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Bons estudos!!!
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LEI PENAL
CONCEITO
A lei penal é a fonte formal imediata do Direito Penal e é classificada pela doutrina
majoritária em incriminadora e não incriminadora.
Dizemos “não incriminadoras” as que não criam delitos e nem cominam penas. As
“não incriminadoras” subdividem-se em:
ANALOGIA
A analogia jurídica consiste em aplicar a um caso não previsto pelo legislador a norma
que rege caso análogo, semelhante. A analogia não diz respeito à interpretação
jurídica propriamente dita, mas à integração da lei, pois sua finalidade é justamente
SUPRIR LACUNAS DESTA.
Classifica-se em:
• Analogia in bonam partem Neste caso, aplica-se ao caso omisso uma norma
favorável ao réu. Este tipo de analogia é aceito em nosso ordenamento jurídico.
ABOLITIO CRIMINIS
O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma lei nova trata como lícito fato
anteriormente tido como criminoso, ou melhor, quando a lei nova descriminaliza fato
que era considerado infração penal. Opera-se a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
Encontra embasamento no artigo 2º do Código Penal, que dispõe da seguinte forma:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.
Segundo os princípios que regem a lei penal no tempo, a lei abolicionista É NORMA
PENAL RETROATIVA, atingindo fatos pretéritos, ainda que acobertados pelo manto da
coisa julgada. Isto porque o respeito à coisa julgada é uma garantia do cidadão em
face do Estado. Logo, a lei posterior só não pode retroagir se for prejudicial ao réu.
A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Observe:
Quando se diz que uma lei penal é dotada de ultratividade, quer-se afirmar que ela,
apesar de não mais vigente, continua a vincular os fatos anteriores à sua saída do
sistema.
Assim, para a situação, em que um delito é praticado durante a vigência de uma lei
que posteriormente é revogada por outra prejudicial ao agente, ocorrerá a
ULTRATIVIDADE da lei.
Caro (a) aluno (a), vimos até agora que a lei penal retroage para beneficiar
o réu.
Mas imagine a seguinte situação: uma lei é editada atribuindo penalização
de reclusão de 5 a 8 anos para os indivíduos que gastem uma quantidade
de água superior a 300 litros por mês durante certo período de
racionamento. Esta lei entra em vigor em 01 de janeiro de 2010 e termina
em 31 de dezembro do mesmo ano.
Tício, no mês de outubro do supracitado ano, durante a vigência da lei,
gasta 500 litros de água e tal fato só é descoberto no dia 29 de dezembro,
ou seja, dois dias antes da retirada da lei de nosso ordenamento jurídico.
Pergunto: Para este caso, dará tempo de ele ser condenado? Caso seja
condenado, podemos dizer que no dia 1º de janeiro teremos a abolitio
criminis?
Para responder a estas perguntas e evitar situações absurdas que tirariam o
sentido de determinadas leis, dispõe o Código Penal da seguinte forma:
Para que sua aplicabilidade seja plena, o legislador percebeu ser necessária
a manutenção de seus efeitos punitivos após sua vigência aos que
afrontaram a norma quando vigorava.
Desta forma, podemos afirmar que as LEIS EXCEPCIONAIS E
TEMPORÁRIAS POSSUEM ULTRATIVIDADE, pois, conforme exposto,
aplicam-se sempre ao fato praticado durante sua vigência. O fundamento
da ultratividade é claro e a explicação está prevista na Exposição de Motivos
do Código Penal, nos seguintes termos:
Esquematizando:
INÍCIO DA ATO
TÉRMINO DA
VIGÊNCIA CONTRÁRIO VIGÊNCIA
À LEI
OBSERVAÇÃO
Bom, agora que você já sabe o que é uma norma penal em branco,
podemos passar a um ponto que é muito discutido na doutrina.
Imagine que Tício comete um delito cuja tipificação se enquadra no
conceito de norma penal em branco. Pergunto: Uma vez alterado o
complemento da lei penal em branco, posteriormente à realização da
conduta criminosa e beneficiando o réu, deve operar-se a retroatividade?
Seria o caso, por exemplo, do indivíduo que é preso por estar com drogas
e, dois meses depois, a substância, até então proibida, é retirada da
portaria da ANS.
