Você está na página 1de 17

Relatórios Ações 

UPDATE - VAREJO E E-COMMERCE -


08.06.2020
08.06.2020
 

Some bitter, some sweet! 

O desempenho das ações de varejo e consumo foi destaque da bolsa no mês de maio
com alta de cerca de 16% puxado principalmente pelas ações com maior exposição ao
comércio eletrônico. Apesar da forte alta no mês, o setor ainda acumula baixa de 20% no
ano, mas supera o desempenho do índice Bovespa no período. A estratégia de ignorar os
fundamentos e “pagar pela derivada do choque” continua, em especial para as empresas
que mostraram maior agilidade na adaptação da estratégia ou que já se encontravam em
estágio avançado de digitalização. Algumas empresas se aproveitaram deste bom
momento de mercado e anunciaram ofertas de follow on caso de Natura Via Varejo e
momento de mercado e anunciaram ofertas de follow-on, caso de Natura, Via Varejo e
Centauro (já concluída).

Mesmo com grande número de lojas e shoppings fechados nos meses de abril e meados
de maio, os brasileiros continuaram comprando, comendo e mantendo sua higiene
pessoal. Apesar da maioria das lojas terem sido fechadas faltando menos de 10 dias para
o encerramento do primeiro trimestre, os resultados das empresas no 1T20 já mostraram
grande impacto na rentabilidade do varejo. O indicador de vendas mesmas lojas (SSS)
vinha positivo para quase todas as empresas até meados de março, mas com o
fechamento abrupto das lojas, encerrou o trimestre no território negativo. Únicas exceções
à tendência, foram as varejistas de alimentos (Pão de Açúcar e Carrefour) bene ciadas
tanto pelo primeiro efeito de estocagem da população como pela manutenção das lojas
em funcionamento. A menor rentabilidade ocorreu porque a velocidade do ajuste na
estrutura de despesas não acompanhou o choque da demanda, até porque uma série de
medidas de exibilização da jornada de trabalho foram adotadas apenas no início do
segundo trimestre. Das 15 empresas acompanhadas pela Eleven, apenas 5 apresentaram
lucro líquido positivo no 1T20, sendo que Centauro e CVC adiaram suas divulgações de
resultados, aproveitando-se da extensão de prazo oferecida pelo órgão regulador, mas o
resultado deverá ser bem abaixo do anteriormente esperado.

Dados setoriais mostram que o momento mais crítico para o setor foi em abril, com leve
recuperação no mês de maio. Segundo dados de vendas da Associação Comercial de São
Paulo (ACSP), as vendas no mês de maio vs abril mostraram aumento de 5% no
sequencial, mas queda de quase 70% na comparação a/a. Adicionalmente, segundo
Ebit|Nielsen as vendas online começaram a perder folego, pela primeira vez desde o início
da pandemia, com recuo de 5% na terceira semana de maio em relação à segunda. Mesmo
com o início da exibilização das medidas de isolamento e reabertura de parte das lojas, a
Fecomercio SP estima queda de 33% nas vendas do varejo para o mês de junho. Ou seja, o
segundo trimestre deverá ser ainda pior para o setor do que foi o primeiro. Diante das
incertezas que estão por vir, todas as empresas optaram por reforçar o caixa e algumas
realizaram captações que em conjunto somaram mais de R$5 bilhões, mas a custos
signi cativamente maiores que anteriormente.

Nossos top picks permanecem inalterados com base nas estratégias O2O e estratégia de
digitalização bem de nidas: BTOW3, LAME4, MGLU3, VVAR3 e CRFB3. Outro ponto que
reforça nossa opção por estas empresas é o posicionamento no respectivo setor de
atuação, com escala e posição de liderança. Seguimos neutros em LREN3, ARZZ3, NTCO3,
HGTX3, CEAB3, CNTO3, VIVA3, MGLU3, VVAR3, BKBR3 e VULC3 e com recomendação de
venda para CVCB3. Com metade do ano e o pior momento da pandemia para trás,
optamos por rolar nossos preços alvos para 2021.

O legado do COVID-19: a transformação digital do varejo

O canal do e-commerce tornou-se protagonista do varejo durante a pandemia. Segundo


dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), desde 23 de março
estrearam no mundo virtual cerca de 107 mil novos lojistas (versus uma média mensal de
10,000 anteriormente). Muitos pequenos e médios varejistas tiveram de se reinventar, mas
os grandes varejistas também foram forçados a acelerar o processo de digitalização e
buscar realizar vendas via sites de marketplaces ou até mesmo via WhatsApp. Não foi só o
j t d di it li d h t id t bé A
varejo que teve de se digitalizar de uma hora para outra, o consumidor também. A
estimativa inicial de novos consumidores online para o ano de 2020 era de 3 milhões de
novos usuários e nos último 60 dias este número alcançou 2 milhões, que testaram pela
primeira vez a compra via comércio eletrônico, elevando as vendas do canal em 40% a/a.
Os varejistas que estavam abertos se estruturaram para aceitar o pagamento as compras
através do auxílio emergencial, que também foi aceito para compras online, bem como
outras formas de pagamentos, tais como link enviado por WhatsApp, carteira digital, entre
outros.

