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(Scandal & Scoundrel)
Livro 3
Sarah MacLean
Sinopse
19 de agosto de 1836
Câmara dos Lordes, Parlamento.
E eles tinham.
Se você acha que os duques são ruins, imagine o que eles aceitam das duquesas?
Janeiro de 1834
Dois anos, sete meses antes. Menos cinco dias.
Highley Manor
Ela não deveria ter vindo. Tinha sido irresponsável além da conta. Ela
tomou essa decisão em um ataque de emoção insuportável,
desesperada por algum tipo de controle nisso, o tempo mais fora de
controle de sua vida.
Se ela não estivesse tão gelada, nunca mais ela riria da louca ideia de
que ela poderia ter algum controle sobre seu mundo.
— Sua Graça?
Ela apertou sua mão. — Sera, — ela sussurrou. Ela ia morrer, e queria
que alguém dissesse seu nome e não seu título. Algo real. Algo que
parecia pertencer a ela. — Meu nome é Seraphina.
Mas o Duque não queria nada com as duas mulheres. Ele estava muito
focado no cirurgião ao lado de sua esposa.
— Ela vive, — grunhiu Haven, as palavras preenchidas de emoção que
ele não sabia que ele podia sentir. Mas então, ela sempre o fazia sentir.
Mesmo quando ele estava desesperado por não fazê-lo.
Quando ela acordou, Sera estava sozinha, numa sala cheia de luz cega.
Seu corpo doía em todos os lugares – nos ossos, nos músculos e em
lugares que não podia nomear. No lugar tão lindamente cheio de algo
mais que esperança, e agora estava tão devastadoramente vazio.
Ela moveu a mão no colchão, seus dedos rastreando a lã suavemente
trabalhada e intocada, linho imaculado no estômago, macio, inchado e
vazio. Uma lágrima derramou, correndo pelo seu templo, deixando
uma trilha de solidão enquanto escorria para dentro de seus cabelos e
desapareceu. Imaginou que carregava o último fragmento de sua
felicidade.
Além da janela, um brilhante céu azul brilhava, nublado por nada além
dos pesados painéis de vidros. Um ramo de árvore nu na distância
parecia mal formado, grandes manchas negras sobre ele.
Não há má-formação. Corvos.
Um para a tristeza. Dois por alegria.
Sua respiração enrolada em sua garganta.
— As lágrimas não vão trazer de volta.
Sera virou-se para a voz, temendo o que ela acharia. Não era seu
marido, mas sua sogra, que parecia praticar a habitação de salas em que
não era bem-vinda. Na verdade, a dupla da Havaí era regularmente
presente no pior dos quartos. Os que destruíram sonhos. A mulher era
um tomador de tristeza. Mesmo que Sera não soubesse em sua alma
que a criança tinha desaparecido, a presença da viúva provou isso.
Sera desviou o olhar para a janela, para o céu além, brilhante e cheio de
promessas roubadas. Para os corvos.
Três para um casamento. Quatro para um nascimento.
Ela não falou. Ela não conseguiu encontrar as palavras, e mesmo que
pudesse, não estava interessada em compartilhá-las com a outra
mulher.
A viúva encontrou palavras suficientes para ambos, no entanto,
aproximando-se, falando como se fosse o clima. — Você pode não
gostar de mim, Seraphina, mas você faria bem em ouvir.
Sera não se moveu.
— Nós não somos tão diferentes, você e eu, — disse a mulher mais
velha. — Nós duas cometemos um erro prendendo um homem em
casamento. A diferença é que meu filho sobreviveu. — Ela pausou, e
Sera desejou que ela deixasse a sala, de repente esgotada pela presença
da viúva. — Se ele não tivesse, eu teria corrido.
Correndo era um pensamento glorioso.
Ela poderia ultrapassar? A tristeza? A dor? Ela poderia ultrapassá-lo?
— Não houve amor perdido em nosso casamento. Assim como não há
nenhum perdido no seu.
Ela estava errada, é claro. O casamento de Sera foi todo amor perdido.
E agora, enquanto ela estava deitada sozinha nesta cama cegamente
branca, na sala cegamente branca, na casa opressivamente assustadora,
ela sabia que seu casamento nunca mais seria amor recuperado.
Porque nunca mais haveria amor de novo. Não é para Malcolm. Não
para o filho deles. Não para si mesma. Ela estava sozinha nesta sala e
nesta vida.
Se ao menos pudesse correr. Mas ele roubou sua liberdade tão bem
quanto ele roubou seu coração. E a felicidade dela. E seu futuro.
— Você é estéril.
Sera não sentiu nada nas palavras, que não tinham sentido no
momento. Ela não se importou com a notícia de futuro, crianças de
fantasia, apenas para a criança que ela havia perdido. A criança que
perderam.
Sua mãe nem sabia, nem se importava. — Você não pode dar a ele.
Alguém mais pode.
Ela olhou para sua sogra, em olhos azul cinza frio como a alma da
mulher. Sera não fingiu entender mal. Ela sabia que seu
desaparecimento era tudo o que essa mulher odiosa sempre quis. A
viúva havia detestado Sera desde o início – odiou as circunstâncias de
seu nascimento, o pai dela, um plebeu que tinha comprado seu
caminho para a aristocracia e sua mãe, disposta a fazer qualquer coisa
para escalar, que tinha arrancado seu caminho, cantando a todos os que
ouviria que sua filha mais velho havia capturado um duque.
Até esse momento, Sera tinha planejado ficar. Para ganhar o perdão do
marido. Para desafiar a fúria da viúva. Mas isso foi antes. Foi quando
pensou que eles poderiam ser um dia uma família.
19 de agosto de 1836
Câmara dos Lordes, Parlamento.
Ele estava tão bonito quanto ele havia sido. Ela não sabia por que ela
esperava que ele estivesse de outra forma: havia se passado três anos,
e não trinta, mas ela tinha esperado. Ou talvez não esperado, mas
esperava. Ela criou um sonho, pequeno e secreto, de que ele seria
menos perfeito. Menos bonito. Menos, parada completa.
Mas ele não estava menos. Em todo caso, ele estava mais.
Seu rosto mais anguloso, seu olhar mais consumidor, ele era ainda mais
alto do que lembrou. E tão bonito, mesmo quando ele se aproximou
dela, vestido com velhas togas parlamentares e a peruca em pó inata
que deveria ter feito dele parecer uma criança brincando com um
vestido elegante e, em vez disso, fez com que ele parecesse como um
homem com um propósito.
Ou seja, removê-la do chão da Câmara dos Lordes.
Ele separou os membros do Parlamento como um martelo de veludo
vermelho, encorajados pelas barrigas e zombarias desses aristocratas
reunidos, cujo desdém ela sabia muito bem de sua vida anterior.
Homens que poderiam arruinar uma mulher em um batimento
cardíaco. Destruir uma família e um futuro. E fazer tudo sem pensar
duas vezes.
Ela odiava todos, e a ele mais ainda.
Mas não por muito tempo.
Ela planejava colocar a aversão atrás dela agora que ela voltou, pronta
para esquecê-lo. Imaginou esse momento há meses, já que, antes de
retornar à Grã-Bretanha, todo o plano pretendia afrontá-lo até o ponto
de concordar com a dissolução do casamento. Pois, se houvesse algo
que Haven detestasse mais no mundo, era ser feito de tolo.
E foi assim que o mais poderoso de Londres, reunido para o último dia
da sessão parlamentar, testemunhou Seraphina, o sorriso vencedor da
Duquesa de Haven enquanto enfrentava o duque do mesmo nome pela
primeira vez em dois anos e sete meses. Exatamente. — Marido.
Por um momento, ele pareceu que ia dizer algo mais. Em vez disso, ele
balançou a cabeça. — Então. Você está de volta.
— Eu deveria?
1 . Decantador - Recipiente que serve para decantar líquidos (ex.: decantador de vinho, de conhaque etc.)
Ela teria dado tudo o que ela tinha para saber o que ele estava
pensando. — O divórcio lhe dará tudo o que você sempre quis.
Ele bebeu. — Como você já adivinhou que eu desejava ser encurralado
nos jornais de Londres?
— Você se casou com uma irmã Talbot, Sua Graça. — Cinco meninas,
consideradas infames pelos tabloides de fofocas de Londres, que as
haviam nomeado “As Cinderelas Borralheiras” – ou “As Irmãs Perigosas”
– filhas do Conde de Wight, que era minerador de carvão perito em
encontrar lojas valiosas de combustível - habilidade suficiente para ter
comprado um título. Condado ou não, o resto da aristocracia não
poderia estender a família, odiando-os por sua notável habilidade de
escalar, rotulando-as de “celebridades” por causa das celebridades. A
ironia, é claro, era que seu pai havia trabalhado por seu dinheiro, não
nascido em prestígio.
Quão atrasado era o mundo.
— Meu destino, então, uma filha perigosa.
Sera reteve o encolhimento pelo uso do apelido – aquele herdado por
todas as irmãs Talbot.
“Você me aprisionou.”
“Eu fiz.”
“Saia.”
— Não é apenas uma qualquer, — disse ela, recusando-se a se encolher.
— A mais perigosa.
Ele a observou por um momento, como se ele pudesse ver seus
pensamentos. Ela resistiu ao desejo de se mexer. — Se você não quer
me dizer para onde você foi, então talvez você me diga por que você
voltou?
Ela bebeu, considerando a mentira que ela teria que contar. — Eu não
fui clara?
— Você acha que o divórcio é tão facilmente obtido?
— Eu sei que não é, mas você preferiria... isso?
Ele não desviou o olhar, seu olhar tão perturbador, parecendo ver tanto,
mesmo que escondeu tudo. — Nós não seríamos os primeiros a sofrer
um casamento sem amor.
Eles nem sempre foram tão sem amor.
— Já sofri o suficiente. — Ela abriu as mãos. — E, ao contrário do resto
da aristocracia, não tenho motivos para não acabar com nossa infeliz
união. Não tenho nada a perder.
Ele olhou para ela com um olhar. — Todo mundo tem algo a perder.
Ela combinou com um dos seus. — Você esquece, marido. Eu já perdi
tudo.
Ele desviou o olhar. — Eu não me esqueço. — Ele bebeu, e ela observou
os músculos em sua mão apertar e esticar contra o copo, uma pequena,
secreta e trancada parte dela imaginando.
Essa parte poderia permanecer bloqueada. Ela não se importava com o
que ele lembrasse.
Ela se preocupava apenas com o fato dele ser um homem muito
poderoso, com recursos notáveis, e que a dissolução de seu casamento
era essencial para a vida que ela havia escolhido. Aquela que ela tinha
construído em cima das cinzas da vida que ela tinha deixado. — Deixe-
me estar completamente clara, Haven, — disse ela, forçando a
formalidade. — Esta é a nossa única chance de nos livrarmos um do
outro. Para que possamos nos livrarmos do nosso passado. — Ela fez
uma pausa. — Ou você teve outro plano para exorcizar os demônios do
nosso casamento?
Ele exalou, dirigindo-se a mesa, como se tivesse terminado com a
conversa.
Ela o observou, considerando sua ação. Imaginando o que ele estava
pensando. — Você fez?
— Eu fiz, de fato.
— Quatro anos depois? A lei exigia que sete anos se passassem antes
que uma pessoa pudesse ser declarada morta. — Ele desviou o olhar.
Seu olhar se estreitou. — Você diz isso como se você não pretendesse
usar esses mesmos fundos para convencer o Parlamento de nos
conceder um divórcio – algo tão exorbitantemente caro que houve, o
que, duzentos e cinquenta autorizado? Sempre? Na história?
A insinuação que ela arruinou e o que eles poderiam ter tido não
deveria ter surpreendido ela, e ainda assim, movendo-a para encontrar
suas palavras e golpear seu próprio golpe. — Nunca foi triunfo. Foi o
pior erro da minha vida.
Seu objetivo era verdadeiro. Ele a soltou. Graças aos céus. — Você
recebeu seu título, não foi? E suas irmãs, a compra que elas exigiram
para escalar os muros da aristocracia. E sua mãe, a voz para curtir seu
triunfo ao mundo. Sua filha mais velha aprisionou um duque.
Ela sacudiu a cabeça, odiando-o por estar tão perto. Odiando por
querer ele, mesmo que não quisesse nada com ele. — Eu não quero mais
isso.
Seus lábios se abaixaram em uma linha fina e reta quando Sera passou
por ele, em direção à porta da câmara, seu coração batendo contra sua
proximidade, de memória e pânico e outra coisa que ela não quisesse
citar. Ela soltou a respiração que ela estava segurando em uma longa e
lenta exalação quando ela alcançou o punho da porta.
Ela voltou para descobrir que agora olhava pela janela, atravessava os
telhados de Londres, a luz solar dourada e líquida brilhando ao redor
dele como um halo, marcando os ombros largos, a coluna lisa, os braços
fortes e os quadris estreitos. Ela se odiava por notar cada parte disso.
Por lembrar da sensação disso. O calor dele.
— Malcolm, — ela disse, a alça já se virou para ela. Ele se acalmou pelo
uso de seu nome, mas não olhou para ela, nem mesmo quando ela disse,
orgulhosa e clara — Eu sinto que devo ressaltar que, enquanto as
infidelidades de um marido não podem ser motivo de divórcio, a da
esposa é uma coisa completamente diferente.
3Boadicea foi a rainha dos Iceni, uma tribo celta que liderou uma enorme revolta contra as forças de ocupação do Império
Romano na Grã-Bretanha, nos anos 60 d.C. durante o reinado do imperador Nero.
Escândalo e um marido tão irado, ela imaginou que seu divórcio viria
rápido e sem hesitação.
Capítulo 4
: :
Muito bem, Serafina!
O Duque Doe-eyed encontra seu jogo
1 de março de 1833
Três anos, cinco meses e duas semanas antes
Mayfair, Londres
— Não?
Haven teve que trabalhar para evitar que o mandíbula caísse. Quando
foi a última vez que uma mulher falou com ele assim? Quando foi a
última vez que alguém falou com ele assim?
Mayweather riu. — Quem quer que você seja, você o deixou sem
palavras. E eu serei o primeiro a dizer que pensei que era uma
impossibilidade.
— Uma pena, — ela atirou das sombras. — Eu esperava que ele
continuasse sua dissertação edificante: Manipuladores do mercenário,
uma meditação sobre o papel das mulheres no mundo. É positivamente
Wollstonecraftian4.
Finalmente, Haven encontrou sua língua. — Os homens de Londres
estariam melhores se prestassem mais atenção aos meus pontos de vista
sobre esta questão em particular.
— Sem dúvida, isso é verdade, — ela provocou, e ele achou que gostava
do calor que o inundava com suas palavras. — Diga, bom senhor, como
é que você é um especialista em mulheres? Do que você chamou eles?
Belos anzóis?
Por um momento, ele considerou a ideia dos belos ganchos desta
mulher... de unhas na pele. Dentes nos lábios. Ele afastou os
pensamentos. Ele nem a tinha visto. Não tinha necessidade de fantasia
com uma mulher na escuridão. Ele atirou o olhar mais desdenhoso em
sua direção. — Experiência.
Ela riu, o som lambeu sobre ele como pecado. Ele se endireitou. Quem
era ela? — Você é tão desejado assim? Para que você possa ver um
ladrão de títulos a trinta passos?
Ela se moveu enquanto falava, subindo os degraus. Chegando mais
perto. Ela não estava a trinta passos de distância. Estava a dez passos
no máximo. Cinco, se ele alongasse o seu passo.
Seu coração correu.
E isso foi antes que ela entrou na luz, brilhando como uma maldita
deusa.
4
Wollstonecraftian – Especificamente, as alusões de Mary Shelley ao que os radicais acreditavam ser uma revolução
fracassada na França e as respostas de Godwinian, Wollstonecraftian e Burkean, desafiam" a fé do Iluminismo na
inevitabilidade do progresso através de esforços coletivos.
Ele saiu da balaustrada sem pensar, como um cão babado por uma
vantagem. Ele não a reconheceu, o que parecia impossível, já que ela
tinha cabelos escuros e pele clara, com os olhos como safiras. Era difícil
de acreditar que essa mulher tão perfeita – e esta boca-inteligente -
ficaria sob as normas da Sociedade.
— Meu senhor, se me permite opinar, você não deve ouvir seu amigo
insensível. Se a senhora diz que ela cuida de você, acredite nela.
Ela assentiu com convicção. — Muito bem então. O amor é tudo o que
é necessário. — E então ela sorriu e Haven teve problemas para
respirar.
Era obvio, é claro. Era um tipo de jogo que ela estava jogando, para
tentá-lo. E, apesar de conhecê-lo, ele se viu tentado, no entanto. — Eu
devo acreditar que você não me conhece?
Ela não o tinha. Ele não deveria ser tido. — Sua Graça, — disse ele.
— Você nunca discutiu com eles? — Era honestamente possível que ela
não tivesse ideia de quem ele era?
Seus lábios se contraíram com diversão. Ela estava fazendo um tolo
dele. Não, ele estava fazendo um de si mesmo. Para ela. Como um
imbecil. — Eu não tenho amigos; Eu tenho irmãs. E eu não sei por que
elas devem saber ou se preocupar com você.
Mayweather bufou nisso, claramente desfrutando observando ele se
enganar. E ainda assim, Haven não conseguiu detê-lo. Ele abriu os
braços. — Eu sou Haven.
Ela riu então. — Bem, você certamente tem uma alta opinião sobre você,
o céu.
Mayweather riu e Malcolm ficou irritado. — Haven. Como em, o
Duque.
Não houve uma onça de reconhecimento em sua resposta. — Justo.
Então eu levo tudo de volta. Não há dúvida de que um espécime
masculino jovem e bastante bonito que leva um título apropriado, você
deve ter cuidado. As mulheres, elas devem reinar positivamente.
Lá. Ela finalmente entendeu. Espera! Ele piscou. Bastante bonito?
Quem era ela? Além de ser a única mulher mais irritante em toda a
cristandade, isso foi. Ela voltou sua atenção para Mayweather,
descartando Malcolm. — Boa noite, meu senhor. E posso dizer boa
sorte?
O marquês inclinou-se. — Obrigado senhorita... — Ele parou, e ocorreu
para Haven que Mayweather não era tão ruim depois de tudo – se ele
descobrisse o nome da menina, era isso.
Um amplo sorriso e bem-vindo em seu rosto, e Malcolm sentiu o calor
dele como o sol. — Que choque. Parece que você também não sabe
quem eu sou.
Ele piscou. — Nós deveríamos?
— Não, — ela respondeu: — Eu não sou o céu, afinal... — Exceto que
ela malditamente parecia um céu. Mas ela estava girando o punho da
porta. Ela estava deixando ele.
— Pare! — Ele disse, odiando o desespero em sua voz. Ele podia
praticamente ouvir a cabeça de Mayweather encostar-se para olhar
para ele, e de repente, Haven não se importava nem um pouco. Porque
ela parou, e isso era tudo o que importava. — Você não pode sair sem
nos dizer quem você é.
Seu olhar brilhava à luz das velas. — Oh, acho que posso.
Haven acenou com a mão. — Certo. Ela parece adorável. Muito bom
para este imbecil. Ele vai precisar do seu conselho se ele deve mantê-la.
Em vez disso, ele lhe ofereceu o seu sorriso mais encantador e disse: —
Vamos começar de novo. Eu sou Malcolm.
Para a vida dele, ele não tinha ideia de por que achava necessário
oferecer seu nome, que ninguém havia usado em vinte anos.
— Ela é. De fato...
Não. Mais Helen. — Na verdade, você deve ir até ela e dizer-lhe isso,
— Haven interrompeu, agarrando a música que se deslocou do salão
de baile para a varanda privada. Apegado a ele. — E dançar com ela.
As mulheres gostam de dançar. — As sobrancelhas do anjo se
divertiram quando ele insistiu. — Vá, Mayweather.
Ele colocou os lábios sobre os dela, o fogo se espalhou por ele enquanto
ela respirava, então suspirou, baixinho e doce, enquanto ele lambia
suavemente aquele lábio inferior cheio, macio e doce o suficiente para
fazê-lo doer. — Apenas um gosto, — prometeu ele mesmo. Dela. —
Abra para mim, amor.
E ela fez, deixando-o entrar, seus lábios macios e sua boca calorosa e
bem-vinda, a língua encontrando o dele, provando, tentando,
provocando perfeitamente, como se estivessem destinados a isso.
