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INTRODUÇÃO
Promover a aprendizagem no aluno é o objetivo principal do professor. Para atingir este objetivo não
basta ao professor dar uma boa aula, trabalhar bem os conteúdos, ele deve ter bem claro as
concepções teóricas que fundamentam a sua prática.
Segundo Grigoli (1990), o professor, via de regra, vai intuitivamente e empiricamente construindo a
sua própria didática calcada nos modelos que conheceu como aluno e no bom senso que ajuda a
filtrar os procedimentos que "funcionam". Desse processo resulta, com o passar do tempo, um "jeito"
de organizar e conduzir o ensino que, geralmente não chega a ser tomado com reflexão nem pelo
professor individualmente e, menos ainda, pelo conjunto de professores que lecionam um dado curso.
Aprendizagem é o processo pelo qual o ser humano se apropria do conhecimento produzido pela
sociedade. Em qualquer ambiente, a aprendizagem é um processo ativo que conduz a transformações
no homem.
O meu objetivo deste texto é discutir a construção do conhecimento à luz das diversas teorias sobre a
aprendizagem, tentando fazer um contraponto entre elas, e abordar os recursos disponíveis na
Internet que podem auxiliar o professor no processo de ensino-aprendizagem.
2. Teorias da Aprendizagem
Na Idade Moderna, René Descartes colocou em dúvida o pensamento de Aristóteles, questionou até
que ponto conhecíamos a verdade. Para ele, os homens se baseavam em opiniões, mas estavam
longe de ter certezas. A partir desta época surge o movimento filosófico chamado Empirismo: "só é
verdadeiro aquilo que é demonstrável" (Franco, 1986).
A preocupação com a natureza do conhecimento humano aparece na obra de Emmanuel Kant (1781)
que surge como uma teoria do conhecimento. Para ele o conhecimento humano é relativo ao próprio
homem. "Não conhecemos as coisas em si, mas a imagem que produzimos das mesmas" .
A partir do século XIX e início do século XX, ainda com a permanência das teorias empiristas e
aprioristas surgem novas correntes, como a do Positivismo de Augusto Comte, o qual afirma que só se
pode ter como verdadeiro aquilo que apreendemos pelos nossos sentidos e que pode ser mensurado.
E o construtivismo de Piaget surge como o contra-ponto entre as teorias existentes.
Procurarei tratar o assunto do ponto de vista de sua epistemologia, tendo como referência as idéias de
Piaget contrapondo as duas grandes correntes: empirismo e apriorismo.
2.1. Empirismo
O desenvolvimento do empirismo ocorreu na Inglaterra, principalmente nos séculos XVII e XVIII, com
John Locke (1632-1704). Para Locke, o homem não pode atingir a verdade definitiva, pois tem nos
fatos, e não nele, a fonte principal para tal explicação. Refuta a idéia das teorias inatas e com isso
destaca a importância da educação e da instrução na formação do homem.
Piaget faz objeção à teoria empirista que "tende a considerar a experiência como algo que se impõe
por si mesmo, como se fosse impressa diretamente no organismo sem que uma atividade do sujeito
fosse necessária à sua constituição." (Becker, 1998, p.12 ) Mas Piaget concorda com o empirismo no
fato de afirmar que o conhecimento vem da experiência. "Sem o contato com o mundo externo não há
como produzir conhecimento".
A teoria do condicionamento reflexo surge com Pavlov (1849-1939), fisiólogo russo, que desenvolveu
experiências com cachorros investigando os comportamentos reflexos originados por estímulos. Ele
analisou o processo de salivação produzido por um estímulo, inicialmente neutro. A salivação,
resposta condicionada, era provocada no animal após o toque de uma campainha à qual seguia-se
imediatamente uma porção de carne. Depois de algum tempo em que o estímulo (pedaço de carne) foi
retirado, a campainha torna-se capaz de eliciar a resposta de salivação.
A pedagogia para os empiristas é diretiva. O aluno aprende, se e somente se, o professor ensina. O
professor acredita no mito da transferência do conhecimento. O professor possui o saber e detém o
poder estabelecido por hierarquia: "O professor ainda é um ser superior que ensina a ignorantes. O
educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador" ( Freire,
1985, p. 38).
2.2. Apriorismo
A epistemologia apriorista opõe-se ao empirismo por considerar que o indivíduo, ao nascer, traz
consigo, já determinadas, as condições do conhecimento e da aprendizagem que se manifestarão ou
imediatamente (inatismo) ou progressivamente pelo processo geral de maturação. Toda a atividade de
conhecimento é exclusiva do sujeito, o meio não participa dela.