MercadoLivre e B2W lideraram o número de acessos de usuários a sites de e-commerce


no mês de abril, último dado disponível. Agilidade na entrega do produto, facilidade no
meio de pagamento, mas principalmente a oferta de frete grátis foi fundamental para
Magalu, Via Varejo e B2W acelerarem as vendas no mês de maio. Outra iniciativa que tem
ganhado força entre os players de e-commerce é a política de cash back, além do uso de
logística própria. No início de maio a B2W anunciou duas parcerias estratégicas com a BR
Distribuidora visando ampliar sua capilaridade logística e de meio de pagamentos também
envolvendo o universo o ine. O pagamento via aplicativo da Ame digital é agora aceito em
cerca de 8 mil postos da rede BR e 1.300 lojas de conveniência BR Mania. A segunda
iniciativa envolve a integração das lojas de conveniência BR Mania à plataforma de
marketplace da B2W, alavancando as funcionalidades O2O (ship from store & click and
collect), muito parecida com a estratégia da Amazon nos Estados Unidos. Esse acordo
permite a expansão do sortimento em categorias de maior frequência de compra e de
conveniência, além de possibilitar armazenagem de produtos em lockers para a retirada do
cliente, como vemos no mercado americano.

Considerando o forte choque de demanda observado no 2T20 e impacto no nível de


atividade econômica de uma forma mais ampla, o desa o dos varejistas adiante não está
limitado apenas à reabertura ordenada das lojas e implantação de protocolos de
segurança, mas principalmente à retomada da con ança do consumidor e a recuperação
da cadeia de fornecedores que tiveram sua saúde nanceira severamente atingida. O
cenário de retomada mais provável para as vendas no varejo será portanto, de uma
recuperação lenta e gradual e não em V, considerando os gargalos existentes na atual
cadeia de produção e o fato que o acesso ao crédito e/ou auxílio nanceiro não chegou
para muitas empresas que tiveram de paralisar e ou adequar sua produção de uma hora
para outra. Muitas empresas tiveram que acelerar de forma relevante suas iniciativas
digitais numa tentativa de preservar vendas. A maioria das empresas utilizou de política de
descontos e incentivos para atrair de volta e/ou conquistar novos consumidores digitais, o
que poderá se re etir em margens bruta menores nos resultados do 2T20.

Como consequência da pandemia, muitas empresas deram um “salto” na participação do


ecommerce em suas vendas totais, passando de um patamar de menos de 5% em alguns
casos, para mais de 20% já ao nal do 1T20, acelerando entregas programadas para os
próximos anos em poucos meses. O novo normal para o varejo será buscar ampliar o nível
de vendas atual oferecendo facilidades para o consumidor comprar com segurança e de
uma forma descomplicada, mas sem ter que sair de casa.

 
 
 

Notamos uma aceleração nos acessos na base mensal aos sites das varejistas com
estratégias de e-commerce bem de nidas durante a pandemia, mas o destaque em termos
de evolução no número de acesso foi Via Varejo (puxado pelo site Casas Bahia) que
superou o número de acessos da Black Friday 2019 no mês de abril.

Liquidez: Cash is King !

A maioria das empresas em nossa cobertura acessou o mercado após a 4ª feira de cinzas
visando reforçar o caixa diante das incertezas geradas pela pandemia. No agregado, as
empresas levantaram R$5,5 bilhões, com prazos relativamente curtos e a taxas bem mais
caras que o seu o próprio custo médio das dívidas, isso considerando que a taxa Selic se
encontra em patamar bem mais baixo de 3% desde 6 de maio. Poucas empresas não
acessaram o mercado neste período: B2W, Carrefour, Via Varejo e Vivara. No caso
especí co da B2W, a sua controladora, Lojas Americanas realizou uma emissão de R$1
bilhão no período que, caso necessário, poderá ser utilizada para capitalizar a B2W.

Algumas empresas optaram por realizar captação nas duas modalidades: dívida e equity
(FO = follow-on, oferta subsequente), caso da Natura (FO em andamento, target de
captação de R$2 bilhões, sendo cerca de metade a ser subscrita pelo próprio acionista
controlador. O FO deve ser concluído até 10 de junho) e da Centauro (R$900 milhões, FO
concluído com sucesso em 04/06). Mas, apenas Via Varejo irá se capitalizar somente via
equity (valor do FO estimado entre R$3 e R$4 bilhões a ser concluído em 15 de junho).

 
 

Valuation

Diante do atual cenário de grandes incertezas, e principalmente, dado o alto impacto que
muitas das empresas varejistas irão sofrer no 2T20 e 2S20, o setor de varejo, que em
janeiro negociava à uma mediana de múltiplo EV/EBITDA 2020 de ~18x, está atualmente
negociando em ~18x EV/EBITDA para 2020. Para 2021, o mercado parece já ter
preci cado a derivada do choque e o múltiplo de EV/EBITDA está em ~13x.