Como se tivessem vivido suas vidas inteiras para se encontrarem aqui,
nesta varanda escura, e se incendiarem.
Não havia nada hesitante nessa bela mulher, nada tímida ou pequena.
Ela era selvagem e apaixonada, e quando ela chegou até os dedos dos
pés, uma mão enluvada que serpenteava e enrolava na parte de trás do
pescoço, alcançando, puxando-o para baixo, apertando-se, oferecendo-
se a ele, percebeu então, que não era ela quem estava arruinada.
Era ele.
Capítulo 5
: :
Seraphina - Plano Armado Com o Americano!
22 de agosto de 1836
The Singing Sparrow
Covent Garden
— Então, para ser claro, você disse que estava tendo um caso.
Sera colocou a caixa de velas cônicas e olhou para o americano apoiado
no bar do Singing Sparrow, a mais nova taberna de Covent Garden. Ela
conheceu Caleb Calhoun em uma taberna similar em Boston,
Massachusetts, meio dia depois que seu navio de Londres atracou no
porto.
Ela estava em busca de comida real e quente – algo melhor do que a
carne curada e vegetais decapados que haviam desempenhado o papel
de sustento durante a viagem transatlântica de um mês – e ela tinha
sido apontada na direção de The Bell in Hand Taberna, a três portas das
salas que ela deixara enquanto considerava seu próximo movimento.
O americano tinha saído de sua cadeira quando entrou, aproximando-
se grande ao lado de um punhado de outros personagens menos
imponentes e mais perigosos, tornando-se seu protetor naquele dia. E
no próximo. E no próximo... E logo, ele não era simplesmente um
americano, mas seu empregador. Então, seu parceiro de negócios. E
então, o amigo mais querido que já teve. Logo, a única pessoa no
mundo que sabia tudo sobre ela, e o único que não exigia nada dela em
troca.
Que ele também era o único que a manteve sincera era um dos seus
pontos menores neste momento particular. Mesmo assim, ela
continuou. — Eu não disse isso a ele.
Sera não gostou do modo como Caleb a encarou com seus olhos verde
e franco, como se fosse uma pergunta perfeitamente simples e ela
tivesse fornecido uma resposta inaceitável. — Eu não fiz! — Ela insistiu.
— Na verdade não.
— Na verdade não, — repetiu Caleb. — Sera, eu não gosto da ideia de
ser assassinado por algum aristocrata sem aviso.
— Você acha que muitas pessoas gostam da ideia de seu próprio
assassinato?
Ele mudou o olhar – ela imaginou irmãos reservados para as irmãs mais
insuportáveis. — Há dias em que não me oponho à sua ideia.
Particularmente se o seu duque adorável vem depois atrás de mim.
— Eu asseguro-lhe. Ele não é adorável.
Ele viu o oposto três dias antes. Ele achou positivamente impassível
para que ela aparecesse.
Caleb grunhiu.
Sera ignorou o desacordo tácito. — Não é como se eu chamasse um
homem e fornecesse uma descrição física. Simplesmente sugeri que se
ele quisesse se divorciar de mim por motivos de adultério, não me
oporia a essa solução.
— Esse é o tipo de argumento significativo que uma inglesa usaria.
Ela deu uma olhada. — Eu sou uma inglesa.
— Ninguém nunca disse que não poderia tentar um pouco mais difícil
jogar o jugo, querida.
— Por favor. Todos sabem que a metade dos divórcios concedidos pelo
Parlamento é feita assim que os maridos e esposas concordam. Estou
mais do que feliz em jogar a adúltera se isso me ajudar a colocar esse
lugar em meu nome.
O que seria feito. No momento em que o casamento for dissolvido, The
Singing Sparrow seria dela, e ela poderia começar de novo. Sem o
passado e os fantasmas que a assombraram.
— Tudo o que eles têm a fazer é vê-la arder uma bebida ou duas, e todos
acreditarão que você está devidamente acabada, — respondeu Caleb.
— Uma menina pode sonhar. — Ela brindou e bebeu — Não sou uma
duquesa muito boa, sou?
— Eu não sei muito sobre duquesas, mas o que posso dizer é que você
não é nada como aquela que vagou na rua como um cordeiro perdido,
então há esperança para você ainda, — ele permitiu, cruzando o seu
braços sobre o amplo peito. — Mas, voltando ao tópico em questão,
você implicou que estávamos tendo um caso.
— Eu não fiz. Eu simplesmente disse um fato. Se ele inferisse tal coisa...
Caleb riu. — Então ele simplesmente agiu como você pretendia. E
quando ele descobrir quem atracou nas docas ao seu lado... Estou na
mira da ira do duque. E então teremos que lutar. E então... — Ele acenou
com uma mão dramática. — Não teremos escolha senão estar em guerra
novamente.
— Você percebe que você não é um embaixador de qualquer tipo, não
é? — Sera levantou a caixa de velas e andou entre as mesas espalhadas
pela taverna vazia, alisando as cadeiras. — Eu não posso ser
responsável pelo que o homem pensa, Caleb, — disse ela, as palavras
suficientemente altas para percorrer a sala vazia. — Mas eu posso dizer
que não imagino que ele se preocupe o suficiente com as minhas ações
nesses últimos três anos para ter muitos problemas.
Caleb deu um pequeno resmungo incrédulo. — Isso é uma besteira e
você sabe disso.
Sera ignorou o idioma grosseiro. — Se ele estiver com raiva, não terá
nada a ver com você, e tudo a ver com a forma como arruinei seu legado
precioso. Novamente. Eu não me preocuparia com seu rosto. O que não
é realmente tão bonito, — ela provocou. — Ninguém gosta de um nariz
quebrado.
Havia poucos lugares melhores do que uma taberna vazia e escura para
cantar, as notas claras no silêncio, sem obstáculos com óculos tingidos
e conversas curiosas e cadeiras raspantes, a melodia encontrando
compra nos cantos escuros da sala, desaparecendo aos sussurros,
fazendo lembranças nas paredes para ser lembrado por estranhos.
Seus pés quase não tocavam o chão quando a porta principal da taberna
se abriu, deixando um dilúvio de luz solar do final da tarde. O olhar de
Caleb passou por ela até a imponente figura na entrada. — Você me
deve cinquenta dólares, Duquesa.
Janeiro de 1835
Um ano, sete meses antes
Boston, Massachusetts.
Malditas mulheres e sua lealdade. Elas não queriam que ela fosse
encontrada? Elas não viram que ela poderia estar em perigo? Elas não
viram o que poderia vir de sua partida? Ela poderia estar... Ele balançou
a cabeça e parou o pensamento. Ela não estava morta. Se ela estivesse
morta, ele saberia. Mesmo agora, depois de tudo o que tinham passado,
depois de toda a tristeza e o ódio, ele saberia se ela estivesse morta. Mas
foi quase o mesmo. Pior, talvez, por causa da promessa persistente,
cintilante, quase impossível. Por causa da memória que veio com ela,
impossível de esquecer. Ele não conseguiu esquecer um instante dela.
Não desde aquela noite, quando ele saiu de um salão de baile lotado
para uma varanda em busca de ar fresco, e lá estava ela. Como se
estivesse esperando por ele.
Suas palavras ecoaram no vento frio. Ele não tinha acreditado nela. E
agora, ele não se importava se ela estivesse esperando por ele. Ele só
podia esperar que o esperasse agora. Aqui.
Fez um ano desde que ela partiu, quase ao dia, e ele descobriu que, com
o passar do tempo, ele só se tornou mais determinado em sua busca por
ela. Não ajudou que o aniversário de sua partida marcasse um
aniversário diferente – um que causasse dor no peito que não podia ser
aliviado. Uma dor que ele conhecia, ela também sentia. Ele não poderia
trazer de volta sua filha. Isso, Haven sabia, assim como ele sabia que
nunca haveria outra.
Mas ele poderia amá-la bem, e em voz alta. Ele poderia consertar o que
ele havia quebrado. E isso poderia ser suficiente.
Ele viajou pela metade do mundo para seus países mais velhos, mais
veneráveis e mais poderosos. Ele não estava prestes a deixar que os
Estados Unidos o impedissem.
Era uma sala cheia e mal iluminada, e ele não podia estar seguro de que
não estava lá. Havia uma mulher, foi-lhe dito. Canta como um pássaro
do verão. Os cabelos escuros e um rosto tão perfeito que pelos rumores
achavam que ela era francesa - não eram belas mulheres francesas? -
mas era possível que ela fosse inglesa. Ela apareceu do nada três meses
depois de Sera o ter deixado. Eles a chamaram de The Dove.
Mas os sonhos não eram realidade. Seraphina não estava nesta sala.
Haven comprou uma cerveja e, colocando as costas para o bar,
considerou a montagem. O tempo estava certo. Talvez ele estivesse
desesperado. Talvez ele estivesse louco. Mas o momento estava certo, e
pareceu certo. Ela era escura e linda, alta e elegante, e ela cantaa como
um anjo.
Seu olhar caiu em uma entrada na parte de trás da sala, sugerindo mais
espaço, prometendo mais pessoas. Prometendo-a. Ele se dirigiu para
isso. Poderia alcançá-lo, se não pela mão pesada que veio ao seu ombro.
Haven esvaziou sua jarra e colocou-a na barra, depois extraiu sua bolsa
e retirou várias moedas. Estendendo-os ao outro homem, ele disse: —
Me dê cinco minutos na outra sala. Eu não vou quebrar nada.
As palavras eram baixas o suficiente para não terem sido ouvidas por
ninguém, mas Haven, mas eles pareciam silenciar o quarto no entanto.
Ele dirigiu seu desprezo ao outro homem, que tocou sua esposa com
um conforto tão casual que não havia dúvida de sua intimidade.
Ela tinha sido infiel. Ele não deveria se importar com isso. Não deveria
ter ficado surpreso com isso. Afinal, fazia anos.
Mentira.
Outra mentira. Essa mulher não precisava dele. Sempre que ele a
procurara, ele a imaginava terrível. Fraca. Arruinada. Esta mulher não
era nenhuma dessas coisas. Não havia nada encolerizado por ela. Em
vez disso, ela era toda a força.
Ela não era nada como a mulher que conheceu naquela longa noite anos
atrás naquele baile de Worthington. Exceto... ela era. Essa mulher tinha
sido ousada e impetuosa. Ela levantou-se para ele. Ela o atraiu como
uma chama quente em uma noite fria. E durante semanas depois, sua
boca inteligente o tentou tanto quanto o corpo quente dela.
E então ele descobriu a verdade - que nenhum de seus namoros era real
- e ela mudou. Ela se acalmou. Ela se apagou. Ela empalideceu.
E agora, aqui, com a distância dos anos entre eles, aquela noiva calma
e silenciosa havia desaparecido, voltou para a mulher forte e ousada
que ela já havia sido. Mais forte. Mais clara.
Mais bonita.
— Claro que você teria. E eu não queria. Não queria a raiva. Eu tinha o
suficiente disso mesmo. E eu não queria o arrependimento. Eu também
tive o suficiente disso. E o que mais estava lá? Pena? Não, obrigado.
Desejei um futuro livre de tudo isso. E você também deveria.
Caramba, ele não queria outro futuro. Ele queria aquele que o tentou
há tantos anos atrás. Seu futuro. O deles. Ele havia procurado, excitante,
em todo o mundo. Ele queria gritar a verdade para ela. Que ele esteve
em Boston. Que ele havia procurado o continente. Que ele não dormiu
em dois anos, sete meses. Que ele só a quis.
E ele poderia ter, se não tivesse parecido que ela não queria nada com
ele.
— Você deseja que seu adultério seja tornado público? — Ele foi
rebitado com a graça dela quando começou a acender as velas no palco.
Ele queria ser o futuro dela. O que significava que ele teria que ganhá-
la.
— Venha comigo.
Ela voltou para as velas. — O que é isso, algum grande plano para me
curar de novo? Como se estivéssemos em algum tipo de romance
romântico?
— Nós não estamos em uma novela romântica, Haven. Esta não é uma
história de amor.
Seu olhar se estreitou. — O que você pretende fazer com seis semanas
da minha companhia?
Ele ouviu sua respiração aguda, e era sua vez de sentir-se satisfeito.
Para sentir como se ele tivesse ganhado. Sua vez de sorrir.
Capítulo 8
: :
O Escândalo Mais Lento da Temporada: Marcas
do Tempo Para Tick Tock Talbot!
Abril de 1833
Três anos, quatro meses antes
— Beethoven?
Seraphina ergueu os olhos do pianoforte para encontrar sua irmã
Sophie no conservatório, uma música em uma mão, um olhar
expectante em seu rosto.
Sera enrugou o nariz. — Muito bombástica.
Sophie voltou para a pilha de música. — Hinos?
— Demasiado piedoso.
— Baladas infantis?
Sera sacudiu a cabeça.
— Mozart?
Sera riu e tocou nas teclas do piano, tocando uma pequena música
improvisada. — Thomas Moore.
Sera estendeu a mão para amortizar o papel com carinho. — Se ele não
fosse o dobro da minha idade e casado com uma atriz, eu estaria
inclinado a fazer exatamente isso, honestamente. — Ela tocou as
chaves, encontrando as notas de abertura da música, amando a maneira
como a lavaram. Ela não precisava da partitura. Não por isso, nem por
nenhuma das outras peças de Thomas Moore.
Sera ficou quente com as palavras e perdeu uma nota. — Ele não é meu
duque.
Exceto que ela pensava que era. Mesmo que ela não pensasse nele como
um duque. Ele não era um duque. Ele era Malcolm. Ela é Malcolm.
Todos os sorrisos e toques e beijos como uma promessa. E cada um
deles para ela. Eles se viram dezenas de vezes nas seis semanas desde
que se conheceram, em público e privado, e sempre sentiram como se
fossem os dois sozinhos. Como magia.
— Então ele deve ser. — Sophie virou a página da música, embora Sera
não precisasse, enquanto ela deixa a música assumir.
Ela cantou: “É a última rosa do verão, deixou florescendo sozinho; Todos os
seus adoráveis companheiros estão desbotados e desapareceram”. — A música
sempre a fez doer. "Nenhuma flor de sua parentela, nenhum rosebud está
perto, refletir de volta a sua rubor ou dar suspiro por suspiro.”
Sophie olhou para ela. — Parece que você está com problemas.
Embora Sera não pudesse pela vida de seu divino o que significava que
esses pensamentos deveriam ter.
Sera olhou para as irmãs dela... as irmãs sujas, nunca são bem-vindas
na sociedade, sempre sujeitas de desprezo e especulação. Seleste e seu
conde empobrecido. Seline, muito inteligente para seu próprio bem.
Sesily, muito impetuoso de ser uma boa mulher aristocrática. E Sophie,
pobre e tranquila Sophie, a quem o mundo inteiro pensava. Quem
cuidaria delas?
— Mãe... — Sophie falou. — Sera não deveria ter que se casar com a
gente.
A única que ficou em silêncio foi Seleste. Seleste, que estava sendo
cortejado por um conde empobrecido. O melhor título que as irmãs
Talbot poderiam esperar. Muito abaixo do de um duque rico e perfeito.
Um duque rico que nunca havia dito uma palavra sobre casamento.
Sua mãe falou novamente, fria e séria, para Sera sozinha. — Você vai
parar essa perseguição embaraçosa. Você encontrará um homem que
se casará com você. E você se casará para garantir o futuro de suas irmãs
e os seus. Esta temporada, antes que o moinho de fofocas a destrua para
sempre. Porque o casamento é como as mulheres ganham. — Ela se
virou para o resto de suas filhas. — É hora de você ver isso. O título de
seu pai nunca irá obter o respeito que você merece. E você não tem um
irmão para protegê-la. Algum dia, Papai se desviará, e terá de se afastar
por si mesmo e para fazer isso, você terá que se casar. E a única maneira
que você vai fazer bem é que sua irmã arrume a bagunça que ela fez.
Ela olhou de uma irmã para a outra, cada uma com os olhos arregalados
com tristeza e outra coisa. Algo surpreendentemente como o medo.
Ela adiou a viagem por vários dias, imaginando, ela supôs, que ele
poderia esquecer seu acordo. Ela teria deixado isso mais tempo se
pudesse, mas Haven havia enviado uma mensagem para The Singing
Sparrow que, se ela não chegasse hoje - dez dias desde a apresentação
parlamentar, como ele se referiu a ele - então ele mesmo iria voltar para
buscá-la.
— Oh, sim, — disse Seline, seca como areia. — Ninguém esperaria isso
de nós.
— Oh, por favor. Você é tão amplo quanto um galho, — disse Sesily. —
É impossível espremer você. Pressione.
— Estou simplesmente dizendo que você faria bem em lembrar que sua
bondade poderia significar a diferença na trajetória. E com Sophie com
criança. . . Nunca se sabe o que poderia simpaticamente seguir minha
própria e infeliz projeção.
Seline enrugou o nariz e olhou para Sophie. — Você não se atreve.
Sophie encolheu os ombros, um brilho nos olhos, seu leque voando pelo
ar.
— Ninguém nunca. — Seleste gemeu. — Lembre-me novamente por
que estamos todos nesta carruagem quando todas temos maridos e
carruagens nossas?
Quando Sophie, Seline e Sesily falaram, estava em uníssono. — Por
Sera.
Seleste assentiu e suspirou. — As coisas que fazemos para as irmãs.
Sera olhou para a janela, incapaz de falar pelo nó que se formou em sua
garganta com as palavras. Ela tinha partido há três anos. Ela partiu sem
dizer uma palavra, sem parar para contar a sua família - a quem ela
sempre amou além da razão - o que aconteceu. Ela lançou uma nota
através de suas lágrimas nas docas de Bristol, apenas falando para eles:
“Ela não viveu. Eu estou indo para a América.”
E uma vez em Boston, ela não escreveu, com muito medo do que a
caneta da fixação do papel pode liberar. Tristeza. Dor.
Arrependimento. Ela tinha ficado longe, e eles viveram suas vidas. Mas
quando ela voltou, eles não hesitaram. Eles retomaram sua devoção
leal, como se ela nunca tivesse saído.
Apesar de ter perdido tanto. Dois casamentos. Quatro crianças.
Aniversários, bailes e escândalos e tanto que pareciam menos
importantes e infinitamente mais. Seu peito apertado com emoção, Sera
inalou bruscamente na carruagem silenciosa, nada mais que as rodas
de barulho nas pedras para cobrir o som.
Sophie inclinou-se para a frente, cruzando a mão para colocar as mãos
nas saias de Sera. — Sera.
Sera sacudiu a cabeça, incapaz de encontrar palavras.
— Você não precisa dizer nada, — disse ela. — Estamos ao seu lado.
Sera olhou para a irmã, aquela que ela lembrava, segurando como bebê.
Querida Sophie, que sempre foi a pessoa tranquila. A despretensiosa.
Fora de lugar. Exceto nunca despretensiosa. Quando chegava a hora de
mostrar lealdade, Sophie estava sempre disposta a lutar.
Foi Sophie que tinha empurrado Haven diretamente em um tanque
com peixinhos quando elas se depararam com ele em uma festa de
jardim com outra mulher. Ele acreditando que Sera o traiu.
Acreditando que ela mentiu, e não apenas em omissão.
Foi Sophie quem a defendeu, mesmo que não se tivesse defendido.
As ações tinham arruinado a reputação de Sophie sumariamente.
Alguém não batia em um Duque sem repercussões – nem mesmo um
Duque a quem você era parente. E ainda assim, sua irmã não hesitou.
E, sinceramente, a imagem de Haven com a cintura afundada em um
viveiro de peixinhos não era indesejável nas noites mais sombrias de
Sera.
Mas Sophie estava errada. Sera teve que falar agora. Mesmo que apenas
para dizer: — Estou muito feliz por estar... — Ela parou, incerta do fim
da frase. Parecia possível que ela pudesse terminar com “em casa”.
Certamente, uma cena como essa, em uma carruagem lotada com suas
irmãs – que antes conhecera o seu melhor no mundo – estava em casa.
Mas as coisas mudaram. E então houve um tempo – fugaz e desastroso
– quando sua casa fora onde Haven estava. E então tinha havido a
esperança de voltar para casa, perdida com a criança que tinha sido tão
cheia de promessas. Agora, a verdade – lar era uma coisa estranha e
efêmera. Era possível que ninguém conhecesse honestamente seu
abraço?
Não. A casa não era o que a fazia feliz naquele momento.
