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PUC-SP
MESTRADO EM FONOAUDIOLOGIA
SÃO PAULO
2008
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PUC-SP
Mestrado em Fonoaudiologia
São Paulo
2008
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
__________________________________________
__________________________________________
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução
total ou parcial desta dissertação por processos de fotocopiadoras ou
eletrônicos.
_________________________________________
São Paulo
DEDICO
À minha mãe,
que com sua doce e afinada voz de cantora de rádio
me ensinou, desde pequeno, ouvir canções e gostar de cantar.
AGRADECIMENTOS
fonoaudiologia.
de qualificação.
musicais.
À Erandy Lopes, tia querida, que está sempre por perto, ainda que distante,
pronta para estar ao meu lado nos momentos difíceis e para comemorar os
momentos de felicidades.
v
Ao Reis, irmão querido, que sempre questionou minhas escolhas,
minhas queixas, que incentivou minhas iniciativas e está ao meu lado numa
parceria inconteste.
apresentados, por quatro anos consecutivos, junto aos seus alunos de canto.
aos conteúdos.
Beatriz Novaes, Caio Ferraz, Carmo Barbosa, Catia Mary Volpi, Delcio Sampaio,
Doris R. Lewis, Esther Bottiglieri, Flávia Steuer, Ivete Furlan, Lenice Prioli, Lucia
Cunha, Ana Claudia Fiorini, Marisa L.V.Santos, Regina Freire, Reny Medrado,
Momenshon,Thais Meleiro.
vi
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
intitulou-se “O corpo e o Canto” (ela o corpo e eu o canto), curso que foi a fonte de
À Vivian
minha grande paixão, que entrou na minha vida suavemente, ainda que, “tirando
afetivas. Agradeço pela companhia nas noites sem dormir, pelas leituras, revisões
e traduções.
vii
A música é como as pessoas. Tem cabeça, tronco e membros.
A cabeça é a harmonia, o tronco é a melodia e os membros são o ritmo.
viii
Heitor Villa-lobos
Resumo
ix
The lyric singer’s voice: the effect of the application of a motor coordination
development program based on Piret and Béziers
ABSTRACT
The motor coordination is the ability for organizing the movement in time
and space. This organization is the result of integration between brain command
and muscles’ and articulations’ motor units. So the motor answers happen in
muscle chains where a stimulus sets in motion a muscle and this in his turn sets
in motion another muscle, and so on and so forth. We started from the notion
that the singing voice is not the result of one organ but it is the result of a group
of structures that coordinate themselves. Objective: to investigate the effect of the
application of a Motor Coordination Development Program (MCDP), elaborated by
the researcher, based on Piret and Béziers, in the voice of the lyric singer. Method:
this research counted on the participation of five professional lyric singers. The
singers executed an aria of opera of free choice that was filmed pre and post
intervention. They also answered on the proprioception when singing as well as
pre and post MCDP exercises. During one month they were submitted to the
MCDP that mainly worked on the structure of the straight system and crossed
system. The videos were sent to nine professional judges (speech therapist,
physical therapist and singing teachers) and three laypeople. The Judges made
audio perception and visual analysis to evaluate the body / voice integration of the
singers. The singers made auto-evaluation right after attending the two filmings.
Result: judge’s evaluation: the mezzo-soprano improved the projection of the voice
and corporal gestures were free; the bass improved the projection of the voice and
breath; the soprano (b) improved the projection of the voice and the gestures were
freer; the tenor improved the resonance and the gestures were freer; soprano (a)
improved the projection of the voice and the gestures were freer. According to the
singers’ report, the MCDP exercises guaranteed greater perception of the
muscular tension when singing and it made possible a better control of gestures.
Conclusions: the postural adjustments deriving from the execution of the motor
coordination exercises guaranteed greater opening of the thoracic cavity and
improved the conditions of the singers’ breath. This favored the verticalization of
the resonance and projection of the voice.
x
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA .................................................................................................... iv
AGRADECIMENTOS .......................................................................................... v
RESUMO ............................................................................................................. ix
ABSTRACT ........................................................................................................ x
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................... xi
LISTA DE QUADROS ......................................................................................... xiii
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 01
2 OBJETIVO ........................................................................................................ 05
5 MÉTODO........................................................................................................... 50
5.1 Preceitos éticos........................................................................................... 50
5.2 Seleção dos sujeitos................................................................................... 50
5.3 Procedimentos............................................................................................ 51
5.3.1 Local das gravações...................................................................... 52
5.3.2 Primeira gravação.......................................................................... 54
5.3.3 Programa de desenvolvimento da coordenação motora............... 56
5.3.4 Segunda Gravação........................................................................ 56
5.4 Avaliação dos juízes................................................................................... 57
5.5 Auto-avaliação dos cantores....................................................................... 58
5.6 Análise dos dados....................................................................................... 59
xi
Lista de Figuras
CABEÇA..................................................................................................................26
Figura 15 – DIAFRAGMA...........................................................................................46
Figura 17 – ORGANOGRAMA....................................................................................52
xii
Listas de Quadros
xiii
Quadro 12 – JUÍZES PROFISSIONAIS / S(b) - Avaliação dos juízes: comparação da
primeira gravação (GP) com a segunda (GB) da cantora S(b)...............................77
xiv
1 Introdução
ansiedade, por exemplo, fazem com que o cantor antecipe alguma dificuldade
da peça - uma nota muito aguda, um andamento que exige muita agilidade
1
Especializado em cadeias musculares e articulares do método GDS, pela Escola de
Reeducação do Movimento Ivaldo Bertazzo e Institut des Chaines Musculaires e Articulaires
Mèthode G.D.S, Bruxelas / Bélgica.
2
Massoterapeuta: especialista em tratamento terapêutico à base de massagens (Houaiss,
2004).
3
Segundo Houaiss (2004) fixidez é qualidade do que é ou está fixo. Termo usado pela primeira
vez por Steuer (2003) para designar um padrão de fixação e rigidez da postura e tensão do
gesto.
respiratória, um idioma do qual não tem domínio, entre outras. Essas variáveis
profissão, porém cabe uma questão: será que essa CPFA acontece isolada de
4
Arquétipos são conjuntos de representações ou idéias estruturadas e caracterizadas por forte
impregnação emocional total ou parcialmente reprimidas, que determinam as atitudes de um
individuo, seu comportamento, seus sonhos, seus desejos.(Houaiss, 2004)
- 2
outras partes do corpo, ou de fato, existe uma correlação dos acontecimentos
mesmos.
podem ser atenuadas, se houver uma mecânica bem estruturada, uma vez
corpo todo.
das particularidades subjetivas. Isso se dá, por meio do estudo da trajetória que
- 3
“Na realidade, todo gesto é carregado de psiquismo, e o
investimento do fator psicológico no movimento é análogo ao
da motricidade no psiquismo. A coordenação motora nos
permite compreender o movimento como um todo organizado,
capaz de situar-se paralelamente ao psiquismo, com ele e
perante ele. Então um poderá ser estudado em função do
outro”(Piret; Béziers, 1992, p. 13).
tempo e no espaço.
líricos.
- 4
2 OBJETIVO
- 5
3 REVISÃO DE LITERATURA
o meio.
atitudes. As tensões fluem entre as cadeias musculares, para que o gesto seja
- 6
estruturado pela ação conjunta de vários músculos, sem se limitar a um grupo
restrito.
indivíduo adota uma atitude corporal que lhe é própria, que resulta da vivência
afeto adotaria uma posição de enrolamento de tronco, com uma impulsão para
frente. Outra, cujo objetivo fosse comunicar-se, adotaria uma atitude corporal
força das fibras. Dessa forma, a preparação física torna-se indispensável, para
5
Ivaldo Bertazzo - Coreógrafo e Pesquisador dos movimentos corporais e criador da Escola de
Reeducação do Movimento Ivaldo Bertazzo (ERMIB). Emprega uma nova abordagem para o
trabalho de educação corporal baseado na coordenação motora, nas cadeias musculares e
articulares método GDS e danças orientais. Norteado em suas abordagens o autor dessa
dissertação em parceria com Presciliana Straube de Araújo, idealizaram e desenvolveram na
ERMIB durante os anos 2004 e 2005 o curso “O Corpo e Canto”.
- 7
consciência perceptiva do corpo vem das sensações que se organizam, por
da estrutura no espaço.
que toda percepção está associada a uma atitude e toda percepção tem
mobilidade.
muscular voluntário.
corpo acaba por se “vestir” das marcas de uma experiência, por vezes não
desejadas.
anteriormente.
- 8
Segundo Hall (2000), cada indivíduo impõe a si mesmo um padrão
considerou, que a partir dessa flexibilidade tônica, pode-se constituir uma nova
voz, uma vez que, tem seu princípio unificador no corpo humano e na dinâmica
da adaptação do movimento.
coordenação motora.
- 9
psicanalíticos, para que a partir disso, pudessem ter uma visão diferenciada do
sintoma vocal e considerar seus pacientes como uma unidade, sem fazer a
sintoma vocal, não diz somente de um corpo doente, mas de um sujeito que
revisão, com uma definição de Bunch (1995) sobre o canto, que é muito
O autor afirmou que, cantar é uma resposta da interação do corpo inteiro, que
- 10
habilidade, que é passível de aprimoramento. Quando um estímulo de
pregas vocais, Duprat (1997) observou que existe uma relação, entre o
- 11
provavelmente com um componente abdutor no gesto de abaixamento da
laringe. Esses são acontecimentos que definem a voz. A laringe elevada está
antes da ação motora do centro frênico, que por sua vez, coordena esse
que se propõe.
fundamentais para o cantor obter um ataque vocal eficaz. O autor afirmou que
- 12
o equilíbrio da força dos músculos, do abdome e do tórax, define a qualidade
vocal. A reação que ocorre nesses músculos, durante o canto, pode ser de
longa duração, se houver uma atividade dos músculos agonistas, isto é, dos
músculos que fazem força contrária, porém não impedem a ação do outro. Isso
trabalho com cantores, cujo objetivo foi elucidar questões sobre o apoio vocal,
- 13
decorre do suporte respiratório, que conta com a descida do diafragma,
como "entubada".
