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DAWN
Tradução: Cartaxo
Revisão Inicial: Gi Vagliengo
Revisão Final: Ami Mizuno
Leitura Final: PL
Formatação: Vivi
Eu dancei com o diabo na noite passada.
Ele sussurrou carinhosamente no meu ouvido memórias que eu pensei que tinha enterrado
há muito tempo.
Com suas grandes mãos cobrindo meu rosto, ele usou suas palavras para devolver a dor
que eu tinha apagado uma vez.
Ele disse-me da minha morte, lembrando-me da vida triste e miserável que estava por vir.
Com ele aqui, eu segui a sua liderança envolta em seus braços e sinto pavor diferente de
tudo que já conheci.
Eu dancei com o diabo na lua na noite passada, meu vestido vermelho brilhava quando ele
rodou ao vento.
Cascateava em torno de mim como se o oceano estivesse rosa, me fazendo voar mais alto e
mais alto, deixando medo e morte para atrás.
Sua risada ecoou por mim e eu olhei para os diabólicos belos olhos azuis.
— Seu vestido, meu amor, foi transformado em um profundo tom de azul e sua beleza
teria me deixado sem fôlego, se não fosse tão inequivocamente verdade.
Foi dito por muitos, uma e outra vez, que Satanás não está envolto em escamas vermelhas
com chifres hediondos e uma aguçada cauda vermelha.
Eu olho para o homem cujos braços eu aperto pela vida e percebo como estavam certos.
Eu dancei com o diabo através das estrelas na noite passada, nos braços do homem cuja
beleza rivaliza a de Adônis.
Seu cabelo tão escuro como as asas de um corvo, olhos cor de um céu na tempestade.
Enquanto ele não fala, eu me permito acreditar que o sonho é possível.
Eu acreditava que ele me amava.
Eu acreditava que ele foi injustamente amaldiçoado.
Eu acreditava que ele não permitiria que ninguém me machucasse.
Eu acreditava que pertencia a ele e só a ele.
Foi quando ele falou, a minha dúvida aumentou e aumentou, extinguindo as minhas
crenças nele.
Quando ele se gabou e se vangloriou, meus sonhos viraram pó.
E quando a minha dúvida veio à tona, ele terminou jogando com a minha pequena
existência tola.
Eu dancei com o diabo ontem à noite e, claro, no final, foi ele quem ganhou.
Quando terminou a nossa dança, o oceano sumiu, as nuvens diluíram e os meus ossos
quebraram quando eu caí e bati na terra, meu sangue derramado invisível por baixo do
vestido vermelho rubi, que esperançosamente ficou azul uma vez.
.
*** Este livro
contém descrições
explícitas de
violência e sexo,
linguagem obscena,
tortura, estupro,
assalto. Este livro
destina-se para
MADUROS MEMBROS
DA AUDIÊNCIA
SOMENTE e NÃO
destinados para os
fracos de coração,
nem pessoas com
quaisquer gatilhos.
***
Prólogo
Permitam-me apresentar... Eu sou Roman Payne. Eu
vivo minha vida da única maneira que eu considero
necessário. Você não vai concordar com as decisões que eu fiz
e vai me odiar pelas que eu não fiz. Eu não peço permissão de
ninguém, tampouco compreensão. Estou certo que enquanto
entrar no meu mundo sem autorização, como um voyeur que
olha em uma janela para ver uma mulher se despir, você
detestar minhas escolhas e ações, no entanto, lembre-se, eu
não pedi sua crítica ou a sua aprovação. Minha vida é vivida
com discrição e eu não procuro nem o perdão nem a sua
absolvição... nem das pessoas que andam à margem da vida
covardemente e com medo da interação mais básica.
Todo pecado que cometo, cada vida que termino, toda
alma que compro para assistir com gratificante diversão, uma
vez desaparece. Tenho feito completamente consciente... de
ver os meus pecados e transgressões afetar e alterar a vida
dos outros.
Minhas intenções são minhas e cada uma me
pertence.
Não continue lendo se você tem ilusões de minha
redenção ou se você está entretendo a ideia de que você vai
ser a única a me salvar com a sua empatia e amor. Você está
avisado, eu vou demolir as fantasias que você abriga de
encontrar o homem ferido, que só precisa de amor e
compreensão para vencer a podridão que se estabeleceu em
minha alma. Vou saborear a metamorfose, vou sorrir quando
eu assistir o horror do que eu realmente estou encravando
em você.
