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Ano 9 - Nº 40
Fevereiro/2006
REVISTA OFICIAL DO SETOR DE ÁGUAS MINERAIS

ÁGUA&VIDA
M E R C A D O - S A Ú D E - S E R V I Ç O

IPT faz levantamento


mineral no Circuito
Paulista das Águas

Em breve, consumo
de água vai superar
o de refrigerantes

Bebidas energéticas
continuam em
franca expansão

Medidor de Vazão: saiba como será feita a fiscalização


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editorial

O Sol por testemunha


Começamos o ano abençoados por Deus e virão, com temperaturas acima da média,
bonitos por natureza, como diria Jorge Benjor. vem confirmar aquilo que a Abinam vem
Tivemos o melhor janeiro dos últimos anos, pregando à exaustão: não se constrói uma
com volume de vendas só comparável àque- fonte apenas com um poço e uma linha de
le registrado na época do Plano Cruzado. envase. É preciso encarar a atividade como
Em algumas regiões do país, o crescimento um empreendimento empresarial, instala-
chegou a 100%; em outras, normalmente do com a perspectiva de crescimento e não
quentes, ultrapassou, com certeza, os 50%. de sobrevivência (o DNPM
poderia contribuir nesse
Enfim, um banho de calor em nossas opera- sentido analisando com
ções que, se Deus quiser, nos aquecerá por mais critério os Planos de
todo o Verão. Se assim for, teremos recupe- Aproveitamento Econô-
rado em três meses os déficits acumulados mico). É preciso investir
ao longo do último Inverno e da chuvosa em máquinas, equipa-
Primavera. mentos, facilidades e ser-
viços que favoreçam a
Mas, se os resultados de vendas no período manutenção do ritmo de
justificam a plena alegria do setor, de outro produção em coerência
demonstram que ainda não estamos pre- com a demanda do mer-
parados para uma demanda desse porte. cado. Especialmente diante da perspectiva
E não por falta de água, mas porque toda de mudanças climáticas que favorecem o nos-
a cadeia produtiva ainda não está preparada so negócio e da tendência mundial de maior
adequadamente para o Verão. Fica evidente consumo de água.
que a falta de investimentos em equipamen-
tos e acessórios, que permitiriam aos enva- Para isso promovemos anualmente a Expo
sadores (e distribuidores) ampliar decisiva- Abinam, que tem como objetivo colocar os
mente suas vendas nesta época, comprome- envasadores frente-a-frente com os forne-
te a capacidade de entrega e limita a renta- cedores de todo o tipo de ferramentas es-
bilidade. E pior: não há como contornar essa senciais à indústria de águas minerais. Mui-
situação em meio às operações da estação. tos, entretanto, encaram a mostra apenas
como um show-room de produtos e não
As indústrias de embalagens, de rótulos, de como uma oportunidade de atualização e
tampas e outros acessórios estão saturadas, modernização de suas fontes. Até serem sur-
trabalhando no limite de suas capacidades preendidos pelo clima e pela expansão de
para atender à demanda das fontes e dos consumo, como ocorre agora.
distribuidores. O mesmo ocorre na área de
transporte. E quem não investiu na adoção Assim, esperamos que o próximo Verão, pa-
in house de novas tecnologias ou de produ- ra felicidade geral, seja testemunha não do
ção de insumos básicos não tem como fa- improviso deste ano, mas da absoluta coe-
zê-lo neste momento. Seria um contra-sen- rência entre produção e mercado.
so parar as linhas de envase para enxertos
de última hora.
CARLOS ALBERTO LANCIA
Este Verão, como outros que certamente Presidente
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índice
ÁGUA&VIDA
M E R C A D O - S A Ú D E - T U R I S M O

