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Sistematização Dos Padrões de Fissuração Correntes PDF
Sistematização Dos Padrões de Fissuração Correntes PDF
em edifícios
Estudos de caso
Engenharia Civil
Júri
Presidente: Professor Doutor Jorge Miguel Silveira Filipe Mascarenhas Proença
Orientadora: Professora Doutora Inês dos Santos Flores Barbosa Colen
Vogais: Eng.º Carlos Manuel Garrido Mesquita
Professor Doutor Luís Manuel Coelho Guerreiro
Maio 2015
Agradecimentos
Gostaria de agradecer às minhas orientadoras, a Professora Inês Flores-Colen e a Professora
Cristina Matos Silva, por todos os ensinamentos e pela paciência que demonstraram comigo ao longo
desta experiência.
À Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção (PTPC), pelo fornecimento dos casos de
estudo e ao Eng.º José Simões, ao Eng.º Francisco Afonso, à Eng.ª Dina Frade, ao Eng.º Pedro
Amador, ao Eng.º José Luís e à Arq.ª Filipa Arroja que tiveram a amabilidade de me acompanhar em
todas as inspeções e de me fornecer as informações relevantes para a elaboração desta dissertação.
Ao Tiago Esteves, pelos quilómetros que fez comigo e pela ajuda que deu a esta dissertação.
Aos amigos e à família, por aturarem todas as minhas paranoias e me proporcionarem bons
momentos quando mais precisei.
Ao Rui Alves, pela ajuda no Inglês e pelas muitas conversas repetidas.
i
ii
Resumo
O fenómeno da fissuração tem, ao longo dos anos, constituído uma patologia comum em edifícios,
afetando quer as suas fachadas, quer os seus elementos interiores. Este fenómeno pode surgir devido
a erros de projeto, erros de execução ou simplesmente devido a ações de acidente sobre as quais não
se pode prever as suas consequências.
A presente dissertação pretende estudar os padrões de fissuração mais comuns em edifícios, através
da inspeção de 6 casos de estudo. A análise destes casos pretende conferir uma aplicação prática à
revisão bibliográfica efetuada, no que respeita à caracterização de fissuras, definição de padrões de
fissuração e diagnóstico de causas.
Para proceder à inspeção dos casos de estudo, é desenvolvida uma metodologia de inspeção focada
no fenómeno da fissuração. Destaca-se neste ponto a criação de uma ficha de inspeção que permite a
recolha de todos os dados sobre os edifícios e sobre as suas anomalias.
O tratamento dos dados recolhidos culmina na criação de um catálogo de padrões de fissuração que
pretende apresentar os padrões observados e as características mais comuns associadas a cada um
deles.
iii
iv
Abstract
The cracking phenomenon has been, over the years, one of the most common pathologies in buildings,
concerning not only the external façades but also the interior elements. This phenomenon occurs due
to imperfect design or execution, or simply due to accidental actions over which it’s almost impossible
to predict their consequences.
This work intends to study the most common cracking patterns in buildings, through an inspection that
will be conducted over 6 case studies. The analysis of these cases intends to give a practical application
to what was referred in the literature review, regarding cracking characteristics, cracking patterns and
diagnosis of the main causes.
To conduct the inspection, it’s developed a methodology focused on the cracking phenomenon, which
includes the elaboration of an inspection sheet to gather data concerning the building and its
pathologies.
The data analysis will allow to create a cracking patterns catalogue that intends to represent the patterns
observed and its main characteristics.
v
vi
Índice geral
Agradecimentos .........................................................................................................................................i
Resumo ................................................................................................................................................... iii
Abstract.....................................................................................................................................................v
Índice geral ............................................................................................................................................. vii
Índice de figuras .......................................................................................................................................x
Índice de tabelas ................................................................................................................................... xiii
1. Introdução ........................................................................................................................................ 1
1.1. Considerações gerais .............................................................................................................. 1
1.2. Objetivos .................................................................................................................................. 1
1.3. Organização da dissertação .................................................................................................... 1
2. Fissuração em edifícios ................................................................................................................... 3
2.1. O fenómeno da fissuração ...................................................................................................... 3
2.1.1. Definição e condições gerais de fissuração .................................................................... 3
2.1.2. Mecanismos elementares de fissuração ......................................................................... 4
2.2. Classificação de fissuras ......................................................................................................... 5
2.2.1. Classificação de fissuras em função da sua abertura ..................................................... 5
2.2.2. Classificação de fissuras em função da sua evolução no tempo.................................... 6
2.3. Caracterização e diagnóstico de fissuras ................................................................................ 7
2.3.1. Caracterização de fissuras .............................................................................................. 7
2.3.2. Técnicas de diagnóstico de fissuras................................................................................ 8
2.4. Classificação das causas e padrões de fissuração em edifícios ............................................ 9
2.5. Considerações finais ............................................................................................................. 22
3. Trabalho de campo ........................................................................................................................ 25
3.1. Considerações gerais ............................................................................................................ 25
3.2. Metodologia aplicada ............................................................................................................. 25
3.3. Proposta de ficha de inspeção .............................................................................................. 29
3.4. Caracterização geral dos casos de estudo ........................................................................... 31
3.4.1. Caso de estudo A .......................................................................................................... 36
3.4.2. Caso de estudo B .......................................................................................................... 36
3.4.3. Caso de estudo C .......................................................................................................... 37
3.4.4. Caso de estudo D .......................................................................................................... 38
3.4.5. Caso de estudo E .......................................................................................................... 38
3.4.6. Caso de estudo F .......................................................................................................... 39
3.5. Considerações finais ............................................................................................................. 40
4. Análise e discussão dos resultados .............................................................................................. 41
4.1. Considerações gerais ............................................................................................................ 41
4.2. Caso de estudo A .................................................................................................................. 41
4.2.1. Sistematização dos padrões de fissuração ................................................................... 41
vii
4.2.2. Identificação das causas de fissuração possíveis ......................................................... 49
4.3. Caso de estudo B .................................................................................................................. 51
4.3.1. Sistematização dos padrões de fissuração ................................................................... 51
4.3.2. Identificação das causas de fissuração possíveis ......................................................... 57
4.4. Caso de estudo C .................................................................................................................. 58
4.4.1. Sistematização dos padrões de fissuração ................................................................... 58
4.4.2. Identificação das causas de fissuração possíveis ......................................................... 67
4.5. Caso de estudo D .................................................................................................................. 68
4.5.1. Sistematização dos padrões de fissuração ................................................................... 68
4.5.2. Identificação das causas de fissuração possíveis ......................................................... 77
4.6. Caso de estudo E .................................................................................................................. 77
4.6.1. Sistematização dos padrões de fissuração ................................................................... 77
4.6.2. Identificação das causas de fissuração possíveis ......................................................... 85
4.7. Caso de estudo F .................................................................................................................. 85
4.7.1. Sistematização dos padrões de fissuração ................................................................... 85
4.7.2. Identificação das causas de fissuração possíveis ......................................................... 90
4.8. Comparação entre as causas e padrões de fissuração abordados no capítulo 2 e os
verificados nos casos de estudo ....................................................................................................... 91
4.9. Análise estatística dos resultados ......................................................................................... 93
4.9.1. Análise geral do fenómeno da fissuração ..................................................................... 93
4.9.2. Correlação entre padrões de fissuração e características das fissuras........................ 95
4.10. Catálogo de padrões de fissuração ................................................................................... 97
4.11. Considerações finais ......................................................................................................... 97
5. Conclusões e desenvolvimentos futuros ..................................................................................... 103
5.1. Conclusões .......................................................................................................................... 103
5.2. Desenvolvimentos futuros ................................................................................................... 104
Bibliografia ........................................................................................................................................... 105
Anexos ...................................................................................................................................................... I
Anexo A – Metodologia aplicada .......................................................................................................... I
A.1. Régua de fissuras ................................................................................................................. I
A.2. Esquema utilizado para o cálculo da percentagem da área afetada da fachada ................ I
Anexo B – Fichas de inspeção ............................................................................................................ II
B.1. Ficha de inspeção................................................................................................................ II
B.2. Caso de estudo A – Fichas de inspeção ............................................................................. V
B.3. Caso de estudo B – Fichas de inspeção ..........................................................................XIV
B.4. Caso de estudo C – Fichas de inspeção ..........................................................................XXI
B.5. Caso de estudo D – Fichas de inspeção ..................................................................... XXXIV
B.6. Caso de estudo E – Fichas de inspeção ...................................................................... XLVII
B.7. Caso de estudo F – Fichas de inspeção .......................................................................... LVI
Anexo C – Valores das percentagens da área afetada da fachada ................................................ LXI
viii
C.1. Caso de estudo A – Valores das percentagens da área afetada da fachada .................. LXI
C.2. Caso de estudo B – Valores das percentagens da área afetada da fachada ................ LXIII
C.3. Caso de estudo D – Valores das percentagens da área afetada da fachada .............. LXVI
C.4. Caso de estudo E – Valores das percentagens da área afetada da fachada ............... LXIX
C.5. Caso de estudo F – Valores das percentagens da área afetada da fachada ................ LXX
ix
Índice de figuras
Figura 2.1 – Elementos constituintes da estrutura de betão de um edifício corrente. Adaptado de
(REYNOLDS, et al., 1988) e (ALVA, 2007) ............................................................................................. 4
Figura 2.2 – Régua de fissuras ............................................................................................................... 8
Figura 2.3 – Microscópio ótico de medição de fissuras [W1] .................................................................. 8
Figura 2.4 – Palito introduzido numa fissura (a); Tira de papel colada sobre uma fissura (b)
(OLIVEIRA, 2003) .................................................................................................................................... 8
Figura 2.5 – Testemunho de gesso [W2] ................................................................................................ 8
Figura 2.6 – Fissurómetros [W1] ............................................................................................................. 9
Figura 2.7 – Régua graduada corrediça [W4] ......................................................................................... 9
Figura 2.8 – Paquímetro digital [W5] ....................................................................................................... 9
Figura 2.9 – Alongâmetro [W6] ............................................................................................................... 9
Figura 2.10 – Extensómetro (OLIVEIRA, 2003) ...................................................................................... 9
Figura 2.11 – Esquema das principais causas da fissuração em edifícios ........................................... 10
Figura 3.1 – Sistematização da metodologia aplicada .......................................................................... 25
Figura 3.2 – Humidímetro [W25] ........................................................................................................... 26
Figura 3.3 – Régua de fissuras (presente no anexo A.1) ..................................................................... 26
Figura 3.4 – Câmara termográfica e exemplo de termograma ............................................................. 27
Figura 3.5 – Esquema utilizado para o cálculo da percentagem da área afetada da fachada ............. 28
Figura 3.6 – Ficha de inspeção – ID do edifício .................................................................................... 30
Figura 3.7 – Ficha de inspeção – Equipamento utilizado e elementos disponíveis ............................. 30
Figura 3.8 – Ficha de inspeção – Caracterização geral das fachadas ................................................. 30
Figura 3.9 – Ficha de inspeção – Fissuração tipo ................................................................................ 31
Figura 3.10 – Ficha de inspeção – Caracterização das fissuras .......................................................... 32
Figura 3.11 – Distribuição geográfica dos casos de estudo ................................................................. 34
Figura 3.12 – Ano de construção (a), tipo de utilização (b) e tipo de envolvente (c) ............................ 34
Figura 3.13 – Estrutura resistente (a) e tipo de construção (b) ............................................................. 34
Figura 3.14 – Caso de estudo A ............................................................................................................ 36
Figura 3.15 – Caso de estudo B ............................................................................................................ 37
Figura 3.16 – Caso de estudo C ........................................................................................................... 37
Figura 3.17 – Caso de estudo D ........................................................................................................... 38
Figura 3.18 – Caso de estudo E ............................................................................................................ 39
Figura 3.19 – Caso de estudo F ............................................................................................................ 39
Figura 4.1 – Caso de estudo A – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais
das fachadas afetadas .......................................................................................................................... 42
Figura 4.2 – Caso de estudo A – Fissuras mapeadas: fachada n.º 3 (a); fachada n.º 2 (b); fachada n.º
5 (c)........................................................................................................................................................ 43
Figura 4.3 – Caso de estudo A – Fissuras horizontais: fachada n.º 4 (a); fachada n.º 9 (b); fachada n.º
3 (c)........................................................................................................................................................ 43
Figura 4.4 – Caso de estudo A – Fissuras presentes nos anexos das moradias ................................. 45
x
Figura 4.5 – Caso de estudo A – Ombreira da janela fraturada: fachada n.º 1 .................................... 45
Figura 4.6 – Caso de estudo A – Fachadas com maior presença de humidade: fachada n.º 6 (a);
fachada n.º 7 (b) .................................................................................................................................... 45
Figura 4.7 – Caso de estudo A – Fachadas estudadas ........................................................................ 46
Figura 4.8 – Caso de estudo B – Fissuras diagonais junto a janelas: fachada n.º 1 (a) ; fachada n.º 2
(b) .......................................................................................................................................................... 51
Figura 4.9 – Caso de estudo B – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais
das fachadas afetadas .......................................................................................................................... 52
Figura 4.10 – Caso de estudo B – Fissuras horizontais em esquinas: fachada n.º 8 ........................... 53
Figura 4.11 – Caso de estudo B – Zona em consola dos edifícios ....................................................... 54
Figura 4.12 – Caso de estudo B – Fachada com manchas de sujidade devidas à humidade ............. 54
Figura 4.13 – Caso de estudo B – Fachadas estudadas ...................................................................... 55
Figura 4.14 – Caso de estudo C – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais
das divisões afetadas no apartamento 5E dos lotes 2 e 4 .................................................................... 59
Figura 4.15 – Caso de estudo C – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais
das divisões afetadas no apartamento 8E dos lotes 2 e 4 .................................................................... 60
Figura 4.16 – Caso de estudo C – Fissuras verticais: sala do apartamento 5E do lote 2 (a); cozinha do
apartamento 5E do lote 2 (b) ................................................................................................................. 61
Figura 4.17 – Caso de estudo C – Fissuras na zona das garagens ..................................................... 62
Figura 4.18 – Caso de estudo C – Divisões estudadas ........................................................................ 63
Figura 4.19 – Caso de estudo D – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais
das fachadas afetadas .......................................................................................................................... 69
Figura 4.20 – Caso de estudo D – Fissuras presentes nos edifícios já existentes: fachada n.º 7 (a);
fachada n.º 7 (b); fachada n.º 8 (c) ........................................................................................................ 70
Figura 4.21 – Caso de estudo D – Fissuras presentes nos edifícios recentes: fachada n.º 2 (a);
fachada n.º 4 (b); fachada n.º 2 (c) ........................................................................................................ 70
Figura 4.22 – Caso de estudo D – Fissuras presentes no edifício principal: fachada n.º 5 (a); fachada
n.º 4 (b); fachada n.º 4 (c)...................................................................................................................... 70
Figura 4.23 – Caso de estudo D – Fissura diagonal no interior do edifício principal ............................ 72
Figura 4.24 – Caso de estudo D – Fachadas estudadas ...................................................................... 72
Figura 4.25 – Caso de estudo E – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais
das fachadas afetadas .......................................................................................................................... 79
Figura 4.26 – Caso de estudo E – Fissuras na fachada exterior 1 ....................................................... 80
Figura 4.27 – Caso de estudo E – Canteiros e árvores na face interior do muro ................................. 81
Figura 4.28 – Caso de estudo E – Fachadas estudadas ...................................................................... 81
Figura 4.29 – Caso de estudo F – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais
das fachadas afetadas .......................................................................................................................... 86
Figura 4.30 – Caso de estudo F – Parte do edifício já existente (à esquerda) e parte recentemente
construída (à direita) .............................................................................................................................. 87
xi
Figura 4.31 – Caso de estudo F – Fissuras na transição de materiais e horizontais em esquina
presentes na fachada orientada a sul ................................................................................................... 88
Figura 4.32 – Caso de estudo F – Fissuras na transição de materiais e horizontais em esquina
presentes na fachada orientada a norte ................................................................................................ 88
Figura 4.33 – Caso de estudo F – Fachadas estudadas ...................................................................... 89
Figura 4.34 – Padrões de fissuração observados nos casos de estudo .............................................. 94
Figura 4.35 – Zonas afetadas com fissuração ...................................................................................... 94
Figura 4.36 – Correlação entre os anos de construção das obras e a percentagem das fachadas
afetada com fissuração ......................................................................................................................... 95
Figura 4.37 – Correlação entre padrões de fissuração e: causas possíveis (a); aberturas médias (b) 96
Figura 4.38 – Correlação entre padrões de fissuração e: elementos afetados (a); anomalias
associadas (b) ....................................................................................................................................... 96
xii
Índice de tabelas
Tabela 2.1 – Classificação da fissuração em função da respetiva abertura (GASPAR, et al., 2006) .... 6
Tabela 2.2 – Técnicas de diagnóstico de fissuras (OLIVEIRA, 2003) e (SILVA, 1998) ......................... 8
Tabela 2.3 – Padrões de fissuração que ocorrem antes do endurecimento do betão – Origem plástica
............................................................................................................................................................... 11
Tabela 2.4 – Padrões de fissuração que ocorrem antes do endurecimento do betão – Deslocamento
em construção ....................................................................................................................................... 12
Tabela 2.5 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem física
............................................................................................................................................................... 13
Tabela 2.6 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem
estrutural ................................................................................................................................................ 16
Tabela 2.7 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem
higrotérmica ........................................................................................................................................... 20
Tabela 2.8 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem
química .................................................................................................................................................. 22
Tabela 2.9 – Síntese dos padrões de fissuração, elementos onde ocorrem e causas possíveis ........ 23
Tabela 3.1 – Total de edifícios, fachadas e divisões interiores para cada caso de estudo .................. 33
Tabela 3.2 – Tabela síntese dos casos de estudo ................................................................................ 35
Tabela 4.1 – Legenda das designações utilizadas para cada tipo de fissura....................................... 41
Tabela 4.2 – Caso de estudo A – Caracterização dos padrões de fissuração observados ................. 44
Tabela 4.3 – Caso de estudo A – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1 .......................... 46
Tabela 4.4 – Caso de estudo A – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2 .......................... 47
Tabela 4.5 – Caso de estudo A – Esquematização e análise geral da fachada n.º 3 .......................... 47
Tabela 4.6 – Caso de estudo A – Esquematização e análise geral da fachada n.º 4 .......................... 48
Tabela 4.7 – Caso de estudo A – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas fachadas
em estudo .............................................................................................................................................. 49
Tabela 4.8 – Caso de estudo A – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de
fissuração .............................................................................................................................................. 50
Tabela 4.9 – Caso de estudo B – Caracterização dos padrões de fissuração observados ................. 53
Tabela 4.10 – Caso de estudo B – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1 ........................ 55
Tabela 4.11 – Caso de estudo B – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2 ........................ 56
Tabela 4.12 – Caso de estudo B – Esquematização e análise geral da fachada n.º 3 ........................ 56
Tabela 4.13 – Caso de estudo B – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas
fachadas em estudo .............................................................................................................................. 57
Tabela 4.14 – Caso de estudo B – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de
fissuração .............................................................................................................................................. 58
Tabela 4.15 – Caso de estudo C – Caracterização dos padrões de fissuração observados ............... 62
Tabela 4.16 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral da sala do apartamento 5E do lote
2 ............................................................................................................................................................. 64
xiii
Tabela 4.17 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral da sala do apartamento 8E do lote
4 ............................................................................................................................................................. 64
Tabela 4.18 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral da cozinha do apartamento 5E do
lote 2 ...................................................................................................................................................... 65
Tabela 4.19 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral da cozinha do apartamento 8E do
lote 4 ...................................................................................................................................................... 65
Tabela 4.20 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral do quarto do apartamento 5E do
lote 2 ...................................................................................................................................................... 66
Tabela 4.21 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral do quarto do apartamento 8E do
lote 4 ...................................................................................................................................................... 66
Tabela 4.22 – Caso de estudo C – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas
divisões em estudo ................................................................................................................................ 67
Tabela 4.23 – Caso de estudo C – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de
fissuração .............................................................................................................................................. 68
Tabela 4.24 – Caso de estudo D – Caracterização dos padrões de fissuração observados ............... 71
Tabela 4.25 – Caso de estudo D – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1 ........................ 73
Tabela 4.26 – Caso de estudo D – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2 ........................ 74
Tabela 4.27 – Caso de estudo D – Esquematização e análise geral da fachada n.º 3 ........................ 74
Tabela 4.28 – Caso de estudo D – Esquematização e análise geral da fachada n.º 4 ........................ 75
Tabela 4.29 – Caso de estudo D – Esquematização e análise geral da fachada n.º 5 ........................ 75
Tabela 4.30 – Caso de estudo D – Esquematização e análise geral da fachada n.º 6 ........................ 76
Tabela 4.31 – Caso de estudo D – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas
fachadas em estudo .............................................................................................................................. 76
Tabela 4.32 – Caso de estudo D – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de
fissuração .............................................................................................................................................. 78
Tabela 4.33 – Caso de estudo E – Caracterização dos padrões de fissuração observados ............... 80
Tabela 4.34 – Caso de estudo E – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1.E ..................... 82
Tabela 4.35 – Caso de estudo E – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1.I1 .................... 83
Tabela 4.36 – Caso de estudo E – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1.I2 .................... 83
Tabela 4.37 – Caso de estudo E – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2 ........................ 84
Tabela 4.38 – Caso de estudo E – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas
fachadas em estudo .............................................................................................................................. 84
Tabela 4.39 – Caso de estudo E – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de
fissuração .............................................................................................................................................. 85
Tabela 4.40 – Caso de estudo F – Caracterização dos padrões de fissuração observados ............... 87
Tabela 4.41 – Caso de estudo F – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1 ........................ 89
Tabela 4.42 – Caso de estudo F – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2 ........................ 90
Tabela 4.43 – Caso de estudo F – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas
fachadas em estudo .............................................................................................................................. 90
xiv
Tabela 4.44 – Caso de estudo F – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de
fissuração .............................................................................................................................................. 91
Tabela 4.45 – Comparação entre as causas e os padrões de fissuração abordados no capítulo 2 e os
verificados nos casos de estudo ........................................................................................................... 92
Tabela 4.46 – Catálogo de padrões de fissuração – Paredes exteriores ............................................. 98
Tabela 4.47 – Catálogo de padrões de fissuração – Paredes interiores ............................................ 101
xv
xvi
1. Introdução
1.1. Considerações gerais
O fenómeno da fissuração tem, ao longo dos anos, constituído uma patologia comum em
edifícios, afetando quer as suas fachadas, quer os seus elementos interiores. Este fenómeno pode
surgir devido a erros de projeto, erros de execução ou simplesmente devido a ações de acidente sobre
as quais não se pode prever as suas consequências.
