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ROSEMARY FRANCISCO
SUMÁ RIO
Apresentação
Capítulo 1
Introdução ao gerenciamento quantitativo de projetos de
software
Capítulo 2
Estabelecendo um processo de medição para projetos de
software
Capítulo 3
Iniciando o uso do Controle Estatístico de Processos – CEP
Capítulo 4
Introdução aos gráficos de controle do CEP
Capítulo 5
Controlando estatisticamente os processos para gerenciar
quantitativamente os projetos
Referências
A autora
Informações técnicas
Gerenciamento quantitativo de projetos
A PRESENTA ÇÃ O
CAPÍTULO 1
Introdução ao gerenciamento quantitativo
de projetos de software
–
Este capítulo faz uma introdução aos principais conceitos acerca do
Gerenciamento Quantitativo de Projetos. Projeto e Gerenciamento de
Projeto são definidos, e a diferença entre gerenciar projetos e
gerenciar quantitativamente os projetos é ressaltada. Além disso, os
principais conceitos e abordagens que possibilitam o gerenciamento
quantitativo de projetos são revisados. Entre os conceitos, destacam-
se a definição de processos e as métricas de software. Em relação às
abordagens, apresentam-se as normas ISO/IEC 12207 e 15504, além
dos modelos de maturidade CMMI e MR-MPS.
1.1 Introdução
Elemento D efinição
Entradas Tudo o que é introduzido no processo e tem como
objetivo ser transformado ou fornecer dados e
informações. Pode ser do tipo lógico (dados dos
sistemas de informação) ou físico (materiais, bens).
Saídas Produto e/ou serviço resultante da execução do
processo. Pode ser do tipo lógico (dados dos
sistemas de informação) ou físico (materiais, bens).
Clientes São categorizados em Externos e Internos:
Clientes externos=são a razão da existência da
organização. Os clientes externos sempre utilizam
o produto/serviço prestado pela organização.
Clientes internos=todos os participantes de todos
os processos da organização.
Fornecedores São categorizados em Externos e Internos:
Fornecedores externos=fornecem entradas e estão
fora da organização.
Fornecedores internos=fornecem entradas e estão
dentro da organização.
Atividades Tem como objetivo processar as entradas para
produzir parte do produto do processo.
Papéis Toda atividade tem uma responsabilidade dentro do
Funcionais processo e é esta responsabilidade que o papel
funcional deve assumir.
Fonte: elaborado pela autora com base em Oliveira (2008) e Cruz (2006).
Nível D efinição
0 – Caracterizado por processo não existente ou que falha
Incompleto em atingir os seus objetivos.
1 – Inicial O processo geralmente atinge os objetivos, porém,
sem padrão de qualidade e sem controle de prazos e
custos.
2 – O processo é planejado e acompanhado e satisfaz
Gerenciado requisitos definidos de qualidade, prazo e custos.
3 – O processo é executado e gerenciado com uma
Estabelecido adaptação de um processo padrão definido, eficaz e
eficiente.
4 – O processo é executado dentro de limites de controle
Previsível definidos e com medições detalhadas e analisadas.
5 – Em O processo é melhorado continuamente de forma
otimização disciplinada.
Fonte: elaborado pela autora com base em Rocha, Souza e Barcellos (2012).
1. Implantação do processo:
2. Medição do processo:
3. Controle do processo:
Resumo do capítulo
CAPÍTULO 2
Estabelecendo um processo de medição
para projetos de software
–
Neste capítulo são apresentados métodos e abordagens que auxiliam
no estabelecimento de um processo de medição para processos e
projetos de software. Apresenta-se o modelo de processo de medição
proposto pelo MR-MPS, além de passos que podem ser seguidos para
a definição deste tipo de processo na organização. Demonstra-se o
uso das abordagens GQM e GQM Strategies como suporte para a
definição dos objetivos do processo de Medição. E, por fim, apresenta-
se os atributos de processo e sete métricas de controle de projeto que
podem apoiar na definição do que deve ser medido pelo processo de
medição estabelecido.