DIRETORIA
Presidente: Carlos Alberto Lancia EXPEDIENTE
1º Vice-Presidente: César Dib
2º Vice-Presidente: Carlos A. Ferreira COORDENAÇÃO EDITORIAL
Diretor-Secretário: Luiz Gonzaga de Bovi IMK Relações Públicas
Diretor-Tesoureiro: Ricardo Signorelli
EDITOR
CONSELHO FISCAL EFETIVO Fraterno Vieira
Valter Moreira Torres Jornalista Responsável - Mtb 7760
Andrei Rakowitsch
Roberto Gentil Ferreira da Silva CONSELHO EDITORIAL
SUPLENTES DA ABINAM
Marco Antonio Orlando Carlos Alberto Lancia
Olívia Augusta A. Macedo Costa Carlos Pedroza de Andrade
João Pedro Gomieri Dra. Petra S. Sanchez
SUCURSAL NORDESTE Ricardo Signorelli
Carlos Eugênio Castelletti COLABORARAM NESTA EDIÇÃO

02
EDITORIAL: VERÃO Rua Ernesto de Paula Santos, 187
REVELA DEFICIÊNCIAS Conjunto 2004 - Recife - PE. Carlos Alberto Lancia
Cep. 51021-330 - Tel. (81) 3326-2207
DO NOSSO SETOR e-mail: abinam-ne@abinam.com.br DIREÇÃO DE ARTE
Márcia de Azevedo
DELEGADOS REGIONAIS
Região Centro-Oeste ASSISTENTE DE ARTE

05
MEDIDOR DE VAZÃO: Murilo Tebet Thomé - MS Antonio Marcos G. Martinez
SAIBA COMO SERÁ Wilmar José Franzner - MT
FEITA A FISCALIZAÇÃO Região Nordeste ASSINATURAS
Rodrigo Lima Neto - SE Liliane Xavier Noleto
Carlos E. Castelletti - PE
Francisco Ferreira Sales - CE
Djalma Barbosa C. Jr. - RN

10
BEBIDAS ENERGÉTICAS
CONTINUAM EM Região Norte
César José Peron - RO
FRANCA EXPANSÃO Francisco Gervásio G. Pascoal - PA
Região Sudeste
José Angelo M. Rambalducci - ES
Robison F. Araújo - MG

12 EM BREVE, CONSUMO
DE ÁGUA VAI SUPERAR
O DE REFRIGERANTES
Carlos Antonio Ferreira - RJ
Região Sul
Augusto Mocellin Neto - PR
Rodrigo Vontobel - RS
Fahdo Thomé Neto - SC

ASSESSORIA CIENTÍFICA

19 AMÉRICA LATINA
CONSUMIU 31 BILHÕES DE
LITROS DE ÁGUA EM 2005
Petra S. Sanchez

ASSESSORIA JURÍDICA
Pedroza de Andrade Advogados
REDAÇÃO E PUBLICIDADE
Av. Brig. Faria Lima, 2639 - 9º andar
São Paulo - SP CEP 01452-000
Fone: (11) 3813-1300
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Fraterno Vieira Fax: (11) 3814-2924

22
IPT FAZ LEVANTAMENTO e-mail: imk@imk.com.br
MINERAL NO CIRCUITO SECRETARIA EXECUTIVA
PAULISTA DAS ÁGUAS Assessor da Diretoria Os artigos assinados são
Paulo de Souza
de responsabilidade exclusiva
Secretária Administrativa
Silvia S. Anciães dos autores.
Rua Pedroso Alvarenga, 584

33
ARTIGO: 7º andar - cj. 71 e 72 Os anúncios e informações publi-
ÁGUA MINERAL CEP 04531-001 São Paulo SP citárias são de responsabilidade exclusi-
E CHOCOLATE BELGA Tel.: (11) 3167-2008 Fax: (11) 3167-2542
va das empresas anunciantes.
e-mail: abinam@terra.com.br
http://www.abinam.com.br
4 Água&Vida
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fiscalização

MEDIDOR DE VAZÃO
Convênio Abinam/Receita vai definir forma de aplicação
Até que sejam definidas
outras diretrizes, setor deve
cumprir o que dispõe a
Instrução Normativa 587/05

