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ÍNDICE

1. OBJETIVO....................................................................................................................3

2. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA..............................................................................3

3. RESPONSABILIDADE..................................................................................................3

4. APARELHAGEM...........................................................................................................3

5. AMOSTRA....................................................................................................................8

6. ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO................................................................................8

7. ENSAIO.........................................................................................................................8

8. CÁLCULOS...................................................................................................................9

8.1. Teores de umidade do material que passa na peneira # 4,8 mm.............................9

8.2. Peso do material seco que passa na peneira de # 4,8 mm......................................9

8.3. Peso total da amostra seca.....................................................................................10

8.4. Porcentagem do material seco retido e passante na peneira # 4,8 mm.................10

8.5. Massa específica aparente do material compactado..............................................10

8.6. Peso total da amostra seca.....................................................................................10

8.7. Teor de umidade da amostra total...........................................................................11

9. RESULTADOS............................................................................................................11

10. CONTROLE DA COMPACTAÇÃO NO CAMPO (ENSAIO DE PROCTOR).............12

11. ANÁLISE DOS RESULTADOS DE ENSAIOS...........................................................13

12. REGISTRO.................................................................................................................13
1. OBJETIVO

Essa aula tem a finalidade de apresentar as diretrizes básicas necessárias para se


determinar a massa específica aparente seca de solos quando compactados conforme a
NBR 7182/2016

Para isso precisamos conhecer os equipamentos necessários para a realização do ensaio


de compactação:

- Repartidor de amostras;
- Balança que permita pesar 10 kg; com resolução de 1 g;
- Balança que permita pesar 200 g; com resolução de 0,01 g;
- Peneiras de abertura #19 mm e #4,8 mm, de acordo com a NBR NM-ISO 3310-1;
- Recipientes que permitam guardar amostras sem perda de umidade;
- Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 0C e 1100C;
- Molde cilíndrico metálico pequeno (Cilindro de Proctor) de 1000 ml de capacidade e
diâmetro interno de 100 mm; cilindro complementar do mesmo diâmetro interno e de
aproximadamente 60 mm de altura, e base metálica com dispositivo para a fixação ao
molde, conforme mostra a figura 1;

Figura 1 – Cilindro Pequeno (Proctor)


- Molde cilíndrico metálico grande (Cilindro de CBR) de 2085 ml de capacidade e diâmetro
interno de 152,4 mm; cilindro complementar do mesmo diâmetro interno e de
aproximadamente 60 mm de altura, e base metálica com dispositivo para a fixação ao
molde, conforme mostra a figura 2;

Figura 2 – Cilindro Grande (CBR)

- Provetas de vidro com capacidade de 1000 ml, 200 ml e 100 ml e com graduações de 10
ml, 2 ml e 1 ml, respectivamente;
- Extrator de Corpo de prova;
- Bandejas metálicas de 75 cm x 50 cm x 5 cm ou similar;
- Régua de aço biselada;
- Conchas metálicas com capacidade de 1000 ml e 500 ml.
- Soquete cilíndrico pequeno, de 50 mm de diâmetro, de face inferior plana e peso de
2500 ± 10g, equipado com dispositivo para controle de altura de queda, conforma mostra
a figura 3:
Figura 3 – Soquete Pequeno

- Soquete cilíndrico grande, de face inferior plana e peso de 4536 ± 10g, equipado com
dispositivo para controle de altura de queda (457 mm), conforma mostra a figura 4;
Figura 4 – Soquete Grande

- Base rígida, preferencialmente de concreto;


- Papel filtro com diâmetro igual ao do molde empregado.

2. AMOSTRA

A amostra é obtida como é indicado a NBR 6457/2016 – “Amostras de solo - Preparação


para ensaio de compactação e ensaios de caracterização”.

3. ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO

As energias de compactação especificadas pela NBR 7182 são identificadas como


Normal, Intermediária e Modificada.
Na tabela a seguir são apresentadas as características inerentes a cada energia:

Energia
Características inerentes a cada
Cilindro Intermediári
energia de compactação Normal Modificada
a
Soquete Pequeno Grande Grande
Pequen
Número de camadas 3 3 5
o
Número de golpes por camada 26 21 27
Soquete Grande Grande Grande
Número de camadas 5 5 5
Grande
Número de golpes por camada 12 26 55
Altura do disco espaçador (mm) 63,5 63,5 63,5
Tabela 1 - Energias de Compactação

Nota: O cilindro pequeno pode ser usado somente quando a amostra após a preparação passa
integralmente na peneira # 4,8 mm.