Ela forçou um sorriso. Olhou para cada uma de suas irmãs por sua vez.
— Estou muito feliz por estar com vocês.
Isso era verdade. Mesmo enquanto caminhavam para Highley, onde
ela combinaria seu marido com outra. Como se fosse uma coisa
perfeitamente comum para uma esposa encontrar sua substituta. Como
se não estivesse falando que ele claramente estava planejando substituí-
la todo o tempo.
Não que isso valesse. E não. Na verdade não. Era apenas orgulho.
Era isso.
Ela olhou para Sesily, que, claro, foi a primeira a pular a brecha. Sesily
nunca tinha ficado quieta em sua vida quando havia algo importante a
ser dito. — Sim?
5
Bollocks – é uma palavra de Inglês, significa " testículos". Frequentemente usada como substantivo para significar "absurdo",
um palavrão que segue um acidente menor ou infortúnio, ou um adjetivo para significar "má qualidade" ou "inútil".
— Reivindicado. — Sera riu, curtindo o sentimento, raro e bem-vindo.
— Ele é muito bonito, de fato.
— Claro que não. O que, com o horrível Haven, deve ter... — Seleste
disse, cortando-se antes que ela pudesse terminar a frase, resultado das
miradas combinadas e pontudas de suas irmãs. — Não importa.
Sesily encontrou seu olhar sem hesitação. — Você não mereceu nada
disso.
Sesily assentiu. — Deus sabe que isso é verdade. Mas você não fez. E
você deve saber disso.
Capítulo 10
: :
A Filha Perigosa Derruba Duke!
Abril de 1833
Três anos, quatro meses antes
Highley Manor
Capítulo 11
: :
Abertura de Talbot; Haven Horrorizado!
Ela tinha, no entanto, e elas eram reforços da mais alta ordem, pois não
havia quatro pessoas no mundo que o aborrecessem mais do que suas
cunhadas.
Ele era um homem inteligente, gostava de pensar, mas ele não tinha
uma única ideia de como proceder a partir desse curso exato, exceto
para estreitar o olhar para as quatro mulheres que permaneceram na
carruagem, cada uma obviamente resistindo ao desejo de rir.
Correção. Três resistiram ao desejo de rir. Pois sua esposa estava rindo.
Com o que parecia ser um imenso prazer, e maldito se ele não aquecesse
o som - um de seus favoritos. Mesmo que ele não se preocupasse com
a situação que a inspirou.
— Você entende o suficiente de minha mãe para saber que ela nunca
teve a vida em seu pensamento espiritual, e você acha que ela me
chamou de anjo.
O silêncio que caiu entre eles deveria ter ficado desconfortável, cheio
desse dia há muito tempo nesta mesma casa, quando ela e sua mãe
tinham pousado um duque. Mas não era desconfortável, nem mesmo
quando convocou a memória do horror em seu rosto quando percebeu
que eles colocariam uma armadilha para ele.
E o tinham preso. Ela o aprisionou. Porque ela nunca quis nada além
dele, e ela acreditava que ele não a teria sem ela. Que ele era muito alto
e ela muito baixa, e a felicidade não era para eles.
— Wisteria7.
Ele sorriu por isso, cheio e bonito, e ela odiava a pitada de prazer na
curva de seus lábios. Odiou que o fantasma passasse por ela, lá e fosse
tão rápido, que ela nunca teria percebido isso se ela não estivesse tão
consciente. E por que? Ele não era senão uma barreira entre ela e a
liberdade.
— Suas irmãs não podem protegê-la o tempo todo, você sabe. Devemos
ter que interagir em algum momento.
Ela se clausurou com elas depois de sua chegada no outro dia, tentando
esquecer que ele estava na casa mesmo enquanto elas se preparavam
para o que estava por vir. — Nós não precisamos estar sozinhos para
interagir.
Ele levantou uma testa. — Você está com medo de estar sozinha
comigo?
7Wisteria - é um gênero de plantas com flores na família das leguminosas, Fabaceae (Leguminosa), que inclui dez espécies de
videiras de escalada lenhosa nativas do leste dos Estados Unidos e da China, Coréia e Japão. Algumas espécies são plantas
ornamentais populares. Uma planta de florestação aquática com gengibre comum ou "glicínia de água" é de fato Hygrophila
difformis, na família Acanthaceae
Ela tentou novamente. — Oh, sim, Sua Graça, casar com você foi a
grande maravilha da minha existência.
Ele olhou pela janela. — Preciso lembrar que quatro mulheres querem
uma vida comigo tão mal que elas estão vindo aqui para competir por
isso?
Ela deu uma pequena risada. — Você acha que elas querem isso? Elas
não querem. Eles simplesmente pensam que não têm outra escolha
além de disputar sua atenção. — Ela hesitou, então: — Como você
selecionou as pobres garotas?
— Não é tão difícil encontrar mulheres solteiras com interesse em se
casar com um duque.
— Nem mesmo um duque que foi amarrado ao escândalo há anos?
— Não é assim, surpreendentemente.
No entanto, não foi surpreendente. Ele era bonito e jovem e rico e
intitulado e qualquer mulher de mente sadia o desejaria.
Não foi isso que ela fez. — E elas estavam dispostas a esperar até que
você me declarasse morta? A caça ao marido leva mais paciência do que
eu lembro.
— Você era uma caçadora superior.
Ele não quis dizer as palavras do jeito que elas vieram, ela sabia. Mas
eles pisaram, no entanto, o lembrete da armadilha que ela colocaria. O
erro que ela cometeu.
Ela desviou o olhar, de volta ao sol, atravessando os campos. — Pouco
sabem que, em questão de semanas, sua atenção vagará para outro
lado.
Ela se odiava pelo amargor nas palavras. Depois de tudo o que
aconteceu, como foi que tropeçá-lo com outra mulher era o único que
parecia importar?
Odiou ainda mais quando ele disse: — Você me deixou...
— Você me mandou embora! — Ela disse, incapaz de manter a voz
erguida. — Você ficou na casa onde nós poderíamos ter construído uma
casa, o café da manhã do nosso casamento quase acabou, e você me
disse para te deixar. — Quando ele abriu a boca para responder, ela
descobriu que ela não havia terminado. — E você sabe o que é a grande
ironia disso? O mundo inteiro pensa que você me arruinou antes de se
casar comigo, quando a verdade é que eu não estava arruinada até
depois do fato. Você arruinou minhas esperanças. Meus sonhos. Meu
futuro. Você arruinou minha vida. E eu já tive o suficiente disso. Estou
aqui apenas por uma razão, Sua Graça. Eu quero minha vida de volta.
Aquela que você roubou.
Ela se virou de novo. — Você me afastou. — Era uma mentira, mas ela
falou de qualquer jeito, esperando que isso o machucasse.
O silêncio caiu, e ela ignorou isso, recusando-se a olhar para ele, mesmo
quando ele disse: — Eu me preocupava que estivesses morta. Os
médicos me disseram que você poderia morrer. Você tem alguma ideia
de como me senti ao saber que você poderia ter morrido?
— O que nos beneficia a ambos. Mas passar um tempo com você é uma
tarefa errada. Nós sempre gostamos muito nos momentos, Malcolm. E
eles nunca foram suficientes para compensar a forma como nos
machucamos.
Ela seguiu a direção de seu olhar até o local na distância onde uma
carruagem apareceu, maciça e negra como um besouro de verão,
puxada por quatro cavalos e um par de jeitos equivalentes. Seu coração
começou a bater. — A primeira chega.
Ele deu uma olhada. — Eu lhe asseguro que não tinha intenção que o
dia começasse às sete horas da manhã.
Sera não podia ajudá-la a sorrir. — Bem, Sua Graça, você deve admitir,
você é um verme terrivelmente gordo.
Ele a ignorou. — Mas por que oito carruagens? Eu apenas convidei
quatro. — Sua confusão ficou quase instantaneamente horrorizada. —
Querido Deus. Você não acha que elas trouxeram irmãs também, não
é?
— Elas não se atreveriam. As irmãs são minha arma. Essas meninas
precisam encontrar as suas próprias.
— É isso o que é então? Uma batalha?
Ela deu uma olhada. — É o casamento, Duque. Claro que é uma
batalha.
Um lado de sua boca foi lançado. — Sempre foi conosco.
Ela se virou para as palavras suaves. — Desde o início. — Ela observou
a linha de treinadores se aproximar. — As segundas carruagens vêm
com necessidades variadas. Nossos pertences também devem chegar
hoje.
Suas sobrancelhas se juntaram. — É a casa maior e melhor designada
na Grã-Bretanha. Eles têm medo de não alimentá-los?
— Não. Elas temem que você não tenha criadas de damas especialistas.
E que você não deve ter dezenas de vestidos de noite perfeitamente
adaptados. E sapatos. E as coisas submissas.
— Elas estão corretas sobre isso.
— Claro que sim. Você é solteiro. Esta casa requer... Feminização. Qual
é um dos meus testes para o seu... vamos nos contentar com as
palavrinhas por enquanto.
— Certamente, não exige feminização. — Ela nunca o ouviu tão
ofendido. — E você faz testes?
— Você me pediu para encontrar uma segunda esposa, Duque.
Considerando o que você fez com o primeiro, acho que você ficaria
grato pelos testes.
— O que, como as corridas a pé? E adestramento?
— Você não está longe, de fato. — Suas sobrancelhas se levantaram, e
ela recompensou sua curiosidade. — O gramado atrai, certamente.
Ele quase riu, e Sera ficou quase satisfeita. Quase se lembrou de como
ele era bonito. Quase se lembrou de como era maravilhoso ser o foco de
seu prazer.
Por pouco.
Uma batida firme soou na porta, seguida instantaneamente pelo berro
de Sesily. — Sera! O harém de Haven chegou!
Seus lábios se contraíram, e ela estava bastante orgulhosa de si mesma
pelo olhar sério que ela deu ao marido. O duque. Isso seria muito mais
fácil se ela parasse de pensar nele como seu marido. Ele não era, afinal.
Na verdade não. Não desde o casamento deles. Não desde antes.
Não que fosse difícil para ela, de qualquer maneira.
Ela estava apenas pensando nas outras mulheres. Nas suas substitutas.
Ela limpou a garganta e gritou: — Sim! Eu vejo elas!
— Bem, nós devemos ir e dar uma olhada, você não acha?
— Eu vou, sim, — Sera respondeu, curtindo o desconforto de Malcolm.
— Nesse momento! — Disse Sesily, alegremente. — Eu vou apenas
dizer a Sophie para espremer o que quer que ainda se encaixa em seu
meio em expansão.
— Oi! Estou aqui mesmo! Vestindo um vestido que se encaixa muito
bem, muito obrigada! E você é uma para falar, coberta de pelos de gato.
Você não está trazendo ele, não é?
— Claro que sim. Será o primeiro teste de seu valor! Além disso,
Brummell tem um gosto exigente.
— Como a fera gosta da sua companhia, não posso dizer que acredito
nisso. — Seline havia chegado ao corredor além. — Venha, Sera!
— Bom Deus, há muitas delas. E você acha que a casa não está feminina
o suficiente? — Haven perguntou.
Ela sorriu. — Não, quase não.
Ele resmungou a frustração, virando-se para a porta do quarto. — Não
as assuste.
— Minhas irmãs? — Perguntou, toda inocência. — Elas não se assustam
com facilidade.
— Você sabe com precisão a quem quero dizer. Se alguém pode
aterrorizar um grupo de debutantes, esse alguém é você.
— Elas não nos chamam de Filhas Perigosas por acaso, Sua Graça.
Ele não riu, e ela percebeu que a retorta não era engraçada. Não para
ele. Nem para ela também. Não quando ele se virou, o tempo esticando
com peso impressionante e disse: — Você nunca veio com essas coisas.
Ela se acalmou. Ela não tinha vindo com coisas. Nem com um enxoval,
nem com uma empregada, nem qualquer coisa, de verdade. Nada disso
importava quando ela se casou com ele. Mas ele estava muito bravo ao
notar. — Eu era diferente.
Ela esperava que ele deixasse a resposta sem resposta.
Ele não fez. — Porque você veio para mim.
Toda vez.
Ela poderia mentir, mas não queria. Ela não queria ser alguém que ela
nunca mais seria. — Sim.
Ele assentiu e atravessou o limiar, fechando a porta atrás dele.
Só então Sera disse o resto. — Eu vim por você. Assim que eu parti para
você.
Ela alisou as saias e foi encontrar as mulheres que esperavam se casar
com seu marido.
Capítulo 12
: :
Escândalo Delicioso!
Seraphina Seleciona Sucessora!
Não que este cenário particular fosse comum o suficiente para receber
atenção no Livro das Mentes das Senhoras da Sra. Coswell. Na verdade,
Sera pensou que a Sra. Coswell poderia sumariamente perecer se ela
fosse informada sobre os acontecimentos em Highley.
Não havia nenhuma razão, então por que elas não poderiam fazer o
melhor de uma situação estranha. Se estas quatro fosse tudo o que
estava entre Seraphina e sua liberdade, ela certamente estava disposta
a desempenhar sua parte. Com um amplo sorriso e até braços mais
largos, ela disse — Bom dia, senhoras. — As garotas congelaram, os
8Dachshund - também apelidado de cachorro salsicha, é uma raça de cães oriunda da Alemanha. Esta raça está inserida em
grupo próprio da FCI devido a sua grande variedade de tamanho e pelagem: standard, miniatura e kaninchen; pelo longo, liso
e duro. É descrito como caçador de toca, de olfato bastante apurado, que lhe permite seguir pistas facilmente, o que o torna
eficaz em ataques surpresas a presas pequenas. É dito ainda um bom sabujo, capaz de perseguir animais maiores já que, apesar
das pernas curtas, é leve.
olhos arregalados, olhando uma para a outra e depois para as
respectivas mães, claramente não sabendo como responder. Sera
deixou o sorriso alcançar seus olhos. — Eu sou Lady Seraphina. — Ela
usou deliberadamente o nome que ela tinha tido antes de seu
casamento.
9 Tonelada: é um termo comum usado para se referir a Alta Sociedade da Grã-Bretanha durante o final do período regencial e
o reinado de George IV, mais tarde. É um uso francês da palavra (neste sentido) "modos" ou "estilo" e é pronunciado como em
francês. A frase completa é “le bon ton” significado "boas maneiras" ou "boa forma" - características tidas como ideal pelos
britânicos beau monde. O Ton - Alta sociedade tinha fortemente a consciência de classe e da hierarquia social e era
incrivelmente rígida. Nascimento, riqueza, títulos e outros fatores classificavam as pessoas.
As sobrancelhas de Sesily juntaram-se. — Digo honestamente, que
volte em sua carruagem, megera.
As palavras foram pontuadas por uma brincadeira selvagem de
Brummell, e Sera resistiu ao desejo de sorrir para a eterna lealdade da
irmã, que tinha seu lugar, mas, neste caso, não era inteiramente útil. Ela
olhou para a mulher mais velha enquanto as sobrancelhas se erguiam,
a boca formando um O perfeito. Antes que a mãe furiosa pudesse falar,
Sera saltou, colocando-se entre as duas mulheres.
— Seus títulos não são de interesse, no entanto, eles são, minha
senhora? O meu é. Você faria melhor em lembrar o prêmio que você
está aqui para ganhar.
A mulher hesitou, então concordou.
Sera voltou-se para as jovens. — Bem. Como vocês sabem, eu estive fora
da cidade por várias estações. Devemos começar com as apresentações?
Outra mãe titulada, — Simplesmente não faremos.
Sera abaixou a voz e se inclinou para as garotas com conspiração. —
Você encontrará pouco interesse no que não é feito. Em vez disso, eu
prefiro fazer as coisas.
Quatro conjuntos de olhos voaram para encontrar o dela, uma miríade
de expressões perseguindo surpresa neles - choque, confusão, diversão
e, no último, admiração.
Sera fez uma nota mental para investigar a Admiração – a primeira
corajosa, a mais simples do grupo, e claramente não era.
Malcolm pode gostar dela.
O pensamento não trouxe a satisfação que ela poderia ter desejado.
Diversão - o rato minúsculo - foi a primeira a falar, dando um passo em
frente firme. — Eu sou a senhorita Lilith Ballard, filha mais nova do
Conde de Shropshire. — Ela apontou para a mulher com lábios
apertados que falou anteriormente. — Essa é a minha mãe, a condessa.
— Ela baixou a voz. — Bem feito com ela, a propósito.
Sera sorriu. Sim. Ela gostou muito disso. Ela assentiu com a cabeça, —
É um prazer. — Ela olhou para Admiração, que olhou com olhos
afiados, mas não mostrou nenhum interesse em se apresentar.
O barão grunhiu seu acordo e apontou para Confusão, uma ruiva com
enormes olhos verdes. — Essa é minha garota.
Lady Emily, por sua vez, não parecia sentir a mesma coisa. Na verdade,
parecia que ela poderia irromper em lágrimas.
— Oh céus.
Sera não teve tempo de elaborar quando uma cabeça escura apareceu
acima da porta do carro, seguido de ombros largos em um casaco azul
marinho perfeitamente adaptado.
Sera deslizou um olhar para Haven, apenas para descobrir que ele
estava olhando para ela, sem sequer uma tentativa de sutileza.
Capítulo 13
: :
Sparrow Voa da Gaiola!
— Isso serve bem a você, por pensar que poderia encantar o sua
maneira de sair disto, — ela respondeu, as palavras sem ferrão. — O
que aconteceu? — Ela repetiu, levantando a mão para a forte e inchada
bochecha de seu amigo, olhando delicadamente sobre seus olhos.
Ele inalou bruscamente ao toque. — Você não pode voltar. Não agora.
Querido Deus, como ela adorou isso. Ela acreditava que ela tinha sido
quebrada todos aqueles anos atrás, arruinada por dor e perda. E talvez
ela estivesse. Mas ela não estava mais. De alguma forma, em seus
braços encontrou tudo de novo.
Exceto que não foi uma surpresa. Ela sempre se completava com ele.
Ela arrancou a boca dele, alcançando o ar, e ele puxou para trás para
vê-la por um longo momento, seu olhar riscando seu rosto, levando-a.
— Meu Deus, — ele sussurrou. — Você é mais bonita agora do que você
já foi. — E então ele estava inclinando o queixo para expor seu pescoço
e colocando seus lábios em sua carne, antes que ela pudesse se
ruborizar ou se afastar.
Depois de fazê-lo desesperado por ela, sua esposa evitou-o por uma
semana inteira. Oh, sentou-se no café da manhã, almoços e jantares, e
ela pegou sua xerez e jogou croquet no gramado. Ela fez o seu dever
solicitado sem sinal de hesitação ou aversão.
Ele nunca planejou dar a ela, mas agora não havia como estar
acontecendo. Não quando ele a tocou novamente. Quantas vezes ele
tentou lembrar aquele som exato que ela fez quando achou seu prazer.
O gosto exato dela. A sensação exata de seus lábios contra o dele, os
dedos nos cabelos, o peso dela nos braços.
Era o mesmo, e de alguma forma, nada disso era. Ela era inteiramente
diferente.
As vezes que ele tinha ido caçar por ela, ele tinha sido atrapalhado por
uma coleção de mães enjoativas, e uma vez requisitado para ir caçar
para uma presa mais fácil com Lord Brunswick, um homem que era
decente com um tiro, mas também muito alegre na perspectiva de
tiroteio.
Durante os últimos sete dias, Haven fez o seu melhor para tropeçar em
sua esposa acidentalmente. Ou, antes, para garantir que ela se
deparasse com ele.
Era como se ela tivesse olhos e ouvidos em toda a casa, e talvez ela
tivesse, considerando que suas irmãs loucas pareciam estar em todos
os lugares. A marquesa de Eversley tinha residido em sua biblioteca, a
esposa de Landry não conseguia deixar de dizer ao seu mordomo como
fazer seu trabalho, e naquela manhã, quando Mal se vestiu, havia uma
estranha quantidade de pelos brancos nas calças do maldito gato de
Sesily. Para não mencionar o idiota Calhoun, rondando os terrenos
como um maldito pirata, inclinando o chapéu em qualquer coisa de
saias.
Calhoun.
Embora o plano parecesse estar caindo aos pedaços, e tinha sido apenas
uma semana.
Ignorando o gato de sua cunhada, que havia tomado sua mesa como
cama, Malcolm tentou lançar-se na propriedade, o que ele fez a meio
caminho decentemente até que uma batida soou na porta e suas cunhas
entraram, prometendo piorar o mau dia.
