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Inúmeras são as definições que os estudiosos estabeleceram e ainda

estabelecem na intenção de explicar o amor e suas reações naqueles que tem


o prazer ou o desprazer de lhe possuir. Cada cientista com suas distinções
opinativas, mas ao mesmo tempo convergentes para um sentimento que
direciona várias ações humanas.

Fala-se do amor das mais diversas formas: amor físico, amor platônico,
amor materno, amor a Deus, amor à vida. É o tipo de amor que tem relação
com o caráter da própria pessoa e a motiva a amar (no sentido de querer bem
e agir em prol).

As muitas dificuldades que essa diversidade de termos oferece, em


conjunto à suposta unidade de significado, ocorrem não só nos idiomas
modernos, mas também no grego e no latim. O grego possui outras palavras
para amor, cada qual denotando um sentido específico. No latim encontramos
amor, dilectio, charitas, bem como Eros, quando se refere ao amor
personificado numa deidade.

Amar também tem o sentido de gostar muito, sendo assim possível amar
qualquer ser vivo ou objeto.

Para os religiosos os três tipos de amor existentes são o amor ágape


como a base de uma pirâmide em cujo ápice estaria o amor sexual e na sua
mediana estaria o amor fraternal, ou seja, o amor sexual (eros) só poderia
existir se anteriormente surgisse o amor ágape e o amor fraternal.

Amor ágape: A palavra “ágape” é uma palavra grega usada na bíblia


para descrever um tipo de amor especial. Seria aquele amor que se dá e se
sacrifica pelo mais alto bem da outra pessoa. Esse amor tem duas
características principais:

 É completamente abnegado- busca aquilo que é melhor para


aquele que ama
 É amor comprometido- continua amando não importa o que
acontecer.

Tal amor, conforme a visão religiosa, pode ser expresso dos seguintes
modos: O amor é paciente, o amor é benigno, o amor não arde em ciúmes, o
amor não se ufana, o amor não se ensoberbece, o amor não se conduz
inconvenientemente, o amor não procura o seu próprio interesse, o amor não
se exaspera, o amor não se ressente do mal, o amor não se alegra com a
injustiça, o amor regozija-se com a verdade, o amor tudo sofre, o amor tudo
espera, o amor tudo suporta, o amor jamais acaba.
O amor ágape nesse contexto, não seria somente um sentimento
maravilhoso, mas também uma escolha definida da vontade, ou seja, quando
escolhe amar uma pessoa, age altruística e amavelmente para com essa
pessoa.

Amor fraternal: Este, na visão religiosa, seria o amor caloroso e a


afeição que temos para com os bons amigos- pessoas de quem gostamos e
com quem gostamos de estar. Descreve o amor entre irmãos.

O amor sexual: Primeiro, na visão religiosa, diferencia-se esse tipo de


amor da cobiça sexual (a qual seria o desejo ardente para satisfazer o apetite
sexual, sendo considerada egoísta, uma vez que a ênfase estaria em receber
alguma coisa). No aspecto cristão o amor sexual é aquele que deve existir
apenas com uma única pessoa. Mas o que dizer então acerca da atração
sexual? Bem! A atração sexual não é considerada pecaminosa, é considerado
errado o satisfazer de maneira errada esse impulso sexual.

Sendo assim todos esses tipos deveria coexistir de maneira harmoniosa


sem originar o sofrimento de ninguém. Devendo o amor sexual se materializar
apenas após o casamento, no qual a aliança representaria um compromisso
que só poderá ser quebrado diante de um adultério.

Para a visão científica ainda poderíamos subdividir o amor em:

Amor platônico: é uma expressão usada para designar um amor ideal,


alheio a interesses ou gozos. Um sentido popular pode ser o de um amor
impossível de se realizar, um amor perfeito, ideal, puro, casto.

Trata-se, contudo, de uma má interpretação da filosofia de Platão,


quando vincula o atributo "platônico" ao sentido de algo existente apenas no
plano das ideias. Porque Ideia em Platão não é uma cogitação da razão ou da
fantasia humana. É a realidade essencial. O mundo da matéria seria apenas
uma sombra que lembraria a luz da verdade essencial.

A expressão amor Platônico é uma interpretação equivocada do


conceito de Amor na filosofia de Platão. O amor em Platão é falta. Ou seja, o
amante busca no amado a Ideia - verdade essencial - que não possui. Nisto
supre a falta e se torna pleno, de modo dialético, recíproco.

Em contraposição ao conceito de Amor na filosofia de Platão está o


conceito de Paixão. A Paixão seria o desejo voltado exclusivamente para o
mundo das sombras, abandonando-se a busca da realidade essencial. O amor
em Platão não condena o sexo, ou as coisas da vida material.