Dentro do apriorismo surge a teoria da forma ou da Gestalt: o conhecimento se produz porque existe
no ser humano uma capacidade interna inata que predispõe o sujeito ao conhecimento; há uma super
valorização da percepção como função básica para o conhecimento da realidade. Chega a confundir
percepção com cognição (Hilgard,1973). A teoria da Gestalt, conhecida como a da aprendizagem por
"insight", veio questionar o associacionismo americano, principalmente com as obras de Koffka (1924)
e K‚hler (1925).
Os teóricos da Gestalt falam em traços de memória, que são efeitos que as experiências deixam no
sistema nervoso. Estes traços de memória formam totalidades isoladas chamadas de gestalts.
Aprender não é uma questão de adicionar traços novos e subtrair os antigos, mas uma questão de
transformar uma gestalt em outra. A gestalt concebe os processos psicológicos como função do
campo presente e nega o papel explicativo às experiências passadas nas situações que seguem umas
as outras.
O professor é um auxiliar do aluno, um facilitador. O aluno já é um saber que ele precisa, apenas,
trazer à consciência, organizar, ou ainda, rechear de conteúdo. O professor deve intervir o mínimo
possível.
2.3. Construtivismo
Segundo Piaget, o conhecimento se constrói na interação do sujeito com o objeto. Estruturas não
estão pré-formadas dentro do sujeito, são construídas. Há, no ser vivo, elementos variáveis e
invariáveis. Ocorre uma construção contínua de estruturas variadas. A analogia entre biologia e
inteligência só pode ser apreendida retendo as invariantes funcionais que lhes são comuns. Os
funcionamentos invariantes devem ser situados no âmbito das duas funções biológicas mais gerais: a
organização e a adaptação.
A acomodação se torna necessária para ajustar os novos dados incorporados aos de esquemas
anteriores no processo de assimilação, produzindo a adaptação. Cada esquema é coordenado com os
demais e constitui ele próprio uma totalidade formada de partes diferenciadas.
A organização, por sua vez, é inseparável da adaptação. O primeiro diz respeito ao aspecto interno do
ciclo e o segundo ao externo. "A "concordância do pensamento com as coisas" e a "concordância do
pensamento consigo mesmo" exprimem essa dupla invariante funcional da adaptação e da
organização. Ora, esses dois aspectos são indissociáveis: é adaptando-se às coisas que o
pensamento se organiza e é organizando-se que estrutura as coisas"(Piaget, 1979, p. 19).
Para Piaget, o conhecimento tem início quando o recém-nascido, através de seus reflexos que fazem
parte de sua bagagem hereditária, age assimilando alguma coisa do meio físico ou social. Ele se
dedicou a estudar, a partir das estruturas iniciais do recém-nascido as sucessivas estruturações,
discernindo um conjunto de etapas características, chamadas estágios ou níveis de conhecimento.
Aos estágios correspondem certas estruturas cognitivas que, em cada um, são constituídas por novos
esquemas de atividades cognitivas (Kesselring, 1990). Essa divisão em estágios não é arbitrária, mas
corresponde a critérios bem definidos e a idade indicada em cada nível é relativa.
Na idade de mais ou menos um ano e meio a criança atinge o segundo estágio, chamado de
inteligência simbólica ou pré-operatória, quando aparece a função simbólica. A inteligência que se
desenvolveu no plano sensório motor atinge o plano da representação e imaginação, da ação
fisicamente não visível. A criança aprende a falar, imaginar, fazer jogos simbólicos e assim por diante.
Este estágio dura até a idade aproximada de 8 anos.
O nível três é o das operações concretas, começa o pensamento lógico. O pensamento é estritamente
ligado à realidade física. Neste estágio abre-se novos horizontes, surge a linguagem escrita, mundo
dos números e da lógica. A criança é capaz de coordenar as direções espaciais subjetivas em
posições diferentes; conversar de maneira não egocêntrica: pôr-se na situação de outrem sem perder
de vista a própria perspectiva pessoal; distingüir diferenças, no plano psicológico, existentes entre ela
e outra pessoa; coordenar as duas relações: intenção-ação e ação-conseqüência.