2.1 Introdução
A abordagem GQM é uma técnica que foi definida por Basili, Caldiera
e Rombach (1994) e tem como principal finalidade identificar
métricas significativas para gerenciar os processos e projetos de
software. De acordo com Pressman (2016), a abordagem enfatiza a
necessidade de: (1) estabelecer um objetivo de medição explícito e
que é específico para a atividade do processo ou característica do
produto que deve ser avaliada, (2) definir um conjunto de questões
que devem ser respondidas para atingir o objetivo e (3) identificar
métricas bem formuladas que ajudam a responder a essas questões.
A Figura 3 ilustra a estrutura da abordagem GQM.
Figura 3 – Abordagem GQM.
Fonte: Rocha, Souza e Barcellos (2012).
Indicadores de gerenciamento
Trabalho e Progresso;
Orçamento e Despesas;
Indicadores de qualidade
Fragmentação e Modularidade;
Retrabalho e Adaptabilidade;
Tempo médio entre falhas e Maturidade.
Resumo do capítulo
CAPÍTULO 3
Iniciando o uso do Controle Estatístico de
Processos – CEP
–
Este capítulo apresenta conceitos e procedimentos que são úteis para
iniciar o uso do Controle Estatístico de Processos – CEP. Para tanto,
apresenta-se a definição do CEP, além de suas principais
características. Também se menciona a necessidade da seleção de
processos críticos para a organização, antes de iniciar o uso do CEP.
Três métodos que podem apoiar nesta seleção de processos são
apresentados. Por fim, ressalta-se a necessidade da identificação de
medidas adequadas ao uso do CEP. Para isso, indica-se passos e
procedimentos que podem ser adotados para este fim.
3.1 Introdução
Fonte: elaborado pela autora com base em Rocha, Souza e Barcellos (2012).
Utilizar o CEP sem vislumbrar os benefícios reais da medição e sua
evolução, impacta em medidas inúteis ao pensamento estatístico.
Como consequência, será necessário despender tempo e recursos
para “arrumar a casa” antes de, efetivamente, realizar o controle
estatístico de processos. O CEP requer processos caracterizados por
medidas válidas e dados de qualidade que possam ser utilizados
para analisar o comportamento e a previsibilidade dos processos.
Quando uma organização não visa ao controle estatístico é muito
provável que precise realizar adequações nas medidas definidas e
nos dados coletados. Muitas vezes necessita também definir novas
medidas e coletar mais dados para, só então, iniciar as práticas do
controle estatístico (ROCHA; SOUZA; BARCELLOS, 2012).
Resumo do capítulo
CAPÍTULO 4
Introdução aos gráficos de controle do CEP
–
Neste capítulo é feita uma introdução acerca dos gráficos de controle
que podem ser utilizados para o controle estatístico dos processos de
software. É apresentado o conceito de variação e de que forma esta
variação pode impactar na estabilidade dos processos. São
demonstrados os dois tipos de causas que podem ser observadas nos
gráficos de controle, bem como são apresentadas a definição e as
principais características dos gráficos de controle. Por fim, um resumo
sobre os gráficos de controle existentes e exemplos de sua aplicação
são ilustrados.
4.1 Introdução
Va ria çã o Tota l
Além do teste da regra dos sete pode-se também fazer uso de outros
testes, como os 4 tipos de testes para detecção de situação “fora de
controle” propostos por Florac e Carleton (1999) mais os 6 tipos
acrescentados por Montgomery e Runger (2012) a esse conjunto de
testes. Esses 10 tipos de testes são apresentados no Quadro 11 a
seguir e a Figura 15 ilustra a aplicação dos 4 testes de Florac e
Carleton (1999) ao gráfico de controle.