A Receita Federal e a Abinam vão fa-


zer um convênio para, a partir da criação
de um Grupo de Trabalho, estudar o se-
tor de águas minerais e definir as dire-
trizes que vão orientar a aplicação da
Instrução Normativa 587/05, que dispõe
sobre a instalação de medidores de vazão
nas indústrias de refrigerantes e águas,
a exemplo do que já ocorre no setor cer-
vejeiro. O encontro com a Secretaria da
Receita foi solicitado pelo presidente da
Abinam, Carlos Alberto Lancia, para expor
as peculiaridades do setor e solicitar uma
solução coerente para medição da pro-
dução envasada de águas minerais.
A proposta foi feita pelo secretário-
adjunto da Receita Federal, Paulo Ricardo,
e pelo coordenador-geral de Fiscalização,
Marcelo Ficher, alegando que precisariam
visitar algumas indústrias de águas para
conhecer suas peculiaridades.
Participaram do encontro o presiden-
te da Abinam, a deputada Luiza Erun-
dina e o assessor Jurídico da entidade,
Carlos Pedroza.
Os dirigentes da Receita aconselha-
ram, porém, que todo o setor deveria se-
guir as recomendações da Instrução Nor-
mativa até que outras diretrizes venham
a ser definidas.

Aplicação do SMV
Embora a instalação do Sistema de Me-
dição de Vazão nas indústrias de águas
não deva ocorrer antes de 2007 é conve-
niente que os empresários do setor to-
mem ciência da abrangência da medida
e de como ela será aplicada.
Segundo a Receita, os objetivos prin-
cipais do sistema são combater a sone-
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fiscalização
gação das indústrias não éticas, reduzir
a concorrência desleal e aperfeiçoar as
análises do fisco sobre o setor e o cruza- Saiba mais sobre o Sistema
mento de informações.
Em evento realizado na Fundação Ge- de Medição de Vazão (SMV)
túlio Vargas por iniciativa da Associação
Brasileira das Indústrias de Refrigerantes, O Sistema de Medição de Vazão As medidas de condutividade elé-
com o objetivo de orientar seus associa- (SMV) tem como principais funções trica e de temperatura possibilitarão a
dos em relação ao SMV, dirigentes da Re- as medições de vazão, de condutivi- diferenciação entre as espécies de líqui-
ceita transmitiram algumas informações dade elétrica e de temperatura dos dos que alimentam uma enchedora.
que podem ser extensivas e válidas tam- líquidos que alimentam uma enche-
bém para a indústria de águas minerais. dora, o registro dos dados obtidos e • Registro das medidas obtidas
Conheça algumas delas: a disponibilização desses dados para de vazão, condutividade e tempera-
• O medidor de vazão ficará instala- uso da Secretaria da Receita Federal. tura e disponibilização dessas infor-
do na tubulação da enchedora e fará a lei- O SMV deverá monitorar conti- mações para uso da Secretaria da Re-
tura censitária em intervalos de 1 a 3 se- nuamente a produção de bebidas nos ceita Federal;
gundos, dependendo da variação do vo- estabelecimentos industriais onde es-
lume produzido. O sistema fará também tiver instalado, com a realização das • Comunicação Remota com sis-
a medida do fator de condutividade e a seguintes funções: temas da Secretaria da Receita Fe-
temperatura do líquido, para identificar deral, para a transferência das infor-
o produto que está sendo produzido na- • Medição da Vazão (isto é, volu- mações registradas.
quele momento e até mesmo para lim- me por unidade de tempo) dos líqui- A SRF poderá consultar o SMV a
peza do maquinário. dos que alimentam cada enchedora; qualquer momento, através de comu-
