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O Secreto Mundo dos Gnomos – Daniele De Araujo

O Secreto Mundo dos


Gnomos

Daniele De Araujo

Primeira Edição

Editora:

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O Secreto Mundo dos Gnomos – Daniele De Araujo

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O Secreto Mundo dos Gnomos – Daniele De Araujo

Titulo original: O Secreto Mundo Dos Gnomos

Copyright © 2013 por Daniele De Araujo


Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode
ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes,
sem autorização, por escrito, da autora.

É recomendada para maiores de dezesseis anos.

Revisão:
Giovanna Lynn

Capa e design:
Lilith Melville

Impressão e acabamento:
Editora Perse – http://www.perse.com.br

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE.
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

Araujo, Daniele, 1992-


O Secreto Mundo Dos Gnomos / Daniele De Araujo;
Ed. Perse; Perdizes / SP.

2013

ISBN

1. Ocultismo – paganismo. 2. Folclore

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O Secreto Mundo dos Gnomos – Daniele De Araujo

“Duendes são pequeninos seres de orelhas


pontudas e sorriso esquisito, que cuidam das
plantas e árvores.”

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O Secreto Mundo dos Gnomos – Daniele De Araujo

Sumário
Introdução ................................................................................08
I - Diferenças entre Elementais ................................................14
II - Estórias que o povo conta .................................................45
III - Como atrair os Elementais da Terra ...................................69
IV - A faceta sombria dos Elementais da Terra.......................101
V – Que rufem os
tambores...........................................................116

O Correio Das
Fadas.....................................................................123

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O Secreto Mundo dos Gnomos – Daniele De Araujo

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O Secreto Mundo dos Gnomos – Daniele De Araujo

Introdução
Sempre fui muito ligada aos elementais da terra.
Quando eu era criança, andava sempre descalça. Sentava
no chão e adorava brincar com a terra (mexer com barro
mesmo) e colecionar pedrinhas. Não sabia nada sobre
Wicca ou Elementais. Mas acreditava em duendes e era
louca para ser amiga de um. Nunca realizei meu sonho de
infância! Me liguei a outros tipos de elementais.
Entretanto, nunca deixei de admirar os pequenos
travessos.
Minha família tem todo um histórico com elementais
da terra. Quando eu era bebê e ainda morava na fazenda
com meus pais, coisas estranhas aconteciam; por
exemplo, os cavalos quase sempre estavam agitados
como se percebessem uma presença estranha e seus
rabos e crinas sempre apareciam trançados. “Coisa de
Saci, diziam”. E quem dera ser isso!
Quando meu falecido pai (que descanse em paz) dormia
na varanda da Casa Principal (a casa dos patrões), quase
sempre era assombrado por um cavaleiro que surgia do
nada e da mesma forma desaparecia. Vários peões na
fazenda também já avistaram esse cavaleiro. Ele não
aparecia só à noite. Muita gente já o viu em plena luz do
dia. Ele cavalgava rápido e até mesmo do quarto era
possível ouvir o trotar de seu cavalo. Minha mãe sempre
teve medo de se aproximar dos locais onde o suposto
cavaleiro cavalgava.

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O Secreto Mundo dos Gnomos – Daniele De Araujo

Há uma lenda sobre um Elf-Knight ("Cavaleiro Elfo") que


rapta a rainha Isabel. E isso me faz pensar, será que o
misterioso cavaleiro que assombrava a fazenda não era
um elfo? Bem, talvez, fosse apenas uma assombração
comum. Isso certamente permanecerá um mistério
intrigante para mim. Mas esse não era o único espírito
que assombrava a fazenda não. Todos os dias ou quase
todos os dias, ouvia-se o bater de palmas que viam do
fundo de casa. Minha mãe e meu pai sempre iam à
cozinha para saber o que estava acontecendo e quando
abriam a porta não viam uma alma viva no quintal.
Muitos contavam a estória de um homem que morara ali
anteriormente e se metera em uma briga. Fugindo, ele
teria sido baleado antes de entrar na casa e morrera ali
mesmo... Em frente à porta da cozinha.

Talvez eu tenha mencionado em meu livro anterior, O


Secreto Mundo Das Ninfas, que morei em uma casa onde
o portãozinho de ferro que separava a lavanderia da
varanda, abria-se e fechava-se sozinho, com fortes
batidas. Isso acontecia quase todos os dias, por volta das
quatro horas da manhã e só parava ao amanhecer. Minha
avó chegou acorrentar o portão. Mas não adiantou. E as
batidas se tornaram tão mais fortes que minha mãe,
minha avó e eu decidimos nos levantar e ir espiar para
ver o que estava acontecendo. Depois da cozinha, havia
um cômodo grande semelhante uma sala, com quatro
portas, a da frente, dava para o quintal, a da esquerda

