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Os Orixás e os Quatro Elementos

Orixás
Os orixás são entidades africanas que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos
estão relacionados às manifestaçõ es dessas forças. As características de cada Orixá os aproximam dos
seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoçõ es como nó s. Sentem raiva, ciú mes, amam em
excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbó lico particular, composto de cores,
comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários. Como resultado do Sincretismo que
se deu durante o período da escravatura, cada orixá foi também associado a um santo cató lico, devido à
imposição do catolicismo aos negros. Para manterem as suas entidades vivas, viram-se obrigados a
disfarçá-los na roupagem dos santos cató licos, semelhantes a estes, aos quais cultuavam apenas
aparentemente.
Pessoas de outras crenças muitas vezes ficam horrorizadas com este tipo de pensamento, mais
podemos aqui criar um paralelo com os deuses gregos e romanos, que também tinha humores humanos
e até mantinham relaçõ es e procriavam com os humanos. A cultura Escandinávia também nos mostra o
mesmo tipo de deidade (iremos aborda-los em outro momento).
Inclusive estes deuses romanos e gregos também foram absorvidos com a nova igreja cató lica, sob o nome de santos milagrosos.
No entanto não queremos dar ênfase alguma a poderes espirituais desta deidades, mas apenas demonstrar que os elementos exercem certo
poder sobre ou junto com o homem, de acordo com a vontade do Pai supremo (seja lá qual sua denominação de acordo com cada cultura)
Rituais de possessõ es e incorporaçõ es não serão discutidos aqui, mesmo porque não provamos. Assim como igrejas diversas também afirma
fazer exorcismos de demô nios. Pois como acreditamos no poder do Pai, também deixamos isso a cargo dele, visto que moramos em um
mundo materialista regido (infelizmente) pelos mandos e desmandos de alguns homens.
Pois estes deuses que nos contam as diversas histó rias podem ou não ser, no final das contas os nefilins que desceram expulsos do céu. Mais
isso abriria margem para um novo debate e novas polêmicas.
O que queremos deixar claro neste texto é a força que os elementos exercem sobre o ser humanos com a autorização máxima do Pai, e não
devemos levar como prioridade definitivas coisas relativas ao mundo terreno, corpó reo. Precisamos sim abrir nossa mente e alma para as
coisas simples, exercitando no dia a dia o desapego do material.
Estas Entidades Africanas da Natureza são divididos em 4 elementos – água, terra, fogo e ar;
Alguns estudiosos vão mais longe e afirmam que são quatrocentos os nú meros de Orixás básicos divididos em 100 do Fogo, 100 da Terra,
100 do Ar e 100 da Á gua;
Porém os tipos mais conhecidos entre nó s formam um grupo de 12 Orixás. Eles também estão associados à corrente energética de alguma
força da natureza. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias:
Orixás

Nanã
Dia: Terça-feira
Cores: Anil, Branco e Roxo
Símbolo: Bastão de hastes de palmeira (Ibiri)
Elemento: Terra, Água, Lodo
Domínios: Vida e Morte, Saúde e Maternidade
Saudação: Saluba!
Nanã, é o orixá dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo, Senhora de muitos bú zios, Nanã sintetiza em si a
morte, fecundidade e riqueza. O seu nome designa pessoas idosas e respeitáveis e, para os povos Jeje, da região do antigo Daomé, significa
“mãe”. Nanã é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte.
Ela é a origem e o poder.
Entender Nana é entender o destino, a vida e a trajetó ria do homem sobre a terra, pois Nanã é a Histó ria. Nanã é água parada, água da vida e
da morte.
Sincretismo: Santa Ana
Omulu
DIA: Segunda-feira
CORES: Preto, branco, amarelo e vermelho.
SÍMBOLOS: Xaxará.
ELEMENTOS: Terra e fogo do interior da Terra.
DOMÍNIOS: Doenças epidémicas, cura de doenças, saúde, vida e morte.
SAUDAÇÃO: Atotô!!!
Ele é a Terra! Essa afirmação resume perfeitamente o perfil deste orixá, o mais temido entre todos os orixás africanos, o mais terrível orixá
portador da varíola e de todas as doenças contagiosas, o poderoso “Rei Dono da Terra”.
São muitos os nomes de Omolu, que variam conforme a região. Entre os Tapas era conhecido Xapanã (Sànpò nná ); entre os Fon era chamado
de Sapata-Ainon, que significa ‘Dono da Terra’; já os Iorubás o chamam Obaluaiê e Omolu
Sincretismo: São Lazaro
Oxumaré
DIA: Terça-feira
CORES: Amarelo e verde (ou preto) e todas as cores do arco-íris
SÍMBOLOS: Ebiri, serpente, círculo, bradjá.
ELEMENTOS: Céu e terra
DOMÍNIOS: Riqueza, vida longa, ciclos, movimentos constantes.
SAUDAÇÃO: A Run Boboi!!!
Oxumaré (Ò sù màrè) é o orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos. Se um dia Oxumaré perder suas forças o mundo acabará, porque o
universo é dinâmico e a Terra também se encontra em constante movimento;
Oxumaré mora no céu e vem à Terra visitar-nos através do arco-íris. Ele é uma grande cobra que envolve a Terra e o céu e assegura a unidade e a
renovação do universo;
Dizem que Oxumaré seria homem e mulher, mas, na verdade, este é mais um ciclo que ele representa: o ciclo da vida, pois da junção entre
masculino e feminino é que a vida se perpetua. Oxumaré é um Orixá masculino.
Sincretismo: São Bartolomeu
Oxalá
Dia: Sexta-feira
Cor: Branco leitoso.
Simbolo: Opáxoró
Elementos: Atmosfera e Céu
Domínios: Poder procriador masculino, Criação, Vida e Morte
Saudação: Epa Bàbá
É o detentor do poder procriador masculino. Todas as suas representaçõ es incluem o branco. É um elemento fundamental dos primó rdios,
massa de ar e massa de água, a formação de todo o tipo de criaturas no Mundo. Ao incorporar-se, assume duas formas: Oxaguiã jovem
guerreiro, e Oxalufã, velho apoiado num bastão de prata (Apaxoró). OXALÁ é alheio a toda a violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da
limpeza, da pureza. A sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Os seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais
e outras substâncias brancas
Sincretismo: Jesus Cristo (obs.: um tanto quanto estranho de acordo com o descritivo acima)
Exú
DIA: Segunda-feira.
CORES: Preto (ou seja, a fusão das cores primárias) e vermelho.
SÍMBOLOS: Ogó de forma fálica, falo ereto.
ELEMENTOS: Terra e fogo.
DOMÍNIOS Sexo, magia, união, poder e transformação.
SAUDAÇÃO: Laroié!
Exu (È sù ) é a figura mais controversa entre os Orixás, o mais humano dos entre eles, senhor do princípio e da transformação. Orixá da terra e do
universo; na verdade, Exu é a ordem, aquele que se multiplica e se transforma na unidade elementar da existência humana. Exu é o ego de cada ser,
o grande companheiro do homem no seu dia-a-dia e a ligação dos homens com os demais Orixás.
Muitas são as confusõ es e equívocos relacionados com Exu, o pior deles associa-o à figura do diabo cristão; pintam-no como um deus voltado
para a maldade, para a perversidade, que se ocuparia em semear a discó rdia entre os seres humanos. Na realidade, Exu contém em si todas
as contradiçõ es e conflitos inerentes ao ser humano. Exu não é totalmente bom nem totalmente mau, assim como o homem: um ser capaz de
amar e odiar, unir e separar, promover a paz e a guerra.
Sincretismo: Santo Antônio
Ogum
DIA: Terça-Feira
CORES: Verde ou Azul-escuro, Vermelho (algumas qualidades)
SÍMBOLOS: Bigorna, Faca, Pá, Enxada e outras ferramentas
ELEMENTOS: Terra (florestas e estradas) e Fogo
DOMÍNIOS: Guerra, Progresso, Conquista e Metalurgia
SAUDAÇÃO: Ògún ieé Patokorí!!
Ogum (Ò gú n) é o temível guerreiro, violento e implacável, orixá do ferro, da metalurgia e da tecnologia; protetor do ferreiros, agricultores,
caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, talhantes, metalú rgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os
profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins.
Orixá conquistador, Ogum fez-se respeitar em toda a parte pelo seu carácter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram diante do
poder militar de Ogum.
Sincretismo: São Jorge
Oxóssi
DIA: Quinta-feira
COR: Azul-Turquesa, Verde e Branco
SÍMBOLOS: Ofá (arco), Damatá (flecha), Erukeré
ELEMENTO: Terra (florestas e campos cultiváveis)
DOMÍNIOS: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura
SAUDAÇÃO: Òké Aro!!! Arolé!
Oxó ssi (Ò só ò si) é o orixá caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, orixá da fartura e da riqueza. Atualmente, o culto a
Oxó ssi está praticamente esquecido em Á frica, mas é bastante difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da América onde a cultura;
Oxó ssi é o rei de Kêtu, segundo dizem, a origem da dinastia. A Oxó ssi são conferidos os títulos de Alakétu, Rei, Senhor de Kêtu, e Oníìlé, o
dono da Terra
Sincretismo: São Sebastião
Iemanjá
DIA: Sábado
COR: Branco, Prateado, Azul e Rosa
SÍMBOLO: Abebé prateado.
ELEMENTOS: Águas doces que correm para o mar, Águas do mar
DOMÍNIOS: Maternidade (educação), Saúde mental e Psicológica
SAUDAÇÃO: Erù-Iyá, Odó-Iyá e Odócyaba
Iemanjá, por presidir à formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais;
É a rainha de todas as águas do mundo, seja dos rios, seja do mar. O seu nome deriva da expressão YéYé Omó Ejá, que significa, mãe cujo
filhos são peixes;
Iemanjá é a mãe de todos os filhos, mãe de todo mundo. É ela quem sustenta a humanidade e, por isso, os ó rgãos que a relacionam com a
maternidade, ou seja, a sua vulva e seus seios chorosos, são sagrados;
Iemanjá é o espelho do mundo, que reflete todas as diferenças, pois a mãe é sempre um espelho para o filho, um exemplo de conduta.
Sincretismo: Nossa Senhora dos Navegantes
Iansã
DIA: Quarta-feira
CORES: Marrom, Vermelho e Rosa
SÍMBOLOS: Espada e Eruexin
ELEMENTOS: Ar em movimento, qualquer tipo de vento e Fogo
DOMÍNIOS: Tempestades, Ventanias, Raios e Morte
SAUDAÇÃO: Epahei!
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades
através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em iorubá, significa rasgar, espalhar. Esse rio
é a morada da mulher mais poderosa da Á frica negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, do rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn,
Iansã (Yánsàn).
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover.
Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no
fervor das guerras, seja na arte do amor
Sincretismo: Santa Barbara
Oxum
DIA: Sábado
CORES: Amarelo – Ouro
SÍMBOLO: Leque com espelho (Abebé)
ELEMENTO: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
DOMÍNIOS: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
SAUDAÇÃO: Eri Yéyé ó ou Ora YéYé!
Na Nigéria, mais precisamente em Ijesá, Ijebu e Osogbó , corre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela Iyabá , a rainha de todas as
riquezas, a protetora das crianças, a mãe da doçura e da benevolência.
Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, ela é a Ialodê. É a
dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.
Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé e da Umbanda. É a pró pria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe
que amamenta e ama. Um de suas qualidades, vista com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos.
Sincretismo: Nossa Senhora Aparecida
Xangô
DIA: Quarta-Feira
CORES: Vermelho (ou marrom) e branco
COMIDA: Amalá
SÍMBOLOS: Oxés (machados duplos)
ELEMENTOS: Fogo (grandes chamas, raios), formações rochosas.
DOMÍNOS: Poder estatal, justiça, questões jurídicas.
SAUDAÇÃO: Kawó Kabiesilé!!
Xangô é rei entre todos os reis, Orixá da justiça. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas
Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-
poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?
Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudaçõ es que lhe fazem seus devotos na Á frica. Porém o desafio é feito sempre
para ratificar o poder de Xangô .
Sincretismo: São Jerônimo
Ibeji
DIA: Domingo
CORES: Azul, Rosa e Verde
ELEMENTO: Ar
DOMÍNIOS: Nascimento e Infância
SÍMBOLOS: Dois Bonecos Gémeos, 2 Cabacinhas
SAUDAÇÃO: Omi Beijada ou Beji-Beji!
Ibeji é o Orixá-Criança, em realidade, duas divindades gêmeas infantis, ligadas a todos os orixás e seres humanos.
Por serem gémeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e nasce: a nascente de um
rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc.
Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé e da Umbanda pois, assim como Exu, se não for bem cuidado pode atrapalhar os
trabalhos com as suas brincadeiras infantis.
Sincretismo: São Cosme e São Damião

