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para ajudar a transpor os inúmeros desafios futuros. Depois de mais de 10 anos tentando entrar na
União Europeia, Romênia e Bulgária perceberam em 2007, que o ingresso no bloco significa tanto
um importante passo para se aproximar do desenvolvimento, como o início de um período de
grandes desafios.
O principal interesse da União Europeia na entrada desses dois países é estender sua
fronteira leste para se proteger, cada vez mais, de possíveis “problemas com a Rússia”, com o
Oriente Médio e, principalmente com a Turquia, que há vários anos tem sua entrada negada na U.E.
OBS(1): O Reino Unido não faz mais parte da U.E, desde 31 de Janeiro de 2020.
OBS (2): Observe, através das setas azul (localização do território russo) e cinza (países da U.E),
que a entrada de Bulgária e Romênia, completam a formação de uma “barreira” que interpõe uma
série de países entre a Rússia e o “coração” do bloco europeu (Alemanha, França e Itália).
OBS(3): A União Europeia consome 70% do petróleo e 65% do gás exportado pela Rússia.
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Mapa 2: Mar Negro: parceria econômica e rivalidade geopolítica.
OBS(4): O Mar Negro é uma rota fundamental na grande parceria comercial da U.E com a
Rússia.
OBS(5): Observe, através das indicações na cor verde, que a Geórgia foi alvo de incursões russas
em 2009, bem como o porto de Sebastopol, este último, parte da região da Crimeia, a qual a
Rússia reincorporou ao seu território, em 2014, mesmo sem acordo com a Ucrânia. Em azul, estão
sublinhados os territórios de Bulgária e Romênia, que “protegem”, estrategicamente, o coração da
U.E.
A chegada de 2007 foi celebrada em todo o mundo com festas e fogos de artifícios tradicionais, mas
enquanto a comemoração foi intensa na Bulgária e na Romênia, que a partir de agora fazem parte da
União Europeia, a virada foi marcada por atentados terroristas na Espanha.
Festa cancelada
Em Madri, o atentado cometido no último sábado pela organização separatista armada ETA (Pátria
Basca e Liberdade) no aeroporto internacional da capital espanhola provocou a suspensão de um
espetáculo de luz e som marcado para celebrar a chegada de 2007.
Celebração na Europa
Horas antes, na Europa, concertos, fogos de artifícios, e sobretudo a comemoração da entrada da
Romênia na União Europeia levou às ruas da capital Bucareste dezenas de milhares de romenos.
Em Sófia (Bulgária), outros milhares de búlgaros celebravam a entrada de seu país no bloco
europeu. Com a entrada da Bulgária e da Romênia a partir de hoje, a UE terá 27 países-membros.
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Já a Eslovênia, que faz parte da UE desde a expansão de 2004, comemorou a adoção do euro a
partir de 2007. Este foi o primeiro país do leste europeu em que a moeda única europeia foi adotada.
Mercado comum
Durante a noite, a Bulgária derrubou barreiras alfandegárias em 15 pontos ao longo da fronteira
com a Grécia e a Romênia. Agora, todos os vizinhos fazem parte de um único mercado, o da União
Europeia.
Os controles alfandegários na fronteira da Bulgária com a Turquia, a Sérvia e a Macedônia, no
entanto, foram fortalecidos, de acordo com os padrões da UE, afirmou Asen Asenov, chefe da
agência de alfândegas.
Em Bucareste, o presidente da Romênia, Traian Basescu, comemorou o fim de 17 anos de reformas
que finalmente permitiram que os dois países, antigamente socialistas, se unissem à UE.
"Foi difícil, mas chegamos ao fim da jornada. É o caminho para nosso futuro, a estrada para nossa
alegria", disse o presidente a milhares de pessoas reunidas na University Square.
Para a população jovem urbana, que poderá estudar ou trabalhar com maior facilidade em outros
países europeus, o ingresso de seus países na UE é motivo de comemoração. Mas para a população
rural, a situação é bem diferente. Cerca de 3.000 pequenos agricultores não vão sobreviver à
acirrada concorrência europeia. Mas até quem cultiva áreas mais extensas e tem maiores chances de
sobrevivência está inseguro. Os agricultores ainda não sabem direito como serão distribuídos os
subsídios agrícolas1 europeus e não conhecem as rigorosas determinações da UE.
A Romênia e a Bulgária possivelmente ainda não têm condições de distribuir de forma sensata e
confiável as subvenções europeias. Pelo menos esta é a visão das autoridades em Bruxelas. Neste
sentido, ambos os países ainda permanecerão "sob observação" após o ingresso. Ambos os países
devem reportar-se para líderes da UE a cada seis meses para mostrar avanços em reformas
econômicas. Apesar de todos os problemas, a Romênia e a Bulgária são países empenhados em se
aproximar dos parâmetros da UE.
O dia 1º de janeiro de 2007 marca não apenas o ingresso da Bulgária na União Europeia (UE), mas
também o fim de uma era para o país: com o desligamento de mais dois reatores da usina nuclear de
Kozloduy, a Bulgária deixará de ser o maior exportador de energia dos Bálcãs. Não só isso: o país
poderá até se ver obrigado a importar energia. O fim das atividades dos reatores 3 e 4 – que, pelas
projeções do fabricante soviético, poderiam funcionar até 2010 e 2012, respectivamente – deverá
trazer graves prejuízos financeiros para o país. A usina de Kozloduy, situada 200 quilômetros ao
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Subsídios agrícolas são incentivos dados pelo Estado para que os agricultores tenham seu custo de produção
diminuído e possam, portanto, competir com mais força nos mercados interno e externo. Esta prática dificulta
sobremaneira as exportações agrícolas de países subdesenvolvidos como o Brasil para áreas mais ricas do
mundo, como a União Europeia.
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norte de Sófia, às margens do rio Danúbio, fornece energia
para Albânia, Grécia, Macedônia, Romênia, Sérvia e Turquia. Mas a União Europeia se mostrou
irredutível. "A situação é muito clara", disse o responsável por energia nuclear da Comissão
Europeia, Roland Kobia. "O desligamento é uma obrigação que consta no tratado de adesão da
Bulgária. Não há nada para negociar."