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Infecção Hospitalar
É um tema que depende da situação política e econômica da instituição, ou seja, para que o setor
que controla as infecções hospitalares tenha sucesso, ele precisa ter poder político e força
econômica.
Na idade antiga (600 a.C. - 200d.C.)já tinha uma rotina de documentação, ou seja, tudo que era
feito era documentado nas escrituras sagradas ou Vedas (medicina racional – tinha normas a
serem cumpridas). Os primeiros cirurgiões surgiram na Índia (civilização Indu), e já se
preconizava o uso de vestes brancas para fazer cirurgia, ter as unhas aparadas e ter o mínimo de
higiene para realizar um procedimento invasivo.
Na idade média já surgiram os primeiros hospitais (hospitalis em latim – aquele que recebe,
abriga, que presta assistência), que naturalmente eram rudimentares e quem atuava eram as
religiosas (por causa do cristianismo, que pregava ajudar o próximo, ajuda humanitária). Não
havia os cuidados de higiene, a arrumação não era boa, muitas vezes tinham dois pacientes no
mesmo leito. Foi um período terrível, de muitas guerras (cruzadas), muitas mortes, período que
tinha malária, sífilis, peste negra (dizimou grande parte da população da Europa, causada pela
Yersinia pestis).
Na idade moderna que começou a ter noção de que existiam seres microscópicos. Os
holandeses inventaram os microscópios para poder visualizar os seres pequenos que se
encontravam na saliva e outros.
Lister, um cirurgião inglês, preconizou a técnica para realização das cirurgias, ele entendia que
precisava de uma substancia antisséptica para impedir a infecção.
Origem infecciosa das doenças: começou com Louis Pasteur, descobriu que os micróbios
passavam por um processo de fermentação. Pasteurização inativa os microorganismos. E
descobriu também a vacina contra a raiva. Robert Koch também identificou micróbios, e
principalmente o bacilo da tuberculose e o vibrião da cólera.
Ate o sec. XX a humanidade estava tranquila com uso de antimicrobianos, mas em 1950 surgiram
os Estafilococus aureus resistentes à penicilina, e isso trouxe um alerta, e em 1958 criou-se nos
EUA a primeira comissão de infecção hospitalar, porque a resistência dessas bactérias levava os
pacientes a óbito. E os americanos começaram a organizar o controle das infecções por setores
dos hospitais e foi criado o NNISS (sistema nacional de vigilância), todos os paises usaram essa
metodologia. No Brasil só surgiu em 1986 onde a portaria 196 disse que era obrigado a presença
desse sistema de vigilância nos hospitais para controle de infecção hospitalar – teve mais
repercussão após a morte de Tancredo Neves. Em 1992 teve a profissionalização. Em 1998 teve
um regimento interno, para organização dos serviços de controle da infecção e um programa de
controle das infecções. A partir de 1999 a ANVISA passou a ter a coordenação nacional do
controle de infecções hospitalares e a partir de 2013/2015 – Programa Nacional de Segurança do
Paciente e Prevenção e Controle de I.R.A.S. (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde).
FORMSUS / DATASUS – Formulário online – o médico tem que mandar dados relativos aos
indicadores de infecção hospitalar (Vigilância em UTIs (VM, CVD, CVC), resistência microbiana,
infecção no sítio cirúrgico, óbitos), esses dados tem que ser enviados mensalmente.
O principal meio de disseminação de germes são as mãos dos profissionais, por isso é
importante lavar bem as mãos. Nos hospitais para combater MRSA só tem vancomicina, pois a
teicoplanina é uma medicação mais cara para ser comprada. Klebsiela produz beta lactamase de
espectro estendido – tem que estabelecer as medidas de isolamento e precauções adequadas. O
tratamento geralmente é empírico, associando meropenem com polimixina B. Nos hospitais
públicos só tem condição financeira de comprar fluconazol, pois os outros medicamentos
antifúngicos são mais caros.
Quando tem a desarmonia na fonte endógena e exógena (+ligado a surtos – menos frequente) e
que vai se instalar a infecção hospitalar.
IH do trato respiratório:
IH da corrente sanguínea:
presença de sinais inflamatórios no sitio de inserção. Logo, apenas a cultura de ponta de cateter
não serve para diagnostico, pois esse exame tem baixa especificidade. Quando tem o
pareamento de hemocultura positiva e ponta de cateter pelo mesmo germe, serve para o
diagnostico. Toda vez que tirar ponta de cateter vascular centrar tem que fazer hemocultura para
ter parâmetro de diagnostico. O principal meio de contaminação é a técnica (luva estéril, lavar as
mãos, colocar a roupa adequada).
IH de sitio cirúrgico:
Tempo de cirurgia maior que percentil 75, se a
cirurgia é contaminada e gravidade – ASA
(impressão do anestesista, se é hipertenso,
diabético, quanto maior o ASA maior o risco)
acima de 3 tem mais risco de infecção
hospitalar. A equipe hospitalar tem que estar
bem paramentada. O ambiente hospitalar é
fonte de contaminação quando algum aparelho
é esterilizado de forma errada, falha na
limpeza dos materiais, que geralmente
apresentam surtos nos hospitais.
Pesquisa de colonização nasal se faz
pelo swab nasal, podendo fazer uma descolonização antes da cirurgia, minimizando o impacto da
infecção.
Artigos críticos:
Artigos semi-críticos:
Contato com mucosa íntegra. Passam pela esterilização de alto risco com oxido de
etileno. Ex.: tubo endotraqueal, sonda vesical (descartado).
Artigos não-críticos:
Higienização hospitalar