Os Quatro Elementos
São eles: Terra, Água, AR e Fogo São as estruturas do Planeta Terra. O povo cigano, as Wiccas e a Umbanda respeitam essas forças da natureza. Os
Orixás pertencem e regem os quatro elementos:
Oxóssi e Oba são do elemento terra. Terra que gera os frutos. Terra onde plantamos e colhemos o nosso sustento material. Terra que acolhe o nosso
corpo, depois que cessa o sopro divino.
 Iemanjá, Oxum e Oxumaré são do elemento Água. Água que gera a vida e a mantém. Água dos mares, rios e cachoeiras.
 Iansã e Ogum são do elemento ar. Iansã sopra os ventos que é gerado pelo ar. Ar que respiramos e que sem ele, impossível viver.
 Xangô e Egunitá são do elemento fogo. Fogo que aquece o nosso sangue para mantê-lo circulando em nossas veias. Fogo que emana do
nosso espírito, conhecido como calor humano. Fogo que faz os corpos arderem no desejo e na satisfação sexual. Fogo que pode ser tão
terno, e ao mesmo tempo, impiedoso e devastador.
E tem também, os que são mistos. São os Orixás que atuam em mais de um elemento.
Obaluaê e Nanã Buruque. Ambos são Terra e Água.
Oxalá, atua nos quatro elementos. Ele é o tudo e o todo. Oxalá é o Pai é a própria Umbanda. E Umbanda é Natureza.
Vera Lucia Vasconcellos

Os Orixás e Seus Poderes


Orixás são os poderes da natureza, diferenciados pela energia do elemento (terra, água, ar e fogo) que o mesmo comanda.
Quando cultuamos nossos orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da terra, água, ar e fogo, e dos astros. Essas forças em
equilíbrio produzem a energia revitalizante que chamamos de axé, que nos auxiliam em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se
torne cada vez mais favorável ao desempenho de nossa missão nesta passagem terrestre.
Estas forças pertencem a criação do grande pai chamado por nó s em nossa religião de Olorun, Obatala, Zambi e etc…, cuja tradução quer
dizer Deus Supremo.
Cada força da natureza é representada por um determinado orixá. Os orixás nos deram segredos e fundamentos os quais utilizamos para
diminuir a distância do plano material para o plano espiritual e melhorar a comunicação com os orixás, comunicação essa que preservamos
e utilizamos não somente para nó s, más também em benefício de todos aqueles que nos procuram.
Cada orixá possui ligado ao seu centro de poderes, seus locais que são os seus centros de força, as suas cores, as suas cançõ es as quais
representam as suas oraçõ es de invocação, as suas ferramentas, símbolos e sinais cabalísticos e uma infinidade de fundamentos os quais não
são propriedades de nenhuma religião mas antes pertencem a Deus e ao Orixá.
Isto quer dizer que a Umbanda da Natureza não copiou o Cató lico, o Candomblé ou a Cabala Judaica ou A ou B, mas antes utiliza os
fundamentos da forma como lhe foi dada pelos instrutores Espirituais, se algo já é utilizado em outro movimento religioso e também é
utilizada na Umbanda da Natureza e foi modificado, é porque assim foi ordenado e com certeza existe uma explicação religiosa e científica.
Para a Umbanda da Natureza, Olorun, Baba-Ifá e Oxalá representam o centro gerador do universo.
Ogum representa a eterna luta a favor da paz universal, a luta do espirito contra a matéria, a luta do ser humano para a sua purificação assim como
acontece com o aço e o ferro quando são aquecidos e transformam-se em ferramentas cada vez melhores, assim é a luta de Ogum a favor do
ser humano para que nos transformemos em pessoas melhores, através das lutas, das guerras, dos derramamentos de sangue, através das
disputas , com o poder do ferro e do aço que é dominado por Ogum, com as sete espadas de Ogum, as sete forças de Ogum, o senhor do
número 7. Pelas forças de Ogum todos renascemos melhores em espírito, e de renascimento em renascimento, de transformação em
transformação, chegamos mais perto do Alfa, mais perto do mais que perfeito, mais perto da luz mais branca que o Universo pode conceber,
pois foi concebido por Ele o nosso Pai criador infinito.
Xangô, o fogo virginal, o fogo que não queima mas aquece, alimenta e dá vida ao espírito, Xangô o senhor da energia criadora infinita, a coluna
vertebral do planeta, senhor das cordilheiras, montanhas e picos que estão acima e abaixo das águas. Xangô o fogo espiritual que aquece
todas as vidas, Xangô senhor do sol, dos vulcõ es, energia geradora do equilíbrio e por analogia senhor da justiça, pois aceita somente o
equilíbrio desta forma quem clamar por Xangô , tem que estar ciente de que está em desequilíbrio, pois Xangô vai equilibrar a balança a seu
favor.
Oxóssi, a força geradora de alimentos do planeta, a energia que envolve as florestas soturnas que são derrubadas mas que pela força de
Oxó ssi sempre estão ressurgindo, Oxó ssi representa também os animais desde o menor inseto até o grandioso elefante ou o poderoso tigre e
o majestoso leão, a maravilhosa borboleta Monarca que viaja 3000 quilô metros, tudo isto é Oxó ssi e muito mais.
Oxum, comanda a água doce e comanda a fertilidade dos seres vivos, está presente eternamente no nascimento e na evolução da vida em
todo o planeta;
Iansã representa o raio, a tempestade, o movimento do ar, as correntes de ar frias e quentes que alimentam o planeta e faz com que as
estaçõ es aconteçam..
Iemanjá, comanda as águas principalmente a água salgada, tem poder sobre a eterna reconstrução e circulação da vida no planeta.
Obaluayê e Omulu, o Rei da Terra. O Orixá controlador da vida e da morte do corpo e sua eterna transformação, controlador das doenças que
assolam a humanidade em grande escala, dono das doenças que afetam a pele dos humanos como a bexiga e a varíola, médico dos pobres no
sentido humanitário e curador das doenças com causas impossíveis.
Nanã, comanda a junção da água com a terra que forma o barro, está presente junto com Obaluayê e Iemanjá, como a matriz geradora dos
seres vivos da terra, também está presente na formação dos seres humanos desde a formação do primeiro ser vivo no planeta terra.
O Orixá Exu controla o polo negativo, que representa a ligação mágica entre o homem-matéria e a terra, Exu é aquele que abre os caminhos e
pode atrair a prosperidade, como também tem poder para fechar os caminhos e atrair os acontecimentos ruins conforme nosso interior cria,
deseja e quer que as coisas aconteçam. Exu é o princípio dinâmico de individualização e distribuição do axé.
O Polo Positivo ordena e o Polo Negativo executa.
Pai Valdevino de Alafin