Sem entrar em divergências, vou tratar do que você deve saber para a sua
PROVA, ok?
O entendimento majoritário é o de que DEVE HAVER A RETROAÇÃO DA
LEI PENAL EM BRANCO, tal qual ocorre com as demais normas.
Cabe, entretanto, ressaltar que quando o complemento se inserir em um
contexto de excepcionalidade, a sua modificação, ainda que benéfica ao
réu, não pode retroagir. Trata-se, simplesmente, da aplicação do disposto
no art. 3º do Código Penal que, como vimos, garante a ultratividade das
leis penais excepcionais. Observe o pronunciamento do STF sobre o tema:
STF, HC 73.168-6/SP
“Não é admissível que duas ou mais leis penais ou dois ou mais dispositivos da
mesma lei penal se disputem, com igual autoridade, exclusiva aplicação ao
mesmo fato. Para evitar a perplexidade ou a intolerável solução pelo bis in
idem, o direito penal (como o direito em geral) dispõe de regras, explícitas ou
implícitas, que previnem a possibilidade de competição em seu seio.”
1. SUBSIDIARIEDADE;
2. ESPECIALIDADE;
3. CONSUNÇÃO;
4. ALTERNATIVIDADE
Vamos conhecê-los:
ELEMENTOS COMUNS
Simplesmente olhando para o tipo penal, não posso dizer que ele sofre
consunção, pois que dele, em si, nada posso aferir quanto a sua
correspondência íntima com outro crime. Assim, o que importa para sua
PROVA é que ABSTRATAMENTE É IMPOSSÍVEL SABER SE UM CRIME É,
OU NÃO, CONSUNTIVO.
No entanto, se digo que o agente Tício, com o intuito de furtar bens de uma
residência, escala o muro que a cerca e, utilizando-se de chave falsa, abre-
lhe a porta e penetra em seu interior, subtraindo-lhe os bens e fugindo logo
em seguida, posso, com toda a certeza, afirmar que o princípio da
consunção se faz presente.
Neste caso, o furto qualificado pela escalada e pelo emprego de chave falsa
(art. 155, § 4º, II, 3ª figura, e III, do Código Penal) ABSORVE a violação
de domicílio qualificada (art. 150, § 1º, 1ª figura, do Código Penal), que lhe
serviu de meio necessário.
O infrator será apenado apenas uma vez, ainda que realize diversos
comportamentos estabelecidos na norma. Por exemplo, se a pessoa caça e
depois mata determinado animal silvestre, sofrerá apenas uma reprimenda.
Para ficar bem claro, vamos analisar outro exemplo: Assim dispõe o artigo
193 da Lei 9.503, de 23.9.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro:
Desta forma, fica claro que em nosso exemplo inicial Tício não poderá ser
condenado com base no Código Penal, pois era menor quando da ação do
delito. Serão cabíveis para o caso as disposições do Estatuto da Criança e do
Adolescente.
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO
Prosseguindo:
Art. 5º [...]
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que
se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou
em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou
mar territorial do Brasil.
Com base nos supracitados parágrafos, imagine que Tício, brasileiro, está
na Argentina e confere lesões corporais graves em um “Hermano”. Diante
de tal fato, Tício, perseguido por policiais, corre para um navio da marinha
de guerra do Brasil e o adentra. Neste caso, Tício poderá ser preso pelos
policiais Argentinos?
A resposta é negativa, pois o navio será considerado extensão do território
Brasileiro e não poderá ser penetrado peles policiais Argentinos.
Agora outra situação... Mévio, Americano, está em um cruzeiro que passará
pelas belas praias do Rio de Janeiro. Nas proximidades de Copacabana,
Mévio atira em Caio. Diante desta situação, o que fazer? Mévio pode ser
preso segundo as leis brasileiras?
As leis penais devem ser aplicadas a todo e qualquer fato punível, seja
qual for a nacionalidade do agente, do bem jurídico lesado ou posto em
perigo e em qualquer local onde o fato foi praticado.
A lei penal deve ser aplicada a todos os homens, independentemente do
local onde se encontrem.