- 14
Sotorolli (2004) fez algumas reflexões sobre movimento corporal e
produção vocal.
al. (2004) afirmaram que o cantor lírico precisa de muita energia física e
emocional, para boa execução de uma ária de ópera. Para tanto, atividades
- 15
nos ombros e no tórax, por conseqüência pode aumentar a tensão na região da
referentes à saúde vocal não se tornem uma lista de proibições. Para a autora,
a voz deve, sempre, ser pensada em relação à saúde geral do cantor. Isto é,
deve ser considerado na sua totalidade, de modo atento. Isto é, com a atenção
- 16
Scarpel, Pinho (2001) concluíram que o aquecimento e o desaquecimento
seja bastante difundido entre os cantores líricos, muitas questões ficam sem
- 17
Sandgren (2005) reiterou essa colocação, quando afirmou que os
cantores.
possibilidades vocais.
Para Behlau, Pontes (2001) a voz é uma das projeções mais intensas da
(2003) realizou uma pesquisa com indivíduos com queixas vocais, em que,
cadeia tensão. As fibras da cadeia posterior lateral (PL), por exemplo, estão
- 18
localizadas na parte posterior do corpo até a lateral (trapézio superior e médio,
deltóide médio, glúteo médio, etc.). Essa cadeia tem implicação direta no
- 19
4 CONSIDERAÇÕES GERAIS
4.1) expõe-se uma breve introdução histórica das atividades físicas, praticadas
desde os tempos mais remotos até os dias de hoje, para que se compreenda a
sócio-cultural, como na Grécia antiga, com seus famosos jogos atléticos, cujo
6
Este capítulo contou com relatos históricos vivenciados e descritos por Presciliana Straube de
Araujo, fisioterapeuta que acompanha a trajetória de I.Bertazzo desde o início dos seus
trabalhos.
- 20
Aristóteles (384-322 a.C) no período do apogeu de Esparta realizou um dos
as crianças do sexo masculino, a partir dos sete anos, eram separadas das famílias
Com isso, surgiu o conceito de Educação Física focado na fisiologia que priorizava
caráter e a personalidade.
mecânica humana. Este foi o ponto de inspiração para Tissié (1852-1935) criar a
- 21
Wallon (1879-1962) introduziu as primeiras considerações sobre a
são aplicadas.
Vários autores como, LaPierre (1977) LeBoulch (1988), Vayer (1988), Piret
e Béziers (1992), Gantheret (1998), entre outros, consideram que todo ato motor –
da necessidade do seu aluno ou paciente. Porém, isso não quer dizer que deva
No Brasil, a década de 70 foi marcada por uma expansão nas áreas que
- 22
(numa referência aos trabalhos de W. Reich – 1897-1957); fisioterapeutas e
psicomotricidade.
- 23
noção de cadeias musculares e articulares, segundo Denys-Struyf (1997); e nas
Béziers
Béziers (1992).
- 24
- Esfericidade articular: as articulações, ou grupos de articulações, em suas
terminações são esféricos. Muitas vezes, essa esfericidade está no corpo todo
função oposta.
elementos esféricos.
- 25
Figura 1 – A – ABÓBADA ESFENOIDIANA. B – ABÓBADA DA BACIA (Fonte: Piret, Béziers,
1992)
- 26
4.2.1 O Sistema Reto
e da bacia.
elipse tronco.
entre si. Sua unidade é assegurada por uma imbricação de músculos, que se
O eixo anterior une a cabeça e a bacia por meio dos ossos: maxilar
inferior, hióide, esterno e o púbis. Esses são intercalados por extensas massas
7
Aponeuroses são membranas esbranquiçadas, luzidias, fibrosas e resistentes que envolvem
os músculos, terminando-os, em certos casos, à guisa de tendão. Serve para unir certos
músculos com ossos e cartilagens (Houaiss, 2004).
- 27
Os centros articulares de movimento responsáveis pela elipse tronco (figura 2),
são:
A B
Figura 2
A – ESFERAS CÔNCAVAS DA CABEÇA E DA BACIA: concavidades são abóbadas, cuja
musculatura se prolonga pelos eixos anteriores e posteriores, esse conjunto chama-se: “elipse
tronco”.
B – ARTICULAÇÕES DA CABEÇA (occipital-atlas-áxis) e da bacia (sacro-ilíacas-L5-S1): são
articulações entre as esferas e os eixos, onde o períneo e osso hióide são os centros de
trações musculares, e a boca e umbigo são os pontos de representação do comando, isto é,
pontos que representam a organização da elipse tronco. Fonte: Piret e Béziers (1992).
enrolamento do tronco, que tem como motor a ação do eixo anterior em flexão.
- 28
Quando cabeça e bacia se afastam, para voltar à posição ereta, a função
Endireitamento do tronco.
Inicia-se por meio de uma báscula dos côndilos occipitais para trás, que leva a
cabeça para frente. Esse movimento prolonga-se até vértebra dorsal seis (D6).
músculos são flexores. Portanto, não temos um movimento regulado pela ação
- 29
de flexores e extensores, mas sim pela intensidade relativa da contração dos
1ª Linha: Faringe
O constritor superior da faringe estende sua ação até os lábios, por meio do
Figura 3 –1ª LINHA FARINGE- Músculos situados acima do osso hióide, plano profundo e
central: constritor da faringe, estilofaríngeo, constritor médio da faringe e constritor inferior da
faringe. Fonte: Piret e Béziers (1992)
- 30
2ª Linha: Véu palatino e língua
genioglosso).
- 31
3ª Linha: Mastigadores
- 32
4ª Linha: Rosto
- 33
5ª linha: Músculos pré-vertebrais
antagonismo direto dos espinhais. Inicialmente, ela é lateral com o reto lateral,
depois, se torna central com o pequeno reto anterior e o longo reto anterior da
costelas. Figura 7.
- 34
4.2.1.2 Enrolamento da bacia
sacral para trás (figura 8), a quinta lombar é acionada, inicia-se o enrolamento
Figura 8 – BACIA VISTA DE BAIXO: trabalho do períneo; aproximação dos ísquios; tração
sobre o cóccix em direção ao púbis. Fonte: Piret e Béziers (1992)
- 35
Figura 9 – MUSCULOS DO PERÍNEO: o trabalho desses músculos se prolonga via músculos
retos do abdômen. Fonte: Piret e Béziers (1992)
- 36
enrolamento deixou os espinhais em condições de estiramento, esses, no
- 37
4.2.2 Sistema Cruzado
músculos
- 38
movimento da camada profunda dos intercostais internos e médios. Isto se dá,
(intercostais externos) abre o tórax e depois o oblíquo afasta o tórax das asas
ilíacas.
(figura 11A) que assegura a flexão, enquanto a camada superficial (figura 11B)
assegura a extensão.
A B
- 39
4.2.2.2 O tronco entre a mão e o pé
torção
- 40
pelo braço até as mãos, que trabalham juntas, orientados um em relação ao
outro.
Figura 12 – FLEXÃO DO TRONCO: um único lado do tronco faz com que ele se dobre em
linhas quebradas. Fonte: Piret e Béziers (1992)
ilíacas.
- 41
Desse modo, o antagonismo cruzado do tronco na flexão, inclina a
cabeça, curva a coluna cervical, dobra o tórax e báscula a asa ilíaca. Enquanto
membro.
antecipadamente pela ação do sistema reto. Dessa forma, impede que ocorra
uma lordose excessiva na região lombar, uma vez que o sacro está
que o músculo psoa mova o apoio superior, com isso ocorre a elevação da
perna.
- 42
Em suma, o movimento simétrico do sistema reto prolonga-se pelo
estabilidade na deambulação.
- 43
A unidade de enrolamento, pé, recebe o movimento de flexão originado
direção oposta.
- 44
- Escápula: transmite o movimento do tronco para o braço. É considerada uma
unidade transicional;
posição mais favorável, para que a longa alavanca do braço permita à mão
- 45
4.2.3 Diafragma
costelas, que são elementos ósseos, que unem os mesmo eixos. Essa
disposição anatômica faz com que o diafragma tenha uma ação muito
Figura 15 – DIAFRAGMA: forma, situação e inserção do músculo que une o eixo anterior ao
posterior. Fonte: Santos (2002).
- 46
A ação coordenada do diafragma se dá da seguinte maneira: as fibras
fibrosos do pericárdio (inseridos sobre a cúpula do diafragma) que, por sua vez,
costelas inferiores, que puxam para cima o estômago e o fígado. Dessa forma,
posterior do tórax.
4.2.4 Postura em pé
músculos.
- 47
Considera-se como resultado de uma boa coordenação a possibilidade
expressivos).
descompressão.
mesmos:
tarsos fiquem aparentes (promover uma ventosa nas solas dos pés)
- Posicionar o cóccix para frente, até ficar acima dos dedos dos pés;
- 48
Figura 16: POSIÇÃO COORDENADA EM PÉ. Fonte Piret e Béziers (1992).
- 49
5. MÉTODO
Isso foi possível, porque a soprano (a), primeira cantora convidada, que é do
participar voluntariamente.
- 50
pesquisador; não apresentar problema de saúde e/ou comprometimento das
- Soprano A = S(a)
- Soprano B = S(b)
- Mezzo-soprano = MS
- Tenor = T
- Baixo = B
5.3 Procedimentos
realizados.
- 51
Figura 17: ORGANOGRAMA
PROCEDIMENTOS DA PESQUISA
PRIMEIRA GRAVAÇÃO
SEGUNDA GRAVAÇÃO
- 52
5.3.1 Local das Gravações
posicionou para executar sua ária, enquanto a câmera filmadora digital (PD-
individualmente, de tal modo, que nenhum cantor pôde assistir a gravação dos
demais.