A caracterização das fissuras através da sua abertura, da sua orientação, da sua localização ou
da sua extensão na fachada pode ajudar a diagnosticar as causas que estão na sua origem. Para
entender o fenómeno da fissuração é necessária, também, a procura de mecanismos (físicos, químicos,
entre outros) que expliquem o seu aparecimento. Estes mecanismos podem ter de ser continuamente
questionados ou validados, até se obter uma relação causa-efeito que justifique, efetivamente, o
aparecimento das fissuras. A procura desta relação constitui a maior dificuldade no estudo do fenómeno
da fissuração.
1.2. Objetivos
Os principais objetivos da presente dissertação são os seguintes:
1. Desenvolvimento de uma metodologia de inspeção de edifícios focada no fenómeno da
fissuração;
2. Inspeção de diferentes edifícios de modo a sistematizar os padrões de fissuração
correntes, bem como o diagnóstico das causas de fissuração;
3. Compilação da informação obtida sob a forma de um catálogo de padrões de fissuração.
1
estatística, com o intuito de criar um catálogo com os padrões de fissuração mais comuns bem como
as características associadas a cada um deles.
Nos capítulos 5 e 6 encontram-se as conclusões e anexos, respetivamente.
2
2. Fissuração em edifícios
As fissuras são um fenómeno inevitável quando se fala em construções em betão, pelo que é
necessário saber projetar e executar tendo em vista à sua minimização. É então importante saber
identificar as causas que estão na sua origem com vista à construção de edifícios com uma melhor
integridade estrutural, seja na fase de projeto e execução, seja na fase de ocupação do edifício em que
será necessário saber proceder ao nível da reparação.
O presente capítulo debruça-se inicialmente sobre a construção em betão armado e sobre as
componentes que fazem parte de um edifício. Seguidamente, introduz-se o tema da fissuração,
nomeadamente os mecanismos que estão na sua origem, formas de classificação, métodos e técnicas
de diagnóstico. Por fim, estudam-se as causas mais comuns, sistematizando-se os padrões de
fissuração associados a cada uma delas.
3
- Esmagamento da argamassa da junta de assentamento – quando a resistência à compressão
da junta de argamassa é inferior à solicitada;
- Esmagamento do bloco – quando a resistência à compressão do bloco é inferior à solicitada.
Figura 2.1 – Elementos constituintes da estrutura de betão de um edifício corrente. Adaptado de (REYNOLDS, et
al., 1988) e (ALVA, 2007)
4
Como referido, as fissuras surgem sempre que a tensão atuante num determinado elemento
excede a sua capacidade resistente, causando a sua rotura, que se manifesta pelo aparecimento da
fissura. De acordo com (BONSHOR, et al., 1996), as tensões que se geram são tensões normais e
tangenciais no elemento afetado. Estes estados de tensão resultam de esforços axiais aplicados (tração
ou compressão) e de esforços de corte, que geram distribuições de tensão uniformes. Para o seu
cálculo recorre-se ao uso da Equação 1 e Equação 2:
𝑃
𝜎= Equação 1
𝐴
𝐹
𝜏= Equação 2
𝐴
Em que:
𝜎 – tensão normal (kPa)
𝜏 – tensão tangencial (kPa)
P – ação axial centrada (kN)
F – ação de corte (kN)
A – superfície da secção solicitada (m 2)
O deslocamento relativo entre duas secções paralelas dá origem a deformações, que podem ser
extensões ou distorções consoante o deslocamento se dê segundo um eixo normal ou segundo um
eixo paralelo a essas secções. No caso de deformação axial uniforme, a tensão média resultante é
calculada através da Equação 3:
𝜎 = 𝐸𝜀 Equação 3
Em que:
𝜎 – tensão normal (MPa)
E – módulo de elasticidade do material (MPa)
𝜀 – extensão (m/m)
A variação de volume dos materiais resulta da sua livre expansão ou retração. No caso de esta
variação se encontrar restringida, irão surgir tensões no material. No caso da variação de temperatura,
esta tensão é obtida através da Equação 4:
𝜎 = 𝐸 𝛼𝑡 ∆𝑇 Equação 4
Em que:
𝜎 – tensão normal (MPa)
E – módulo de elasticidade do material (MPa)
𝛼𝑡 – coeficiente de dilatação térmica do material (m/m ºC)
∆𝑇 – variação de temperatura do material (ºC)
5
fissuração (CIB, BRE, Bidwell e Kaminetsky) ou tendo em conta a perda de durabilidade da fachada,
nomeadamente a perda de estanqueidade dos revestimentos a partir de fissuras com 0,2 mm (CSTB,
Veiga, Shohet) (GASPAR, et al., 2006).
Tabela 2.1 – Classificação da fissuração em função da respetiva abertura (GASPAR, et al., 2006)
Abertura da fissura em m m
0 0,1 0,2 0,25 0,5 1 1,5 2 3 5 15 25
Microfissuras /
CSTB/Veiga Fissuras / fendas médias Fendas / fraturas
microfendas
6
2.3. Caracterização e diagnóstico de fissuras
A determinação das causas de fissuração nos edifícios e a sistematização dos seus padrões de
fissuração pode ser uma tarefa complexa. De entre as várias razões que dificultam a sua realização,
podem destacar-se a dificuldade na distinção entre causa e efeito, multiplicidade de causas para uma
única anomalia, desconhecimento sobre a história do edifício e do seu uso, variedade de componentes
e materiais que o constituem, desconhecimento sobre as técnicas utilizadas, entre outras (PAIVA, et
al., 2006). Deste modo, é necessário um contínuo processo de experimentação e melhoramento do
modo de organização da informação.
Define-se diagnóstico como “conjunto de procedimentos que são utilizados para conhecer o
edifício, bem como o estado de conservação e de segurança dos componentes, associados às
anomalias existentes.” (APPLETON, 2002). Deve proceder-se a um diagnóstico dos casos de
fissuração observados, de modo a melhor se adequarem os procedimentos a adotar na determinação
das suas causas e, consequentemente, no modo de proceder para uma eventual reparação ou
reabilitação do edifício. Para isso, é necessária uma base sólida de observação e registo do estado
atual do edifício e do espaço que o circunda (SILVA, 1998).
7
2.3.2. Técnicas de diagnóstico de fissuras
Como referido em 2.2.2, as fissuras podem não sofrer mais alterações após o seu aparecimento
(fissuras estabilizadas) ou podem apresentar variações nas suas dimensões ao longo do tempo
(fissuras ativas). É então necessário saber distinguir e caracterizar os dois tipos de fissuras, sendo para
isso necessário recorrer a técnicas de diagnóstico (Tabela 2.2). No caso de fissuras estabilizadas,
apenas se procede à sua caracterização e medição. Para verificar se uma fissura é ativa, deve
observar-se se existe movimento da mesma e medir a sua evolução, de modo a verificar-se se se trata
de uma fissura com comportamento cíclico ou de constante crescimento (SILVA, 1998).
Tabela 2.2 – Técnicas de diagnóstico de fissuras (OLIVEIRA, 2003) e (SILVA, 1998)
8
Tabela 2.2 – Técnicas de diagnóstico de fissuras (OLIVEIRA, 2003) e (SILVA, 1998) (cont.)
9
vida da estrutura – antes e depois do endurecimento do betão. Apresenta-se no esquema da Figura
2.11 as principais causas associadas ao fenómeno da fissuração, organizadas segundo este critério.
De acordo com a organização escolhida e de modo a facilitar a leitura, optou-se por analisar
separadamente as diferentes origens da fissuração. Deste modo, são primeiramente descritas as
causas associadas às várias origens das fissuras, sendo posteriormente apresentada uma tabela com
os padrões de fissuração associados a cada uma delas, nomeadamente: fissuras de origem plástica
(presentes na Tabela 2.3), fissuras causadas por deslocamentos em construção (presentes na Tabela
2.4), fissuras de origem física (presentes na Tabela 2.5), fissuras de origem estrutural (presentes na
Tabela 2.6), fissuras de origem higrotérmica (presentes na Tabela 2.7) e fissuras de origem química
(presentes na Tabela 2.8).
10
ii. Assentamento plástico do betão
O assentamento plástico do betão ocorre devido à migração da água do betão para a superfície
antes de ser atingida a presa. Este processo leva à diminuição do volume do betão, levando a que
ocorra fissuração sempre que o assentamento não seja uniforme devido a obstáculos como armaduras
e cofragens (COUTINHO, 1998).
As fissuras devidas ao assentamento plástico do betão podem ser causadas por:
- Recobrimento inadequado;
- Betão com água em excesso;
- Má prática de consolidação.
As fissuras que se formam acima das armaduras podem permitir que ocorra a corrosão das
mesmas, uma vez que permitem a entrada de água e de outros agentes. Deste modo, é necessário
garantir um recobrimento adequado do aço, de modo a protegê-lo dos agentes corrosivos.
Tabela 2.3 – Padrões de fissuração que ocorrem antes do endurecimento do betão – Origem plástica
Na estrutura de betão:
Fissuras superficiais, de pequena dimensão,
i.
diagonais e irregulares.
Retração
plástica do
betão/Calor de
hidratação
[W7]
(COUTINHO, 1998)
Na estrutura de betão:
Fissuras desenvolvem-se longitudinalmente ao longo
das armaduras, na parte superior de vigas ou lajes de
grande espessura, ou em torno de estribos, nas faces
ii.
dos pilares.
Assentamento
plástico do
betão
(GROMICKO, et al., s.d.)
(CEB, 1992)
11
iii. Colocação incorreta das armaduras e cabos de pré-esforço
Uma colocação das armaduras muito perto da superfície do betão ou o seu deslocamento
durante a fase de betonagem pode implicar um deficiente recobrimento das mesmas, levando a que se
formem fissuras no betão (LEMAY, s.d.).
Tabela 2.4 – Padrões de fissuração que ocorrem antes do endurecimento do betão – Deslocamento em
construção
iv.
Na estrutura de betão:
Remoção
Fissuras localizam-se nos limites das cofragens ou em
prematura das
todo o elemento cofrado.
cofragens
[W8]
v. Retração do betão
A retração a longo prazo do betão é independente dos carregamentos a que a estrutura é sujeita,
ocorrendo apenas devido à diminuição de volume do betão pela evaporação da água (SAMPAIO,
2010). À medida que a superfície do betão seca, a água evapora-se dos espaços entre as partículas,
fazendo com que estas tendam a aproximar-se umas das outras, o que resulta numa retração do betão.
Uma vez que a camada exterior do betão está exposta ao ar e as camadas inferiores não, o betão perto
da superfície seca e retrai a uma taxa diferente da camada interior. Esta camada atua como um
impedimento à retração do betão superficial, produzindo tensões que irão levar à fissuração da camada
superficial de betão (GROMICKO, et al., s.d.). É necessário ter em consideração o efeito da retração
durante a fase de projeto através da construção de juntas, que permitam determinar o local onde vão
ocorrer as fissuras devidas à retração. Quanto mais rígida for uma estrutura, maiores as tensões,
resultando assim numa maior fissuração. A disposição das fissuras depende das restrições impostas à
estrutura e das armaduras existentes no betão.
12
vi. Retração do reboco
As fissuras decorrentes da retração do revestimento ocorrem devido a vários fatores, tais como
(THOMAZ, 1989):
- elevado consumo do ligante;
- deficiente percentagem de finos existentes na mistura;
- deficiente teor de água de amassadura;
- má aderência entre a argamassa e a base;
- deficiente espessura das camadas;
- incorreto tempo de aplicação e de secagem das várias camadas;
- rápida perda de água durante o endurecimento.
Tabela 2.5 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem física
Na estrutura de betão:
Fissuras lineares que se estendem ao longo do
elemento. São superficiais, diagonais e apresentam
espaçamento uniforme, podendo não ser contínuas.
Fissuras causam a abertura das juntas de dilatação.
(BAUER, 2007)
No revestimento:
Fissuras mapeadas.
vi.
Retração do
reboco
[W10]
(THOMAZ, 1989)
13
vii. Fluência do betão
A fluência do betão é definida como a deformação a longo prazo devida a cargas constantes
atuantes na estrutura. Sempre que o betão é sujeito a cargas ou tensões durante muito tempo, este irá
deformar. A deformação normalmente ocorre na direção em que a força é aplicada. Se a estrutura se
encontrar restringida nos apoios, a fluência pode causar fissuração ou até o colapso da estrutura, sendo
então necessário considerar o efeito da fluência na fase de projeto da estrutura (GROMICKO, et al.,
s.d.).
As fissuras provocadas pela fluência são comuns em paredes de retenção (por exemplo, silos
de betão) ou em paredes de fundação que não são apoiadas na estrutura do piso.
14
excessiva pode ser devida à utilização da estrutura para ações que não eram as preconizadas no
projeto ou pelo cálculo deficiente das ações que atuam na estrutura (COUTINHO, 1998).
15
Tabela 2.6 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem estrutural
[W11]
(PFEFFERMANN, 1968) e (BONSHOR, et al., 1996)
viii. Na alvenaria e no revestimento:
Assentamentos Fissuras inclinadas a partir da abertura de vãos.
diferenciais Fissuras geralmente inclinadas a 45º ou verticais
próximas do primeiro pavimento do edifício.
[W12]
(THOMAZ, 1989)
Na estrutura de betão:
Tração Fissuras perpendiculares à direção do carregamento, com espaçamento
relativamente uniforme e atravessando o elemento de lado a lado.
ix.
Flexão Fissuras verticais no terço médio da viga e aproximadamente 45º junto aos
Sobrecargas
apoios. Em vigas altas esta inclinação pode atingir 60º. As aberturas são maiores na face
acidentais
inferior da viga, onde as fibras são mais tracionadas.
Torção Aproximadamente 45º nas duas superfícies laterais da viga segundo retas
reversas.
16
Tabela 2.6 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem estrutural (cont.)
(THOMAZ, 1989)
Fissuras devido à deformação por flexão do
pavimento:
a) Pavimento inferior mais deformável
x.
b) Pavimento superior mais deformável
excessivas do idênticas
suporte
[W13]
(PFEFFERMANN, 1968)
Sempre que existirem aberturas tais como portas ou
janelas, as fissuras propagam-se através dos vértices
destas.
(DIAS, 1994)
17
Tabela 2.6 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem estrutural (cont.)
(I.P.T., s.d.)
Quando são aplicadas cargas verticais concentradas,
podem ocorrer esmagamentos localizados e a
formação de fissuras desde o ponto de aplicação das
cargas.
xi.
Carregamento
excessivo de (THOMAZ, 1989)
compressão nas Fissuras horizontais ou inclinadas para cargas
alvenarias verticais excêntricas ou cargas horizontais.
[W14]
(GRIMM, 1988)
Fissuras inclinadas a partir de aberturas de portas e
janelas.
(BAUER, 2007)
Na estrutura de betão e na alvenaria:
Fissuras irregulares e inclinadas, aparecendo em
vários sentidos e atravessando os elementos.
xii.
Ação sísmica
[W15]
18
- Atuação de uma mesma variação de temperatura em materiais com diferentes coeficientes de
dilatação térmica;
- Diferentes variações térmicas atuando num único elemento;
- Gradiente de temperatura ao longo de um mesmo elemento.