Considerando um cenário de alta volatilidade, porém com um forte componente de uxo


para bolsa em função do patamar da taxa de juro a despeito da grande incerteza do
cenário macroeconômico e extensão do impacto da pandemia no comportamento dos
consumidores, optamos pela utilização da metodologia de múltiplos para determinação
dos preços alvos. Validamos a análise de múltiplos com outros parâmetros como EV/GMV
no caso das companhias com maior exposição ao e-commerce, caso da BTOW3, MGLU3 e
VVAR3, e o próprio DCF. Apresentamos o resumo das recomendações e os preços-alvo
para 2021 abaixo:

 
 

Recap 1T20 e Update do 2T20 (ordem alfabética)

Arezzo & Co (ARZZ3):  NEUTRO 

O Resultado do 1T20 foi satisfatório e contou com um crédito scal de cerca de R$30
milhões. Agilidade no ajuste da produção, suporte à rede de franqueados, reforço do caixa
e soluções criativas na comunicação e venda dos produtos foram essenciais para garantir
a rentabilidade do negócio.

O fechamento das lojas na última quinzena de março comprometeu o lançamento de


coleções e o faturamento dos pedidos aos franqueados impactando o desempenho das
marcas como um todo, mas especialmente o canal de franquias (cerca de metade das
vendas da Arezzo&Co é realizada através de franquias). A companhia adotou uma série de
medidas para dar folego aos franqueados incluindo maior prazo para pagamento dos
royalties e apoio nanceiro. O efeito covid-19 nas vendas na operação Brasil foi estimada
em R$63 milhões e na operação dos EUA em cerca de R$13 milhões no EBITDA no
trimestre. Outro fator que impediu maior queda na rentabilidade foi a incorporação da
marca Vans no resultado do trimestre, que incrementou o faturamento em cerca de R$50
milhões.

As vendas via canal web commerce seguem em ritmo acelerado nos meses de abril e maio
e já superam com folga o total de vendas realizado neste canal no 1T20 (R$86 milhões em
abril e maio vs R$66 milhões no 1T20). O bom desempenho das vendas online re ete o
avanço da estratégia omnicanal com aumento de participação de iniciativas digitais como
prateleira in nita, venda link e entrega a partir das lojas. Esta mudança de mix de canal é
positiva para a rentabilidade do negócio, pois no relativo à margem do web commerce é
maior que a margem da franquia
maior que a margem da franquia.

Cerca de 25% das lojas já foram reabertas até o nal de maio, porém o desempenho
destas lojas está 50%, comparado com o período pré-pandemia. Ajustes adicionais no
ciclo de criação e lançamento das coleções, assim como ampliação das ferramentas

digitais e adaptação da comunicação com os clientes serão fundamentais para estimular


as vendas de calçados e acessórios daqui em diante.

B2W (BTOW3):  COMPRA 

O investimento intensivo em dados, analytics e algoritmos visando melhorar a jornada de


compra do consumidor fez com que a empresa estivesse bem preparada para testar
limites e performar bem durante a pandemia. A estratégia comercial também incluiu
reforço de estoque ao longo trimestre. A companhia se bene ciou dos 40 milhões de
clientes ativos e de sua posição de liderança no varejo online brasileiro, além da integração
com Lojas Americanas, um dos maiores varejistas do país, para alavancar vendas durante
a pandemia. O crescimento de vendas no 1T20 foi de 27,3% a/a no GMV, totalizando R$ 4,6
bilhões, impulsionado pelo aumento no número de transações (+35% a/a). No mês de abril,
o número de pedidos apresentou nova aceleração com crescimento de 83% e mais de 20
mil novos sellers foram cadastrados em sua plataforma de marketplace.

Lojas Americanas foi o maior seller do marketplace em número de itens vendidos e volume
de vendas no 1T20 com a aceleração de iniciativas O2O, com oferta da opção ship from
store disponível em 100% das Lojas Americanas (que representou 25% das vendas O2O em
março) melhorando o tempo de entrega até o consumidor e entrega realizada pela Ame
Flash com 17mil entregadores conectados para atender o last mile.

As iniciativas implementadas ao longo do 1T20 incluem: 1) aumento de 15% no sortimento


da LASA as seller, 2) campanha “Compre e Receba Hoje”, com destaque na página
principal do site para itens disponíveis para comprar e receber no mesmo dia, disponível
para lojas físicas da Americanas como para outros sellers, com entrega em mais de 500
cidades, 3) programa de apoio ao comércio local para dar suporte aos micro e pequenos
sellers (aumentando a exposição e venda de seus produtos e intensi cando a concessão
de crédito por meio da ferramenta Crédito Seller, exibilizando e antecipando repasse de
vendas aos sellers), além de 4) programa “Venda com a gente”, que acelera a entrada de
novos sellers de produtos essenciais e de pequenos empreendedores que estão com suas
lojas físicas fechadas.

BK Brasil (BKBR3):  NEUTRO 

Com o fechamento de cerca de 65% de seus restaurantes, a Companhia obteve pouca


alavancagem operacional e consequentemente a pressão nas margens explicou o elevado
prejuízo no 1T20, numa sequência de resultados abaixo do esperado uma vez que o 4T19
já tinha sido bastante difícil.