Filosofia sobre os Orixás e seus elementos


 Primeira Linha: Oxalá – Vontade de Deus – “Que seja a Vontade de Deus”. Sincretismo com Jesus Cristo – por ter sido aquele que em sua
vida na terra mostrou ser um exemplo e executor da Vontade Suprema. O verbo divino. Todos somos filhos da vontade de Deus, por isso
sua localização como primeira linha. Jesus Cristo é um exemplo a ser seguido e vivido, e todos nós vamos (mais cedo ou mais tarde)
chegar aonde ele chegou, ou seja, nos elevaremos tanto que passaremos a ser executores da vontade do Pai sem perdemos a nossa
individualidade.
 Segunda Linha: Ibeijada – Pureza – Segundo Kardec, não conseguimos remontar a origem dos espíritos, mas todos são criados simples e
ignorantes. Uma coisa simples é uma coisa pura. Por isso sua associação com a criança, que nasce pura, sem nenhum tipo de influencias.
Depois de inúmeras passagens o espirito retorna ao seu estado de pureza original, sendo o próximo estágio a união com a vontade de Deus
suprema, o Cristo interior de cada um.
 Terceira Linha: Iemanjá – Criação – Iemanjá é a força criadora, a criação dos seres viventes. Na linha de Iemanjá entram 2 orixás
secundários, Oxum e Iansã. Nessa linha temos a água em suas 3 forças: Criação (Iemanjá), Conservação (Oxum) e Transformação (Iansã).
Iemanjá – Criação – ligação com o mar, a vida que começou nos oceanos. Placenta. O nascer da água. O princípio feminino gerador da
vida. A calunga grande, pois é para lá que toda a água da natureza retorna um dia, inclusive aquela água que estava dentro dos seres vivos.
Oxum – Conservação – A água doce é que traz a conservação da vida na terra, por isso essa característica da mãe que cuida. As cachoeiras
que revitalizam as águas, potencializando sua característica de manter a vida, sua conservação. Instinto da mãe de conservar, por isso ela é
mãe, doce, meiga.
Iansã – Transformação – Chuva, tempestade, ventos, Raios – Tudo ligado à ideia de transformação. A chuva transforma a natureza. Os
ventos levam as coisas de um lugar para o outro causando mudanças. O Raio causa transformações eletromagnéticas e produz ozônio.
Iansã faz a retirada, o desencarne, a mudança do plano de encarnado para desencarnado. A água do corpo volta a natureza, e o corpo volta-
se ao pó. Ela separa, transforma.
 Quarta linha: Ogum – Batalha, Lutas – A batalha dos seres rumo à evolução. A força animal. O Fogo. O fogo também luta para se manter
acesso. Representa batalha constante que todos nós estamos constantemente envolvidos, inclusive contra a matéria que puxa para baixo e o
espírito que puxa para cima. O aço, que é o ferro que passa pelo fogo (assim como o espirito passa pela prova do fogo da vida), se
tornando mais forte, mais perfeito. Sincretismo com são Jorge. O guerreiro, em superioridade, montado no cavalo branco (pureza)
esmagando o dragão, a serpente (matéria). Representa a vitória do espirito puro sobre a matéria.
 Quinta linha: Xangô – Equilíbrio – Desde a antiguidade, a justiça tem o símbolo de uma balança. A balança funciona através do equilíbrio.
A pedreira é uma estrutura em equilíbrio, se for retirada uma pedra de maneira errada ela “rola pedra”, voltando novamente ao equilíbrio. A
ligação do mineral, o mineral que equilibra. A água, sem o seus sais ela se torna imprópria. Com muitos sais, ela se torna salgada. Na
quantidade certa ela se torna doce. Machado que Corta para os 2 lados. O Livro da vida (suas ações, karma), leão do lado (caso o karma
seja negativo).
 Sexta linha: Oxóssi – Determinação – A determinação do vegetal, que faça chuva ou sol não se move. O caçador, o foco, a determinação,
aquele que busca. A flecha, que vai numa linha reta, direta.
 Sétima linha: Yorimá ou linha das almas – Sabedoria, Experiência, Inexperiência (atributos das almas)– Nessa linha temos os conceitos
advindos da alma e suas passagens através do tempo, a saúde e a inexperiência, a experiência e a morte, todos ligados ao conceito maior
que é a sabedoria.
 Nanã – Sabedoria – A mais velha orixá, significando o planejamento, a sabedoria que é anterior a concretização da criação, por isso sua
antiguidade. O poço, que remete a sabedoria necessária para se saber onde tem água para fura-lo. O pântano, o terreno mais difícil de ser
vencido, pois é preciso saber andar dentro dele. A agua parada, estagnada, que depois gera a vida (condição anterior a criação). A questão
da Sabedoria, nanã traz o espírito para a encarnação, pois somente se pode ganhar vida em um mundo compatível com a sabedoria
adquirida pelo espírito. A sabedoria (consciência) que habita a água e o barro (nosso corpo é feito de água, e dos elementos da terra). O
banimento do metal de suas terras, por isso o metal oxida (enferruja) quando em contato com esses elementos.
 Omolu – Experiência – O irmão mais velho, o experiente, polo positivo. A ligação entre a experiência e a saúde, quanto mais experiência,
menos saúde. Entendimento vindo da experiência, humildade, a paz, a aceitação da morte como parte da evolução. O elemento Terra (pó),
que é gerado após o fogo.
 Obaluayê – inexperiência – O irmão mais novo, o inexperiente, polo negativo. Mais saúde, mais vontade, ansiedade, menos experiência.
Pela falta da experiência, não consegue entender as coisas gerando a revolta. O fogo da vontade, da vida que pulsa, mas esse fogo gera a
frustação, pois certas coisas só o tempo é capaz de ensinar.
Oxalá
Oxalá é a grafia de duas palavras homô nimas e homó grafas de significados diferentes. Um tem origem árabe, da expressão “‘in sha’ allh”, cujo
significado é “se Deus quiser”, e que é utilizada como interjeição para expressar o desejo que algo aconteça – nesse sentido, é sinô nimo de
“tomara” ou “queira Deus”. Em espanhol teve desenvolvimento semelhante e deu origem à palavra ojala, exatamente com o mesmo
significado de oxalá em português.
O outro vem do iorubá Òrìsànlá, nome de um orixá também conhecido como Obatalá. “Oxalufã”, “Oxaguiã” e “Obatalá” são termos procedentes
da língua iorubá.
Oxalá na Umbanda
Oxalá, Orixalá, Orixaguinã, Gunocô ou Obatalá é o orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de várias maneiras
(qualidades) sendo as duas principais qualidades: a forma jovem, em que Oxalá é chamado de Oxaguiã e seus símbolos são uma idá
(espada), um pilão de metal branco e um escudo. Na sua forma idosa, Oxalá é chamado Oxalufã e seu símbolo é um cajado de metal chamado
opaxorô .
A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul no candomblé e somente branco no batuque do RGS; a de Oxalufam é somente
branco de gossa em ambos. O dia consagrado para oxalá moço é a sexta-feira e o domingo para oxalá velho e oxalá de orumilaia. Sua
saudação é èpao, èpa bàbá! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os orixás do panteão africano. Simboliza
a paz, é o pai maior nas naçõ es das religiõ es de tradição africana. Oxalá significa luz (oxa) branca (alá ); É calmo, sereno, pacificador; é o
criador e, portanto, é respeitado por todos os orixás e todas as naçõ es. A Oxalá pertencem os olhos que veem tudo.
Lenda: Oxalá e o saco da criação
Olodumaré entregou a Oxalá o saco da criação para que ele criasse o mundo. Essa missão, porém, não lhe dava o direito de deixar de cumprir
algumas obrigaçõ es para outros Orixás e Exu, aos quais ele deveria fazer alguns sacrifícios e oferendas. Oxalá pô s-se a caminho apoiado em
um grande cajado, o Paxorô . No momento em que deveria ultrapassar a porta do Orun, encontrou-se com Exu que, descontente porque Oxalá
se negara a fazer suas oferendas, resolveu vingar-se, e provocou-lhe uma sede intensa. Oxalá não teve outro recurso senão o de furar a casca
de um tronco de um dendezeiro para saciar sua sede.
Era o vinho de palma, também conhecido como emu e oguro, o qual Oxalá bebeu intensamente. Bêbado, não sabia onde estava e caiu
adormecido. Apareceu, então, Oló fin Odù duà, que, vendo o grande orixá adormecido, roubou-lhe o saco da criação e, em seguida, foi à
procura de Olodumaré para mostrar o que achara e contar em que estado Oxalá se encontrava. Olodumaré disse, então, que “se ele está neste
estado, vá você a Odù duà, vá você criar o mundo”. Odù duà foi, então, em busca da criação e encontrou um universo de água, e aí deixou cair
do saco o que estava dentro. Era terra. Formou-se então um montinho que ultrapassou a superfície das águas.
Então ele colocou a galinha cujos pés tinham cinco garras. Ela começou a arranhar e a espalhar a terra sobre a superfície da água; onde
ciscava, cobria a água, e a terra foi alargando cada vez mais, o que em yoruba se diz Ile’nfê, expressão que deu origem ao nome da cidade Ilê-
Ifê. Odù duà ali se estabeleceu, seguido pelos outros orixás, e tornou-se, assim, rei da terra. Quando Oxalá acordou, não encontrou mais o saco
da criação. Despeitado, procurou Olodumaré, que por sua vez proibiu-o, como castigo a Oxalá e toda sua família, de beber vinho de palma e
de usar azeite de dendê. Mas como consolo lhe deu a tarefa de modelar no barro o corpo dos seres humanos nos quais ele, Olodumaré
insuflaria a vida.
Lenda: A viagem de Oxalufan
Um dia Oxalufam, que vivia com seu filho Oxaguiam, velho e curvado por sua idade avançada, resolveu viajar a Oyo em visita a Xangô , seu
outro filho. Foi consultar um babalaô para saber acerca da viagem. O adivinho recomendou-lhe não seguir viagem. Ela seria desastrosa e
acabaria mal. Mesmo assim, Oxalufam, por teimosia, resolveu não renunciar à sua decisão. O adivinho aconselhou-o, então, a levar consigo
três panos brancos, limo-da-costa ou sabão-da-costa, assim como a aceitar e fazer tudo que lhe pedissem no caminho e não reclamar de
nada, acontecesse o que acontecesse. Seria uma forma de não perder a vida.
Em sua caminhada, Oxalufam encontrou Exu três vezes. Três vezes Exu solicitou ajuda ao velho rei para carregar seu fardo, que acabava
derrubando em cima de Oxalufam. Três vezes Oxalufam ajudou Exu, carregando seus fardos imundos. E, por três vezes, Exu fez Oxalufam
sujar-se de sal, azeite de dendê e carvão. Três vezes suportou calado as armadilhas de Exu. Três vezes foi Oxalufam ao rio mais próximo
lavar-se e trocar suas vestes. Finalmente chegou a Oió . Na entrada da cidade, viu um cavalo perdido, que ele reconheceu como o cavalo que
havia presenteado a Xangô .
Tentou amansar o animal para amarrá-lo e devolvê-lo ao filho. Mas, neste momento, chegaram alguns sú ditos do rei à procura do animal
perdido. Viram Oxalufam com o cavalo e pensaram tratar-se do ladrão do animal. Maltrataram-no e prenderam-no. Ele, sempre calado,
deixou-se levar prisioneiro.
Mas, por estar um inocente no cárcere, em terras do Senhor da Justiça, Oyó viveu por longos sete anos a mais profunda seca. As mulheres
tornaram-se estéreis e muitas doenças assolaram o reino. Xangô , desesperado, procurou um babalaô , que consultou Ifá , descobrindo que um
velho sofria injustamente como prisioneiro, pagando por um crime que não cometera.
Xangô correu para a prisão. Para seu espanto, o velho prisioneiro era seu pai Oxalufam. Xangô ordenou que trouxessem água do rio para
lavar o rei. O rei de Oyó mandou seus sú ditos vestirem-se de branco, e que todos permanecessem em silêncio, pois era preciso,
respeitosamente, pedir perdão a Oxalufam. Xangô vestiu-se também de branco e encarregou Airá de carregar o velho rei nas costas. Levou-o
para as festas em sua homenagem e todo o povo saudava Oxalá e Xangô . Depois Oxalufam voltou para casa levado por Airá e, quando chegou
seu filho, Oxaguiam ofereceu um grande banquete em celebração pelo retorno do pai.

Zoroastrismo

Introdução
O Faravahar ou Ferohar é um dos símbolos mais importantes do Zoroastrismo,
religião monoteísta fundada na Pérsia pelo profeta Zaratustra (ou Zoroastres).
Formado por uma asa com um círculo no centro, no mesmo encontra-se uma
figura humana.
O Ferohar representa a alma dos seres humanos antes do nascimento e depois da
morte, ou seja, a alma humana das pessoas enquanto estas não estão vivas. Outro
símbolo importante no Zoroastrismo é o elemento do fogo.
O zoroastrismo, masdaísmo, masdeísmo ou parsismo é uma religião fundada na
antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro. É
considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético. Para alguns
acadêmicos, os pontos chaves das principais doutrinas do Zoroastrismo sobre a escatologia e demonologia, como a crença no paraíso, na
ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Tem seus fundamentos fixados no Avesta e admite a existência de duas divindades (dualismo), as quais representam o Bem (Aúra-Masda) e o
Mal (Arimã). Da luta entre essas divindades, sairia vencedora a divindade do Bem, Aúra-Masda.
A religião pré-zoroastriana
A religião do Irã antes do surgimento do zoroastrismo apresentava semelhanças com a da Índia védica, dado que as populaçõ es que
habitavam estes espaços descendiam de um mesmo povo, os arianos (ou indo-iranianos). Era uma religião politeísta, na qual o sacrifício dos
animais e o consumo de uma bebida chamada haoma (em sânscrito: soma) desempenhavam um importante papel.
Os seres divinos enquadravam-se em duas classes, ambas de características positivas: os Aúras (em sânscrito: asuras; “senhores”) e os
daivas (em sânscrito: deivas; “deuses”).
Zoroastro
Zoroastro viveu na Á sia Central, num territó rio que compreendia o que é hoje a parte oriental do Irã e a região ocidental do Afeganistão. Não
existe um consenso em torno do período em que viveu; os acadêmicos têm situado a sua vida entre 1750 e 1000 a.C. Sobre a sua vida,
existem poucos dados precisos, sendo as lacunas preenchidas por lendas.
De acordo com os relatos tradicionais zoroastrianos, Zoroastro viveu no século VI a.C., pertencendo ao clã Spitama, sendo filho de
Pourushaspa e de Dugdhova. Era o sacerdote do culto dedicado a um determinado Aúra. Foi casado duas vezes e teve vários filhos. Faleceu aos
setenta e sete anos assassinado por um sacerdote.
Aos trinta anos, enquanto participava num ritual de purificação num rio, Zaratustra viu um ser de luz que se apresentou como sendo Vohu
Manah (“Bom Pensamento”) e que o conduziu até à presença de Aúra-Masda (Deus) e de outros cinco seres luminosos, os Amesha Spentas,
sendo este o primeiro de uma série de encontros com Aúra-Masda, que lhe revelou a sua mensagem.
As autoridades civis e religiosas opunham-se às doutrinas de Zoroastro. Apó s doze anos de pregação, Zoroastro abandonou a sua região
natal e fixou-se na corte do rei Vishtaspa na Báctria (região que se encontra no atual Afeganistão). Este rei e sua esposa, a rainha Hutosa,
converteram-se à doutrina de Zoroastro e o zoroastrismo foi declarado como religião oficial do reino.
O principal documento que nos permite conhecer a vida e o pensamento religioso de Zoroastro são os Gatas, dezessete hinos compostos
pelo pró prio Zoroastro e que constituem a parte mais importante do Avesta ou livro sagrado do zoroastrismo. A linguagem dos Gatas
assemelha-se à que é usada no Rigveda, o que situaria Zoroastro entre 1500-1200 a.C. e não no século VI a.C. Vivia na Idade do Bronze, numa
sociedade dominada por uma aristocracia guerreira.
Para alguns investigadores, muito mais do que o fundador de uma nova religião, Zoroastro foi antes um reformador das práticas religiosas indo-
iranianas. Ele propô s uma mudança no panteão dominante que ia no sentido do monoteísmo e do dualismo. Na perspectiva de Zoroastro, os
Aúras passam a ser vistos como seres que escolheram o bem, e os daivas, como seres que escolheram o mal. Na Índia, o percurso seria
inverso, com os Aúras a representarem o mal, e os daevas a representarem o bem.
Zoroastro elevaria Aúra-Masda (“Senhor Sábio”) ao estatuto de divindade suprema, criadora do mundo e ú nica digna de adoração.
Outro conceito religioso por ele apresentado foi o dos Amesha Spentas (“Imortais Sagrados”), que podem ser descritos como emanaçõ es ou
aspectos de Aúra-Masda. Nos Gatas, os Amesha Spentas são apresentados de uma forma bastante abstrata; séculos depois, eles serão
transformados e elevados ao estatuto de divindades. Cada Amesha Spenta foi associado a um aspecto da criação divina.
Os Amesha Spentas são:
 Vohu Manah (“Bom Pensamento”): os animais;
 Asha Vahishta (“Verdade Perfeita”): o fogo;
 Spenta Ameraiti – (“Devoção Benfeitora”): a terra;
 Khashathra Vairya – (“Governo Desejável”): o céu e os metais;
 Hauravatat (“Plenitude”): a água;
 Ameretat (“Imortalidade”): as plantas.