4. ENSAIO

(a) Preparar as amostras (item 2) com secagem prévia até a umidade higroscópica.
Desmancha-se o material até que possa passar pela peneira de # 4,8 mm.

(b) Adicionar água, gradativamente e revolvendo continuamente o material, de forma


a se obter teor de umidade em torno de 5% abaixo da umidade ótima presumível.

(c) Fixa-se o molde a sua base metálica, ajusta-se o cilindro complementar e apóia-se
o conjunto em base plana e firme. Compacta-se no molde o material referido no
item 2, em camadas iguais, de forma a preencher a altura total do molde. Cada
camada receberá o número de golpes de soquete, conforme determinado na tabela
1 (item 3), distribuídos uniformemente sobre a superfície da camada;

(d) Remove-se o cilindro completamente, tendo-se antes o cuidado de destacar, com o


auxílio de uma faca (ou espátula), o material a ele aderente. Com uma régua
biselada rasa-se o material na altura exata do molde e determina-se, com
aproximação de 5 g, o peso do material úmido compactado, P h;

(e) Remove-se o material do molde e retira-se uma amostra representativa de cerca de


50 g para a determinação da umidade. Pesa-se, seca-se em estufa a 105 oC – 110
o
C, até constância de peso, e pesa-se novamente; fazem-se as pesadas com a
aproximação de 0,1 g;

(f) Repetem-se essas operações para teores crescentes de umidade, tantas vezes
quantas necessárias para caracterizar a curva de compactação (adiante definida),
ressalvando-se que a segunda porção deve estar com teor de umidade
aproximadamente 2% superior à primeira, e assim por diante.
5. CÁLCULOS

5.1. Teores de umidade do material que passa na peneira # 4,8 mm


Com os dados obtidos nos itens 2 e 4, calculam-se os seguintes teores de umidade:

Ph −P s
h= ×100
ps , em que h é o teor de umidade;

h - teores de umidade referentes a cada compactação.


Ph = Peso do material úmido;
Ps = Peso do material seco em estufa na temperatura na faixa de 105 oC – 110oC, medido
até a constância de peso.

5.2. Peso do material seco que passa na peneira de # 4,8 mm


Subtrai-se o peso do material seco retido na peneira de # 4,8 mm do peso total da
amostra seca ao fogo (item 2), multiplica-se a diferença assim obtida pelo fator de
correção (fc):
100
fc=
100+h
h - umidade higroscópica;

5.3. Peso total da amostra seca


Somando-se o valor obtido como foi indicado no item 5.2 ao peso do material seco retido
na peneira # 4,8 mm, obtém-se o peso total da amostra seca.

5.4. Porcentagem do material seco retido e passante na peneira # 4,8 mm


Com os dados obtidos como se indicou nos itens 5.2 e 5.3 calculam-se essas
porcentagens em relação ao peso total da amostra seca.

5.5. Massa específica aparente do material compactado

(a) Calcula-se a massa específica aparente do material úmido após cada


compactação, pela fórmula:
Ph
γ h=
V
Onde,
γh – massa específica aparente do material úmido que passa pela peneira de 4,8 mm, em
g/cm3;
Ph – peso do material úmido compactado obtido como indicado no item 4(b), em g;
V – volume do material compactado, em cm3 (capacidade de molde).

(b) Calcula-se a massa específica aparente do material seco após cada compactação,
pela fórmula:
100
γ s =γ h
100+h
Onde,
γs – massa específica aparente do material seco que passa pela peneira de 4,8 mm, em
g/cm3;
h – teor de umidade do material compactado, obtido como indicado no item 5.1.

5.6. Peso total da amostra seca


Calcula-se pela seguinte fórmula (*):

100×γ s ×D
γ t=
γ s ×Q+ D×(100−Q)

Onde,
γt – massa específica aparente da amostra total do solo seco em g/cm 3
γs – valor obtido segundo o indicado no item 5.5(b);
Q – Porcentagem do material seco retido na peneira de # 4,8 mm (item 2);
D – massa específica aparente dos grãos de solo retidos na peneira de # 4,8 mm, em
g/cm3, obtida de acordo com o método de “Determinação da absorção e da massa
específica aparente e real dos grãos de pedregulho retidos na peneira de #4,8 mm”
prescrito pela NBR 6458.