Ele limpou a garganta, mas antes que ele pudesse falar, ela disse: —
Claro, ela também está errada.
— Ela está? — Ele disse, sua voz uma oitava mais alta do que ele teria
gostado.
— Você não está tentando me punir. Você sabe que é impossível. — Ela
olhou então, olhos azuis encontrando os dele. — Você não pode punir
alguém que não tem nada a perder.
Mas o que?
— Claro que você não, — disse ele. — Você nunca precisou de mim.
Ele deixou essa parte de fora, em vez disso, estendendo a mão para ela.
— O jantar aguarda. — Não é que ele se importasse. Ele ficaria aqui ao
lado dela, respirando o mesmo ar, pelo resto do tempo, se ela o
deixasse.
Ela exalou com muita força e bateu o braço em sua mão estendida. —
Tudo bem.
Ele pensou que ela sabia um pouco. Ele terminou os botões e correu um
polegar através da seda macia. — Pronto. — Ele não a soltou, mas ele
também não a abraçou. Em vez disso, ele se deleitava com a sensação
dela, desta mulher por quem ele havia procurado por anos. Por quem
ansiava há anos.
Capítulo 15
: :
Tick Tock Talbot Triunfa!
Abril 1833
Haven House, Mayfair
Ele havia lido a história no início do dia. Haven Enganchado por Caçadora!
A irritação acendeu quando ele foi devolvido. Irritação e vergonha
calorosa.
Ele olhou para Sera. — Você deseja que eu não esteja de acordo?
Parecia ter desejado que ele estivesse morto. — Você nem conhece
minhas irmãs. — Ela ergueu a voz. — Você nunca foi a minha casa para
tentar conhecê-las.
— Eu não conheço elas, — disse ele. — Mas como é meu nome que está
sendo arrastado pela lama e você que o está arrastando, não estou
predisposto a confiar nelas com homens solteiros.
— Oh, sim. Pobre homens solteiros, meninos fracos e macios, sem
controle nem inteligência. Tão facilmente marcado e arruinado pelas
mulheres - cada vez mais poderosas. Eu não ficaria surpreso se todos
nós tivéssemos descendência de bruxas.
Ele ergueu uma sobrancelha.
Ela continuou: “Homens pobres e tristes, tão gentis e irrepreensíveis, vagando
pelas ruas pela impotente impressionabilidade. Quão bem eles devem ser
protegidos contra as artimanhas das mulheres, que não querem nada além de
sua destruição”. — Ela fez uma pausa. — Esse é o nosso conto, não é?
Você, o herói tragicamente heroico, e eu, a tentadora, Delilah, roubando
seu poder?
O olhar de Malcolm se estreitou. — Diz-me tu. Delilah pegou dinheiro
e terra.
— Não tirei nada de você.
— Não, — disse ele. — Você fez pior. Não houve nenhum roubo
honrado em suas ações. Você fez uma troca por seus despojos.
Ela ofegou. — Você está me chamando de prostituta?
— Suas palavras, Sera. Não minhas.
Ele nunca deveria ter dito isso. Por um momento, ele pensou que
poderia golpeá-la. Ele teria tomado isso. Teria merecido isso, mesmo.
Mas ela não fez. Ela se endireitou, seus ombros ficando rígidos e
quadrados, e seus dedos se curvando nos punhos. Ele ficou parado,
preparado para o golpe. Sabendo que ele merecia e de alguma forma
incapaz de pedir desculpas pelo seu comportamento. Ele estava muito
orgulhoso e muito bravo.
Assim como ela estava. — Algum dia, você terá que ouvir quando falo,
Malcolm.
— Mas não hoje.
— Pedi desculpas.
— Perdoe-me se três dias não foram suficientes, para eu vir aos meus
sentidos, sobre minha futura esposa me atrapalhando em casamento.
Ela não desviou o olhar. — Você também estava lá, Sua Graça.
— Sim. Mas com diferentes intenções. — Ele se virou, não querendo
conversar novamente. Não querendo lembrar. Ele acenou para a porta.
— Você é bem-vindo para sair.
— Não precisamos nos casar. — Ela falou uma dúzia de vezes nas horas
que se seguiram à descoberta deles. Outra dúzia no dia seguinte. Claro
que eles tinham que se casar. — Eu cometi um erro, — ela acrescentou,
suavemente. — Eu nunca deveria ter concordado...
— Pare. — Ele não queria ouvir isso, a confirmação de que o tinha
preso. Ele não queria reviver aquele momento do ocorrido.
Ela não parou. — E se eu lhe dissesse que não era uma armadilha? Não
no início? Não em nenhum dos dias que antecederam o fim? Porque
não era uma armadilha, Malcolm. — Cristo, ele queria acreditar nela.
— Era tudo real. Eu era eu e você era você e todos disseram que não
poderia ser...
— Pare. — Ele mal podia conter sua raiva. — Ainda assim, você tece
seu lindo conto. Eu não me importo. — Ele respirou fundo, forçando-
se a calma. — Você conseguiu seu duque, como minha mãe aterrou meu
pai antes de mim. Eu pensei que você estivesse dentro por mim, e você
estava nele pelo título e eu deveria ter visto isso acontecer e é isso. — O
silêncio caiu, grosso e desagradável quando ela considerou as próximas
palavras e ele queria que fossem tudo menos outra mentira. Ele não
achou que ele poderia suportar outra mentira. Não dessa mulher que
parecia tanto a verdade por tanto tempo.
Finalmente, ela falou, algo como pânico em suas palavras. — Eu pensei
sobre isso; se eu partir – se eu desaparecer, darei às minhas irmãs uma
chance de futuros livres de meu escândalo.
— Você não pode limpar o escândalo delas, — disse ele. — Elas
possuem isso porque elas possuem seu nome. Elas serão, sempre, Filhas
Perigosas. Assim como eu sempre serei Hoodwinked10 Haven.
Ela engoliu em seco e desviou o olhar. — Eu nunca quis por isso.
Simplesmente pensei que nos encontrariam e nos casaríamos. E
ficaríamos felizes.
Ele não podia conter a risada sem humor com isso — Essa é a ironia,
não é? Que teríamos sido felizes.
Seus olhos se arregalaram. — E por que não podemos ser? Eu cometi
um erro! Eu amo...
— Não. — A palavra, fria e cheia de raiva, parou as palavras. Graças a
Deus. Há quanto tempo ele se disse que o amor não era uma coisa que
ele teria? Há quanto tempo ele acreditou que não era real? E então ele
conheceu Sera, e tudo mudou. Tudo e nada. Ele atravessou a sala e
serviu uma bebida no aparador. — Nunca diga isso. Não para mim.
Não há espaço para isso aqui. Não mais.
— Malcolm, — ela disse, macia e dolorosamente bonita, e ele se recusou
a encará-la por medo do que encontraria. Ele não teve que se virar. Ele
podia ouvir a tristeza, apesar do silêncio. Cristo, ele queria acreditar
nisso. Ele queria acreditar nela.
Ela inalou, um pouco resfriada a única sugestão de que ele poderia ter
perturbado ela. — Se você me deixar ir, você deve ter... — Ela fez uma
pausa, considerando o resto de suas palavras. Quando ela continuou a
falar, ele ouviu a verdade. — Eu também gostaria de lhe dar um futuro.
Um que pode ter felicidade. Certamente, você não pode desejar um
casamento para nos punir para sempre.
— Você não vê? — Ele disse. — Eu sou o produto de um desses
casamentos. Observei meus pais se castigarem por anos. Minha mãe, a
caçadora e meu pai, o que caçaram. E eu, o prêmio no equilíbrio, — ele
10 Hoodwinked – esconder os próprios verdadeiros motivos, especialmente se for elaboradamente fingindo boas intenções
assim como para ganhar um fim; influência por negligência; Enganar. ( https://www.thefreedictionary.com/hoodwinked)
acrescentou, ignorando a dor que o atravessou enquanto falava. — Isso
é casado comigo. E parece que também será casamento para mim.
Não havia outro. Ela não viu isso? Foi assim que terminou, os pecados
do pai, revisitados sobre o filho. — Todo o casamento é infeliz, — disse
ele. — Isso é o que você me ensinou.
Não havia motivo para mentir para ela. — Quando conheci você, Sera,
tive esperança por algo diferente e novo. Eu tinha esperança de que
forjássemos nosso próprio caminho através do casamento e
destruíssemos o que meus pais haviam forjado. Confiei em você para
me ajudar a fazer isso. Deus sabe que não tenho ideia de como fazer um
casamento feliz. Meus pais não conseguiram ficar na mesma sala um
com o outro.
Crianças não estavam mais nos cartões. Eles não haviam estado desde
a tarde em Highley, quando o aprisionou. Ele não estava interessado
em trazer outra criança para a vida que ele tinha vivido. — Eu tenho
primos. Eles podem ter o título.
Ele olhou para ela então, encontrando seus lindos olhos azuis, amplo e
honesto. Quantas vezes ele havia se perdido nesses olhos nas últimas
semanas? Quantas vezes ele acreditou no que ele viu neles? — Eu não
posso. Eu não estou interessado em uma criança que não é mais do que
um peão na partida de xadrez dos pais.
Ela ficou em silêncio por um longo momento, sua garganta trabalhando
enquanto procurava palavras. — É esta sua maneira de me punir?
Ele levantou uma sobrancelha. — Você deseja crianças?
— Claro. Eles são parte da vida.
Ele os imaginava, seus filhos - uma linha deles com cachos de mogno e
olhos brilhantes, azuis, quadros longos e sorrisos largos. Ela faria filhos
lindos. Eles iriam.
Exceto que não.
Ele se virou, em direção à janela que olhava para a área de laminação
além. — Eu não quero nenhuma parte dessa vida. — Três meses atrás,
tinha sido verdade. Três dias atrás, era uma mentira.
Ele não sabia o que era hoje.
— Comigo, — ela esclareceu. — Você não quer uma parte de uma vida
comigo.
— Não. — Sentia-se como uma mentira. Ele queria isso. Ele pretendia
se casar com ela - essa mulher vibrante, engraçada e linda que parecia
saber mais sobre alegria, amor e família do que nunca. E então ele
percebeu que ela não era real, e tampouco era o que eles tinham.
— Então por que não me deixar ir?
Porque eu ainda quero você. — Porque esta é a cama em que nos
deitamos.
Ela ficou em silêncio por um longo momento - o tempo suficiente que
ele pensou em olhar para ela, mesmo que ele se recusasse o presente. A
dor dela. Esta foi a batalha que eles lutaram.
— O que você deseja? Deseja que eu fique de joelhos? Para te implorar
por minha liberdade?
Ele voltou a isso. — Você faria isso?
Seus olhos, cerúleos e deslumbrantes, mataram-no com seu choque. Ela
quis dizer isso como hipérbole. E agora, de repente, pendia entre eles.
— É isso o que seria necessário para ganhar minha liberdade? Para
ganhar minhas irmãs?
— Se fosse? Você imploraria? — Ele se odiava pela pergunta.
E então ele a odiava, quando ela disse: — Eu faria. — Ela faria qualquer
coisa para se livrar dele. E ele não podia culpá-la.
— Saia, — disse ele, voltando para a janela.
— Eu poderia partir. Eu poderia fugir. — Ela cuspiu as palavras.
Ele voltou a acenar com a mão para a porta. — Por todos os meios.
Ela não podia correr, no entanto, não sem trazer suas irmãs, e ela sabia
disso. Ele também. Sera sempre foi o nobre. Mesmo em decepção.
As saias dela varreram o tapete e, por um momento, ele imaginou que
poderia ter feito isso, baixou os joelhos. Oferecia-lhe uma súplica como
um servo para um rei. Em vez disso, ela falou muito perto. — Nunca
imagine que eu não vejo o que você faz, — disse ela. — Você joga o
cachorro na manjedoura. Você não me quer. Mas você também não
quer que mais alguém me tenha. — Ele encarou ela, odiando a culpa
que o atravessou nas palavras. — Você está me castigando. E faz um
trabalho superior.
Ela estava certa. Era um ou outro. Pode ter sido ambos. Mas ele estava
tão cego pela traição e raiva que ele não poderia ter dito qual. Tudo o
que sabia era que ele não a deixava ir.
Mesmo que ele soubesse, ele o fez o pior tipo de homem.
Parecia vê-lo, respirando profundamente e se aproximando dele como
uma caçada, colocando um único dedo no peito, forte como aço. Assim
como sempre foi. — Justo. Você faz o que você precisa para mim,
Malcolm. Você me culpa pela minha traição e pelos restos destruídos
do que nos foi prometido.
— Eu a culpo, — disse ele, afastando-se dela. — Não se engane.
Ela o perseguiu. Nisso, não queria deixá-lo esconder. — Então, culpe-
me. Elas não têm nada a ver com isso. E espero que conserte isso.
Ela se virou para ele, e ele viu a raiva em seu rosto. — Antes? Antes do
que? Antes de tropeçar na varanda naquela noite? Antes que você me
exortasse a dançar? Antes de me beijar? Antes de enviar uma
carruagem para me buscar na sua casa de campo? Porque, como eu me
lembro, havia dois de nós no chão de seu estúdio, Duque. Não apenas
Delilah, com sua lâmina perversa.
Ele a puxou para perto, e ela se curvou para trás, por seu braço, seus
lábios persistiram em sua pele, amando o calor, o cheiro e a sensação
dela, mesmo quando ele se odiava por estar atraído por ela. Por querer
ela tão desesperadamente. Por ser incapaz de desistir dela. Mesmo
quando ele a odiava por querer partir. — Você diz que cometeu um
erro.
As palavras eram ar em sua garganta, e ele imaginou que ele podia ver
o bater orgulhoso de seu pulso abaixo deles. — O pior deles.
— Diga-me exatamente qual erro era. Foi a armadilha que foi seu erro?
Ou o fato de você ter sido pega definindo? Você faria isso de novo se
pudesse ter certeza de que nunca saberia o que você planejou? Como
você orquestrou isso? Como você me atraiu?
Seu olhar voou para o dele e ele viu a dor em seus olhos no instante
antes de ela confessar. — É claro que sim.
Para o resto de sua vida, ele se perguntaria por que ele a beijou então,
esmagando sua boca debaixo dele até que ambos estavam ansiosos para
respirar. Até que seus braços estavam envolvidos em seu pescoço e ela
estava retribuindo cada toque, cada gemido, toda carícia. E ele se
perguntaria por que ela o beijou de volta em vez de empurrá-lo para
longe e deixá-lo para sempre. Talvez fosse por paixão, eles viram a
verdade - que eles estavam perfeitamente atraídos em força, poder e
desejo. Talvez fosse porque, nesses momentos, havia um pequeno fio
de esperança para que eles pudessem encontrar-se novamente, quando
a raiva passasse e haveria espaço para outra coisa.
Capítulo 16
: :
Tigelas de Gramado? Ou Metas de Corte?
— Oi! Não a apressem! Você toma o seu tempo, Lady E. Fique bem.
— Oh, pelo amor de Deus, é uma boliche no campo, não uma cirurgia,
Em.
— Tudo bem! — Lady Emily encontrou sua voz, e Sera não pôde deixar
de sorrir. — Estou jogando.
— Lançando, — corrigiu Seline, acrescentando rapidamente quando
toda a assembleia olhou para ela, — O quê? Isso é o que se chama. —
Ela acrescentou em voz baixa: — Não é minha culpa que eu seja casada
com um esportista.
A Sera resistiu à inclinação para sugerir que as tigelas de gramado não
eram precisamente esporte, e definitivamente não são tocadas por oito
mulheres os jardins de uma mansão Essex.
Um elogio surgiu quando Emily jogou a pequena bola aos dez jardas
necessárias para começar a próxima rodada de taças, pontuada por
uma cacofonia de latidos dos cachorros da Marquesa de Bumble e da
euforia de Sesily. — Esse é um braço bom, Emily!
Lady Emily corou lindamente e mergulhou a cabeça, incomoda com o
louvor. — Obrigado, — disse ela suavemente. — Foi um bom lance,
sim, não é mesmo?
— Ninguém gosta de uma senhora com confiança, Emily, — gritou sua
mãe, de onde as mulheres mais velhas estavam reunidas sob várias
grandes sombras nas proximidades, se fanando e observando o jogo
com foco frustrante. — Você nunca deve ganhar as atenções do duque
se ele pensa que você é orgulhosa.
O rosto de Emily caiu. — Sim mãe.
— Se alguma vez vemos o duque, quer dizer, — disse a Sra. Mayhew
antes de latir, — Os ombros de volta, Mary. Ele poderia chegar a
qualquer momento.
Sera não achava que Malcolm viesse perto de tigelas de gramado, mas
evitou dizer isso, virando as costas para as mães com um sorriso
brilhante para Lady Emily. — Eu achei que foi um lance fantástico.
— Lançar, — disse Seline novamente, seguindo os gemidos que se
seguiram, — eu concordo. Além disso, nunca ouça sua mãe, Emily.
Homens decentes como uma mulher que conhece seu valor. — Ela fez
uma pausa, depois disse: — Embora eu diga que não vimos nenhuma
evidência de que Haven é um homem decente.
— Acho que vocês deveriam exigir uma prova disso antes de concordar
em casar com ele, garotas, — disse Sophie de seu lugar perto de uma
pilha de tigelas azuis.
Suas irmãs eram perigosas, na verdade. Se elas não parassem com seus
comentários sarcásticos, Haven poderia muito bem estar sem uma
noiva no final, o que tornaria todo esse exercício discutível e deixaria
Sera sem o divórcio.
— Você é a única que disse que eu deveria fazer o meu melhor para
entender o homem, — apontou Lilith.
Lilith sorriu na direção de Sera. — A sutileza nunca foi meu ponto forte.
Isso não ajudou, ela imaginou, que as filhas pareciam gostar das Irmãs
Perigosas. Lady Lilith e Lady Felicity Faircloth - ninguém parecia poder
se referir a ela como qualquer coisa além de seu nome completo -
parecia mais do que gostar delas, mesmo. Pareciam-se influenciadas
por elas. Sesily inclinou-se para buscar uma tigela de gramado azul
pesado, e Lady Lilith gritou: — Eu, por um lado, já estou coberta por
aquele vestido, Lady Sesily.
— Ora, ora, — disse Sesily, depois que o riso morreu. — Todo mundo
sabe que Haven tem uma afinidade para as mulheres que podem
comandar um curso de tigela.
— Muito, — disse Sesily. — Pergunte a Sera. Ela sabe tudo sobre seu
interesse... global.
Ouvia-se um som de sete mulheres rindo juntas, variando de
estrangulamento a gargalhada. Caleb piorou quando ele inclinou o
chapéu para Sesily dizendo — Estou certo. Você é um problema.
Sesily piscou. — Somente o melhor tipo, americano.
Ele riu, cheio e bem-vindo, e Sera não pôde deixar de se juntar a ele,
esquecendo, por um momento, o verdadeiro motivo de sua reunião.
Até que a Sra. Mayhew os lembrou a todos, batendo seu leque fechado
contra a coxa dela. — Realmente! Isso é muito inaceitável!
Sesily piscou a inocência de olhos arregalados para a mulher mais
velha. — Eu não sei o que você acha que eu estou me referindo, Sra.
Mayhew. Haven gosta de tigelas. — Ela olhou para Sera. — Ele não
gosta?
— Muito, de fato, — disse ela, bastante orgulhosa de sua habilidade de
acender sua expressão. Sesily Talbot não estava apenas à altura das
expectativas para as irmãs Talbot – ela as ultrapassou. E Sera sempre a
adorava por isso.
Talvez elas pudessem envelhecer juntas, parceiras em uma irmandade
ruinosa.
— E o que de fato é o de ela ser uma namorada má? — A Sra. Mayhew
cutucou a indignação.
— Não vejo nenhum motivo para que isso impeça um jogo de tigelas
de gramado, — Sera disse com um encolher de ombros.
— Excelente! — Disse Sesily. — Está decidido, então! Se eu ganhar,
ganharei o americano.
— E se alguém ganhar? — Caleb disse com uma risada: — Não que eu
não espere que você as vença, Lady Sesily.
Sesily sorriu de largura. — É claro que você acredita, futuro marido. Eu
não sei... Se alguém ganhar, elas podem ter Haven. Não é para isso que
todas elas estão aqui?