- 53
uma vídeomaker que sob a regência do pesquisador fez as tomadas8 de
garantir condição de registro igual para todos os cantores, optou-se por fazer
ária.
dividiu-se por três. Em cada terço fez-se uma tomada, assim definida:
para o rosto.
8
Tomadas na linguagem do cinema e da TV são compreendidas como registros ininterruptos
de uma cena por meio de câmera. (Houaiss, 2004).
9
No cinema plano geral significa: plano que abarca, por inteiro, o personagem ou personagens
de uma cena e/ou um objeto ou conjunto de objetos e o cenário natural ou artificial em que
transcorre uma cena (Houaiss, 2004).
10
A palavra Close no cinema é compreendida como uma tomada em que a câmera quer
distante ou próxima do assunto, focaliza apenas uma parte dele, p.ex. enquadra apenas o rosto
de um personagem ou somente parte de um objeto (Houaiss, 2004).
11
Compasso na música significa: divisão da pauta musical em parte iguais, que são separadas
por barras (dita barra de compasso), onde cada parte contém o número de tempos (2,3 ou 4)
que está indicado no início do pentagrama, logo após a apresentação da clave de sol ou fá
(Houaiss, 2004).
12
Na música a palavra dinâmica diz respeito à intensidade do som na execução de um trecho
musical, ou ainda, graduação dos níveis de intensidade dos sons, que vão do fortíssimo ao
pianíssimo de forma lenta e progressiva, ou bruscamente (Houaiss, 2004).
- 54
Quadro 1- ÁRIAS ESCOLHIDAS: o quadro abaixo apresenta a identificação do cantor,
seguida do nome da ária; nome da ópera e data de primeira audição da ópera; nome do
compositor; número de compassos da ária e tempo de cada gravação.
com um short preto (ou calça dobrada até os joelhos) e uma camiseta bege
- 55
5.3.3 Programa de Desenvolvimento da Coordenação Motora
(PDCM)
de 12 horas.
short, bermuda, camiseta, entre outras. Todas as aulas foram praticadas com
pés descalços.
(anexo 5), em que registrou o quê de mais importante aconteceu. Optou-se por
o dia marcado para a gravação foi domingo, um mês após a primeira; a sala foi
- 56
videomaker. Os registros de filmagens seguiram o mesmo padrão de tomadas
da primeira gravação.
gravações, ou seja, que não soubessem qual foi a gravação pré e pós-
no assunto;
- 57
Os juízes responderam as questões (anexo 6) sobre a integração corpo e voz
capítulo sete.
mesmas questões que os juízes (anexo 6). Permitiu-se aos cantores, quando
- 58
5.6.1 Análise dos dados referente à avaliação dos juízes
Após várias leituras dos dados apresentados nas avaliações dos juízes
- 59
6 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO MOTORA (PDCM)
OBS. Todas vez que aparecer este símbolo significa que deve-se
membros inferiores
Objetivos:
psíquicodinâmicos).
a) Sentar numa banqueta com apenas um ísquio, pés apoiados no chão, mãos
- 60
b) Decúbito lateral, apoiar a cabeça numa almofada, flexionar as pernas. Fazer
bacia.
imprimir rotação externa nas coxas e rotação interna nas tíbias, fazer vibração
membros superiores
Objetivos:
- 61
Exercícios propostos e executados:
abdominal.
nuca, fazer movimento com as costas, para cima e para baixo, com contra-
resistência. (5X)
direito alongado acima da cabeça rente ao chão. Ficar na posição por trinta
segundos.
e) Construir abóbadas nas mãos com ajuda de uma bola, manter os braços
- 62
3ª Aula: Movimentos e posicionamento da cabeça e pescoço.
Objetivos:
cabeça.
segundos.
- 63
g) Exercício da cabeça para trás contra-resistido: apoiar as mãos entrelaçadas
dez segundos.
no terceiro tempo.
Objetivos:
barriga. O colega escova de cima para baixo, desde o trapézio (nuca) até o
tornozelo. (6X)
para cima, inicia-se nos pés e sobe até completar ombros e braço. (6X)
c) Em pé: fazer ventosa na sola dos pés, ensaiar varias preensões no chão.
d) Postura do homem em pé: pés paralelos, plantas dos pés bem apoiadas no
chão, peso do corpo sobre os metatarsos, tíbias com rotação interna, joelhos
- 64
púbis, extensão axial da coluna, ombros abaixados (longe das orelhas), braços
bola) com dorso-flexão dos punhos, cabeça centralizada (sem inclinação), olhar
no horizonte.
Objetivos:
bocca chiusa, vocalizar /O/ na tonalidade FaM (que é composto pelas notas
S2.
- 65
alongado na frente do rosto, alternar os lados direito e esquerdo e associar a
d) Repetir o item “c”, com uma bola de 1kg em cada mão. (6X)
tempo, associar movimentos dos braços ora simultâneo á perna, que está à
Objetivos:
livres.
13
Recurvatum, diz-se dos joelhos bloqueados em extensão que inverte a curva para trás.
- 66
b) Sentar numa banqueta, apoiar os pés no chão, cruzar a perna direita sobre a
perna esquerda, fazer rotação externa da coxa direta com a ajuda das mãos.
que se faz movimento para cima. Fazer mobilização com o músculo para frente
d) Sentar numa baqueta, segurar o úmero com a mão esquerda: puxar para
cotovelo e punho.
Passo para a direita, passo ao centro, passo para a esquerda, passo ao centro,
passo para a frente, passo ao centro, passo para trás, passo ao centro. (2x)
seqüência:
- 67
Passo para a direita, tapa na sola do pé esquerdo com a mão direita; passo ao
centro, passo para a esquerda, tapa na sola do pé direito com a mão esquerda;
passo ao centro, passo para a frente, tapa na sola do pé esquerdo com a mão
direita; passo ao centro, passo para trás, na sola do pé direito com a mão
Objetivos:
tronco para frente, manter a extensão axial da coluna, tocar as mãos no chão,
b) Decúbito dorsal: pernas e braços para cima, brincar com uma bola (bola de
ginástica terapêutica grande), ora equilibrar a bola nas solas dos pés, ora
prendê-la entre as pernas, ora passar a bola das mãos para os pés. Repetir à
vontade.
esquerdo sobre o peito, esticar perna esquerda para o teto, esticar braço direito
braços.
- 68
d) Sentar sobre uma bola de fisioterapia grande: agachar até deslizar a bola
nas costas, sem usar as mãos, simultaneamente vocalizar /O/ com o acorde
e) Sentar sobre uma bola de fisioterapia grande: fazer movimento para cima e
para baixo (pular sentado) e parar rapidamente após cinco pulos, manter a
com a bola grande de fisioterapia abraçada contra o peito, deslizar sobre a bola
fisioterapia para o colega, por cima, pelo lado esquerdo e pelo lado direito,
bola para o colega do lado direito (pingar a bola uma vez no chão). Inverter o
Objetivos:
vocais.
- 69
Exercícios propostos e executados:
naturais).
espaldares.
variar a dinâmica: ora lenta, ora rápida e lenta novamente. (repetir o mesmo
- 70
d) Movimento do tango: em pé, pé esquerdo apoiado no chão, descrever o
fisioterapia, fazer movimentos com os braços para cima e para baixo (simular
ângulo de 135º. Em grupo manter o lençol esticado, cada cantor segura numa
caminha pela sala, os colegas seguram nas pontas do lençol e fazem contra-
resistência.
- 71
7. RESULTADOS
- 72
Nos quadro 6, 9, 12, 15 e 18 estão expostos os resultados referentes a
exercícios.
- 73
7.1 Resultados finais da cantora MS
Quadro 6 - JUIZES PROFISSIONAIS / MS - Avaliação dos juizes: comparação da primeira gravação (GP) com a segunda (GB) da cantora MS.
JUIZES FONO 1 FONO 2 FONO 3 FISIO 1 FISIO 2 FISIO 3 PROF. 1 PROF. 2 PROF. 3 resultado
QUESTÕES
Diferente! Diferente Diferente. Diferente Diferente! Diferente Diferente Diferente Diferente 9 diferentes
A VOZ: Na GB a voz Na GP a voz Na GB a voz Na GB a voz mais Na GB a voz Na GB mudou Na GB Na GB a voz 9
Na GB a voz está Emissão se
está igual ou parece mais parece mais esta mais bonita e mais marginalmente a respiração esta menos Projeção
mais clara; solta, mais potente; melhor projetada, projetada. O rosto mais nítida, melhor manteve pontuda, com 7
diferente? constante,
projetada, projetada mais parece ter um está mais Melhor projeção; mais projeção; Ressonância
Justifique sua Ressonância
embora, nas brilho. pouco mais de relaxado e a ressonância, mais brilho e Melhorou a
Mais redonda 6
resposta. projeção
adequada; duas a voz é E maior alcance, cantora parece menos esforço Sem escape de ar, Respiração
cor; Ressonância
muito bonita. ressonância Boa fazer menos na respiração, com melhor 4
Respiração ampla mais agradável
ressonância esforço para A projeção esta melhor fechamento Coordenação
(baixa), Respiração
cantar diferente.Deve ressonância glótico. Devido à 2
Melhor projeção coordenação
coordenada
Coordenou a ser a Brilho
vocal Melhor
respiração coordenação
ressonância
Diferente! Diferente Diferente diferente diferente diferente diferente diferente diferente 9 diferentes
O CORPO:
está igual ou Na GB Na GB Na GP mais Na GB Na GB mais Na GB Na GB ela Na GB os Na GB os 9
O corpo está mais O corpo apoiada no Os movimentos expressiva; O corpo parece encontra mais movimentos do Gestos livres
diferente? braços semi-
solto; houve acompanha a chão, realiza estão mais músculos faciais apoio nos pés e corpo estão 8
mais
maior voz; torna-se movimentos coordenados menos tensos, pernas; devido abertos menos mais livres, Expressividade
Em qual expressividade mais flexível e mais com a voz; clavículas mais confortável, os à coordenação. Mais 6
gravação tensos;
facial e corporal; movimentos conscientes Movimentos horizontais, Mais coordenado
o corpo gestos mais Coordenação
ocorreu maior livres; com os mais livres costelas mais expressiva; O peitoral esta com a
esta mais abertura de membros Ela ficou mais largas e expande suaves, mais movimentos respiração;
menos
harmônico braços; superiores, a expressiva o diafragma. Tem mais suaves. Ficou mais
coordenados a
com a voz? menos extensão respiração mais apoio no vermelho, o expressiva
de pescoço. parece estar centro do postura esta
gesto parece
Por que? mais eficiente; abdômen para os
marginalmente
esta mais movimentos. mais
expressiva. Parece-me mais mais correta;
coordenado.
coordenada
há boa
menos esforço,
mobilidade de
Melhorou a
boca e face;
expressão
parece mais
expressiva.