Por volta dos 12 anos a criança inicia o quarto nível, que Piaget chama de "Operações Formais". O
raciocínio, antes concreto, torna-se abstrato. Raciocínio hipotético e dedutivo, que inicia por hipóteses
e procede segundo regras lógicas. O pensamento emancipa-se da presença do material concreto.
Com a reflexão sobre o esquema da proporcionalidade abre-se o universo matemático das funções
lineares, e com a reflexão das funções abre-se o universo do cálculo diferencial e integral.
A seqüência dos estágios é fixa para cada indivíduo, mas pode ocorrer em idades diferentes. Admite-
se hoje que nem todos os sujeitos atingem os estágios mais avançados propostos por Piaget. Um
aspecto importante do trabalho de Piaget refere-se ao papel da abstração na construção do
conhecimento. Abstrair significa separar, tirar algo do seu ambiente, pôr de lado.
Abstração empírica tem relação com o conhecimento adquirido diretamente dos objetos, o que pode
ser observado pelos sentidos (percepção). Ela dá origem a um esquema do existente, mas não se
transforma em operações mentais. É uma assimilação dos dados às estruturas mentais existentes.
Caracteriza o aspecto estático do conhecimento.
O conceito de aprendizagem para Piaget envolve sempre uma atividade inteligente, através da
descoberta (abstração empírica) ou invenção (abstração reflexionante). Os interesses espontâneos
das crianças refletem com freqüência um desequilíbrio e podem constituir fontes de motivação.
A pedagogia construtivista é relacional. O professor acredita que seu aluno é capaz de aprender
sempre e a partir do que o aluno construiu até hoje, ocorre nova construção de conhecimento. "O
professor, além de ensinar, passa a aprender; e o aluno, além de aprender, passa a ensinar" (Freire,
apud Becker, 1994).
Embora sem nos estendermos muito, não poderíamos deixar de citar os trabalhos de Vygotsky, que
apesar de não considerá-lo construtivista ( como muitos o fazem) é um interacionista. Para ele o
conhecimento é um produto da interação social e da cultura. Concebe o sujeito como um ser
eminentemente social e o conhecimento como produto social. A preocupação de Vygotsky está nas
relações entre o pensamento verbal e a linguagem.
Para Piaget, aquilo que uma criança pode aprender é determinado pelo seu nível de desenvolvimento
cognitivo, enquanto que para Vygotsky o desenvolvimento cognitivo é condicionado pela
aprendizagem. Dessa forma, mantém uma concepção que mostra a influência permanente da
aprendizagem na forma em que se produz o desenvolvimento cognitivo. Segundo ele, um aluno que
tenha mais oportunidade de aprender que o outro irá adquirir mais informação e alcançará um
desenvolvimento cognitivo melhor ( Carretero, 1997).
Dentro dos pressupostos teóricos apresentados anteriormente, não poderíamos deixar de fazer
colocações sobre o trabalho cooperativo, colaborativo e interativo que estão inseridos nas teorias do
conhecimento.
Durante muito tempo a escola teve por única tarefa transmitir à criança os conhecimentos adquiridos
pelas gerações precedentes e exercitá-la nas técnicas especiais do adulto. Povoar a memória e treinar
o aluno na ginástica intelectual pareciam, pois, ser as únicas coisas necessárias, uma vez que se
concebia a estrutura mental da criança como idêntica à do homem feito e que portanto, parecia inútil
formar um pensamento plenamente constituído que apenas exigia ser exercitado. Nessa concepção, a
escola por certo supõe uma relação social indispensável, mas apenas entre o professor e os alunos:
sendo o professor o detentor dos conhecimentos exatos e o perito nas técnicas a serem adquiridos, o
ideal é a submissão da criança à sua autoridade, e todo contato intelectual das crianças entre si nada
mais é que perda de tempo e risco de deformação ou de erros. Mas três tipos de observação vieram
complicar essa visão simplista das tarefas do ensino e da educação intelectual e impor ao mesmo
tempo a necessidade de colaboração dos alunos entre si. (Piaget, 1998)
O professor hoje, não é mais o detentor do conhecimento, aquele que sabe tudo e seus alunos são
meros receptores do conhecimento. Com as milhares de informações que estão ao alcance de todos
principalmente na Internet, o trabalho isolado do professor já não satisfaz mais. As mudanças de
postura, a quebra de paradigmas faz com que o trabalho do professor não seja mais isolado. Com isso
o trabalho em conjunto, cooperativo vem de encontro com as necessidades dos alunos na busca da
construção do conhecimento e o professor entra como mediador, orientador deste conhecimento,
aquele que mostra os caminhos para seus alunos em conjunto buscarem de forma interativa o saber e
a construção de novos saberes. Neste ambiente o professor continuará sendo professor, mas um
professor mediador e orientador e não mais o detentor do conhecimento pois o trabalho cooperativo
ele aprenderá com seus alunos.