As irmãs de Sera riram, assim como Lady Lilith e Lady Felicity
Faircloth, enquanto a Sra. Mayhew e sua pobre filha pareciam estar
doentes. Lady Emily não respondeu nada. Sera tinha acabado de
decidir intervir e parar o desempenho da irmã quando Sesily colocou
os olhos em um ponto além do ombro de Sera, e ela sorriu largamente.
— Você não acha uma ideia de capital, Sua Graça?
— Isso certamente tornaria as coisas mais fáceis. — Ele parou atrás dela,
seu calor tudo o que ela podia sentir. — Boa tarde, senhoras. — As
procissões caíram em curtos em um bloco, e Haven acrescentou: —
Sinto que devo me desculpar pela minha distância desde que você
chegou. Uma propriedade desse tamanho exige mais do que uma
pequena atenção quando eu volto da cidade.
Nada disso. Ela se afastou de Haven, tomando seu lugar atrás da bola
que Lady Emily jogou, fazendo o melhor para fingir que ele não estava
11
Idílio – Resultado de uma fantasia (sonho ou imaginação); devaneio ou utopia. Amor que está repleto de ternura e
delicadeza; amor suave e puro. Relações entre pessoas que namoram; colóquio de amor. Etimologia (origem da palavra idílio):
do grego eidúllion.ou/ pelo latim idyllium ou idyllium.ii.
lá, sem dúvida, parecia equilibrado e perfeito. — Eu não estou, — disse
ela. — Eu sou o árbitro.
Haven levantou uma sobrancelha. — Agora não sei com certeza para
onde ir.
Sera sorriu e olhou para ele. — É sua decisão, qual equipe você gostaria,
é claro, como mestre do campo. — Ela acenou uma mão sobre a coleção
de tigelas.
Sesily acenou com a cabeça uma vez e fez o que pediu, a bola caindo
pelo gramado e aterrando, muito lindamente, pelo pequeno gatinho
branco. Uma série de aplausos veio das provas de Haven, mas as irmãs
Talbot não eram tão educadas. — Oh! — Seleste ofegou.
— Certamente você não poderia ter imaginado que não teríamos feito
o que fosse necessário para tornar as tigelas de gramado de meninas
inocentes mais interessantes, você poderia, Sra. Mayhew? Além disso,
você ficará bastante feliz com os resultados se sua filha se aproximar da
gatinha.
— Não ficará sozinha? O melhor envia todo o lote para casa com ela. —
Ela franziu o cenho, e ele acrescentou: — E quanto às procissões que
ganham?
— Com quem?
— Oh. — Sra. Mayhew falou por todas as mães e, pelo olhar em seu
rosto, por Haven também.
Sera pensou que ficaria com mais prazer de seu choque. Ela baixou a
voz. — Você deseja uma esposa, Sua Graça. É assim que você obtém
uma.
Ele a observou por um longo momento, e depois disse: — Você está
usando lavanda.
A mudança de tópico a jogou. — Eu estou? — As palavras saíram mais
como uma pergunta, como se ela não tivesse olhos em sua cabeça e uma
compreensão do espectro de cores.
— Ontem foi ametista. No dia anterior, um cinza como urze no inverno.
Ela ficou com frio. — Eu gosto de roxo.
Ele balançou a cabeça, seus olhos escuros com segredos. Ela sabia disso,
porque a dela tinha o mesmo. — Não, eu não penso assim.
Ela não quis discutir isso. Não agora. Não enquanto estavam parados
com o que parecia ser a metade das mulheres em Londres assistindo.
Ela não quis discutir isso. Nunca. E o odiava por apontar suas roupas.
Púrpura e cinzas. As cores do luto.
Malcolm não falou mais, voltando-se para enfrentar as meninas no
outro extremo do campo, e Sera teve a impressão distinta de que era
isso que os homens pareciam marchar para a batalha. — Então eu acho
que eu deveria permanecer nesse fim, e ter certeza de que você é
imparcial.
Ela forçou um sorriso. — Com medo de colocar o concurso para manter
minhas irmãs?
Ele baixou a voz. — Com medo de você montar o concurso para se
livrar de mim.
Ela se acalmou. Esse era o ponto, não era?
Ela tinha sido muito relaxada com as meninas e com ele. Ele tinha que
encontrar uma esposa. Uma dessas mulheres iria ocupar seu lugar. E
Sera restauraria sua própria liberdade. Ela conseguiria sua taberna e
seu futuro e se afastaria deste lugar e desse homem e de todas as
lembranças que tinha daqui. Ela olhou para ele. — Haven, — disse ela.
— Você deve ver...
Ele cortou-a, afastando-se. — Sra. Mayhew. Eu vejo que algo deve estar
te irritando se você saiu no sol.
— Na verdade, está, — disse a mulher irritada. — Sua graça! Devo
alegar! Estas... — ela acenou com a mão para as irmãs de Sera, —
mulheres – eu suponho que é preciso chamá-las assim – são influências
terríveis. Você ficou positivamente invisível por quase quinze dias e –
francamente – isso tudo parece ser uma terrível perda de tempo.
— Mãe. — Mary entrou na confusão agora, chamando-a de seu lugar
com as outras mulheres solteiras.
— Suponho que eu deveria pegar meu tiro, — disse lady Lilith.
Ela levantou a bola enquanto a Sra. Mayhew empurrou. — Meu marido
é bastante poderoso e Mary é muito procurada. Nós descartamos vários
convites para outros eventos com outros homens elegíveis que – você
terá que admitir – são muito mais elegíveis considerando suas
circunstâncias.
Sera teve que admitir, a Sra. Mayhew era uma excelente mãe. Ela sabia
o que ela desejava para a sua filha e não estava disposta a ficar de pé
quando pudesse agarrá-lo pelos chifres.
Era difícil não ver ecos de sua própria mãe na mulher.
E, nesses ecos, dicas do que seria um grande sucesso ou uma falha
absoluta.
— Sra. Mayhew, — disse Haven, — acho que talvez...
— Mãe, por favor! — Mary estava marchando pelo campo.
A Sra. Mayhew não estava tendo nada disso. — Eu deveria pensar que
não ficaria fora de linha para você encontrar tempo para caminhar com
minha filha, então você pode conhecê-la além de seu enorme dote!
A mulher era impressionante. E Sera estaria mentindo se dissesse que
não gostava de Haven tão caçado.
— Você está fora de sua mente? — Mary não estava mais tranquila. Na
verdade, parecia que a moça não se afastava da impressionante árvore.
Haven estava em um vínculo. E, instintivamente, ele tentou reverter
qualquer constrangimento que Mayhew mais velha poderia ter
causado a mais nova. — Eu lhe asseguro, senhorita Mayhew, seu dote
não tem nenhuma importância.
Mary pagou pouca atenção. — Mãe! Você não pode simplesmente se
irar contra um duque e esperar que ele termine no casamento que você
deseja para mim!
— Não é apenas um casamento que eu desejo para você, querida, um
casamento que você deseja por si mesma!
As outras mães haviam parado de se abater e de fingir não assistir. As
três senhoras aristocráticas estavam observando com os olhos
arregalados e as bocas abertas. Caleb, por sua vez, estava alimentando
um pedaço de ganso assado a um dos cães.
— Ei! Fora do caminho! — Chamou Sesily. — Lilith está jogando!
— Lançando! — Seline interveio.
— Senhoras, posso sugerir que removemos essa conversa para dentro?
— Perguntou Sera, tentando as calmar. — Ou, pelo menos, longe da
audiência reunida?
Sera ouviu o — Oh, não, — de Sophie, em concerto com o "Look out"
de Seline e virou-se a tempo de ver a bola em direção a eles. Ela saiu do
caminho, mas a Sra. Mayhew não teve tanta sorte. A bola caiu em seu
pé e ricocheou para a gatinha enquanto gritava com dor e quase caiu
em cima de Haven.
— Sinto muito! — Lady Lilith gritou de seu lugar no final do campo.
— Absurdo! Foi um excelente tiro! Olhe o quão perto você conseguiu!
— Ela bateu em uma mulher, Seline, — apontou Sophie.
— Oh, não é como se ela não tivesse merecido isso. Eu queria que
pudéssemos bater em todas as mulheres que se comportassem tão
abomináveis. Lady Lilith, é possível que seus serviços estejam a alugar?
Haven se engasgou – Sera olhou para ele. — Você está rindo?
Ele balançou a cabeça e tossiu. Muito obviamente. Ele estava rindo.
Sera alcançou a mulher castigada, dobrada em dor e constrangimento
óbvios. — Oh, meu, — ela disse, incapaz de manter o riso surpreso com
as palavras que ela fez para ajudar. — Sra. Mayhew, você está bem ...
A mulher levantou-se rapidamente. — Oh, cala a boca, — ela retrucou.
— Você é o escândalo aqui. Nós já deveríamos ter sabido que você o
derrubaria sobre todos nós. Você deveria ter ficado na América e
deixado o seu pobre marido para o futuro. Com uma mulher decente.
Uma com graça, honra e fidelidade.
O silêncio caiu quando a última palavra veio, um ataque afiado e
irritado, e Sera não conseguiu resistir ao impulso de olhar para
Malcolm, imaginando se ele também sentia a vergonha que ela sentia.
Odiando o que ela jogou sobre todas elas. Suas irmãs, as meninas e ele
- ele acima de tudo.
Exceto que não era uma vergonha que ela via em seus olhos, nem
mesmo uma pitada do riso que tinha estado lá antes. Foi uma raiva. Foi
proteção. Era lealdade.
Para ela.
E, antes que ela pudesse se fechar, antes que ela pudesse evitar sentir,
prazer e orgulho e algo muito mais aterrorizante dentro dela. Algo com
um eco de memória que Sera jurou não ressuscitar.
A lembrança do Malcolm que ela amava.
Mas antes que ele pudesse dar sua voz de fúria, a senhorita Mary falou,
sua própria ira deu renda livre. — Eu gostaria que observasse que você
arruinou isso, mãe, — ela disse, levantando a voz e um dedo longo no
nariz da mãe. — Eu estava disposta a jogar seu jogo bobo e vir aqui e
disputar o título deste homem porque sempre fiz o que você e o pai
pensam que eu deveria. Mas essas mulheres são diferentes e são
interessantes e são corajosas, e acho que eu deveria ser também. Eu não
vou me casar com o duque – embora eu não consiga imaginar que eu
estava correndo, porque não consigo imaginar por que um homem
como ele se amarraria a uma sogra, como você. Estou indo para casa.
Para me casar com Gerald.
— Eu nunca entendi essa regra, você sabe, — disse lady Lilith a sua
amiga. — Quero dizer, esse negócio pessoal é muito público, não é?
Sera não podia conter seu sorriso. Essa menina tinha tanta voz. Foi
notável. — Eu imagino que ele é se ele ganhou você.
A mulher mais velha abriu a boca para falar – talvez para se defender,
mas Malcolm levantou uma mão e disse, — Não. Você desrespeitou
minha duquesa. Saia da minha casa.
Claro, ele quis dizer sua esposa nos termos mais vago e mais amplo. Ele
não quis dizer Sera. Quantas vezes ele deixou claro que ele não a
queria? Quantas vezes ela disse que não queria ele?
E ela não tinha dito. Nem uma vez sequer ela parou de querer ele.
Capítulo 17
: :
As Artimanhas das Mulheres Esperam!
Cuidem-se, Homens!
Ele pensou que ela poderia negar, mas parecia que Sesily Talbot não
esperava nada, e certamente não quando se tratava de destruir os
homens. — Você sabe, Caleb, — ela disse suavemente, seu nome em
sua língua uma arma particular. — Se você decidiu me seduzir... — Ele
se afastou dela, incapaz de permanecer quieto enquanto falava, como
as palavras gravaram imagens sobre ele - imagens que ele sabia melhor
do que pensar e que ele não podia resistir. Quando terminou a frase, foi
com sabedoria nas palavras. — Bem, você vê isso assim como eu.
Ele se virou como se estivesse sob um feitiço, só para descobrir que ela
tinha retomado seu lugar preguiçoso contra sua carruagem.
Arrancando, para sempre, parecia. Porque ele nunca poderia olhar para
aquela porta sem pensar no momento em que Sesily Talbot, coberto
pelo pôr-do-sol, o abalou tão completamente, mesmo que ela
permaneça perfeitamente relaxada contra o lado do treinador, como se
não tivesse interesse em O momento que não seja para brincar com ele.
— Veja o quê?
E então ela sorriu, e não era assim que ela sorria enquanto coçava. Não
era assim que ela sorriu no jantar ou quando jogava taças de gramado.
Era privado. Pessoal. Como se ela nunca tivesse sorri por ele. Como se
fosse o seu próprio sol. E quando falou, foi com perfeita simplicidade.
— Você vê o quão bom seria.
Mais tarde, ele se odiaria por dizer: — Ele é um bom amigo, — em vez
de dizer: não haverá um divórcio.
— Ele não está sozinho. — Ela olhou para ele então, encontrando seus
olhos, procurando por algo. Finalmente, ela desviou o olhar. — O que
você quer, Sua Graça?
Ele queria tanto, e tão bem que ele se chocou com sua resposta. — Eu
quero que você não me chame de sua graça.
Ela se virou para isso, seus olhos azuis cinza na escuridão. — Você
continua sendo um duque, não é?
Quando descobriu que não importava um pouco por que ela o tinha
desembarcado - só que ela o tinha desembarcado - ela tinha ido embora.
— Eu não fiz.
Ela assentiu. — Você está certo, é claro. Mas realmente deve haver uma
circunstância especial permitida para isso.
Ele não sentiu isso livre em anos. Não desde a última vez que riram
juntos. Antes de terem sido desposadas. A culpa acendeu. Ele tirou
tanto dela - tanta vida. Não era de admirar que ela o deixasse. Não é de
admirar que ela não o desejasse de volta. Ele deveria deixá-la ir.
Sera ficou em silêncio, e Mal teria dado qualquer coisa para saber o que
estava passando por sua cabeça. E, finalmente, ela disse: — Como eu,
ironicamente.
Ele fechou os olhos na escuridão. Ele a magoara abominável. Eles
ficaram em silêncio por um longo tempo enquanto considerava suas
próximas palavras. Mas antes que ele pudesse encontrá-los, ela disse:
— E de todos os anos?
Ele olhou para ela, a escuridão libertando-o de alguma maneira.
Tornando-o honesto. — Eu também apagaria eles.
Ela se virou para encará-lo, lenta e simples, como se eles discutissem o
clima. — Eu não faria. — A dor que veio com a confissão era
esmagadora, negra como a água que se espalhava diante deles, esticada
para sempre como o silêncio que a acompanhava. Finalmente, Sera
olhou para o céu estrelado e disse: — Então, esse foi seu plano? Para
me levar à escuridão e rever o declínio do nosso casamento?
Ele exalou, olhando para a água, preta e brilhando à luz da lua. — Não
era, de fato. — Ele começou a descer em direção ao lago, chamando de
volta: — Eu planejava mostrar-lhe algo.
A curiosidade conseguiu o melhor dela - como sempre aconteceu. — O
quê?
Ele poderia tentá-la longe do passado? Para algo mais promissor? Valia
a pena tentar. — Venha ver.
Por longos momentos, ele não a ouviu, e ele se esforçou para o pior.
Pela possibilidade de que não havia esperança para eles.
E então, as saias dela explodiram na grama.
Capítulo 18
: :
Arquitetura Submersa:
Refúgio Secreto de Highley
— Isso é lindo.
Ela não sabia o que esperar quando o seguiu, lanterna na mão, quando
ele desceu a ascensão até a beira do lago. Ela não deveria nem mesmo
segui-lo, para qual era o objetivo? Passar o tempo com ele apenas
ressuscitou o passado de maneiras que ela desejava nunca mais fazer.
Passar o tempo com ele apenas lembrou-lhe que uma vez queria passar
uma vida com ele.
E agora, enquanto olhava de uma das mulheres para a outra - cada uma
tão lindamente desenhada que parecia que estavam presas de vidro -
Sera se perguntou por que ele não a trouxe até aqui, para este belo
quarto com vista para o lago além. Ela olhou para ele. — Quem são
eles?
Ele hesitou - apenas mal - nem mesmo o suficiente para que outro
perceba. — As Plêiades.
Sera se moveu em direção a ele, com certeza que ela tinha mal
informado, seu olhar paralisado pelo escuro, girando a escada lá. Não
havia luzes abaixo, os primeiros passos dando lugar a uma imensa
neblina em nenhum momento. Ela olhou de volta para Malcolm. —
Não vou lá.
Ela não escondeu sua irritação. — Eu sei que eles eram irmãs. Eu sei
que eles eram filhas para o Atlas.
Outra luz acendeu a vida. — E uma vez que Atlas foi punido, forçado
a segurar os céus, ficaram sozinhos, sem ninguém para protegê-los de
deuses ou homens. Sete irmãs. Com apenas um ao outro.
Era como se ela não tivesse falado. — Não é um simples mortal. Orion
foi o maior caçador que o mundo já conheceu, e ele perseguiu Merope
implacavelmente. E ela estava tentada.
— Claro que sim. Tenho certeza de que ele era bonito como o diabo.
— Ele era, de fato. — Ah. Então ele estava ouvindo. — Ela fez tudo o
que pôde para se esconder dele, sabendo que não havia esperança para
eles.
Ela também estava ouvindo, as palavras sem esperança se sentindo
como uma dor em seu baú.
Ela se virou para as irmãs, que se juntaram, trabalhando como apenas
as irmãs podem fazer para proteger os mais jovens do caçador mortal
que nunca seria bom o suficiente. Começaram a ofuscar ele...
— E você pensou que minhas irmãs eram ruins. Ele acendeu uma
última chama, revelando outra porta escura, a sugestão de algo além.
Um lado de sua boca inclinou-se, mesmo quando ele estava
emoldurado na escuridão, observando-a. Ele parecia um tipo de deus -
um moderno. Alto e bonito, com um rosto cinzelado de mármore,
tornado ainda mais divino na luz cintilante da tocha que ele segurava,
como se ele pudesse chamar a chama à vontade. — Sua cegueira não
foi dissuasora. Ele era um caçador mestre, feito pelos próprios deuses.
E então ele perseguiu Merope, cada vez mais desesperado pelo que eles
poderiam ter juntos. Para a possibilidade de seu futuro.
— Você pensaria que ele teria renunciado a ela, o que com seu
desinteresse claro.
Suas palavras eram mais grunhidas que a fala. — Ah, mas não foi
desinteressado. Era medo. Medo do que poderia ter sido. E, como ele
era um mortal, medo do que certamente perderia se sucumbisse.
Seu coração. Ele.
Sera permaneceu em silêncio, e ele continuou, suas palavras suaves e
líquidas neste espaço privado e não transitado. Eles eram tão secretos
quanto o próprio lugar. — Orion não temeu a cegueira. Ele só temia
nunca encontrá-la. Nunca tendo a chance de convencê-la de que eram
um para o outro. Que mortal ou não, ele poderia lhe dar tudo. Sol, lua,
estrelas.
— Exceto que ele não podia, — ela sussurrou.
Ele hesitou nas palavras, e ela percebeu o aperto do punho ao redor da
alça da tocha, do jeito que a luz tremia ali, no corredor mal iluminado,
como se suas palavras pudessem manipulá-la.
— As irmãs foram para Artemis, a deusa dos caçadores, pensando que,
se ela chamasse Orion da busca, ele escutaria. Eles lhe garantiram sua
fidelidade. E ela foi até ele.
— Ele recusou, — disse ela, de repente conhecendo a história sem
nunca ter ouvido isso. Ela se aproximou dele, desesperada pelo final.
Saber que seria trágico.
Querendo que seja feliz.
— É claro que ele se recusou, — disse Malcolm, encontrando-a à
distância. — E esse foi o erro dele.
— Nunca cruze uma deusa, — ela sussurrou.
Ele riu um pouco e os anos desapareceram com as linhas voltadas para
os cantos dos olhos, o sorriso dele atraindo-a, fazendo-lhe admirar a
forma como esses olhos viram, sabiam e revelavam. — Como se eu
ainda não aprendesse essa lição.
Ela observou as palavras em seus lábios, a lembrança de sua suavidade
e força um assalto. E se ela o beijasse? Não como a última vez, com raiva
e frustração, mas com prazer? E se ela beijasse aquele sorriso? Ela
poderia conseguir isso? Mantenha-se por si mesma, por todos os
momentos que ela estava sozinha e desejou que ela pudesse lembrar?