É um princípio baseado na cooperação penal internacional e permite
a punição, por todos os Estados, da totalidade dos crimes que forem
objeto de tratados e de convenções internacionais. Fundamenta-se no
dever de solidariedade na repressão de certos delitos cuja punição
interessa a todos os povos. Exemplos: Tráfico de drogas, comércio de
seres humanos, genocídio etc.
Encontra previsão no art. 7º, II, “a”, do Código Penal:
Art. 7º [...]
[...]
II - os crimes
Segundo este princípio, deve ser aplicada a lei penal brasileira aos
crimes cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada quando estiverem em território estrangeiro e
aí não sejam julgados. Está previsto no artigo 7º, II, “c”, do Código
Penal:
Art. 7º [...]
II - os crimes
[...]
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados.
ATENÇÃO!!!
Sendo assim, imagine que Mévio atira em Caio em São Paulo. Este é
socorrido e levado para um hospital no Rio de Janeiro, onde vem a falecer.
Temos, para este caso, a atividade em São Paulo e o resultado no Rio
de Janeiro. Pela regra geral, seriam competentes tanto o Juízo do Rio
quanto o de São Paulo, MAAAAAS, como neste caso estamos tratando de
crime doloso contra a vida, aplica-se a teoria da ATIVIDADE e não da
UBIQUIDADE, sendo competente, portanto, o Juízo de São Paulo.
1.4.4 EXTRATERRITORIALIDADE
Relaciona-se aos crimes indicados no art. 7°, II, e § 3°, do Código Penal.
Art. 7º[...]
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as
condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
HIPÓTESES:
CONDIÇÕES:
HIPÓTESES:
EXTRATERRITORIALIDADE
*CRIMES QUE, POR TRATADO OU CONVENÇÃO, O
BRASIL SE OBRIGOU A REPRIMIR.
CONDICIONADA
CONDIÇÕES:
*ENTRAR O AGENTE NO TERRITÓRIO NACIONAL
Diante do que vimos até agora, responda-me: Imagine que Tício foi
condenado a determinada pena do estrangeiro. Esta sentença, seja ela qual
for, pode ser homologada e utilizada pelo Brasil, nos termos do art. 9º?
É claro que........NÃO!!!!!
Observe que o artigo 9º só traz duas possibilidades de homologação, que
são:
Ele estará livre às 00:00h do dia 16, ou seja, ficará UM MINUTO preso
e isto será considerado UM DIA.
É exatamente isso!!!
Como o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo e, segundo o
artigo 11 do Código Penal, não há que se falar em frações de dia,
teremos 1 minuto valendo 24 horas. Observe o disposto no citado art.
11 do CP:
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Companheiros de estudos,
Como disse, este tema é questão quase certa em sua prova e, portanto,
não deixe pontos pendentes.
Pedro Ivo
Abraham Lincoln
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 27
CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – POLÍCIA FEDERAL
PROFESSOR: PEDRO IVO
01) Princípio da legalidade (reserva legal): não há crime sem lei que o defina;
não há pena sem cominação legal. (AULA 00)
02) Princípio da anterioridade: não há crime sem lei “anterior” que o defina; não
há pena sem “prévia” imposição legal. (AULA 00)
09) Princípio da defesa: Leva em conta a nacionalidade do bem jurídico lesado pelo
crime, independentemente do local de sua prática ou da nacionalidade do sujeito
ativo.
11) Princípio da representação: Nos seus termos, a lei penal de determinado país
é também aplicável aos delitos cometidos em aeronaves e embarcações privadas,
quando realizados no estrangeiro a aí não venham a ser julgados.
12) Lugar do crime: Lugar do crime é o lugar onde ele se considera praticado.
13) Teoria da atividade: De acordo com ela, é considerado lugar do crime aquele
em que o agente desenvolveu a atividade criminosa, onde praticou os atos
executórios.
15) Teoria da ubiquidade (art. 6º, CP): Nos termos dela, lugar do crime é aquele
em que se realizou qualquer dos momentos do iter criminis, seja da prática dos atos
executórios, seja da consumação. É a teoria adotada pelo Código Penal.
