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Gerenciamento de projetos com foco em tecnologia da informação módulo I

O planejamento estratégico Tópico 1.1


Chamamos de planejamento estratégico a função ou atividade empresarial de compor
planos para propor um posicionamento estratégico, permitir seu acompanhamento
quando da execução e ainda servir como base para revisões, caso se façam necessárias,
durante o período de seu cumprimento.

A gestão estratégica alia o planejamento estratégico, em todos os níveis da organização,


com as tomadas de decisão:
Esquema de planejamento: torna mais fácil a tomada de decisão e alocação de recurso;
Processo de planejamento: estimular o raciocínio e criatividade;
Sistema de valores: reforçar o envolvimento dos gerentes que deverão se comprometer
com a estratégia da organização.

O planejamento estratégico deverá, portanto, sob a ótica que temos conduzido esta revisão
conceitual, propor os planos gerais de condução da empresa, devidamente ajustados para
permitir também seu acompanhamento. É cenário onde se torna perceptivelmente crítico o
papel das informações, tanto na proposta das ideias no plano, quanto na sua execução.
Portanto, precisamos de informações para propor o plano em termos exequíveis, bem como
para possibilitar que o mesmo seja avaliado dinamicamente.

É nesta atividade que, em termos cada vez mais abrangentes, aparecem as ferramentas
informacionais aplicadas à gestão por métodos como o do Balanced Scorecard (BSC),
proposto originalmente em Kaplan e Norton (1997). Nestes métodos há o estabelecimento
de métricas e mecanismos considerados sofisticados se forem comparados com as funções
clássicas de controle gerencial, baseados geralmente na implementação de ferramentas de
tecnologia da informação e estrutura subjacente que garanta seu uso eficaz na organização.
Estas ferramentas, da qual o BSC pode ser considerado o melhor exemplo, em termos de
funcionalidades e adequação aos princípios da estratégia organizacional, permitem avaliar a
função da tecnologia da informação como instrumento de coleta, processamento e
disseminação do conhecimento estratégico da empresa.
Assim sendo, não só se pode afirmar que a função estratégica nas organizações é
requerente de informações e conhecimentos diversos, tornando-se típico alvo da tecnologia
da informação, mas que a própria TI aparece como aliada na formulação de planos como
elemento estratégico.

Gestão de projetos (de tecnologia da informação) Tópico 1.2


Conclui-se esta etapa de desenvolvimento dos conceitos, relacionando oque já foi visto até
o momento: projetos, gestão e tecnologia da informação.
O PMI® define gestão de projetos como sendo a aplicação de conhecimentos, habilidades,
ferramentas e técnicas nas atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos.
Ou seja, diante dos objetivos especificados e acordados (os requisitos), a gestão de
projetos é a disciplina de aplicar os conhecimentos que a organização já possui e pode
contratar de parceiros e participantes externos, ao lado de habilidades, ferramentas e
técnicas, para alcançá-los. Desta forma, a gestão de projetos assume um papel de
coordenação geral de vários esforços e trabalhos, para que de forma planejada, as
especificações de projeto, ou requisitos, sejam atingidas.
Na definição sobre gestão de projetos, proposta pelo PMI®, vemos com destaque:
● Aplicação de conhecimentos, técnicas, habilidades e ferramentas - coordenar,
portanto, o uso de todo o acervo de conhecimento dominado pela organização que
empreende o projeto.
● Atendimento às expectativas dos clientes e usuários finais do produto ou serviço
entregue - o projetista, o gestor de projetos e os executores devem ter consciência
para os anseios e necessidades dos clientes.
Equilibrar demandas de escopo, prazo, custos, riscos e qualidade, entre outras, não
sacrificando nenhum destes fatores absolutamente críticos para se afirmar o sucesso de um
projeto (pense, por exemplo num projeto que atinge resultados funcionais com atraso
severo de tempo ou ainda outro que termina no tempo correto, porém a um custo proibitivo,
ou por último, um projeto que, no dia certo e pelo custo previsto, entrega um resultado
totalmente inadequado para o cliente)
O PMI® ainda complementa a definição afirmando a importância, para a gestão de
projetos, de princípios conceituados pela teoria da administração, como técnicas de
negociação, tomadas de decisão, métodos de solução de problemas, formas e padrões de
comunicação, liderança e propostas de estruturas organizacionais.
O PMI® ainda contribui com a definição de gestão de projetos ao estruturar sua
abrangência em uma combinação de um grupo de cinco processos maiores, que são
descritos em função de subprocessos que os detalham, utilizando de habilidades e recursos
definidos em dez áreas de conhecimento. Assim sendo, temos a combinação entre a
definição de processos e das áreas de conhecimentos, estrutura que será definida a seguir.