Eu estou aconselhando você a se afastar de mim
agora, mas nós dois sabemos que você não vai e isto me
agrada além das palavras. Foder o ódio e medo são o meu
sustento; preenchendo o vazio que vive dentro de minha alma
negra. Se você insistir em continuar, então vamos começar.
Ah e uma vez que nós terminarmos nossa jornada e
você começar a chorar, gemer e se queixar, eu te prometo
isto: Vou olhar profundamente em seus belos olhos e tocar
meus lábios suavemente nos seus enquanto inclino sua
cabeça para trás para abrir-se para mim... eu vou sorrir
enquanto eu cortar sua garganta.... Vou me empolgar com a
sensação de endorfina correndo pelo meu corpo. Vou assistir
sem fôlego, enquanto a vida sumir dos seus olhos e apreciarei
quando seu último suspiro for liberado com meu beijo.
Meu amor, lembre-se sempre, eu avisei.
Eu não era negligenciado fisicamente, mentalmente
ou espiritualmente quando era uma criança, nem meus pais
foram politicamente corretos ou particularmente cheios de si.
Eu nasci com a proverbial colher de prata na minha
boca. Respeito e aprovação de meu pai foi algo entregue
livremente enquanto minha mãe provia, abundantemente,
amor incondicional. Quando criança, meus pais levavam em
conta meus pensamentos e escolhas como considerações
sérias; mesmo na tenra idade de dois anos, meus
sentimentos e opiniões foram determinantes para a decisão
em uma discussão.
Meus anos de ensino foram tão normais quanto a
minha vida familiar. Tenho certeza que você quer olhar para
meus anos de escola em um esforço para descobrir a razão
pela qual deu errado? Eu estava intimidado, preferi a solidão
por causa da minha falta de companheiros? Não, eu era
bastante popular na escola e em todo o ensino médio com
ambos os sexos.
Será que eu tive que estuprar Brittany Sloan quando
eu perdi minha virgindade? Não, eu não tive. Eu queria, no
entanto, fazia com que fosse difícil insistir em uma garota que
caiu em você para pedir um pouco de sua atenção. Ajuda a
situação quando os anéis plásticos das cervejas que você
acabou de tomar mordem a carne macia do seu pescoço, a
emoção que se sente enquanto investe seu pau com força,
mais e mais, é multiplicado quando você empurra o plástico
mais apertado, enquanto luta mais. Você pode estar se
perguntando se era a minha intenção matá-la.
Permitam-me matar a sua curiosidade, eu estava
tentando fazer com que a experiência ficasse interessante e
memorável, infelizmente, quando se é um novato no jogo da
respiração1, a exuberância da juventude e inexperiência
podem facilmente transformar-se em uma montanha-russa
impulsionada pelos hormônios, deixando você sem fôlego,
atordoado e seu encontro de baile, morto.
Depois da inconveniente morte de Brittany, eu reagi
rapidamente enquanto uma lição de química avançada
imediatamente me veio à mente. Eu sabia que naquele
momento, a melhor maneira de esconder o que tinha
acontecido era empurrá-la pela rampa do incinerador em
nossa casa, com a ajuda de meu pai e alguns de seus
homens de maior confiança.
Uma vez que a eliminação e limpeza foi cuidada, meu
pai e eu tivemos uma conversa estranha, onde ele fez mais do
que falar e a base da nossa conversa de pai e filho foi que isso
nunca iria acontecer novamente.
Infelizmente, a palestra do meu pai caiu em ouvidos
surdos, porque as ocorrências da noite do baile já tinham
colocado em movimento uma nova fome dentro de mim, que
pediu para ser alimentada.
1 Breathplay – jogo da respiração, jogo com restrição de ar,
normalmente durante o sexo, para satisfação exótica.
E assim eu a alimentei. Durante todo o tempo,
avaliando minha estratégia, bem como o meu tempo. Nas
raras ocasiões em que meu controle se perdia, eu sabia que
não devia pedir ajuda ao meu pai.