A Companhia já vinha implementando ajustes promocionais, visando melhorar a proposta


de valor para seus clientes, antes mesmo do início da pandemia, tais como a volta do
Whopper à plataforma “King em Dobro”; além da entrada em dois aplicativos relevantes -
Rappi e iFood. Adicionalmente a Companhia complementou sua presença nos
marketplaces de alimentação e ampliou signi cativamente as suas iniciativas digitais, com
aumento da oferta de Delivery em novas geogra as e vendas via totens. O resultado foi um
aumento de mais de 300% nas vendas por meios digitais nos meses de Abril e Maio vs.
Igual período do ano anterior. Além disso, o número de downloads do seu próprio aplicativo
superou 23 milhões de downloads, indicando um maior engajamento de seus
superou 23 milhões de downloads, indicando um maior engajamento de seus
consumidores.

Promoções realizadas nos novos agregadores, e a redução de vendas de combos com


bebidas e sobremesas (re exo do momento de isolamento social), também impactou
negativamente a margem bruta, contribuindo para a pressão observada no trimestre.
Acreditamos que parte destes efeitos devem prosseguir no 2T20, uma vez que o delivery e
o drive-thru ganham participação nas vendas, reduzindo a presença de bebidas nos
pedidos. A Companhia adotou diversas iniciativas de redução de despesas, como a
adoção das MP’s e renegociação de aluguéis, entretanto, tais medidas só devem ter efeito
a partir do 2T20.

Cerca de 37% das lojas já foram reabertas até o nal de maio, com um desempenho
crescente desde o início do período, mas ainda em patamares bem inferiores aos de
2019.

Carrefour Brasil (CRFB3):  COMPRA 

Apesar de um sólido desempenho de vendas no trimestre, bene ciado pelo efeito


abastecimento em função da pandemia, o resultado consolidado do Grupo Carrefour Brasil
foi impactado pelo forte aumento da carga de risco e da CSLL no Banco Carrefour no
1T20. O Grupo Carrefour Brasil mostrou boa capacidade de execução e manutenção do
seu plano de expansão com abertura de 4 novas lojas Atacadão e um Carrefour Express no
1T20.

Nas duas últimas semanas de março, período no qual teve início a recomendação de
isolamento social no país, as vendas aceleraram e apresentaram uma evolução no critério
vendas mesmas lojas (LfL) que contribuiu com 2p.p nas vendas no 1T20. Este bom
desempenho de vendas segue no 2T20.

O forte desempenho de vendas foi pautado por decisões estratégicas importantes entre as
quais destacamos: (i) redistribuição dos SKUs de acordo com a demanda, (ii) negociação
com fornecedores visando a garantia de fornecimento de produtos mais sensíveis e
prioritários, (iii) mapeamento de ruptura nas lojas e CDs e (iv) adoção de medidas ainda
mais exigentes de  higiene e segurança alimentar. Adicionalmente o Grupo optou por
congelar 200 itens de marca própria até o nal de junho, pelo menos.

A companhia apresentou menor rentabilidade no 1T20 re exo de maior investimento em


preços, menor contribuição das receitas de galerias nos hipermercados e aumento da
participação do e-commerce no formato Carrefour para 10% das vendas bene ciado pela
necessidade de isolamento social.

Suas lojas permaneceram abertas durante todo o período da pandemia, mas dado o
aumento de uxo foi necessário contratação de mais pessoas para ajudar a manter o bom
abastecimento das lojas e aumento do volume de mercadorias na operação o que coloca
um pouco de pressão nas margens operacionais no curto prazo Posição de liderança no
varejo brasileiro e a expectativa de aprovação do CADE a aquisição das 30 lojas da Makro
suportam a tendência positiva para top line no curto prazo que pode compensar a
contribuição menor do Banco Carrefour para os resultados consolidados.

Centauro (CNTO3):  NEUTRO 


Em fato relevante (FR) divulgado em 26 de maio, a Centauro informou sua decisão de
realizar uma oferta de aumento de capital (Follow-on) mesmo diante do cenário de
pandemia. Segundo informações que constam no FR, a destinação dos recursos será o
nanciamento de aquisições recentes ou futuras visando suportar a estratégia de
crescimento da Companhia, bem como para reforço de capital de giro. Em fevereiro a
Companhia anunciou um acordo estratégico com a Nike, através da qual assumiu as
operações de distribuição, e-commerce e varejo, por um valor estimado à época de R$ 900
milhões; sendo que parte deste valor será pago através de linhas de crédito já contratadas
com Bancos. Provavelmente a companhia deve rediscutir os termos do acordo com a Nike
dado a mudança de cenário e a desvalorização do Real desde o fechamento da operação.

Pouco mais de um ano após seu IPO, Centauro retornou ao mercado com a primeira oferta
de FO entre os varejistas, preci cada a R$30,00 no dia 04/06. A oferta contou com
emissão de 30 milhões de ações, totalizando R$900 milhões.

Suas lojas estão localizadas em shoppings, que foram fortemente impactados pelo
movimento de isolamento social. Como forma de mitigar tais efeitos, a Companhia
fortaleceu asiniciativas online (representam cerca de 12% das vendas totais) com
aceleração de projetos digitais como o Drive-thru em shoppings e venda via WhatsApp
pelos gerentes de lojas.

Cerca de 30% de suas lojas estavam reabertas ao nal de maio com desempenho cerca
de 70% do período pré-pandemia, mas algumas lojas reabertas recentemente estão
apresentando crescimento de vendas acima do esperado.