Não me diga o resto.
Ele ergueu a mão, e a antecipação a consumiu quando seu olhar se
moveu para o lugar onde seus dedos pairavam acima de sua pele, uma
promessa insatisfeita. — Artemis foi para Zeus.
Isso não acabaria feliz.
Malcolm respirou fundo e exalou. Sera sentiu o ar quente em sua
têmpora. Acostou ao toque. — Ela foi a Zeus e pediu-lhe para esconder
Merope. Para punir o homem.
Para punir os dois.
— Como?
Seu olhar permaneceu paralisado em seus dedos, um fio de cabelo de
sua bochecha. — Primeiro, ele os transformou em pombas.
Sua respiração pegou, e ele a olhou então, como se ele soubesse o que
estava pensando. Ela também foi transformada em uma pomba. E não
foi o suficiente para se esconder dele. Mas ele não sabia que Sera tinha
sido uma pomba uma vez.
— Mas encontrar sua pomba não foi um desafio para Orion, nem
mesmo cego. Nem mesmo corajoso. Ele conhecia sua música.
Isso não significava nada. Foi uma história.
— Além disso, como uma pomba, Merope era uma grande angústia.
Pombas, você vê, mate para a vida. E assim, ao pedir que ela fosse salva
de uma vida com um mortal, Artemis havia submetido seu acólito ao
pior tipo de dor - a dor de saudade de sua partida. Orion sabia disso, e
ele não descansava, recusando-se a parar de procurá-la. Ele viajou até
os confins da terra para encontrá-la. Para amá-la. Ele a observou em
silêncio, e um longo momento passou antes de ele dizer: — E ele fez.
Sua respiração era superficial e desconfortável, Malcolm nunca a tinha
encontrado. Ele nunca a procurou. Ela o encontrou. Tinha sido ela no
chão do Parlamento, não mais uma pomba em busca de um
companheiro, mas um pardal em busca de sua liberdade.
— O que aconteceu? — Perguntou ela.
— Ele quase a teve. Eles estavam quase reunidos. — A tristeza a
atravessou. — Não basta.
Finalmente, seus dedos finalmente se estabeleceram como um beijo na
bochecha dela. Claro e perfeito e ido. — Nunca cruze uma deusa.
Artemis voltou para Zeus.
Sera exalou, odiando o jeito que sentiu aquela falta, apenas um toque.
— Maldito Zeus.
— Zeus deu a Artemis seu desejo.
— Mas não da maneira que alguém quis.
Ele se virou. — Não da maneira que eles queriam, certamente. — Ele
entrou no quarto escuro além, e Sera seguiu como se estivesse em uma
corda, desesperada pelo final da história. Ele atravessou a sala, a tocha
na mão, uma banca de luz seguindo-o, mantendo-o seguro da
escuridão além. A escuridão que a consumiu.
— Merope não estava destinado a se casar com um deus, mas Zeus a
colocou no céu, ao contrário de suas irmãs. — As palavras ecoaram na
sala, perturbando-a instantaneamente com seu grande e oco ecoando
contra as paredes. Ela virou um círculo completo, olhando para cima,
desconcertada por sua incapacidade de se colocar no espaço.
— Corrigido ao firmamento.
Ela olhou para ele e viu dois dele, suas costas para ela e seu reflexo na
parede da sala do outro lado. Era um enorme espelho. Uma cúpula de
espelhos. Ela olhou para cima. Ela o observou no espelho, seus olhos
pretos enquanto ele levantava sua chama para iluminar outra tocha no
outro lado da sala.
— E Orion, desesperado por estar perto dela, implorou para se juntar a
ela.
Ele acendeu uma outra tocha no outro lado da sala. Não são espelhos.
Vidro. Outro. E outro, até que ele finalmente colocou sua tocha no
banco de espera perto da porta do quarto, reflexos de luz refletidos de
um lado para outro ao redor da sala, banhando-os no brilho dourado
de cada pedaço de vidro temperado e cheio, quebrado por ferro gosta
de que a Sera nunca viu. No chão, a irmã desaparecida do gazebo acima
- Merope, maciça e gloriosa, contorcendo-se em um mosaico
deslumbrante.
E além do vidro, da água, feito de estrela com o fogo do marido.
As palavras de Haven atravessaram seu espanto. — Então é que Orion
a persegue. Para sempre.
Sera foi consumido naquele momento por todas as coisas que ela não
deveria fazer. Ela não deveria ter ficado, mas como não poderia? No
centro de um salão subaquático, como algo fora do mito, ele apenas
sussurrava para ela?
A permanência foi uma coisa, no entanto. Mover-se para ele era bem
outro. Ela também não deveria ter feito isso. Ela deveria ter ficado firme
em um extremo do magnífico espaço, convocou seu senso e disse-lhe,
categoricamente, que ele deveria convidar os candidatos restantes para
a sua substituição aqui, para ganhar seus corações e mentes. Porque,
certamente, este lugar era mágico o suficiente para fazer exatamente
isso para praticamente qualquer um.
O que era provável por que Sera se mudou para ele, convocado por esse
lugar que ela nunca imaginara. Que ela mal podia imaginar agora que
ela estava dentro dela, intoxicada por sua magnificência.
Ela resistiu à ideia de mostrar aos outros esse lugar, odiou a ideia de
compartilhá-lo com ele, odiou a ideia de que eles visse essa versão dele,
manipulando água e ar com sua força e propósito. Força e propósito
que a intoxicaram antes. Isso a intoxicou ainda.
Ela parou a poucos centímetros dele. Perto o suficiente que, se ele
quisesse, ele poderia estender a mão e levá-la aos braços. Se quisesse,
ela poderia chegar. Pegue-o. Não era isso que queria.
Mentiroso.
Ela balançou a cabeça. — Esse lugar...
Ela não tinha as palavras para o que este lugar lhe fazia. O que suas
palavras lhe fizeram. Este quarto era um mito feito carne, segurando-a
no firmamento com certeza como se ele fosse o próprio Zeus. Claro, ele
não estava.
— Eu construí isso para você. — A confissão era tão suave que quase
não estava lá, seguido de mais, uma onda de palavras que ele parecia
empurrar antes que ele pudesse se parar. — Eu construí isso, então
haveria algo para você quando você voltasse. Alguma coisa... nova.
Algo que não foi ponderado com o passado. Com o que havia perdido.
Seu filho. Seu futuro. A tristeza veio como um golpe e ela fechou os
olhos, deixando-o lavar por aqui antes de respirar profundamente e
olhou para a magnífica cúpula, centenas de quadrados pretos de vidro
refletindo-a. Transformando-a em luz das estrelas.
E ele, também, o topo de sua cabeça refletiu dúzias de vezes, seu mogno
ondulava o único vislumbre dele enquanto falava, as palavras
sussurradas ecoando em torno da perfeição acústica. — No dia em que
terminei, fiquei aqui, sozinho, pensando em você. — Ele olhou para o
espelho preto perfeito da cúpula, encontrando seus olhos
instantaneamente. Segurando sua atenção como ele disse — Eu sonhei
com você aqui. Na música.
Ela dirigiu o olhar para ele sem a segurança do espelho. — Você me
construiu um palco.
Ele levantou um ombro e deixou cair. — Você adorou cantar, — ele
disse, simplesmente, como se fosse o suficiente. — E adorei te ouvir.
Ela sabia o que queria. Poderia ouvir o eco da música em sua cabeça
que ela tinha cantado para ele há uma eternidade. Antes de suas mães
terem chegado e ele descobriu seu plano tolo - um que nunca tinha sido
tão nefasto como havia sido mal orientado.
E maldito se ela também não quisesse.
— Eu sinto falta.
— Me ouvir cantando?
Cantando para você.
O pensamento a chocou, e ela propôs uma resposta diferente. — O
desempenho torna-se um vício. Encontra-se cavando aplausos como
carinho. Canção, como o ar. — Seu coração começou a bater e ela
imediatamente se arrependeu das palavras. Ela conhecia bem o desejo
do último. Quanto ela tinha sonhado com esse homem?
— E o nascimento do Sparrow.
Ela assentiu. — Na música, a liberdade.
— Você está tão enjaulada? Você esteve aqui há três semanas.
Eu estive aqui há três anos.
Ela não deu voz às palavras, em vez disso, disse — Três semanas é uma
eternidade sem aprovação, Sua Graça.
Por um momento, ela pensou que iria lutar contra ela - empurrá-la para
a seriedade. Mas, em vez disso, ele deu um passo atrás dela. — Por
todos os meios, então, cante.
— E você deve aprovar?
— Nós veremos. — Ele era magnífico em sua arrogância - sempre
conseguiu conquistá-la com isso.
Ela sorriu e ergueu as saias, mostrando seus tornozelos enquanto fazia
um pequeno gabarito.
“Viva as senhoras, pernas adoráveis para o chão. Viva a duquesa, o Sparrow,
o...”
Ele fechou os olhos antes de chegar ao fim da cantiga, e ela parou, a
última palavra que pendia entre eles, primeiro brincadeira e depois
espetada, e ela se arrependeu de evocá-la, essa palavra que tinha
pendurado entre eles antes, muitas vezes.
Ela deixou cair as saias, e Malcolm abriu os olhos quando o eco se
acalmou ao redor deles. — E então? A magia do espaço?
Ele havia construído esse lugar para ela, afirmou. Para o futuro e não
para o passado. E mesmo que soubesse que era impossível esquecer o
passado que estava entre eles, ela se viu incapaz de tentar.
Ela assentiu. — É perfeito.
— Você cantaria para mim?
Ela sabia o que ele queria. — Eu não acho que seja uma boa ideia.
— Provavelmente não, — disse ele. — Mas isso não muda o desejo.
E assim, ela percebeu que ela também queria, como se cantar a música
que ela cantara para ele anos antes, de alguma forma, a libertaria.
Libertaria-os. Para algo novo e fresco. Ela não cantou para ele em três
anos. Não desde que ela o tinha cantado.
Mas ela se lembrou de cada nota, cada palavra, como se fosse uma
oração. E talvez fosse. Talvez ela pudesse exorcizar o passado com ele.
“Aqui está o coração, o sorriso, o amor, aqui está o lobo, o anjo, a pomba. Ela
colocou de lado os sonhos e ela colocou os brinquedos, e ela nasceu naquele dia,
no coração de um menino.”
Seus olhos escureceram com suas palavras e ela não podia desviar o
olhar. Quantas vezes ele falou com ela assim? Em poesia líquida e
lânguida? Quantas vezes ela sonhou?
Ele estava perto o suficiente para que ela pudesse ceder. Para que ela
pudesse se aproximar e pressionar seus lábios contra os dele. Que ela
poderia dar cautela ao vento e tomar o que ele ofereceu. Que ele poderia
pegá-la.
Não havia nada de suave sobre a forma como eles se juntaram, nada
silencioso ou tentativo. Eles se estremeceram como se a cúpula ao seu
redor pudesse implodi-los e lavá-los, e se fosse o último momento
deles, por que não deixá-lo ser de poder e paixão e sem
arrependimento?
Por que não ter um único momento em que não havia nada entre eles –
sem conspiração ou raiva ou frustração ou clamando por algo mais –
nada entre eles, exceto o desejo que sempre os consumiu? O prazer que
eles sempre tiveram?
E foi glorioso.
Sera acreditava que seus dedos trabalhavam sua magia... que ele
poderia ser suficiente para agradar a uma deusa.
— Mal, — ela sussurrou, incapaz de evitar que ele levante seu toque
enquanto acariciava uma vez, duas vezes, pela terceira vez. Incapaz de
evitar que ela dê mais. De fazer tudo o que ele ofereceu. — Vejo você
me olhar, — ela disse, e ele se acalmou, puxando para trás e olhando
para ela, encontrando seu olhar instantaneamente, esperando que ela
falasse mais.
Ela entendeu isso – sentiu o mesmo querer percorrer seu próprio corpo,
doendo por ele. Ela inclinou os quadris para ele, e ele ainda esperava,
como se estivesse esperando uma eternidade para ela pedir-lhe para
tocá-la. Para que ela lhe dê permissão para levá-la. Ela sussurrou seu
nome, e ainda assim ele ficou congelado, preso em atenção, esperando
seu comando. — Eu vejo você me beijar, — disse ela, as palavras
chegando mais firmemente do que teria imaginado.
Esse baixo gemido novamente, como se ela tivesse dado a ele o único
que ele queria. E então ele moveu sua mão, espalhando-a de largura,
revelando o coração inchado e cor-de-rosa dela. Ela parou de respirar,
a antecipação era insuportável.
Seu corpo inteiro ficou tenso nas palavras. Na promessa neles. Com o
significado neles, ele nunca tomaria o que não dera. Que ele a seguisse,
Orion depois de Merope, mas só enquanto desejava ser perseguida. A
realização era como nenhuma liberdade que já conhecera.
Ela revirou-se debaixo dele, empurrando-o para longe, e ele saiu dela
instantaneamente, soltando-a como se ele tivesse existido apenas para
fazer sua oferta. A realização ameaçou destruí-la, assim como o seu
toque tinha.
— Eu sou um homem adulto, Sera, e eu espero por isso – por você – por
anos. Claro que a desejo. — Seu olhar era quente e honesto. — Mas eu
espero por você. Até que esteja pronta.
— Talvez não. Mas talvez você faça. E quando você estiver, eu estarei
aqui. — Ele disse que ele não tinha mais que deixar de morrer aqui, em
sua cova subaquática, esperando que ela vagasse e pedisse que ele
fizesse amor com ela.
Capítulo 20
: :
Surpresa Chocante de Haven Enganado
Hoodwinked Haven capturado por uma filha perigosa, ele era o riso
dos tabloides de fofocas, era um exemplo para o resto dos homens
elegíveis da tonelada. Nunca seja cegado pela beleza.
Deus sabia que ele estava cego. Como o maldito Orion. E condenado.
Uma esposa cuja proximidade quebrou sua calma, e quem ele sabia que
ele iria encontrar mais bonita do que nunca, se ele se virasse para
encará-la.
Covarde.
Setembro de 1836
Ele terminou com esquemas. Ele estava pronto para que sua esposa
voltasse. Ele estava pronto para conquistá-la com seriedade. E isso
exigia estar sozinho com ela, droga. Ele precisava de tempo e espaço e
honestidade para fazê-la acreditar nele. Para fazê-la acreditar neles.
E, no entanto, ele não podia se livrar delas – não sem que ele tornasse
claro que todo o artifício tinha sido exatamente isso, um ardil
desagradável que irritaria a metade da aristocracia de Londres e
incorreria na ira da esposa no equilíbrio quando percebesse as
intenções por trás disso, ou falta dela, já que ele não tinha a intenção de
lhe dar o divórcio que tanto desejava publicamente.
Um divórcio que ela logo veria que não queria, se ele pudesse lhe
provar que seu passado não tinha nada a ver com seu futuro.
E assim, a única coisa que ele poderia fazer quando ele recebeu a nota
de Seraphina sobre suas companheiras para o passeio da manhã, foi
insistir que ela atuasse como acompanhante.
Ele pensou por um momento que ela não concordaria. Na verdade, ele
esperava ter que ir buscá-la – uma eventualidade que teve seu coração
correndo com prazer antecipado - o que provavelmente era por que ela
não discutiu com sua insistência.
Quando ela saiu da casa senhorial às cinco para as onze, vestida com
um belo traje de montar berinjela, o chapéu perfeitamente colocado em
sua cabeça e - Senhor, salve-o - chicote na mão, ele perdeu a respiração
pelo retrato que ela fazia, forte e poderosa, como se a noite anterior não
tivesse acontecido, ou, antes, como se a noite anterior a impregnasse
com mais propósito.
Depois de assistir suas convidadas, ele se virou para ajudar sua esposa,
que, claro – já encontrou seu assento. Ele não perdeu o fato de que ela
tinha escolhido uma das suas mais prezadas éguas – uma montaria que
ele tinha selado especificamente para ela.
Ele olhou para ela, com os dedos picantes para tocá-la, deslizar-se sob
a bainha de seu traje e encontrar a pele macia acima de suas botas de
equitação. — Seu cão de guarda americano não se junta a você hoje?
Ela ergueu uma sobrancelha e deu uma olhada. — Sr. Calhoun voltou
para Londres definitivamente, — disse ela. — Eu só posso assumir que
ele fez isso por sua insistência.
Surpresa, seguida de um rápido alívio, que o protetor de sua esposa
havia desaparecido. — De fato, não tive nada a ver com isso, embora
Deus sabe que eu sou muito grato por isso.
Deixando-o sozinho com Lady Lilith e Lady Felicity, ambas com uma
cor bonita nas suas faces, o resultado do passeio. Ocorreu que elas
poderiam ser consideradas bonitas se ele se importasse de notar, o que
ele não fez. Ele estava muito ocupado observando sua esposa.
No entanto, ele não era um monstro, nem estava interessado em
navegar pelo comando de suas cunhadas e, portanto, ele guiou as
outras jovens para a entrada da torre, indicando que elas deveriam
entrar. Quando o fizeram, ele apontou para a escada de pedra sinuosa
que levava a torre. — Há uma visão notável de toda a propriedade na
parte superior, se não se importarem com a subida.
Ninguém diria que Felicity Faircloth não era uma oponente digna. Ele
se recostou contra o parapeito e confessou, as palavras chegando
chocantemente fáceis. — Não fui o melhor dos maridos.
Eles ficaram em silêncio por muito tempo, e Lilith disse — Você sabe,
acho que eu acredito nele.
Ele não precisava ouvir uma lista das qualidades de Sera. Ele os
conhecia bem. Ele os listou mais de uma vez. Mais de mil vezes. E
ainda, ele queria ouvi-las. Ele queria falar dela com outra pessoa, como
se a invocação aqui pudesse convocá-la. — Eu não imagino que eu
poderia te impedir, minha senhora.
Capítulo 21
: :
Corrija o Seu Namoro: Lições de Amor
De Senhoras Legítimas
Ele percebeu que ele cometeu um erro no momento em que ele se ouviu
falar as palavras – tão desconhecido – e descobriu que ele nunca tinha
falado antes. Claro, ele os disse mil vezes na cabeça dele. Na escuridão,
ele ansiava por ela tarde da noite.
Claro, ela não parou, e ele estava indo para seu próprio cavalo, quase
lá quando um objeto pesado o pegou diretamente entre os ombros. Ele
se virou para encarar sua cunhada, que estava endireitando, testando o
peso de outro projétil.
— Não, sou leal. O que é uma coisa que você nunca foi.
— Ainda não, você não está saindo. — Seleste apareceu ao lado de sua
irmã armada. — Parece-me que você a deixou muito infeliz. Infeliz o
suficiente para que ela não deseje vê-lo.
— Ele disse para ela que ele a amava! — Anunciou Sesily de seu lugar
muito acima, no mesmo tom que poderia usar se alguém estivesse
discutindo encontrar um rato em um dreno em algum lugar da
propriedade.
— Ha! Você percebe que isso significa que eu ganho, você não vê? —
Sesily cantou de onde ela se inclinou sobre a parede da torre. Ocorreu
a Mal que talvez ela estivesse inclinada demais sobre a parede da torre,
de fato, mas achou que não conseguia achar a energia nem a inclinação
para dizer a ela que fosse cuidadosa.
— E o tempo que você pediu ao nosso pai por sua mão, — disse Seleste.
— E as vezes que você fez seu namoro público, — acrescentou Sesily.
— E aqui estávamos, pensando que você estava com vergonha do seu
brinquedo.
Ele congelou, sua boca aberta, as palavras perdidas. Ele nunca parecia
ter os direitos com ela. Muitas vezes eram mentiras, e quando eram
verdadeiras - nunca eram suficientes.
Claro que ele não queria. Ele a perseguiu por todo o mundo. Ele nunca
na vida esteve tão emocionado como quando ela invadiu o Parlamento
e colocou o lugar em chamas. Ela era dele. — Não.
— Por que mentiu? Para mim? Para essas mulheres? Para suas famílias?
— Antes que ele pudesse responder, ela continuou. — Foi castigo?
— Não.
Ele a alcançou, então, levando-a pela mão com uma determinação firme
e inflexível e puxando-a para dentro das árvores. Na limpeza que
cercaram, onde um lindo jardim pequeno estava escondido em uma
piscina de luz dourada.
O silêncio esticou-se para sempre, até que ele não podia mais suportar
isso. Ela se agachou, colocando os dedos nas letras. — Você fez isso.