Teste D efinição
Teste 1 Um ponto localizado fora dos limites de controle 3σ
Pelo menos dois pontos de três pontos consecutivos
Teste 2
localizados entre 2σ e 3σ
Pelo menos quatro pontos de cinco pontos
Teste 3
consecutivos localizados entre 1σ e 2σ
Pelo menos oito pontos consecutivos localizados de
Teste 4
um mesmo lado da linha central (LC)
Seis pontos em uma sequência crescente ou
Teste 5
decrescente
Quinze pontos em sequência entre a linha central LC
Teste 6
e 1σ (conhecido como zona C)
Quatorze pontos em sequência alternadamente para
Teste 7
cima e para baixo
Oito pontos em sequência de ambos os lados da
Teste 8 linha central com nenhum entre a linha central LC e
1σ
Teste 9 Um padrão não usual ou não aleatório de dados
Teste 10 Um ou mais pontos perto de um limite de alerta ou
de controle
Fonte: elaborado pela autora com base em Montgomery e Runger (2012).
Tipo
de Característica Exemplo
Gráfico
Para dados variáveis
X-bar e Adequado para analisar o Um gerente deseja
R comportamento do processo analisar a quantidade de
através de sub-agrupamentos horas semanais que são
de medidas obtidas, dedicadas em atividades
basicamente, sob as mesmas de manutenção. As horas
condições, em determinados de trabalho com
períodos de tempo. O gráfico X- manutenção são
bar (average) analisa a média registradas diariamente.
dos valores em cada sub- Para uma análise
agrupamento e o gráfico R semanal, os dados devem
(range) indica a variação ser sub-agrupados por
interna dos subgrupos. Se semana. Cada subgrupo
limita a subgrupos formados tem 5 observações (uma
por até 10 observações. para cada dia da semana).
X-bar e Aplicado nas mesmas situações Um gerente deseja
S que XbarR, mas também analisar a taxa de
considera subgrupos com mais inspeção de código das
de 10 observações. releases de um de seus
produtos. O produto tem 5
releases e em cada uma
delas foram realizadas 13
inspeções. Como a análise
desejada é por release, os
dados devem formar 5
subgrupos de 13
observações.
XmR Adequado para analisar o Um gerente deseja
comportamento de um analisar o esforço diário
processo quando uma mesma despendido com
medida é coletada manutenção no último
frequentemente. Nesse tipo de mês. Os dados do esforço
gráfico de controle o gráfico X são registrados
representa os valores diariamente. Nesse caso, o
individuais das medidas gerente deseja analisar
analisadas e o gráfico mX uma única variável
(moving range) representa a (esforço) medida
variação móvel existente entre frequentemente, sem
dois valores consecutivos. necessidade de criar
subgrupos.
XMmR Similar ao XmR, porém para Um gerente deseja
analisar as variações, é analisar o esforço diário
utilizada a mediana (XmR usa a despendido com
média), que pode ser mais manutenção no último
sensível às causas especiais, mês e observa que, entre
principalmente quando a os valores coletados, há
variação móvel (moving range) três que destoam
possui alguns valores que consideravelmente de
podem elevar ou diminuir os seus antecessores.
limites desnecessariamente.
mXmR Segue a mesma filosofia dos Um gerente de projetos de
gráficos XmR e XMmR, porém, software deseja analisar o
além de considerar a variação progresso do
móvel (moving range), desenvolvimento das
considera a média móvel unidades de um software.
(moving average). É adequado Para isso, mensalmente,
para avaliar as tendências do devem ser consideradas,
comportamento dos processos acumuladamente, as
ao longo do tempo, unidades que foram
considerando valores concluídas desde o início
acumulados. do projeto até o momento
atual.
Para dados atributos
C Chart Adequado para representar a Um gerente de projetos de
contagem de eventos em áreas software deseja analisar a
de observação constantes. quantidade de falhas de
um determinado software
registradas diariamente.
U Chart Adequado para representar a Um gerente de projetos de
contagem de eventos que software deseja analisar a
podem ser medidos em áreas quantidade de defeitos
de observação diferentes. Por encontrados por módulo
esse motivo, os limites de em um determinado
controle superior e inferior são software, sendo que cada
calculados para cada módulo tem um tamanho
observação. Antes de ser diferente.
realizada a comparação entre
os valores coletados eles
devem ser transformados em
taxas.