Já a segunda determina que no prazo penal, os dias, os meses e os anos são contados
de acordo com o calendário comum, também chamado de gregoriano.
EXERCÍCIOS
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: O Princípio da legalidade, enunciado em sua expressão
"nullum crimen nulla poena sine previa lege", invalida a questão.
Como vimos, não há crime nem pena sem lei prévia. Assim, tanto o crime
como a pena, que é uma consequência jurídica da infração penal (medida de
segurança), têm que estar previstos em lei formal.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: Apesar de a questão tratar do Código Penal, devemos buscar
a resposta na súmula 711 do STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime
continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação
da continuidade ou da permanência”.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: Como vimos na aula a lei mais benéfica é retroativa e
ultrativa.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: Segundo o art. 6º do Código Penal, considera-se praticado o
crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: O legislador brasileiro adotou a teoria da territorialidade
temperada.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: A aplicação do direito penal brasileiro é regida pelo princípio
tempus regit actum, de acordo com o qual deve ser aplicada a lei vigente à
época da conduta criminosa. No entanto, caso uma lei mais benéfica (lex
mitior) ao acusado de um crime entre em vigência após a realização da
conduta, essa lei posterior deverá ser aplicada, excetuando-se a regra geral.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: Esta em conformidade com o disposto no parágrafo 1º do
art. 5º do CP.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: A lei excepcional ou temporária aplica-se aos fatos
praticados durante a sua vigência, MESMO quando decorrido o período de sua
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: Como vimos, aplica-se a teoria da UBIQUIDADE.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: A analogia é admitida em nosso ordenamento jurídico
quando utilizada a favor do réu. Entretanto, a banca não é específica e
simplesmente afirma que a interpretação analógica é cabível.
Para esse tipo de questão, deve-se partir do pressuposto que a cobrança é no
sentido de verificar se o candidato sabe que há alguma hipótese existente para
a qual é cabível o questionado.
Como, no caso em tela, trata-se da interpretação analógica e esta tem ao
menos uma hipótese de cabimento (a favor do réu) a assertiva está correta.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: A questão está perfeita, pois a analogia in malan partem não
é admitida em nosso ordenamento jurídico.
12. (CESPE / OAB-SP / 2008) Ninguém pode ser punido por fato que
lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: Essa questão, embora fácil, derruba aqueles candidatos
apressados que ao lerem a primeira linha da assertiva já acreditam saber a
resposta.
Perceba que a assertiva praticamente reproduz o art. 2º do Código Penal,
todavia acrescenta os efeitos civis como também cessando em virtude da
abolitio criminis.
Tal afirmação está incorreta, pois os efeitos civis permanecem operando-se
somente a extinção da punibilidade.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: O art. 6º do Código Penal, ao definir o LOCAL do crime,
deixa claro a relevância jurídica do local onde deveria produzir-se o resultado.
Observe:
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: A questão está perfeita, pois cita a característica particular e
necessária das leis excepcionais e temporárias.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: Ao tratar do tempo do crime o legislador penal achou por
bem aplicar a teoria da ATIVIDADE. Segundo esta corrente teórica, considera-
se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.
Como a assertiva enuncia a teoria do RESULTADO, está incorreta.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: Contraria o art. 3º do Código Penal segundo o qual:
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: A questão está correta, pois, segundo o art. 5º, parágrafo 2º
do Código Penal, é também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada,
achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço
aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: A situação descrita é a seguinte:
No caso em tela fica claro que o aborto foi cometido na vigência da lei e,
portanto, em nada importa o dia da denúncia. As leis temporárias e
excepcionais aplicam-se aos fatos ocorridos na sua vigência operando-se a
ultratividade penal.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: Conforme já visto, tanto as embarcações quanto as
aeronaves estrangeiras de propriedade privada, no espaço brasileiro (seja este
marítimo ou aéreo), estarão sujeitas à lei penal brasileira.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: Segundo o citado princípio a lei penal é aplicada
independente da nacionalidade do bem jurídico atingido pela ação delituosa,
onde quer que ela tenha sido praticada e independente da nacionalidade do
agente. O Estado protege os seus interesses além fronteiras.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: A assertiva reproduz o parágrafo único do art. 2º do Código
Penal que dispõe:
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: A regra quanto ao direito penal realmente é a
irretroatividade da lei penal. Todavia tal regra é excetuada nas situações em
que lei nova favorece o réu. Consequentemente, incorreta a assertiva.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: No caso dos crimes permanentes, conforme a súmula 711 do
STF:
Diante do exposto, fica claro que se uma lei mais grave entra em vigor durante
a permanência, mesmo que mais severa, esta será aplicada.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: A questão trata, predominantemente, do fato de o Código
Penal estar sujeito as normas constitucionais e do princípio da intervenção
mínima segundo o qual o direito penal só deve interferir em bens
juridicamente relevantes.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: Nesta questão a banca se refere ao art. 1º do Código Penal:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: Nesta questão a criatividade do examinador foi grande.
