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Lucas dos Santos Costa – 7º período de Letras

Texto dissertativo sobre o texto Pistolagem e o uso de Violência e o


conteúdo da aula 07 – Direitos Humanos e o crime organizado no Brasil.

Os desafios para a efetivação dos Direitos Humanos no Brasil


contemporâneo
Em nosso tempo, temos registrados na Constituição Federal de 1988, os
direitos que todos os brasileiros têm. O título II desse documento: “O Direitos e
Garantias Fundamentais”, antecede uma série desses direitos referentes à
educação, trabalho, saúde, previdência social, lazer, segurança, proteção a
maternidade e a infância e assistência aos desamparados. É dessa forma que
todos têm direito à vida e à garantia de dignidade, isto é, não importa qual seja
a condição de uma pessoa, qual sua opção política, sua posição
socioeconômica ou religiosa, ela tem que ser respeitada por ser da raça
humana.
Em contrapartida, é em face da realidade, que vemos as violações
desses direitos acontecerem, progressivamente, devido a vários tipos de crime,
dentre esses o organizado. Esse crime além de prejudicar a implantação
daqueles direitos, são uma barreira para a efetivação de políticas públicas e a
própria organização da sociedade civil.
O crime organizado pode ser tradicional quando tem um sistema de
clientela que obriga o silêncio aos participantes ou próximos desses. Já no de
modelo empresarial tem hierarquia própria, planejamento e divisão do trabalho.
Alguns conhecidos crimes organizados são: Jogo do bicho, contrabando,
tráfico de drogas, furto e roubo de veículos, além de sequestros e roubo a
bancos, organizados por quadrilhas especializadas; roubo de cargas, lavagem
de dinheiro e fraudes financeiras, falsificação de remédios, corrupção,
sonegação fiscal e crimes contra a ordem econômica, grupos de extermínio e
pistolagem, dentre outros.
Só para exemplificar acerca da pistolagem, temos o caso de Júlio
Santana, atualmente chacareiro no Tocantins, que em 35 anos assassinou 492
pessoas, por encomendação de quem pudesse pagá-lo, como políticos,
fazendeiros, agiotas, empresários, entre outros.
Todos os crimes organizados ocorrem hoje em vista de suas raízes
profundas, que se perpetuam desde a escravidão, raízes da violência física no
Brasil. Essa não é mobilizada apenas pelas elites, mas pelo povo. Isso tem
transformado nosso país em um dos campeões nos índices de assassinatos
por essa razão. Dessa forma, viola-se os direitos humanos por práticas no
segmento privado e por agentes públicos visando ao atendimento de interesses
daqueles que detém do maior poder político e capital.
Soma-se a isso, o mau funcionamento do Poder Judiciário, no qual há,
não somente os honestos, mas infelizmente, muitos envolvidos na corrupção
comprometidos com seus interesses pessoais, como em vendas de sentença,
concessão de liminares imprudentes, uso dos cargos públicos com vistas ao
enriquecimento próprio e nepotismo.
Estudos já provaram que a pobreza e a desigualdade social são dois
grandes fatores no engendramento do crime e da violência. Nessa perspectiva,
todo o contexto de stress, depressão, ansiedade e até loucura, gerado por
esses fatores influem nos casos, por exemplo, de estupros, torturas e
assassinatos.
Portanto, para amenizar a ocorrência de tais problemas, compreende-se
que há uma necessidade de luta a favor do cumprimento dos direitos humanos,
por meio do desenvolvimento de políticas públicas em todas as áreas que
afetam diretamente a qualidade de vida dos moradores. É cogente que o
Estado se comprometa com medidas que fortaleçam a democracia no país,
implementando um modelo econômico que expanda os direitos do cidadão na
prática. Que assim, promova o respeito, o reparo e a proteção, ao cuidar da
segurança humana.

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