• As leituras serão armazenadas em As medidas de vazão fornecidas nicação remota, para obter informa-
um equipamento chamado de registra- pelo SMV permitirão estimar o volu- ções da produção de bebidas no es-
dor, dotado de um dispositivo de memó- me de bebidas produzido, em um pe- tabelecimento industrial.
ria capaz de acumular seis anos de regis- ríodo determinado de tempo, por es-
tro de informações. tabelecimento industrial. As Instituições habilitadas para
• Estão previstos também sistemas de executar a verificação de conformi-
segurança eletrônicos, um para garan- • Medição da Condutividade elé- dade dos sistemas de medição de
tir a confidencialidade de dados entre Re- trica e da temperatura dos líquidos vazão são: InMetro, IPT e Universida-
ceita e contribuinte; outro para defesa do que alimentam cada enchedora; de Federal de Santa Catarina.
SMV, dotado de chaves criptográficas.
• O envio de dados aos computado-
res da Receita será feito nos primeiros mi- buinte deverá solicitar à Receita a homo- cretaria Estadual da Fazenda, o Serpro, o
nutos do dia, envolvendo todos os regis- logação do SMV instalado, que prevê a InMetro, a Casa da Moeda e a Universi-
tros realizados nas últimas 24 horas. O visita técnica simultânea de diferentes ór- dade Federal de Santa Catarina. A visita
mesmo arquivo enviado à Receita será co- gãos, entre eles a própria Receita, a Se- terá a duração de dois dias.
piado para o fabricante, eletronicamen-
te, e encaminhado para um e-mail por
ele especificado.
• Os registros do SMV não eximem o
Instrução Normativa nº 587/05
fabricante da obrigação de arquivar do- Embora o prazo para cumprimento te- O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL,
cumentos contábeis e fiscais. Apenas os nha se encerrado no final de janeiro, re- no uso da atribuição que lhe confere o
arquivos relativos ao volume dos Medi- produzimos aqui na íntegra a Instrução inciso III do art. 230 do Regimento In-
dores de Vazão não serão exigidos. Normativa SRF nº 587, de 21 de dezem- terno da Secretaria da Receita Federal,
• Caso o SMV apresente algum tipo bro de 2005, publicada no Diário Oficial aprovado pela Portaria MF nº 30, de 25
de inoperância, o contribuinte terá que da União em 23.12.2005 para melhor de fevereiro de 2005, e tendo em vista o
avisar a Receita Federal e um controle pa- orientação dos envasadores. disposto nos arts. 36 a 38 da Medida Pro-
ralelo deverá ser acionado. visória nº 2.158-35, de 24 de agosto de
• O SMV será implantado e homolo- 2001, e no art. 5º da Lei nº 11.051, de
gado em três etapas: pré-qualificação de Dispõe sobre a instalação de equipa- 29 de dezembro de 2004, resolve:
sistemas, calibração dos sistemas e avalia- mentos medidores de vazão e condutiví-
ção de conformidade do SMV instalado. metros de que trata o art. 36 da Medida Art. 1º A instalação de equipamentos
• Após a homologação do sistema e Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto medidores de vazão e condutivímetros
a avaliação da conformidade, o contri- de 2001. e de aparelhos para o controle, registro
6 Água&Vida
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e gravação dos quantitativos medidos, II - os procedimentos relativos à ins- tativas dos fabricantes de bebidas pode-
de que trata o art. 36 da Medida Provi- talação, verificação de conformidade, e rão ser credenciados, mediante convê-
sória nº 2.158-35, de 24 de agosto de homologação e intervenção no SMV; nio, para, em conjunto com a Cofis, de-