Por último, mas não menos importante na lista de
possíveis razões por que eu sou quem eu sou e fazer o que eu
faço: eu sou do jeito que sou por causa de um nível de QI
baixo, possivelmente o tamanho do meu pênis está
compensando a minha falta de matéria cinzenta? Não,
felizmente sou capaz de desacreditar nessa direção que seu
pensamento está indo também. Sobressaí em todas as
minhas aulas, graduando-me um ano mais cedo com as
máximas honras.
Meu pai, o Sr. Payne, um general-tenente altamente
condecorado na marinha e de um grau ainda maior e de
prestigiada família, se assegurou que Harvard e Oxford
fossem altamente compensados, doando para vários fundos
diferentes, para garantir que o seu único herdeiro, seu
precioso filho, garantisse uma posição quando chegasse a
hora de escolher uma universidade.
Durante meus vinte e poucos anos, como todos os
jovens adultos fazem, eu me encontrei à procura da alma,
fazendo com que um lapso de julgamento me enviasse para a
escola de medicina com a intenção de me tornar um
psiquiatra. Felizmente, antes de começar a residência, eu
percebi o meu erro e optei por seguir a única coisa que eu
conheço melhor e amo.
Exatamente, meu amor... boceta.
Refletindo sobre as minhas escolhas, eu percebo que
não há realmente uma melhor combinação de disciplinas
para estudar. Enquanto eu estudava psicologia, aprendi o
"código". Eu não só aprendi, eu o traduzi. Eu dominei a
anatomia, fisiologia e psicologia do sexo feminino. Eu dominei
o processo emocional e biológico por trás de seu orgasmo.
Somente eu sei que a música que você responde, as notas
que tocam enquanto seu orgasmo se constrói, crescendo e
estrelas explodindo atrás de seus olhos. Só eu posso apagar
de sua memória todos os homens antes de mim, assim como
te arruinarei para qualquer homem que venha depois. Eu, em
essência, domino a arte que consiste em sua mente e seu
corpo.
Dependendo da natureza do meu jogo, quando eu
julgo você digna da minha atenção, nosso tempo juntos vai
deixar você saturada... se você está pingando com meu
sêmen ou o seu próprio sangue, ainda está para ser
determinado. Em todas as estradas que conduzem ao
nirvana, existem armadilhas.
Não permita-se tornar inadequada das minhas
atenções, pois, enquanto o ritmo de meu tédio aumenta, o
mesmo acontece com a liberação de sangue.
De você.
Para você.
O que eu estou tentando explicar é, não se torne
indigna de meus afetos. Quanto mais rápido fico entediado,
mais rápido tirarei sangue em um esforço para você... é tudo
para você, meu amor. Eu só estou tentando ajudá-la a
recuperar o meu interesse.
Lembre-se sempre, tudo o que faço para mim, em troca, eu
estou fazendo para você.
Deixe-me arriscar um palpite... Se você é digna de
seu salário, porque você fez uma pesquisa no Google e a dita
pesquisa revelou apenas o que eu já tenho compartilhado,
infelizmente, a coloca em desvantagem, porque quando eu
me concentro em você, a presa, você vai me seguir
cegamente, o predador, enquanto eu a sacrifico sob a
segurança de um lugar público, enquanto o sorriso no meu
rosto mascara minhas intenções de arruiná-la
completamente.
Depois de minha residência em ginecologia, voltei
para casa em Seattle e comecei meu próprio escritório na
Broadway. Eu construí um escritório luxuoso que somente
pela aparência, seria necessário que as pacientes fossem
membros do escalão superior constituído por socialites, a
esposa do prefeito, a esposa do Governador, quem era
importante, suas esposas e filhas seriam minhas pacientes.
Muitos colegas médicos queriam fundir, todos
prometendo um aumento de pacientes, dinheiro e negócios,
no entanto, eu não trabalho bem com outros e uma
combinação iria colocar outra pessoa muito perto de minhas
atividades extracurriculares. Minha prática nunca foi sobre
dinheiro. Meu plano mestre era muito importante para mim
para permitir que qualquer possibilidade de arruiná-lo,
expondo meu bonito e diabólico plano.
Esse era sobre minha experiência e aprendizagem
com mulher após mulher, como praticar sinceridade e
desenvolver uma fachada carinhosa. Tudo enquanto fodia as
loucas e cortava as masoquistas.
Muitas mulheres ao longo dos anos tentaram
aprofundar em minha psique, na tentativa de descascar as
camadas e corrigir o que veem como quebrado. Elas me
seguraram e me amaram, depois de ser preenchidas com o
meu sêmen.