C&A (CEAB3):  NEUTRO 

Os resultados da C&A no 1T20 trouxeram algumas surpresas positivas, como uma


expansão da margem bruta e EBITDA ainda no campo positivo, re exo de uma receita
adicional não recorrente da ordem de R$20 milhões referente a operação nanceira em
parceria com a Bradescard com venda de parte da carteira de recebíveis. Entretanto, como
nas demais varejistas, o fechamento de lojas impactou signi cativamente o desempenho
de vendas o que resultou em prejuízo no período.

Desde o momento do fechamento das lojas, foram implementadas inciativas como o Drive-
thru, bem como ampliação da operação do ship-from-store (SFS) para pouco mais de 100
lojas ao nal de maio, de modo a recuperar perda de vendas. A expectativa para nal de
2020 é de 150 lojas operando no SFS.

Cerca de 27% das lojas já foram reabertas até o nal de maio, porém o desempenho
destas lojas está cerca de 70% quando comparado com o período pré-pandemia.

Cia Hering (HGTX3):  NEUTRO 

Assim como outras varejistas que tiveram suas lojas fechadas pelo momento de
pandemia, o fechamento das lojas impactou de forma relevante o desempenho do 1T20.
Apesar da adoção de iniciativas digitais adotadas, a companhia ainda possui baixa
participação do canal webstore nas vendas totais, de menos de 5% ao nal de 2019.

A companhia ofereceu apoio a sua rede de franqueados e clientes multimarcas que juntos
respondem por cerca de 75% do faturamento, através de orientações sobre adoção das
medidas de exibilização da jornada de trabalho, renegociação de contratos de aluguel e
outras obrigações, maior prazo para pagamento e suspensão de novos pedidos no período
em que as lojas estiverem fechadas, assim como acesso a linhas de crédito incentivadas.
D l d d d i d d ã ã d l j ó i j t i l i j t d
Do lado da cadeia de produção e operação das lojas próprias o ajuste incluiu o ajuste de
coleções, compra de matéria primas e produtos acabados, além de ampla renegociação de
contratos e ajuste na sua estrutura de custo e despesas. Todavia, os efeitos de diversas

iniciativas, tais como redução dos salários e postergação de despesas só serão mais
visíveis no resultado do 2T20, que terá impacto simultâneo da retração exponencial da
demanda.

No que diz respeito aos canais de distribuição, o segmento de franquias foi o mais afetado
em função de cancelamento de pedidos, do fechamento das lojas e no abastecimento da
coleção de inverno que deixou de ser faturada no período, com redução de quase 39% nas
vendas. Outro canal bastante afetado pela pandemia foi o canal multimarcas, cujas vendas
foram 24% menores a/a no 1T20. As vendas da webstore aumentaram cerca de 43% a/a
no 1T20, ganhando mais folego no segundo trimestre com evolução superior a 100%.

Ao nal de maio, cerca de 30% das lojas já tinham sido reabertas assim como as fabricas
e o seu principal centro de distribuição em Goiás. A produtividade das lojas reabertas
estava em cerca de 60% quando comparada ao período pré-pandemia.

CVC (CVCB3):  VENDA 

Atropelada pela escalada do COVID-19 e investigação em curso sobre irregularidade


contábil, a Companhia ganhou mais prazo após prorrogação da CVM do prazo de
divulgação dos resultados. A data para divulgação ainda não foi con rmada, todavia.

Embora a investigação ainda não tenha sido concluída, a Companhia optou por divulgar os
dados preliminares, não auditados referentes ao desempenho do 4T19 e ano de 2019. No
ano de 2019, as reservas totais somaram R$ 17,2 bilhões no ano, avançando 8,8% vs. 2018
proforma. Por outro lado, a receita líquida totalizou R$ 1,661 bilhão, em decorrência de
uma maior pressão no take-rate do período, impactado pelo m das operações da Avianca,
redução na oferta de assentos e ambiente competitivo mais acirrado. Destacamos a queda
signi cativa de 2,1pp na margem EBITDA ajustado do período em função dos ajustes
decorrentes das investigações, que reduzem de forma signi cativa a receita em ambos os
anos sem contrapartida nas linhas de despesa, o que se traduz em menor rentabilidade.

Tanto o 1T20 quanto o 2T20 devem ser altamente impactados pelas restrições de viagens
de lazer tanto nacionais quanto internacionais, com receita estimada em patamar muito
baixo. Observando os dados da Despegar referentes ao primeiro trimestre, notamos uma
queda de 18% em reservas (moeda constante) no Brasil e pressão da ordem de 190 bps no
take-rate. Para a CVC esperamos um impacto ainda maior, dado sua forte dependência de
canais físicos.

Adicionalmente,deve levar no mínimo dois anos para o nível de reservas voltar ao patamar
de 2019, ou seja período anterior a pandemia, pois ainda devemos observar diversas
restrições para viagens internacionais, e mesmo dentro do país, com uma menor
disponibilidade de renda decorrentes da retração econômica, e cambio ainda em
patamardesfavorável para viagens internacionais, em especial em destinos turísticos que
foram considerado alto foco de contágio durante a pandemia, tais como Itália, França e
EUA. Como re exo da pandemia estimamos o fechamento e um ajuste natural do número
de franqueados, pois muitos não devem reabrir as portas após o relaxamento do
isolamento social.