O efeito das variações térmicas nas estruturas depende da sua geometria e das condições de
apoio da estrutura. Em estruturas hiperstáticas, por não permitirem a translação e rotação dos apoios,
o comportamento vai ser diferente do que acontece com estruturas isostáticas em que estes estão
livres. As paredes com maior tendência para fissurar são as paredes localizadas nas posições mais
afastadas da região central do pavimento, devido ao facto de que, quando a laje dilata, os
deslocamentos são maiores nos bordos. Este tipo de fissuras ocorre frequentemente em paredes de
alvenaria devido ao facto de a laje de cobertura dilatar por efeitos térmicos, induzindo nas paredes o
aparecimento de forças horizontais devidas à ligação entre os dois elementos. Uma vez que, como os
blocos de tijolo são mais resistentes que as juntas, a tendência é a fissuração ocorrer na argamassa
da junta de assentamento perto da laje (SILVA, 1998). As áreas mais suscetíveis à fissuração por ações
térmicas são as coberturas e as paredes externas dos edifícios por serem as áreas com maior
incidência do sol (sobretudo orientadas a Sul e a Oeste), sofrendo assim um maior gradiente térmico
(SAMPAIO, 2010).
19
De acordo com (BONSHOR, et al., 1996), os valores da variação de volume no caso de
movimentações reversíveis são de 0,02% a 0,06% para a argamassa corrente. No caso de tijolos de
barro vermelho, estes valores não ultrapassam, geralmente, 0,02% (PFEFFERMANN, 1968).
Tabela 2.7 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem higrotérmica
Na estrutura de betão:
Fissuras com espaçamento uniforme. No caso de vigas,
atravessam-nas.
[W16]
Na alvenaria:
Fissuras horizontais nas paredes exteriores decorrentes
xiii.
Ações de movimentações térmicas em lajes de cobertura.
(SILVA, 2004)
(LUCAS, 1987)
Fissuras que acompanham juntas verticais e
horizontais.
[W17]
xv.
Na estrutura de betão:
Ciclos
Fissuras paralelas à superfície.
gelo/degelo
[W18]
Na alvenaria:
Fissuras horizontais devidas à expansão da argamassa
de assentamento, acompanhando as juntas de
xvi.
assentamento da alvenaria.
Ação da
humidade
[W19]
(THOMAZ, 1989)
20
Tabela 2.7 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem higrotérmica
(cont.)
(LUCAS, 1987)
21
Tabela 2.8 – Padrões de fissuração que ocorrem depois do endurecimento do betão – Origem química
xvii.
Corrosão das
armaduras
[W21]
[W20]
Na estrutura de betão:
Fissuras tipo “craquelet” ou map cracking – forma um
padrão em polígonos, com traçado errático, de malha
densa e frequentemente hierarquizada.
xviii.
Ataque dos
álcalis
[W23]
[W22]
xix.
Na estrutura de betão:
Cristalização
Fissuras paralelas à superfície com manchas.
de sais
[W24]
22
classificação, de modo a obterem-se diagnósticos o mais objetivos possível e a fazer com que, aos
poucos, se minimize este fenómeno.
Tabela 2.9 – Síntese dos padrões de fissuração, elementos onde ocorrem e causas possíveis
Elementos onde pode ocorrer
Causas
Padrão de fissuração Estrutura
Alvenaria Revestimento possíveis
de betão
Fissuras horizontais em paredes X xvi
Fissuras horizontais em paredes junto à laje
X v, xiii
superior
Fissuras horizontais em paredes junto à laje
Horizontal X x
inferior
Fissuras horizontais em pilares X ix
Fissuras verticais em paredes X xi, xvi
Fissuras verticais em paredes junto à laje
X x
inferior
Fissuas verticais no centro de vigas e inclinadas
Vertical X ix
a 45º junto aos apoios
Fissuras verticais em pilares X ix
Fissuras diagonais inclinadas a 45º em paredes X X viii, x, xi
Fissuras diagonais em paredes junto à laje de
X xiii
teto
Fissuras diagonais em paredes junto à laje
X x
inferior
Fissuras diagonais na superfície do betão X i, v, xiii
Diagonal
Fissuras inclinadas a 45º segundo retas
X ix
reversas em vigas
Fissuras diagonais em vigas na direção aos
X ix
apoios
23
24
3. Trabalho de campo
3.1. Considerações gerais
No presente capítulo é descrita a metodologia aplicada para a inspeção de edifícios com
presença de fissuração, bem como a completa descrição da ficha de inspeção utilizada para tal. É
também feita a caracterização geral de todos casos de estudo que fazem parte da amostra.
25
Pode dividir-se a metodologia aplicada em 3 fases:
i. Recolha de dados
ii. Organização da informação
a. Análise geral da fissuração
b. Análise por fachada
iii. Análise crítica dos resultados
i. Recolha de dados – Numa primeira fase, é necessário proceder à máxima recolha de todos os
dados e informações adquiridos aquando da visita aos casos de estudo. Para tal, procede-se à
elaboração de fichas de inspeção, onde é feita a total caracterização do caso de estudo, o
levantamento das fissuras observadas nos edifícios, desde a sua caracterização (através de
esquemas, fotografias e medições feitas no local) até à identificação das suas possíveis causas.
A ficha de inspeção é preenchida para cada fachada observada, recolhendo-se informação
acerca de cada padrão de fissuração nela presente através da caracterização de uma fissura
correspondente a cada padrão. Esta fissura pretende ser a mais representativa de cada padrão,
escolhendo-se as fissuras com maiores aberturas na fachada. A recolha de dados é feita por
simples observação e por recurso a pequenos instrumentos que possibilitam a caracterização
das paredes do edifício e das anomalias, sendo eles:
- Humidímetro (Figura 3.2) – Aparelho utilizado para verificar se existe humidade na superfície
das paredes observadas que possa explicar o aparecimento de fissuras;
- Régua de fissuras (Figura 3.3), fita métrica, nível e bússola – Aparelhos utilizados para a
caracterização geométrica e espacial do edifício e das fissuras;
26
- Câmara termográfica (Figura 3.4) – Instrumento utilizado que permite caracterizar elementos
constituintes da fachada.
É também importante nesta fase reunir todos os elementos que possam ser importantes para a
compreensão do funcionamento do edifício e para uma avaliação estrutural completa,
nomeadamente elementos de projeto e relatórios anteriores de intervenção.
27
Figura 3.5 – Esquema utilizado para o cálculo da percentagem da área afetada da fachada
Deve depois sintetizar-se toda a informação recolhida numa tabela onde são registadas
as características recolhidas para cada padrão.
b. Análise por fachada – É neste ponto feita uma análise detalhada das fachadas que se
considerem mais representativas dos tipos de fissuração mais correntes. Neste ponto,
registam-se todas as fissuras e todas as anomalias associadas presentes nas fachadas
em estudo, bem como a caracterização das mesmas (padrão de fissuração, abertura
média, localização, …) através dos dados recolhidos nas fichas de inspeção. Para cada
fachada escolhe-se uma fissura representativa de cada padrão de fissuração (no caso
de este se verificar em mais do que uma zona). As fissuras escolhidas são as que se
considerem mais gravosas, nomeadamente as que apresentam uma maior
abertura/degradação de entre todas as fissuras existentes para cada padrão de
fissuração.
28
Após a caracterização das fachadas, é elaborado um quadro de correlações entre os
tipos de fissuração observados e a sua ocorrência na fachada, nomeadamente as zonas
onde são mais comuns, anomalias associadas, aberturas, entre outras.
iii. Análise crítica dos resultados – Após a recolha e tratamento dos dados, deve neste ponto
analisar-se os resultados obtidos. Para o diagnóstico das causas mais prováveis para cada
padrão, tenta fazer-se um paralelismo com a sistematização de padrões de fissuração estudada
no capítulo 2, verificando-se neste ponto a existência de eventuais situações que possam não
ter sido abordadas nesse capítulo.
Numa fase final, é feita uma análise geral dos dados recolhidos, a fim de relacionar o
aparecimento da fissuração com várias características do edifício, bem como a frequência com
que se verifica este fenómeno. Esta análise serve de base para a criação de um catálogo que
contenha os padrões de fissuração observados e que tem como objetivo ser de fácil consulta,
permitindo analisar-se o que é mais comum para cada padrão.
29
ID DO EDIFÍCIO
Caracterização geral Caracterização construtiva
Nome N.º de pisos: El eva dos Enterra dos
Morada
Localidade Estrutura: Betão a rma do
Ano de construção Outra
Construtor Fotografia
Data de inspeção Paredes: Al vena ri a de tijol o
Al vena ri a de pedra
Tipo de utilização: Comérci o Betão a rma do
Ha bi taçã o Outro
Servi ços
Es pa ço públ i co Caracterização das fachadas
Outro N.º de fachadas
livres:
EQUIPAMENTO UTILIZADO
Humidímetro
Régua de fissuras
Máquina fotográfica
Fita métrica ELEMENTOS DISPONÍVEIS
Nível Projeto
Outro Outro
Edifícios Ma i s a l tos
vizinhos: Igua i s a o edi fíci o
Ma i s ba i xos
Sem edi fíci os vi zi nhos
Histórico de
Si m
obras na
zona: Nã o
30
A Figura 3.9 corresponde à parte da ficha de inspeção relacionada com a tipologia de fissuração.
Neste ponto pretende dar-se uma perspetiva geral sobre os padrões de fissuração observados. Deste
modo, deverá ser preenchida para cada tipo de padrão de fissuração, nomeadamente sobre possíveis
causas para o seu aparecimento, a sua evolução ao longo do tempo e possíveis reparações.
Fissuração tipo
Causas prováveis
Origem química
Origem plástica
Deslocamentos
em construção
Origem física
higrotérmica
estrutural
Necessidade
Origem
Origem
Outras anomalias Evolução no Tipo de
de
existentes tempo intervenção
Deformações excessivas dos el. estruturais intervenção
Carregamento excessivo de compressão
Colocação incorreta das armaduras
Remoção prematura das cofragens
Descolamento ou desprendimento
Assentamentos diferenciais
Retração plástica do betão
Mudança de material
Substituição integral
Medidas preventivas
Oxidação e corrosão
Cristalização de sais
Escorrência de água
Retração do reboco
Reparação pontual
Ação da humidade
Retração do betão
Ciclos gelo/degelo
Fungos e plantas
Ações térmicas
Ações do fogo
A longo prazo
A curto prazo
Eflorescência
Estabilizadas
Ação sísmica
Humidade
Imediata
Cíclicas
Ativas
Outro
Fissuras
Convém salientar que, quando se refere à localização da fissura no sistema, se considera que o
suporte são as paredes de alvenaria e que a interface suporte/elemento estrutural é a zona de transição
entre a parede de alvenaria e a estrutura de betão.
31
Caracterização das fissuras
Fissura
Fotografia/Esquema
Idade da fissura:
Fonte:
Tipo de fissura
Fi s s ura ma pea da
Fi s s ura ma pea da (ma l ha
ortogona l )
Fi s s ura di a gona l
Fi s s ura hori zonta l
Fi s s ura verti ca l
Localização na fachada
Ja nel a s ou a bertura s de
vã os
Junto à l a je de cobertura
Junto a o s ol o
Va ra nda s
Pa rede corrente
Es qui na s e ca ntos
Pl a ti ba nda s
El ementos decora ti vos
Tra ns i çã o de ma teri a i s
Outra
Elementos do sistema
afetados
Reves ti mento
Suporte
Interfa ce s uporte/el .
es trutura l
El emento es trutura l
Outro
Abertura média da fissura
Mui to pequena (< 0,1 mm)
Pequena (0,1 a 0,25 mm)
Modera da (0,25 a 1 mm)
Gra nde (1 a 2 mm)
Mui to gra nde (> 2 mm)
Presença de humidade
Nã o
Si m
Humi da de de condens a çã o
Humi da de ca pi l a r
Humi da de de i nfi l tra çã o
Preenchimento
Sem preenchi mento
Com preenchi mento
32
Os casos de estudo presentes neste trabalho pretendem ser representativos de diferentes zonas
em termos de localização e clima, bem como de fins a que se destinam (habitação, serviços, entre
outros).
A amostra deste trabalho é composta por 6 conjuntos de edifícios, tendo estes sido gentilmente
cedidos pela Plataforma Tecnológica Portuguesa da Construção (PTPC). Os casos de estudo irão ser
designados da seguinte forma:
- Caso de estudo A;
- Caso de estudo B;
- Caso de estudo C;
- Caso de estudo D;
- Caso de estudo E;
- Caso de estudo F.
Apresenta-se na Tabela 3.1 a totalidade de edifícios, fachadas e divisões interiores para cada
caso de estudo, bem como o número de fichas de inspeção preenchidas para cada um. Deve ter-se
em conta de que cada ficha de inspeção é preenchida para uma única fachada (no caso de as fissuras
se localizarem no exterior do edifício) e para uma única divisão (no caso de as fissuras se localizarem
no interior do edifício).
Tabela 3.1 – Total de edifícios, fachadas e divisões interiores para cada caso de estudo
N.º de fachadas
N.º de divisões interiores
N.º de exteriores
Caso de
edifícios
estudo
observados Fichas de Fichas de
Observadas Observadas
inspeção inspeção
A 9 9 4 0 0
B 12 14 3 0 0
C 2 0 0 14 6
D 4 11 6 0 0
E 1 2 4 0 0
F 1 2 2 0 0
TOTAL 29 38 19 14 6
33
Figura 3.11 – Distribuição geográfica dos casos de estudo
Nos gráficos da Figura 3.12 encontra-se a distribuição dos edifícios consoante o ano da sua
construção (Figura 3.12 (a)), o seu tipo de utilização (Figura 3.12 (b)) e o seu tipo de envolvente (Figura
3.12 (c)).
Figura 3.12 – Ano de construção (a), tipo de utilização (b) e tipo de envolvente (c)
Nos gráficos da Figura 3.13 (a) e Figura 3.13 (b) encontra-se a distribuição dos edifícios
consoante a sua estrutura resistente e o seu tipo de construção, respetivamente.
Verifica-se que nem todos os edifícios estudados possuem uma estrutura corrente de betão
armado, sendo um deles de alvenaria de pedra. Apesar de apenas se terem estudado padrões de
fissuração em edifícios correntes, irá estudar-se também este edifício uma vez que as fissuras nele
presentes são devidas a movimentos do solo e a cargas atuantes sobre a estrutura. Estas causas
provocam padrões de fissuração semelhantes ao que se observam em edifícios correntes de betão
armado, por isso a sua inclusão nos casos de estudo.
Encontra-se na Tabela 3.2 uma síntese de todos os casos de estudo, com a caracterização geral
de cada um dos casos, da sua estrutura e dos materiais que os constituem.
34
Tabela 3.2 – Tabela síntese dos casos de estudo
CASOS DE
A B C D E F
ESTUDO
Aldeia de Juzo,
Localidade Adroana, Cascais Miraflores, Oeiras Abrantes Bairro Alto, Lisboa Lisboa
Cascais
Ano de 2008 2005 2005 2011 2008 2011
Caracterização geral
Estrutura Betão armado Betão armado Betão armado Betão armado Alvenaria de pedra Betão armado
Paredes Alvenaria de tijolo Alvenaria de tijolo Alvenaria de tijolo Alvenaria de tijolo Alvenaria de pedra Alvenaria de tijolo
das fachadas
Tipo de
(sem informação) (sem informação) (sem informação) (sem informação) (sem informação) (sem informação)
pintura
Tipo de
Construção nova Construção nova Construção nova Construção reabilitada Construção reabilitada Construção reabilitada
construção
Projeto e relatórios
Elementos
Projeto Projeto anteriores de Nenhum Nenhum Nenhum
disponíveis
intervenção
3.4.1. Caso de estudo A
Complexo constituído por 41 moradias de habitação, constituindo 2 condomínios privados com
jardins e piscinas comuns. As moradias são de dois pisos (Figura 3.14), sem pisos enterrados. A
estrutura das moradias é de betão armado e as suas fundações são constituídas por sapatas ligadas
por vigas de fundação.
Apenas foi visitado o condomínio norte do complexo (Lote 1). Neste lote, verifica-se um desnível
no terreno, estando as moradias a norte a uma cota de 73,5 m e as moradias a sul a uma cota de 77
m, perfazendo um desnível de 3,5 m ao longo do condomínio.
A obra foi terminada em 2008. Os relatos do aparecimento de fissuras foram feitos pelos
moradores à empresa cerca de 2 anos após a conclusão do condomínio.
As fissuras observadas e registadas neste trabalho foram apenas as identificadas ao nível das
fachadas exteriores, não tendo sido possível o estudo do interior das habitações por razões de
privacidade dos moradores.
Para o registo e observação das fissuras, preencheu-se uma ficha de inspeção para cada
fachada observada. As fachadas escolhidas foram as que apresentavam maior ocorrência de
fissuração, tendo, contudo, sido feita uma vistoria a nível global da obra, de modo a entender-se quais
as zonas do condomínio com maiores incidências de fissuração.
Para complementar as informações obtidas pela observação a olho nu, utilizaram-se também os
seguintes instrumentos: humidímetro, régua de fissuras, máquina fotográfica, bússola e câmara
termográfica.
36
Figura 3.15 – Caso de estudo B
Para o registo e observação das fissuras, preencheu-se uma ficha de inspeção para cada
fachada observada. As fachadas escolhidas foram as que apresentavam maior ocorrência de
fissuração, tendo, contudo, sido feita uma vistoria a nível global da obra, de modo a entender-se quais
as zonas do bairro com maiores incidências de fissuração.
Para complementar as informações obtidas pela observação a olho nu, utilizaram-se também os
seguintes instrumentos: humidímetro, régua de fissuras, máquina fotográfica, bússola e câmara
termográfica.
A obra foi terminada em 2005. Os relatos do aparecimento de fissuras foram feitos pelos
moradores à empresa cerca de 1 ano após a conclusão do complexo.
As fissuras observadas e registadas neste trabalho foram apenas as identificadas nos interiores
das habitações, nomeadamente no hall de entrada, na sala, na cozinha e num dos quartos. Foram
visitados dois lotes, de modo a poderem comparar-se apartamentos do mesmo tipo. Os apartamentos
visitados localizavam-se no 5.º e 8.º andares e eram todos do lado esquerdo. Por fim, foram também
visitadas as garagens dos mesmos. Deste modo pôde ter-se uma perspetiva global do fenómeno da
fissuração nos diferentes apartamentos, visto o conjunto de edifícios se comportar como um todo.
37
Para o registo e observação das fissuras, preencheu-se uma ficha de inspeção para cada divisão
interior observada. Escolheu apenas preencher-se fichas para cada tipo de divisão, uma vez que se
verificou que os padrões se repetiam em cada andar dos edifícios.
Para complementar as informações obtidas pela observação a olho nu, utilizaram-se também os
seguintes instrumentos: régua de fissuras, máquina fotográfica e câmara termográfica.
