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RESUMO
O presente artigo busca apresentar a gestão do controle de qualidade em laboratório do
processo de produção do concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) e a verificação
final da qualidade do mesmo. A pesquisa em questão serve para explorar os problemas que
ocorrem no processo de produção da massa asfáltica, bem como apresentar quais os
métodos e ferramentas necessárias para realizar os ensaios, verificando se o produto está
dentro das normas e projetos pré-estabelecidos, percorrendo as etapas principais da
operação laboratorial de uma usina de asfalto para chegar à conclusão do produto final.
Com isso, destaca-se a importância dos procedimentos estudados aqui, já que eles
proporcionam uma maior durabilidade e qualidade do concreto.
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Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitario Toledo (2018)
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Mestre em Recursos Hídricos e Tecnologias Ambientais – UNESP (2008) e docente no Centro Universitário
Toledo.
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1. INTRODUÇÃO
1.1 História, a evolução dos meios de transportes terrestres
Segundo SENÇO (2007), o homem pré-histórico, na sua busca por alimento e água,
teve que desenvolver maneiras de deixar os trajetos entre sua caverna e os campos de caça
ou poços de água em condições que permitissem a sua passagem o mais fácil possível.
Assim, ele iniciava a idéia do princípio fundamental do transporte: melhorar o caminho de
passagem periódico entre pontos extremos e intermediários.
Durante esse período, ele precisava desviar do relevo ou do curso da água para
chegar ao seu destino. Com o passar do tempo, a necessidade de aumentar o volume e o
peso das cargas, assim como a distância percorrida, obrigou o homem a buscar alternativas
de passagem. O passo seguinte seria o ataque a natureza, pois até então o homem ainda era
inteiramente condicionado pelo meio ambiente e pela topografia dos terrenos por onde
circulava. Para tanto, o mesmo procurou exercer controle sobre o meio, alterando os
caminhos, cortando, aterrando e construindo obras de passagem sobre os cursos d’água,
elevações e depressões, de acordo com Senço (2007).
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1.3 Situação da malha rodoviária no Brasil
De acordo com os dados recentes publicados no anuário de transporte da
Confederação Nacional do Transporte – CNT (2018), somente 12,4% da malha rodoviária
brasileira é pavimentada, índice responsável pela movimentação de mais de 60% das
mercadorias e de mais de 90% dos passageiros. Essa mesma malha encontra-se com baixa
qualidade de infraestrutura, apresentando graves problemas, e segundo a confederação que
avalia trechos federais e estaduais pavimentados, das vias que foram analisadas, 61,8%
apresentam problemas, sendo consideradas: regulares, ruins ou péssimas.
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A razão pela qual esse material é tão utilizado na pavimentação se dá ao fato de
possuir características de um adesivo termoviscoelástico que assegura a forte união entre
os agregados da massa asfáltica, proporcionando maior flexibilidade e impermeabilidade
ao pavimento, porém sua termoviscoelasticidade manifesta-se no seu comportamento
mecânico, estando sujeito aos desgastes causados pela velocidade, tempo e pela
intensidade dos carregamentos aplicados à mesma (BERNUCCI et al. 2006).
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Peneira de Malha Quadrada
% em Massa,
ASTM Mm Passando
N° 40 0,42 100
N° 80 0,18 95 - 100
N° 200 0,075 65 - 100
Tabela 3: Granulometria do fíler.
Fonte: ET-DE-P00/027.
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Penira de Malha Designação
Tolerâncias
Quadrada I II III IV
ASTM mm % em Massa, Passando
2" 50,0 100 - - - -
1.1/2" 37,5 90 - 100 100 - - ± 7%
1" 25,0 75 - 100 90 - 100 - - ± 7%
3/4" 19,0 60 - 90 80 - 100 100 - ± 7%
1/2" 12,5 - - 90 - 100 - ± 7%
3/8" 9,5 35 - 65 45 - 80 70 - 90 100 ± 7%
N° 4 4,75 25 - 50 28 - 60 44 - 72 80 - 100 ± 5%
N° 10 2,0 20 - 40 20 - 45 22 - 50 50 - 90 ± 5%
N° 40 0,42 10 - 30 10 - 32 8 - 26 20 - 50 ± 5%
N° 80 0,18 5 - 20 8 - 20 4 - 16 7 - 28 ± 3%
N° 200 0,075 1-8 3-8 2 - 10 3 - 10 ± 2%
Ligação
Camadas Ligação (Binder) ou Rolamento Reperfilagem
Rolamento
Variação do teor
3,5 - 5,0 4,0 - 5,5 4,5 - 6,5 4,5 - 7,0
de ligante
Espessura
6,0 6,0 6,0 3,0
máxima (cm)
Tabela 4: Composições granulométricas.
Fonte: ET-DE-P00/27.
3. OBJETIVO
Este artigo tem como principal finalidade apresentar quais são os métodos, ensaios
e ferramentas utilizadas para manter o controle tecnológico em laboratório da produção do
concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), demonstrando como esse procedimento
garante maior qualidade ao produto, sendo um meio de diminuir as patologias do
pavimento flexível.
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4. METODOLOGIA
Na presente pesquisa se utiliza o método da revisão bibliográfica lançando mão de
pesquisas em bibliografias autorizadas e bem como de pesquisa em normas do seguimento,
a fim de verificar se a massa asfáltica produzida está de acordo com o projeto elaborado e
suas especificações.
