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OS EFEITOS DO CONTATO FÍSICO

9-11. (a) Que contato físico costuma estar envolvido no namoro? Por que existe a inclinação
natural de se entregar a intimidadas cada vez maiores? (b) Por que pode resultar isso em tensão
nervosa para os solteiros? (c) Caso o contato físico leve à fornicação, como pode esta resultar em
muitas espécies de calamidade?

9 Na maioria das vezes, o namoro envolve algum contato físico — segurar as mãos, beijar ou algo
mais além. No princípio, apenas tocar na mão da outra pessoa pode ser muito agradável, dando
a sensação de excitação. Mas, depois de algum tempo, perde seu atrativo e talvez não tenha
mais o mesmo efeito. Algo mais, tal como o beijo, pode tornar-se atraente. Mas isso também se
pode tornar corriqueiro, até mesmo um pouco ultrapassado. Por quê?

10 Porque quando se trata da paixão sexual, tudo faz parte duma cadeia de eventos destinados a
levar a um resultado específico. O primeiro elo é o primeiro contato. O último elo são as relações
sexuais, as quais são reservadas aos cônjuges, conforme a Palavra de Deus. Tudo o que houver no
ínterim pode levar àquele último elo da cadeia. Portanto, se você não estiver casado, será que é
sábio começar com o primeiro elo ou com qualquer dos outros? Fazer isso provavelmente resulte
em “vexame”. Por quê? Porque seu corpo se aprontará para algo que não deve ter então, aquele
último elo. Estimular o desejo de relações sexuais, mas não satisfazer tal desejo, pode levar a
frustração e a tensão nervosa.

11 A fornicação não acabará com o “vexame”. Antes, pode levar à “calamidade”. Como? De vários
modos. Pode resultar numa doença venérea. A moça pode ficar grávida, e isto pode pressionar o
casal a um matrimônio para o qual realmente não estão preparados, afetando adversamente
sua felicidade futura. Ou o jovem talvez se recuse a casar-se com a moça, e ela se verá então
obrigada a criar o filho sozinha, sem marido. Ou talvez seja tentada a ter um aborto, o qual,
segundo a Bíblia, é uma forma de assassinato. Isto não é “calamidade”? Talvez você esteja
decidido a que o namoro não tenha tais conseqüências no seu caso. Muitos, porém, igualmente
decididos como você, acabaram enfrentando essas dificuldades. Na realidade, pois, a pergunta
volta a ser novamente se você está pronto para o casamento ou não.

CONDUTA HONROSA NO CORTEJO

23-26. (a) O que pensa sobre segurar as mãos, beijar e abraçar por parte de um par que planeja
casar-se? (b) Como poderá alguém tornar-se culpado de “conduta desenfreada” e “impureza”? Por
que é importante evitar tais coisas? (Gálatas 5:19, 21)

23 Nos países onde os progenitores permitem a associação sem acompanhante, os dois que se
cortejam amiúde se empenham em expressões de afeto, tais como segurar as mãos, beijar e até
mesmo abraçar-se. Os pais, naturalmente, têm a obrigação de instruir seus filhos e suas filhas
sobre as normas segundo as quais querem que se comportem. Os anciãos na congregação cristã
podem trazer à atenção dos jovens os princípios orientadores, sadios, encontrados na Palavra de
Deus, e todo aquele que honestamente quer seguir um proceder sábio na vida acatará
voluntariamente e de bom grado tal conselho.

24 A Bíblia não só exclui definitivamente a fornicação, a qual é a relação sexual entre os que não
estão casados, inclusive noivos, mas também avisa contra a imoralidade e a “impureza”, que
podem ocorrer durante o cortejo. (Gálatas 5:19-21) O par que acata estas advertências poupar-
se-á a muito pesar e não correrá o risco de ter lembranças de má conduta que voltem a atribulá-
los. Mas, o que constitui conduta impura segundo as normas da Bíblia? O que está incluído nelas?

25 Segurar as mãos pode ser uma expressão limpa de afeto entre os que pretendem casar-se. É
verdade que tem um efeito estimulante, mas é natural e não necessariamente mau. Ora,
simplesmente ver aquele ou aquela com quem se pretende casar também pode ser estimulante,
‘fazendo o coração palpitar’. (Cântico de Salomão 4:9) Não obstante, precisamos lembrar-nos de
que, em vista da natureza humana, o contato físico deveras aumenta a “força” da atração sexual.
Por isso, reconhecendo as possíveis conseqüências a que isso pode levar, alguns preferem limitar-
se estritamente quanto ao contato físico que mantêm durante o cortejo. E ninguém deve zombar
deles ou fazer pouco de sua atitude conscienciosa.