Pobres e lamentáveis tolas. Belezas ingênuas cujos
conceitos errôneos as cegaram de seu erro fatal; guiando-as e
obrigando-me a garantir que elas fossem quebradas além da
medida.
Agora, seja justo, eu adverti. Assim como eu avisei.
Entretanto, aqui te vejo... bem, então... desde que
nós fizemos as apresentações necessárias, vamos começar
com a história.
Prólogo
1986
— Papai! Não! Você é tão bruto! Eu juro que se você
não parar eu nunca vou gostar de você de novo. E eu vou te
dizer todos os dias você é o pior pai MUNDO!
O sorriso em seu rosto permaneceu enquanto seus
olhos procuraram em meu rosto mais sundae de chocolate
antes que ele passasse a ponta de seu polegar sobre sua
língua e limpasse o pegajoso sorvete.
— Pior pai do mundo, hein?
— Sim! — Eu empurrei a cabeça para trás para evitar
o polegar com saliva novamente. — O pior. Posso ir brincar
agora, por favor?
A grande mão do papai revolveu meu cabelo antes de
dizer:
— Tudo bem, vá. Quem sou eu para impedi-la de se
parecer como uma órfã? E, a propósito, She-Ra, ontem você
prometeu me dizer todos os dias que eu era o melhor pai do
MUNDO. O que aconteceu com isso?
Olhei por cima do meu ombro enquanto meus pés se
moviam mais rápido do que nunca em meus novos tênis.
— Saliva papai! Saliva é o que aconteceu!
Uma vez que cheguei ao lugar das brincadeiras,
acelerei o passo, correndo o mais rápido que pude antes de
mergulhar e aterrissar no último balanço disponível,
colocando meus dedos na casca da árvore para me empurrar
alto o suficiente para virar em torno do balanço, plantando
minha bunda no banco.
Depois de usar todos os músculos em ambas as
minhas pernas, eu balancei para a frente, em seguida, puxei
os elos da corrente. Eu empurrei meu peito para a frente e
joguei as pernas para trás, tanto quanto eu pude,
balançando-me.
Com meus olhos fechados inclinei a cabeça para trás
para sentir o sol no meu rosto e senti-me deixar ir e apenas
voar.
Eu amava balançar. Eu amava tanto, uma vez me
balancei por três horas seguidas e, um dia, eu iria balançar
por um dia inteiro. Era só esperar e ver. Estar em um
balanço era o meu lugar, onde tudo era perfeito. O vento
soprando no meu cabelo enquanto o balanço ia e voltava e
minha barriga se agitava antes de cada balanço para a frente.
Estava tão contente como um gato gordo em uma janela
quando a voz de algum punk me puxou de meu lugar feliz.
— Você! Tranças! Saia do meu balanço antes de eu
tire você. — Minha cabeça se moveu bruscamente para onde
a voz veio, bem a tempo de ouvir o grupo de rapazes mais
velhos do que eu, uivando de tanto rir.
— Tem seu nome nele? — Eu olhei para baixo
fingindo procurar o seu nome antes de olhar para cima. —
Não, eu acho que não. Vá brincar na caixa de areia até que
eu termine de balançar, idiota.
Na realidade, eles realmente não queriam o balanço,
porque deram a volta e foram na direção do grande super
tobogã, mas eu senti meus braços e pernas tremendo de
medo. Quando meus olhos observaram as mesas de
piquenique e bancos na área sombreada e não vi papai, eu
comecei a ficar com dor de barriga. Estava tão assustada.
Então, assim que papai caminhou de trás da fila com
uma coca grande e nachos em suas mãos, eu comecei a
relaxar. Eu pularia como eu costumava fazer, mas eu decidi
não. Eu não tinha certeza se minhas pernas trêmulas me
permitiriam pousar, então, ao invés, eu fixei meus
calcanhares me fazendo parar. Eu pulei fora do balanço e saí
correndo em direção a papai, só que tropecei em outro garoto,
tão forte, que eu aterrissei no meu traseiro.
Enquanto olhava de boca aberta para ele, ele se virou
para ir embora, mas parou. Depois de inclinar a cabeça para
o lado como se ele estivesse tentando ouvir algo, ele se virou
para mim.
— Você está bem? — Ele perguntou, sem fazer
qualquer movimento para me ajudar a levantar do chão.