Os Gatas revelam também um pensamento dualista, sobretudo no plano ético, entendido como uma livre escolha entre o bem e o mal.
Posteriormente, o dualismo torna-se cosmoló gico, entendido como uma batalha no mundo entre forças benignas e forças maléficas.
Atualmente, os zoroastrianos dividem-se entre o dualismo ético ou o dualismo cosmoló gico, existindo também outros que aceitam os dois
conceitos. Alguns acreditam que Aú ra-Masda tem um inimigo chamado Angra Mainyu (ou Ahriman), responsável pela doença, pelos
desastres naturais, pela morte e por tudo quanto é negativo. Angra Mainyu não deve ser visto como um deus; ele é, antes, uma energia
negativa que se opõ e à energia positiva de Aú ra-Masda, tentando destruir tudo o que de bom foi feito por ele (a energia positiva de Deus é
chamada de Spenta Mainyu). No final, Angra Mainyu será destruído e o bem triunfará. Outros zoroastrianos encaram o dualismo no plano
interno de cada pessoa, como a escolha que cada um deve fazer entre o bem e o mal, entre uma mentalidade progressista e uma mentalidade
retardatária.
Os zoroastrianos acreditam que Zoroastro é um profeta de Deus, mas não é alvo de particular veneração. Eles acreditam que, através dos
seus ensinamentos, os seres humanos podem aproximar-se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e justiça (asha).
A época Aquemênida
Entre a morte de Zaratustra e a ascensão do Império Aquemênida no século VI a.C., pouco se sabe sobre o zoroastrismo, a não ser que se
difundiu por todo o planalto iraniano.
Em 549 a.C., Ciro II derrotou Astíages, rei dos Medos, e fundou o Império Persa, que unia, sob o mesmo ceptro, os Medos e os Persas. A
dinastia à qual pertencia, os Aquemênida, adotou o zoroastrismo como religião oficial do império, mas foi tolerante em relação às religiõ es
dos povos que nele viviam. Foi o rei Ciro II (dito “O Grande”) que libertou os Judeus do seu cativeiro e permitiu o regresso destes à Palestina.
Provavelmente, o primeiro rei persa que reconheceu oficialmente esta religião foi Dario I, como mostra uma placa de ouro na qual o rei se
proclama devoto de Aú ra-Masda.
Dario teve que combater um usurpador chamado Gautama, que se fazia passar por um filho de Ciro. Gautama ordenou a destruição de
santuários pagãos que seriam restaurados por Dario. Por causa deste comportamento, atribui-se, por vezes, a Gautama, a adopção do
zoroastrismo.
Os Medos possuíam uma casta ou tribo sacerdotal, conhecida como os Magi, que adoptaram a religião de Zaratustra, não sem introduzir
alteraçõ es na mensagem original e incorporando antigas concepçõ es religiosas. Os Magi seriam a classe sacerdotal dos três grandes
impérios persas. Casavam dentro do seu grupo e expunham os corpos dos mortos às aves de rapina, duas práticas que viriam a ser
adoptadas pelos zoroastrianos. Os sacerdotes recuperam os antigos sacrifícios e o uso do haoma. Os Amesha Spentas, inicialmente
abstractos no pensamento de Zaratustra, foram personalizados e antigas divindades passaram a ser adoradas. Entre essas divindades
(yazatas), estavam o Sol, a Lua, Tishtrya (deus da chuva), Vayu (o vento), Anaíta (deusa das águas) e Mitra.
Foram também erigidos grandes templos e altares de fogo ao ar livre. Artaxerxes II (404–358 a.C.) chegou mesmo a ordenar a construção de
templos em honra de Anaíta nas principais cidades do império. Durante este período, foi também criado o calendário zoroastriano e
desenvolveu-se o conceito do Saoshyant, segundo o qual um descendente de Zaratustra, nascido de uma virgem, viria para salvar o mundo.
A época arsácida e sassânida
Com a conquista da Pérsia por Alexandre Magno, em 330 a.C., o zoroastrismo sofreu um duro golpe, tendo a classe sacerdotal sido dizimada
e muitos templos destruídos. O incêndio da capital do império, Persépolis, provocaria o desaparecimento de textos da religião conservados
na biblioteca da cidade.
Durante o governo dos Selêucidas, o zoroastrismo foi respeitado e geraram-se Sincretismos entre este e a religião grega (por exemplo,
ocorreu uma associação de Zeus a Aú ra-Masda). Mas um verdadeiro renascimento do zoroastrismo só começa durante a dinastia dos Partos
Arsácidas, no século III a.C. Nesta fase, foi compilado o Vendidade, uma parte do Avesta que recolhe textos relacionados com medicina e
rituais de pureza.
No período do Império Sassânida, o zoroastrismo foi completamente restaurado graças à intervenção de Cartir e de Tansar. O zoroastrismo
tornou-se a religião mais comum entre as massas, sendo praticado numa vasta área que ia do Médio Oriente às portas da China. Nesta época,
assistiu-se à formação de uma verdadeira “Igreja” zoroastriana centrada na Pérsia, foram banidas da prática religiosa as imagens, criou-se o
alfabeto avéstico e novos textos passam a integrar o Avesta, tais como o Criação Original e o Dencarde. Ao contrário do período Aqueménida,
este período ficou marcado pela intolerância em relação a outras religiõ es, tendo sido promovidas perseguiçõ es aos judeus e cristãos. O clero
zoroastriano detinha um grande poder e assegurava que cada novo monarca fosse zoroastriano; pesados tributos recaíam sobre a população
como forma de sustentar a forma de vida do clero.
A chegada do islão
Apesar da conversão da Pérsia ao Islão apó s a conquista dos árabes no século VII, o zoroastrismo sobreviveu em algumas comunidades
persas, agrupadas nas cidades de Iázide e Carmânia. Os muçulmanos consideraram os zoroastrianos como dimis (dhimmis), ou seja,
praticantes do monoteísmo (à semelhança dos judeus e dos cristãos), e, como tal, foram sujeitos a pesados tributos cujo objectivo era
estimular a conversão ao Islão.
No século X, um grupo de zoroastrianos deixou a Pérsia e fixou-se na Índia, na região do Gujarate. Aqui, estabeleceram uma comunidade
local que recebeu o nome de “Parsi” (“Persas” na língua gujarate) e que permanece naquele territó rio até aos nossos dias. Esta comunidade
zoroastriana foi influenciada pelas tradiçõ es locais e as suas particularidades levam a que se fale em “parsismo”. Até 1477, os Parsis não
mantiveram contato com os zoroastrianos que permaneceram no Irã. Nesse ano, restabeleceu-se o contacto sob a forma de troca de
correspondência que durou até 1768.
No século XIX, a conquista da Índia pelos britânicos levaria a um confronto entre os valores tradicionais dos parses e os valores religiosos e
culturais do Ocidente. John Wilson, um missionário cristão da Escó cia, atacou a religião dos Parses, alegando que o dualismo presente era
contrário ao verdadeiro espírito monoteísta. Martin Haug, um filó logo alemão que viveu e ensinou em Puna durante a década de 60 do
século XIX, concluiu que apenas os Gatas eram as palavras originais do profeta Zaratustra. Estes acontecimentos propiciaram o início de um
movimento de reforma religiosa, que divide a comunidade zoroastriana entre aqueles que pretendem um regresso a concepçõ es que
entendem como mais puras e próximas da mensagem inicial, rejeitando o excessivo ritualismo, e os tradicionalistas.
Doutrinas e crença
Os masdeístas não representam seus deuses em esculturas e têm templos.
Deixou traços nas principais religiõ es mundiais como o judaísmo, cristianismo e islamismo através das seguintes crenças:
 Imortalidade da alma
 Vinda de um Messias
 Ressurreição dos mortos
 Juízo final