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dava para um quartinho, a da direita dava para um


banheiro e a outra ao lado da direita dava para a
lavanderia (era uma casa de louco, projetada por um
arquiteto mais louco ainda). A porta que dava para a
lavanderia estava quebrada e minha mãe e minha avó
usavam um monte de porcarias para encostar a porta.
Devagar, nós tiramos tudo que havia na frente da porta e
a abrimos... E então saímos para fora, uma atrás da outra
(eu estava por último porque só tinha dez ou onze anos).
Depois da lavanderia, havia um amplo e largo corredor ou
varanda que terminava com aquele portãozinho do
inferno. Espantadas, vimos que não havia ninguém lá fora
e que o portão estava batendo-se sozinho. Não havia
vento nem nada. Não sabíamos o que ocasionava aquele
fenômeno. Mas depois de um tempo, começamos a achar
que havia algum espírito ali que queria passar da
lavanderia para a varanda ou vice-versa. Então, passamos
a deixar o portão aberto. E eu, na minha inocência de
criança, decidi sentar-me no chão, próximo ao portão e
conversa com o “fantasma”. Minha avó achou engraçado.
E depois daquele dia, deixamos de dar tanta importância
a esse evento. E ele cessou.
Talvez fosse um Elemental que quisesse passar por ali
e não conseguisse atravessar por o portão ser de ferro.

Certa vez, meu irmão caçula e eu estávamos sozinhos


em casa. A gente estava no quarto, vendo um DVD dos
Backstreet Boys. Quando ouvimos uns barulhos vindos da

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cozinha. Meu irmãzinho Thiago, que na época tinha


quatro aninhos, me chamou para irmos dar uma
olhadinha. Mas eu não queria desgrudar da TV por nada e
disse a ele não era nada demais, que não se preocupasse
à toa. Mesmo assim, ele levantou-se da cama e foi lá na
cozinha ver o que estava acontecendo. E quando voltou,
insistiu para que eu voltasse lá com ele. Resmungando,
eu o segui até à cozinha. E quando chegamos lá, percebi
que os barulhos estavam fortes. Eles pareciam vir de
dentro do armário, embaixo da pia. Temi que fossem
ratos e fiquei nervosa porque sempre tive verdadeiro
pavor de ratos!
Com o cabo de uma vassoura, eu revirei o armário.
Thiago disse que com certeza, o barulho não vinha de
dentro do armário e sim, de cima da pia. Eu não
concordei com ele, mas quando olhei para cima, na pia, vi
um copo de alumínio tremendo (como se estivesse
querendo se arrastar e sair do lugar). Dei um pulo para
trás e me afastei o máximo possível da pia.
Meu irmãozinho (que com certeza era muito mais
corajoso do que eu) continuou parado onde estava e
disse para mim:
“- Eu falei que o barulho vinha daí de cima.”
A primeira coisa que veio à minha cabeça foi que aquilo
só poderia ser obra de um fantasma. Mas logo descartei
essa ideia e me convenci de que era um rato quem estava
embaixo do copo. O Thiago disse que era uma formiga.
Mas eu expliquei a ele que uma formiga não teria tanta

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força para fazer aquilo. Como o Thiago erro o único que


nunca teve medo de ratos, coube a ele, erguer o copo
para tirar o bicho de baixo dele. Um pouco nervoso, ele
se aproximou da pia e agarrou o copo e o ergueu... E para
nosso espanto, não havia nada embaixo do copo. Nada.
Nem mesmo uma formiga.
Contamos à nossa mãe o que aconteceu. Mas ela riu e
não acreditou na gente. Ninguém nunca acreditou. Essa é
uma experiência que o Thiago e eu sempre nos
lembraremos.
Depois dessas e outras experiências com o sobrenatural,
eu não duvido mais que haja forças desconhecidas entre
nós. Muitas pessoas podem não acreditar nisso, mas
quase sempre estava lá e vi coisas que nunca pensei que
veria (com exceção da fazenda porque eu era um bebê e
mesmo que tivesse visto algo não me lembraria).
Aposto que muita gente também já teve experiências
semelhantes às minhas experiências. E essas pessoas,
com certeza, acreditam em mim. Isso já me basta porque
é para essas pessoas que escrevo. Pessoas que acreditam
em mim!
Se nunca teve uma experiência assim, não pode nem
fazer ideia de como é. Um conselho se é tão medroso
quanto eu, pense duas vezes antes de abrir a porta e
convidar esses seres e outros seres desconhecidos a
entrar. Esse é um caminho sem volta. O que quer que
você atraia, quer seja bom ou ruim pode acompanhá-lo
por toda a sua vida.

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A seguir, você viajará por uma Terra encantada, através


das minas, das cavernas e mesmo do alto das montanhas.
Conhecerá o reino dos pequeninos, dos gnomos e
duendes, os sábios mestres da terra.

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I - A Diferença entre elementais

Tenho notado que muita gente que não se aprofundou


nos estudos sobre os elementais, costuma fazer confusão
na hora de classificá-los. Um mago ou bruxa de verdade
deve saber a diferença entre um espírito e outro para
melhor lidar com eles. Quando você invoca algo, seja o
que for, deve saber com o que está lidando e como se
livrar disso depois. A melhor forma é controlando sua
ansiedade!

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