Na obra Simpósio (de Platão), há uma passagem sobre o significado do


amor. Sócrates é o mais importante dentre os homens presentes. Ele diz que
na juventude foi iniciado na filosofia do amor por Diotima de Mantinea, que era
uma sacerdotisa. Diotima lhe ensinou a genealogia do amor e por isso as
ideias de Diotima estão na origem do conceito socrático-platônico do amor.
Segundo Joseph Campbell, "não é por acaso que Sócrates nomeia Diotima
como aquela que lhe deu as instruções e os métodos mais significativos para
amar/falar. A palavra falada por amor é uma palavra que vem das origens."

Perspectiva filosófica: Diferentemente do conceito de amor platônico,


quando se fala do amor em Platão estamos nos referindo ao pensamento deste
filósofo sobre o amor. A noção de amor é central no pensamento platônico. Em
seus diálogos, Sócrates dizia que o amor era a única coisa que ele podia
entender e falar com conhecimento de causa. Platão compara-o a uma caçada
(comparação aplicada também ao ato de conhecer) e distinguia três tipos de
amor: o amor terreno, do corpo; o amor da alma, celestial (que leva ao
conhecimento e o produz); e outro que é a mistura dos dois. Em todo caso o
amor, em Platão, é o desejo por algo que não se possui.

A temática do amor é comum a quase todos os filósofos gregos,


entendido como um princípio que governa a união dos elementos naturais e
como princípio de relação entre os seres humanos. Depois de Platão,
entretanto, só os platônicos e os neoplatônicos consideraram o amor um
conceito fundamental. Em Plutarco o amor é a aspiração daquilo que carece de
forma (ou só a tem minimamente) às formas puras e, em última instância, à
Forma Pura do Bem. Em "As Enéadas", Plotino trata do amor da alma à
inteligência; e na sua Epistola ad Marcelam, Porfírio menciona os quatro
princípios de Deus: a fé, a verdade, o amor e a esperança. No pensamento
neoplatônico, o conceito de amor tem um significado fundamentalmente
metafísico ou metafísico-religioso.

O amor original: O amor, para ocorrer, não importando os níveis: se


social, afetivo, paternal ou maternal, fraternal - que é o amor entre irmãos e
companheiros - deve obrigatoriamente ser permitido. O que significa ser amor
permitido? Bem, de fato quase nunca se pensa sobre isso porque passa tão
despercebido que se atribui a um comportamento natural do ser humano ou de
outros seres vivos. Mas não, a permissão aqui referida se toma por base um
sentimento de reciprocidade capaz de dar início e alargar as relações de
afetividade entre duas ou mais pessoas ou seres que estão em contato e que
por ventura vêm a nutrir um sentimento de afeição ou amor entre si.
A permissão ocorre em um nível de aceitação natural, mental ou físico,
no qual o ser dá abertura ao outro sem que sejam necessárias quaisquer
obrigações ou atitudes demeritórias ou confusas de nenhuma das partes. A
liberdade de amar, quando o sentimento preenche de alguma forma a alma e o
corpo e não somente por alguns minutos, dias ou meses, mas por muitos anos,
quiçá eternamente enquanto dure e mais nas lembranças e memórias.

Por que você me ama? Porque você permitiu. Essa frase remete ao
mais simples mecanismo de reciprocidade e lealdade, se um pergunta ao outro
a razão de seu sentimento de amor em direção a ele, a resposta só poderia ser
essa. A razão do sentimento de amor em direção a outra pessoa, recaí na
própria pessoa amada que, em seus gestos, palavras, pensamentos e ações
conferiu permissão a que a outra pessoa ou ser - podendo até ser um animal
de estimação - o dedicasse aquele sentimento de amor.

O amor pode ser entendido de diferentes formas, e tomado por certo,


conquanto é um sentimento, dessa forma é abstrato, sem forma, sem cor, sem
tamanho ou textura. Mas é por si só: O sentimento em excelência; o que quer
dizer que é o sentimento primário e inicial de todo e cada ser humano, animal
ou qualquer outro ser dotado de sentimentos e capacidade de raciocínio
natural.

Todos carecem de amor e querem reconhecer esse sentimento em si e


nos outros, não importando idade ou sexo. O amor é vital para nossas vidas
como o ar, e é notoriamente reconhecido que sem amor a criatura não
sobrevive, conquanto o amor equilibra e traz a paz de espírito quando é
necessário.

Eros: representa a parte consciente do amor que uma pessoa sente por
outra. É o amor que se liga de forma mais clara à atração física, e
frequentemente compele as pessoas a manterem um relacionamento amoroso
continuado. Nesse sentido também é sinônimo de relação sexual.