Quadro 7 - AUTO-AVALIAÇÃO MS: análise das filmagens pré e pós-intervenção
QUESTÃO SUJEITO MS RESULTADO
A VOZ Diferente; diferente
Está igual ou diferente? Minha voz na Gravação Branca esta com mais brilho, e melhor projetada, mudou minha ressonância, porém não suave, mas eu não Brilho
Justifique sua resposta sou suave mesmo, como vou querer que a voz seja, minha voz tem que ser carregada mesmo. Projeção
Ressonância
O CORPO Diferente Diferente
Está igual ou diferente? Meu corpo na gravação Branca ficou mais coordenado, acredito que consegui ter mais controle dos gestos. Minha respiração ficou Gestos livres
Em qual gravação mais baixa e que por isso meu colo ficou menos vermelho. Eu achei que respirei melhor na segunda gravação, não me faltou ar. Coordenação
O corpo está mais Respiração
Harmônico com a voz?
Por quê?
Quadro 8 - PROPRIOCEPÇÃO MS: síntese da avaliação proprioceptiva pré e pós-intervenção da cantora MS e avaliação do pesquisador durante as aulas.
- 75
7.2 Resultados finais do canto B
Quadro 9 – JUIZES PROFISSIONAIS / B - Avaliação dos juizes: comparação da primeira gravação (GB) com a segunda (GP) do cantor B.
JUIZES FONO 1 FONO 2 FONO 3 FISIO 1 FISIO 2 FISIO 3 PROF. 1 PROF. 2 PROF. 3 Resultado
QUESTÕES
A VOZ diferente diferente diferente diferente dirigente diferente diferente diferente diferente 9 diferentes
Esta igual ou A voz esta mais A voz esta Na GP a voz Na GP a voz esta Na GP a voz Na GP a voz Na GP Na GP a voz Na GP
diferente? solta e suave na melhor na GP esta mais mais solta e parece menos esta mais a voz parece tem mais brilho, Fraseado melhor 9
Justifique sua GP e mais Ressonância definida e mais ressoa dura, mais projetada e com mais brilho com mais Projeção
resposta. projetada adequada e projetada agradavelmente contínua, mais mudou a e melhor Melhor projeção a 6
parece ter mais Na GB parece A respiração brilho Ele está ressonância projeção, a Projetada, tenho ressonância Ressonância
alcance. mais escura e suave, como mais coordenação a impressão de ficou mais
levemente numa catedral, anteriorizado com a uma adequada para o 2
abafada parece ajudando a respiração ressonância personagem Respiração
amplificada e colocação da melhorou, menos metálica. 3
projetada. voz, mais frases mais Brilho
projeção. longas.
O CORPO: está Diferente Diferente Diferente, Diferente, Diferente, Iguais, ambas. Diferente, Diferente, Diferente, na 9 diferentes
igual ou Na GP há maior Na GP o cantor Na GP o corpo Na GP o corpo a Na GP se O Na GP Na GP tem mais Na GP o corpo GP maior
diferente? abertura do parece mais esta mais fixo respiração está abdome está O corpo está coordenação esta mais estabilidade 9
Em qual braço, facilitou solto, melhor estático, porém mais tranqüila e mais planos, o mais com os gestos e coordenado corporal, mais Respiração;
gravação o corpo a respiração e apoiado, com a mais integrado coordenado, esterno melhor coordenado com a embora ainda coordenado. 6
esta mais pernas em base mais com a voz era uma tora vira posicionado, Respiração com respiração preso Possibilitando a Coordenação;
harmônico com a relação ao alargada, com melhor projeção uma árvore, pés e costelas mais mais espaço. Parece que tem execução das 1
voz. Por que? corpo. O corpo movimentos parece que a pernas largas, Expressão séria. mais ar longas frases da Gestos livres;
esta mais solto, respiratórios respiração esta enraizados, ele melhorou a ária executada 1
mais harmônico menos bruscos. mais fácil. cresce respiração com mais ar. Projeção
com a voz, verticalmente, braços
porém, esta ombros pousam, coordenados.
mais fixado. pescoço se Ainda não está
alonga e a à vontade nesta
cabeça, o rosto e nova linguagem
o olhar serenos. corporal.
- 76
Quadro 10 - AUTO-AVALIAÇÃO B: análise das filmagens pré e pós-intervenção.
QUESTÃO SUJEITO B RESULTADO
A VOZ Diferente diferente
Minha voz está mais firme e melhor projetada, parece que meu ar está mais suficiente. Acredito que por isso coordenei melhor, deu Projeção
Está igual ou Diferente? mais brilho. Respiração
Justifique sua resposta. Coordenação
Brilho
O CORPO Diferente; Diferente;
Está igual ou diferente? Respiração
Nossa! Nessa GP meus braços estão meio abertos e parados, eu fiz isto pensando nas orientações aprendidas durante as aulas, acho
Em qual gravação Coordenação
O corpo está mais que eu exagerei, vejo até que meus espaços nas costelas estão maiores do que em GB coordenei melhor o ar. Minha respiração ficou
Harmônico com a voz? Por
melhor. As ventosas nos pés e a extensão axial da coluna que você nos ensinou, me ajudaram a interpretar meu personagem. Trata-se
quê?
de um sacerdote muito serio, que na cena olha os seus súditos/fieis de cima para baixo, enquanto canta essa ária. Então eu fiz a mesma
coisa.
Quadro 11 - PROPRIOCEPÇÃO B: síntese da avaliação proprioceptiva pré e pós-intervenção do cantor B e avaliação do pesquisador durante as aulas.
PRÉ DURANTE PÓS SINTESE
- sair de si anular a si mesma para - muito dedicado e disciplinado; - despertar a consciência, - conquistou mais firmeza física
interpretar o personagem; - percebeu-se varias vezes provocando tensão - mais consciência corporal; e menos rigidez;
- a percepção da emoção e do cantar desnecessária no corpo e na voz; - corpo mais firme e menos rígido; A voz esta mais sonora
às vezes é bloqueadora; tras - observou que mesmo em exercícios de - vislumbra mudanças na voz; mais sonora, e menos metálica e mais solta.
preocupação brincadeira coloca muito peso na voz; menos metalizada, e mais solta - Mais consciência corporal
- coordena um pouco de tudo;
- 77
7.3 Resultados finais da cantora S(b)
Quadro 12 - JUIZES PROFISSIONAIS / S(b)- Avaliação dos juízes: comparação da primeira gravação(GP) com a segunda (GB)da cantora S(b)..
JUIZES FONO 1 FONO 2 FONO 3 FISIO 1 FISIO 2 FISIO 3 PROF. 1 PROF. 2 PROF. 3 resultado
QUESTÕES
A VOZ Igual Diferente Igual Diferente Diferente Diferente, Diferente Diferente 7 diferentes
Esta igual ou Diferente
diferente? - Há uma suavidade Em ambas as A voz tem mais GB a voz está mais Na GB menos A voz esta mais A voz parece 8
Justifique sua maior na GB gravações a soltura, mais bonita, mais esforço fluida, mais leve por A voz tem mais Projeção
resposta. Aparentemente a voz parece brilho e projeção. brilho, músculos respiratório melhorou a causa da brilho parece 5
ressonância esta solta e continuidade, faciais estão mais A voz esta ressonância. ressonância com menos Respiração
melhor projetada, harmonia, expressivos. A mais Coordenada e mais alta e esta esforça na 4
distribuída, apesar do serenidade e cantora está mais coordenada e projetada. mais projetada frase melhor Coordenação
principalmente nas corpo esta coordenada na feliz e a voz está ela achou uma Melhorou a A respiração projeção 4
notas mais agudas mais preso na GB. mais suave ressonância respiração ficou melhor coordenação Ressonância;
quando gravação GP. projetada e a mais adequada, Acredito que a
sustentadas e respiração livre Melhorou a respiração esta 3
projetada. projeção mais fácil Brilho
O CORPO: Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente, Diferente Diferente Diferente 9 diferentes
está igual ou
diferente? Na GB o corpo Na GB Na GB Na GB o corpo Na GB o corpo Na GB esta Na GB o corpo Na GB a 9
Na GB apresenta-
Em qual esta mais solto. apresenta comovente! Ela participa, ocupa o participa mais mais expressiva parece mais cantora se Gestos livres;
gravação o Ocorreu maior se mais flexível, maior encontra a base espaço, dança, do canto têm os movimentos harmônico e mostra mais à 7
corpo esta expressividade flexibilidade dos pés para fazer expande mais estão mais mais vontade Expressividade;
Movimentos mais
mais corporal com corporal movimentos ampliando a voz, expressão. coordenados coordenado, movimentos 5
coordenados e esta
harmônico movimentos mais movimentos pequenas tanto o corpo Os ocupam melhor melhorou sua leves e mais Coordenação
mais apoiada no
com a voz? suaves e mais livres transferências de quanto a voz estão movimentos o espaço expressão. apoiados mais
chão
Por que? interpretativas. peso; pousa os com movimentos estão mais Os expressiva
ombros, a cabeça mais livres. livres; movimentos
encontra o lugar Tem mais parece mais estão mais
justo, coordenado, expressividade. coordenado. soltos
o rosto se solta,
expressão, me
emociono até as
lagrimas.