O trabalho cooperativo é uma forma de contribuir para o grupo de forma individual, onde em um grupo
cada um faz a sua contribuição sem que o grupo discuta e reflita juntos sobre a contribuição dada. Um
exemplo disso é um trabalho onde o grupo deve ler e fazer uma análise de um livro e o mesmo decide
dividir o livro em capítulos e cada um lê e dá a sua contribuição da parte que ficou, e na apresentação
cada um contribuirá apenas com a parte que leu e fez a síntese.
Nesses casos o grupo encontra uma estratégia para solucionar um problema de forma colaborativa
através da interação e comunicação que são essencialmente sociais.
"A cooperação, com efeito, é um método característico da sociedade que se constrói pela
reciprocidade dos trabalhadores e a implica, ou seja, é precisamente uma norma racional e moral
indispensável para a formação das personalidades, ao passo que a coerção fundada apenas sobre a
autoridade dos mais velhos ou do costume, nada mais é que a cristalização da sociedade já
construída e enquanto tal personalidade não tem justamente nada de oposto às realidades sociais,
pois constitui, ao contrário, o produto por excelência da cooperação." (Piaget, 1998, p. 141)
Uma sociedade só cresce com a participação, cooperação e colaboração de todos. Sem a interação
do grupo, uns cooperando e colaborando com os outros estaríamos ainda na "idade da pedra".
Crescemos e construímos porque somos seres capazes de conviver em uma sociedade onde cada um
isoladamente contribui para que a mesma se desenvolva trazendo benefícios para todos. No momento
em que estamos participando ativamente com o meio, estamos aprendendo e repassando
conhecimentos. A busca constante pelo aprendizado, faz com que as pessoas construam seus
conhecimentos de forma interativa com o meio.
Piaget (1998) destaca três pontos que devem ser considerados nos aspectos da socialização
intelectual da criança para avaliar o trabalho em grupo:
Os pontos apresentados por Piaget nos leva a pensar sobre o trabalho em grupo que envolve
principalmente a cooperação. Mas antes da cooperação, o saber se abrir, conhecer os outros para
poder conhecer a si mesmo é fundamental para o trabalho em conjunto. Como poderíamos trabalhar
se não conhecêssemos os nossos colegas.
O trabalho em grupo quando acontece de forma normal, onde todos cooperam, colaboram e interagem
torna a aprendizagem significativa, pois com as trocas eles constróem o conhecimento em conjunto.
"Os seres humanos constróem conhecimentos à medida que tentam tirar sempre o melhor proveito de
suas experiências." (Kamii, 1996, p. 68)
Com as experiências do grupo, os estudantes vão construindo seus conhecimentos a partir das
experiências dos colegas, tornando a aprendizagem efetiva.
Para Vygotsky (1998), a interação social exerce um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo.
Para ele, cabe ao educador associar aquilo que o aprendiz sabe a uma linguagem culta ou científica
para ampliar seus conhecimentos daquele que aprende, de forma a integrá-lo histórica e socialmente
no mundo, ou ao menos, integrá-lo intelectualmente no seu espaço vital.
Ainda Vygotsky, nos coloca que a aprendizagem é mais do que a aquisição de capacidades para
pensar, é a aquisição de muitas capacidades para pensar sobre várias coisas. Certamente o ato de
pensar faz com que a aprendizagem aconteça, mas temos capacidade suficiente para pensar sobre
muitas coisas ao mesmo tempo, e construir o conhecimento a partir do ato de pensar.
Trazendo estes conceitos para a área da informática na educação, podemos considerar que, para um
trabalho obter resultados positivos, podemos utilizar as tecnologias da informação e comunicação de
forma que possam contribuir para o aprendizado dos estudantes. E para que isso ocorra o trabalho
deve ser cooperativo, colaborativo e interativo.
Cooperativo no sentido dos trabalhos em grupos, onde todos participam, contribuem de forma
conjunta para atingir os objetivos comuns do grupo. Esse trabalho pode ser feito através do Chat ou a
utilização do NetMeeting com o compartilhamento de arquivos on-line, no caso de ser a distância,
caso seja presencial através da troca verbal de informações e expositiva.