2001, a que estão obrigados os estabele- III - os limites mínimos de produção finir e participar dos procedimentos de
cimentos industriais envasadores de pro- ou faturamento, a partir do qual os esta- que tratam os incisos I e II do caput
dutos classificados nas posições 2201, belecimentos ficarão obrigados à insta-
2202 e 2203 da Tabela de Incidência do lação do SMV; Art. 3º As pessoas jurídicas fabrican-
Imposto sobre Produtos Industrializados IV - os prazos nos quais os estabele- tes dos produtos classificados nas posi-
(Tipi), sujeitos ao regime de tributação cimentos industriais envasadores dos pro- ções 2201 e 2202 da Tipi ficam obriga-
de que trata a Lei nº 7.798, de 10 de ju- dutos classificados nas posições 2201 dos a comunicar à Cofis, até o dia 31 de
lho de 1989, dar-se-á em conformidade e 2202 da Tipi estarão obrigados à ins- janeiro de 2006:
com o disposto nesta Instrução Normativa. talação do SMV.
I - a relação de estabelecimentos in-
Parágrafo único. Os equipamentos e § 1º A homologação de que trata o dustriais envasadores e respectivo núme-
aparelhos especificados no caput, e de- inciso II do caput será efetuada pela Cofis, ro de inscrição no Cadastro Nacional da
mais componentes necessários à sua in- por intermédio de ADE publicado no DOU. Pessoa Jurídica (CNPJ);
tegração e implementação, constituem II - a quantidade de enchedoras em
o Sistema de Medição de Vazão (SMV). § 2º Os estabelecimentos industriais cada estabelecimento industrial infor-
envasadores dos produtos classificados mado no inciso I; e
Art. 2º A Coordenação-Geral de Fis- na posição 2203 da Tipi ficam obrigados III - a capacidade instalada de pro-
calização (Cofis), por intermédio de Ato ao uso do SMV, não podendo exercer suas dução anual em cada estabelecimento
Declaratório Executivo (ADE), publicado atividades sem prévia satisfação dessa exi- envasador, em litros.
no Diário Oficial da União (DOU), deve- gência, observado o disposto no inciso
rá estabelecer: III do caput. Parágrafo único. A não observância
I - as condições de funcionamento ao disposto no caput obriga os estabele-
e as características técnicas e de segu- § 3º Órgãos oficiais especializados e cimentos industriais da pessoa jurídica à
rança do SMV; entidades de âmbito nacional represen- instalação do SMV no prazo de seis me-
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resina pet
ses, contado a partir da publicação do I - de cinqüenta por cento do valor nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001.
ADE de que trata o art. 2º, incisos I e II. comercial da mercadoria produzida, não
inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), Art. 7º Fica formalmente revogada,
Art. 4º Em situações normais de ope- se, a partir do décimo dia subseqüente ao sem interrupção de sua força normati-
ração, o SMV permanecerá inteiramen- prazo fixado para a entrada em operação va, a Instrução Normativa SRF nº 265,
te lacrado, inacessível para ações de con- do sistema, o SMV não tiver sido insta- de 20 de dezembro de 2002.
figuração ou para interação manual di- lado em razão de impedimento criado
reta com o usuário, o qual deverá ser pro- pelo estabelecimento industrial; e Art. 8º Esta Instrução Normativa en-
vido de proteção adequada para supor- II - no valor de R$ 10.000,00 (dez mil tra em vigor na data de sua publicação.
tar as condições de umidade, tempera- reais), na hipótese de descumprimento ao
tura, substâncias corrosivas, esforço me- disposto no art. 37 da Medida Provisória JORGE ANTONIO DEHER RACHID
cânico e fadiga.