A doutrina de Zaratustra foi espalhada oralmente e suas reformas não podem ser entendidas fora de seu contexto social. O indivíduo pode
receber recompensas divinas se lutar contra o mal em seu cotidiano, como pode também ser punido apó s a morte caso escolha o lado do
mal. Os mortos são considerados impuros, então não são enterrados, pois consideram a terra, o fogo e a água sagrados, eles os deixam em
torres para serem devorados por aves de rapina.
Textos religiosos
O principal texto religioso do zoroastrismo é o Avesta. Julga-se que a actual forma do Avesta corresponde a apenas uma parte de Avesta
original, que teria sido destruído em resultado da invasão de Alexandre o Grande.
O Avesta divide-se em vá rias secçõ es, das quais a principal é o Iasna (“Sacrifícios”). O Iasna inclui os Gatas, hinos que se julga terem sido
compostos pelo pró prio Zaratustra. O Visperede é essencialmente um complemento do Iasna. O Vendidade é a secção que contém as regras
de pureza da religião, podendo ser comparado ao Levítico da Bíblia. Os Yashts são hinos dedicados às divindades.
Para além do Avesta, existem os textos em palavi, escritos na sua maior parte no século IX.
Escatologia individual
A escatologia individual do zoroastrismo afirma que, três dias apó s a morte, a alma chega à Ponte Cinvat. A alma de cada pessoa percepciona,
então, a materialização dos seus actos (daena): uma alma que praticou boas acçõ es vê uma bela virgem de quinze anos, enquanto que a alma
de uma pessoa má vê uma megera.
Cada alma será julgada pelos deuses Mithra, Sraosha e Rashnu. As almas boas poderão atravessar a ponte, enquanto que as más serão
lançadas para o inferno; as almas que praticaram uma quantidade idêntica de boas e más açõ es são enviadas para o Hamestagan, uma
espécie de purgató rio.
As almas elevam-se ao céu através de três etapas: as estrelas, a Lua e o Sol, que correspondem, respectivamente, aos bons pensamentos, boas
palavras e boas açõ es. O destino final é o Anagra Raosha, o reino das luzes infinitas.
Sacerdócio
Existem três graus de sacerdó cio no zoroastrismo contemporâneo. O sacerdó cio tende a ser hereditário, embora não seja obrigató rio que o
filho de um sacerdote venha a seguir a profissão do pai.
Os sacerdotes de grau inferior recebem o nome de ervad. Neste grau inicial, é preciso conhecer de cor as escrituras do zoroastrismo, bem
como a lei; desempenham apenas uma função de assistente nas cerimó nias mais importantes da religião. Acima de si, encontra-se o mobed,
e por sua vez, acima deste, o dastur, que é responsável pela administração de um ou vários templos, por vezes comparado ao bispo do
cristianismo.
Locais de culto
Templo de fogo na cidade iraniana de Yazd
Os templos religiosos do zoroastrismo, onde se desenrolam as cerimó nias e se celebram os festivais pró prios da religião, são conhecidos
como templos de fogo.
Estes edifícios possuem duas partes principais. A mais importante é a câmara onde se conserva o fogo sagrado, que arde numa pira metálica
colocada sobre uma plataforma de pedra. Os sacerdotes zoroastrianos visitam o fogo cinco vezes por dia e procuram mantê-lo aceso, fazendo
oferendas de sândalo purificado. Recitam também oraçõ es perante o fogo com a boca tapada por um tecido, de modo a não contaminarem o
fogo. Este respeito pelo fogo sagrado levou a que os zoroastrianos fossem chamados de “adoradores de fogo”, o que constitui um erro, na
medida em que o fogo não é adorado em si, mas como um símbolo da sabedoria e luz divina de Aú ra-Masda. Os templos de fogo mais
importantes do Irã e da Índia mantêm uma chama de fogo sagrado a arder perpetuamente.
Rituais
O zoroastrismo não determina que os membros devam realizar um nú mero obrigató rio de oraçõ es por dia. Os zoroastrianos podem decidir
quando e onde desejam orar. A maioria dos zoroastrianos reza várias vezes por dia, invocando a grandeza de Aú ra-Masda. As oraçõ es são
feitas perante uma chama de fogo.
O Navjote (ou Sedreh-Pushi, como é conhecido entre os zoroastrianos do Irã) é uma cerimó nia de iniciação obrigató ria destinada às crianças
zoroastrianas que deve acontecer entre os sete e os quinze anos de idade. É importante que a criança já conheça as principais oraçõ es da
religião.
Antes da cerimó nia começar, a criança toma uma banho ritual de purificação (Naahn). Durante a cerimó nia, conduzida pelo mobed e na qual
estão presentes familiares e amigos, a criança recebe o sudreh (ou sedra, uma veste branca de algodão) e o kusti (um cordão feito de lã) que
ata na sua cintura. A partir deste momento, o zoroastriano deve usar sempre o sudreh e o kusti.
O casamento zoroastriano implica dois momentos distintos. No primeiro, os noivos e os seus padrinhos assinam o contrato de casamento.
Segue-se a cerimó nia propriamente dita durante a qual as mulheres da família colocam sobre a cabeça dos noivos um lenço;
simultaneamente, dois cones de açú car são esfregados um contra o outro. O lenço é, então, cosido, simbolizando a união do casal. As festas
do casamento podem prolongar-se entre três e sete dias.
Práticas funerárias
Uma torre do silêncio em ruínas
Os zoroastrianos acreditam que o corpo humano é puro e não algo que deva ser rejeitado. Quando uma pessoa morre o seu espírito deixa o
corpo num prazo de três dias e o seu cadáver é impuro. Uma vez que a natureza é uma criação divina marcada pela pureza, não se deve
poluí-la com um cadáver.
Na prática, esta crença implicou que os cadáveres dos zoroastrianos não fossem enterrados, mas colocados ao ar livre para serem devorados
por aves de rapina, em estruturas conhecidas como torres do silêncio (dakhma).
Apó s a morte, um cão é trazido perante o cadáver, num ritual que se repete seis vezes por dia. No quarto onde se encontra o cadáver, arde
uma pira de fogo ou velas durante três dias. Durante este tempo, os vivos evitam o consumo de carne.
Os participantes no funeral vestem-se todos de branco, procurando-se evitar o contacto directo com o defunto. O cadáver (sem roupa) é,
então, depositado numa torre do silêncio. Depois de as aves terem consumido a carne, os ossos são deixados ao sol durante algum tempo
para secarem.
Por motivos vários (relacionados, por exemplo, com a diminuição da população de aves de rapina ou com a ilegalidade desta tradição em
alguns países), esta prática tem sido abandonada por zoroastrianos residentes em países ocidentais e até mesmo no Irã e Índia, optando-se
pela cremação.
Festas
As comunidades zoroastrianas atuais regem-se por três calendários diferentes:
 Fasli (usado pelos Zoroastrianos iranianos e alguns Parses);
 Shahanshahi (usado pela maioria dos Parses); e
 Qadimi (este último, o menos utilizado de todos).