Vamos analisar:
Na legislação brasileira, o princípio da anterioridade penal está previsto no
Art.5º, XXXIX da Constituição Federal, e no Art.1º do Código Penal.
Segundo o princípio da anterioridade, em concomitância com o da legalidade,
não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação
legal.
Perceba, portanto, que a definição apresentada pela banca para o princípio da
anterioridade penal está completamente errada, portanto, incorreta a
assertiva.
27. (CESPE / TCM-GO / 2007) Quando lei nova que muda a natureza
da pena, cominando pena pecuniária para o mesmo fato que, na
vigência da lei anterior, era punido por meio de pena de detenção, não
se aplica o princípio da retroatividade da lei mais benigna.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: A pena privativa de liberdade é considerada a mais rígida
das penas. Deste modo, como a pena pecuniária é mais branda, aplica-se o
princípio da retroatividade da lei mais benigna.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: A assertiva está perfeita. A norma penal mais severa não é
retroativa e nem ultrativa, logo não possui qualquer extratividade.
Diferentemente, a lei penal mais benéfica excepciona a regra da
irretroatividade penal cabendo a retroatividade e a ultratividade.
GABARITO: ERRADA
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: Mais uma sobre o tema (O CESPE ADORA!!!). Como já
tratamos exaustivamente, no caso das leis temporárias e excepcionais NÃO
IMPORTA se ocorreu ou não revogação, cabendo sempre a ultratividade.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: Como vimos em nossa aula, a assertiva apresenta os quatro
princípios que atenuam a territorialidade.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: Pelo princípio da consunção o fato mais grave absorve o
menos grave, que funciona como meio de preparação ou execução de outro
crime. Em outras palavras, o crime-fim consome o crime-meio. A Súmula 17
do Superior Tribunal de Justiça dispõe que quando o falso se exaure no
estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.
GABARITO: ERRADA
COMENTÁRIOS: O crime de roubo, artigo 157 do Código Penal, é um delito
complexo. Ele não protege apenas o patrimônio, mas também a integridade da
pessoa. Pelo motivo exposto, é praticamente pacífico na jurisprudência dos
Tribunais Superiores que não é possível considerar insignificante a conduta
que, embora com pequeno prejuízo patrimonial, ofenda a integridade da
vítima.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: É posicionamento doutrinário e jurisprudencial que o fato
mais amplo consome o menos amplo pelo princípio da consunção ou absorção.
Quando um fato definido por uma norma incriminadora é meio necessário ou
normal fase de preparação ou execução de outro crime, como no caso de porte
de arma utilizada unicamente para a prática do homicídio, há a aplicação deste
princípio. O legislador evita o bis in idem, respondendo o agente pelo crime
mais danoso.
GABARITO: CERTA
COMENTÁRIOS: Conforme observa Bittencourt "Em termos de sanções
criminais são inadmissíveis, pelo princípio da legalidade, expressões vagas,
equívocas ou ambíguas."
12. (CESPE / OAB-SP / 2008) Ninguém pode ser punido por fato que
lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória.
27. (CESPE / TCM-GO / 2007) Quando lei nova que muda a natureza
da pena, cominando pena pecuniária para o mesmo fato que, na
vigência da lei anterior, era punido por meio de pena de detenção, não
se aplica o princípio da retroatividade da lei mais benigna.
GABARITO