Lojas Americanas (LAME4):  COMPRA 


j ( )

Lojas Americanas reportou um resultado sólido no 1T20, uma das poucas exceções em
nossa cobertura que apesar do impacto do isolamento social conseguiu reportar aumento
nas vendas (+4%) e SSS ainda positivo (+2,0%), mesmo com fechamento de cerca de 20%

de suas lojas de shopping. As iniciativas O2O contribuíram de forma bastante relevante


para garantir o bom desempenho do 1T20.

O bom resultado nas lojas de rua foi impulsionado por (i)agilidade no reposicionamento do
sortimento, para atender as novas demandas dos consumidores, com foco em itens de
necessidade básica; (ii) aceleração das iniciativas O2O (online to o ine), sendo que
durante o mês de março passou a contar com 100% de suas lojas aptas a operar o ship-
from-store, modalidade que respondeu por 10% das vendas totais de lojas; (iii) canal de
vendas por WhatsApp, que permitia ao cliente adquirir produtos das lojas mais próxima de
sua residência, com entrega no mesmo dia; e (iv) implantação de operação de drive-thru
em 1.330 lojas, permitindo que clientes zessem suas compras em segurança sem sair
dos seus carros. Importante ressaltar que estas iniciativas também auxiliaram com que a
Páscoa, importante evento sazonal, pudesse apresentar um sólido desempenho, mesmo
diante das várias medidas de distanciamento social implantadas menos de um mês antes
da comemoração da data. A performance apresentada no atual momento demonstra a
solidez nas estratégias da Companhia e rápida adaptabilidade de acordo com as
mudanças de comportamento do consumidor.

Até o momento conta com cerca de 70% das lojas abertas, mas em uma visão
consolidada, a Companhia enxerga apenas uma leve retração de receita das lojas físicas
se comparado ao mesmo período de 2019.

Lojas Renner (LREN3):  NEUTRO 

Renner foi a primeira varejista entre as empresas listadas de vestuário a divulgar os


resultados do 1T20, que foram fracos e bem impactados pelo efeito do isolamento social.
A Companhia foi bem rápida em fechar suas lojas assim que os sinais da pandemia se
agravaram o que impactou de maneira adversa seu resultado trimestral apesar do efeito
concentrado nas duas últimas semanas do mês de março. Todavia, optou por preservar os
empregos e utilizou da exibilização proporcionada pelas MPs 927 e 936, com redução de
salários de 25% para todos administradores e colaboradores. Adotou também medidas
rigorosas para revisão de custos, despesas, capex e uxo de caixa diante do novo cenário.

Diante do cenário, a companhia acelerou suas iniciativas digitais, antecipou seu roadmap
de projetos estruturantes com foco no omnicanal com ampliação da opção de “ship from
store”, venda pelo WhatsApp e retirada via drive thru nas lojas recém-abertas. A estratégia
resultou em crescimento expressivo da base de novos clientes e as vendas via e-
commerce foram +33% a/a. Adicionalmente, ajustou seu mix de vendas para o momento
atual e ampliou os investimentos em conteúdo das marcas.

A despeito dos esforços de comunicação para os portadores dos carnês e cartões Renner,
da oferta de uma série de facilidades e formas de pagamentos, o resultado dos produtos
nanceiros caiu cerca de 80% em função de aumento de 175% nas perdas líquidas e
aumento do índice de cobertura da carteira para 17,3% no 1T20 de 12,2% no 1T19. A
inadimplência da carteira total foi de 6,2% no 1T20 mais que o dobro em relação a igual
período no ano anterior, com forte aumento na inadimplência do cartão Renner como do
produto de cartão de credito – Meu cartão.

Em 24 de abril deu início ao processo de reabertura de suas lojas, em grande maioria


Em 24 de abril deu início ao processo de reabertura de suas lojas, em grande maioria
localizadas em shoppings e conta com cerca de 30% de suas lojas reabertas, com um
despenho variando de acordo com as diferentes cidades, mas ainda inferior à 70% de um
período normal.

Magazine Luiza (MGLU3):  COMPRA 

Assim como Via Varejo, Magalu acelerou seus projetos de omnicanalidade no segundo
trimestre no esforço de compensar impacto nas vendas da maioria das lojas fechadas. O
ecossistema Magalu continuou ganhando participação de mercado, principalmente no
ecommerce onde o crescimento de vendas foi 3x superior à evolução do mercado no
mesmo período. Ao nal de março lançou a categoria Mercado com parceiros 3P (mini-
mundos com parceria de grandes marcas de consumo do país) e acelerou a opção de
entrega de produtos a partir de suas lojas, mesmo fechadas, utilizando as mesmas como
“Dark stores” para entrega rápida de itens de Mercado #temnomagalu. Ao nal de abril deu
início a reabertura de algumas lojas onde as restrições de isolamento social tinham sido
exibilizadas, atendendo a todas medidas de segurança estabelecidas. Mais de 20.000
pequenos varejistas se cadastraram na plataforma Parceiro Magalu ao nal do trimestre.