— Ahh... Eu acho que estou. Você está bem?
— Claro que sim. Eu não estou no chão, não é? —
Seus olhos azuis brilharam quando ele sorriu e soube
imediatamente que ele era o menino mais bonito que já vi!
— Bem, você vai me ajudar a levantar? Ou apenas
ficar aí e sorrir? — Eu pulei do chão e espanei a terra de
minha bunda antes de oferecer a minha mão — Eu sou Mac.
Qual o seu nome?
Ele olhou para minha mão como se fosse uma mão
alienígena por alguns segundos, em seguida, passou os dedos
pelo cabelo preto.
Quando ele olhou para mim, ele estava sorrindo e
balançando a cabeça.
— Mac, é bom conhecê-la. Sou Rome. — Sua mão
envolveu suavemente a minha e a manteve por menos de um
segundo quando meu pai chamou meu nome, tirando-nos da
nossa pequena bolha.
— Mac! Vamos garota, temos que ir buscar os
meninos no treino de beisebol. — Eu olhei mais e acenei para
o meu pai, mas ele estava ocupado arrumando todas as
nossas coisas para notar.
— Bem, eu tenho que ir. Foi bom conhecê-lo. Hey,
em vez de Rome posso chamá-lo Romie? — Segurou minha
mão enquanto sorria.
— Ei, pequeno monstro rico! Você vai beijar a
marimacho ou o quê? — Ambos olhamos para cima, para ver
o grupo de garotos que me incomodaram quando estava
brincando no balanço.
— Cuide da sua vida, idiota. — Rome se virou antes
de se colocar na minha frente. — E a deixem em paz, ela não
fez nada para vocês punks. Se você tiver um problema com
ela, resolva comigo, entendeu?
Estiquei minha mão para puxar a manga de Rome.
— Rome, não...
— Mac, eu disse para vir! — Eu olhei para meu pai
antes de ver entre Rome e os punks. Eles não estavam se
aproximando, então eu tinha certeza que eles estavam
apenas falando merda.
— Vá em frente, Mac. Eles não vão fazer nada. — Ele
se virou e colocou a mão ao redor da minha, descansando
seu braço e ele a segurou por um segundo, sorrindo. — Eu
gosto de você, você é legal para uma menina.
Eu ri como uma garota, mas eu não pude evitar.
— Claro que eu sou legal. Você já conheceu uma
garota chamada Mac que não fosse legal?
— Mac! — Meu pai gritou novamente.
— Eu tenho que ir. Espero vê-lo aqui na próxima vez.
— Tirei minha mão da sua antes de correr em direção ao
estacionamento e gritar por cima do meu ombro — Hey,
Romie. Eu quase me esqueci de te dizer — Me virei, metade
correndo para trás — Você é bonitinho! — Joguei minha
confissão tão rápido quanto eu pude e virei, correndo em
super velocidade em meus sapatos novos, de volta para o
nosso carro.
Uma vez que eu estava no banco de trás e apertei o
cinto, meu pai olhou por cima do banco da frente.
— Você encontrou um novo amigo, abóbora? — Meu
rosto ruborizou e meu sorriso era maior do que nunca.
— Eu encontrei. Ele era bom. Um pouco estranho,
mas agradável.
— Bem, isso é bom, querida. — Papai virou para
cima o botão do rádio e as palavras da minha música favorita
“Against All Odds”, de Phil Collins preencheu o carro.
Quando olhei para trás, para olhar Rome mais uma
vez, antes de sair do estacionamento, o sorriso no meu rosto
caiu e minha mão cobriu minha boca enquanto eu
testemunhava a mais terrível visão em toda a minha vida.
— Papai, nós temos que voltar, meu amigo, aqueles
meninos. — O maior dos meninos estava puxando Rome
longe de um garoto magro e jogando-o no chão antes de bater
o pé em seu rosto, ele estava completamente quieto enquanto
os outros o cercavam, chutando várias vezes nas costas dele,
estômago, cabeça, em toda parte, mais e mais. — Papai! Por
Favor! Eles estão atingindo-o! Forte. Temos que ir ajudá-lo! —
Lágrimas escorriam pelo meu rosto e minha visão embaçou
quando papai virou para a estrada principal.