O que significa que as festas religiosas podem ser celebradas em diferentes dias; nestes calendários, cada mês e cada dia do mês recebe o
nome de um Amesha Spenta ou de um Yazata. Os zoroastrianos celebram seis festivais ao longo do ano – os Gahambars – cujas origens se
encontram nas diferentes actividades agrícolas dos antigos povos do planalto iraniano e nas estaçõ es do ano.
O Noruz é o Ano Novo Persa, celebrado no dia 21 de março no calendário Fasli (os parses celebram o Noruz em meados de Agosto). Por volta
deste dia, os zoroastrianos colocam, nas suas casas, uma mesa com sete itens: um vaso com rebentos de lentilhas ou de trigo, um pudim,
vinagre, maçãs, alho, pó de sumagre, frutos da árvore jujube; outros elementos que enfeitam a mesa são moedas, o Avesta, um espelho, flores
e uma imagem de Zaratustra. O Noruz é celebrado com o uso de roupas novas, com o consumo de pratos especiais, com a troca de presentes
e com a celebração de cerimô nias religiosas. O fogo tem nele um significado especial. Seis dias depois do Noruz, os zoroastrianos festejam o
nascimento de Zaratustra.
O zoroastrismo hoje
A comunidade zoroastriana existente no mundo contemporâneo pode ser dividida em dois grandes grupos: os Parses e os zoroastrianos
iranianos. Em 2004, o nú mero de zoroastrianos no mundo foi estimado entre 145.000 e 210.000. O Censo indiano de 2001 contabilizou
69.601 zoroastrianos parsis.
Na Índia, os Parses são reconhecidos pelas suas contribuiçõ es à sociedade no domínio econó mico, educativo e caritativo. Muitos vivem em
Mumbai (Bombaim) e têm tendência para praticar a endogamia, desencorajando o proselitismo religioso. Veem a sua fé como étnica.
Em geral, os zoroastrianos iranianos mostram-se mais abertos a aceitar conversõ es. Concentram-se nas cidades de Teerão, Iázide e
Carmânia. Falam uma variante da língua persa, o Dari (diferente do Dari falado no Afeganistão). Receberam o nome de gabars, termo
inicialmente com conotaçõ es pejorativas (no sentido de “infiel”), mas que perdeu muito da sua carga negativa.
Uma diáspora zoroastriana pode ser encontrada em países como o Reino Unido, Canadá (6.000 pessoas), Estados Unidos (11.000 pessoas) e
Austrália (2.700 pessoas) e nos países do Golfo Pérsico (2.200 pessoas).
A Organização das Naçõ es Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura declarou o ano de 2003 como ano de celebração dos 3000 anos da
religião e cultura zoroastriana, numa iniciativa proposta pelo governo do Tajiquistão.
Em 2016, foi aberto em Suleimania, no Curdistão iraquiano, o primeiro templo para praticantes do zoroastrismo no Iraque.
A principal diferença entre o Avesta e a Bíblia, no entanto, está no fato do primeiro ser predominantemente formado por oraçõ es e poucas
narrativas.
No Avesta, o Livro de Gathas é considerado um dos mais importantes, pois consiste em 17 cânticos sagrados compostos pelo pró prio
Zoroastro.
Outra característica particular do zoroastrismo é a presença dos Amesha Spentas (“Imortais Sagrados”), que representam manifestaçõ es
espirituais de Ahura Mazda e personificam elementos abstratos, como:
Entre outras características da doutrina de Zaratustra está a crença na imortalidade da alma, a vinda de um Messias Salvador, a ressurreição
dos mortos e do Juízo Final.
Várias destas características ajudaram a influenciar não apenas o cristianismo, mas também outras religiõ es como o judaísmo, o
maniqueísmo e o islamismo, por exemplo.
Aos homens cabia cultuar Ormuzd, já que era ele o criador, o deus da luz e do reino espiritual. O culto a Ormuzd era necessário, já que
Ariman havia criado uma série de feras, plantas e répteis venenosos. Os dois deuses viviam em constante conflito e a supremacia do bem
necessitava do apoio a Ormuzd.
Esses ensinamentos estariam compilados no livro Zend-Avest (ou Avesta), que teria sido escrito por Zaratustra. Os ritos deveriam ocorrer
em montanhas, onde deveriam ser realizados sacrifícios e a adoração ao sol e ao fogo. Essa adoração ao deus da luz seria conduzida por
magos, os sacerdotes das cerimô nias religiosas que conduziriam a entoação de hinos e a manutenção do fogo aceso, como representação do
poder de Ormuzd.
Em virtude de seus conhecimentos em astrologia e encantamentos, o termo mago passou a ser orientado na definição a todos os mágicos e
feiticeiros, perdendo na maioria dos casos a definição sacerdotal que havia na concepção do zoroastrismo. Curiosamente os sacerdotes
zoroastristas eram chamados de magos, palavra que surge a partir do grego magikos. A religião, todavia, não se baseia em tradiçõ es mágicas.
Existe uma lenda que diz que Zoroastro curou o cavalo de um governante, o qual teria permitido que o profeta pregasse livremente no local
em que governava, o nordeste da Pérsia. Deste modo, Zoroastro conquistou milhares de seguidores e difundiu a sua crença.
Os magos (ou sacerdotes) do Oriente podiam ser seguidores de Zoroastro.
Os Magos do Oriente que visitaram menino Jesus poderiam ter ligaçõ es com a religião de Zoroastro.
Os magos, como vocês devem saber, foram os três Reis Magos que vieram do Oriente para trazer presentes para Jesus Cristo, o bebê na
manjedoura. Eles foram os primeiros a reconhecer Jesus como Rei dos Reis. Eles também inventaram a arte de dar presentes no Natal.
No Evangelho segundo Mateus, sobre magos se diz: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e
viemos para adorá-Lo! “(Mateus 2:2). Quando a hora da revelação de Jesus se aproximava, os Magos, ciente de que a estrela de Jesus tinha
aparecido no céu, eles procuraram segui-la, até que chegaram à cidade que foi sede do Reino de Herodes. Quando eles tinham pesquisado,
eles descobriram que ele estava em Belém, na Judéia, onde a criança havia nascido.
Isso mostra que esses magos “do oriente”, que “chegou a Jerusalém”, podiam conhecer a identidade de quem eles procuravam, a hora e o
local de sua chegada. Dizem que Deus usou o evento espetacular da estrela, que foi profetizado em seus livros, para conseguir a sua atenção.
A informação dada em Mateus não é suficientemente detalhada para identificar porque os sábios foram em busca do “Rei dos judeus” e a
natureza da estrela. No entanto a explicação mais razoável para os sábios dadas por muitos estudiosos indicam que eram sacerdotes do
Zoroastrismo. Além disso, o Dicionário Miriam Webster define os Magos (“sábios”) como “uma casta de sacerdotes e sábios entre os antigos
persas.”
Zoroastro (viveu em cerca de 600 a.C.), proclamou uma religião de nobres ideais morais com base no princípio “fazer o bem, e odiar o mal”.
Para ele havia somente um Deus (Ahura Mazda), representado pelo fogo purificador. No Novo Testamento da Bíblia, há termos semelhantes
simbó licos utilizados para a aceitação de Deus como com o fogo (Mateus 3.11 – Lucas 3:16).  A influência do Zoroastrismo também é
rastreável certamente em muitas outras religiõ es.
Nas profecias de Zoroastro se falam que eles estavam esperando um Futuro “Salvador”, alguém que nasceria de uma virgem. Uma notável
profecia atribuída a Zoroastro é essa:
“Vocês, meus filhos, serão primeiro homenageados pela manifestação de que a pessoa divina que está a aparecer no mundo. Uma estrela
irá adiante de você para conduzi-lo para o local de seu nascimento, e quando você encontrá-lo, dará presentes a Ele e oblaçõ es e
sacrifícios, pois Ele é na verdade o seu Senhor e Rei eterno.”
Esta profecia podia certamente ter sido conhecida pelo autor do “Evangelho Á rabe da Infância”. Neste documento, podemos ler: “… os magos
vieram do Oriente a Jerusalém como Zeraduscht [Zaratustra] previu”. Essa profecia podia ser conhecida também pelo escritor da Histó ria da
Natividade do Evangelho de Mateus.
EF Burgess, em seu artigo intitulado “.S. Eliot’s ‘Journey of the Magi'”, fala que o motivo da Viagem dos Magos era por causa de uma profecia
de centenas de anos antes. Burgess assinala primeiro que os Magos não eram reis, mas sacerdotes: “Santos astrô nomos do Zoroastrismo que
seguiram os sinais dos céus.” A estrela que os Magos seguiram foi um sinal profetizado 600 anos antes por Zoroastro. A profecia não somente
descreveu a ocorrência celeste, mas também especificamente nomeado Belém como o berço do novo profeta. “
Segundo um manuscrito Laurentiano do século XIII conservado em Florença, Zoroastro teria previsto que uma virgem daria à luz um filho
que seria sacrificado pelos judeus e depois subiria para o céu.
Como foi mencionado em outros lugares, era a religião de Zoroastro, que fez os persas os primeiros povos mais civilizados do mundo
conhecido. É mencionado no Antigo Testamento, que no tempo de Ciro, as trezentas e sessenta divisõ es do Império Persa estenderam da
Índia e da China para o alcance mais distante do Iémen e Abissínia. Os sacerdotes de Zoroastro, (também chamados de Magos ou “sábios” do
Leste), foram também mencionados no livro de Daniel – Daniel e seus amigos Sadraque, Mesaque e Nego, que serviu como homens sábios e
conselheiros na corte real de Babilô nia, com Daniel no comando de todos eles.
A histó ria prefigurada dos Magos, é de que todos os gentios aceitem e recebam a mensagem de Jesus, e que a salvação é oferecida a todos os
povos, e não apenas os judeus.
Alquimia
A “Cruz da Serpente”, “Cruz de Flamel”, ou ainda apenas “Flamel”, é um símbolo místico alquímico
descrito como uma cruz com uma cobra ou serpente envolvida, bem como asas destacadas e uma
coroa acima delas.
Esse símbolo assemelha-se e compartilha origens comuns com muitos outros símbolos antigos
(com os quais é às vezes confundido), como a “Haste de Asclépio”, o antigo símbolo grego da
medicina, o “Caduceu”, antigo símbolo grego relacionado ao deus Hermes, e o “Nehushtan”, um
símbolo hebreu que significa a vitó ria sobre o diabo. Ele é também um dos símbolos atribuídos ao
alquimista francês Nicolas Flamel. A cruz aparece nas ilustraçõ es de Flamel e muitos dizem
simbolizar a relação dele com a “Pedra Filosofal”, um artefato cheio de mistérios e que, segundo a
crença, levaria seu possuidor a ter uma vida muito longa.
Este símbolo aparece corriqueiramente no anime Fullmetal Alchemist. No universo dessa obra, é
possível encontrar algumas referências a símbolos reais, como o “Ouroboros” e o pró prio “Flamel”.
Em Fullmetal Alchemist aprendemos que:
A alquimia é uma ciência de compreensão, decomposição e recomposição da matéria. Porém, não é uma técnica onipotente, pois não é possível
criar algo do nada. Se você deseja obter algo, é preciso pagar um preço equivalente, este é o princípio da alquimia, a chamada lei da troca
equivalente.
E isso está correto. Lavoisier, considerado o Pai da Química moderna diz em sua “lei” sobre a conservação de massas: “Na natureza nada se
cria, nada se perde, tudo se transforma”. Ao mesmo tempo, a chamada “terceira lei de Newton” afirma que a toda ação corresponde a uma
reação de igual intensidade, mas que atua no sentido oposto. A força é resultado da interação entre os corpos, ou seja, um corpo produz uma
força e outro corpo recebe essa força. Durante seus estudos, Isaac Newton percebeu que a toda ação (força ou energia) corresponde a uma
reação, ou seja, não é possível, segundo Newton e Lavoisier, criar algo “do nada”, seja ela força (energia) ou matéria.
A alquimia, tanto em Fullmetal Alchemist, como na vida real, foi (e talvez ainda seja) uma ciência que se mistura com o misticismo. Ela era
praticada durante a Idade Média, e os atuais químicos a consideram como “A Química da Idade Média”, ou ainda como “A Precursora da
Química Atual”. Seu principal objetivo era descobrir a Pedra Filosofal, uma substância que seria capaz de transformar chumbo em ouro.
Não se engane, pois, muitas coisas que estão em desenhos animados, ou animes, são de verdadeiras filosofias, assim mesmo como em
Naruto. Não se esqueçam que por traz dos desenhos estão pessoas verdadeiras, com seus ideais e ideias, e transcrevem e dão vida a suas
filosofias. São na verdade uma boa aula de conhecimento a muitas coisas que não temos acesso e que foram por muito tempo vedadas se
falar publicamente.
Como em quase tudo que envolve misticismo, há muita subjetividade nas representaçõ es, de modo que muitos estudiosos relatam que
“transformar chumbo em ouro” signifique conseguir transformar algo impuro, inacabado, imperfeito, em algo puro, pleno, perfeito, infinito.
Uma interpretação subjetiva pode levar a ideia de que os alquimistas buscavam elevar a alma a uma plenitude superior, ou seja, elevá-la, de
um estágio normal, a um estágio de perfeição. Porém, há interpretaçõ es que levam a acreditar que os alquimistas buscavam mesmo a
transformação do chumbo (Pb) em ouro (Au), indicando que eles buscavam apenas riqueza. Sinceramente, essa interpretação, embora
explorada em algumas obras de ficção, é, para mim, bem menos plausível.
Como consequência dessa busca incessante pela Pedra Filosofal, os alquimistas acabaram por estudar e desenvolver técnicas consideradas
bastante avançadas para a época, como a técnica de destilação por exemplo.
No anime, a alquimia tem princípios bem semelhantes à realidade, inclusive quanto a presença da Pedra Filosofal. As ideias básicas dessa
alquimia constituem na manipulação da matéria através da energia e a chamada “troca equivalente”. Essa manipulação também é chamada de
“transmutação” e é dividida em três passos básicos: compreensão, decomposição e recomposição.
Como já disse, a Pedra Filosofal representa o principal objetivo dos alquimistas, já que ela supostamente poderia prolongar a vida e/ou
transformar metais em ouro. No anime, ela também tem um grande valor, sendo a pedra o objetivo dos irmãos Elric para conseguirem
recuperar seus corpos, que foram perdidos (parcialmente, no caso de Edward) enquanto realizavam uma transmutação humana. Com o
desenrolar da trama, eles descobrem que a Pedra só é conseguida através de um grande sacrifício.
Sem dú vida, o “Flamel” e o “Ouroboros” são os símbolos que mais aparecem no anime Fullmetal Alchemist. O “Flamel” aparece atrás da capa de
Edward, no ombro da armadura de Alphonse e no corpo de Izumi, a professora dos dois. O símbolo do “Ouroboros” é um símbolo
representado por uma serpente ou um dragão que morde a pró pria cauda, e está presente nos corpos dos Homúnculos, que são criaturas
criadas através da Alquimia, geralmente para suprir a falta de algum humano que veio a falecer. O nome “ouroboros” vem do grego antigo: οὐ ρά
(oura) que significa “cauda” e βό ρος (boros), que significa “devora”, assim a palavra designa “aquele que devora a própria cauda”. Segundo
muitas crenças, as serpentes, representadas no Caduceu (aquele símbolo com serpentes entrelaçadas em um bastão) e no Ouroboros
(devorando a pró pria cauda), simbolizam a “alma elevada”, “extasiada no nirvana”, “luminosamente entelequiada”, como consta no livro “O Yoga
Hiperbó reo” de Gustavo Brondino. Já falamos anteriormente de Ouroboros em outra edição:
https://projetoalquimia.wordpress.com/2012/04/07/o-poder-dos-simbolos-2/#ouroboros.

Acredito que este símbolo também pode significar o tempo, com seu princípio e fim. Algo até mais complexo, onde o fim seria na verdade a
ponta do início, dando origem assim a um ciclo continuo de morte e vida, ou até mesmo da eternidade da alma.
A Serpente: na “Cruz de Flamel”, o simbolismo alquímico da serpente tem total relação com um mineral ou um metal frio e venenoso. A
serpente da “Cruz de Flamel” é a Satúrnia, assim mencionada por Flamel em suas escrituras.
Cruz: alquimicamente a cruz ou crucifixo pode simbolizar duas coisas: um cadinho (vaso de material resistente ao fogo usado para fundir ou
calcinar minérios e minerais) ou a morte do composto. Misticamente, a cruz simboliza a existência física de um indivíduo, como descreve o Rosa
Cruz Raymund Lebell: Desenvolvemos a rosa da alma por meio da cruz das existências físicas, até o ponto em que a rosa desabrocha plenamente
e seu perfume inunda o universo… Então é a Iluminação e o serviço consciente no Grande Projeto Universal.
Na “Cruz de Flamel”, o crucifixo pode significar, simbolicamente, a falência de determinado composto na reação alquímica, ou seja, a sua
transformação no elemento almejado.
Asas: o significado das asas na capa do Edward da série FullMetal Alchemist, pode significar “o poder e liberdade concedidos pela alquimia”,
mas na “Cruz de Flamel”, as asas têm um significado a mais. As asas simbolizam a força da transcendência e na “Cruz de Flamel” podem
simbolizar a alma.
Coroa: a coroa simboliza a conclusão próspera de uma operação alquímica. Também significa a química da realeza ou a perfeição de um metal, as
qualidades mais nobres e superiores do ser humano e, ao mesmo tempo, aquilo que as transcende por constituir o arquétipo das mesmas.
No trajeto percorrido pelo alquimista em busca do conhecimento, ou através de rito iniciático, as qualidades vão se desenvolvendo
paulatinamente depois de um longo processo de transmutação alquímica. Nesse processo, o aspirante alquimista vai tomando gradualmente a
consciência da sacralidade de sua existência, ou de sua realidade no universo, até se identificar plenamente como parte de um todo, como parte
deste Universo. Essa identificação se visualiza muitas vezes como a “conquista” de um estado espiritual (ou supra individual), que é o que,
efetivamente, “coroa” o alquimista com a realização do dito processo, ou seja, “legitima-o”, o faz verdadeiro e certo, investindo a ele uma
autoridade que emana diretamente do pró prio poder de Deus, o Rei Supremo, ou Rei do Mundo.
O Símbolo do Flamel pode significar muito mais coisas, e sempre teremos nossas pró prias interpretaçõ es sobre ele. Cada um de nó s temos o
poder de buscar nas simbologias, nosso refú gio. Isso faz parte da natureza humana. Façamos o uso deste e de outros símbolos de maneira a
nos encontrar. Isso é o que nos ajuda a viver uma vida guiada pelos nossos anseios e pelos nossos valores.
Símbolos da Alquimia
Dentre os símbolos da alquimia, o ouro é, sem dú vida, o mais importante. Isso porque o objetivo dessa arte antiga, que
remonta à Europa Medieval, é transformar metal comum em ouro.
É essa transformação a “Grande Obra” da alquimia, um processo que faz analogia à purificação espiritual. Ela representa a
evolução do mundo material para o mundo espiritual.
Os alquimistas esforçam-se para que todos os metais se transformem em ouro, tal como que todos os humanos sejam
puros e alcancem o esclarecimento.
O ouro, sendo o mais perfeito dos metais, simboliza perfeição. Enquanto isso, o metal comum representa o nível mais baixo a partir do qual
tem início o processo de purificação. Na China, o ouro era a essência dos céus e, por isso, representava o yang. A Fênix representa o produto
final da transformação do metal comum em ouro.