A companhia nalizou a implantação de seu serviço de pagamentos – Magalu


Pagamentos, que alcançou o patamar de R$500 milhões em volume de pagamentos em
pouquíssimo tempo. A companhia deu entrada recentemente no Banco Central seu pedido
para se tornar uma instituição de pagamentos com objetivo de ampliar sua oferta de
produtos e serviços nanceiros dentro de seu ecossistema.

Com elevado investimento para melhorar o nível de serviço nas vendas realizadas via site
(25% dos pedidos entregues em até 24 horas ao nal de maio) combinado com efeito
Covid nas vendas das lojas físicas, Magalu reportou redução nas margens operacionais e
pequeno prejuízo no 1T20 que foi divulgado no nal de maio.

Até o nal de maio a Companhia contava com 40% de suas lojas abertas, com um
desempenho de cerca de ~45% vs o mesmo período de 2019. A companhia desenvolveu
seu próprio “Score de risco” através de dados coletados e interpretados pelo Luizalabs,
detalhando risco por município, dando suporte de tomadas de decisões para proteger à
saúde de seus colaboradores e garantir a segurança dos clientes na reabertura das lojas.

Via Varejo (VVAR3):  COMPRA 

Em fato relevante divulgado em 04 de junho a Via Varejo anunciou oferta de Follow-on que
pode alcançar até R$4 bilhões em novos recursos destinado para investimentos em
tecnologia, logística, inovação e desenvolvimento principalmente da estratégia O2O (online
to o ine), assim como reforço de capital de giro e otimização da estrutura de capital atual.
O mercado reagiu positivamente à agilidade que a companhia demonstrou em lidar com a
adversidade imposta pela pandemia. Com a maioria das suas lojas fechadas, a companhia
redirecionou seus esforços de venda para o canal online que respondeu por cerca de 30%
das vendas no 1T20. No mês de maio as ações apresentaram o melhor desempenho entre
as ações de varejo listadas, com alta de 35%. No ano de 2020, a valorização é de 11%. O
período de subscrição para os investidores que já são acionistas começou dia 03 de junho
e vai até 10/06. A preci cação da oferta será de nida via bookbuilding no dia 15/06.

O ganho de market share nos últimos meses tem sido impressionante. O crescimento de
usuários ativos (MAU) no seu aplicativo foi exponencial: de 1,5 milhão de usuários em
junho/2019 para 11 milhões em abril/20. A boa execução tem sido fundamental para a
entrega de bons resultados desde o início do processo de turnaround no 3T19 e que vem
entrega de bons resultados desde o início do processo de turnaround no 3T19 e que vem
surpreendendo positivamente o mercado. Outra opção que parece ainda não estar
preci cada na tese de investimento é o desenvolvimento da sua operação de banco digital
e meio de pagamentos através do Banqi, cujo controle foi adquirido recentemente. Ao nal

do 1T20 o Banqi já estava presente em metade das lojas da Via e o número de contas
abertas está crescendo de forma exponencial, assim como o pagamento de boletos via o
aplicativo, com mais de 1 milhão de downloads no período.

Em abril, a Companhia contava com cerca de 26% de suas lojas abertas até nal de maio
e em uma visão consolidada, incluindo o e-commerce a Companhia estava registrando
~80% de ser orçamento para o período.

Vivara (VIVA3):  NEUTRO 

Durante os meses de janeiro e fevereiro, a Vivara vinha com um crescimento de SSS de


6,8%, porém o fechamento de suas lojas à partir do dia 20/03 fez com que o número
virasse negativo em -7%. Como destaque positivo, investimentos realizados nas frentes de
omnicanaliade e em sua operação de e- commerce permitiram que as vendas pela internet
acelerassem no período.

O lucro bruto retraiu 8%, atingindo R$ 137 milhões, com pressão de margem bruta de
-1,1pp, decorrente de um aumento na estrutura da fábrica, visando o crescimento de longo
prazo. O EBITDA ajustado excluindo efeito IFRS16 apresentou queda mais signi cativa, de
-23,7% com margem EBITDA de 14,4% (-3,3 pp a/a), em decorrência principalmente da
menor alavancagem operacional, uma vez que várias das medidas de redução de
despesas não se re etiram ainda no 1T20. Além disso, despesas Gerais e Administrativas
apresentaram uma maior expansão em decorrência da implementação de estruturas de
governança corporativa, entre outras despesas pós IPO e que visam executar as
estratégias de longo prazo.

Companhia divulgou alguns números de desempenho dos meses de abril e maio, onde o e-
commerce acelerou e apresentou um crescimento de 3x, atingindo R$ 24,8 milhões em
abril; e superou 6x em maio, evitando um impacto maior no choque de vendas dado a data
comemorativa de dia das mães, o principal evento de calendário do 1º semestre para a
Vivara.

Consideramos que os resultados da Companhia re etem sua boa capacidade de


execução. Entretanto, consideramos que as perspectivas futuras quanto à economia
brasileira trazem diversas incertezas que podem afetar negativamente o consumo
discricionário, principalmente de joias, dado o ticket médio mais elevado e a dependência
de eventos calendário para impulsionar vendas. Em função disso, mantemos
recomendação Neutra no momento.

Atualmente a Companhia conta com pouco menos de 20% de suas lojas abertas, pois
possui alta exposição à shoppings, sendo que as lojas que estão em operação estão
apresentando um desempenho de cerca de 50% do que foi registrado no período pré-
pandemia de 2019.