— É apenas meninos sendo meninos, Mac. Por que
você está tão chateada? Caramba, você quebrou o nariz do
Rick na semana passada com soco alto, ele disse que não
poderia aterrar, ontem você chutou Bobby nas bolas tão forte
que eu tive que levar o pobre menino ao pronto-socorro.
O riso do meu pai se misturou com as canções
quando eu olhei pela janela traseira repetindo a cena mais e
mais na minha cabeça. Tudo o que pude reunir como uma
resposta foi sussurrado e quebrado:
— Papai, eles não estavam brincando assim.
Ele não se virou naquele dia. Eu desejei em todas as
primeiras estrelas e orei antes de dormir cada noite que um
dia eu veria Rome novamente e me certificaria de que ele
estava bem.
Mas eu nunca mais o vi novamente.
Capítulo 1
1995
Estávamos na metade do fim deste semestre e era
meu último ano na Universidade. Meu Bacharelado em
Ciência da Psicologia, uma escolha que eu fiz pelo desafio que
eu acreditava que iria me ajudar a longo prazo estava ao
nosso alcance e apenas alguns meses de distância.
As braçadeiras apertavam o pescoço de Amanda
enquanto ela continuava a lutar. A visão de seus olhos
esbugalhados e os lábios ficando azuis fizera com que
investisse meu pau mais e mais rápido. Quando o meu
sêmen inundou sua boceta apertada, uma epifania invadiu a
minha mente. Eu vi mais claro do que eu já vi antes. Meus
olhos se moveram para os formulários da Universidade na
minha mesa do computador, todos os quais estavam
implorando para que começasse a minha residência com a
sua organização.
Arrebatando a faca do lado da cama, eu coloquei sob
os laços, cortando o plástico longe da garganta de Amanda.
Corri para os formulários em minha mesa e ouvi o baque do
corpo contra o chão enquanto sua respiração ofegante ecoava
contra as paredes do meu dormitório.
— O que Roman, o que era... Roman? — Sua voz
estava claramente distorcida e tão rouca como um veterano
que usava dois maços de cigarro por dia.
— Fale meu nome de novo e ele vai ser o último nome
a sair de seus lábios. — Eu falei por cima do meu ombro
enquanto folheava os formulários, a fim de encontrar a
melhor área para a residência de ginecologia. — Mulheres. —
Eu murmurei para mim mesmo, ainda me recuperando da
minha revelação. — É claro. Tudo sempre se resume a
mulheres.
Quando suas palavras grotescamente soaram em
desacordo com a minha, levou cada fibra do meu ser não
terminar o que eu comecei ao usar as braçadeiras.
— Mulheres? Não, malditamente não se resume a
mulheres! — Ela ficou gritando. Na minha visão periférica, eu
a vi deslizar seu corpo ágil em um vestido cinza escuro antes
de ficar de pé. — Rome, desculpe, o que é? O que há de
errado, o que eu fiz de errado?
— Amanda, não fez nada de errado, amor, você é
perfeita e uma pequena masoquista, mostrou-me a direção
que minha vida deve tomar. — Eu suspirei voltando-me para
ela antes de terminar — E agora, saia. — Com um sorriso
sardônico no meu rosto, eu acenei em direção à porta do
dormitório.
Seus olhos encheram de lágrimas enquanto ela sorria
tristemente e caminhava até a porta. A voz estava embargada
enquanto falava:
— Por favor, lembre-se que eu te amo. Adeus.
Depois que fechou a porta silenciosamente atrás
dela, meus olhos caíram no formulário e na minha caligrafia
perfeita, preenchi as informações necessárias. Uma vez que o
formulário foi preenchido, eu o coloquei dentro do envelope e
colei um selo sobre ele antes de ir para o escritório do
campus.
Voltando para o dormitório, meu olho foi capturado
por um frenesi de meninas chorando e homens que olhavam
como se vissem um fantasma. Carros de polícia e
ambulâncias estavam cercando os estudantes e dormitórios.
Um conhecido meu, Brad, vem correndo até mim balançando
a cabeça.
— Homem! Você sabe aquela garota com quem você
esteve saindo, Amanda? Acaba de saltar de cima dos
dormitórios das meninas! A polícia encontrou uma carta
presa em sua mão, mas eles não vão dizer o que está nela!
Meus olhos seguiram o rumo que sua mão estava
apontando sobre o caos resultante que se seguiu no campus.