Psique: contrário ao eros, que representa o sentimento mais espiritual e


profundo.
Pragma: (do grego, "prática", "negócio") seria uma forma de amor que
prioriza o lado prático das coisas. O indivíduo avalia todas as possíveis
implicações antes de embarcar num romance. Se o namoro aparente tiver
futuro, ele investe. Se não, desiste. Cultiva uma lista de pré-requisitos para o
parceiro ou a parceira ideal e pondera muito antes de se comprometer. Procura
um bom pai ou uma boa mãe para os filhos e leva em conta o conforto material.
Está sempre cheio de perguntas. O que será que a minha família vai achar? Se
eu me casar, como estarei daqui a cinco anos? Como minha vida vai mudar se
eu me casar?

Amor interessado em fazer bem a si mesmo, Amor que espera algo em


troca.

Philia: Em grego, significa altruísmo, generosidade. A dedicação ao


outro vem sempre antes do próprio interesse. Quem pratica esse estilo de amor
entrega-se totalmente à relação e não se importa em abrir mão de certas
vontades para a satisfação do ser amado. Investe constantemente no
relacionamento, mesmo sem ser correspondido. Sente-se bem quando o outro
demonstra alegria. No limite, é capaz até mesmo de renunciar ao parceiro se
acreditar que ele pode ser mais feliz com outra pessoa. É visto por muitos,
como uma forma incondicional de amar.

Storge: É o nome da divindade grega da amizade. Por isso, quem tende


a ter esse estilo de amor valoriza a confiança mútua, o entrosamento e os
projetos compartilhados. O romance começa de maneira tão gradual que os
parceiros nem sabem dizer quando exatamente. A atração física não é o
principal. Os namorados-amigos não tendem a ter relacionamentos calorosos,
mas sim tranquilos e afetuosos. Preferem cativar a seduzir. E, em geral,
mantêm ligações bastante duradouras e estáveis. O que conta é a confiança
mútua e os valores compartilhados. Os amantes do tipo storge revelam
satisfação com a vida afetiva. Acontece geralmente entre grandes amigos.
Normalmente os casais com este tipo de amor conhecem muito bem um ao
outro.

Sexo: "Amor" vs. "sexo" -: a palavra amor pode ser entendida também
como sexo, quando usada em expressões como "fazer amor", "make love" (em
inglês), "hacer el amor" (em castelhano), "faire l'amour" (em francês). Os
hispanófonos, por exemplo, encontramos a palavra "amor" sendo, em geral,
substituída por variações de "querer", como em "yo te quiero", em detrimento
do possível "te amo" em espanhol.
Estilos de Amor

Susan Hendrick e Clyde Hendrick desenvolveram uma Escala de


Atitudes Amorosas baseados na teoria de Alan John Lee, teoria chamada
Estilos de amor. Lee identificou seis tipos básicos em sua teoria. Nestes tipos
as pessoas usam em suas relações interpessoais:

Eros - um amor apaixonado fundamentado e baseado na aparência


física

Psiquê - um amor "espiritual", baseado na mente e nos sentimentos


eternos

Ludus - o amor que é jogado como um jogo; amor brincalhão

Storge - um amor afetuoso que se desenvolve lentamente, com base


em similaridade

Pragma - amor pragmático, que visualiza apenas o momento e a


necessidade temporária, do agora

Mania - amor altamente emocional, instável; o estereótipo de amor


romântico

Agape - amor altruísta; espiritual

De acordo com a pesquisa de Hendrick e Hendrick, os homens tendem a


ser mais lúdicos e maníacos, enquanto as mulheres tendem a ser stórgicas e
pragmáticas. Relacionamentos baseados em amor de estilos semelhantes
tendem a durar mais tempo. Em 2007, pesquisadores da Universidade de
Pavia liderados pelo Dr. Enzo Emanuele forneceram provas da existência de
uma base genética para variações individuais em verificada na Teoria dos
Estilos amorosos de Lee. O Eros relaciona-se com a dopamina no sistema
nervoso e a Mania à serotonina.

Atração física: Na atração física reside os nossos instintos atrelados ao


nosso estado fisiológico como as necessidades sexuais, prazer e perpetuidade
da espécie.

Paixão: A paixão é um forte sentimento que se pode tomar até mesmo


como uma patologia provinda do amor. Manifestada a paixão em devida
circunstância, o indivíduo tende a ser menos racional, priorizando o instinto de
possuir o objeto que lhe causou o desejo. Sendo assim, o apaixonado pode
transcender seus limites no que tange a razão e, em situações extremas, beira
a obsessão.

Essa atração intensa e impetuosa está intimamente ligada à baixa de


serotonina no cérebro: substância química (neurotransmissor) responsável por
vários sentimentos e patologias, dentre eles a ansiedade e o estresse; a
depressão e a psicose obsessiva-compulsiva.