• Determinação da penetração.
• Equivalente de areia.
• Granulometria dos agregados.
• Extração de Betume – Percentagem de betume em misturas betuminosas.
40 a 200 55 35
≥ 201 55 - 75 45 - 70
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Será utilizado também um penetrômetro, que é um aparelho que movimenta a haste
que suporta a agulha de penetração, devendo ser cuidadosamente calibrado, para que os
resultados de definição de penetração sejam precisos e exatos.
A agulha utilizada no ensaio precisa ser de aço inoxidável, com dureza HRC 40 a
HRC 60, altamente polida no acabamento final.Faz-se necessário a disposição de duas
agulhas, a agulha-padrão curta que possui um comprimento aproximadamente de 50 mm e
também a agulha-padrão longa, com aproximadamente 60 mm de comprimento, sendo que
ambas deverão possuir um diâmetro entre 1,00 mm e 1,02 mm.
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A seguir, a cápsula de alumínio é colocada na cuba de transferência e após
introduzida no banho d’água, em temperatura controlada de 25°C ± 0,1°C, durante o
mesmo tempo citado para o resfriamento.
O resultado deve ser a média obtida de no mínimo três penetrações, cujos valores
respeitem os limites indicados na Tabela 2:
0 até 49 2
50 até 149 4
O resultado obtido pelo ensaio serve como base para avaliar a consistência do
cimento asfáltico, que é sua resistência a fluir dependendo da temperatura, onde, quanto
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maior for seu grau de penetração mais mole e fluído ele é, assim, podendo determinar qual
tipo de aplicação para determinado tipo de cimento asfáltico.
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5.2.1 Aparelhagem para o ensaio de equivalente de areia
A norma DNER – ME 054/97 especifica que o material que passe na peneira de 4,8
mm é o que será utilizado como amostra. Se essa amostra inicial não estiver úmida ela
deverá ser umedecida antes do processo de peneiramento. Caso fique algum graúdo com
finos aderentes a ele que não se desprenda na hora do peneiramento, é necessário esfregá-
lo com as mãos para que se junte aos finos passantes na peneira.
Para esse método de ensaio é utilizada a mistura de uma solução concentrada (cloreto de
cálcio anidro, glicerina e solução de formaldeído), na quantidade de 125 ml para cada 5 L
de água, podendo ser utilizada de água destilada ou água corrente limpa, com finalidade de
desprender as partículas do material.
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o fundo da mesma, para levantar o material argiloso existente, até que atinja o círculo de
referência de 38 cm e aguardar 20 minutos com a proveta em repouso.
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Figura 5: Pistão de haste metálica. Figura 6: Garrafão com sifão.
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Assim, encerrado o ensaio, o material será aprovado e seguirá para determinadas
obras da engenharia, ou se for o caso, serão realizados outros tipos de ensaio, a depender
da necessidade. Poderá ocorrer também a reprovação e consequente descarte do material se
o ensaio não atender as demandas exigidas.
Sendo que o resultado obtido deverá ser igual ou superior a 55% para ser
considerado um material de boa qualidade.
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5.3.1 Ensaio granulométrico
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O prato é colocado no interior do aparelho e assim acionado suavemente,
aumentando a velocidade gradativamente até que a solução de solvente seja escoada.
Quando esgotar a primeira carga do solvente, desliga-se o aparelho e uma nova porção é
adicionada no prato. Esse processo é feito sucessivas vezes até que o solvente saia com a
cor clara.
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Assim que o agregado for recuperado, depois de seco será pesado. O Peso da
amostra antes do processo de extração menos o do agregado recuperado, dá o peso do
betume extraído.
• Espessura da camada.
• Alinhamentos.
• Acabamentos da superfície.
6.2 Alinhamentos
As verificações dos alinhamentos são feitas nos eixos e nos bordos durante os
trabalhos de locação e nivelamento, em todas as estacas de locação, onde esses desvios não
podem exceder ± 5 cm, de acordo com a norma DNIT 031/2004 – ET.
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6.3 Acabamentos da superfície
Segundo DNIT 031/2004 – ET, durante a execução de cada estaca de locação deve
ser feito o controle de acabamento da superfície do revestimento, utilizando de duas
réguas, uma de 3,0 m e outra de 1,20 m. Onde são colocadas em ângulo reto e paralelas ao
eixo da pista, respectivamente. Onde a variação da superfície quando analisada entre dois
pontos quaisquer de contato, não deve exceder 0,5 cm, quando for verificado com qualquer
uma das réguas.
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNUCCI, LiediBariani; et al. Pavimentação asfáltica - formação básica para engenheiros – Rio de
Janeiro: PETROBRAS, ABEDA, 2006. 40 p.
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BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico.
DNER-ME 054/97: Equivalente de areia. Rio de Janeiro: IPR, 1997. 10 p.
BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 155/2010 - ME: Material asfáltico
determinação da penetração. Rio de Janeiro: IPR, 2010. 7 p.
HOEL, Lester A.; GARBER, Nicholas J.; SADEK, Adel W. Engenharia de infraestrutura de transportes:
Uma integraçao multimodal. 2011.
SENÇO, Wlastermiler de. Manual de técnicas de pavimentação - São Paulo: Pini, 2007. 779 p.
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