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Fundamentos Básicos de Climatologia

Prof. Dr. Rafael Rodrigues da Franca


Fundamentos Básicos de Climatologia
Ementa:
Compreensão dos principais fenômenos meteorológicos básicos,
elementos e fatores do clima, apresentação do instrumental de
medição, discussão climatológica da análise da variação temporal e
geográfica de cada parâmetro.

Objetivos e resultados esperados:


A disciplina tem como objetivo geral apresentar os fundamentos
meteorológicos do comportamento da atmosfera e as bases da
construção do conhecimento da climatologia geográfica. Além disso,
almeja que os estudantes reconheçam a importância do clima para os
processos interativos entre o homem e o ambiente e aprendam a
interpretar variações e oscilações dos parâmetros meteorológicos.
Fundamentos Básicos de
Climatologia

Introdução à Climatologia Geográfica | 15 hs

O Sistema Terra-Atmosfera | 15 hs

Elementos e Fatores Climáticos | 15 hs

Os Movimentos Atmosféricos | 15 hs
Módulo 02

O Sistema Terra-
Atmosfera
O que é o Sistema Terra-Atmosfera?
O Sol é a principal fonte de energia para a Terra. A energia
solar chega na forma de radiação eletromagnética e vários
processos ocorrem à medida que essa radiação interage com a
atmosfera e a superfície terrestre. O Sistema Terra-Atmosfera
é o conjunto de interações entre a radiação solar, a
atmosfera e a superfície da Terra (seja ela continental ou
oceânica).

Graças a esses processos, a temperatura média do ar próxima


à superfície de nosso Planeta se mantém em torno dos 15º C
(valor ótimo para a reprodução da vida). Trata-se do chamado
Efeito Estufa.
ATENÇÃO!

O Efeito Estufa é um processo físico (natural) que ocorre


na atmosfera responsável por manter a temperatura do
Planeta relativamente estável. O efeito estufa é benéfico à
vida na Terra!
A atmosfera terrestre
A atmosfera da Terra é uma camada gasosa, com
aproximadamente 700 km de espessura, que envolve o Planeta. Ela
é composta por gases como o Nitrogênio (78,08 % do volume
total), Oxigênio (20,94 %), Argônio (0,93 %), Dióxido de Carbono
(0,03 %), vapor d’água, entre outros.

Os principais gases da atmosfera responsáveis pelo Efeito


Estufa são: o metano (CH4), o ozônio (O3), o óxido nitroso
(N2O), clorofluorcarbonos (CFCs) e o famoso dióxido de
carbono (CO2).
Camadas da atmosfera terrestre
A atmosfera pode ser
subdivida em várias
camadas – Troposfera,
Estratosfera, Mesosfera,
Termosfera e Exosfera.
Elas se diferenciam pelo
padrão de variação da
temperatura ao longo da
altura: em algumas a
temperatura aumenta, em
outras diminui. Na
Troposfera, camada que
vai da superfície até 12
km de altura, a
temperatura diminui.
ATENÇÃO!

A Troposfera é a camada da atmosfera que merece nossa


atenção! Não se preocupem com as demais. É na Troposfera
que ocorrem os fenômenos meteorológicos e climáticos que
impactam a organização do espaço na superfície da Terra.
Processos de atenuação da radiação solar
Quando a radiação solar atinge o topo da atmosfera terrestre,
ela sofre três processos de atenuação antes de chegar à
superfície. Nem toda a radiação que chega no topo da
atmosfera, consegue chegar à superfície. Os processos que
atenuam a radiação solar são três:

Absorção: responsável pelo Efeito Estufa, consiste na


absorção da radiação solar e terrestre por determinados
gases.

Reflexão: realizada pelas nuvens, que são excelentes


refletoras da radiação solar.

Difusão: espalhamento da radiação solar ao se deparar


com determinados gases e partículas em suspensão na
atmosfera.
BALANÇO DE ENERGIA DO PLANETA TERRA:
O EFEITO ESTUFA
Radiação terrestre
emitida

Radiação
solar
incidente

Radiação
solar
Por que temos regiões frias e quentes na Terra?
Isso ocorre porque a radiação solar não chega com a mesma
intensidade sobre toda a extensão da superfície terrestre.
Entre o equador e os trópicos, o ângulo que a radiação solar
estabelece com a superfície é perpendicular (90°), enquanto
que nas extremidades da Terra a radiação chega de forma
mais inclinada!

Ângulo 90°

Equador e trópicos Polos e zonas temperadas


Por que temos regiões frias e quentes na Terra?
Portanto, os dois principais fatores responsáveis pela
distribuição desigual de radiação solar pela superfície terrestre
são:

O formato ‘esférico’ da Terra associado à inclinação de seu


eixo em relação ao eixo solar.

O movimento de Translação: da Terra em torno do Sol,


cuja duração é de 365 dias e 6 horas.
O movimento de Translação e as estações
do ano

SOLSTÍCIO:
21 de Junho EQUINÓCIO:
23 de março

SOLSTÍCIO:
21 de dezembro
EQUINÓCIO:
23 de setembro
O que são solstícios e equinócios?

Solstício: dia no qual ocorre máxima desigualdade na


distribuição da radiação solar entre os hemisférios Norte e
Sul da Terra. No momento do solstício, os raios solares
incidem com maior intensidade sobre um dos trópicos
terrestres (Capricórnio ou Câncer). Os solstícios marcam o
início das estações verão ou inverno.

Equinócio: dia no qual a radiação solar é igualmente


distribuída entre os dois hemisférios da Terra (Norte e
Sul). No momento do equinócio, os raios solares incidem
com maior intensidade sobre a linha do Equador. Os
equinócios marcam o início das estações outono ou
primavera.
ATENÇÃO!

As estações do ano entre os hemisférios Norte e Sul sempre


se invertem. Enquanto em um é verão, no outro é inverno. O
mesmo vale para o outono e primavera.
21 DE JUNHO

SOLSTÍCIO DE VERÃO NO
HEMISFÉRIO NORTE

SOLSTÍCIO DE INVERNO NO
HEMISFÉRIO SUL

21 DE DEZEMBRO

SOLSTÍCIO DE INVERNO NO
HEMISFÉRIO NORTE

SOLSTÍCIO DE VERÃO NO
HEMISFÉRIO SUL
21 DE MARÇO

EQUINÓCIO DE PRIMAVERA NO
HEMISFÉRIO NORTE

EQUINÓCIO DE OUTONO NO
HEMISFÉRIO SUL

23 DE SETEMBRO

EQUINÓCIO DE OUTONO NO
HEMISFÉRIO NORTE

EQUINÓCIO DE PRIMAVERA
NO HEMISFÉRIO SUL
Resumo
Nesse módulo vimos o que é o Sistema Terra-Atmosfera
e sua importância para a definição dos climas terrestres.
Entendemos que o Efeito Estufa, processo físico natural
que mantém o Planeta com uma temperatura estável (em
torno de 15° C), é fundamental para a manutenção da
vida em toda a biosfera. Por fim, entendemos como o
formato da Terra, a inclinação entre o seu eixo e o eixo
solar e o movimento de Translação resultam em zonas
térmicas distintas no Planeta.
Referências
AYOADE, J. O. Introdução à climatologia para os trópicos. São Paulo:
DIFEL, 1996.

YNOUE, R. Y.; REBOITA, M. S.; AMBRIZZI, T.; SILVA, G. A. M. da.


Meteorologia: noções básicas. São Paulo: Oficina de Textos, 2017.

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