Os Quatro Elementos
Os quatro elementos são representados por triâ ngulos equiláteros, dois deles com a ponta para cima e dois deles com a ponta para baixo.
Terra AR Sol e Lua  Inicialmente os alquimistas
utilizam símbolos astrológicos,
tais como o Sol e a Lua, bem
como símbolos celestiais,
como os anjos. Todavia, com
 O Sol representa  A Lua medo da perseguição, os
o ouro. O ponto representa a alquimistas criaram os seus
no centro do prata e a próprios símbolos.
círculo simboliza “Obra  A pedra filosofal era essencial
a conclusão da Menor”. para o processo de
Grande Obra. transformação do metal em
ouro.
 associado ao  associado ao  Ela, uma substância lendária,
cobre, ferro, o significa pureza e
representa a terceiro imortalidade. Seu símbolo é
criação. O elemento composto pelo triângulo, que
leão, outro representa o representa o sal, o enxofre e o
símbolo sopro da vida. mercúrio, bem como o
presente na A águia, outro quadrado, que representa os
alquimia, símbolo quatro elementos.
também presente na  O círculo, por sua vez,
representa alquimia, representa o conceito de
este, que é o também unidade. Ao mesmo tempo,
primeiro representa esse ouroboros carrega o mesmo
elemento. elemento. significado.
Água Fogo Caduceu Selo de Salomão

 associado ao  associado ao  O poder de transformar o impuro em puro  Junção dos símbolos que
estanho, o chumbo, o é representado pelo caduceu, representam o fogo e a água, o
segundo quarto especificamente o bastão, enquanto as asas selo de Salomão simboliza a
elemento elemento representam o equilíbrio desse processo. união dos opostos e o resultado
representa a representa a  Por vezes o caduceu é associado ao da transformação dos
purificação. O transformação símbolo da medicina, o que decorre do processos alquímicos
peixe, outro final. O fato de a alquimia combinar a sua prática
símbolo dragão, outro também com essa área de conhecimento.
presente na símbolo
alquimia, presente na
também alquimia,
representa a também o
água. representa.
O Crucifixo da Serpente ou A Serpente Crucificada ou ainda, a Cruz de Nicolas Flamel, embora seja mais antiga que o pró prio Flamel, ao que
me consta é um Selo-Chave, que comporta um significado profundo de acesso aos Mistérios e à sabedoria.
Parece simbolizar, A Cruz: a união dos polos complementares: Feminino & Masculino (Barra Horizontal & Barra Vertical unidos, cruzados),
isto é, a Cruz está relacionada à Sacralidade do Ato Sexual e/ou à Magia-Sexual, e também associada à coluna vertebral e os Elementos da
Natureza (AR, Terra, Fogo, Água); e A Serpente: a confluência da fusão dos polos complementares: Feminino & Masculino à condição análoga
Deusa & Deus, a partir da iluminação espiritual fálica, no processo de transformação alquímica.

Significado de outros símbolos no Alquimia


Entre os principais símbolos da alquimia são aqueles que representam os quatro elementos que definiram os filó sofos antigos: Terra, Á gua,
Ar e Fogo. Relacionadas com os quatro princípios vitais que são calor, frio, umidade e secura. Estes símbolos podem ser encontrados na
astrologia, como os sinais zodiacais também estão divididos entre estes quatro elementos. Um triângulo representa o fogo (calor e secura), e
um triâ ngulo com uma linha através do meio do ar (calor e umidade).

O triângulo invertido representa a água (frio e ú mido), e investiu com uma linha através triângulo no meio simboliza a terra (frio e seco).
Estes quatro elementos cosmoló gicos, adicione os três símbolos que representam as três bases que definiram Paracelso, o “Tria Prima”. Eles
são Sulphur , representada por um triângulo pendurado numa cruz e é o princípio vital, o espírito,  o mercú rio, simbolizado por um círculo
do qual pendia uma cruz e prestes a ser reclinado uma lua, que também foi a alma e consciência e, finalmente, sal , matéria ou corpo,
representado por um círculo dividido em duas partes iguais por uma linha.
Muitos símbolos alquímicos estabelecer uma relação entre os metais e os planetas, uma vez que para a antiga existia uma profunda conexão
entre a astrologia e alquimia. A lua é simbolizada por uma lua crescente e corresponde a prata. O planeta Mercury açõ es símbolo com
mercú rio. Vênus é um círculo do qual pende uma cruz, dizem que é um espelho, e as açõ es símbolo com cobre. O sol e ouro são representadas
por um círculo com um ponto no centro. Marte e ferro são uma cruz em um círculo, Júpiter e estanho uma lua crescente ligado a uma cruz e
Saturno e levar uma cruz, da qual emerge uma lua crescente.
Nicolas Flamel
Pontoise, 1330 — Paris, 22 de março de 1418, foi um escrivão, copista e vendedor de sucesso francês que ganhou fama de alquimista apó s
seus supostos trabalhos de criação da pedra filosofal. Casado com Dame Perenelle Flamel, segundo a lenda teria fabricado a pedra filosofal, o
elixir da longa vida e realizado a transmutação de metais em ouro por meio de um livro misterioso. Em português também é referido como
Nicolau Flamel.
Flamel foi trabalhar em Paris como escrivão. E em 1364 casou-se com Pernelle, que era viú va. Conseguiu algum dinheiro com sua livraria e
passou a dedicar-se ao estudo da alquimia como um passatempo
Nicolau e sua esposa eram cató licos devotos. E, com o passar do tempo se tornaram conhecidos pela riqueza e pela filantropia que
realizavam, assim como as mú ltiplas interpretaçõ es que davam à alquimia da época.
A Pedra Filosofal – Segundo a lenda, em torno de 1370, Flamel encontrou um antigo livro que continha textos intercalados com desenhos
enigmáticos, aparentando hieró glifos. A histó ria de sua vida poderia ser resumida na guarda deste livro, mesmo apó s muito estudá-lo,
Flamel não conseguiria entender do que se tratava. Ainda segundo esta histó ria, ele teria encontrado um sábio judeu em uma estrada em
Santiago, na Espanha, que fez a tradução do livro, que se tratava de cabala e alquimia, possuindo a fó rmula para a pedra filosofal.
Flamel, a partir de 1380, começou a se dedicar à alquimia prática. Segundo conta-se, conseguiu produzir ouro em torno de 1382 e depois
finalmente a transmutação em ouro. Cerca de dez anos mais tarde do início dos experimentos, começou a realizar um grande nú mero de
obras de caridade como a construção de hospitais, igrejas, abrigos e cemitérios e os decorar com pinturas e esculturas contendo símbolos
alquímicos e muito ouro.
A lenda, no entanto, conta que, na realidade, ambos, Flamel e Pernelle, não morreram, e que em suas tumbas foram encontradas apenas suas
roupas em lugar de seus corpos, eles teriam vivido graças ao elixir da longa vida, ao qual, Flamel também teria fabricado.
Flamel deixou um testamento escrito a seu sobrinho, em que revelava os segredos que descobrira sobre a alquimia. O “Testamento de
Nicholas Flamel” foi compilado na França no final dos anos 1750 e publicado em Londres em 1806. O documento original foi escrito de
pró prio punho por Nicholas Flamel em um alfabeto codificado e criptografado que consistia em 96 letras. Um escrivão Parisiense chamado
Father Pernetti o copiou e um Senhor de Saint Marc pô de finalmente quebrar o có digo em 1758.
Foi citado na série de livros Harry Potter como tendo realmente conseguido produzir a pedra filosofal e vivido 665 anos. Ele a teria destruído
no final do primeiro livro da série, “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Há menção também em O Có digo Da Vinci de Flamel tendo sido um dos
grão-mestres do Priorado de Sião. Foi citado também em “Os segredos de o imortal Nicolas Flamel”. Best Sellers de Michael Scott.
Morte e Legado – Flamel morreu em 22 de março de 1418, com mais de 80 anos, e sua casa foi saqueada por caçadores de tesouros e gente
ávida por encontrar a pedra filosofal ou receitas concretas para sua preparação.
A casa onde Flamel residiu com sua esposa ainda existe. Ela situa-se na rue de Montmorency, no número 51, sendo a mais antiga casa de pedra
da cidade. No andar térreo, hoje encontra-se um restaurante.
Seu nome e o de sua mulher foram dados a ruas próximas do Museu do Louvre, em Paris, em homenagem a eles.

ALEF-BET

Há cerca de 3 mil idiomas, sem contar os dialetos, e mais de mil letras que formam os alfabetos para esses idiomas.
Somente um idioma e um alfabeto é Divinamente criado, tendo as letras sido formadas e moldadas pelo pró prio
D’us. Esse idioma é Lashon HaCodesh, o hebraico bíblico, escrito da direita para a esquerda.
D’us criou o Alef-Bet antes da criação do mundo. Sem essas letras, os pró prios Pronunciamentos com os quais D’us
formou o universo teriam sido impossíveis.
Além disso, Rabi Yisrael Baal Shem Tov explica o versículo: “Tua palavra, ó D’us, para sempre está estabelecida nos
céus.” O ponto mais importante a entender é que D’us não apenas criou o mundo uma vez. Suas palavras não
apenas emergiram e então se evaporaram. Mas sim, D’us continua a criar o mundo novamente a cada e todo instante. Suas palavras estão
constantemente estabelecidas nos céus. E o Alef-Bet é o alicerce desse contínuo processo de criação.
Embora hajam 32 letras ilustradas na tabela abaixo, contamos apenas 22 letras distintas. Dez das trinta e duas letras são derivados de letras
e não são consideradas totalmente distintas. Cinco delas são a forma final da letra – chaf, mem, nun, fê e tsadic finais. Outras cinco são as
“enfáticas”, degushá – bet, caf, pê, shin e tav, quando comparadas a “suaves”, rafê – vet, chaf, fê, sin e sav.
As letras hebraicas possuem:
Desenho: a maneira específica pela qual cada letra é formada. Essa forma representa a energia Divina dentro de cada letra.
Guematria: cada uma das letras do Alef-Bet representa um determinado nú mero.
Significado: cada letra possui muitos significados, ex., a letra Alef significa chefe, aprender, maravilhoso, e muito mais. Bet significa casa etc.
Necudot-Vogais: a maioria das letras tem uma vogal que nos diz como deve ser pronunciada.
Coroas: algumas letras na Torá têm coroas – pequenas linhas no topo das letras hebraicas.
Teamim: cada palavra na Torá tem uma nota musica

O sistema de escrita hebraico, também conhecido como Alef-Beit, é o abjad utilizado para a escrita em hebraico, que é uma língua semítica
pertencente à família das línguas afro-asiáticas, falada em Israel, foi criado por volta do século III a.C. Também é utilizado para escrever o
iídiche, língua germânica falada pelos judeus da Europa Oriental e Alemanha; e o ladino, dialeto utilizado pelos judeus sefarditas. Assim
como na escrita árabe, nesse alfabeto, os textos são escritos no sentido anti-horário ou seja, da direita para a esquerda.
Na segunda metade do primeiro milênio da era atual, os escribas conhecidos  como massoretas (doutores da Torah) introduziram  um 
sistema  de sinais  vocálicos, para facilitar  a leitura  do  texto consonantal  em hebraico. A MASSORÁ era um conjunto de comentários
críticos e gramaticais (soletração, vocalização, divisão em oraçõ es e parágrafos etc.) A palavra “Massorah” é uma palavra HEBRAICA que
quer dizer “TRADIÇÃ O
No hebraico antigo escrevia-se somente com consoantes, e As vogais eram somente pronunciadas, isto é, as vogais eram transmitidas,
através das geraçõ es do povo judeu, oralmente e não de forma escrita, visto que a escrita da língua hebraica possuía apenas as consoantes.
Os Massoretas foram os responsáveis pela adição de vogais no texto hebraico moderno.
Os SINAIS MASSORETICOS pecaram em um aspecto, o da existência de consoantes vocálicas, ou seja, algumas letras as vezes fazem o papel
de vogais, sendo assim deveria apenas trocar o sinal em hebraico pela letra sem o seu sinal massoretico. Outro erro também foi utilizar o “J”
na consoante vocálica Yod.
Em hebraico há cinco letras sofit (finais), ou seja, que são escritas de forma diferente quando aparecem no final da palavra. Somente a escrita
é alterada, enquanto o som continua o mesmo: Chaf, Mem, Nun, Fe, Tsade.
Os Dez significados do Alef-Bet
Cada uma das vinte e duas letras do alfabeto hebraico – “os blocos de construção da Criação” – como são chamadas na antiga obra mística
Sêfer Yetsirá.
1. Conceito: o princípio conceitual subjacente associado com a letra.
2. Significado: o significado literal do nome da letra.
3. Formato: a associação visual primária relacionada ao formato das letras.
4. Número: o valor numérico da letra segundo calculado pela Guematria.

