhado de “substâncias”, foi


utilizado para retomar “atrazina e ametrina”.
(b) No trecho “em plantações de cana-de-açúcar e milho.” (1º parágrafo), o
vocábulo em destaque é uma conjunção que introduz ideia de explicação.
(c) Para tornar clara a relação de sentido entre os parágrafos, o segundo
poderia ser introduzido pela conjunção adversativa Entretanto.
(d) Se, no lugar de “outros” (2º parágrafo), fosse utilizado o pronome tais,
o sentido do texto seria preservado.
(e) A conjunção “como”, no trecho final do 2º parágrafo, une duas
informações indicando a ideia de condição entre elas.

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Questão 46: Prefeitura de Jandira - SP 2016 Enfermeiro (banca IBFC)


Facebook deixa você depressivo
Pura inveja. Você vai fuçar na vida alheia e descobre que seu ex-chefe, aquele
mala, está de férias em Cancún. E o cara mais chato da faculdade conseguiu
o emprego dos seus sonhos. Pior: postaram fotos, com a felicidade estampada
na cara. E você ali, estagnado no trabalho, sem um centavo para viajar. O
cotovelo coça. Todo mundo parece mais feliz do que você. Pobrecito...
Não se preocupe. Isso parece acontecer com a maioria das pessoas que
acessam o Facebook com frequência. Os sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e
Nicholas Edge, da Universidade de Utah Valley, conversaram com 425
estudantes sobre a vida: se estavam felizes ou não com o rumo das coisas. E
se os amigos pareciam felizes. Também disseram quanto concordavam com
expressões como “a vida é justa” ou “muitos dos meus amigos têm uma vida
melhor do que a minha”. Aí então contaram quantos amigos cada um tinha no
Facebook e quanto tempo passava on-line - a média foi de cinco horas por
semana.
E concluíram: quanto mais horas uma pessoa passa no Facebook, maior a
chance de achar que a vida dos outros anda melhor. Isso acontecia ainda mais
quando as pessoas não conheciam muito bem os contatos do Facebook.
A explicação é fácil. Ninguém (ou quase ninguém) posta fotos tristes no
Facebook. É só alegria - mesmo se a viagem for um fracasso e o trabalho uma
furada. Só que daí, do outro lado da tela, tudo parece perfeito. Menos a sua
vida, real e completa, com dias bons e ruins. Eu, hein.
(Disponível em: http://superabril.com.br. Acesso em 18/05/16)
Ao empregar o pronome “você”, no título do texto, o autor está se referindo:
a) aos sociólogos citados
b) aos usuários do Facebook
c) aos leitores em geral
d) apenas a si próprio

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1D 2A 3A 4E 5D 6B 7D 8B 9C 10 A
11 B 12 B 13 A 14 B 15 D 16 D 17 C 18 D 19 D 20 B
21 C 22 A 23 E 24 B 25 E 26 B 27 D 28 B 29 D 30 C
31 C 32 E 33 A 34 C 35 C 36 E 37 A 38 C 39 E 40 E
41 E 42 E 43 B 44 B 45 A 46 B

Meu amigo, minha amiga!


Obrigado por ter acompanhado esta aula até o fim!
Pode ter certeza de que sua dedicação valerá a pena!
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abaixo!
Se quiser fazer sugestões, críticas, observações, isso
também ajudará bastante na formulação dos nossos cursos!
Um grande abraço!
Décio Terror

(32) 98447 5981

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