— Eu vim até você depois que terminou, — disse ele. — Minhas mãos
ainda congeladas do frio. Minhas botas cobertas de neve e sujeira. Vim
dizer-lhe que queria começar de novo. Você estava dormindo, mas não
estava mais em risco. Eu disse a mim mesmo que seria hora de ganhar
você. Para te amar.
Ela olhou por cima do ombro, pedindo que continuasse.
— Você dormiu a maior parte do dia seguinte. E no seguinte, você se
foi.
Ela assentiu, lágrimas roubando suas palavras, aproveitando-as na
parte de trás da garganta. — Eu tive que partir.
— Eu sei, — disse ele. — Eu acho que eu esperava que você fosse
embora quando eu voltei. Mas quando descobri – que minha mãe lhe
deu dinheiro para correr – fiquei selvagem. Eu a bani de casa; Nunca
mais a vi. — Ele se aproximou, se ajoelhando ao lado dela. — Pode ter
sido melhor não te encontrar naqueles dias. Não tenho certeza de que
eu poderia ter vencido você então. Suas irmãs viram isso em mim. Elas
me enviaram para o leste quando eu deveria ter ido para o oeste.
Calhoun, também, escondeu você de mim como um osso de um
cachorro. E todos eles poderiam ter estado certos. — Ele pegou a mão
dela, uma mão grande e quente encontrando compras em seu maxilar.
— Eu queria você. Desesperadamente. Eu queria isso.
Suas lágrimas vinham seriamente agora. Ela fechou os olhos, a dor das
lembranças e o momento gravado sobre ela como pedra. — Estou
assombrada por Janeiro.
— Eu sei, — disse ele. Ele também estava.
— Eu tive que partir. — Ela doeu, mulher linda. E ele não queria nada
além de pará-la.
Ele a puxou para perto. — Eu sei.
— Eu nunca a terei. E nunca mais terei filhos.
As palavras o devastaram. — Eu sei.
Sera ficou rígida em seu abraço por uma idade, sua bochecha
pressionada em seu ombro, suas mãos ao seu lado, seus únicos
movimentos, as pequenas respirações que pareciam arrancadas dela.
Arranjado dele também.
E então ela se entregou a ele, entrando em colapso contra ele, dando-
lhe o peso e a dor, a força e a dor dele. E ele a pegou e segurou-a, e
deixou-a chorar pelo passado - o passado pelo qual ele também doera.
Pelo passado, que juntos, eles finalmente lamentaram.
As suas lágrimas vieram como as dela, de um lugar profundo e
silencioso, cheias de arrependimento e frustração e uma compreensão
de que não havia como apagar o passado. Que a única possibilidade
para o seu futuro está no perdão.
Se ela pudesse nunca perdoá-lo.
Se ele pudesse se perdoar a si mesmo.
E então, ele fez o que podia fazer, segurando-a por longos minutos
cheios de tristeza, até que ela se acalmou, e suas lágrimas diminuíram,
e eles não ficaram com nada além do sol, da brisa e do passado. Ele se
afastou o suficiente para olhar para ela, o suficiente para admirar o
rosto dela - mais bonito do que ele já tinha visto, com lágrimas e repleto
de tristeza - e olhou profundamente nos olhos dela.
— Eu estava atrasado, Angel, — ele disse, as palavras chegando em um
implante próximo, sem vergonha. — Eu sempre fui tão tarde. Eu
sempre senti sua falta. Não tinha planos de ir ao Highley para o verão.
Eu estava indo para procurá-la novamente. Eu nunca vou deixar de
sentir sua falta. — Ele pegou seus lábios, o beijo suave e persistente,
uma pomada.
Ela sempre foi sua pomada.
Ele quebrou o beijo e pressionou sua testa contra a dela, amando a longa
expiração de sua respiração, como se estivesse esperando anos por esse
momento. E ele também não esperava?
— Não me faça sentir falta de você hoje, — ele sussurrou.
Ela fechou os olhos para as palavras, e por um momento ele pensou que
não sentia isso. A necessidade afiada e insuportável, como se houvesse
ar, comida e eles, agora. Aqui.
E então ela abriu os olhos, e ele viu lá. Ela também precisava dele.
Eles precisavam um do outro.
Ele a levantou em seus braços e a levou para casa.
Capítulo 22
: :
Casamento Consertado? Talvez!
Eles não falaram na viagem para casa, e Sera ficou grata por isso, grata
pela chance de ficar no colo de Malcolm, o cheiro dele consumindo-a,
terra fresca e especiarias, cercando-a junto com seus braços fortes, como
uma promessa. Ela sabia que não havia nenhuma maneira possível de
que ele pudesse cumprir essa promessa.
Promessas nunca foram suas para oferecer.
Nem agora, envolvidos um no outro, o movimento de seu cavalo
embaixo deles o único lembrete do mundo além.
Ela virou o rosto para o peito dele, adorando a força quente dele,
amorosa, da maneira como ele a puxou para mais perto e pressionou
seus lábios no templo, sussurrando palavras que estavam perdidas
para o vento.
Ela não se importaria de que estivessem perdidas - estavam melhores
lá, porque se as tivesse ouvido, poderia ter amado. E ela poderia ter
amado ele. Mas não havia espaço para isso. Tudo o que ela já amou foi
arruinado. Então ela sabia melhor do que se deixar cair na emoção
novamente. Eles se amaram no início, e foi uma batalha no entanto.
Sempre seria uma batalha entre eles. Sempre um jogo. E nunca o
suficiente.
Mas naquela tarde, quando desbloquearam seu passado e confessaram
seus pecados e seus arrependimentos, não parecia importar que o amor
não fosse seu futuro. Em vez disso, tudo o que importava era que cada
um de alguma forma entendia o outro.
Foi essa compreensão que os estimulou para Highley, Malcolm
escolhendo a entrada de trás para a casa senhorial, ajudando-a a descer
do cavalo e seguindo-a sem falar e sem hesitação, tomando sua mão e
conduzindo-a através das cozinhas, ignorando os servos fingindo não
notá-los enquanto eles pegavam as escadas traseiras e descendo o
longo, largo e escuro corredor para seus quartos. Para os seus quartos.
Tudo sem falar, como se dê voz às palavras daria voz ao resto - a dúvida
e o medo, a luta e o mundo além. Mas lá, em silêncio, quando ela entrou
em seu quarto e ele fechou a porta atrás dela, havia apenas os dois.
Sozinho, finalmente. Juntos, finalmente.
Só uma vez.
Ela caminhou até o centro da sala, seu coração batendo, sabendo que
deveria falar. Sabendo que deveria lembrá-los, quem e onde estavam e
o que o futuro realizava.
Exceto quando ela se virou para encará-lo, suas costas pressionadas
para a porta fechada, seu olhar inabalável, ela não queria falar. Ela só
queria tocar. Ela só queria amar.
Só uma vez.
E então ela o alcançou.
Ele já estava vindo para ela, mas ele não fez o que esperava. Ele não
assumiu a liderança, não a incendiou com seus beijos e roubou a
respiração com a paixão que muitas vezes os consumia. Em vez disso,
ele se ajoelhou, inclinando a cabeça para as mãos juntas - um cavaleiro
que prometeu fidelidade à sua rainha.
E, pela primeira vez desde o início do tempo juntos, ela deixou que ele
a tivesse, deixou-o envolvê-la. Eles compartilhavam as dores gêmeas
de sua tristeza e prazer, passado e presente, e ela tomava tudo o que
jamais imaginara. E ele deu a ela, como se nunca tivessem
compartilhado outra vida.
E foi glorioso.
Seus dedos apertaram sua cintura, puxando-a para ele. Ou talvez ela
estivesse puxando-o para ela. Durante todos os dias e semanas de
perseguição, de batalha, de fingir não quere-lo, dele fingindo não
quere-la, era um presente se encontrarem, aqui, de joelhos, em seus
aposentos.
Só uma vez.
Não.
Ele não a deixaria. Não depois da tarde. Não depois de suas confissões.
Não depois de despi-la e espalhá-la através da poltrona, fazendo com
que ela doesse por ele. Ela se ajoelhou atrás dele. — Mal?
Ele curvou a cabeça, segurando-o nas mãos enquanto ele lutava para
respirar.
— Mal...
Ele não estava olhando para ela quando perguntou, e por um momento
ela não entendeu o significado dele. — Eu não...
Ele voltou, seus belos olhos quase negros com emoção. — Eu não quero
apenas fodê-la. Eu quero te amar.
Seus lábios se separaram da palavra, do jeito que ela passou por eles. A
maneira como ele enviou prazer perverso se juntando a ela. Isso deveria
ter chocado com ela, não a agitou.
Ele quase saltou de sua pele quando ela o tocou, passando os dedos
sobre os músculos de seu peito, explorando os mergulhos e os
aumentos de seu corpo quente, deleitando-se com a forma como ele
trabalhou para respirar sob seu toque.
Ela deixou os dedos dela escorrer pelos cumes do tronco e ele pegou a
mão dela antes que pudesse tocá-lo onde ele se esforçava, orgulhoso e
deslumbrante. — Não, — disse ele.
Ela ignorou o último, sabendo que não era verdade, mas querendo
acreditar no momento. Ela lambeu-o, testando o sal e o doce dele, de
repente selvagem para ele, para ele, e ele gemeu, suas mãos viram
segurá-la com mais firmeza, mesmo quando ele se recusou a movê-la,
para levar o que queria.
Para sempre.
Ele fez, e ela observou como ele achou o prazer dele antes de tomar o
seu próprio, jogando-se nela, sem se importar se ela voltasse, porque
não havia nada no mundo que ela sempre quisesse tanto quanto isso
magnífico, lançamento insuportável e aterrorizante.
Mal acordou com uma forte batida na porta de seu quarto de dormir.
Ele sentou-se, perturbado pela escuridão - inconsciente do tempo ou da
data ou de qualquer coisa, exceto o sono profundo e drogado que o
consumiu. Tinha sido idade desde que dormiu tão profundamente.
Três anos. Mais longo.
Ele talvez nunca tenha dormido tão bem, como ele nunca tinha
dormido com ela.
Ele chegou instintivamente a Sera, desagradou descobrir que ele estava
sozinho mais uma vez em sua cama, os lençóis frios ao toque.
Com um pequeno rosnado, ele olhou para as janelas, a escuridão
pesada além de indicar que ele estava dormindo por várias horas. Ele
balançou as pernas até o limite da cama, querendo se levantar por um
motivo apenas - buscá-la e arrastá-la para a cama. Para fazer amor com
ela novamente, e voltar a dormir com ela em seus braços até aquecer o
sol. Daqui a uma semana, se ele pudesse gerenciá-lo.
As batidas vieram novamente, rápidas e urgentes.
Se meteu em um roupão, Mal dirigiu-se para a porta. Ele a trancou
quando entraram, não quis arriscar-se a ser interrompido, e Sera
provavelmente escapou pela porta adjacente para seus aposentos. Ele
estava a meio caminho da sala quando o som começou de novo.
— Sim. Tudo bem! — Ele veio em um ponto baixo, um que ele tentou
conter, sabendo que sua irritação com o despertar sozinho e fora do
tempo não era culpa de quem estava do outro lado da porta.
E eles claramente tinham negócios urgentes, maldição.
Ele abriu a porta, — O que é isso? — Morrendo na garganta quando ele
entrou na realidade um tanto estranha no corredor além. As três
candidatas restantes para a mão não disponível no casamento estavam
abatidas no corredor pouco iluminado, cada uma com uma aparência
mais mortificada do que o próximo estar lá. Não é assim, suas
respectivas mães, que pareciam comprometidas com qualquer plano
que estivesse em andamento, o que aparentemente envolvia Lord
Brunswick, dois dos cachorros de Lady Bumble e, de alguma forma, o
gato de Sesily.
Barão Brunswick, por sua vez, parecia ter sido enviado para fazer a
batida, mas tinha pouco interesse em tudo o que deveria acontecer uma
vez que a porta foi aberta. O outro homem piscou, deu um passo para
trás, olhou Mal para cima e para baixo e depois disse: — Tudo bem,
Haven? Nós o perturbamos?
Ele passou por isso, meio esperando que ela estivesse lá, na cama,
adormecida. Na mesa de vestir, mexendo com um gancho de botão. Na
cadeira pela lareira vazia, lendo. Rindo com suas irmãs. Alguma coisa.
Mas ela não estava mais lá. A sala estava escura e vazia, sem ela.
Ela o deixou.
Maldita seja, ela tinha dito que ela o amava, e ela tinha corrido da casa
como se o próprio inferno a perseguisse. Como Merope e as Plêiades,
levantando vôo como pombas. E Malcolm, cego e desesperado como
Orion, forçado a caçá-la novamente. Como um idiota.
Ele murmurou o grito de raiva que ameaçava perder-se no quarto
escuro e foi até a janela, abri-la para deixar a brisa da noite do verão
entrar. A vista dava para o caminho, um caminho longo e prolongado
que levava à estrada principal e depois à estrada de Londres.
Não havia nenhum sinal da carruagem, nenhuma luz da lanterna
cintilando na distância, sem indicação de que ela alguma vez estivesse
aqui.
Ele colocou as mãos no peitoril da janela, apertando-o até que a pedra
e a madeira penetraram em suas palmas, e sussurrou seu nome com
toda a raiva, desespero e amor que ele conseguiu encontrar.
Ela o deixou, como uma maldita covarde.
E então surgiu o pensamento, frio, áspero e aterrador. E se ela tivesse
corrido de novo?
Ele ficou na mão reta. Ela não correria novamente. Não da maneira que
ela tinha feito antes. Ela saiu com suas irmãs desta vez. Elas não a
deixariam ir, não é?
As palavras ecoavam, a lembrança do dia em que ela apareceu no
Parlamento e pediu o divórcio que ele nunca pretendia dar a ela.
“Não tenho motivos para não acabar com nossa infeliz união. Eu não tenho
nada a perder.”
Sem motivo para não correr. Nada a perder.
E ela não tinha nada a perder. Ela se certificou disso. Ela voltou para
Londres no braço do americano, com quem ela tinha amizade e nada
mais. Ela cantou em uma taberna. Bebia whisky como uma garçonete?
Ela tinha dinheiro - do pai e da mãe - e nada para amarrá-la a Londres.
Mas ela o tinha, droga.
— Ela disse que me amava! — Seu sussurro áspero e quebrado
atravessou a escuridão, e ele fechou os olhos, os punhos apertados em
seus lados. — Como ela poderia me deixar?
O amor não é suficiente.
— Sua Graça?
Ele girou, coração em sua garganta, para enfrentar Lady Felicity
Faircloth, parada na entrada, uma lanterna em uma mão e o maldito
gato de Sesily na outra. Ele balançou a cabeça para limpá-la. Ele não
tinha tempo para essas garotas. — Nunca foi real, Lady Felicity, — disse
ele. — Você era uma artimanha.
Ela assentiu. — Eu sei. Qualquer um com os olhos na cabeça poderia
ver que você e a duquesa eram um para o outro e ninguém mais.
— Qualquer um, exceto a duquesa, poderia vê-lo, acho que você quer
dizer. — Ele não conseguiu evitar a frustração de seu tom.
— Eu acho que ela também vê, você sabe, — disse ela. — Mas longe de
mim me envolver.
— Você está de pé no meu quarto segurando o gato da irmã da minha
esposa, então eu acho que você já está bastante envolvida, — ele
apontou.
Ela assentiu, um sorriso brincando sobre seus lábios. — Isso pode ser
verdade.
— Na verdade, não consigo pensar em um local menos apropriado para
você do que no meu quarto de dormir segurando o gato da minha
esposa.
O sorriso se ampliou. — Você está planejando me debilitar de alguma
forma?
— Eu não estou.
— Bem, então eu acho que estou perfeitamente segura. Além disso, o
gato parece não gostar de você.
Mal olhou para o animal branco, que apareceu perfeitamente contente
nos braços de Felicity Faircloth. — Eu pensei que tínhamos chegado a
uma conclusão, honestamente.
O gato fez um gemido.
— Oh, sim, parece ser assim. — Ela fez uma pausa. — O ponto é, eu
acho que minha pessoa está bem segura com você.
— Houve um tempo em que eu teria me decepcionado com essa
avaliação.
Felicity sorriu. — Eu imagino que você era mais jovem então. E menos
incomodado com sua esposa, o que prejudica consideravelmente o
perigo de um homem.
— Definitivamente mais jovem, provavelmente não muito menos
atormentado com minha esposa.
— Isso parece ser um problema para você.
— Considerando que eu regularmente a perdi, eu teria que concordar,
— ele respondeu, incapaz de encontrar humor na situação.
Felicity Faircloth teve piedade dele então. — Eu tenho medo de ter algo
para lhe dizer, sua graça, e eu não acho que você vai gostar de ouvi-lo.
Ele se moveu para a prateleira baixa pela janela e pegou uma caixa de
pederneira, acendendo a lanterna lá, tornando a sala mais acolhedora
para a jovem e mais devastadora para ele. Havia uma caixa de chapéu
no pé da cama de Sera, aberta e vazia, como se ela não tivesse tempo
nem inclinação para preenchê-la e levá-la com ela.
E ao lado, um pedaço de papel. Dobrado ao acaso, um rabiscado M é o
único adorno. Ele abriu, seu coração batendo.
M,
Eu não posso ficar.
Aguardo notícias do Parlamento.
S
“Cara Senhora Felicity, você deve saber que eu gosto muito de você.
Você é inteligente e direta e, acima de tudo, forte. Você tem uma mente
própria e não tem medo de falar, todas as coisas que o servirão bem.”
Todas essas coisas servirão bem Malcolm, também
Ela fez uma pausa e olhou para Mal, e ele leu o nervosismo em seu
rosto. Reconheceu isso. Senti-lo ele mesmo, odiando a antecipação das
palavras que vieram. Desconsiderando as próprias palavras mesmo
antes de a senhora as ler. Querendo detê-la. Saber que tudo o que ela
tinha a dizer deve ser dito.
Ela persistiu.
Ela parou. — Sua Graça, tenho certeza que você vai entender se eu digo
que não tenho uma ideia terrena porque sua afinidade ou falta de
espargos é relevante de qualquer maneira para um casamento - muito
menos relevante o suficiente para ser o ponto número um em uma lista
de pontos importantes.
— Não é, — disse ele.
— Bem, os outros são tão estranhos, então... — Felicity voltou sua
atenção para a carta.
“Ele está fascinado pelos mitos gregos. Leia e aprenda-os. Ele ficará
grato por alguém com quem discuti-los.”
Foi aí que veio a raiva. Ele se moveu para a carta, como se ele pudesse
de alguma forma usá-la para voltar o relógio e detê-la da loucura que a
consumira claramente. — O que no inferno?
Felicity levantou os olhos, arregalados em sua proximidade. — Eu
concordo, — disse ela. — Não entendo o que ela está tentando fazer.
— Eu sei, — disse ele, a lembrança da última vez que ela vestiu
vermelho nesta casa - em seu estudo particular - gravou
profundamente. Quantas vezes ele recriou esse momento em sua
mente? Quantas vezes ele tirou o corpete? Tirou as saias? Fez amor com
ela? Quantas vezes ele imaginou fazê-lo novamente?
Ele pegou a carta da mão de Felicity Faircloth, curtindo a libertação de
raiva que veio quando ele a dobrou e começou a arruiná-la. — Ela quer
que você me seduza.
Ela piscou. — Bem, eu não desejo.
— O que funciona bem, como eu não tenho intenção de ser seduzido
por ninguém além de minha esposa. — Assim que ele deixasse de estar
enfurecido por ela.
Felicity assentiu com a cabeça. — Isso parece eminentemente razoável.
No entanto, se eu puder...
Ele assentiu. — Por favor.
— Parece que sua esposa permanece desinteressada em ser sua esposa,
Sua Graça.
As palavras não deveriam ter caído sobre ele. Não deveria ter feito um
ponto tão poderoso. E ainda assim elas fizeram. Mal se afastou de
Felicity Faircloth então, odiando que ela entendeu a interação de seu
casamento ainda melhor do que ele.
Não. Ela não entendeu melhor. Ela estava simplesmente mais disposta
a aceitá-lo. Mas Felicity Faircloth não estava casada com Sera.
Ele não conseguiu parar de caminhar até a cama onde ele ficou há quase
três anos, e queria que sua esposa vivesse. Onde ele a afastou da morte.