- 78
Quadro 13 - AUTO-AVALIAÇÃO S(b): análise das filmagens pré e pós-intervenção.
QUESTÃO SUJEITO S(b) RESULTADO
A VOZ Diferente, Diferente,
Brilho,
Eu achei a Gravação Branca muito melhor, minha voz esta projetada. Eu estava mais tranqüila, mais livre coordenei melhor o ar, a
Está igual ou Diferente? Projeção
Justifique sua resposta voz ficou mais brilhante e mais ligeira. Eu vou trabalhar um pouco disso com meus coralistas. Coordenação
Respiração
O corpo Diferente Diferente,
Está igual ou diferente? Você sabe que depois dessas aulas eu esqueci que eu tenho um rompimento de fibra no braço direito e que preciso passar por uma Coordenação,
Em qual gravação cirurgia, não dói mais. Coordenei melhor, meus gestos ficaram mais à vontade, isso dá mais expressividade. Eu estava bem mais Expressividade
O corpo está mais tranqüila. Eu vou levar esses exercícios para os meus coralistas. Gestos livres
Harmônico com a voz? Por
quê?
Quadro 14 - PROPRIOCEPÇÃO S(b): síntese da avaliação proprioceptiva pré e pós-intervenção da cantora S(b) e avaliação do pesquisador durante as aulas
PRÉ DURANTE PÓS SINTESE
- as vezes canto sem se envolver com - dificuldade de prestar atenção; - maior expansão da costela percepção corporal - maior percepção corporal;
a personagem az dissociação de si - muito dispersa; interferiu na voz; - mais expansão das costelas;
com o personagem; - sempre de bom humor; - observou que a disposição fica melhorou; - disposição aumentou;
- concentra na respiração; - mostrou-se mais interessada nas questões - mais percepção do diafragma; - maior percepção do diafragma;
- corpo cansado ao finalizar uma peça; respiratórias - facilidade para cantar; - Mais facilidade em cantar.
- 79
7.4 Resultados finais do cantor T
Quadro 15: JUIZES PROFISSIONAIS / T: avaliação dos juizes: comparação da primeira gravação (GP) com a segunda (GB) do cantor T..
JUIZES FONO 1 FONO 2 FONO 3 FISIO 1 FISIO 2 FISIO 3 PROF. 1 PROF. 2 PROF. 3 Resultado
QUESTÕE
S
A VOZ Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente 9 diferentes
Está igual
ou Na GB a voz Na GB a voz Melhor A voz cresce, fica Na GB Na GB há mais A ressonância A voz ressoa 9
diferente? esta mais solta, parece mais solta, ressonância e mais potente e Na GB a voz coordena coordenação esta menos diferente Ressonância;
Justifique projetada com respira melhor, fluidez na projetada mais parece mais leve, melhor a entre gestos e nasal, e a voz Esta mais 9
sua resposta maior abertura esta mais flexível gravação clara, alegre, melhor projetada e respiração voz, tem local esta melhor clara, mais Respiração
de boca, e mais aguda a branca.Parece maliciosa tem com aspectos de A voz tem uma diferente de projetada com brilhante e 7
ressonância ressonância mais ter melhorado a lugar diferente na controle ressonância ressonância com a respiração com mais Projeção;
adequada.Respi baixa e posterior. respiração boca e a respiratório. mais agradável. mais facilidade mais plena na controle 2
ração mais livre respiração livre Mudou de lugar Atinge melhor o de respirar e GB. respiratório e Coordenação;
GB. ressonância espaço força na voz projeção.
O CORPO: Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente, 9 diferentes
está igual Diferente Diferente
ou Na GB esta Na GB a Na GB ele Na GB os O corpo esta Na GB o 9
diferente? mais solto, os Na GB o cantor movimentação encontra o centro Movimentos de mais Na GB os gestos Gestos livres;
corpo esta Na GB
Em qual braços estão parece mais corporal para a projeção braços e corpo coordenado estão melhores e 3
gravação o mais abertos e consciente do combina mais da voz, apóia nos estão coordenados. com a voz, a voz mais menos O corpo faz Projeção;
corpo esta associados a corpo, utiliza com a voz, pés e pernas, ele Apóia-se em m. parece haver projetada, parece parte da 2
agitado, e,
mais movimentos mais os joelhos, favorecendo a pode descer em anteriores, todo o maior controle haver mais musica, sem Respiração;
harmônico corporais parece mais emissão e a pequenas flexões, centro de gravidade respiratório. controle de portanto mais necessidade 3 Coordenação;
com a voz? laterais. Houve relaxado com projeção. os gestos se está deslocado para Movimentos respiração. de 4
expressivo.
Por que? maior maior amplitudes harmonizam, o frente ajudando a mais discretos. . movimentos Expressividade
expressividade movimentos. rosto e olhar me expandir costelas e Maior inúteis que
durante o canto, capturam. ampliar a voz. controle e não ajudam a
tanto facial coordenação interpretação
como corporal. dos da ária
movimentos. melhorando
dessa forma a
expressão.
- 80
Quadro 16 - AUTO-AVALIAÇÃO T: análise das filmagens pré e pós-intervenção.
QUESTÃO SUJEITO T RESULTADO
A VOZ Diferente Diferente,
Estou surpreso. Eu achei que a minha voz esta mais coberta na GB, meus colegas concordaram. Detalhe, não perdi o brilho da voz. Ressonância,
Está igual ou Diferente? Minha respiração estava mais fácil, embora eu estivesse muito cansado coordenei melhor, melhorou a projeção. Brilho
Justifique sua resposta Expressividade
Projeção
O CORPO Diferente Diferente,
Está igual ou diferente? Achei que Gravação Branca os meus gestos melhoraram ficaram mais harmonioso, porem no dia da segunda gravação eu estava muito Gestos livres
Em qual gravação cansado, tinha acabado de chegar de um trabalho em Campinas, que foi extremamente chato, achei que eu não ia conseguir dar o Si Coordenação
O corpo está mais bemol, mas consegui. Acredito que isso é a coordenação que me fez respirar melhor. Respiração
Harmônico com a voz?
Por quê?
Quadro 17 – PROPRIOCEPÇÃO T: síntese da avaliação proprioceptiva pré e pós-intervenção do cantor T e avaliação do pesquisador durante as aulas.
PRÉ DURANTE PÓS SINTESE
- preocupação com a técnica; - muito nervoso; - aprendi distribui a tensão; - Melhorou a percepção do corpo;
- tensão na região do pescoço; - questionador; - coluna alinhada ajuda o ar; - posição da coluna que facilitou a coluna de ar;
- ansiedade e medo de errar; - dificuldade em se entregar aos comandos; - postura ajudou o canto; - deposita muita confiança na técnica;
- movimentação desvia a tensão; - pouca percepção corporal; - percebeu-se mais; - cantar ficou mais facil
- persistente; - deposita empenho técnico;
- 81
7.5 Resultados finais da cantora S(a)
Quadro 18 – JUIZES PROFISSIONAIS / S(a) - avaliação dos juizes: comparação da primeira gravação (GB) com a segunda (GP) da cantora S(a)
JUIZES FONO 1 FONO 2 FONO 3 FISIO 1 FISIO 2 FISIO 3 PROF. 1 PROF. 2 PROF. 3 Resultado
QUESTÕES
Igual Igual Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente 7 Diferentes
A VOZ esta
igual ou Embora na GB Não percebi Na GP Na GP a voz Na GP gesto e o Percebo Embora não Percebi muita A voz estava 8
diferente? Há melhor alterações Melhor esta menos rosto mais pequena tenha mudado sujeira na voz cansada nas duas, Projeção;
Justifique sua projeção da voz importantes na projeção espremida expressivo, com mudança na muito, a voz nas duas e a ressonância 2
resposta. Não percebo Qualidade vocal e fluidez. Alcança maior a possibilidade projeção na parece-me mais gravações, muito nasal, Ressonância;
volume mais de colocar a voz GP. projetada na porém a porém observo 1
melhora na
projeção e, melhor no GP. projeção na GP melhor projeção. Expressividade
qualidade arredonda mais espaço. . esta melhor.
a voz.
O CORPO: está Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente Diferente, 9 diferentes
igual ou Diferente Diferente
diferente? Em Na GP ocorreu Na GP o corpo Na GP a Na GP, embora Na GP a Embora não A ressonância 9
qual gravação o menor fixação parece mais movimentação Na GP apesar da a cantora não cantora tem os Os movimentos tenha visto ficou alterada Gestos livres;
corpo esta mais dos braços em soltos corporal esta assimetria da esteja à vontade movimentos ficaram mais muita mudança, com os 2
harmônico com relação ao movimentos em sintonia base, ela nessa nova lgg. mais harmônicos e a observo melhor movimentos Ressonância;
a voz? Por quê? corpo, embora a leves como um com a voz. encontra apoio e sua voz mudou, sincronizados voz com uma coordenação por corporais 2
diferença entre todo pousa os agora busca com a voz ressonância conta dos Mais suaves na Coordenação
as duas ombros, os apoio no tronco mais nasal na movimentos GP 1
gravações foi movimentos e e braços para GP mais livres. Respiração
restrita. gestos se poder expandir a Na GP.
arredondam e voz, movimenta
ela pode do corpo
coordenar compatível com
melhor os o respiratório.
gestos. Busca apoio no
tronco e braços
para poder
expandir a voz.
- 82
Quadro 19 – AUTO-AVALIAÇÃO S(a): análise das filmagens pré e pós-intervenção.
QUESTÃO SUJEITO SA RESULTADO
A VOZ Diferente Diferente
Está igual ou Diferente? Minha voz na GB está melhor porque eu não tinha fumado, no entanto, eu me acho mais expressiva na GP, ficou mais Projeção
Justifique sua resposta projetada, mudou minha ressonância., os exercícios de bocca chiusa me ajudaram muito. Expressividade
Ressonância
O CORPO Diferente Diferente,
Está igual ou diferente? Parece que estou mais coordenada, posso usar esse termo? Meus movimentos estão mais suaves. Coordenação
Em qual gravação Obs. “Eu tive sérios problemas ontem, e não consegui dormir. Durante a noite toda, o cigarro foi meu companheiro. Gestos Livres
O corpo está mais Sorry.”
