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ASCES – UNITA

Direito 7N2

Ana Luísa Almeida Rodrigues

BREVE ANÁLISE DE PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO E SUA


APLICABILIDADE NA LEGISLAÇÃO DO COVID-19

Caruaru-PE

2020
I. INTRODUÇÃO

De Início, faz-se importante salientar que os princípios administrativos podem


estar contidos no texto do art. 37 da Constituição Federal de 1988, sendo estes: 1)
Princípio da Legalidade, 2. Princípio da Impessoalidade, 3. Princípio da Moralidade,
4. Princípio da Publicidade, 5. Princípio da Eficiência; como também podem ser
considerados implícitos na CF ou na legislação Administrativa, conhecidos como: a)
Princípio da Supremacia do Interesse Público, b) Princípio da Presunção de
Legitimidade, c) Princípio da Continuidade do Serviço Público, d) Princípio da
Isonomia, e) Princípio da Razoabilidade, f) Princípio da Motivação, g) Princípio da
Ampla Defesa, h) Princípio da Indisponibilidade, i) Princípio da Autotutela.

Para dar maior ênfase e descartar possíveis distrações quanto ao conteúdo, o


trabalho contará com um breve estudo do Princípio da Legalidade, da
Indisponibilidade do Interesse Público e da Continuidade do Serviço Público. Por fim,
será trabalhado os princípios mencionados diante à legislação do COVID-19.

II. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Todo e qualquer ato administrativo deve ter respaldo em lei, sob pena de serem
considerados atos ilícitos.

O princípio da legalidade significa que o agente público só pode fazer o que a


lei manda, não podendo ir além do que a lei determina. Por exemplo, se um policial
vai cumprir um mandado de busca e apreensão de um computador, não poderá
apreender nada além daquilo que foi determinado pelo juiz.

III. PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO

Esse princípio trata das sujeições administrativas, que são limitações e


restrições impostas à Administração com o intuito que ela não atue de forma lesiva
aos interesses públicos ou de modo ofensivo aos direitos fundamentais dos
administrados.

Como pontua José dos Santos Carvalho, cabe a administração gerar,


conservar e velar os bens em prol da coletividade, esta sim a verdadeira titular dos
direitos e interesse público. Dessa forma, a Administração não possui livre disposição
dos bens e interesses públicos, uma vez que atua em nome de terceiros.
IV. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO

O estado desempenha suas funções pelos serviços públicos e é por esse fato
que se faz necessário que não haja a sustação do serviço público. O Princípio da
Continuidade do Serviço Público, assegura que esses serviços prossigam.

Esse princípio se aplica não só aos serviços públicos, também terá aplicação
em qualquer atividade administrativa. Nessa linha, a paralisação da Administração em
suas atividades administrativas internas também pode trazer interferências ao
interesse público.

V. ANÁLISE DOS PRINCÍPIOS SUPRAMENCIONADOS DIANTE À LEGISLAÇÃO


DO COVID-19

Diante a atual situação que se encontra o país, o ente federado poderá admitir
servidores temporários, prevendo tais hipóteses como de excepcional interesse
público, não sendo necessária, nesses casos, a criação de vagas e a realização de
prévio processo seletivo simplificado. Tal disposição encontra-se de acordo com o
Princípio da Legalidade, onde a administração está capacitada a realizar contratações
temporárias de funcionários públicos, respaldando-se no artigo 37, inciso XI, da CF/88
“IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público;”

Quanto ao princípio da Continuidade do Serviço Público, este pode ser


observado diante o exposto na Portaria Nº 39, de 31 de Março de 2020, a qual é
encarregada de dispor sobre o regime de trabalho remoto, em caráter temporário e
excepcional, quanto ao exercício de atividades por servidores e empregados públicos
dos órgãos da Presidência da República diante a situação de emergência ocasionada
pelo corona vírus. Ou seja, o trabalho remoto veio para que não seja necessário a
sustação das atividades desempenhadas pelos servidores e empregados públicos do
órgão da Presidência da República. Outros órgãos da administração pública seguem
o mesmo parâmetro, conforme pode ser encontrado nas legislações que regram
temporariamente a situação de calamidade pública provocada pelo COVID-19.
VI. REFERÊNCIAS

BRASIL. Legislação COVID-19. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Portaria/quadro_portaria.htm. Acessado em:
16 de abril de 2020

TRIBUNAL DE CONTAS DE SANTA CATARINA. CORONAVÍRUS: O que pode ser


feito pelo gestor público. Disponível em:
http://www.tce.sc.gov.br/sites/default/files/coronavirus_perguntas_e_respostas.pdf.
Acessado em: 16 de abril de 2020.

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