— Alguém viu a carta antes das autoridades
chegarem aqui? — Eu calmamente perguntei.
Notei uma menina apontando um oficial em minha
direção antes de olhar para Brad, esperando que ele
respondesse.
— Não, não que eu saiba. A segurança do campus foi
quem a encontrou.
O oficial caminhou até mim com um bloco e uma
caneta em sua mão antes de perguntar:
— Você é o Sr. Roman Payne?
Minha mão firme se estendeu em direção a ele e
depois que ele embaralhou seu papel e caneta para a mão
esquerda, a dele se estendeu também.
— Eu sou.
— Eu sou detetive Heather Mackenzie. — Suas mãos
úmidas movimentavam-se lentamente para cima e para baixo
em uma desculpa patética de um aperto de mão. — Você
conhecia Amanda Robbins? — Perguntou ele, intensificando
seu aperto e estreitando os olhos nos meus.
— Conhecia. — Eu respondi, respeitosamente, sem
perder o olhar ou o contato da mão.
— Foi encontrada uma carta com a Srta. Robbins
insinuando que ela havia liberado bestas ou demônios que
tinha visto sob os olhos de Roman Payne e que ela estava
realmente arrependida e incapaz de continuar a viver. A
minha pergunta para você é: — Seu rosto estava quase sobre
o meu, nos colocando quase nariz com nariz antes que ele
terminasse — Você tem demônios e bestas dentro de si, Sr.
Payne?
Um sorriso retorceu meu lábio, quando estreitei
meus olhos nos seus e segurei a parte superior de seu braço,
tão forte quanto eu pude, sem deixar uma marca.
— Claro que sim, oficial. Todos nós temos demônios.
Quaisquer outras perguntas que você possa ter, eu não vou
responder sem a presença de meu advogado.
Quando me virei para ir embora, a voz do oficial me
fez hesitar um pouco, mas eu continuei seguindo em direção
ao meu prédio do dormitório.
— Não planeje quaisquer férias e se você tem
quaisquer planos que irá colocá-lo fora da cidade, eu sugiro
que cancele. Você vai me ver novamente, Sr. Payne e vou
obter respostas a respeito de por que a Senhorita Robbins
preferiu acabar com sua vida do que ser transferida de
universidade, ou voltar para casa.
— Bom dia, oficial. — Eu disse por cima do meu
ombro.
— Se você só sabe uma coisa sobre mim, saiba disso,
eu amo nada mais do que resolver todos quebra-cabeças e
este, esse quebra-cabeça, é um que irei resolver.
As portas do dormitório se fecharam com um golpe,
silenciando seu ataque verbal.
Apertei o botão do elevador para o meu andar
murmurando:
— Este não é um quebra-cabeça, é um jogo de
xadrez; é a minha vida e não há nenhuma maneira que você
vai saber o que te atingiu quando eu disser, “cheque mate. ”
2005
Chegando ao final de minha residência na
Universidade de Washington, a privação do sono e estresse foi
aumentando o número de erros por descuido, em uma taxa
que mesmo eu não poderia fazer vista grossa. Eu me sentia
fora de controle, sem uma solução para ajudar a suprimir a
minha necessidade de violência durante o sexo e, pela
primeira vez na minha vida, eu senti medo. Meu medo
decorria da minha incapacidade de me preocupar se me
pegavam ou não.
Embora, como se pode temer não ter medo?
Esta situação é o que me mantinha acordado à noite,
invadindo os meus sonhos; era também responsável pelo meu
descuido durante o dia.
— Ei, é só você nesta mesa? — Uma voz suave
feminina me tirou de meus pensamentos intrigantes.
A essência da beleza estava diante de mim. O sol
brilhava através de seus longos cabelos loiros, criando um
halo ao redor dela, seus olhos castanhos escuros cintilavam
enquanto se fixaram nos meus e seus lábios carnudos
sorriram quando ela franziu as sobrancelhas e perguntou:
— É um sim? Um não? Um dá o fora daqui Heather,
ou o quê? — Seu riso fez com que meu peito se contraísse,
prendendo as palavras na minha garganta.
Eu tossi para cobrir minha hesitação e saltei da
minha cadeira, empurrando os livros em minha bolsa
enquanto cuspia:
— Não, somente eu nesta mesa. Depois que você
rudemente interrompeu, por isso, agora, é você nesta mesa.