Correspondências básicas nas três dimensõ es de:


5. Espaço: os elementos físicos, os corpos celestiais e os signos do zodíaco.
6. Tempo: as estações, os dias da semana e os meses do ano.
7. Alma: Os membros e órgãos do corpo humano, responsáveis por mediar experiências relacionadas com o “eu”.

Associados:
8. Qualidade, dom ou sentido: expressões inatas ou adquiridas de experiência vivida, controlada pelos membros acima e órgãos da alma.
9. Arquétipo: figuras arquetípicas da história de Israel.
10. Canal: Os canais horizontais, verticais e diagonais conectando as Dez Sefirot.

Conceito  Paradoxo, o selo Divino no ser humano


Significado  Um boi; um milhar; ensinamento; um campeão
Formato  Duas tendências polares (os yud superior e inferior) juntos por uma força
mediadora (o vav)
Número  1
Espaço  A atmosfera entre o céu e a terra
Tempo  A estação intermediária entre inverno e verão, quando a terra está saciada
de chuvas
Alma  O torso superior, especialmente o peito e o sistema respiratório
Qualidade  Grande compaixão
Arquétipo  A manifestação definitiva da alma de Mashiach
Canal  De chessed a guevurá

Conceito  O propósito da Criação: uma morada para D’us


neste mundo inferior
Significado  Casa
Formato  Um cercado de três lados, aberto no lado esquerdo,
“lado norte”
Número  2
Espaço  Lua
Tempo  Domingo
Alma  Olho direito
Dom  Sabedoria
Arquétipo  Avraham
Canal  De chochmá a chessed

Conceito  A busca de recompensa e punição no contexto do


mundo físico
Significado  Um camelo; uma ponte; desmame; benevolência
Formato  Um corpo (o vav) caminhando (o yud ligado, como
um pé)
Número  3
Espaço  Marte
Tempo  Segunda-feira
Alma  Ouvido direito
Dom  Riqueza
Arquétipo  Yitschac
Canal  De biná a guevurá

Conceito  A anulação do “eu” que acompanha qualquer mudança básica na


orientação existencial de alguém
Significado  Uma porta; um homem pobre; extração
Formato  Uma alma ereta (o vav vertical) ligada a sua Divina Fonte (o vav
horizontal pairando acima)
Número  4
Espaço  Sol
Tempo  Terça-feira.
Alma  Narina direita
Dom  Descendentes
Arquétipo  Yaacov
Canal  De keter a tiferet

Conceito  A capacidade de auto-expressão através do pensamento, palavra e ação


Significado  Ser quebrado; pegar sementes; contemplar
Formato  A “janela” tri-dimensional da consciência, composta de um eixo
horizontal e vertical (o dalet) com um ponto solto (o yud) aludindo à
coordenada de profundidade
Número  5
Espaço  Cordeiro (Aries)
Tempo  Nissan
Alma  Pé direito
Sentido  Fala
Arquétipo  Yehudá
Canal  De keter a chochmá

Conceito  O poder de conectar e correlacionar todos os elementos dentro da


Criação
Significado  Um gancho
Formato  Um pilar ereto
Número  6
Espaço  Boi (Taurus)
Tempo  Iyar
Alma  Rim direito
Sentido  Contemplação
Arquétipo  Yissachar
Canal  De keter a biná

Conceito  O poder de “or chozer” (luz Divina refletida rumo ao Alto pela Criação)
para ascender além de seu próprio ponto de origem
Significado  Uma arma; uma coroa; uma espécie; nutrir
Formato  Um vav com uma coroa
Número  7
Espaço  Gêmeos (Gemini)
Tempo  Sivan
Alma  Pé esquerdo
Sentido  Movimento
Arquétipo  Zevulun
Canal  De chochmá a guevurá

Conceito  A dialética de “ir e vir” entre a unidade absoluta de


D’us e a aparente pluralidade da Criação
Significado  Medo; força da vida
Formato  As forças opostas do vav e zayin ligadas no topo por
um arco
Número  8
Espaço  Caranguejo (Câncer)
Tempo  Tamuz
Alma  Mão direita
Sentido  Visão
Arquétipo  Reuven
Canal  De chessed a tiferet

Conceito  A “inversão,” ou ocultamento, da benevolência de


D’us neste mundo
Significado  Uma inclinação; um cajado; abaixo; uma cama
Formato  Um recipiente com uma aba invertida: uma bolsa-
d’água
Número  9
Espaço  Leão (Leo)
Tempo  Menachem Av
Alma  Rim esquerdo
Sentido  Audição
Arquétipo  Shimon
Canal  De chochmá a tiferet

Conceito  A concentração do infinito dentro do finito


Significado  Uma mão; impulsionar
Formato  Um ponto suspenso, com uma ponta projetando-se para cima e um apêndice
seguindo para baixo
Número  10
Espaço  Virgem (Virgo)
Tempo  Elul
Alma  Mão esquerda
Qualidade  Ação
Arquétipo  Gad
Canal  De tiferet a netsach

Conceito  A capacidade de alguém realizar seu potencial


Significado  A palma da mão de alguém; uma nuvem; suprimir
Formato  Um cercado de três lados com cantos redondos, assemelhando-se à
coroa de uma cabeça em perfil lateral. O caf final: A mesma figura,
com sua base caída em extensão vertical
Número  20
Espaço  Vênus
Tempo  Quarta-feira
Alma  Olho esquerdo
Dom  Vida (boa saúde)
Arquétipo  Moshê
Canal  De chessed a netsach

Conceito  A ânsia do coração para interiorizar o


conhecimento
Significado  Aprender, ensinar
Formato  Um vav em formato de torre pousado sobre um caf
Número  30
Espaço  Balanças (Libra)
Tempo  Tishrei
Alma  Vesícula biliar
Sentido  Toque físico e intimidade
Arquétipo  Efraim
Canal  De hod a yessod

Conceito  O brotar da sabedoria na fonte do supraconsciente


Significado  Água; uma mancha
Formato  Um tanque, com uma ligeira abertura em seu canto
inferior esquerdo. O mem final: Um tanque
completamente fechado
Número  40
Espaço  Terra
Tempo  Inverno
Alma  Torso inferior, especificamente o abdômen
Qualidade  Amor expressando-se como água
Arquétipo  Mashiach ben David
Canal  De netsach to hod

Conceito  A queda do altruísmo até a auto-conscientização


Significado  Um peixe; reino; um herdeiro real
Formato  Um ângulo oblíquo (o servo curvado) com uma coroa em seu topo.
O nun final: a mesma figura com sua base caída na extensão
vertical
Número  50
Espaço  Escorpião (Scorpio)
Tempo  Cheshvan
Alma  Intestinos
Sentido  Olfato
Arquétipo  Menashe
Canal  De netsach a yessod
Conceito  A natureza cíclica da experiência, e a
equanimidade que ela traz
Significado  Apoiar; confiar; ordenação; forma de construção
(em gramática)
Formato  Um círculo completo ou anel
Número  60
Espaço  Arco (Sagitário)
Tempo  Kislev
Alma  Estômago inferior
Qualidade  Sono
Arquétipo  Binyamin
Canal  De tiferet a hod

Conceito  A constante vigilância de D’us sobre todo


elemento da Criação
Significado  Um olho; cor; uma fonte; carneiro (em aramaico)
Formato  Um nun aberto à força (o servo humilde), com um
vav (Fluxo Divino) cunhado dentro
Número  70
Espaço  Cabrito (Capricórnio)
Tempo  Tevet
Alma  Fígado
Qualidade  Raiva
Arquétipo  Dan
Canal  De biná a tiferet

Conceito  Comunicação oral do conhecimento


Significado  Uma boca; aqui
Formato  Uma cabeça em perfil lateral, com a boca aberta e
um dente superior invertido. O pê final: a mesma
figura, com sua base caída na extensão vertical
Número  80
Espaço  Mercúrio
Tempo  Quinta-feira
Alma  Ouvido esquerdo
Qualidade  Autoridade
Arquétipo  Aharon
Canal  De guevurá a hod

Conceito  A fé dos justos


Significado  Um justo; um lado; caçar; caos (em aramaico)
Formato  Um yud (a vitalidade da sabedoria) cunhada na
parte traseira superior de um nun curvado (o
humilde servo). O tsadic final: a mesma figura,
com sua base caída na extensão vertical
Número  90
Espaço  Jarro (Aquárius)
Tempo  Shevat
Alma  Estômago superior
Sentido  Paladar
Arquétipo  Asher
Canal  De guevurá a tiferet

Conceito O paradoxo da santidade: a expropriação da força de


vida Divina transcendente pelo reino material
Significado Um macaco; cercar; tocar; força; o fundo de uma
agulha (em aramaico)
Formato Um resh que paira (transcendência Divina) suspensa
acima de um zayin (centelhas caídas de santidade)
Número 100
Espaço Peixe (Pisces)
Tempo Adar
Alma Baço
Dom Risada
Arquétipo Naftali
Canal De biná a chessed

Conceito A capacidade de iniciar o processo de retificar o “yesh” (“algo”,


fisicalidade) da Criação
Significado Cabeça ou início; um homem pobre
Formato A parte de trás da cabeça em perfil lateral
Número 200
Espaço Saturno
Tempo Sexta-feira
Alma Narina esquerda
Dom Serenidade
Arquétipo Yossef
Canal De tiferet a yessod

Shin
Conceito  O mistério de como a bruxuleante inconstância de todas as coisas
emanam de uma Fonte eterna e invariável
Significado  Um dente; um ano; mudança; escarlate; serenidade; dormir;
ensinar; dois; afiado; velho; vice-rei
Formato  Três vav levantando-se simetricamente como chamas, de um único
ponto na base
Número  300
Espaço  Céu
Tempo  Verão
Alma  Cabeça
Dom  Amor expresso como o fogo
Arquétipo  Mashiach ben Yossef
Canal  De chochmá a biná

Tav
Conceito  A impressão de que a fé na onipresença de D’us faz sobre experiência da
realidade no supraconsciente da pessoa.
Significado  Um sinal; uma impressão; um código; mais (em Aramaico)
Formato  Um dalet fazendo uma impressão na coroa de um nun
Número  400
Espaço  Júpiter
Tempo  O Shabat
Alma  Boca
Dom  Graça
Arquétipo  David
Canal  De yessod a malchut
http://www.chabad.org.br/datas/shavuot/a%20tora/significados_seg.html https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/3840145/jewish/O-Alef-Bet.htm

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