Tais fatos contribuem significativamente, portanto, para que se deseje a aplicação das
técnicas de gestão de projetos aos projetos de tecnologia.
Gerenciamento de projetos com foco em tecnologia da informação módulo II

Projetos de software Tópico 2.1


Este grupo de projetos destina-se a prover as empresas e organizações que usam
tecnologia da informação com softwares para uso final ou de suporte (que são os softwares
que objetivam permitir o uso dos softwares finais, como os sistemas operacionais,
segurança, etc.). Os projetos de software são também estudados pela área da engenharia
de software, disciplina com a qual a gestão de projetos colabora bastante.

Os projetos de software cobrem, em essência, as etapas de:


● Motivação / Diagnóstico / Análise prévia de oportunidade
Etapa de conhecimento do problema a ser resolvido com a aplicação do software, a
finalidade de seu desenvolvimento, ou do domínio do problema, como a literatura da
área se refere a este fundamento.
● Análise do projeto
Onde são avaliadas questões de modelagem e projeto tanto lógico (descrição de
funcionamento, requisitos e inter-relacionamento entre componentes de software)
quanto físico (como os programas serão escritos) do sistema como um todo, visando
sua aplicação.
● Implementação
Colocação do software em condições de funcionamento final, implantação e
instalação de software nas máquinas que corresponderão pelo seu funcionamento,
treinamento de usuários finais, implantação de providências e procedimentos para
sua utilização.
● Manutenção
Procedimentos de continuidade e adequações às condições de uso em função de
mudanças do ambiente de negócios - como mudanças legais, de regras de
negócios, de relacionamentos entre usuários do software (como na fusão ou
incorporação de empresas). A manutenção visa possibilitar que o software prossiga
em condição de uso por maior período de tempo, dando-lhe a extensão do ciclo de
vida.

Defini-se que o processo de software é uma sequência de tarefas, ordenadas, gerenciáveis


no seu todo ou em cada parte, que visa produzir o projeto e implantar o software no
ambiente final de uso, envolvendo todas as ações internas e externas necessárias para este
objetivo. A função do engenheiro de software é configurar ou modelar este processo
segundo as demandas e possibilidades ou restrições da situação da empresa, baseando-se
nos fundamentos científicos e do mercado, cuidando para que este se mantenha sempre
atualizado, atendendo a parâmetros mínimos de qualidade, permitindo sua evolução e
adaptação positiva às inovações e outras situações do cenário competitivo.
A figura exemplifica uma sugestão geral para o processo de desenvolvimento de software.

Como um caso exemplo de fechamento, podemos citar a


implantação de um sistema de atendimento ao cliente que
possibilite a empresa a, posteriormente, desenvolver um
processo de CRM (Customer Relationship Management -
Gestão de Relacionamento ao cliente), onde implantamos
primeiramente as rotinas de entrada de dados, posteriormente
as configurações de postos de atendimento, depois de registros
das movimentações de atendimento e, finalmente, de emissão
de relatórios de atendimento e acompanhamento. Cada uma
destas etapas pode ser considerada uma parte do projeto em si,
um subprojeto.

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