Você está na página 1de 3

Terraformação ou geoengenharia é o nome dado ao processo de

adaptação de um corpo celeste sólido (planeta ou lua) para conseguir


desenvolver e abrigar vida, alterando suas condições atmosféricas
(como pressão e gases tóxicos), temperatura, solo e ecologia. Esse
termo foi utilizado pela primeira vez em 1942 por Jack Williamson em
uma história de ficção científica publicada na revista Astounding
Science Fiction.

A terraformação sugerida para Marte é de em melhorar


sua atmosfera, alterando uma parcela dos 95% de dióxido de
carbono (CO2) presentes na fina atmosfera marciana em oxigênio,
através de cianobactérias e fitoplânctons; alterar a temperatura
média da superfície, já que o planeta é bastante seco e frio,
utilizando o mesmo aquecimento global que é feito na Terra, à base
da queima de combustível fóssil. Simultaneamente a isso, aumentar
sua densidade/pressão atmosférica, de modo que proteja melhor
contra a radiação solar e a cósmica, e manter a água líquida fixa no
planeta, sem evaporar rapidamente como faria se houvesse baixa
pressão, pois a pressão dificulta o escape das moléculas da interface
líquido-ar.
Paisagem marciana é extremamente árida e quente de dia, fria a noite, por conta de sua
atmosfera muito estreita e incapaz de reter o calor durante a noite. Foto: Robô Curiosity / NASA.

Resultados da NASA sugerem que a fina camada CO2 envolta ao


planeta não é suficiente para fornecer acréscimo significativo
no efeito estufa, de modo a segurar mais calor, nem mesmo se o gás
sair das partes dificilmente acessíveis, como as calotas polares.
Assim, a tecnologia atual ainda não está produzindo opções realistas
para esta terraformação. Neste sentido, são necessários que os
avanços tecnológicos superem essas dificuldades para que possamos
um dia terraformar e colonizar outros planetas. Muitas ideias estão
sendo discutidas para alavancar o processo de terraformação de
Marte, entre elas está a possibilidade de implantação de indústrias
e/ou de espelhos de modo estático em posições estratégicas que
direcionem a luz solar para as calotas polares. Isso acarretaria na
elevação da temperatura do planeta e, consequentemente,
promoveria a sublimação do gelo de CO2 presentes na superfície e nas
calotas polares de Marte, contribuindo assim para aumentar
a pressão atmosférica e o efeito estufa do planeta.
Existem supostas possibilidades entre planetas e luas no sistema
solar que possam ser terraformados: Vênus, luas Galileanas, luas de
Saturno e a própria Lua. Estudou-se a possibilidade das luas
Galileanas da seguinte forma:

Inicialmente ajusta-se a interação das luas com o campo


magnético de Júpiter, criando uma atmosfera respirável. O
aquecimento para sublimação da superfície gélida das luas pode ser
feito a partir de espelhos orbitais focando a luz solar no gelo, ou
detonadores nucleares etc.

Uma vez derretido o gelo, o gás proveniente formará densas nuvens


de vapor d'água e gases voláteis (como dióxido de carbono, metano e
amônia). Tais gases, iniciaram um efeito estufa capaz de segurar o
calor gerado propositalmente, aquecendo ainda mais a superfície e
desencadeando um processo conhecido como radiólise (a dissociação
de moléculas pela exposição à radiação nuclear vinda do Sol).

Assim que o vapor d'água for exposto à radiação de Júpiter, haverá a


criação de hidrogênio e oxigênio, as moléculas mais afastadas da
superfície facilmente escaparão para o espaço, porém as mais
internas permanecerão, formando uma fina camada de atmosfera
composta por tais elementos. A existência da amônia poderia ser
extinguida predominantemente na conversão dela para nitrogênios
avulsos (N2), a partir da introdução de certas cepas de bactérias,
membros das espécies como Nitrosomonas,
Pseudodomonas e Clostridium, capazes de converter amônia em
nitrito (NO2) e de nitrito para nitrogênio. Toda esta mudança faria as
atmosferas serem bem parecidas com a da Terra.
O nitrogênio serviria para preencher a atmosfera, fornecendo pressão
suficiente para sustentar a vida humana (o nitrogênio corresponde a
78% da atmosfera terrestre).

A terraformação de Io seria bem desafiadora e a base da energia


geotérmica. Esta lua é rochosa e já tivera intensa atividade vulcânica.
Utilizando a energia disponível, seria possível gerar um campo
eletromagnético para proteger a colônia da da radiação de Júpiter.
Esta energia poderia substituir o Sol, que está significativamente
longe.

Já Ganimedes, é considerada a lua mais atrativa para terraformação,


depois da Lua (pela comodidade). Ela possui indícios de água líquida
sob a superfície, uma forte magnetosfera além da de Júpiter, sendo
esse um forte motivo para a manutenção de atmosfera que ocorre lá.
Para torná-la respirável, o gelo na superfície poderia ser convertido
em oxigênio.

Você também pode gostar