(*) Este método de cálculo para obtenção da massa específica aparente de amostras de solos
que contém grãos retidos na peneira de # 4,8 mm, baseia-se na hipótese de que cada grão desta
fração do solo fique envolvido pelos grãos menores, de modo que na amostra compactada não
ocorram ninhos formados pelos grãos retidos na peneira de 4,8 mm.

5.7. Teor de umidade da amostra total

Calcula-se pela fórmula:

hx (100−Q )+SQ
ht =
100
Onde,
ht - teor de umidade da amostra total;
h - teor de umidade do material que passa na peneira de # 4,8 mm;
Q – porcentagem do material seco retido na peneira de # 4,8 mm;
S – absorção de água dos grãos retidos na peneira de # 4,8 mm, expressa em
porcentagem do peso seco deste material e obtida de acordo com o método de
“Determinação da absorção e da massa específica aparente e real dos grãos de
pedregulho retidos na peneira de 4,8 mm” prescrito pela NBR 6458.

6. RESULTADOS

(a) Curva de compactação: Desenha-se a curva de compactação marcando-se, em


ordenadas, as massas específicas aparentes do solo seco, γ s (item 5.5) e, em
abscissas, os teores de umidade correspondentes (Figura 5);

(b) Massa específica aparente máxima do material que passa na peneira de # 4,8
mm; Esse valor corresponde à ordenada máxima da curva de compactação.
(c) Umidade ótima, relativa ao material que passa na peneira de 4,8 mm; É o valor da
umidade correspondente, na curva de compactação, ao ponto de massa específica
aparente máxima do material.

(d) Massa específica aparente do solo seco e umidade ótima da amostra total de solo:

Estes valores são obtidos por meio das fórmulas indicadas nos itens 5.6 e 5.7.
Curva de Compactação
1,790
1,770
1,750
1,730
1,710
1,690
1,670
Dens. Máx. Seca (g/dm³)

1,650
1,630
1,610
1,590
1,570
1,550
1,530
1,510
1,490
1,470
1,450
1,430
1,410
1,390
16,0 17,0 18,0 19,0 20,0 21,0 22,0 23,0 24,0 25,0 26,0
Umidade (%)

Figura 5 – Exemplo da Curva de Compactação

7. CONTROLE DA COMPACTAÇÃO NO CAMPO (ENSAIO DE PROCTOR)

No caso do material ser homogêneo determina-se a densidade úmida média padrão (δh)
obtida nos ensaios da compactação Proctor Normal da jazida.

Através da cravação de cilindros biselados ou por meio do método de frasco de areia


determina-se a densidade úmida “in situ” do aterro (δh “in situ”).

O grau de compactação do aterro será calculado por: δh “in situ” / δh (expresso em


porcentagem) que deverá ser maior ou igual ao especificado em projeto para liberação.
Neste caso a camada pode ser liberada no mesmo dia.

Deverá ser recolhido material do aterro para determinação da umidade “in situ“ através da
estufa e comparação com a umidade ótima.

No caso do material da jazida ser muito heterogêneo o grau de compactação deverá ser
obtido da seguinte forma:

Através da cravação de cilindros biselados ou por meio do método de frasco de areia


determina-se a densidade úmida “in situ” do aterro (δh “in situ”).
Recolher material do aterro para determinação da umidade “in situ“ através da estufa, o
que demanda um prazo mínimo de 24 horas
De posse dos resultados de densidade úmida e umidade “in situ” determina-se a
densidade seca “in situ” (δs “in situ”).

Recolher amostra deformada do aterro suficiente para execução do ensaio de Proctor


Normal de onde se calcula a densidade seca máxima (δs max) e umidade ótima.
O grau de compactação será obtido dividindo-se a densidade seca “in situ” (δs”in situ”)
pela densidade seca máxima (δsmax.) que deverá ser igual ou maior que o especificado.
Neste caso a camada só poderá ser liberada no mínimo em um prazo de 24 horas por
causa da determinação da umidade “in situ”.

8. ANÁLISE DOS RESULTADOS DE ENSAIOS

Este programa deverá ser modificado sempre que as características dos materiais
utilizados nestes estudos, assim justificarem.

Deverão ser emitidos certificados tão logo estejam disponíveis os resultados conforme
programa deste documento.

A elaboração de relatório técnico, com interpretação dos resultados de ensaios, será de


responsabilidade da HOLANDA ENGENHARIA LTDA.

9. REGISTRO

Anexo a este procedimento é apresentado o Impresso de Registro (IR) dos resultados de


ensaio de compactação de solos (Proctor). Tal documento deverá ser utilizado em sua
última revisão aplicável.

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