Art. 5º No caso de violação ou ino-


perância do SMV, o estabelecimento in-
dustrial envasador deverá comunicar a
ocorrência à unidade da Secretaria da
Receita Federal (SRF) com jurisdição so-
bre seu domicílio fiscal, no prazo de vin-
te e quatro horas, devendo manter con-
trole do volume de produção enquan-
to perdurar a ocorrência.

Art. 6º A cada período de apuração do


Imposto sobre Produtos Industrializados,
poderão ser aplicadas as seguintes multas:
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mercado

Mercado mundial de enegéticos


O mercado global de bebidas ener-
géticas cresceu 18% em 2004, chegan-
do a 2,4 bilhões de litros, como informa
relatório sobre o segmento divulgado pe-
la consultoria Zenith International. A ex-
pansão foi alavancada por vários fatores,
entre eles o lançamento de novos concei-
tos de energéticos, posicionamento do
produto, fortes investimentos em marke-
ting e abertura de mercados emergentes.
O conceito com base na cafeína para
estimular o corpo e a mente teve origem
no Japão e na Tailândia. Assim, a Ásia tor-
nou-se líder em produção e consumo do
produto, responsável por 58% do volume
total em 2004, mas sua liderança come-
ça a declinar diante do desenvolvimen-
to da categoria em outras regiões.
A América do Norte, por exemplo,
acaba de superar a Europa, na expecta-
tiva de tornar-se a segunda maior região
em share de mercado, com 15% de par-
ticipação em 2004. Depois de um início
tímido, as porcentagens de crescimento
da categoria têm sido da ordem de 68%
ao ano, desde 1999. A previsão é de que
os Estados Unidos tornem-se o maior mer-
cado nacional de energéticos até 2009.
“Embora as bebidas energéticas se-
jam em volume um pequeno nicho no

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universo dos soft drinks, sua contribui- dientes revitalizantes como vitamina C
ção em termos de crescimento e valor e extratos de schizandra, açaí e gengi-
premium são de longe muito significa- bre, entre outros. Formulações de bebidas
tivos”, observa a analista Sophie Carkeek, energéticas que utilizam muitos desses
da Zenith International. “Seu crescimen- ingredientes também estão sendo intro-
to sustentado confirma que o segmento duzidas em outras categorias, como refri-
tem grande potencial. A Red Bull man- gerantes carbonatados e chás gelados.
tém-se ainda como líder absoluta, mas Outros pontos destacados no rela-

os continua em forte expansão


o lançamento de novos tipos de produ- tório da Zenith indicam que a Tailândia
tos e a proliferação de marcas indicam registrou o maior consumo nacional em
que seu share está sendo gradualmente 2004, com 11,6 litros per capita, e que
reduzido”, acrescentou Sophie. América do Norte e Oriente Médio de-
A Red Bull mantém a fórmula tradi- verão elevar rapidamente suas taxas de
cional do seu energético, mas compa- crescimento nos próximos cinco anos.
nhias rivais estão formulando produtos Com base nas previsões de expansão glo-
com base em um amplo leque de novos bal da categoria, a Zenith prevê que o
ingredientes energéticos, como chá ver- consumo de bebidas energéticas chegará
de e erva mate, assim como em ingre- a 4,1 bilhões de litros em 2009.
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mercado

Consumo mundial de água deve superar


em breve o de refrigerantes carbonatados
E mais três ou quatro anos, o consu-
mo de águas envasadas estará empatado
com o de refrigerantes carbonatados no
mercado mundial. A previsão é da Zenith
International, divulgada em relatório so-
bre o mercado global de soft drinks em
2004. Segundo a consultoria britânica es-
pecializada em alimentos e bebidas, am-
bas as categorias chegarão a 2009 com
37% de participação nesse mercado. Daí
para a frente, mantendo-se a atual ten-
dência de consumo, a água deverá supe-
rar os refrigerantes em vendas globais.
Segundo o relatório da Zenith, divul-
gado em dezembro passado, o consumo
mundial de soft drinks cresceu 3,5% em
2004, chegando a 480 bilhões de litros,
equivalentes a 75 litros per capita. O cres-
cimento foi liderado por produtos mais
saudáveis como água, sucos naturais de
frutas e bebidas funcionais. desenvolvidas. Nesse cenário, destaca-se levando os consumidores a reverem suas
Embora os carbonatados tenham man- o consumo de águas envasadas, que fi- escolhas. O lançamento de novas opções
tido a maior fatia do mercado, com parti- cou com 34% de participação, apenas de produtos, sustentado por fortes apelos
cipação de 40% do volume global, os re- 6% abaixo dos carbonatados. à saúde, estão encorajando essa conver-
sultados de 2004 revelam que os consu- Segundo a Zenith, o destaque que vem são. Os carbonatados vão procurando
midores estão crescentemente buscan- sendo dado à questão da obesidade, a adaptar-se a essa tendência, mas as be-
do alternativas mais benéficas ao organis- par de debates sobre restrições à publi- bidas classificadas como “better for you”
mo, especialmente nas economias mais cidade e à venda de certos produtos, está já consolidam uma forte plataforma, con-
forme constata a Zenith.