Harmônico com a voz?
Por quê?
Quadro 20 – PROPRIOCEPÇÃO S(a): síntese da avaliação proprioceptiva pré e pós-intervenção da cantora S(a) e avaliação do pesquisador durante as aulas.
PRE DURANTE PÓS SINTESE
- tensões nas articulações; - questionadora; - melhor desempenho do corpo; - melhor postura
- perde o foco da voz; - dificuldade de assimilação; - melhora na voz; - fluxo de ar livre;
- ar escasso; - persistente; - apoio basal - novos pontos de ressonância;
- não mentem apoio; - bem humorada; - fluxo de ar mais controlado; - menos esforço para cantar;
- não consegue manter frases longas; - entregue a novas abordagens; - menos esforço; - resgate da auto-estima;
- não tem controle da respiração; - elaboração da ressonância;
- 83
Quadro 21 – JUIZES LEIGOS / CANTORES: avaliação dos juizes: comparação da primeira gravação com a segunda de todos cantores.
QUESTÕES SUJEITOS JUIZ LEIGO 1 JUIZ LEIGO 2 JUIZ LEIGO 3 RESULTADO
A voz MS Diferente, Diferente, Diferente, 3 diferente;
Está igual ou Voz mais suave e firme. As Na GB a voz mais clara, flui mais facilmente, Na GB a voz flui com mais facilidade, notando-se maior Clara, fluida, limpidez,
diferente? palavras estão mais claras. exigindo menor tensão. limpidez na emissão das frases musicais. menor esforço.
Justifique B Diferente, Diferente, Diferente, 3 diferente;
sua Na GP a voz esta mais clara e Na GP a voz esta mais cheia e rica de nuances, Na GP apresenta mais facilidade na emissão da voz, Clara e fluida.
resposta suave. esta mais clara, parece mais fácil cantar. alcançando de maneira mais fácil os tons exigidos na
interpretação.
S.B Diferente, Diferente, Diferente, 3 diferentes;
Na GB está mais solta e os agudos Na GB a voz é emitida com menos esforço nos Na GB a voz esta mais límpida, observando-se maior Menos esforço e mais límpida.
são emitidos com menos esforços. agudos, tornando o resultado mais suave. clareza na emissão das frases musicais.
T Diferente, Diferente, Diferente, 3 diferente;
Na GB esta mais afinado e a voz Na GB os tons mais altos estão mais agradáveis Na GB apresenta melhores características de limpidez e de Clara, límpida fluida,
esta mais clara e voz mais clara foi atingido com menor fluir. menor esforço.
esforço.
S.A Diferente, Diferente, Diferente, 3 diferentes;
Na GP esta mais tranqüila parece Na GP a voz flui com mais facilidade, mais Na GB menos esforço no lançamento da voz, tem mais Fluidez, menos esforço.
fazer menos força. cheia e mais agradável, menor esforço. fluidez.
O corpo MS Diferente, Diferente, Diferente, 3 diferentes;
está igual ou Na GB os gestos estão mais Na GB a cantora movimenta o corpo com mais Na GB o corpo exige maior flexibilidade observando-se Gestos livres, menos rigidez.
diferente? amplos e a postura mais solta leveza e mais expressão. Menor tensão no menor rigidez no pescoço, melhor adequação dos
Em qual pescoço movimentos.
gravação B Igual, na Gp a respiração mais Diferente, Diferente, 2 diferentes;
o corpo correta, postura muito rígida nas Na GP o corpo esta um pouco menos rígido, há Na GP melhor flexibilidade no corpo com ênfase para os menos rigidez
está mais duas. uma certa movimentação de braços. movimentos das mãos que se afiguram mais harmoniosas e
Harmônico mais compatível com a emissão da voz.
com a voz? S.B Diferente, Diferente, Diferente, 3 diferentes;
Por quê? Na GB a cantora está mais solta, Na GB ha mais movimentação do corpo, pernas Na GB o corpo adquiriu equilíbrio. Ela esta menos rígida Gestos livres, menos rigidez.
coerente com a interpretação. e braços bastante harmônicos. para cantar
T Diferente, Diferente, Diferente, 3 diferentes
Na GB postura mais firme e Na GB mais expressivo e movimentos livres. Na GB movimentos do corpo mais ajustados ao ritmo da Gestos livres
coerente com a interpretação emissão da voz.
S.A Diferente, Diferente, Diferente, 3 diferentes;
Na GP movimentos mais soltos Na GP movimentação mais descontraída menos Na GP corpo mais flexível, mas facilidade na emissão, gestos livres
coerente com a interpretação. esforço. movimento mais coordenados.
- 84
8 DISCUSSÃO
motora (PDCM) dirigido aos cantores líricos dessa pesquisa, alguns aspectos
Embora, as oito aulas, com duração de uma hora e trinta minutos cada,
tempo para a assimilação dos novos recursos proprioceptivos, bem como, para
a execução dos exercícios, que a exemplo dos cinco cantores dessa pesquisa,
foram novidades.
constatar que essa proposta pode se tornar uma opção para a preparação de
cantores. Haja vista, que deve-se sempre escolher bem a atividade física que
meio da organização proprioceptiva, basta uma vez, bem realizado, para que o
possa-se propor vivências mais dinâmicas nas primeiras aulas, para depois
- 86
os cinco cantores executaram todos os exercícios propostos, sem restrições e
estimulante. Isto é, cada cantor, com tempo e ritmo próprio executou todos os
psicomotor singular.
- 87
muitas vezes, afetavam a disposição física dos cantores, e de forma direta, a
Embora foco dessa pesquisa não seja avaliar os locais onde se trabalha
14
A serotonina é um neurotransmissor, que estabelece comunicação entre os neurônios. Essa
comunicação é fundamental para a percepção e avaliação do meio e capacidade de respostas
aos estímulos ambientais. Desempenha um importante papel na liberação de hormônios que
regulam o ritmo cardíaco, o sono o apetite, o humor, entre outros. Em geral indivíduos
deprimidos apresentam níveis baixos de serotonina. Pesquisas apontam que exercícios físicos
regulares podem melhorar ou regular os níveis de produção de serotonina no cérebro e
viabilizar as sinapses que esse neurotransmissor se encarrega (Guyton, Hall, 1997).
- 88
Nessa concepção, elaborou-se o PDCM com o propósito de assegurar
lo segundo a subjetividade.
plano objetivo, revela-se por meio de reações corporais ou verbais. Com base
psíquica, e nesse caso as razões são ilimitadas. Também pode ser da ordem
- 89
tentativas, uma satisfação na emissão vocal, isso significa que, o desejo de
tampouco estão dissociadas umas das outras. No entanto, uma delas pode
- 90
Ao final do PDCM a cantora S(b) confirmou as expectativas de melhora
dos movimentos do seu braço (ver quadro 14 e anexo 4.3), ela relatou que a
- 91
controle psicomotor é constante, pois o ato deve ser fiel ao modelo. Sobre esse
(Molinari (2004).
- 92
1993; Imamura et al., 2006; Brasil et al., 2005). Dessa forma, quanto maior for
2005).
postulada por Piret, Béziers (1992) e é reconhecida por Bertazzo (1996) dentro
dos músculos das costas, sobre esse assunto vê-se recomendação no trabalho
- 93
Enquanto que o sistema cruzado está relacionado às torções do tronco e
e inferiores.
dos cantores, posto que no momento da execução de uma ária, eles são
- 94
cobrados, que estejam com a postura adequada, subentendido como coluna
musculatura corporal (Davis et al., 1993; Miller, 1994 e 1996). Muitas vezes os
si mesmo (ver relatos nos anexos 4.2; 4.3; 4.4 e 4.5). Se não houver um
partilhada por Sataloff et al., (1997); Pinho (2003); Davis et al., (1993); Miller
consciente e perceptiva.
- 95
Para Piret, Béziers (1992) e Bertazzo (1996) músculo alongado é sinônimo de
apta, para manter a coluna em extensão axial por um período de tempo maior.
de uma ária, devem ser rápidas, para que não se perca o andamento da
musica, (Sataloff, 1991; Bunch, 1995; Sataloff et al., 1997; Scarpel, 1999;
2004).
viabilizarão as retomadas de ar, visto que, a caixa torácica estará aberta. Uma
canto.
líricos, porque lidam com a emoção requerida nos estilos das composições,
- 96
cantor torna-se capaz de detectar e identificar suas tensões se estiver de posse
- 97
no espaço, por meio da sensação adquirida na relação com sua mãe, ou
próprio corpo.
cantor.
da posição de apoio dos pés no chão, que regula a posição das pernas, e
estabiliza a posição da bacia, que por sua vez sustenta a posição do tronco,
que acarreta na posição da cabeça e dos braços, logo, para o cantor lírico, a
- 98
postura ao cantar não pode ser de qualquer jeito, conforme já discutido
caracteriza o modo de cantar de cada cantor. Ainda que, o cantor siga a risca o
que está escrito na partitura e que utilize a mesma técnica de canto que outros
subjetividade.
acontece antes que o fluxo de ar passe pelo seu interior. Essa abertura é
antes da ação motora do centro frênico, que por sua vez, coordena esse
produção da voz. Esse raciocínio pode ser aprofundado nas obras Davis et al.,
- 99
A descida da laringe, na inspiração, a distância do osso hióide e provoca
um estiramento das pregas vocais (Brasil et al., 2005; Imamura et al., 2006).
elaborar o som. Isso acontece por meio da rotação das aritenóides, que é
seja, da báscula entre T e C. Nesse caso, há uma forte tração da apófise vocal
pela ação dos músculos interaritenoideos transversos (IAT) (Davis et al., 1993;
Zemlin, 2000).