A escola foi terminada em 2011. Não foi possível apurar quando surgiram as fissuras nos
edifícios mais antigos. De acordo com o relatado no local, as fissuras nos edifícios mais recentes
surgiram pouco tempo após as obras de intervenção, sendo que algumas das fissuras já se
encontravam reparadas.
As fissuras observadas e registadas neste trabalho foram apenas as identificadas ao nível das
fachadas exteriores, não se verificando fissuração relevante nos interiores dos pavilhões. Observaram-
se fissuras quer nos edifícios novos quer nos edifícios já existentes.
Para o registo e observação das fissuras, preencheram-se fichas de inspeção para fachadas de
edifícios novos e de edifícios já existentes. As fachadas escolhidas foram as que apresentavam maior
ocorrência de fissuração, tendo, contudo, sido feita uma vistoria a nível global da obra, de modo a
entender-se quais as zonas da escola com maiores incidências de fissuração.
Para complementar as informações obtidas pela observação a olho nu, utilizaram-se também os
seguintes instrumentos: régua de fissuras, máquina fotográfica, bússola e câmara termográfica.
38
geralmente de madeira, formados por vigas de secção aproximadamente quadrada. Os tetos do rés-
do-chão são compostos por abóbadas de alvenaria e as coberturas são em telhado com estrutura
integralmente de madeira. O convento apresenta 4 pisos, sem pisos enterrados.
A intervenção realizada passou por uma modernização das condições do edifício, tentando
preservar-se ao máximo a imagem original. Em algumas paredes resistentes interiores, substituiu-se a
madeira pelo aço em zonas onde não era possível a conservação desta.
39
A obra foi terminada em 2011. Segundo o relatado, as fissuras terão aparecido no ano seguinte
à conclusão da obra, tendo sofrido um aumento ao longo do tempo.
As fissuras observadas e registadas neste trabalho foram apenas as identificadas ao nível das
fachadas exteriores.
Para o registo e observação das fissuras, preencheu-se uma ficha de inspeção para cada
fachada observada. As fachadas escolhidas foram as que apresentavam maior ocorrência de
fissuração, tendo, contudo, sido feita uma vistoria a nível global da obra, de modo a entender-se quais
as zonas do hotel com maiores incidências de fissuração.
Para complementar as informações obtidas pela observação a olho nu, utilizaram-se também os
seguintes instrumentos: régua de fissuras e máquina fotográfica.
40
4. Análise e discussão dos resultados
4.1. Considerações gerais
No presente capítulo é feito o tratamento dos dados recolhidos no trabalho de campo. Estes
dados foram recolhidos sob a forma de fichas de inspeção preenchidas para cada fachada ou divisão
interior observadas em cada edifício, no caso de as fissuras se localizarem no exterior ou no interior,
respetivamente. As fichas de inspeção encontram-se nos anexos B.2 a B.7.
O presente capítulo tem como principais objetivos:
i. Sistematização dos padrões de fissuração observados no trabalho de campo
a. Análise geral da fissuração
b. Análise por fachada
ii. Identificação das causas de fissuração possíveis e elementos afetados
Após a análise individual de cada caso de estudo, é feita uma análise global de forma a comparar
os resultados obtidos com o estudado no capítulo 2, nomeadamente as principais causas e padrões
associados às fissuras observadas. Por fim, agrupam-se todos os resultados sob a forma de um
catálogo de padrões de fissuração.
Ao longo de todo o capítulo, são usados acrónimos para cada tipo de padrão, estando estes
descritos na Tabela 4.1.
Tabela 4.1 – Legenda das designações utilizadas para cada tipo de fissura
DG Fissuras diagonais
HZ Fissuras horizontais
MP Fissuras mapeadas
VT Fissuras verticais
41
Percentagem afetada
Padrões Padrões
Abertura máxima
6
7
Padrões
Percentagem afetada 8
Abertura máxima
Percentagem afetada
5 9
Padrões
Abertura máxima
4
42
3 Padrões
Percentagem afetada
Legenda de padrões
1 Fissuras diagonais
Abertura máxima
2
Fissuras horizontais em
esquinas
Percentagem afetada Percentagem afetada
Padrões
Fissuras horizontais
Fissuras verticais
Figura 4.1 – Caso de estudo A – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais das fachadas afetadas
Da análise geral do condomínio, pode verificar-se que:
- as fissuras mais comuns no condomínio são as fissuras mapeadas e as fissuras horizontais,
presentes em quase todas as fachadas observadas. Os restantes tipos de fissuras apresentam menos
incidência, não sendo possível estabelecer um padrão acerca das zonas onde surgem no condomínio;
- as fachadas com fissuras de maior abertura são as localizadas na zona norte do condomínio,
apresentando aberturas grandes na ordem dos 1-2 mm, chegando uma das moradias a apresentar
aberturas de >2 mm. No restante condomínio, as fissuras são pequenas ou moderadas, verificando-se
na zona oeste aberturas da ordem dos 0,25-1 mm, com exceção de uma moradia que apresentava
fissuras de 1-2 mm, e na zona este as aberturas rondavam os 0,1-0,25 mm;
- as fachadas que se encontram mais afetadas com fissuração em termos de área de fachada
são as localizadas na zona oeste do condomínio, onde apresentam valores de 75-100% de incidência
de fissuras. Na zona este verifica-se que uma moradia apresenta valores de fissuração de 50-75%. As
restantes moradias apresentam-se pouco afetadas com fissuração, com valores de fissuração de 0-
25% e 25-50%.
Após a análise geral da distribuição das fissuras no condomínio, irá agrupar-se a informação
recolhida na planta anterior sob a forma de padrões de fissuração, tentando sistematizar-se toda a
informação possível acerca de cada padrão observado. Apresenta-se na Tabela 4.2 um resumo de
todos os padrões de fissuração observados, bem como a sua abertura máxima e percentagem de
ocorrência nas fachadas. Nesta fase, a abertura máxima já será a verificada para cada padrão e não
para cada fachada, como se fez na análise anterior. A percentagem de ocorrência nas fachadas diz
respeito à frequência com que se verificou cada padrão no condomínio, ou seja, a relação ente o
número de fachadas afetadas com um determinado tipo de fissura e o número total de fachadas
observadas.
As fissuras mapeadas e horizontais existentes em todo o condomínio apresentavam uma
configuração semelhante em todas as moradias, como se pode verificar na Figura 4.2 e Figura 4.3.
Figura 4.2 – Caso de estudo A – Fissuras mapeadas: fachada n.º 3 (a); fachada n.º 2 (b); fachada n.º 5 (c)
Figura 4.3 – Caso de estudo A – Fissuras horizontais: fachada n.º 4 (a); fachada n.º 9 (b); fachada n.º 3 (c)
43
Tabela 4.2 – Caso de estudo A – Caracterização dos padrões de fissuração observados
% de ocorrência
Padrão de fissuração Abertura máxima Descrição
nas fachadas
Fissuras horizontais
HZ localizadas junto à base da 89%
fachada.
44
Este tipo de fissuras leva a crer que uma das principais causas do aparecimento da fissuração
no condomínio é de origem estrutural, nomeadamente assentamentos ao nível do solo. Esta hipótese
é suportada pela observação das moradias que apresentavam anexos e que possuíam fissuras
verticais/diagonais entre o anexo e o resto da moradia (Figura 4.4), levando a crer que existem
movimentos do solo e que estes nem sempre são uniformes.
Figura 4.4 – Caso de estudo A – Fissuras presentes nos anexos das moradias
Outro indício de movimentos do solo são as ombreiras de portas e janelas fraturadas (Figura
4.5).
Figura 4.6 – Caso de estudo A – Fachadas com maior presença de humidade: fachada n.º 6 (a); fachada n.º 7 (b)
45
Figura 4.7 – Caso de estudo A – Fachadas estudadas
Nas Tabelas 4.3 a 4.6 encontram-se esquemas representativos de cada fachada, com a
indicação das fissuras (a verde) e das outras anomalias (a laranja) presentes na mesma, bem como a
caracterização das fissuras observadas. Para cada fachada apenas será analisada uma fissura
representativa de cada padrão, sendo esta a fissura com maior abertura ou incidência.
Tabela 4.3 – Caso de estudo A – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1
Fachada n.º 1
Fissuras
46
Tabela 4.4 – Caso de estudo A – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2
Fachada n.º 2
Fissuras
Fachada n.º 3
Fissuras
47
Tabela 4.6 – Caso de estudo A – Esquematização e análise geral da fachada n.º 4
Fachada n.º 4
Fissuras
Da análise das Tabelas 4.3 a 4.6, é possível verificar que foram analisados 6 dos 7 tipos de
fissuração observados em todo o condomínio. Através dos esquemas das fachadas, foi possível
observar-se as zonas da fachada onde os diferentes tipos de fissuras ocorrem, bem como as anomalias
que aparecem associadas a cada um deles.
Apresenta-se na Tabela 4.7 um resumo de todas as características associadas a cada padrão
de fissuração observado nas fachadas escolhidas.
Da análise da Tabela 4.7 verifica-se que quase todas as fissuras afetavam quer o revestimento
quer o suporte. Foi possível verificar através do humidímetro, que todas as fachadas escolhidas para o
preenchimento da ficha de inspeção apresentavam humidade (de infiltração e capilar), que levou à
ocorrência de descolamentos ou desprendimentos e à oxidação e corrosão das armaduras em alguns
locais dos paramentos. Verificaram-se valores de humidade superiores a 50% em todas fachadas,
destacando-se as fachadas 3 e 4 que apresentavam os maiores valores, alcançando os 73%. Por fim,
verifica-se que nenhuma das fissuras apresentava qualquer tipo de preenchimento.
48
Tabela 4.7 – Caso de estudo A – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas fachadas em estudo
Revestimento Sem
0,25 a 1 mm Humidade Esquinas e cantos
Suporte preenchimento
VT
Revestimento Sem
0,25 a 1 mm Humidade Esquinas e cantos
Suporte preenchimento
HE
49
moradias com cotas mais baixas, levando a crer que a zona norte do condomínio terá tido um maior
assentamento. O assentamento poderá ter ocorrido devido à consolidação do solo de fundação, quer
pela saída de água quer por uma deficiente compactação do solo na fase de construção. Este processo
de consolidação pode ser relativamente lento, o que vai de acordo com o aparecimento das fissuras
apenas 2 anos após a construção das moradias.
Como já referido, as moradias viradas a norte não apanham tanto sol como as restantes, o que
poderá ter levado a uma maior degradação das fissuras pela entrada de água.
Encontram-se na Tabela 4.8 todas as causas possíveis que podem estar na base da ocorrência
das fissuras, bem como os elementos afetados.
Tabela 4.8 – Caso de estudo A – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de fissuração
Associado a
Padrão de Causas da Elementos
Origem problemas
fissuração fissuração afetados
estruturais
Retração do
Erros de projeto/execução
reboco (C.P.)
Deficiente dimensionamento das
Assentamentos fundações
diferenciais Incumprimento do projeto de fundações
(C.S.) Alteração das condições de humidade do
Revestimento
solo Sim
MP e suporte
Variação sazonal da temperatura do ar
Ações térmicas exterior
(C.S.) Variação das condições de radiação das
superfícies
Ação da
Elevada humidade no local
humidade (C.S.)
Deficiente dimensionamento das
Assentamentos fundações
diferenciais Incumprimento do projeto de fundações
(C.P.) Alteração das condições de humidade do
solo
Revestimento
Variação sazonal da temperatura do ar Sim
e suporte
JA Ações térmicas exterior
(C.S.) Variação das condições de radiação das
superfícies
Ação da
Elevada humidade no local
humidade (C.S.)
Utilização de materiais com coeficientes de
dilatação térmica diferentes
Ações térmicas Variação sazonal da temperatura do ar
(C.P.) exterior
Revestimento Não
TM Variação das condições de radiação das
superfícies
Ação da
Elevada humidade no local
humidade (C.S.)
DG Assentamentos
Revestimento
diferenciais Incumprimento do projeto de fundações Sim
e suporte
(C.P.)
VT
Alteração das condições de humidade do
solo
HE
C.P. – causa principal; C.S. – causa secundária
50
4.3. Caso de estudo B
4.3.1. Sistematização dos padrões de fissuração
4.3.1.1. Análise geral da fissuração
Foi realizada uma inspeção geral a todo o bairro, a fim de se adquirir uma perspetiva geral das
fissuras que se formaram nos edifícios e da sua distribuição espacial. Encontra-se representada na
Figura 4.9 a planta do bairro, onde se indicam todas as fachadas observadas, sendo para cada uma
delas indicados os tipos de padrões de fissuração presentes, as aberturas máximas e a percentagem
da fachada afetada com fissuras. Esta percentagem foi calculada de acordo com o explicado em 3.2 e
os valores calculados encontram-se presentes no anexo C.2.
Da análise geral do bairro, pode verificar-se que:
- as fissuras mais comuns são as fissuras diagonais junto a janelas, as fissuras na transição de
materiais e as fissuras horizontais em esquinas, estando cada um destes tipos de fissura presente em,
pelo menos, metade da totalidade das fachadas observadas;
- as fachadas com fissuras de maior abertura são as localizadas na zona norte do bairro,
apresentando aberturas muito grandes (>2 mm). Nas restantes fachadas, as fissuras são moderadas
(0,25-1 mm), com exceção de algumas fachadas viradas a norte e a oeste onde se verificam aberturas
grandes da ordem dos 1-2 mm. Numa das fachadas virada a sul também se verificam aberturas deste
valor;
- de um modo geral, as fachadas não se apresentam muito afetadas com fissuração,
apresentando a maior parte delas percentagens de incidência de fissuras de 0-25%. Três fachadas
localizadas na zona sul do bairro apresentam valores de 25-50% de incidência de fissuras. Apenas
uma fachada se apresenta medianamente afetada com valores de 50-75%.
Após a análise geral da distribuição das fissuras no bairro, irá agrupar-se a informação recolhida
na planta anterior sob a forma de padrões de fissuração, tentando sistematizar-se toda a informação
possível acerca de cada padrão observado. Apresenta-se na Tabela 4.9 um resumo de todos os
padrões de fissuração observados, bem como a sua abertura máxima e percentagem de ocorrência
nas fachadas.
As fissuras diagonais junto a janelas e a delimitar as caixas de estores e as fissuras horizontais
em esquina verificavam-se em grande parte dos edifícios que constituem o bairro, sendo estas muito
semelhantes entre si quer em configuração quer em dimensão (Figura 4.8 e Figura 4.10). Este tipo de
fissuras ocorre devido à grande concentração de tensões nessas zonas dos edifícios.
Figura 4.8 – Caso de estudo B – Fissuras diagonais junto a janelas: fachada n.º 1 (a) ; fachada n.º 2 (b)
51
Percentagem afetada Percentagem afetada
Percentagem afetada
Padrões Padrões Percentagem afetada
Abertura máxima
Abertura máxima
Percentagem afetada Percentagem afetada
Padrões
Padrões
Abertura máxima Abertura máxima
14
13
Percentagem afetada
Padrões Padrões Percentagem afetada
Abertura máxima
Abertura máxima
Padrões
52
10 11
Percentagem afetada Abertura máxima
8 9
Abertura máxima Legenda de padrões
Padrões
4 Fissuras diagonais
7 3 1
Padrões Fissuras horizontais em
esquinas
6 Percentagem afetada
Percentagem afetada Fissuras horizontais
5
Percentagem afetada Abertura máxima Fissuras junto a janelas
Percentagem afetada Abertura máxima ou aberturas de vão
2
Fissuras mapeadas
Abertura máxima Padrões
Abertura máxima Fissuras na transição
Padrões
entre materiais
Padrões Fissuras horizontais em
Padrões varandas/consolas
Fissuras verticais
Figura 4.9 – Caso de estudo B – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais das fachadas afetadas
Tabela 4.9 – Caso de estudo B – Caracterização dos padrões de fissuração observados
% de ocorrência
Padrão de fissuração Abertura máxima Descrição
nas fachadas
Fissuras localizadas junto a
aberturas ou janelas, a partir
das esquinas das mesmas.
JA As fissuras presentes junto a 71%
janelas acompanham muitas
vezes o desenvolvimento da
caixa de estores.
Fissuras horizontais
HE presentes em quase toda a 50%
esquina do edifício.
Fissuras horizontais
existentes nas varandas,
com grande
desenvolvimento na direção
VC 29%
da fachada. Em certos
andares chegam a
atravessar todo o elemento
de betão.
Ao longo do bairro não se verificou a existência de fissuras diagonais junto ao solo, o que levou
a crer que as fissuras observadas junto a janelas não estariam relacionadas com assentamentos
diferenciais do solo, mas sim com movimentos diferenciais da estrutura.
Todos os edifícios possuíam uma fachada na qual existia um elemento de betão armado em
consola (Figura 4.11), onde aparecia grande parte das fissuras observadas.
53
Figura 4.11 – Caso de estudo B – Zona em consola dos edifícios
Os edifícios cujas fachadas estavam a maior parte do dia à sombra (maioritariamente as viradas
a norte) apresentavam significativos problemas de humidade de infiltração, levando muitas vezes à
ocorrência de destacamentos do reboco e a fenómenos de escorrência de água. Estas fachadas
apresentavam manchas de sujidade (Figura 4.12) indicadoras da presença de humidade.
Figura 4.12 – Caso de estudo B – Fachada com manchas de sujidade devidas à humidade
54
Figura 4.13 – Caso de estudo B – Fachadas estudadas
Fachada n.º 1
Fissuras
55
Tabela 4.11 – Caso de estudo B – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2
Fachada n.º 2
Fissuras
JA1 HE1
Elementos do sistema Revestimento e Revestimento e
afetados suporte suporte
Abertura média 0,25 a 1 mm 0,25 a 1 mm
Presença de humidade De infiltração De infiltração
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
Fachada n.º 3
Fissuras
VC1 JA1
Elementos do sistema
Revestimento e suporte Revestimento e suporte
afetados
Abertura média 1 a 2 mm 1 a 2 mm
Presença de humidade De infiltração De infiltração
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
56
Tabela 4.13 – Caso de estudo B – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas fachadas em
estudo
Humidade
Janelas ou Revestimento Sem
1 a 2 mm Descolamento ou
aberturas de vão Suporte preenchimento
JA desprendimento
Revestimento
Transição de Interface Sem
1 a 2 mm Humidade
materiais suporte/elemento preenchimento
TM
estrutural
Revestimento Sem
0,25 a 1 mm Humidade Esquinas e cantos
Suporte preenchimento
HE
Humidade
Descolamento ou
Revestimento Sem
1 a 2 mm desprendimento Varandas
Suporte preenchimento
VC Escorrência de
água
Da análise da Tabela 4.13, verifica-se que quase todas as fissuras atingiam o suporte de
alvenaria. Foi possível verificar através do humidímetro, que todas as fachadas escolhidas para o
preenchimento da ficha de inspeção apresentavam humidade (de infiltração e capilar), que levou à
ocorrência de descolamentos ou desprendimentos e escorrência de água. A fachada 3 foi a que
apresentou maiores valores de humidade, atingindo os 77%. Por fim, verifica-se que nenhuma das
fissuras observadas apresentava qualquer tipo de preenchimento.