Z Chart Converte os valores de um U Idem U Chart.
Chart para a escala baseada
em sigma. É adequado para
visualizar tendências à
instabilidade no
comportamento do processo
por ser mais sensível quando
há grandes diferenças entre os
valores das observações.
Resumo do capítulo
CAPÍTULO 5
Controlando estatisticamente os
processos para gerenciar
quantitativamente os projetos
–
Este capítulo tem como objetivo esclarecer a relação entre o CEP e o
gerenciamento quantitativo de projetos de software. Para tanto, são
reforçadas a definição básica de projeto bem como as principais
características que o aproxima do processo. Também é apresentada a
inter-relação entre o CEP e o gerenciamento quantitativo de projetos.
Por fim, é apresentada uma abordagem que possibilita a adoção de
um programa de melhoria contínua para processos de software com
base no CEP.
5.1 Introdução
Item D efinição
Nome Requisitos
Propósito Entender o problema a ser resolvido
Entender as necessidades dos stakeholders (o que
os usuários desejam)
Definir os requisitos para a solução (o que o
sistema tem que fazer)
Definir os limites (escopo) do sistema
Identificar interfaces externas ao sistema
Identificar restrições técnicas na solução
Fornecer a base para o planejamento das
iterações
Fornecer a base inicial para a estimativa de custo
e cronograma
Para alcançar estes objetivos, é importante
compreender a definição e o escopo do problema
que se está tentando resolver. Os stakeholders são
identificados e o problema a ser resolvido é
definido.
Concordando com o problema a ser resolvido, os
Requisitos para o sistema são eliciados, organizados,
analisados, validados e especificados.
Durante todo o ciclo de vida, as mudanças nos
requisitos são gerenciadas.
Entradas Necessidades e restrições para o produto de software
Saídas Requisitos do software especificados
Clientes Stakeholders (clientes e usuários chave)
Patrocinadores
Equipe de Desenvolvimento de Software
No nível dos projetos, por sua vez, ocorre a gerência quantitativa dos
projetos, que consiste em gerenciar o desempenho dos processos
nos projetos, utilizando linhas de base e modelos de desempenho
estabelecidos no nível organizacional. Dessa forma, em cada projeto,
o desempenho dos processos no projeto é comparado com o
desempenho para ele esperado e, caso não seja condizente, ações
corretivas devem ser realizadas. O planejamento do projeto pode ser
realizado utilizando os modelos de desempenho definidos no nível
organizacional (ROCHA, SOUZA; BARCELLOS, 2012).
Outra questão que deve ser abordada diz respeito aos critérios que
possibilitam o sucesso de programas de melhoria contínua em uma
organização do segmento de desenvolvimento de software. Levando
em consideração que o desenvolvimento de software é uma
atividade intensiva em mão de obra criativa, fatores adversos podem
ocorrer e serem os causadores de situações “fora de controle”. Além
disso, o contexto qualitativo também dificulta na obtenção de um
conjunto grande de dados homogêneos. Dessa forma, para que os
conceitos apresentados neste livro sejam aplicados de maneira a
resultar em benefícios para a organização, sugere-se também que
sejam observados os seguintes critérios para a obtenção de um
gerenciamento quantitativo efetivo:
abordagem de equipe;
6. http://epf.eclipse.org/wikis/openuppt/.
Gerenciamento quantitativo de projetos
REF ERÊNCIA S
A A UTORA
Rosemary Francisco
Doutoranda em Administração (UNISINOS)
Editora Unisinos
Avenida Unisinos, 950, 93022-000, São Leopoldo, Rio Grande do Sul,
Brasil
editora@unisinos.br
www.edunisinos.com.br
ISBN ???-??-????-???-?
CDD 005.1
CDU 004.413
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Bibliotecária: Carla Maria Goulart de Moraes – CRB 10/1252)
Coleção EAD
Editor: Carlos Alberto Gianotti
Acompanhamento editorial: Jaqueline Fagundes Freitas
Revisão: Bianca Basile Parracho
Editoração: Guilherme Hockmüller