árias de ópera, porque propiciam maior extensão glótica aliada à maior tensão.
- 100
Em suma, esses movimentos baseiam-se no giro coordenado das aritenóides,
(1993).
Observa-se nas avaliações dos juizes (quadro 6, 9, 12, 15 e 18) que todos os
Tais constatações são reiteradas nos relatórios das aulas (ver anexo 6).
deve ao fato, de que durante a aula, o cantor foi capaz de realizar outro trajeto,
- 101
Inicia-se, a partir desse momento, uma discussão sobre os resultados
resultados.
Cantora MS:
leigos a voz ficou mais clara, fluida, com mais limpidez e menos esforço; o
Embora a respiração não tenha sido observada por todos, sabe-se que
avaliaram que os gestos ficaram mais livres. Esse dado pode ser interpretado,
- 102
autora, compreender as escolhas dos cantores pode auxiliar na investigação de
não sou suave mesmo, como vou querer que a minha voz seja, minha voz tem
incoordenação pneumofonoarticulatória.
nos faz crer, que na segunda gravação, a cantora conseguiu equalizar a força
projetada. Com efeito, esse resultado comprova que os gestos livres (sistema
Cantor B:
diferentes (ver quadro 9), melhoraram. Dois resultados que são correlatos entre
que garantem a projeção. Na opinião dos juízes leigos a voz ficou mais clara e
- 103
Vários juízes observaram que o corpo do cantor ficou mais “integrado”,
romanceada (ver quadro 9 - fisio 1): “era uma tora, vira uma árvore, pés e
para ilustrar que muitas vezes as mudanças, na qualidade vocal são advindas
sua postura corporal durante a interpretação: “eu fiz isto pensando nas
orientações aprendidas durante as aulas, acho que eu exagerei, vejo até que
coordenei melhor o ar”, nesse relato ele confirma as observações dos juízes, e
demonstra que essa foi sua intenção, portanto houve controle do gesto
ventosas nos pés e a extensão axial da coluna que você nos ensinou, me
que na cena olha os seus súditos/fiéis de cima para baixo, enquanto canta
Todavia, nota-se na segunda gravação que sua voz está mais afinada
- 104
com a primeira gravação e sua projeção tem maior alcance. Esses benefícios
1998). Pode-se pensar, nesse caso que, embora o cantor tenha minimizado
mais harmônico com a voz. Esse dado foi confirmado pelo próprio cantor (ver
quadro 10 e 11).
Cantora S(b)
o espaço”. Os Juízes leigos disseram que a voz ficou mais límpida e com
menor esforço.
estava mais tranqüila, que sentiu que sua voz ficou mais ligeira. Uma questão
adquirido para os seus coralistas (ver quadro 11). Isso significa que as
- 105
Fato importante foi que nas duas gravações a cantora não conseguiu
sistema reto esta prejudicada em virtude de uma lesão nas fibras musculares e
aspecto negativo para quem assiste a gravação, para a cantora ele não surte
efeito. [...] “você sabe que depois dessas aulas eu esqueci que tenho um
expressão.
Cantor T
respiração e gestos livres foram unanimidade. Para os juízes leigos a voz ficou
mais clara, límpida, fluida e com menor esforço. Porém ao observar o quadro
outros aspectos. A projeção, por exemplo, foi citada pode sete juizes, pode-se
- 106
Na auto-avaliação T (quadro 16) ele observa, bastante surpreso, uma
mudança na ressonância, disse que sua voz ficou mais coberta e mais brilho.
técnica vocal.
fato pela análise dos ajustes corporais (tanto na postura, quanto nos
Ele chegou muito cansado de uma viagem a Campinas, que fora a trabalho. Ao
agudos da sua ária, porque estava muito agitado e cansado. Assunto exposto
- 107
suas notas aconteceram, até mais suaves e com uma cobertura diferente, mais
resultado que embora o cantor não estivesse de posse do controle das suas
coordenado.
Cantora S(a)
corpo da cantora ficou diferente, todos observaram que seus gestos ficaram
livres. No quesito voz o melhor resultado diz respeito à projeção da voz (oito), e
caixa torácica e com melhor apoio dos pés no chão. Isso melhorou a respiração
quando comparado com a primeira gravação. Esse fato teve implicação direta
características da voz em função do cigarro. Vale uma ressalva, o fumo não foi
- 108
filmagens que a qualidade da voz da S(a) não teve mudanças significantes,
questões pessoais. Ela relatou que não conseguiu dormir e que fumou muito
(quadro 19). Chegou muito agitada para a segunda gravação, temendo não
- 109
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
a execução do canto.
- 110
10 REFERÊNCIAS
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São Paulo: Rocca, 2004. p. 178-94.
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- 111
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de Maria Lucia Campello Hahnn. São Paulo: Summus, 1998.
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igrejas: o estudo do uso vocal dos coralistas e não coralistas. Distúrbios da
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- 113
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11 Bibliografia consultada
Rother ET, Braga MER. Como elaborar sua tese: estruturas e referências. 2 ed.
rev. e ampl. São Paulo: Book Toy, 2007.
- 114
Anexo 02 - Termo de consentimento da instituição
___________________________________ ________________________
Responsável legal da instituição pesquisador
São Paulo, 26 de setembro 2006.
- 1
Anexo 03 – Termo de Consentimento livre e esclarecido
Nome do voluntário:
CPF._______________________________________RG.______________________________
___
______________________________________ _______________________________
Assinatura do cantor Assinatura do principal pesquisador
- 2
Anexo 04 – Questão proprioceptiva.
Data:________/_________/_____________
Iniciais__________________________________________________________
__
- 3
Anexo 04 –PROPRIOCEPÇÃO DOS CANTORES
RESPOSTA
Cantora MS
O que mais me incomoda ao cantar é uma pré-atividade muscular que gera
PRÉ- uma tensão desnecessária, e que sobrecarrega a região da cervical e
INTERVEÇÃO exige de mim um esforço respiratório, também desnecessário (ou
11/10/2006 excessivo). Às vezes sinto que minha respiração é mais abdominal do que
intercostal, como se meus pulmões expandissem somente para frente e não
para os lados e costas. -Sinto que às vezes “falta espaço” minha
ressonância fica comprimida e minha voz fica mais metálica e menos
aveludada.- Às vezes parece que minha estrutura corporal não “comporta”
o meu “corpo de voz”, como se minha musculatura “comprimisse” o espaço
de circulação do ar. Mantenho minha perna hiper-extendida sempre que
canto, mas só percebo isso depois.
Após o término do trabalho conclui que antes não havia uma integração
PÓS- plena entre meu corpo e minha voz, hoje percebo que há. Já possuía essa
INTERVEÇÃO sensação, mas tive a confirmação no decorrer do trabalho. Durante a
05/11/2006 evolução do trabalho senti um percebi que desconforto respiratório estava
associado a falta de percepção, que hoje associo a uma nova referencia
física que para mim ainda é nova, faço menos esforço.Meu comportamento
corporal anterior, apesar de ser mais conhecido para mim, aparentemente não
surte o mesmo efeito. Hoje preciso pensar em mais coisas do que pensava
antes, ou melhor, preciso ficar mais atenta às coisas, que antes me
pareciam irrelevantes, como por exemplo: tensão excessiva no joelho e
na cervical. Ainda não consigo tanta naturalidade quanto gostaria ao cantar,
porém sinto menos cansaço físico. Aliás, cantar deve ou não ser uma
atividade natural?... Orgânica sim, natural, ainda não sei...
- 4
Quadro anexo 4. 3- Transcrição da resposta sobre propriocepção pré e pós-intervenção da cantora
S(b).
RESPOSTA CANTORA S(b)
Ao iniciar o trabalho procuro saber sobre o autor, de que maneira ele
PRÉ- concebeu e em que momento. Tento saber o que acontece com os outros
INTERVEÇÃO personagens e de que maneira interferem na personagem que eu apresento.
11/10/2006 Faço a tradução, trabalho ao máximo o texto. As primeiras vezes em que
canto não tem como eu me envolver com a personagem. Como o meu
registro de voz é mais próprio para representar mulheres” chorosas “, as
sofridas, começo a trabalhar a dissociação de mim mesma com a
personagem. Então quando começo a cantar tento emprestar o meu corpo a
personagem e tento ficar apenas concentrada na respiração e nas
passagens e coberturas. Quando saio do palco o meu corpo está bem
cansado”.
Agora, após o trabalho de corpo, notei que houve uma expansão maior das
PÓS- costelas. Perdi alguns centímetros no abdome e um pouco de peso. Notei
INTERVEÇÃO que a minha disposição para o dia-a-dia triplicou. Os exercícios com a
05/11/2006 bola me deram uma percepção maior do diafragma. Portanto hoje ao cantar
senti a voz vir um pouco mais fácil. Tentei usar as “ventosas” do pé e foi
bom, senti mais fácil a condução do agudo. Em resumo pretendo continuar
com este trabalho corporal.
- 5
Quadro anexo 4. 5 – Transcrição da resposta sobre propriocepção pré e pós-intervenção da cantora
(a)
RESPOSTA CANTORA S(a)
Inicialmente o que geralmente me preocupa e às vezes apavora, é que
PRÉ- parece que não estou presa ao chão( pés), e quando isto acontece acabo
INTERVEÇÃO fazendo um esforço muscular tremendo para me manter firme, o que
11/10/2006 ocasiona tensão nas articulações das virilhas, joelhos, costas na região
da bacia ao ponto de elas estalarem e eu sentir dor nessas partes e na
musculatura das coxas, glúteo, panturrilhas. O pior de tudo é que muitas
vezes isso me faz perde o foco da voz, o ar fica escasso, mesmo que eu
respire uma grande quantidade de ar, não consigo manter o “apoio”, a
laringe sobe demasiada nos agudos dificultando sua execução, inclusive
nos pianíssimos que não consigo executar e frases longas sustentadas,
me causam pânico e um grande desconforto. Raras vezes, estive no
controle das minhas funções, respiratórias, isso é apoio, físico muscular
enquanto canto, porém nunca consegui detectar em mim ou pelo menos
fixar estas sensações físicas que me proporcionam as melhores
sensações de controle durante o canto”.
