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1 INTRODUÇÃO
2 PRAGAS
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b) Coleobrocas
Estas brocas são larvas de coleópteros que abrem galerias nos ramos
e troncos da figueira. Causam a murcha e a seca dos ramos, folhas e frutos
localizados acima da região do ataque. Os troncos atacados podem
apresentar feridas e galerias, mas, em todos os casos, acabam secando e
levando a planta ao definhamento e morte. As principais espécies que se
constituem pragas da figueira são:
• Colobogaster cyanitaris
• Marshallius bonelli
• Trachyderes thoracicus
• Teaniotes scalaris
litros de água). Pode-se, ainda, aplicar no orifício por onde sai a serragem
produzida pela broca fosfina em pasta, tampando, após, o buraco de abertura
das larvas com argila úmida. O pincelamento dos ramos com calda a 10% de
Carbofuran-350F sobre a casca no local de ataque também confere bons
resultados.
c) Cochonilhas
As cochonilhas são bastantes prejudiciais às plantas, pois, vivem na
superfície de diversos órgãos vegetais aéreos, onde se fixam e sugam a seiva
dos tecidos, enfraquecendo a planta. As principais cochonilas que causam
danos à cultura da figueira são:
• Morganella longispina
• Asterolecanium pustulans
O controle das cochonilhas deve ser feito no período de entressafra,
após a poda dos ramos, dada a dificuldade de se fazer o controle durante a
brotação e a frutificação. Como muitas cochonilhas se reproduzem de
setembro a novembro, deve-se efetuar a aplicação após o início da brotação.
As inspeções periódicas no pomar devem ser sempre realizadas, pois, como
o início do ataque das cochonilhas começa em reboleiras, o controle fica
mais fácil, desde que constate a infestação deste inseto logo no início.
Devem ser feitas duas a quatro pulverizações com óleos emulsionáveis,
juntamente com fosforados a cada 20 dias, como por exemplo, Eniton-50CE
ou Feniton-50CE (150 ml/100 litros de água).
f) Formigas cortadeiras
As principais formigas cortadeiras que atacam a cultura da figueira
são as saúvas e as quenquéns. Como medida de controle, recomenda-se a
utilização de iscas tóxicas granuladas. Elas devem ser colocadas próximo
aos olheiros, no caminho percorrido pelas formigas e mantidas protegidas
contra chuvas.
Outra alternativa para o controle é a utilização de termonebulizador.
Consiste em injetar fumaça tóxica no interior do formigueiro, causando
rapidamente a morte das formigas. O aparelho aplicador é prático e
motorizado (motor de dois tempos). Sua utilização pode ser via costal ou
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3 DOENÇAS
optar por colher figos verdes para a indústria. A execução sistemática das
medidas fitossanitárias durante todo o ciclo da cultura diminui a ocorrência
desta doença. Quando colhem-se frutos para a mesa, deve-se faze-lo o mais
rápido possível, colhendo os frutos em estado “de vez”.
A eliminação dos frutos estragados na planta ou caídos no chão é útil
para a redução do potencial de inóculo. A colheita deve ser feita diariamente
usando-se cestas apropriadas. Se necessário, pode-se fazer o armazenamento
sob temperatura de 7°C e eliminação de todos os frutos que, durante este
período, apresentarem-se com sintomas de ataque. No caso de se fazer
colheita em dias chuvosos, devem-se usar ventiladores para secagem rápida
dos frutos.
e) Nematóides
A figueira é parasitada por dois gêneros de nematóides que são:
Meloidogyne incognita, denominado nematóides das galhas e o Heterodera
fici, denominado nematóide dos cistos. Atualmente, os nematóides são
considerados o maior problema fitossanitário da ficicultura, especialmente
nas regiões tradicionais produtoras de figos.
Os nematóides que causam a formação de galhas promovem a
obstrução do fluxo normal da seiva dos assimilados, fazendo com que
diminua a taxa fotossintética e criando uma porta de entrada para outros
microorganismos como fungos, vírus e bactérias. As raízes atacadas
apodrecem e morrem, ao passo que a planta tenta reagir emitindo novas
raízes para substituir as destruídas. Quando o ataque é intenso, a figueira é
enfraquecida visivelmente e pode chegar a morrer, dependendo da
intensidade do ataque. Além das galhas, têm-se outros sintomas, como:
deslocamento do córtex radicular, paralisação do crescimento da ponta da
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5 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA