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EDUCAÇÃO SEXUAL
Introdução
“Vivemos hoje numa civilização de projectos. Dos projectos individuais, aos projectos de grupo e aos projectos das
organizações; dos projectos profissionais, aos projectos de formação; dos projectos de toda uma vida, aos projectos, mais
prosaicos, para umas férias ou um fim-de-semana - tudo se conjuga para que o projecto se tenha transformado num ritual que
acreditamos ser capaz, só por si, de dar um sentido ao nosso destino.
Com o reforço das autonomias dos actores e das organizações, o projecto veio, muitas vezes, ocupar o lugar das
ideologias totais, cuja decadência ou fim, parece ser uma das características dos tempos de hoje.
Os projectos tornaram-se assim numa espécie de micro-ideologias da acção quotidiana, criando sistemas de crenças
próprios para orientar a tomada de decisão dos actores (individuais ou colectivos), em função de determinados princípios ou
valores.”
A aprovação, em 6 de Agosto, da Lei n.º 60/2009 que estabelece o regime de aplicação da
educação sexual em meio escolar, integrando-a no âmbito da educação para a saúde, remete-nos, uma
vez mais, para a necessidade de recorrer à metodologia do trabalho de projecto para melhor enquadrar
e orientar aquele que é um dos imperativos expressos no Artigo 7.º, o Projecto de Educação Sexual da
Turma. De acordo com o ponto 1, este deverá ser elaborado no ínício do ano lectivo pelo director de
turma, o professor responsável para a saúde e educação sexual, bem como os demais professores
envolvidos na educação sexual no âmbito de uma abordagem transversal.
Queremos salientar que não é nossa intenção “fabricar” mais um projecto. O que nos propomos
fazer é apenas formalizar e dar enquadramento legal àquilo que é a prática corrente de há muitos anos
no nosso Agrupamento de Escolas. A temática da Educação Sexual foi, de acordo com o disposto na
estrutura curricular do ensino básico, sempre trabalhada no âmbito dos conteúdos específicos das
disciplinas de Ciências Naturais e de Ciências da Natureza. Mas porque sempre considerámos que
correspondia a uma necessidade fundamental na formação das nossas crianças e jovens, contribuindo
para a sua formação pessoal, cívica e emocional e proporcionando uma vivência responsável e plena
como pessoa, a temática da Educação Sexual tornou-se de abordagem obrigatória na Área Curricular
Não Disciplinar de Formação Cívica, como se pode verificar no Projecto Curricular do Agrupamento.
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(1) in Dec-Lei n.º 75/2008 de Abril – artº 9º
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Princípios
Princípios Orientadores da Educação Sexual em Meio Escolar
”A
A sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura e intimidade; que se integra no
modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela
influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções e, por isso, influencia também a nossa saúde física e
mental.” , O.M.S. - Organização Mundial de Saúde
De acordo com este documento, o incremento da educação sexual em meio escolar, passava
pela conjugação de quatro
quatro vectores essenciais:
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Foi com base nestas linhas de orientação que se implementaram em muitas escolas do país, ao
longo dos últimos anos, vários projectos de Educação Sexual. Desta prática corrente, feita da
necessidade que os professores e as Escolas sentem, de dar resposta aos anseios e necessidades dos
seus alunos e de contribuir para a criação de projectos de vida baseados no conhecimento, na
responsabilidade...em suma, na civilidade e felicidade das nossas crianças e jovens, surgiu a premente
urgência de legislar sobre o que na realidade já era reconhecido por todos, a urgência de apostar na
qualidade de formação do ser humano.
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Assim, a 6 de Agosto de 2009 é publicada em Diário da República a Lei n.º 60/2009, que
estabelece o regime de aplicação da sexualidade em meio escolar, e em cujo art.º 2.º, declara
constituírem finalidades da Educação Sexual:
Dispõe ainda, no seu Art.º 3.º que, no ensino básico, a educação sexual se integre no âmbito da
educação para a saúde, nas áreas curriculares não disciplinares, sem prejuízo de outras abordagens
transversais possíveis; prevê que no ensino secundário a modalidade abranja tanto as áreas
curriculares disciplinares como não disciplinares.
Compete ao governo, definir as orientações curriculares relativas a cada ciclo de ensino, como
expressa o Art.º 4.º. Dada a inexistência, até ao momento, de qualquer orientação relativa aos
conteúdos curriculares e a premência do trabalho a desenvolver, propõem-se quatro áreas temáticas
que deverão cobrir as esferas do conhecimento/informação, do desenvolvimento de valores e de
competências promotoras da responsabilidade e do bem-estar.
As áreas temáticas apresentadas para cada nível de ensino, devem ser trabalhadas de acordo
com o nível etário e a especificidade de cada grupo e baseiam-se no estudo promovido pelos
Ministérios da Educação e da Saúde e a Associação de Planeamento Familiar.
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Tendo em conta a especificidade das crianças e dos jovens, pretende-se que a sua formação na
área da educação sexual, aumente e consolide os seus conhecimentos e desenvolva atitudes e
competências que os ajude a crescer de forma equilibrada e feliz.
2 .º
.º e 3.º Ciclos
Ciclos do Ensino Básico
Conhecimentos Atitudes Competências
Aumentem e consolidem os Desenvolvam atitudes: • expressar sentimentos e opiniões;
conhecimentos acerca: • de aceitação das mudanças • tomar decisões e aceitar as decisões
• das dimensões anátomo-fisiológica, fisiológicas e emocionais próprias da dos outros;
psico-afectiva e sociocultural da sua idade; • comunicar acerca do tema da
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Relativamente aos 2.º e 3.º Ciclos, terá que ser feita a articulação com o projecto “Parlamento dos Jovens”
que, no presente ano lectivo, incide sobre a temática da Educação Sexual. Dado que a Sessão Distrital decorre
até dia 25 de Janeiro, o projecto de Educação Sexual terá maior incidência no primeiro período, propondo-se o
seguinte calendário:
2.º Ciclo do Ensino Básico
TOTAL 6 Horas
TOTAL 12 Horas
Nas turmas do ensino secundário, como não estão integradas no projecto “O Parlamento dos Jovens”, as
12 (doze) horas porpostas deverão ser distribuídas equitativamente pelos três períodos lectivos.
Tal como a lei também prevê, o Agrupamento de Escolas Dr. João Lúcio terá uma equipa
interdisciplinar de educação para a saúde e educação sexual.
sexual
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A desenvolver entre …….../……../ 2009 e ……./ ……../ 2010 ao longo de ………. Tempos Lectivos.
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Toda a dinâmica da aplicação da educação sexual em meio escolar será coordenada pela
professora Nanci Flores Sousa Brito que para o efeito contará com o apoio de uma equipa
interdisciplinar formada pelos seguintes professores:
Este Projecto pretende ser o pólo aglutinador dos vários Projectos de Educação Sexual de
Turma, constituindo um documento aberto e em auto-regulação constante. Para dar visibilidade às
actividades desenvolvidas, contará com um espaço amplo de divulgação na Plataforma Moodle do
Agrupamento em Projecto de Educação Sexual.
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BIBLIOGRAFIA
VIEIRA, Cândida, Quarenta Actividades para a Formação Física – Guia de recursos para o
Legislação Consultada
LEI N.º 60/2009 de 6 de Agosto – Estabelece o regime de aplicação da educação sexual no meio
escolar.
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