- 6
Anexo 05 – Protocolo de Avaliação - Juizes
Nome do
juiz:_______________________________________________________
Profissão:_______________________________________________________
___
Sujeito avaliado: ______________________
Data e assinatura
Obs. Usamos os termos: Gravação preta e gravação branca para não induzir
os juizes quanto à cronologia das mesmas.
- 7
Anexo 06 – Relatório de aula
grande de correção postural e melhora no preparo físico. S(a) disse: “eu quero
ficar mais alongada, dá para ficar maior (risos)”; MS “esse trabalho vai levantar
corporal, não consigo corrigir minha postura, todo mundo fala que eu tenho que
vezes. O T ficou nervoso por não conseguir realizar e/ou por não ter certeza de
que estava fazendo certo, dizia “parece tão simples, eu entendi, mas não sei se
está certo”. S(b) reclamou de enjôo, dor de cabeça após fazer mobilização da
bacia e dor no braço direito, explicou que era devido um acidente que sofreu
S(a) teve muita dificuldade no exercício, porque ela não conseguia controlar a
- 8
quando interrogada dizia que “não, eu não estou cansada, trabalhei no jardim
ossos do corpo todo, a partir dos pés (metatarsos) pernas (tíbia e fíbula), coxa
disse: “nossa o meu ossinho esquerdo é mais agudo que o direito”. S(a)
sou soprano tenho os dois agudos”. S(b) e T nada disseram, mas riam muito da
atuação das outras duas, o clima na sala de aula era de euforia (risos fartos,
- 9
Todos estavam entusiasmados, realizaram os exercícios com muita
“ah! Que bom! Estica tudo, que delicia esta abrindo minha coluna atrás”; S(b)
“pensei que eu não fosse conseguir ficar de quatro apoios, tenho uma lesão no
tendão do braço por causa de um acidente, mas acho que deu para sentir o
“estou fazendo certo? Veja se é isto? Se for isso, está muito bom”.
disse que seria de muito valor continuar esses exercícios, “isso pode ser nossa
Essa aula causou expectativa nos cantores, porque segundo eles a região do
- 10
sempre cansado e com dor nesta região”, se mostrou cansado até para ficar
sentado com a coluna ereta. Vale observar que esse cantor tem o pescoço
cabeça é projetada pra frente e me perguntou, “só para confirmar, você não
acha que eu tenho a cabeça pra frente?” S(b) realizou os exercícios muito
lentamente, porém, diferente da segunda aula, ela estava mais disposta e com
“nossa, esses exercícios são ótimos pra mim, eu sinto claramente a minha
disse: “me deu um pouco de alívio no cervical”. S(a) num tom de brincadeira
cantores, por isso fez-se várias repetições, até eles apresentassem resultados
- 11
Relatório da quarta aula:
Os cantores chegaram com muita disposição, apesar de S(b) dizer que estava
disse:“estou aproveitando pra relaxar”; S(b) “vou limpar a minha pele, vai ser
quando foi escovada deu toda orientação; T pouco falou, mas deixou claro que
estava gostando “Ah vida! é tudo que eu precisava”; B desde a primeira aula
mostrou-se muito perceptivo, durante a escovação ele disse “é legal que vai
O exercício de fazer ventosas nos pés suscitou grande dedicação por parte dos
preensão dos dedos dos pés no chão, de tal modo que, nas solas dos pés
ventosa nos seus pés e fez questão de mostrar para os colegas; S(a)
conhecia esta habilidade dos seus pés porque fez balé, S(b) disse: “já fui
o T achou cansativo, disse “precisa fazer muita força!” (quase num tom de
reclamação).
Todos perceberam que para ajustar as forças de tensão em cada músculo que
- 12
Ao final da aula recapitulou-se os exercícios das aulas anteriores. B percebeu
rouquidão. S(b) iniciou a aula feliz contou a todos que já estava conseguindo
mexer melhor o braço direito (relatado na primeira aula uma lesão de tendão),
que não lhe parece natural, mas logo completou “deve ser porque eu tenho
aula.
a posição em pé.
fazendo vocalize bocca chiusa , ela comentou que precisou de muita força para
vocalizar e ficar em pé, explicou que, sua tontura era falta de ar, pois o vocalize
- 13
exige muito, disse “pra subir eu apliquei mais força do para descer, percebi que
minha voz perde força e foco quando faço força pra subir”, B disse “eu
concordo, é mais fácil descer cantando do que subir”; S(b) teve muita
descer suavemente, por isso sua voz ficava tremula; S(a) se deslocou muito do
oitava abaixo do seu registro habitual, segundo ela estava muito cansada
porque tinha viajado a noite toda (justificando suas dores lombares), o que
Ao final da aula todos relataram que a emissão vocal estava melhor, que o
brilho era mais evidente e MS disse “a minha voz fica mais metálica quando eu
S(a) que ao chegar estava rouca agora já cantava na sua oitava e já não
apresentava rouquidão.
De modo geral, a participação dos cantores nesta aula foi surpreendente, eles
interessante sentir a vibração do som emitido por outra pessoa. MS disse que
teve a impressão de estar emitindo sons, junto com o colega que sonorizava
agudos; a S(b) disse “o som sobe pela coluna e sai em ondas pelas orelhas”; o
- 14
T disse “conforme a intensidade eu sinto mais o som, os agudos na cervical só
me soaram no ouvido, eu não senti nos ossos”; S(a) disse “senti os agudos na
todos fizessem com a mesma perna (começar com a perna direita), ele fez o
com isso; S(a) teve dificuldade em acompanhar o ritmo, repetiu-se várias vezes
para ela conseguir; S(b) fez o exercício timidamente, tentava passar por
A aula começou com uma boa noticia, S(b) contou que além de ter emagrecido,
- 15
O primeiro exercício foi marcado com algumas reclamações do T, ao ajoelhar
na almofada reclamou de dor nos joelhos, disse que não tinha força suficiente
para inclinar o tronco para trás. Solicitou-se que repetisse o exercício para
avaliar o problema. Ele tentava e logo caia sentado, dava impressão de ser um
tensão na cervical, orientou-se que colocasse menos força e desse modo ela
realizou com satisfação; S(a) disse num tom bem humorado “ta pegando tudo”;
S(b) observava os colegas e com mais prontidão que nas aulas anteriores fez o
Nos exercícios g e h a S(a) disse que era muito importante ficar com os pés
S(b) bem humorada dizia “que barato, eu estou fazendo movimentos com os
braços que não conseguia mais fazer. O T ficou nervoso quando não
conseguiu cantar e passar a bola. Porém foi estimulado com a frase “calma,
- 16
tente novamente”, ele retrucou “já tentei, não consigo “, mas tentava e
conseguia. Várias vezes ele demonstrou muito receio de errar, então preferia
descoordenação
vezes, agora que estava ficando bom”. Muitos risos e muita disposição
passada de bola para o colega a tendência era, quanto mais rápido a música
resgatar uma habilidade de cantar em bocca chiusa, que segundo ela já tinha
“perdido”, e que agora, depois dos exercícios das aulas, percebeu que essa
vocalização da musica, o som das vozes era muito agradável, eles mesmos
- 17
observaram que apesar de terem que agachar e levantar, com a almofada
consegui “jogar a rede” aberta (o lençol ficou distendido no chão), porém como
extensão na hora do jogar, porém o lençol não se abriu, calou-se, pois não
inspirou nos pescadores para colocar a rede (lençol) sobre o ombro esquerdo e
preparou-se para jogar a rede, porém o lençol não abriu, ele explicou que o
lençol é muito leve, por isso não deu certo. S(b) caprichou na preparação do
o lençol não abriu porque é muito leve. A mesma coisa aconteceu com S(a),
não soltamos o ar de uma vez, então, temos que levantar o lençol lentamente”
modo que o lençol subia muito rápido do lado dela; a S(b) disse “eu ainda
tenho ar, não dá pra ser mais lenta a expulsão do ar”; B tentava coordenar os
colegas com indicações sempre muito tranqüilas, dizia: “temos que por muita
- 18
tensão no lençol, mas não podemos forçar o colega, vamos tentar sincronizar
respiração vai acontecer, em seguida a MS rebateu, “mas nós temos que por
força pra que ele possa se encher e esvaziar conforme o que cantamos”. Foi
que eles exerciam deveria ser entendida como a força dos músculos que se
sala, pois todos ficaram refletindo se a vibração acontecia pela ação da laringe
corpo todo. S(b) disse: “essa atitude é um erro muito primário característico de
lençol sobre a cabeça e nas costas, que estava sendo puxado pelos colegas,
para isso apertou os braços contra o peito, de modo que, sua voz não ficou
livre, ficou um pouco opaca e tensa, isso serviu de exemplo para os colegas,
- 19
apertar os braços contra o peito não era uma boa tática. B foi o segundo a
para frente, a voz ficou bem clara e expressiva, e ao atravessar a sala deu uma
tensão vai para o pescoço”; depois dessa dica T executou de forma tranqüila,
com os braços e peitorais abertos, porém sua voz, que tem uma característica
forte da técnica de ressonância alta, não teve tanta alteração. Diante disso,
solicitou-se que fizesse uma voz mais encorpada, com ressonância mais baixa.
N segunda tentativa a voz ficou mais forte, brilhante e com uma projeção muito
melhor. S(a) estava muito concentrada, tomou o lençol nos braços colocou
sobre a cabeça e nas costas corretamente e iniciou a música com a voz clara,
colegas faziam tração no lençol com muita força, ela disse: “estão de
coreografia e não começou muito bem, porque inclinou muito o tronco para
frente, parecia até corcunda. Orientou-se que levantasse o corpo e não olhasse
tanto para o chão. Isso garantiu à voz da cantora mais força e brilho, porém os
deslocar para frente, fazia um balanço com o quadril para os lados em dois
- 20
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