57
Encontram-se na Tabela 4.14 todas as causas possíveis que podem estar na base da ocorrência
das fissuras, bem como os elementos afetados.
Tabela 4.14 – Caso de estudo B – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de fissuração
Associado a
Padrão de Causas da Elementos
Origem problemas
fissuração fissuração afetados
estruturais
Movimentos
Utilização de materiais com diferentes
diferenciais da
comportamentos estruturais
estrutura (C.P.) Revestimento
Utilização de materiais com coeficientes de e interface
dilatação térmica diferentes suporte/ Sim
TM Ações térmicas Variação sazonal da temperatura do ar elemento
(C.P.) exterior estrutural
Variação das condições de radiação das
superfícies
JA
Movimentos
Utilização de materiais com diferentes Revestimento
diferenciais da Sim
HE comportamentos estruturais e suporte
estrutura (C.P.)
VC
Retração do
Erros de projeto/execução
reboco (C.P.)
Variação sazonal da temperatura do ar
Ações térmicas exterior
Revestimento Não
(C.S.) Variação das condições de radiação das
MP
superfícies
Ação da
Elevada humidade no local
humidade (C.S.)
C.P. – causa principal; C.S. – causa secundária
58
Lote 4 Lote 2 Lote 4 Lote 2
Abertura média Abertura média Abertura média Abertura média
Lote 4
Abertura média Lote 2
Abertura média Legenda de padrões
Fissuras diagonais
Padrões
Padrões Fissuras horizontais em
esquinas
Lote 4 Fissuras horizontais
Lote 2 Abertura média
Abertura média Lote 4 Fissuras junto a janelas
Abertura média ou aberturas de vão
Padrões Fissuras mapeadas
Padrões
Padrões Fissuras na transição
entre materiais
Fissuras horizontais em
varandas/consolas
Fissuras verticais
Figura 4.14 – Caso de estudo C – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais das divisões afetadas no apartamento
5E dos lotes 2 e 4
Lote 4 Lote 4 Lote 2 Lote 4
Lote 4 Abertura média Abertura média Abertura média Abertura média
Abertura média
Lote 2 Lote 2
Abertura média Abertura média
Lote 2 Lote 4
Abertura média Abertura média
Padrões Padrões
Padrões Padrões
Lote 2 Lote 4
Abertura média Abertura média Lote 2 Lote 4
Abertura média Abertura média
60
Padrões Padrões
Padrões Padrões
Lote 2
Abertura média
Legenda de padrões
Lote 4
Abertura média Fissuras diagonais
Padrões
Fissuras horizontais em
esquinas
Padrões
Lote 2 Lote 4 Fissuras horizontais
Lote 2 Lote 4 Abertura média Abertura média
Abertura média Abertura média Fissuras junto a janelas
ou aberturas de vão
Lote 2
Padrões Padrões Fissuras mapeadas
Abertura média
Padrões Padrões
Fissuras na transição
entre materiais
Padrões Fissuras horizontais em
varandas/consolas
Fissuras verticais
Figura 4.15 – Caso de estudo C – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais das divisões afetadas no apartamento
8E dos lotes 2 e 4
- as fissuras mais comuns nos apartamentos são as fissuras verticais, presentes em quase todas
as divisões e apartamentos observados. Os restantes tipos de fissuras apresentam muito menor
incidência, aparecendo pontualmente em algumas divisões;
- as fissuras com maior abertura localizam-se no lote 2, onde se verificam aberturas de 1-2 mm
no quarto e na cozinha. Neste lote também se verificam mais fissuras de aberturas de 0,25-1 mm do
que no lote 4. Relativamente aos apartamentos de cada lote, os apartamentos 8E apresentam uma
maior incidência de fissuras do que os 5E, sendo a abertura mais comum de 0,25-1 mm. As divisões
que apresentam maiores aberturas médias são o quarto (nos dois lotes) e a cozinha (apenas num dos
lotes), onde se verificam fissuras de 1-2 mm;
- de um modo geral, a divisão mais afetada com fissuração é a cozinha, apresentando fissuras
em diversas zonas em todos os apartamentos observados.
Após a análise geral da distribuição das fissuras nos apartamentos, irá agrupar-se a informação
recolhida nas plantas anteriores sob a forma de padrões de fissuração, tentando sistematizar-se toda
a informação possível acerca de cada padrão observado. Apresenta-se na Tabela 4.15 um resumo de
todos os padrões de fissuração observados, bem como a sua abertura máxima e percentagem de
ocorrência nas divisões. Nesta fase, a abertura máxima já será a verificada para cada padrão e não a
abertura média observada para cada fissura, como se fez na análise anterior. A percentagem de
ocorrência nas divisões diz respeito à frequência com que se verificou cada padrão nos apartamentos,
ou seja, a relação entre o número de divisões afetadas com um determinado tipo de fissura e o número
total de divisões observadas.
As fissuras verticais eram as mais comuns em todos os apartamentos estudados, afetando vários
tipos de elementos (revestimento, suporte e elementos de cantaria). Estas fissuras apresentavam, na
maior parte das vezes, um desenvolvimento ao longo de toda a parede, como se verifica na Figura
4.16.
Figura 4.16 – Caso de estudo C – Fissuras verticais: sala do apartamento 5E do lote 2 (a); cozinha do
apartamento 5E do lote 2 (b)
A existência de fissuras diagonais e de fissuras junto a janelas a par das fissuras verticais leva a
crer que a principal causa da fissuração serão movimentos da estrutura. A visita à zona das garagens,
veio comprovar esta teoria, uma vez que se observaram fissuras horizontais e verticais nas paredes
das mesmas, como se observa na Figura 4.17.
61
Tabela 4.15 – Caso de estudo C – Caracterização dos padrões de fissuração observados
% de ocorrência
Padrão de fissuração Abertura máxima Descrição
nas divisões
Fissuras verticais em vários
elementos dos
apartamentos,
nomeadamente,
revestimento, azulejos e
elementos de cantaria. As
VT fissuras nas paredes 86%
prolongam-se em altura de
uma forma quase contínua.
As aberturas são
semelhantes entre elas,
exceto algumas que
atravessam todo o reboco.
Fissuras lineares com
inclinação de cerca de 45º
presentes nos cantos das
divisões ou atravessando
DG 36%
duas paredes contíguas.
Nalguns casos seguem as
juntas de assentamento dos
tijolos.
Fissuras lineares localizadas
nas zonas de transição entre
elementos. Encontram-se
normalmente nos cantos das
divisões ou na ligação da
TM parede ao teto. Algumas 29%
ombreiras de janelas
também apresentam este
tipo de fissura entre o
elemento de cantaria e a
parede corrente.
Fissuras localizadas junto a
aberturas ou janelas, a partir
das esquinas das mesmas.
As fissuras são geralmente
JA 21%
diagonais junto às aberturas,
podendo tomar outras
direções ao longo da sua
extensão.
62
lote 4. Estas divisões foram escolhidas por apresentarem uma grande variedade de padrões de
fissuração e valores de aberturas máximas significativas. A escolha de apartamentos em andares
diferentes e lotes diferentes foi intencional, de forma a verificar-se que os padrões de fissuração se
repetiam em grande parte dos apartamentos, independentemente da sua localização no edifício. As
divisões escolhidas encontram-se indicadas na Figura 4.18.
Nas Tabelas 4.16 a 4.21 encontram-se esquemas representativos de cada divisão, com a
indicação das fissuras (a verde) e das outras anomalias (a laranja) presentes na mesma, bem como a
caracterização das fissuras observadas. Para cada divisão apenas será analisada uma fissura
representativa de cada padrão, sendo esta a fissura com maior abertura ou incidência. No caso de
existirem fissuras do mesmo padrão em diferentes elementos (revestimento, elementos de cantaria,
entre outros), caracterizar-se-á cada uma delas.
Da análise das Tabelas 4.16 a 4.21, é possível verificar que foram analisados todos os tipos de
fissuração presentes nos apartamentos. Através dos esquemas das divisões, foi possível observar-se
as zonas das divisões onde os diferentes tipos de fissuras ocorrem, bem como as anomalias que
aparecem associadas a cada um deles.
Apresenta-se na Tabela 4.22 um resumo de todas as características associadas a cada padrão
de fissuração observado nas divisões escolhidas.
63
Tabela 4.16 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral da sala do apartamento 5E do lote 2
Fissuras
VT1 DG1
Elementos do sistema Revestimento e
Revestimento
afetados suporte
Abertura média 0,25 a 1 mm 0,1 a 0,25 mm
Presença de humidade Não Não
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
Tabela 4.17 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral da sala do apartamento 8E do lote 4
Fissuras
TM1 JA1
Elementos do sistema Revestimento e
Revestimento
afetados suporte
Abertura média 0,1 a 0,25 mm 0,25 a 1 mm
Presença de humidade Não Não
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
64
Tabela 4.18 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral da cozinha do apartamento 5E do lote 2
Fissuras
VT1 VT2
Elementos do sistema Revestimento Revestimento e
afetados cerâmico suporte
Abertura média 0,1 a 0,25 mm 0,25 a 1 mm
Presença de humidade Não Não
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
Tabela 4.19 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral da cozinha do apartamento 8E do lote 4
Fissuras
65
Tabela 4.20 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral do quarto do apartamento 5E do lote 2
Fissuras
VT1
Elementos do sistema
Revestimento e suporte
afetados
Abertura média 1 a 2 mm
Presença de humidade Não
Preenchimento Sem preenchimento
Tabela 4.21 – Caso de estudo C – Esquematização e análise geral do quarto do apartamento 8E do lote 4
Fissuras
DG1
Elementos do sistema
Revestimento e suporte
afetados
Abertura média 0,25 a 1 mm
Presença de humidade Não
Preenchimento Sem preenchimento
66
Tabela 4.22 – Caso de estudo C – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas divisões em
estudo
Revestimento
Parede corrente Revestimento
Descolamento ou Esquinas e cantos cerâmico Sem
1 a 2 mm
desprendimento Elementos Suporte preenchimento
VT
decorativos Elemento de
cantaria
Da análise da Tabela 4.22, verifica-se que grande parte das fissuras atingia o suporte de
alvenaria. Num dos quartos verificou-se que ocorreu o desprendimento da camada de reboco,
resultante do aparecimento de uma fissura vertical. Neste caso a abertura da fissura era muito superior
às outras observadas (1-2 mm). Por fim, verifica-se que nenhuma das fissuras apresentava qualquer
tipo de preenchimento.
67
Tabela 4.23 – Caso de estudo C – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de fissuração
Associado a
Padrão de Causas da Elementos
Origem problemas
fissuração fissuração afetados
estruturais
Revestimento,
elementos de
VT cantaria e
suporte
Deformações
excessivas dos
DG Erros de projeto/execução Revestimento Sim
elementos
e suporte
estruturais (C.P.)
JA
Revestimento
TM
C.P. – causa principal; C.S. – causa secundária
68
Percentagem afetada Percentagem afetada
Percentagem afetada
Abertura máxima Abertura máxima Percentagem afetada
Percentagem afetada
Abertura máxima
Padrões Padrões Abertura máxima
Abertura máxima
Padrões
Padrões
Padrões
Percentagem afetada 2 3 7
9 Percentagem afetada
1 8
Abertura máxima
Abertura máxima
Padrões 5 4
Padrões
10
69
Percentagem afetada
Percentagem afetada
Abertura máxima 6
Abertura máxima 11
Legenda de padrões
Padrões Fissuras diagonais
Padrões
Fissuras horizontais em
esquinas
Percentagem afetada Fissuras horizontais
Fissuras verticais
Figura 4.19 – Caso de estudo D – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais das fachadas afetadas
Após a análise geral da distribuição das fissuras na escola, irá agrupar-se a informação recolhida
na planta anterior sob a forma de padrões de fissuração, tentando sistematizar-se toda a informação
possível acerca de cada padrão observado. Apresenta-se na Tabela 4.24 um resumo de todos os
padrões de fissuração observados, bem como a sua abertura máxima e percentagem de ocorrência
nas fachadas.
As fissuras na transição de materiais, fissuras verticais e fissuras junto a janelas observaram-se
quer nos edifícios já existentes, quer nos edifícios recentes. Estes tipos de fissuras encontram-se
representados nas Figuras 4.20 e 4.21.
Figura 4.20 – Caso de estudo D – Fissuras presentes nos edifícios já existentes: fachada n.º 7 (a); fachada n.º 7
(b); fachada n.º 8 (c)
Figura 4.21 – Caso de estudo D – Fissuras presentes nos edifícios recentes: fachada n.º 2 (a); fachada n.º 4 (b);
fachada n.º 2 (c)
No edifício principal, que sofreu obras de ampliação, verificaram-se fissuras em toda a zona da
consola e ao longo de toda a parte recentemente construída (Figura 4.22).
Figura 4.22 – Caso de estudo D – Fissuras presentes no edifício principal: fachada n.º 5 (a); fachada n.º 4 (b);
fachada n.º 4 (c)
A par das fissuras presentes nas fachadas exteriores do edifício, verificou-se que também no
seu interior existiam algumas fissuras diagonais como se observa na Figura 4.23, levando a crer que
toda a parte recente do edifício tenha sofrido assentamentos.
70
Tabela 4.24 – Caso de estudo D – Caracterização dos padrões de fissuração observados
% de ocorrência
Padrão de fissuração Abertura máxima Descrição
nas fachadas
71
Figura 4.23 – Caso de estudo D – Fissura diagonal no interior do edifício principal
72
Nas Tabelas 4.25 a 4.30 encontram-se esquemas representativos de cada fachada, com a
indicação das fissuras (a verde) e das outras anomalias (a laranja) presentes na mesma, bem como a
caracterização das fissuras observadas. Para cada fachada apenas será analisada uma fissura
representativa de cada padrão, sendo esta a fissura com maior abertura ou incidência.
Da análise das Tabelas 4.25 a 4.30, é possível verificar que foram analisados todos os tipos de
fissuração presentes na escola. Através dos esquemas das fachadas, foi possível observar-se as zonas
da fachada onde os diferentes tipos de fissuras ocorrem, bem como as anomalias que aparecem
associadas a cada um deles.
Apresenta-se na Tabela 4.31 um resumo de todas as características associadas a cada padrão
de fissuração observado nas fachadas escolhidas.
Da análise da Tabela 4.31, verifica-se que grande parte das fissuras afetava quer o revestimento
quer o suporte. Apenas as fissuras horizontais, verticais e mapeadas afetavam apenas o revestimento.
A existência de humidade em algumas das fachadas levou à ocorrência de descolamentos ou
desprendimentos e escorrência de água. Por fim, verifica-se que nenhuma das fissuras apresentava
qualquer tipo de preenchimento.
Fachada n.º 1
Fissuras
TM1 TM2
Revestimento e Revestimento e
Elementos do sistema interface interface
afetados suporte/elemento suporte/elemento
estrutural estrutural
Abertura média 0,1 a 0,25 mm 0,1 a 0,25 mm
Presença de humidade De infiltração De infiltração
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
73
Tabela 4.26 – Caso de estudo D – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2
Fachada n.º 2
Fissuras
TM1 JA1
Revestimento e
Elementos do sistema interface Revestimento e
afetados suporte/elemento suporte
estrutural
Abertura média 0,25 a 1 mm 0,25 a 1 mm
Presença de humidade Capilar Capilar
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
Fachada n.º 3
Fissuras
DG1 MP1
Elementos do sistema
Revestimento Revestimento
afetados
Abertura média 0,1 a 0,25 mm 0,1 a 0,25 mm
Presença de humidade Não Não
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
74
Tabela 4.28 – Caso de estudo D – Esquematização e análise geral da fachada n.º 4
Fachada n.º 4
Fissuras
VT1 HZ1
Elementos do sistema
Revestimento Revestimento
afetados
Abertura média 0,1 a 0,25 mm 0,1 a 0,25 mm
Presença de humidade Não Não
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
Fachada n.º 5
Fissuras
75
Tabela 4.30 – Caso de estudo D – Esquematização e análise geral da fachada n.º 6
Fachada n.º 6
Fissuras
TM1 DG1
Elementos do sistema
Revestimento Revestimento
afetados
Abertura média 0,1 a 0,25 mm 0,1 a 0,25 mm
Presença de humidade Não Não
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
Tabela 4.31 – Caso de estudo D – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas fachadas em
estudo
Humidade
Junto ao solo Revestimento
Descolamento ou
Platibandas Interface Sem
0,25 a 1 mm desprendimento
Transição de suporte/elemento preenchimento
TM Escorrência de
materiais estrutural
água
76
4.5.2. Identificação das causas de fissuração possíveis
Da análise das fissuras observadas, verificou-se que a incidência de fissuras era maior ao nível
dos edifícios recentes. As fissuras mais comuns são fissuras nas zonas de transição de materiais,
sendo a principal causa para o seu aparecimento movimentos diferenciais da estrutura. Uma vez que
a estrutura de betão e as paredes de alvenaria possuem comportamentos estruturais diferentes, as
deformações sofridas pela estrutura de betão não são compatíveis com as capacidades resistentes das
paredes de alvenaria, levando à ocorrência de fissuras na zona de transição entre os dois materiais.
Esta zona é também zona de pontes térmicas, estando as ações térmicas também na base do
aparecimento de fissuras.
Surgem também fissuras nos cantos das janelas e nas esquinas dos edifícios devido aos
movimentos diferenciais da estrutura, uma vez que são zonas onde existe uma grande concentração
de tensões.
As fissuras diagonais que se observaram quer nos edifícios antigos quer nos mais recentes,
podem ser devido a movimentações do terreno, que levou a que ocorressem assentamentos em certas
zonas dos edifícios.
O edifício principal encontrava-se bastante fissurado, especialmente na parte em consola e na
fachada virada a este. Estas fissuras podem ter sido devido à construção de uma biblioteca que ocupa
grande parte do edifício e que, não sendo devidamente calculadas as cargas em fase de projeto,
poderão ter provocado deformações excessivas nos elementos.
Encontram-se na Tabela 4.32 todas as causas possíveis que podem estar na base da ocorrência
das fissuras, bem como os elementos afetados.
77
Tabela 4.32 – Caso de estudo D – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de fissuração
Associado a
Padrão de Causas da Elementos
Origem problemas
fissuração fissuração afetados
estruturais
Movimentos
Utilização de materiais com diferentes
diferenciais da
comportamentos estruturais
estrutura (C.P.)
Utilização de materiais com coeficientes de Revestimento
dilatação térmica diferentes e interface
Ações térmicas Variação sazonal da temperatura do ar suporte/ Sim
TM (C.P.) exterior elemento
Variação das condições de radiação das estrutural
superfícies
Ação da
Elevada humidade no local
humidade (C.S.)