Números do mercado
Na América do Norte, as vendas de
bebidas carbonatadas mantiveram-se es-
táveis em 2003 e 2004. Na Europa, um
forte verão contribuiu para o crescimen-
to de 1,4% em 2003, mas em 2004 hou-
ve queda de 2,8% nas vendas.
Entretanto, nas economias emergen-
tes, os carbonatados continuam a con-
quistar altas taxas de expansão. Na Ásia
e Australásia, por exemplo, o consumo
cresceu, respectivamente, 5,7% e 5,6%
em 2003 e 2004, liderados pelo Paquis-
tão, Índia e China.
Ainda na Europa, em razão do mau
tempo, o consumo de água estancou em
4,7% de crescimento em 2004, depois de
registrar um recorde de 9,6% em 2003.
12 Água&Vida
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ceram 4% cada, enquanto na América


do Norte a margem foi de 2,7%. A Euro-
pa Ocidental foi a única região a regis-
trar queda de consumo de soft drinks
em 2004, da ordem de 2,7%, em razão
do fraco verão.

Outros dados revelados no rela-


tório da Zenith:

• Os Estados Unidos detêm o maior


mercado de soft drinks por margem,
com 24% de participação. Depois vêm
México, China e Brasil.
• Nos últimos cinco anos, o maior
crescimento em consumo de soft drinks
foi registrado na Indonésia: 145% desde
1999. Em segundo lugar vem a Índia,
com 133%.
• Nos próximos cinco anos, a pre-
visão é de que a China venha a respon-
As bebidas com frutas e os chás fizeram Somados todos os soft drinks, a maior der por 18% do mercado global, seguida
melhor, avançando 8,0%, impulsionados expansão em 2004 se deu em mercados pelos Estados Unidos, com 13%; e pelo
pelo surgimento das bebidas funcionais, em desenvolvimento, como a Ásia, que México e Brasil, com 5% cada.
incluindo drinks esportivos. Em termos registrou 8,7% de crescimento; o Orien- • A Zenith prevê que o mercado de
globais, os refrigerantes carbonatados te Médio, com 6,5%; e a África, 6,0%. soft drinks crescerá 20% até 2009, che-
não foram além de 1,8%. Europa Oriental e América Latina cres- gando a 575 bilhões de litros.
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comemoração
A festa dos 30 anos d
Envasadores, fornecedores da in-
dústria de águas minerais e amigos
da Abinam participaram do coque-
tel e jantar comemorativos dos 30
anos da entidade, realizados dia 16
de dezembro passado, no Hotel Me-
liá Jardim Europa, em São Paulo, e
oferecidos por Olívia Macedo, da
Água Mineral Cristalina. Através das
fotos aqui publicadas, oferecemos
um panorama dessa comemoração.