Aprenda a respeitar as regras da biblioteca. Eu acredito que
há uma universalmente conhecida como silêncio.
Dei a volta e saí rapidamente da biblioteca para o
meu carro. Só depois que eu estava sentado na minha
cadeira de couro atrás da minha mesa de carvalho maciço
com livros e arquivos de pacientes, Bach tocando no fundo,
eu me senti acalmar e respirei.
— Heather. — Eu murmurei enquanto ela flutuava
pela minha memória, seu perfume suave, seus olhos escuros.
Balancei minha cabeça e esfreguei minhas mãos pelo meu
rosto para apagar a imagem dela da minha mente. Só quando
ela não era nada mais do que uma névoa residual, eu fui
capaz de voltar a estudar para os meus exames semestrais.
Eu nunca iria admitir isso abertamente para outra
alma viva, mas desde que você está aqui para ler a minha
história que eu estou disposto a compartilhar com vocês, o
quão incrivelmente divertido eu encontro o meu destino, a
profissão que eu nasci não só para procurar, mas para
dominar e especializar-me nelas, tão em desacordo com
minhas atividades extracurriculares.
Atividades que estão se tornando mais atrozes em
cada encontro.
Em breve, estarei auxiliando as mulheres não só em
procriar, mas levando suas procriações a termo. Eu vou estar
usando seus órgãos sexuais para trazer o meu próprio
sucesso profissional: Trazendo vida.
Eu sou a vida em sua forma mais simples.
Tiro vidas, no entanto, me esforço para trazer vida.
Empurrar e puxar, o yin e yang, a luz e a escuridão, a vida...
e a morte.
Eu sou Roman William Payne.
Capítulo 2
2005
Minhas mãos bateram nas portas de vidro da sala de
conferências enquanto os meus ombros tensos as
empurraram para que se abrissem antes de entrar na reunião
já em andamento. Depois que eu arrumei meus arquivos
sobre a longa mesa retangular, minhas mãos deslizaram sob
o meu traseiro para endireitar minha saia antes de me sentar
e cruzar as pernas.
Uma vez que os meus arquivos estavam abertos,
olhei para os homens na sala e encontrei o sargento-detetive
estreitando seus olhos quando ele olhou para mim
— Bem? Mac, como foi o seu primeiro dia de aula?
Pelo que ouvi, você deixou a bola cair. Você me disse que eu
poderia confiar em você. Seu pai foi meu parceiro há mais de
20 anos, que Deus o tenha e ele é o único motivo pelo qual te
dei uma oportunidade nisso. Agora me diga, por que eu
deveria mantê-la neste caso?
Sério?
— Sério? Eu deixei cair a bola? Que bola? Foi meu
primeiro contato com o criminoso. Não é minha culpa que o
cara ficou louco, porque eu lhe fiz uma pergunta. Se você vai
me dar isso, então dê para mim, mas se você vai me
questionar e chamar-me sobre cada pequena coisa, eu prefiro
estar trabalhando na rua. — Agarrei meus arquivos e comecei
a me levantar, só para ser parada por suas mãos batendo na
mesa.
— Todo mundo para fora! Agora! Mac, você fica — Ele
levantou abruptamente, fazendo com que sua cadeira batesse
na parede por trás dele. Começou a andar pela sala como um
animal enjaulado. Depois de todos terem saído e a porta se
fechar, ele veio até mim e parou quando estávamos de pé,
cara a cara. — Você quer isso?
Eu enquadrei meus ombros e levantei meu queixo,
ocupando seu espaço pessoal antes de falar com os dentes
cerrados:
— Não, se você vai me dar, balançando-o na frente do
meu rosto, como uma cenoura. Eu posso ser jovem, mas eu
sou muito boa. Minha pontuação no teste e meu treinamento
de campo falam por si e você sabe disso. Tudo que eu peço é
para ser tratada como qualquer outro detetive. Eu preciso
que você pare de me tratar como sua filha, tio Jay. Você não
consegue entender isso? — Peguei meus arquivos enquanto ia
para a porta e antes que eu pudesse sair, o Detetive Sergeant,
Jay Steel, emitiu um último aviso:
— Mac, não me desaponte.
Meus olhos se encontraram com os dele,
entrecerrados por cima do meu ombro:
— Eu nunca o desapontei, Jay, funciona assim.