Sobrecargas
Erros de projeto
acidentais (C.P.)
Movimentos Revestimento Sim
VT Utilização de materiais com diferentes
diferenciais da
comportamentos estruturais
estrutura (C.P.)
Deficiente dimensionamento das
Assentamentos fundações
diferenciais Incumprimento do projeto de fundações
(C.P.) Alteração das condições de humidade do
solo Revestimento
Sim
DG Sobrecargas e suporte
Erros de projeto
acidentais (C.P.)
Movimentos
Utilização de materiais com diferentes
diferenciais da
comportamentos estruturais
estrutura (C.P.)
Movimentos
Utilização de materiais com diferentes
diferenciais da
comportamentos estruturais Revestimento
estrutura (C.P.) Sim
e suporte
JÁ Ação da
Elevada humidade no local
humidade (C.S.)
Sobrecargas
Erros de projeto
acidentais (C.P.)
Revestimento
Movimentos Sim
Utilização de materiais com diferentes e suporte
VC diferenciais da
comportamentos estruturais
estrutura (C.P.)
Retração do
Erros de projeto/execução
reboco (C.P.)
Variação sazonal da temperatura do ar
Ações térmicas exterior
Revestimento Não
(C.S.) Variação das condições de radiação das
MP
superfícies
Ação da
Elevada humidade no local
humidade (C.S.)
Sobrecargas
Erros de projeto
acidentais (C.P.)
Movimentos Revestimento Sim
HZ Utilização de materiais com diferentes
diferenciais da
comportamentos estruturais
estrutura (C.P.)
C.P. – causa principal; C.S. – causa secundária
78
Percentagem afetada
Percentagem afetada
Abertura máxima
Abertura máxima
Padrões
Padrões
Percentagem afetada
1I.1
Abertura máxima
1E
Padrões
Legenda de padrões
Fissuras diagonais
1I.2
Fissuras horizontais em Percentagem afetada
esquinas 2
Fissuras horizontais Abertura máxima
Fissuras junto a janelas
ou aberturas de vão
Padrões
Fissuras mapeadas
Fissuras na transição
entre materiais
Fissuras horizontais em
varandas/consolas
Fissuras verticais
Figura 4.25 – Caso de estudo E – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais das
fachadas afetadas
79
Após a análise geral da distribuição das fissuras no convento, irá agrupar-se a informação
recolhida na planta anterior sob a forma de padrões de fissuração, tentando sistematizar-se toda a
informação possível acerca de cada padrão observado. Apresenta-se na Tabela 4.33 um resumo de
todos os padrões de fissuração observados, bem como a sua abertura máxima e percentagem de
ocorrência nas fachadas.
Tabela 4.33 – Caso de estudo E – Caracterização dos padrões de fissuração observados
% de ocorrência
Padrão de fissuração Abertura máxima Descrição
nas fachadas
Fissuras verticais com
abertura variável desde o
topo do muro até
sensivelmente meio do
VT mesmo. Apresentam 100%
espaçamento semelhante
entre elas e por vezes
atingem profundidades
consideráveis.
80
Verificou-se nesta zona do muro exterior que existiam grandes esforços de tração, ao ponto de
levar à deformação do mesmo na zona onde ocorreram as fissuras. Ao visitar-se o interior do convento,
pôde observar-se que existiam canteiros e árvores junto ao muro (Figura 4.27). De acordo com a
informação recolhida no local que acompanharam a inspeção, apurou-se que a drenagem dos canteiros
não teria sido feita corretamente, o que levaria à acumulação de grandes quantidades de água nas
traseiras do muro.
81
Nas Tabelas 4.34 a 4.37 encontram-se esquemas representativos de cada fachada, com a
indicação das fissuras (a verde) e das outras anomalias (a laranja) presentes na mesma, bem como a
caracterização das fissuras observadas. Para cada fachada apenas será analisada uma fissura
representativa de cada padrão, sendo esta a fissura com maior abertura ou incidência.
Da análise das Tabelas 4.34 a 4.37, é possível verificar que foram analisados todos os tipos de
fissuração presentes no convento. Através dos esquemas das fachadas, foi possível observar-se as
zonas da fachada onde os diferentes tipos de fissuras ocorrem, bem como as anomalias que aparecem
associadas a cada um deles.
Apresenta-se na Tabela 4.38 um resumo de todas as características associadas a cada padrão
de fissuração observado nas fachadas escolhidas.
Da análise da Tabela 4.38, verifica-se que, à exceção das fissuras mapeadas, todos os outros
tipos de fissuras afetavam o revestimento e o elemento estrutural que, neste caso, é todo o muro de
alvenaria de pedra. Foi possível verificar através do humidímetro, que quase todas as fachadas
escolhidas para o preenchimento da ficha de inspeção apresentavam elevados valores de humidade
(de infiltração) superiores a 80%, que levou à ocorrência de descolamentos ou desprendimentos e
escorrência de água. Por fim, verifica-se que nenhuma das fissuras apresentava qualquer tipo de
preenchimento.
Tabela 4.34 – Caso de estudo E – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1.E
Fissuras
82
Tabela 4.35 – Caso de estudo E – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1.I1
Fissuras
MP1 VT1
Elementos do Revestimento e Revestimento e
sistema afetados alvenaria estrutural alvenaria estrutural
Abertura média 0,25 a 1 mm 1 a 2 mm
Presença de
De infiltração De infiltração
humidade
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
Tabela 4.36 – Caso de estudo E – Esquematização e análise geral da fachada n.º 1.I2
Fissuras
VT1 DG1
Elementos do sistema Revestimento e Revestimento e
afetados alvenaria estrutural alvenaria estrutural
Abertura média > 2 mm > 2 mm
Presença de humidade De infiltração De infiltração
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
83
Tabela 4.37 – Caso de estudo E – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2
Fachada n.º 2
Fissuras
VT1 MP1
Elementos do sistema Revestimento e
Revestimento
afetados alvenaria estrutural
Abertura média 1 a 2 mm 0,1 a 0,25 mm
Presença de humidade De infiltração Não
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
Tabela 4.38 – Caso de estudo E – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas fachadas em
estudo
Revestimento
Humidade
Parede corrente Alvenaria
Descolamento ou Sem
> 2 mm Elementos estrutural
desprendimento preenchimento
VT decorativos Elemento de
Escorrência de
água cantaria
Humidade
Descolamento ou
Sem
0,25 a 1 mm desprendimento Parede corrente Revestimento
preenchimento
MP Escorrência de
água
Humidade Revestimento
Parede corrente Sem
> 2 mm Escorrência de Alvenaria
Esquinas e cantos preenchimento
DG água estrutural
Humidade
Descolamento ou Revestimento
Sem
> 2 mm desprendimento Parede corrente Alvenaria
preenchimento
HZ Escorrência de estrutural
água
84
4.6.2. Identificação das causas de fissuração possíveis
Da análise das fissuras observadas e tendo em conta que na parte interior se localizam jardins,
pode aferir-se que o motivo do aparecimento da maior parte das fissuras terá sido um excessivo impulso
do terreno sobre o muro, o que levou à rotura por flexão da parede. Esta rotura terá sido devida à
excessiva presença de água nas traseiras do muro, uma vez que não foi feita qualquer drenagem do
terreno.
Outra das causas de fissuração poderá ser algum movimento ao nível do terreno, o que é
indiciado pela presença de fissuras diagonais nalgumas zonas do muro.
Encontram-se na Tabela 4.39 todas as causas possíveis que podem estar na base da ocorrência
das fissuras, bem como os elementos afetados.
Tabela 4.39 – Caso de estudo E – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de fissuração
Associado a
Padrão de Causas da Elementos
Origem problemas
fissuração fissuração afetados
estruturais
Sobrecargas Revestimento,
Erros de projeto elemento
acidentais (C.P.)
estrutural e Sim
VT Ação da Elevado impulso de água junto ao elementos de
humidade (C.P.) elemento cantaria
Retração do
Erros de projeto/execução
reboco (C.P.)
Variação sazonal da temperatura do ar
Ações térmicas exterior
Revestimento Não
(C.S.) Variação das condições de radiação das
MP
superfícies
Ação da
Elevada humidade no local
humidade (C.S.)
Deficiente dimensionamento das
Assentamentos fundações
diferenciais Incumprimento do projeto de fundações
(C.P.) Alteração das condições de humidade do Revestimento
solo e elemento Sim
DG Sobrecargas estrutural
Erros de projeto
acidentais (C.P.)
Ação da Elevado impulso de água junto ao
humidade (C.P.) elemento
Sobrecargas
Erros de projeto Revestimento
acidentais (C.P.)
e elemento Sim
HZ Ação da Elevado impulso de água junto ao
estrutural
humidade (C.P.) elemento
C.P. – causa principal; C.S. – causa secundária
85
fachada afetada com fissuras. Esta percentagem foi calculada de acordo com o explicado em 3.2 e os
valores calculados encontram-se presentes no anexo C.5.
Percentagem afetada
Abertura máxima
Padrões
1
Legenda de padrões
Fissuras diagonais
Fissuras horizontais em
esquinas
Fissuras horizontais
Percentagem afetada
Fissuras junto a janelas
ou aberturas de vão
Abertura máxima
Fissuras mapeadas
Fissuras na transição
Padrões entre materiais
Fissuras horizontais em
varandas/consolas
Fissuras verticais
Figura 4.29 – Caso de estudo F – Distribuição geral de padrões de fissuração e características gerais das
fachadas afetadas
Após a análise geral da distribuição das fissuras no hotel, irá agrupar-se a informação recolhida
na planta anterior sob a forma de padrões de fissuração, tentando sistematizar-se toda a informação
possível acerca de cada padrão observado. Apresenta-se na Tabela 4.40 um resumo de todos os
86
padrões de fissuração observados, bem como a sua abertura máxima e percentagem de ocorrência
nas fachadas.
Tabela 4.40 – Caso de estudo F – Caracterização dos padrões de fissuração observados
% de ocorrência
Padrão de fissuração Abertura máxima Descrição
nas fachadas
A maior parte das fissuras observadas localizavam-se na fachada orientada a sul. Esta era
também a fachada com maior comprimento de edificação nova, uma vez que o edifício original não era
simétrico e prolongava-se por um maior comprimento na fachada orientada a norte. Todas as fissuras
observadas se localizavam na construção recente. Na Figura 4.30 podem ver-se a parte do edifício já
existente e a parte do edifício recentemente construída.
Figura 4.30 – Caso de estudo F – Parte do edifício já existente (à esquerda) e parte recentemente construída (à
direita)
87
Figura 4.31 – Caso de estudo F – Fissuras na transição de materiais e horizontais em esquina presentes na
fachada orientada a sul
Figura 4.32 – Caso de estudo F – Fissuras na transição de materiais e horizontais em esquina presentes na
fachada orientada a norte
88
Figura 4.33 – Caso de estudo F – Fachadas estudadas
Fachada n.º 1
Fissuras
89
Tabela 4.42 – Caso de estudo F – Esquematização e análise geral da fachada n.º 2
Fachada n.º 2
Fissuras
TM1 HE1
Elementos do sistema
Revestimento Revestimento
afetados
Abertura média 0,1 a 0,25 mm 0,1 a 0,25 mm
Presença de humidade Não Não
Preenchimento Sem preenchimento Sem preenchimento
Tabela 4.43 – Caso de estudo F – Caracterização dos padrões de fissuração observados nas fachadas em
estudo
90
Esta zona é também zona de pontes térmicas, estando as ações térmicas também na base do
aparecimento de fissuras.
Surgem também fissuras nos cantos das janelas e nas esquinas dos edifícios devido aos
movimentos diferenciais da estrutura, uma vez que são zonas onde existe uma grande concentração
de tensões.
A existência de uma fissura vertical na transição entre dois dos blocos constituintes do hotel
indica que terão existido movimentos relativos entre os dois blocos, que poderão ter sido devidos a
assentamentos diferenciais da estrutura.
Encontram-se na Tabela 4.44 todas as causas possíveis que podem estar na base da ocorrência
das fissuras, bem como os elementos afetados.
Tabela 4.44 – Caso de estudo F – Causas possíveis e elementos afetados para cada padrão de fissuração
Associado a
Padrão de Causas da Elementos
Origem problemas
fissuração fissuração afetados
estruturais
Movimentos
Utilização de materiais com diferentes
diferenciais da
comportamentos estruturais
estrutura (C.P.)
Utilização de materiais com coeficientes de
dilatação térmica diferentes Revestimento Sim
TM Ações térmicas Variação sazonal da temperatura do ar
(C.P.) exterior
Variação das condições de radiação das
superfícies
HE Movimentos
Utilização de materiais com diferentes
diferenciais da Revestimento Sim
comportamentos estruturais
estrutura (C.P.)
JA
Deficiente dimensionamento das
Assentamentos fundações
diferenciais Incumprimento do projeto de fundações Revestimento Sim
VT (C.P.) Alteração das condições de humidade do
solo
C.P. – causa principal; C.S. – causa secundária
91
Tabela 4.45 – Comparação entre as causas e os padrões de fissuração abordados no capítulo 2 e os verificados
nos casos de estudo
Casos de estudo
Causas da fissuração – Capítulo 2
A B C D E F
Antes do Plástica
endurecimento
do betão Deslocamento em construção
Física X X X X
Retração do betão
Retração do reboco X X X X
Fissuras mapeadas X X X X
Estrutural X X X X X X
Fluência do betão
Assentamentos diferenciais X X X X
Fissuras inclinadas a 45º X X X
Fissuras a partir da abertura
de vãos
X
Sobrecargas acidentais X X
Fissuras perpendiculares ao
esforço, uniformes
X X
Fissuras paralelas ao esforço,
irregulares
X
Fissuras verticais em vigas
Fissuras a 45º em vigas
Fissuras desde o ponto de
aplicação do esforço até aos
apoios
Fissuras em pilares
Deformações excessivas dos
elementos estruturais X X X X
Fissuras diagonais em
consolas
X
Fissuras horizontais, verticais
e diagonais junto à laje inferior
X X X
Depois do
endurecimento Fissuras junto a aberturas X X X X
do betão Carregamento excessivo de
compressão nas alvenarias
Fissuras verticais
Fissuras horizontais ou
inclinadas para cargas verticais
excêntricas ou horizontais
Fissuras inclinadas a partir de
aberturas de portas e janelas
Ação sísmica
Higrotérmica X X X X X
Ações térmicas X X X X X
Fissuras com espaçamento
uniforme no betão
Fissuras horizontais junto à
laje de cobertura
X
Fissuras que acompanham
juntas
X X X
Ação do fogo
Ciclos gelo/degelo
Ação da humidade X X X X
Fissuras horizontais
acompanhando juntas de
assentamento da alvenaria
Fissuras verticais X
Fissuras a partir da abertura
de vãos
X X
Química
92
No caso de estudo A, verificou-se que o desenvolvimento de um padrão de fissuração pode ser
devido a uma sobreposição de causas (como se verificou, por exemplo, no aparecimento das fissuras
mapeadas que estavam relacionadas não só com o fenómeno da retração do reboco, mas também
com assentamentos diferenciais e ações higrotérmicas). No caso das fissuras verticais que apareciam
na ligação entre o anexo e a moradia, foi necessário ter acesso aos projetos de arquitetura para se
verificar que nessas zonas se teria dado um assentamento diferencial da estrutura devido à não
existência de sapatas sob o anexo.
No caso de estudo B, as fissuras em zonas onde ocorre uma grande concentração de tensões
eram principalmente devidas a movimentos diferenciais da estrutura. No que diz respeito a fissuras
horizontais em zonas de esquina dos edifícios não se possuía informação nenhuma do capítulo 2 para
tirar conclusões acerca das causas na sua origem. Foi para isso necessário observar o edifício como
um todo e verificar que as fissuras eram devidas a movimentos diferenciais do mesmo.
No caso de estudo D, verificou-se que a presença de vários tipos de fissura na fachada do edifício
principal pode ser devida à utilização desse edifício como biblioteca, estando este submetido a cargas
que poderiam não ter sido consideradas em projeto. Deste modo, foi necessário adquirir uma perspetiva
global de todo o edifício e do seu funcionamento para encontrar uma explicação para o aparecimento
destas fissuras.
No caso de estudo F, poderá ter ocorrido um assentamento diferencial de parte da estrutura, que
levou à formação de fissuras verticais e não diagonais, como seria de prever. Este tipo de fissura ocorre
na zona de ligação entre dois blocos do edifício, onde poderá ter ocorrido um assentamento maior num
deles.
De um modo geral, as causas do aparecimento de fissuras não são facilmente identificáveis,
sendo por isso necessário um conhecimento da história do edifício (através de engenheiros, projetistas,
projetos, entre outros) e uma análise in situ de modo a permitir um diagnóstico mais rigoroso.
93
Figura 4.34 – Padrões de fissuração observados nos casos de estudo
Os tipos de fissuras mais comuns nos casos de estudo são as fissuras verticais em zona corrente
(com uma percentagem de 24%), seguidas das fissuras na transição de materiais (17%), das fissuras
mapeadas e das fissuras junto a janelas/aberturas (ambas com 14%).
As fissuras horizontais em varandas/consolas apresentam a menor percentagem de incidência
(3%). Contudo, em todos os casos que apresentavam varandas ou partes do edifício em consola (casos
de estudo B e D), verificou-se sempre a existência de fissuras nestes elementos, pelo que este
resultado terá de ter em conta este facto.
Na Figura 4.35 encontram-se as principais zonas afetadas com fissuração.
Da análise da Figura 4.35, verifica-se que a maior parte das fissuras aparece na zona de parede
corrente (34%). De seguida, as zonas mais comuns para o seu aparecimento são zonas de esquinas e
cantos (16%) e zonas onde ocorre a transição de materiais (15%). Como zonas menos comuns
encontram-se as platibandas (3%) e junto à laje de cobertura (apenas 1%).
O aparecimento de fissuras pode, muitas vezes, estar relacionado com características
intrínsecas dos edifícios, nomeadamente o seu ano de construção. Apresenta-se na Figura 4.36 um
gráfico onde se relacionam os anos de construção com a percentagem das fachadas afetada com
94
fissuração. Na elaboração do gráfico da Figura 4.36, não se considerou o caso de estudo C, uma vez
que este apenas apresenta fissuras no interior das habitações, não tendo sido calculada qualquer
percentagem de área afetada.
Figura 4.36 – Correlação entre os anos de construção das obras e a percentagem das fachadas afetada com
fissuração
Da análise do gráfico da Figura 4.36, verifica-se que a maior parte dos edifícios se encontra muito
pouco (0-25%) ou pouco (25-50%) afetada com fissuração. No caso de edifícios mais recentes (com
ano de construção posterior a 2010), verifica-se que grande parte destes (92%) se encontra muito
pouco afetada com fissuras. Nos edifícios mais antigos (com ano de construção anterior a 2005), a
maior parte encontra-se também muito pouco afetada (72%). Contudo, observam-se edifícios
medianamente afetados com fissuração (7%). Fachadas muito afetadas com fissuras apenas aparecem
em edifícios construídos entre 2006 e 2009, onde correspondem a 15% do total de fachadas estudadas.