O Amor Interpessoal: se refere ao amor entre os seres humanos. É um


sentimento mais potente do que um simples gostar entre duas ou mais
pessoas. Sem amor refere-se aos sentimentos de amor que não são
reciprocidade. Amor Interpessoal é mais associado com relações interpessoais.
Tal amor pode existir entre familiares, amigos e casais. Há também uma série
de distúrbios psicológicos relacionados ao amor, como erotomania.

Alguns sentimentos que são frequentemente associados com Amor


Interpessoal: Carinho: sentimentos de ternura e / ou querendo proximidade
física

Atração: satisfazer necessidades básicas emocionais

Altruísmo: altruísta ou altruísta preocupação para outrem

Reciprocidade: se o amor é recíproco

Compromisso: um desejo de manter o amor

Intimidade emocional: a troca de emoções e sentimentos

Amizade: o espírito entre amigos

Parentesco: laços familiares

Paixão: desejo constante, sentido via modificação do ritmo cardíaco

Intimidade física: compartilhamento do espaço pessoal e íntimo

A auto-interesse: quando se visa recompensas

Serviço: desejo de ajudar

A sexualidade pode ser um elemento importante na determinação da


forma de um relacionamento. Enquanto a atração sexual, muitas vezes, cria um
novo vínculo sexual. Esta intenção, quando isolada, pode ser considerada
indesejável ou inadequada em certos tipos de amor. Em muitas religiões e
sistemas de ética é considerada errada, a maneira de agir sobre desejo sexual
para com a família de forma imediata. Como por exemplo: para as crianças, ou
fora de um relacionamento empenhado. No entanto, há muitas maneiras de
expressar amor apaixonado sem sexo. Afeto, intimidade emocional, partilha de
interesses e experiências são comuns nas amizades e amores de todos os
seres humanos.

Modelos científicos

As Ciências Biológicas tem modelos de amor que o descrevem como um


instinto de mamíferos, tal como fome ou sede. Na psicologia vê-se o amor
como mais de um fenômeno: social e cultural. Há provavelmente elementos de
verdade em ambas as posições - o amor é certamente influenciada por
hormônio s (tais como oxitocina), neurotransmissores (como NGF), e
Feromônio s, bem como a forma de pensar das pessoas o que faz com que
estas se comportem com relação ao amor de maneira influenciada por suas
concepções do que é o amor.

A visão convencional da biologia é que existem duas grandes vertentes


no amor - atração sexual e penhora. Isto faria com que este comportamento
entre adultos de uma determinada espécie se empenhassem na criação dos
seus descendentes da mesma maneira com a qual a trabalhar com os mesmos
princípios que levam uma criança a tornar-se ligado a sua mãe. O ponto de
vista tradicional da psicologia vê o amor como sendo uma combinação de
compromisso amoroso e amor apaixonado. Amor apaixonado é intenso, é
desejo, e é muitas vezes acompanhada por excitação fisiológica (falta de ar,
rápidas do ritmo cardíaco). Compromisso amoroso é afeto e uma sensação de
intimidade não acompanhados de excitação fisiológica.

A teoria triangular do amor de Sternberg

Na teoria triangular do amor, os relacionamentos são caracterizados por


três elementos: intimidade, paixão e compromisso. Cada um destes elementos
e suas combinações entre si podem estar presente em um relacionamento,
produzindo as seguintes definições:

Amizade (intimidade)

Limerence (paixão)
Amor vazio (compromisso)

Amor romântico (intimidade + paixão)

Companheirismo amoroso (intimidade + compromisso)

Amor fugaz (paixão + compromisso)

Amor consumado (intimidade + paixão + compromisso)

Neurobiologia do “estar apaixonado”

Na área da neurobiologia, existem estudos apoiados em resultados de


eletroencefalografia e no registro das correntes elétricas que ocorrem no
cérebro durante o estado “paixão”. Comprova que apresenta a mesma elevada
atividade como aquela registrada durante a libido. Quando alguém se apaixona
registra-se maior produção de dopamina, responsável pelo estado de euforia,
adrenalina, responsável pela excitação, a endorfina, pela sensação de
felicidade e bem estar e finalmente eleva a testosterona que contribui para a
maior apetência sexual. Simultaneamente são libertados substâncias químicas,
os feromônios ou feromonas que exercem atração olfativa em animais da
mesma espécie. Por outro lado diminui drasticamente o nível de serotonina, o
que faz com que o estado “estar apaixonado” se assemelha ao estado
registrado durante outras doenças psíquicas. Por isso muitos apaixonados se
comportam mais impulsivamente, sem inibição como se estivessem fora do seu
controlo racional. Após alguns meses, o corpo se acostuma as estas elevadas
doses (segundo a OMS dura no máximo 24 a 36 meses) e diminui
gradualmente a “intoxicação” do cérebro.

Mas o que falar sobre os que julgam o amor inexistente ou dispensável


as suas vidas?

Na verdade todos amam se considerarmos o amor como um apego a


qualquer coisa ou a si mesmo.

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