LANCIA, DR. ROBERTO, PEDROZA, OLÍVIA MACEDO, LUÍZ BOVI, CÉSAR DIB E VALTER TORRES

FERNANDO E LUANA MENDES

LANCIA E OLÍVIA CORTAM BOLO COMEMORATIVO AMARO PEDROZA, LILIAN DE CASTRO,


CARLOS PEDROZA E REINALDO MACIEL

RICARDO ALTGAUZEN E OLÍVIA MACEDO

VALTER, PETRA SANCHEZ, ROBERTO E SRA. ELIAS ARAÚJO GILBERTO MENEZES

VITOR, AMILCAR E MARCO AURÉLIO FERNANDO LIMA CÉSAR DIB, DEP. ARNALDO JARDIM E BOVI
E JOÃO RUOCCO
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s da Abinam

FÁBIO MENDONÇA, WILMA ARAÚJO, CÉSAR DIB, BENATTI E ESPOSA SÍLVIA, GRAZIELE, ANDRÉA E SANDRA
SOLANGE CAMPOS E RONALDO

CARLA E CARLOS PEDROZA WILMA ARAÚJO E CARLOS LANCIA BENATTI E CAPORRINO


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nota

Milainox ganha prêmio


de inovação tecnológica
A Milainox, empresa loca-
lizada em Piracicaba (SP), há
quinze anos no mercado, atua
na fabricação de máquinas en-
vasadoras, seladoras e datado-
ras de copos automáticas e me-
cânicas, mesas acumuladoras e es-
teiras transportadoras. Lançou na Ex-
po Abinam 2005, uma máquina de
alta capacidade para 7500 und/hora,
sendo premiada pela Abinam por ino-
vação tecnológica. Segundo Felício Gra-
nato, o equipamento tem baixa manuten-
ção, é totalmente mecânico, não necessita
de nenhum tipo de compressor de ar para
trabalhar, possui alimentação automáti-
ca dos copos, exatidão no envase e dosa-
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Água & Vida 40.qxt 2/15/06 9:49 AM Page 17

licitação

Marcas do Circuito Mineiro das


Águas podem voltar ao mercado

Fechadas desde 27 de junho de 2005, ties que serão arrecadados pela Code-
as fontes de águas minerais que envasam mig aos municípios sede das fontes. Co-
as marcas Araxá, Caxambu, Lambari e mo o royalty foi estipulado em pelo me-
Cambuquira poderão ser reabertas bre- nos R$18,00 por mil litros, a destinação
vemente, se houver interessados na lici- para cada município será da ordem de
tação promovida pela Codemig para es- R$800 mil, segundo cálculos da Compa-
colha da nova concessionária daquelas nhia de Desenvolvimeno de Minas Gerais.
fontes. O edital foi publicado em dezem- Não será aceita a participação de con-
bro passado, com prazo para entrega de sórcio, mas não há impedimento para
propostas até 16 de fevereiro. empresa estrangeira. As quatro fontes
Como se recorda, as quatro fontes têm capacidade para envase de 50 mi-
eram exploradas pela Superágua, que de- lhões de litros/ano.
cidiu encerrar suas operações depois de
uma longa demanda judicial proposta Turismo
pelo governo de Minas e que teve fim em Juntamente com o edital de licitação
2001 com o encerramento formal do seu foi lançado o Programa de Desenvolvi-
contrato de concessão. Ainda assim, a mento Econômico e Turístico do Circuito
Superágua manteve-se à frente das fontes das Águas de Minas Gerais, com recursos
por mais quatro anos, à espera de uma do governo do Estado de R$5,6 milhões,
definição por parte da Codemig. Em ju- que visa à revitalização da região.
nho passado, sem a perspectiva de solu- As ações propostas pelo governo de
ção, a empresa dediciu encerrar suas ope- Minas para Cambuquira compreendem
rações e abandonar definitivamente o a revitalização do Parque das Águas, prin-
mercado de águas. cipal atrativo turístico da cidade, com in-
vestimentos de R$1,3 milhão. Para Ca-
Licitação xambu está prevista a reforma comple-
O edital de licitação prevê a conces- ta do balneário, com recursos de R$2,9
são das quatro fontes por um período milhões. O restante R$1,4 milhão será
inicial de 15 anos, o compromisso de ma- destinado a Lambari, para obras de reur-
nutenção das marcas pelo novo conces- banização e de revitalização do Parque
sionário e a destinação de 80% dos royal- das Águas.

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