Onde ele havia vindo, jurando lutar por ela. Para amá-la. Para persegui-
la, no céu, se necessário...
Só para encontrá-la já fugindo.
Foi então que Malcolm percebeu que ela sempre fugiria dele. Longe do
amor. Longe da promessa de um futuro. E ele sempre a perseguiria.
Cegos e quebrados. Seria seu castigo por nunca ser digno dela.
Ele seria condenado se ela se divorciasse.
Capítulo 24
: :
Sucessor Selecionado? Filhas Perigosas
Aparecem na Cidade!
Nunca disse a Haven que o amei, disse Sera, tentando convencer Sophie
a fazer o mesmo. E olhe para a bagunça que fiz.
Eu amo você.
Ela assentiu, e a irmã mais nova a alcançou, tomando a mão com força,
sem hesitação. Sera olhou para ela. — E?
Sera sacudiu a cabeça. Não importava. Não mudou nada. Tudo era uma
bagunça. Ela tirou a mão de Sophie. Acentuando sua emoção. — E o
amor não é suficiente.
Com uma mão baixa nas costas, Sophie dirigiu-se lentamente para a
porta da casa da cidade, que estava aberta, um brilho laranja e
acolhedor dando-lhe as boas-vindas. A culpa acendeu-se no intestino
de Sera. Sua irmã estava com criança e provavelmente teria ficado mais
feliz em uma cama do que abarrotada em uma carruagem no meio da
noite.
Mas Sophie estava em casa agora, e seu marido logo ficou a vista na
entrada dourada, parando o momento mais curto antes de ir buscar sua
esposa, levantando-a nos braços e beijando-a completamente. Os
criados que se encontravam nas proximidades estavam
impecavelmente treinados, ou estavam tão acostumados com o carinho
que mostrava entre o marquês e sua esposa que eles eram imunes ao
escândalo. Sera imaginou que era o último.
Sera abriu os olhos e olhou para elas. — Eu suponho que você também
deseja desculpas. — Ela sabia que ela estava sendo difícil.
Seleste e Seline não responderam, e Sera tomou seu silêncio como uma
aprovação tácita. Talvez fosse apenas lealdade, mas ela tomaria o
silêncio. Foi melhor do que a verdade. Mas uma vez que a carruagem
os havia depositado em seus respectivos lares, aos seus respectivos
maridos, deixando-a sozinha com Sesily mais uma vez, Sera ficou
nervosa.
— E então, Haven?
— Você quer?
Capítulo 25
: :
Taberna Mais Quente da Cidade!
— Americano, há senhoras...
Caleb não olhou para cima do uísque que estava derramando. — Diga-
lhes para encontrar outro lugar. Nós não somos um bordel.
O guarda que contratara para dirigir a porta do Singing Sparrow há
várias semanas tentou novamente. — Elas não parecem prostitutas,
americano.
Caleb apertou os dentes contra o apelido, o que ele parecia incapaz de
impedir. Na verdade, ele parecia incapaz de convencer qualquer um
nesse país para chamá-lo de qualquer coisa, exceto o americano –
incluindo o homem em questão, um samoano contratado fora de seu
gancho de carga nas docas de Londres, juntamente com uma meia
dúzia de outros homens, decente e forte. — Bem, então deixe-as entrar,
— disse ele. — O dinheiro das mulheres vale tanto quanto os dos
homens.
Fetu sorriu e os dentes brancos ficaram brilhantes nas sombras. — Elas
já estão dentro. Eu não pensei que eu poderia afastar a própria Sparrow.
Ele não tinha dúvidas disso. O que diabos ela estava fazendo de volta
em Londres? O duque escolheu uma esposa? Foi quando o outro meio
afundou. Elas. Sera não teria feito isso. Não teria arriscado a reputação
de suas irmãs.
— Há duas delas.
— Fêmea...
Mesmo que ela fosse como uma brisa fresca na sala quente e
esfumaçada, cabelos em pinos que haviam trabalhado muito tempo por
dia, deixando longos cachos errantes torcer e se agarrar ao pescoço e
ombro, a ponta de um se esgueirando para dentro linha de seu vestido.
Havia uma cor cheia em suas bochechas, um brilho úmido sobre a linda
e lisa pele lá, e aqueles lábios, rosa e cheios e perfeitos.
Ela ergueu uma sobrancelha. — Você não pode escapar. Não, a menos
que você esteja disposto a saltar sobre o bar e atravessar algumas dúzias
de pessoas clamando para obter um local decente para assistir o
Sparrow executar.
Caleb queria quebrar algo. — Ele não é meu protetor, — ele disse,
odiando que ele sentiu a necessidade de dizer qualquer coisa. Ele não
se importava com o que pensasse. Seus pensamentos não eram para ele
se importar. — Eu não preciso de um protetor.
Ela se virou para ele. — Oh? Então, por que você o emprega?
— Porque ele precisa de um protetor, — disse Fetu com um sorriso
malicioso.
Ela havia dito as palavras antes. No campo. Ele não precisava pedir a
ela para esclarecer, como elas permaneceram gravadas em sua
memória.
Ela o observou por tempo suficiente para perturbá-lo antes que ela
sorriu. — Eu não acho que estou em perigo de entrar em problemas,
americano.
Ele ligou a dupla. — Esta não é sua taberna, ainda. Foi o que você quis
dizer.
Ela não estava errada, mas nada na conversa estava ajudando. Mal
resistiu ao desejo de dizer a ambos que se calassem e dissessem: —
Estou certo, não estou? A taberna deve ser dela.
Para ter seu futuro, ela teve que esquecer seu passado. O que era
impossível, se ele estivesse com ela. Ele olhou para Sesily, a única irmã
que parecia remotamente disposta a perdoá-lo. — Por que ela não me
contou? — Calhoun também não teve que responder a isso. Mal
respondeu por ele. — Ela não confiava em não fazer jogos com ela. —
Ela não confiava nele, certamente. E ele não tinha feito nada além de
provar seu direito, intrigar e planejar e atirar uma festa da casa para
atraí-la para ele, em vez de lhe dizer a verdade. E arriscar tudo.
Tudo o que ele havia perdido de qualquer maneira.
Ele nunca deu razão para ela confiar nele.
Suas palavras daquela manhã - só que aquela manhã? Cristo, sentiu-se
como uma era-ecoada por ele como sua canção, doce, honesta e
melancólica. Final.
Amor não é suficiente.
Houve um tempo em que teria acontecido. Quando ele tinha sido tudo
o que ela desejara. Tudo o que ela já precisava. Mas ele estava muito
cego para ver que tudo o que tinha feito era para ele. Para a família
deles. Para o seu futuro. E quando ele entendeu, ela já havia sido
consertada no firmamento.
Ele assentiu, sabendo o que havia de vir depois. Sabendo que, se não
funcionasse, ele a perderia para sempre. E sabendo que ele não tinha
outra escolha.
Ele se virou para sair e Sesily o deteve. — Espera! Haven! O que nós
dizemos a ela?
Ele respondeu sem olhar para trás. — Diga a ela que não vou me casar
com Felicity Faircloth.
Ele atravessou a rua para fora, precisando de ar e um momento para
pensar. Virando as costas para a parede de paralelepípedos curvado,
ele fechou os olhos e respirou fundo, a dor apertada no peito
ameaçando consumi-lo.
Quando os abriu, foi encontrar dois homens brutais de pé na frente
dele, um alto e se inclinar com uma cicatriz perversa por sua bochecha
e uma bengala que parecia que não era mais projetado para ajudar no
equilíbrio do que era ajudar em vôo, e o outro mais curto, mais amplo
e com um rosto que evocaria escultura romana, se ele não visse um
retrato de crueldade.
Eles pareciam também virados para carteiristas ou lâminas de bêbado,
mas era Covent Garden, então ele disse: — Se você está procurando
uma briga, senhor, eu deveria avisar você que estou mais do que
disposto a dar isso. Encontre outro urso para picar.
O homem alto não hesitou em sua resposta. — Nós não estamos aqui
para brigar com você, Duque. — Mal não estava surpreso que o
conhecessem. Pareciam o tipo de homens que conheciam uma
quantidade razoável. — Pelo menos, não viemos por você. Mas agora
que vimos a maneira como você luta... — O homem assustado tentou
sua aprovação. — Não suponha que você estaria interessado em lutar
por nós. Bom.
— Eu não estou. — O outro - aquele com o rosto bonito e cruel - falou
então, sua voz baixa e gravada com o que parecia ser desuso. — Não.
Você seria um lixo nisso.
— Por que é isso?
O alto de novo. — Meu irmão, significa que existem dois tipos de
lutadores; aqueles que se destacam na luta, não importa o que, e
aqueles que só se destacam quando algo que eles amam está na linha.
Você é o último.
Assim, ele sabia quem eram. — Você é o par que surrou Calhoun.
O alto inclinou a gola, o sorriso largo no rosto. — Apenas um pouco,
como foi, bem-vindo ao bairro. Calhoun lutou de volta, e bem. Nós
somos amigos, agora.
Mal assentiu, mesmo que duvidava de cada palavra. Ele fez uma pausa,
considerando os dois homens e todas as maneiras pelas quais ele
poderia arruiná-los se eles ousassem olhar sua esposa. Finalmente, ele
deu um pequeno grunhido e se inclinou. — Você está certo, você sabe.
Eu sou sincero quando algo que eu amo está na linha. E eu suponho
que você pode dizer isso porque você é cortado de um pano
semelhante.
Os homens o observaram com atenção, mas não disseram nada.
Mal manteve sua fúria e frustração em controle rígido. — Você me
ouça. Tudo o que eu amo está dentro desse lugar. Se alguma coisa
acontecer, eu venho por você.
Deus sabia que estava certo. Até aquele momento, Mal lutou por si
mesmo.
Capítulo 26
: :
Divorcio Ducal: Dia da Decisão!
12 de outubro de 1836,
Câmara dos Lordes, Parlamento
— Eu não o vejo.
Três dias depois que Mal deixou The Singing Sparrow sem uma
palavra, Sera recebeu uma palavra do Lord Chancellor, indicando que
"a questão da dissolução do seu casamento com o Duque de Haven, por
divórcio" deveria ser ocupada no salão de Câmara dos Lordes. Ela não
foi convidada a fazer uma declaração sobre o pedido dela nem foi
autorizada a contratar um advogado para o processo. As esposas não
eram entidades legais, e então ela simplesmente recebeu uma data e
hora.
— Bem, — Seline havia declarado quando Sera havia dito a suas irmãs
da missiva. — Pelo menos não devemos perder a nossa viagem
matutina.
E assim, aqui estavam elas, cada uma das Filhas Perigosas tendo sido
admitida na galeria de observação para sentar-se ao lado de sua irmã
como seu destino foi decidido abaixo, por quase duzentos homens
nascidos em pompa e privilégio. Bem, quase duzentos e seu pai, que
ganhara seu título em cartas, o que, se alguém pensasse demais sobre a
situação atual, poderia ter sido a razão pela qual eles estavam todos
sentados lá, na situação atual.
A questão era quase demais. Claro que queria, não é? Ela quis isso por
anos. Foi o que ela prometeu nos anos que não tinha tido nada. Depois
de ter perdido tudo - o casamento do qual ela sonhou, o marido que ela
amava, a criança que nascera, o futuro que ela imaginara. E quando ela
correu, ela até perdeu essas mulheres, suas irmãs.
O divórcio era fechar a porta para toda a perda e dar-lhe uma chance
de começar de novo. — Tudo o que eu já amei se transformou em lixo.
Tudo menos o Sparrow.
Por quase três anos, a única vez em que Sera já estive feliz estava no
palco, primeiro, em Boston como o Dove e depois aqui, como o
Sparrow. Na música, ela sempre se encontrava.
Sera olhou para o chão muito abaixo, ausente de Mal. Pensou nas
últimas três semanas, ausente de Mal. Onde ele estava? Ele decidiu não
estar aqui? Não persegui-la? Ele passou os últimos três anos
perseguindo-a. Ele viajou pelo continente. Ele partiu para Boston. Ele a
procurou.
Ele a amava.
Mesmo quando acreditava que ela tinha perdido tudo, ele a amava.
Sera o bebeu, admirando como ela poderia ter passado anos sem vê-lo
e agora, três semanas a deixaram desesperada por ele.
Isso foi um sorriso nos lábios? Ela não podia desviar o olhar dessa
expressão - não feliz e triste. O que estava acontecendo? — Ah. Bem.
Talvez, como estou aqui, agora, eu poderia ser capaz de votar
verbalmente?
Seu coração bateu. Ela também. Ela estava planejando buscá-lo, este
lendário duque elegível, e então ela tropeçou nele, e ele tinha sido
perfeito. E ela quase estava desapontada com o fato de ele ser o mesmo
homem que ela pensava pegar.
Claro que sim. E ele sabia disso. Ela a cantou na noite passada no
Sparrow. — Eu lembro.
— Não, Mal.
Eu acredito em você.
Capítulo 27
: :
Toda Duquesa Tem Seu Dia
— Não tenho dúvida, — disse ele, odiando aqueles homens por tê-la no
momento em que ele estava tão ansiosamente procurando por ela.
Ele não poderia ter parado de se mover para ela, e nem se tivesse tido
a força de dez homens. Mas, milagrosamente, quando chegou à janela,
encontrou uma maneira de resistir a tocá-la, em vez de sentar-se na
cadeira ao lado dela, querendo reivindicá-la, sabendo que não deveria.
Sabendo que, se o fizesse, ela poderia parar, e disposta a fazer qualquer
coisa para evitar isso.
— Você soa como eles. — Ela sorriu. — Eu não sou tão frágil.
Fim
Nota do autor
A história de Haven e Sera me assombrou por mais tempo do que posso dizer - desde muito
antes de terem nomes e assumiram o centro do palco em The Rogue Not Taken como o
catalisador da história de amor de Sophie e King. O Dia da Duquesa é uma história de encontrar
a esperança da tristeza - de um casamento que pode nunca funcionar e uma perda que nunca
pode ser superada - e quando me sentei para escrever, não tinha idéia de que se tornaria a
história de tantas mulheres que conheci, mulheres que me surpreenderam com a força e a
capacidade de enfrentar um futuro incerto. Eu não poderia ter previsto que, ao longo da escrita
deste livro, eu ficaria tão inspirado por tantos amigos, familiares, leitores, estranhos, todos
feitos de beleza e aço. Sera é para todos vocês.
Embora possa parecer que o divórcio de Sera e Haven foi facilmente obtido, os eventos na
história são um reflexo surpreendentemente próximo dos processos de divórcio na Câmara dos
Lordes no início do século XIX. Até 1857, as mulheres eram largamente excluídas da petição de
divórcio, já que as esposas não tinham personagem legal. Além disso, as esposas não podiam
testemunhar em seu próprio nome no Parlamento, o que fez o divórcio com base em qualquer
outra coisa que não fosse o adulterio feminino complicado. No final de 1700, no entanto, uma
mudança ocorreu na forma como o Parlamento e a sociedade viram o casamento - como menos
exigência de propriedade e mais uma possibilidade de felicidade - e as petições de divórcio
aumentaram significativamente. . . juntamente com a colusão do cônjuge. Essencialmente,
Homens e mulheres presos em casamentos infelizes trabalhavam em conjunto para alcançar
seu objetivo comum - geralmente com um espectador inocente sendo arrastado para o ardil
como testemunha do adultério de uma esposa. Um voto parlamentar rápido (embora caro)
resultou na dissolução do casamento e todos foram livres para se casar com seus amantes.
Fiquei chocado com a facilidade com que um casal rico e poderoso pode obter um divórcio - e
fascinado com a idéia de que maridos e esposas possam trabalhar juntos para fazer isso. Para
uma história rica e fascinante de divórcio na Inglaterra, eu recomendo Lawrence Stone's Road
to Divorce, que era um companheiro constante enquanto eu escrevi - muito para a apreensão
de meu próprio marido. As extensas coleções parlamentares na Biblioteca Britânica também
foram essenciais para esta parte da história. Um voto parlamentar rápido (embora caro)
resultou na dissolução do casamento e todos foram livres para se casar com seus amantes.
Fiquei chocado com a facilidade com que um casal rico e poderoso pode obter um divórcio - e
fascinado com a idéia de que maridos e esposas possam trabalhar juntos para fazer isso. Para
uma história rica e fascinante de divórcio na Inglaterra, eu recomendo Lawrence Stone's Road
to Divorce, que era um companheiro constante enquanto eu escrevi - muito para a apreensão
de meu próprio marido. As extensas coleções parlamentares na Biblioteca Britânica também
foram essenciais para esta parte da história. Um voto parlamentar rápido (embora caro)
resultou na dissolução do casamento e todos foram livres para se casar com seus amantes.
Fiquei chocado com a facilidade com que um casal rico e poderoso pode obter um divórcio - e
fascinado com a idéia de que maridos e esposas possam trabalhar juntos para fazer isso. Para
uma história rica e fascinante de divórcio na Inglaterra, eu recomendo Lawrence Stone's Road
to Divorce, que era um companheiro constante enquanto eu escrevi - muito para a apreensão
de meu próprio marido. As extensas coleções parlamentares na Biblioteca Britânica também
foram essenciais para esta parte da história. Fiquei chocado com a facilidade com que um casal
rico e poderoso pode obter um divórcio - e fascinado com a idéia de que maridos e esposas
possam trabalhar juntos para fazer isso. Para uma história rica e fascinante de divórcio na
Inglaterra, eu recomendo Lawrence Stone's Road to Divorce, que era um companheiro
constante enquanto eu escrevi - muito para a apreensão de meu próprio marido. As extensas
coleções parlamentares na Biblioteca Britânica também foram essenciais para esta parte da
história. Fiquei chocado com a facilidade com que um casal rico e poderoso pode obter um
divórcio - e fascinado com a idéia de que maridos e esposas possam trabalhar juntos para fazer
isso. Para uma história rica e fascinante de divórcio na Inglaterra, eu recomendo Lawrence
Stone's Road to Divorce, que era um companheiro constante enquanto eu escrevi - muito para
a apreensão de meu próprio marido. As extensas coleções parlamentares na Biblioteca Britânica
também foram essenciais para esta parte da história.
Uma nota sobre a música de Sera: "As senhoras espanholas" é uma antiga favela, anterior à
década de 1700, quando finalmente foi escrita; Eu também usei o "Oft in the Stilly Night" de
Thomas Moore e "The Last Rose of Summer". "Ela nasceu naquele dia no coração de um
menino" é minha, com muitos agradecimentos a uma antiga barraca francesa do café para a
inspiração titular.
Às vezes, um pedaço de história segura você e não vai deixar. Por vários anos (e vários livros),
procurei uma maneira de colocar um salão subaquático em uma história. O salão de baile é
real! Há um salão de baile subaquático quase idêntico no Witley Park, em Surrey, uma
propriedade maciça construída no final do século XIX por Whitaker Wright, um canalha
excêntrica milionária. Enquanto o salão subaquático de Witley foi construído na década de
1890, não havia razão para não ter existido na década de 1830 às mãos de um homem
desesperado por um monumento ao seu amor, já que os submarinos de metal e vidro já existiam
há mais de um século. Embora troquei o Netuno de Witley pelo Orion de Highley, peguei
emprestado liberalmente de fotos e contas de primeira pessoa de visitas ao salão de baile de
Witley, que, notavelmente, permanece intacto.
Como sempre, agradeço sem cessar a Carrie Feron, Carolyn Coons, e a excelente equipe da
Avon Books, incluindo Liate Stehlik, Shawn Nicholls, Pam Jaffee, Libby Collins, Tobly
McSmith, Carla Parker, Brian Grogan, Frank Albanese, Eileen DeWald, e Eleanor Mikucki.
Obrigado, também, a Steve Axelrod, que tem todas as melhores histórias.
Tenho a sorte de ter um marido que nunca me fez desejar torcer o Parlamento e os amigos que
são os melhores. Obrigado a Eric por uma calma imperturbável; para Lily Everett, Carrie Ryan
e Sophie Jordan para uma amizade inabalável; e para Bob, Tom, Felicity e todos no Krupa
Grocery para manter uma mesa livre para mim.
E para você, leitores maravilhosos, obrigado por confiar em mim, por me ler e por compartilhar
muito com vocês. Estes livros não são nada sem você. Espero que você se junte a mim em 2018
para a minha próxima série, com os Bastardos Bareknuckle e algumas mulheres jovens que
você encontrará familiar.