26 O beijo também pode ser uma expressão limpa de afeto entre os que pretendem casar-se —
ou pode não ser. Na realidade, a questão é: Até que ponto entra nisso a paixão? Os beijos
podem ser dados dum modo a incitar a paixão ao ponto em que os dois são profundamente
estimulados em sentido sexual. O estímulo sexual prepara os dois para as relações sexuais, mas
este privilégio, segundo a lei de Deus, é reservado apenas aos casados. Se os dois violarem
propositalmente a lei de Deus por deliberada e flagrantemente se empenharem em conduta que
estimula a paixão, quer por carícias mútuas nos órgãos sexuais, quer de outro modo, são
culpados de “impureza” e de “conduta desenfreada”.

27-30. Que bons motivos há para se evitar antes do casamento a conduta que estimula a paixão?

27 Devemos ser sinceros com nós mesmos. Se soubermos que não temos forte autodomínio
nestas coisas, não devemos pôr em perigo nosso futuro, nem o da outra pessoa, por correr
riscos. Dirigiria um carro por uma descida tortuosa, se soubesse que os freios são defeituosos ? O
tempo de se resolver e decidir no coração assuntos assim é antes de começar, não depois. Uma vez
que os desejos físicos começam a se manifestar, em geral é muito difícil impedir que aumentem.
Aqueles que permitem que a paixão aumente neles ao ponto de desejarem ter relações sexuais
— quando não têm direito a elas pelo casamento — sujeitam-se a tensão e frustração. É como
ler um livro emocionante — apenas para se descobrir depois que o último capítulo foi
arrancado.

28 Os que mantêm sua relação num alto nível, no cortejo, terão um início muito melhor no
casamento do que aqueles que se entregam a intimidades que aumentam constantemente em
freqüência e intensidade. Quanto respeito pode a moça ter por alguém que ela ‘tem de repelir
constantemente’? Mas o jovem que mostra restrição respeitosa e força de vontade merece
respeito. O mesmo se dá com a moça. E especialmente ela precisa dar-se conta de que, embora
seus sentimentos talvez exijam tempo para serem estimulados, isto raras vezes acontece com o
homem. Ele pode ficar sexualmente estimulado com facilidade e rapidez.

29 Entregar-se freqüentemente e cada vez mais a expressões apaixonadas pode levar a um


casamento prematuro. O livro Adolescência e Juventude (em inglês) diz: “Os primeiros estágios da
corte amiúde são impassivelmente românticos. O casamento, neste tempo, poderá levar a pessoa
a esperar mais do matrimônio do que qualquer matrimônio possa dar. A corte prolongada
costuma dar um entendimento mais razoável da outra pessoa, de modo que possa resultar num
casamento compreensivo.” Em tal cortejo mais prolongado é preciso saber refrear-se — senão, o
poder do impulso sexual pode aumentar tão cedo, que se torna verdadeiro perigo.

30 Sérias dúvidas e suspeitas podem surgir também depois do casamento, caso se permita que a
paixão distorça muito as coisas durante o período do cortejo. O casal pode começar a perguntar-
se: Casamo-nos realmente por amor? Ou fomos apenas apanhados pela paixão? Foi uma
escolha sábia? A moça poderá também estar inclinada a duvidar da genuinidade do amor de seu
marido, perguntando-se se ele não se casou com ela apenas pelo seu corpo e não pelo que ela é
como pessoa.

31, 32. O que pode ajudar a um par a evitar conduta estimulante da paixão, que prejudicaria o seu
cortejo?

31 Portanto, a fim de proteger a si mesmo e sua felicidade futura, evite situações que possam
produzir paixão. Lugares solitários e escuridão não lhe ajudarão a manter o cortejo honroso.
Tampouco ajudarão as situações quando sobra muito tempo e não parece haver nada mais a
fazer, exceto entregar-se a tais expressões de afeto. No entanto, pode-se ter muito prazer limpo
com atividades tais como a patinação, jogar tênis ou empenhar-se em outros esportes similares,
tomar uma refeição juntos num restaurante ou visitar um museu ou outro lugar de interesse e
beleza. Embora se usufrua assim a sensação de isolamento, por não estarem perto de conhecidos,
ainda terão a proteção de não estar completamente isolados de outras pessoas.

32 Também, em vez de pensar apenas no que está “perdendo” por se refrear, pense no que está
preparando para o futuro. Daí, em todos os anos futuros, poderá olhar para trás, para o seu
cortejo, não com desagrado ou lástima, mas com prazer e satisfação.

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