Texto dissertativo sobre o texto Pistolagem e o uso de Violência e o
conteúdo da aula 07 – Direitos Humanos e o crime organizado no Brasil.
Os desafios para a efetivação dos Direitos Humanos no Brasil
contemporâneo Em nosso tempo, temos registrados na Constituição Federal de 1988, os direitos que todos os brasileiros têm. O título II desse documento: “O Direitos e Garantias Fundamentais”, antecede uma série desses direitos referentes à educação, trabalho, saúde, previdência social, lazer, segurança, proteção a maternidade e a infância e assistência aos desamparados. É dessa forma que todos têm direito à vida e à garantia de dignidade, isto é, não importa qual seja a condição de uma pessoa, qual sua opção política, sua posição socioeconômica ou religiosa, ela tem que ser respeitada por ser da raça humana. Em contrapartida, é em face da realidade, que vemos as violações desses direitos acontecerem, progressivamente, devido a vários tipos de crime, dentre esses o organizado. Esse crime além de prejudicar a implantação daqueles direitos, são uma barreira para a efetivação de políticas públicas e a própria organização da sociedade civil. O crime organizado pode ser tradicional quando tem um sistema de clientela que obriga o silêncio aos participantes ou próximos desses. Já no de modelo empresarial tem hierarquia própria, planejamento e divisão do trabalho. Alguns conhecidos crimes organizados são: Jogo do bicho, contrabando, tráfico de drogas, furto e roubo de veículos, além de sequestros e roubo a bancos, organizados por quadrilhas especializadas; roubo de cargas, lavagem de dinheiro e fraudes financeiras, falsificação de remédios, corrupção, sonegação fiscal e crimes contra a ordem econômica, grupos de extermínio e pistolagem, dentre outros. Só para exemplificar acerca da pistolagem, temos o caso de Júlio Santana, atualmente chacareiro no Tocantins, que em 35 anos assassinou 492 pessoas, por encomendação de quem pudesse pagá-lo, como políticos, fazendeiros, agiotas, empresários, entre outros. Todos os crimes organizados ocorrem hoje em vista de suas raízes profundas, que se perpetuam desde a escravidão, raízes da violência física no Brasil. Essa não é mobilizada apenas pelas elites, mas pelo povo. Isso tem transformado nosso país em um dos campeões nos índices de assassinatos por essa razão. Dessa forma, viola-se os direitos humanos por práticas no segmento privado e por agentes públicos visando ao atendimento de interesses daqueles que detém do maior poder político e capital. Soma-se a isso, o mau funcionamento do Poder Judiciário, no qual há, não somente os honestos, mas infelizmente, muitos envolvidos na corrupção comprometidos com seus interesses pessoais, como em vendas de sentença, concessão de liminares imprudentes, uso dos cargos públicos com vistas ao enriquecimento próprio e nepotismo. Estudos já provaram que a pobreza e a desigualdade social são dois grandes fatores no engendramento do crime e da violência. Nessa perspectiva, todo o contexto de stress, depressão, ansiedade e até loucura, gerado por esses fatores influem nos casos, por exemplo, de estupros, torturas e assassinatos. Portanto, para amenizar a ocorrência de tais problemas, compreende-se que há uma necessidade de luta a favor do cumprimento dos direitos humanos, por meio do desenvolvimento de políticas públicas em todas as áreas que afetam diretamente a qualidade de vida dos moradores. É cogente que o Estado se comprometa com medidas que fortaleçam a democracia no país, implementando um modelo econômico que expanda os direitos do cidadão na prática. Que assim, promova o respeito, o reparo e a proteção, ao cuidar da segurança humana.