Colaborativa através da troca de materiais encontrados, onde individualmente, cada integrante do
grupo dá sua contribuição. Essas contribuições podem ser de forma presencial ou a distância. A
distância as contribuições podem ser através de uma lista de discuss"o, e-mail entre outros.
Interativa no sentido de tornar o trabalho integrado, onde todos possam interagir para que o trabalho
em grupo se torne significativo para os participantes.
O professor, além de conhecer as teorias existentes sobre a aprendizagem, deve também saber
utilizar os recursos disponíveis através da Internet. Este conhecimento dos recursos e fontes poderá
ser aplicado na construção do conhecimento, tanto do professor como dos alunos.
A rede mundial de computadores, Internet ou WWW (World Wide Web) ocupa um espaço cada vez
maior no dia-a-dia pessoal e profissional. Sua existência tem sido imposta na vida de todos, seja por
anúncios na televisão, revista ou jornais. Para muitos é uma presença mística, uma super-presença.
Imaginam que seja quase um ser vivo e que contenha toda informação do mundo. O acesso a todo
este conhecimento, contudo, parece estar reservado para aqueles que entendem os jargões
relacionados aos recursos de busca (Mckeown, 1997).
Na atualidade, a Internet permite a possibilidade não só de buscar informações, como também auxiliar
o professor no processo de educação a distância, utilizando novos métodos de interação com o aluno,
como participação em chats, listas de discussão, e videoconferências.
"Surfar" na Internet pode ser comparado a viajar para algum lugar desconhecido sem um mapa. Obter
conhecimento requer esforço: perguntas simples não funcionam. As questões devem ser estruturadas
e utilizar-se do auxílio de diretórios de busca da Internet. Muitas organizações profissionais já têm sua
página na Internet. Estas páginas são um ponto de início para quem busca informações específicas na
rede mundial de computadores (Drake, 1999; O"Reilly, 2000).
Para o professor, o conhecimento das fontes existentes na sua área de trabalho é fundamental para o
desenvolvimento de seu trabalho, pois em todo o processo de construção do conhecimento, qualquer
que seja seu nível, se faz imprescindível o uso de determinados instrumentos de trabalho para
conseguir a informação necessária.
As redes de dados permitem enviar programas e dados, recuperar resultados e trocar informações
com colegas. A Internet, uma das novas tecnologias que tem permitido a interconexão de um grande
número de redes físicas distintas, tem possibilitado uma melhor utilização dos serviços proporcionados
pelas redes.
A interação informal em rede entre grupos de pessoas dá-se de várias formas, como quadros de
avisos (bulletin boards), listas de discussão ou boletins de notícias. Todas são essencialmente formas
de compartilhar e debater informações e formular consultas. Na maioria das vezes estão abertas a
todas as pessoas, embora algumas tenham seu acesso restrito a grupos fechados. O mais provável é
que informações de natureza restrita circulem pelo correio eletrônico, que é um complemento cada vez
mais comum na comunicação informal. O correio eletrônico é particularmente conveniente pela
rapidez com que circulam as mensagens. (Meadows, 1999)
"Os grandes serviços de informação da Internet (Alta Vista, Yahoo, Infoseek etc.) oferecem facilidades
de busca mais precárias, entre outras razões, porque: 1) os pontos de acesso aos documentos são,
muitas vezes, aqueles designados pelo gerador do mesmo, sem passar por um processo de
indexação profissional suscetível de representar razoavelmente seu conteúdo, e; 2) a variedade e
documentos armazenados é muito grande, num leque que se estende de páginas Web até
documentos livres, passando por artigos de periódicos virtuais ou não, de qualidade variável."
4. Considerações Finais
A partir do que foi exposto, conclui-se que é muito importante para o processo de ensino-
aprendizagem que o professor conheça tanto as teorias de aprendizagem como os recursos
disponíveis que podem ser aplicados em várias metodologias de ensino.
Entre os recursos, encontra-se a Internet, que pode ser utilizada de diversas formas como apoio ao
trabalho do professor na construção do conhecimento.
Acredito que para obter resultados positivos neste processo, a utilização das tecnologias da
informação e comunicação vêm a contribuir, pois possibilitam um trabalho cooperativo, colaborativo e
interativo, inclusive na educação a distância, onde estas ferramentas são indispensáveis.
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