Vulcabras (VULC3):  NEUTRO 

A Companhia, que depende diretamente das vendas do varejo para dar vazão à sua
produção sofreu fortemente os efeitos das medidas de isolamento social decorrentes da
crise do Covid19. Sua principal fábrica no Ceará foi fechada no nal de março e
permaneceu fechada até o nal de maio, dado restrição do governo local com medida
mais restrita de isolamento social. Este fator afetou diretamente a entrega de produtos
faturados, bem como a produção de novos calçados/ peças.

A companhia ainda não divulgou os resultados referente ao 1T20, mas esperamos um


impacto signi cativo em vendas no período; com um cenário ainda mais difícil no 2T20,
visto que na maior parte do trimestre suas atividades encontravam-se paralisadas.
Adicionalmente, com uma grande parcela do varejo de calçados e vestuário fechado,
muitos varejistas de menor porte tendem a car com estoque que precisarão ser escoados
antes que sejam realizados novos pedidos.

Ainda que tenha adotado medidas como o uso de férias coletivas e também das
prerrogativas da MP 936, com suspensão de contratos de trabalho, a alta desalavancagem
operacional, e também considerando o início da vigência da MP vs o fechamento da
fábrica, devem trazer uma forte pressão nas margens da Companhia, de modo que
esperamos uma queda no EBITDA do 1T20 e um valor potencialmente negativo no 2T20.
Ainda que as perspectivas de curto e médio prazo não sejam positivas; devemos ressaltar
que a Companhia é líder no segmento de calçados esportivos com a marca Olympikus,
cujos produtos são fabricados no Brasil, e considerando a forte desvalorização do Real no
ano, aliado a um cenário de recessão econômica, pode se tornar uma alternativa ainda
mais atraente a uma parcela ainda maior da população brasileira, que irá buscar produtos
de preços mais baixos que as marcas internacionais (i.e Nike, Asics que embora
produzidos no Brasil possuem uma referência de preço em dólares) maior custo benefício;
onde estes produtos tendem a ser mais atrativos. A despeito deste fator, seguimos com
nossa recomendação Neutra, pois além dos desa os de curto e médio prazo, ainda
gostaríamos de ver os próximos passos da operação DTC (direct-to-consumer) na forma
do e-commerce, que foi iniciada com o e-commerce da Under Armour, e recentemente
expandido para Azaleia e Olympikus. Em nossa visão, caso esta frente evolua de forma
signi cativa nos próximos anos, poderemos observar uma melhora considerável de
margens, que poderia destravar um valor adicional ao papel.Ao nal de maio a companhia
não possuía loja aberta.

Daniela Bretthauer,  Co-Head de Equities

Eric Huang,  Analista

 
 

 
 

DISCLAIMER

Este documento foi elaborado e distribuído pela Eleven Financial Research


unicamente para uso da INSIDE CONTEÚDOS DIGITAIS LTDA., e tem como objetivo
somente informar os investidores, não constituindo oferta de compra ou de venda
de nenhum título ou valor mobiliário contido neste relatório. As decisões de
investimentos e estratégias financeiras devem ser realizadas pelo próprio leitor.
Nossos analistas elaboraram o presente relatório de forma independente, e o
conteúdo do mesmo não pode ser copiado, reproduzido ou distribuído, no todo ou em
parte, a terceiros, sem prévia e expressa autorização. Todas as informações
utilizadas neste documento foram redigidas com base em informações públicas, de
fontes consideradas fidedignas. Embora tenham sido tomadas todas as medidas
razoáveis para assegurar que as informações aqui contidas não são incertas ou
equívocas no momento de sua publicação, a Eleven Financial e os seus analistas
não respondem pela veracidade das informações do conteúdo. Conforme o artigo 20,
parágrafo único da ICVM 598/2018, o analista Daniela Bretthauer declara -se
inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório
de análise. De acordo com a exigência regulatória do artigo 21 previsto na ICVM
598, de 18 de abril de 2018, o analista de valores mobiliários, responsável
principal por este relatório, declara: (i) que as recomendações contidas neste
relatório refletem única e exclusivamente sua opinião pessoal sobre a companhia
analisada e seus valores mobiliários e foram elaborados de forma independente e
autônoma. (ii) que as informações, opiniões, estimativas e projeções contidas
neste documento referem -se à data presente e estão sujeitas às mudanças, não
implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de
atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Para maiores informações, pode
-se ler a Instrução CVM 598, de 2018, e também o Código de Conduta da Apimec para
o Analista de Valores Mobiliários. Este relatório é destinado exclusivamente ao
assinante da Eleven que o contratou. A sua reprodução ou distribuição não
autorizada, sob qualquer forma, no todo ou em parte, implicará em sanções cíveis
e criminais cabíveis, incluindo a obrigação de reparação de todas as perdas e
danos causados, nos termos da Lei nº 9.610/98 e de outras aplicáveis.

© Copyright 2020.
Termos de Uso Política de Privacidade falecom@insideapp.com.br @app.inside | Aviso Legal |
Perguntas Frequentes
Plataforma: Netshow.me OTT

Você também pode gostar