95
fissuras. As restantes causas aparecem associadas a menos tipos de fissuras, sendo que a retração
do reboco apenas aparece associada a fissuras mapeadas.
No gráfico da Figura 4.37 (b), verifica-se que, à exceção de fissuras em varandas/consolas, a
maior parte das fissuras apresenta aberturas pequenas ou moderadas. Fissuras grandes ou muito
grandes correspondem a uma pequena percentagem das fissuras observadas, verificando-se o seu
aparecimento em todo o tipo de fissuras, com exceção das fissuras mapeadas e das horizontais em
esquinas, onde as aberturas são todas elas pequenas ou moderadas.
MP – fissuras mapeadas; JÁ – fissuras junto a janelas/aberturas; TM – fissuras na transição de materiais; HE – fissuras horizontais em esquinas;
DG – fissuras diagonais; HZ – fissuras horizontais; VT – fissuras verticais; VC – fissuras horizontais em varandas/consolas
Figura 4.37 – Correlação entre padrões de fissuração e: causas possíveis (a); aberturas médias (b)
Nos gráficos da Figura 4.38 relacionam-se os padrões de fissuração com os elementos afetados
(Figura 4.38 (a)) e com as anomalias associadas (Figura 4.38 (b)).
MP – fissuras mapeadas; JÁ – fissuras junto a janelas/aberturas; TM – fissuras na transição de materiais; HE – fissuras horizontais em esquinas;
DG – fissuras diagonais; HZ – fissuras horizontais; VT – fissuras verticais; VC – fissuras horizontais em varandas/consolas
Figura 4.38 – Correlação entre padrões de fissuração e: elementos afetados (a); anomalias associadas (b)
No gráfico da Figura 4.38 (a), verifica-se que o elemento mais afetado por fissuras é o
revestimento, correspondendo, na maior parte, a mais de metade dos tipos de fissuras observados.
Fissuras presentes na interface suporte/elemento estrutural apenas aparecem associadas a zonas de
transição de materiais, uma vez que se consideram estas zonas como as zonas de ligação entre o
suporte (na maior parte das vezes, paredes de alvenaria) e o elemento estrutural (a estrutura de betão).
As fissuras verticais são o único tipo de fissura que se encontra em elementos de cantaria e
revestimentos cerâmicos.
Da análise do gráfico da Figura 4.38 (b), observa-se que todos os tipos de fissuras aparecem
associados a humidade, sendo esta anomalia observada em quase todos os casos de estudo. A
96
ocorrência de descolamentos ou desprendimentos também aparece associada a vários tipos de
fissuras, com exceção de fissuras horizontais em esquinas e fissuras diagonais.
97
Tabela 4.46 – Catálogo de padrões de fissuração – Paredes exteriores
Possíveis
Possíveis Abertura Elementos
Zona Foto/Descrição Origem problemas
causas expectável afetados
estruturais
RR
Pequenas
AT (causa
Física e (0,1-0,25 mm)
secundária) - Revestimento
higrotérmica a moderadas
AH (causa (0,25-1 mm)
secundária)
Pode criar
condições de
instabilidade Revestimento
nas paredes e suporte
Estrutural AD Variável
devido a (parede de
movimentos ao alvenaria)
nível do
terreno.
Parede corrente
Fissuras com
tendência a Revestimento,
evoluírem a elemento
Estrutural SA longo prazo se Variável estrutural e
as suas causas elementos
não forem decorativos
resolvidas.
Fissuras verticais com
abertura variável e
espaçamento semelhante
entre elas.
Fissuras com
tendência a
evoluírem a Revestimento
Estrutural e SA Muito grandes
longo prazo se e elemento
higrotérmica AH as suas causas
(>2 mm)
estrutural
não forem
resolvidas.
Fissuras verticais e
horizontais de grande
abertura em muros.
Transição de materiais
Revestimento
MD
e interface
Estrutural e AT Pequenas
- suporte/
higrotérmica AH (causa (0,1-0,25 mm)
elemento
secundária) estrutural
Fissuras lineares
localizadas nas zonas de
transição entre a alvenaria
e a estrutura de betão.
Causas: RR – retração do reboco; AD – assentamentos diferenciais; SA – sobrecargas acidentais; DE – deformações excessivas dos elementos
estruturais; MD – movimentos diferenciais da estrutura; AT – ações térmicas; AH – ação da humidade
98
Tabela 4.46 – Catálogo de padrões de fissuração – Paredes exteriores (cont.)
Possíveis
Possíveis Abertura Elementos
Zona Foto/Descrição Origem problemas
causas expectável afetados
estruturais
aberturas de vão
AD Revestimento
Janelas/
AT
Pequenas
Higrotérmica AH (causa -
(0,1-0,25 mm)
Revestimento
secundária)
Fissuras lineares
localizadas junto à laje de
cobertura, geralmente na
transição entre a alvenaria
e a estrutura de betão.
Platibandas
AT
Pequenas
Higrotérmica AH (causa -
(0,1-0,25 mm)
Revestimento
secundária)
Fissuras lineares
localizadas na zona de
platibanda.
Pode criar
condições de
instabilidade Revestimento
nas paredes Moderadas e suporte
Estrutural AD
devido a (0,25-1 mm) (parede de
movimentos alvenaria)
ao nível do
terreno.
Fissuras horizontais junto
ao solo.
Junto ao solo
Pode criar
condições de Revestimento,
instabilidade suporte
nas paredes (parede de
Estrutural AD Variável
devido a alvenaria) e
movimentos elemento
Fissuras diagonais com ao nível do estrutural
inclinação de terreno.
aproximadamente 45º,
com espaçamento
semelhante entre elas,
localizadas junto ao solo.
Causas: RR – retração do reboco; AD – assentamentos diferenciais; SA – sobrecargas acidentais; DE – deformações excessivas dos elementos
estruturais; MD – movimentos diferenciais da estrutura; AT – ações térmicas; AH – ação da humidade
99
Tabela 4.46 – Catálogo de padrões de fissuração – Paredes exteriores (cont.)
Possíveis
Possíveis Abertura Elementos
Zona Foto/Descrição Origem problemas
causas expectável afetados
estruturais
Pequenas Revestimento
(0,1-0,25 mm) e suporte
Estrutural MD -
a moderadas (parede de
(0,25-1 mm) alvenaria)
Fissuras horizontais com
Esquinas e cantos
espaçamento semelhante
entre elas, na zona de
esquina dos edifícios.
Pode criar
condições de
instabilidade Revestimento
nas paredes e suporte
Estrutural AD Variável
devido a (parede de
movimentos alvenaria)
ao nível do
Fissuras verticais com terreno.
abertura variável e com
desenvolvimento a partir
de zonas de canto.
Fissuras com
tendência a
evoluírem a Revestimento
SA longo prazo se Grandes (1-2 e suporte
Estrutural
MD as suas mm) (parede de
causas não alvenaria)
forem
Fissuras horizontais em resolvidas.
varandas, com
desenvolvimento na
Varandas
direção da fachada.
Fissuras com
tendência a
evoluírem a Revestimento
SA longo prazo se Grandes (1-2 e suporte
Estrutural
MD as suas mm) (parede de
causas não alvenaria)
Fissuras diagonais com forem
espaçamento semelhante resolvidas.
entre elas, localizadas na
parte superior de zonas
em consola.
Elementos decorativos
Fissuras com
tendência a
evoluírem a
Elemento de
longo prazo se Grandes (1-2
Estrutural SA cantaria
as suas mm)
(juntas)
causas não
forem
resolvidas.
Fissuras verticais que se
prolongam nas juntas de
elementos de cantaria.
Causas: RR – retração do reboco; AD – assentamentos diferenciais; SA – sobrecargas acidentais; DE – deformações excessivas dos elementos
estruturais; MD – movimentos diferenciais da estrutura; AT – ações térmicas; AH – ação da humidade
100
Tabela 4.47 – Catálogo de padrões de fissuração – Paredes interiores
Possíveis
Possíveis Abertura Elementos
Zona Foto/Descrição Origem problemas
causas expectável afetados
estruturais
Fissuras com
tendência a
evoluírem a
longo prazo Pequenas
Estrutural DE Revestimento
devido à (0,1-0,25 mm)
fluência dos
elementos de
Parede corrente
betão armado.
Fissuras diagonais com
inclinações de cerca de 45º.
Fissuras com
tendência a
evoluírem a Revestimento
longo prazo Moderadas e suporte
Estrutural DE
devido à (0,25-1 mm) (parede de
fluência dos alvenaria)
elementos de
Fissuras verticais contínuas betão armado.
que se prolongam ao longo
de toda a parede.
Janelas/aberturas de vão
Fissuras com
tendência a
evoluírem a Revestimento
longo prazo Moderadas e suporte
Estrutural DE
devido à (0,25-1 mm) (parede de
fluência dos alvenaria)
elementos de
Fissuras localizadas junto a betão armado.
aberturas ou janelas, a partir
das esquinas das mesmas.
Fissuras com
tendência a
evoluírem a Revestimento
longo prazo Moderadas e suporte
Estrutural DE
devido à (0,25-1 mm) (parede de
fluência dos alvenaria)
elementos de
Fissuras verticais contínuas betão armado.
localizadas junto a esquinas,
Esquinas e cantos
Fissuras com
tendência a
evoluírem a Revestimento
longo prazo Moderadas e suporte
Estrutural DE
devido à (0,25-1 mm) (parede de
fluência dos alvenaria)
Fissuras diagonais que elementos de
atravessam dois panos betão armado.
contíguos de alvenaria e que
seguem as juntas de
assentamento dos
elementos de alvenaria.
Causas: RR – retração do reboco; AD – assentamentos diferenciais; SA – sobrecargas acidentais; DE – deformações excessivas dos elementos
estruturais; MD – movimentos diferenciais da estrutura; AT – ações térmicas; AH – ação da humidade
101
Tabela 4.47 – Catálogo de padrões de fissuração – Paredes interiores (cont.)
Possíveis
Possíveis Abertura Elementos
Zona Foto/Descrição Origem problemas
causas expectável afetados
estruturais
Transição de materiais
Fissuras com
tendência a
evoluírem a
longo prazo Pequenas (0,1-
Estrutural DE Revestimento
devido à 0,25 mm)
fluência dos
elementos de
betão armado.
Fissuras horizontais junto a
ombreiras de janelas.
Fissuras com
tendência a
evoluírem a
longo prazo Pequenas (0,1- Elemento de
Estrutural DE
devido à 0,25 mm) cantaria
fluência dos
elementos de
Elementos decorativos
Fissuras com
tendência a
evoluírem a Pequenas (0,1- Revestimento
longo prazo 0,25 mm) a e suporte
Estrutural DE
devido à moderadas (parede de
fluência dos (0,25-1 mm) alvenaria)
elementos de
Fissuras verticais em betão armado.
revestimentos cerâmicos,
que se desenvolvem ao
longo das juntas dos
mesmos.
Causas: RR – retração do reboco; AD – assentamentos diferenciais; SA – sobrecargas acidentais; DE – deformações excessivas dos elementos
estruturais; MD – movimentos diferenciais da estrutura; AT – ações térmicas; AH – ação da humidade
102
5. Conclusões e desenvolvimentos futuros
5.1. Conclusões
Considera-se que os objetivos traçados no início da presente dissertação foram cumpridos. Por
forma a relacionar a pesquisa desenvolvida no capítulo 2 com a realidade dos edifícios em Portugal,
foram analisados seis casos de estudo. Os edifícios/conjuntos de edifícios que constituíram os casos
de estudo forneceram uma base diversificada para o estudo de padrões de fissuração, tendo sido
possível observar vários padrões e vários elementos afetados, que apresentavam causas bem
distintas.
Desenvolveu-se uma metodologia que permitiu uma total caracterização quer dos edifícios, quer
das anomalias que neles se observavam. Esta metodologia passou pela criação de uma ficha de
inspeção que foi elaborada com o intuito de ser rápida e fácil de preencher e que fornecesse todas as
informações necessárias para um posterior diagnóstico dos fenómenos observados.
A diversidade de resultados obtidos motivou a criação de um catálogo de padrões de fissuração,
onde foram compilados todos os tipos de fissuras observados. A organização deste catálogo teve por
base os resultados obtidos numa análise estatística, na qual foram analisados 59 tipos de fissuras
presentes nos casos de estudo.
A partir das inspeções realizadas obtiveram-se as seguintes conclusões principais:
- os tipos de fissuras mais observados nos edifícios foram as fissuras verticais, constituindo 24%
da totalidade das fissuras observadas. Este tipo de fissura apareceu em zonas de parede corrente,
zonas de esquinas e em elementos decorativos, como, por exemplo, elementos de cantaria;
- a zona da fachada onde se verificou uma maior incidência de fissuração foi a zona da parede
corrente, onde apareceram 34% da totalidade das fissuras;
- os edifícios mais recentes, com ano de construção posterior a 2010, foram os que apresentaram
menor percentagem da área da fachada afetada com fissuras, não se tendo verificado valores
superiores a 50% de área afetada em nenhum deles;
- as principais causas na origem do fenómeno da fissuração foram estruturais, nomeadamente,
assentamentos diferenciais e movimentos diferenciais da estrutura. Estes movimentos ao nível do solo
e da estrutura levaram ao aparecimento de fissuras com diferentes orientações, aberturas e padrões,
revelando, mais uma vez, a dificuldade da procura de uma relação causa-efeito que sirva,
universalmente, a todos os casos;
- os principais elementos do sistema afetados foram o revestimento e o suporte (paredes de
alvenaria), constituindo, respetivamente, 49% e 26% dos elementos afetados. Verificou-se que fissuras
que possuíam origem estrutural afetavam, na maior parte das vezes, quer o revestimento, quer o
suporte (nestes casos, a parede de alvenaria);
- as fissuras com aberturas superiores a 2 mm estavam normalmente associadas a fenómenos
estruturais, podendo, a longo prazo, vir a criar condições de instabilidade ao nível das paredes.
103
5.2. Desenvolvimentos futuros
Tendo como base a presente dissertação, podem ser motivados diversos tipos de
desenvolvimento futuros de forma a aprofundar o estudo do fenómeno da fissuração, dos quais se
podem destacar:
- Aumento do número de casos de estudo, de modo a possuir uma maior representatividade;
- Estudo de obras com diferentes tipos de estrutura, por exemplo, com paredes de alvenaria
estrutural ou mista aço-betão, de forma a verificar se os padrões de fissuração mais comuns são
semelhantes neste tipo de estruturas;
- Estudo de obras em diferentes distritos e com diferentes climas;
- Análise de possíveis técnicas de reabilitação e elaboração duma metodologia específica para
cada padrão ou causa de fissuração, de forma a poder ser utilizada na gestão ou manutenção das
obras e permitir um tratamento mais rápido e expedito das fissuras ou de outras anomalias a elas
associadas;
- Análise do comportamento da estrutura em zonas de aberturas de vãos e, possivelmente, definir
técnicas para um maior reforço destas zonas, visto serem zonas de grande concentração de tensões;
- Desenvolvimento de modelos que simulem a ligação entre a estrutura de betão e as paredes
de alvenaria, visto este constituir um dos pontos críticos da estrutura e onde se verifica, muitas vezes,
o aparecimento de fissuras.
104
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106
[W13] http://www.foundationsupportworks.com/foundation-repair (acedido em janeiro 2015)
107
108
Anexos
I
FICHA DE INSPEÇÃO
ID DO EDIFÍCIO
Caracterização geral Caracterização construtiva
Nome N.º de pisos: Elevados Enterrados
Morada
Localidade Estrutura: Betão armado
Ano de construção Outra
Construtor Fotografia
Data da inspeção Paredes: Alvenaria de tijolo
Alvenaria de pedra
Tipo de utilização: Comércio Betão armado
Habitação Outro
B.1. Ficha de inspeção
Serviços
Espaço público Caracterização das fachadas
Outro N.º de fachadas
Anexo B – Fichas de inspeção
livres:
II
Monomassa
Clima: Seco Proximidade < 1 km Reboco monocamada
Húmido do mar: < 5 km
> 5 km Tipos de pinturas: Pintura plástica
Pintura acrílica
Pintura membrana
Humidímetro Projeto
Fita métrica
Nível
Bússola
Outro
III
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
Eflorescência
FACHADA N.º __
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
Não
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
Iguais ao edifício
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º __
Caracterização das fissuras
Fissura
Fotografia/Esquema
Idade da fissura:
Fonte:
Tipo de fissura
Fissura mapeada
Fissura mapeada (malha
ortogonal)
Fissura diagonal
Fissura horizontal
Fissura vertical
Localização na fachada
Janelas ou aberturas de
vãos
Junto à laje de cobertura
Junto ao solo
Varandas
Parede corrente
Esquinas e cantos
Platibandas
Elementos decorativos
Transição de materiais
Outra
Elementos do sistema
afetados
Revestimento
Suporte
Interface suporte/el.
estrutural
Elemento estrutural
Outro
Abertura média da fissura
Muito pequena (< 0,1 mm)
Pequena (0,1 a 0,25 mm)
Moderada (0,25 a 1 mm)
Grande (1 a 2 mm)
Muito grande (> 2 mm)
Presença de humidade
Não
Sim
Humidade de
condensação
Humidade capilar
Humidade de infiltração
Preenchimento
Sem preenchimento
Com preenchimento
IV
FICHA DE INSPEÇÃO
ID DO EDIFÍCIO
Caracterização geral Caracterização construtiva
Nome Condomínio Pinhal da Charneca N.º de pisos: 2 Elevados 0 Enterrados
Morada R. António Feliciano de Castilho
Localidade Aldeia de Juzo, Cascais Estrutura: X Betão armado
Ano de construção 2008 Outra
Construtor MSF Fotografia
Data da inspeção 14/03/2014 Paredes: X Alvenaria de tijolo
Alvenaria de pedra
Tipo de utilização: Comércio Betão armado
X Habitação Outro
Serviços
Espaço público Caracterização das fachadas
Outro N.º de fachadas -
livres:
V
Monomassa
B.2. Caso de estudo A – Fichas de inspeção
Fita métrica
Nível
X Bússola
X Outro Câmara termográfica
VI
JÁ
TM
MP
Fissuras
Fotografia
Retração do reboco
Fluência do betão
X
X
Assentamentos diferenciais
Sobrecargas acidentais Origem
Deformações excessivas dos el. estrut. estrutural
Carregamento excessivo de compressão
Causas prováveis
TM1
X Ação sísmica
X
X
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
X
X
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
MP1
X
X
X
Humidade
X
JA1
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 1
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão
Fungos e plantas Outras anomalias
X
Estabilizadas
Descolamento/desprendimento
Ativas
zona:
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
N
SE
X SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
X Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 1
Caracterização das fissuras
Fissura TM1 MP1 JA1
Fotografia/Esquema
VII
VIII
JÁ
HZ
MP
Fissuras
Fotografia
Retração do reboco
Fluência do betão
X
X
X
Assentamentos diferenciais
Sobrecargas acidentais Origem
Deformações excessivas dos el. estrut. estrutural
Carregamento excessivo de compressão
Causas prováveis
Ação sísmica
visível
MP1
Hum idade
X
X
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
JA1
X
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
corrosão
Oxidação e
X
X
X
Humidade
HZ1
X
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 2
Eflorescência
Descolamento/desprendimento
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
X
X
Oxidação e corrosão
Fungos e plantas Outras anomalias
Estabilizadas
Ativas
zona:
X
X
X
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
X N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
X
A longo prazo
Mais altos
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
X Vegetação rasteira
FACHADA N.º 2
Caracterização das fissuras
Fissura JA1 MP1 HZ1
Fotografia/Esquema
IX
X
HZ
HE
MP
Fissuras
Fotografia
Retração do reboco
Fluência do betão
X
X
X
Assentamentos diferenciais
Sobrecargas acidentais Origem
Deformações excessivas dos el. estrut. estrutural
Carregamento excessivo de compressão
Descolamento/
MP1
desprendimento
Causas prováveis
Ação sísmica
X
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
HE1
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
X
X
X
Humidade
HZ1
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 3
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
zona:
X
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
N
X O
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
X Vegetação rasteira
FACHADA N.º 3
Caracterização das fissuras
Fissura HZ1 HE1 MP1
Fotografia/Esquema
XI
XII
HZ
VT
MP
Fissuras
Fotografia
Retração do reboco
Fluência do betão
X
X
X
Assentamentos diferenciais
Sobrecargas acidentais Origem
Deformações excessivas dos el. estrut. estrutural
Carregamento excessivo de compressão
Causas prováveis
X Ação sísmica
Ações térmicas
visível
Hum idade
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
HZ1
X
X
X
MP1
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 4
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
zona:
X
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
X S
E
N
SE
X
X
X
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
Reparação pontual
X
X
Substituição integral
Vegetação:
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
X Vegetação rasteira
FACHADA N.º 4
Caracterização das fissuras
Fissura VT1 MP1 HZ1
Fotografia/Esquema
XIII
FICHA DE INSPEÇÃO
ID DO EDIFÍCIO
Caracterização geral Caracterização construtiva
Nome Prédios de habitação social na Adroana N.º de pisos: 4 Elevados 0 Enterrados
Morada R. Hermann Gmeiner
Localidade Adroana, Cascais Estrutura: X Betão armado
Ano de construção 2005 Outra
Construtor Elevogroup Fotografia
Data da inspeção 19/03/2014 Paredes: X Alvenaria de tijolo
Alvenaria de pedra
Tipo de utilização: Comércio Betão armado
X Habitação Outro
Serviços
Espaço público Caracterização das fachadas
Outro N.º de fachadas -
livres:
XIV
Monomassa
B.3. Caso de estudo B – Fichas de inspeção
Fita métrica
Nível
X Bússola
X Outro Câmara termográfica
XV
JÁ
HE
TM
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
X Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
X
X
X
Humidade
Descolamento ou desprendimento
JA1
Fissuração tipo
FACHADA N.º 1
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão Outras anomalias
Fungos e plantas
X
X
X
Estabilizadas
HE1
Ativas
zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
X S
E
N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
X Vegetação rasteira
FACHADA N.º 1
Caracterização das fissuras
Fissura TM1 JA1 HE1
Fotografia/Esquema
XVI
XVII
JÁ
HE
Fissuras
Fotografia
X
X
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
JA1
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
X
X
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 2
Eflorescência
Caracterização geral
X
X
Estabilizadas
Ativas
zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Cíclicas Histórico de
Imediata
X S
E
N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
X Vegetação rasteira
FACHADA N.º 2
Caracterização das fissuras
Fissura JA1 HE1
Fotografia/Esquema
XVIII
XIX
JÁ
VC
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
VC1
Cristalização de sais
X
X
Humidade
X
X
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 3
Eflorescência
Caracterização geral
X
Escorrência de água existentes
JA1
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
visível
Hum idade
X
X
Estabilizadas
Descolamento/
desprendimento
Ativas
zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Cíclicas Histórico de
Imediata
S
E
X N
SE
X
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
X Vegetação rasteira
FACHADA N.º 3
Caracterização das fissuras
Fissura VC1 JA1
Fotografia/Esquema
XX
FICHA DE INSPEÇÃO
ID DO EDIFÍCIO
Caracterização geral Caracterização construtiva
Nome Apartamentos na Quinta de Santo António N.º de pisos: 9 Elevados 3 Enterrados
Morada R. Fernando Curado Ribeiro
Localidade Miraflores, Oeiras Estrutura: X Betão armado
Ano de construção 2005 Outra
Construtor MSF Fotografia
Data da inspeção 26/03/2014 Paredes: X Alvenaria de tijolo
Alvenaria de pedra
Tipo de utilização: Comércio Betão armado
X Habitação Outro
Serviços
Espaço público Caracterização das fachadas
Outro N.º de fachadas 2
livres:
XXI
Monomassa
B.4. Caso de estudo C – Fichas de inspeção
Humidímetro X Projeto
X Régua de fissuras X Fichas de reparação anteriores
X Máquina fotográfica Outro
Fita métrica
Nível
Bússola
X Outro Câmara termográfica
XXII
VT
DG
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
Eflorescência
Esquema geral da divisão
DG1
Caracterização geral
Estabilizadas
SALA (apartamento 5E do lote 2)
Ativas
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Evolução no
Cíclicas
Imediata
X
A curto prazo
X
A longo prazo
intervenção
Necessidade de
Medidas preventivas
X
X
Reparação pontual
Substituição integral
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
SALA (apartamento 5E do lote 2)
Caracterização das fissuras
Fissura VT1 DG1
Fotografia/Esquema
XXIII
XXIV
JÁ
TM
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
Eflorescência
Esquema geral da divisão
JA1
Caracterização geral
Ativas
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Evolução no
Cíclicas
Imediata
A curto prazo
X
X
A longo prazo
intervenção
Necessidade de
Medidas preventivas
X
X
Reparação pontual
Substituição integral
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
SALA (apartamento 8E do lote 4)
Caracterização das fissuras
Fissura TM1 JA1
Fotografia/Esquema
XXV
XXVI
VT
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
Eflorescência
Esquema geral da divisão
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
VT2
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
COZINHA (apartamento 5E do lote 2)
VT1
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Evolução no
Cíclicas
Imediata
X
A curto prazo
A longo prazo
intervenção
Necessidade de
Medidas preventivas
X
Reparação pontual
Substituição integral
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
COZINHA (apartamento 5E do lote 2)
Caracterização das fissuras
Fissura VT1 VT2
Fotografia/Esquema
XXVII
XXVIII
VT
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
VT1
Humidade
Descolamento ou desprendimento
COZINHA
Fissuração tipo
Eflorescência
Esquema geral da divisão
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
VT3
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
VT2
(apartamento 8E do lote 4)
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Evolução no
Cíclicas
Imediata
A curto prazo
X
A longo prazo
intervenção
Necessidade de
Medidas preventivas
X
Reparação pontual
Substituição integral
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
COZINHA (apartamento 8E do lote 4)
Caracterização das fissuras
Fissura VT1 VT2 VT3
Fotografia/Esquema
XXIX
XXX
VT
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
X
Descolamento ou desprendimento
QUARTO
VT1
Fissuração tipo
Eflorescência
Esquema geral da divisão
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Evolução no
Cíclicas
Imediata
X
A curto prazo
A longo prazo
intervenção
Necessidade de
Medidas preventivas
Reparação pontual
X
Substituição integral
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
QUARTO (apartamento 5E-2)
Caracterização das fissuras
Fissura VT1
Fotografia/Esquema
XXXI
XXXII
DG
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
Descolamento ou desprendimento
QUARTO
Fissuração tipo
Eflorescência
Esquema geral da divisão
Caracterização geral
Escorrência de água
DG1
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Evolução no
Cíclicas
Imediata
X
A curto prazo
A longo prazo
intervenção
Necessidade de
Medidas preventivas
X
Reparação pontual
Substituição integral
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
QUARTO (apartamento 8E-4)
Caracterização das fissuras
Fissura DG1
Fotografia/Esquema
XXXIII
FICHA DE INSPEÇÃO
ID DO EDIFÍCIO
Caracterização geral Caracterização construtiva
Nome Escola Secundária Dr. Solano Abreu N.º de pisos: 3 Elevados 2 Enterrados
Morada R. Visconde de Abrançalha
Localidade Abrantes Estrutura: X Betão armado
Ano de construção 2011 Outra
Construtor MSF Fotografia
Data da inspeção 09/04/2014 Paredes: X Alvenaria de tijolo
Alvenaria de pedra
Tipo de utilização: Comércio Betão armado
Habitação Outro
X Serviços
Espaço público Caracterização das fachadas
Outro N.º de fachadas -
livres:
XXXIV
Monomassa
B.5. Caso de estudo D – Fichas de inspeção
Humidímetro X Projeto
X Régua de fissuras Fichas de reparação anteriores
X Máquina fotográfica Outro
Fita métrica
Nível
X Bússola
X Outro Câmara termográfica
XXXV
TM
Fissuras
Fotografia
Causas prováveis
Escorrência
Ação sísmica
TM1
X
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Descolamento/
desprendimento
X
Ação da humidade higrotérmica
TM2
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
X
Humidade
X
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 1
Eflorescência
Caracterização geral
X
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
X
Estabilizadas
Ativas zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
N
X O
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 1
Caracterização das fissuras
Fissura TM1 TM2
Fotografia/Esquema
XXXVI
XXXVII
JÁ
TM
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
X
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Descolamento/
desprendimento
X
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
X
X
Humidade
X
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 2
Eflorescência
JA1
Caracterização geral
X
X
Estabilizadas
Ativas
zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
N
X O
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 2
Caracterização das fissuras
Fissura TM1 JA1
Fotografia/Esquema
XXXVIII
XXXIX
DG
MP
Fissuras
Fotografia
Retração do reboco
Fluência do betão
X
Assentamentos diferenciais
Sobrecargas acidentais Origem
Deformações excessivas dos el. estrut. estrutural
Carregamento excessivo de compressão
Causas prováveis
Ação sísmica
MP1
X
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
DG1
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 3
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
X
X
Estabilizadas
Ativas
zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
X N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas X Iguais ao edifício
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
X Vegetação rasteira
FACHADA N.º 3
Caracterização das fissuras
Fissura DG1 MP1
Fotografia/Esquema
XL
XLI
HZ
VT
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 4
Eflorescência
Caracterização geral
Fungos e plantas
X
X
Estabilizadas
Ativas
zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
X E
N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 4
Caracterização das fissuras
Fissura VT1 HZ1
Fotografia/Esquema
XLII
XLIII
VC
TM
DG
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
X
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
TM1
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 5
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
DG1
VC1
Fungos e plantas
X
X
X
Estabilizadas
Ativas
zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
N
X O
SE
X
X
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Medidas preventivas Mais baixos
X Iguais ao edifício
X
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 5
Caracterização das fissuras
Fissura DG1 VC1 TM1
Fotografia/Esquema
XLIV
XLV
TM
DG
Fissuras
Fotografia
Assentamentos diferenciais
Sobrecargas acidentais Origem
Deformações excessivas dos el. estrut. estrutural
Carregamento excessivo de compressão
Causas prováveis
Ação sísmica
X
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
TM1
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 6
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de água
DG1
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
X
X
Estabilizadas
Ativas
zona:
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Cíclicas Histórico de
Imediata
S
E
X N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
A longo prazo
intervenção
X Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
Iguais ao edifício
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 6
Caracterização das fissuras
Fissura TM1 DG1
Fotografia/Esquema
XLVI
FICHA DE INSPEÇÃO
ID DO EDIFÍCIO
Caracterização geral Caracterização construtiva
Nome Convento dos Inglesinhos N.º de pisos: 4 Elevados 0 Enterrados
Morada R. Luz Soriano
Localidade Bairro Alto, Lisboa Estrutura: Betão armado
Ano de construção 2008 X Outra Alvenaria de pedra
Construtor Elevogroup Fotografia
Data da inspeção 11/04/2014 Paredes: Alvenaria de tijolo
X Alvenaria de pedra
Tipo de utilização: Comércio Betão armado
X Habitação Outro
Serviços
Espaço público Caracterização das fachadas
Outro N.º de fachadas -
livres:
XLVII
Monomassa
B.6. Caso de estudo E – Fichas de inspeção
Fita métrica
Nível
X Bússola
X Outro Câmara termográfica
XLVIII
VT
DG
MP
HZ/VT
Fissuras
Fotografia
Retração do reboco
Fluência do betão
X
Assentamentos diferenciais
X
X
X
Ação sísmica
X
Ações térmicas
HZ1/VT1
Ações do fogo
MP1
Origem
X
X
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Descolamento/
desprendimento
Cristalização de sais
Descolamento/
desprendimento
X
X
X
X
Humidade
X
X
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
Eflorescência
FACHADA N.º 1.E
Caracterização geral
DG1
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
X
Estabilizadas
Ativas
zona:
X
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
X
Imediata
S
E
N
SE
X
X
X
SO
X NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
Reparação pontual
X
X
X
Substituição integral
Vegetação:
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 1.E
Caracterização das fissuras
Fissura DG1 MP1 HZ1/VT1 VT2
Fotografia/Esquema
XLIX
L
VT
MP
Fissuras
Fotografia
Retração do reboco
Fluência do betão
Assentamentos diferenciais
X
Ação sísmica
X Ações térmicas
Ações do fogo Origem
X
X
higrotérmica
MP1
Ação da humidade
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
VT1
X
X
de água
Humidade
Escorrência
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
Eflorescência
FACHADA N.º 1.I1
Caracterização geral
X
X
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
zona:
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
N
X O
SE
X
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Vegetação: X Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 1.I1
Caracterização das fissuras
Fissura MP1 VT1
Fotografia/Esquema
LI
LII
VT
DG
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
X
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
VT1
X
X
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
Eflorescência
FACHADA N.º 1.I2
Caracterização geral
DG1
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
zona:
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
X
Imediata
S
E
N
X O
SE
X
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
Reparação pontual
X
Substituição integral
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Vegetação: X Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 1.I2
Caracterização das fissuras
Fissura VT1 DG1
Fotografia/Esquema
LIII
LIV
VT
MP
Fissuras
Fotografia
Retração do reboco
Fluência do betão
Assentamentos diferenciais
X
Ação sísmica
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
X
Ação da humidade higrotérmica
Esquema geral da fachada
MP1
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Descolamento/
desprendimento
X
X
Humidade
X
Descolamento ou desprendimento
água
Fissuração tipo
FACHADA N.º 2
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de
VT1
X
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão Outras anomalias
Fungos e plantas
X
Estabilizadas
Ativas
zona:
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
X S
E
N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 2
Caracterização das fissuras
Fissura VT1 MP1
Fotografia/Esquema
LV
FICHA DE INSPEÇÃO
ID DO EDIFÍCIO
Caracterização geral Caracterização construtiva
Nome Inspira Santa Marta Hotel N.º de pisos: 3 Elevados 4 Enterrados
Morada R. Santa Marta
Localidade Lisboa Estrutura: X Betão armado
Ano de construção 2011 Outra
Construtor Elevogroup Fotografia
Data da inspeção 14/04/2014 Paredes: X Alvenaria de tijolo
Alvenaria de pedra
Tipo de utilização: Comércio Betão armado
Habitação Outro
Serviços
Espaço público Caracterização das fachadas
X Outro Hotel N.º de fachadas 3
livres:
LVI
Monomassa
B.7. Caso de estudo F – Fichas de inspeção
Humidímetro Projeto
X Régua de fissuras Fichas de reparação anteriores
X Máquina fotográfica Outro
Fita métrica
Nível
Bússola
Outro
LVII
JÁ
HE
VT
TM
Fissuras
Fotografia
Assentamentos diferenciais
Sobrecargas acidentais Origem
X
X
X
Ação sísmica
VT1
Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
JA1
TM1
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 1
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
HE1
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
zona:
X
X
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
X S
E
N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas
X Iguais ao edifício
X
X
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 1
Caracterização das fissuras
Fissura TM1 JA1 VT1 HE1
Fotografia/Esquema
LVIII
LIX
HE
TM
Fissuras
Fotografia
Ação sísmica
X Ações térmicas
Ações do fogo Origem
Ação da humidade higrotérmica
TM1
Esquema geral da fachada
Ciclos gelo/degelo
Corrosão das armaduras
Ataque dos álcalis Origem química
Cristalização de sais
Humidade
Descolamento ou desprendimento
Fissuração tipo
FACHADA N.º 2
Eflorescência
Caracterização geral
Escorrência de água
existentes
Oxidação e corrosão
Outras anomalias
Fungos e plantas
Estabilizadas
Ativas
zona:
X
X
tempo
Com aumento ao longo do tempo
Edifícios
obras na
vizinhos:
Evolução no
Orientação:
Histórico de
Cíclicas
Imediata
S
E
X N
SE
SO
NE
NO
A curto prazo
Sim
X Não
X
X
A longo prazo
intervenção
Mais altos
Necessidade de
Mais baixos
Medidas preventivas X Iguais ao edifício
X
X
Reparação pontual
Tipo de
Mudança de material
intervenção
Outro
Outra
Árvores
Arbustos
Vegetação rasteira
FACHADA N.º 2
Caracterização das fissuras
Fissura TM1 HE1
Fotografia/Esquema
LX
Anexo C – Valores das percentagens da área afetada da fachada
C.1. Caso de estudo A – Valores das percentagens da área afetada da fachada
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
1
88 22 25
54 14 26
54 17 32
39 29 75
39 33 85
LXI
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
6
54 14 26
54 6 12
26 13 50
26 4 16
LXII
C.2. Caso de estudo B – Valores das percentagens da área afetada da fachada
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
1
216 75 35
120 37 31
216 53 25
216 25 12
216 27 13
LXIII
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
6
216 18 9
216 13 7
120 68 57
216 3 2
10
120 12 10
LXIV
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
11
120 20 17
12
120 16 14
13
216 23 11
14
216 3 2
LXV
C.3. Caso de estudo D – Valores das percentagens da área afetada da fachada
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
1
85 17 20
117 18 16
255 92 36
295 13 5
295 18 7
LXVI
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
6
141 10 7
70 10 15
380 5 2
540 10 2
10
220 3 2
LXVII
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
11
85 9 11
LXVIII
C.4. Caso de estudo E – Valores das percentagens da área afetada da fachada
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
1E
435 43 10
1I.1
280 200 72
1I.2
155 60 39
280 62 22
LXIX
C.5. Caso de estudo F – Valores das percentagens da área afetada da fachada
% fachada com
Fotos fachada Área fachada (m2) Área fissuras (m2)
fissuras
1
782 84 11
732 37 6
LXX