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Comunicacao e Linguagem PDF
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Resumo: Comunicação & Linguagem – por Desconhecido
Resumo de Português
Assunto:
Autor:
DESCONHECIDO
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Resumo: Comunicação & Linguagem – por Desconhecido
COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
A linguagem é o modo privilegiado de comunicação da sociedade, serve de
instrumento para informar, dar ordens, suplicar, prometer, enganar, rezar, meditar, etc. É o
próprio fundamento das relações sociais: dá unidade a um povo, aproxima o homem de
seus iguais e o coloca em sintonia com o mundo a seu redor. Os indivíduos de um
determinado grupo social comunicam-se pela parte comum de seus respectivos códigos.
Isso implica que uma mensagem que procura atingir o maior número possível de
indivíduos, como a linguagem publicitária, deve compor-se dos elementos comuns a
maioria deles. Mas não basta que o código (conjunto de signos e regras de combinação
desses signos) seja comum para que se realize uma comunicação perfeita, porque, por
exemplo, dois brasileiros não possuem necessariamente a mesma riqueza de vocabulário,
nem o mesmo domínio da sintaxe. Por participarem de classes sociais e grupos diferentes,
os homens em geral têm conhecimentos e experiências diferentes, sendo assim a
capacidade de compreensão pode ser totalmente variável. Enquanto uns têm mais
facilidade para entender certos fenômenos, outros não conseguem sequer percebê-los.
Outros, ainda, nem chegam a dar atenção a um grande número de fatos e
acontecimentos, por não considerá-los importantes, embora possam interferir
profundamente em suas vidas. Nessas condições, os anúncios publicitários para transmitir
o que pretendem, precisam levar em conta todos esses tipos de receptores adaptando e
adequando as idéias neles contidas às condições e à capacidade dos receptores, de tal
forma que tenham sua atenção despertada para as mensagens e consigam entender seu
significado.
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LINGUAGEM
“A linguagem é um elemento tão natural da vida social, que não se constitui
em objeto de estudo especial. Todavia, à medida que as sociedades se tornam mais
complexas, algumas condições propiciam a análise da linguagem, a partir, principalmente, da
invenção da escrita”. (SUASSUNA, Lívia. Ensino de Língua Portuguesa: uma abordagem
pragmática. Pág. 19)
E assim se firmou o ensino do Português: seu objetivo era fazer com que os
educandos substituíssem uma determinada forma (resultado de sua produção lingüística
espontânea) por outra (considerada elegante, literária, correta) a chamada: língua padrão
ou norma culta.
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Eloqüência Singular
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LINGUAGEM E SOCIEDADE
Erro de português
Oswald de Andrade ( 2)
“A norma constitui o português correto: tudo o que foge à norma representa um erro”.
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a) A VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA
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LUFT, C. Língua e Liberdade – Por uma nova concepção da língua materna e seu ensino. 2ª
ed., Porto Alegre, L & PM, 1985. (reconhece o processo de diferenciação lingüística, em
virtude, uma diversificação de regras).
COUTO,H. O que é português brasileiro. 2ª ed., São Paulo, Brasiliense, 1986, (define língua
portuguesa como um complexo de modalidades).
JAKOBSON, R. Lingüística e comunicação. São Paulo, Cultrix, s.d. Ed. Original do ensaio:
1960. (fala sobre o fenômeno da diversidade lingüística).
Muitas pessoas dizem que isso ocorre na nossa língua, porque “os
brasileiros não sabem direito o português”. Não é verdade, todas as línguas apresentam
variações. As línguas têm formas variáveis porque as sociedades são divididas em grupos:
há os mais jovens e os mais velhos, os que habitam em uma região ou outra, os que têm
esta ou aquela profissão, os que são de uma ou outra classe social e assim por diante.
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Por exemplo:
- o uso de certas gírias: “maneiro”, “esperto”, “ta tirando comigo”, denota faixa etária jovem;
- a duração de vogais como recurso expressivo, como em “maaravilhoso”, costuma ocorrer
na fala de mulheres. Assim como o uso freqüente de diminutivos, como: “bonitinho”,
“vermelhinho”;
Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
ATIVIDADE:
No texto abaixo, o autor se põe a imaginar como seria a frase: a marquesa saiu às cinco
horas, dita por diferentes tipos sociais, tais como mineiro, policial, sambista, carioca,
neurótico, etc. Com base no texto, escolha um público e elabore um texto (pode ser um
poema, uma reportagem, uma propaganda, uma narração...), usando o nível de fala
adequado a ele: mulheres, homens, crianças, cientistas, jovens, empresários...
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A marquesa por cima saiu por baixo às cinco horas por cima (Débil
mental)
(...)
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O primeiro passo, que deve ser dado nesse sentido é diversificar as fontes
de referência da língua padrão. As gramáticas tradicionais podem ser um bom início, desde
que não se limite a uma só, e devem ser vistas com alguma cautela, porque, como já
dissemos, trabalham normalmente com exemplos de textos literários de autores antigos (que
muitas vezes estão longe de espelhar o padrão real do português do Brasil).
Numa sociedade como a nossa, a escrita é mais do que uma tecnologia, ela
se tornou um bem social indispensável para enfrentar o dia-a-dia. A escrita chega até a
simbolizar: educação, desenvolvimento e poder.
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oralidade mais importante ou prestigiosa que a escrita. Trata-se apenas de perceber que a
oralidade tem uma “primazia cronológica”.
A escrita não pode ser tida como uma representação da fala, em parte
porque a escrita não consegue reproduzir muitos dos fenômenos da oralidade, tais como a
gestualidade, os movimentos do corpo e dos olhos, entre outros. Em contrapartida, a escrita
apresenta elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais como o tamanho e tipo de
letras, cores e formatos.
A escrita nunca pode ser vista como representação da fala, o que pode ser
feito é uma retextualização, ou seja, podemos passar ou transformar a fala em escrita .
RETEXTUALIZAÇÃO
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b) relação entre o produtor do texto original e o transformador: um texto pode ser refeito pela
mesma pessoa que produziu o original ou por outra. No caso de ser o próprio autor quem
retextualiza, as mudanças são muito mais drásticas e, freqüentemente, o autor despreza a
transcrição (ou gravação) da fala e redige um novo texto. Mas mesmo assim o autor não
elimina todas as marcas da oralidade no seu texto. É difícil disfarçar de modo completo a
origem oral de um texto. Já uma outra pessoa que não o próprio autor do texto em processo
de retextualização terá mais “respeito” pelo original e fará melhor número de mudanças no
conteúdo, embora possa fazer muitas intervenções na forma.
ILUSTRAÇÃO
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b) elementos tipicamente produzidos na fala ( tais como: “claro”, “certo”, “viu”, “entendeu”,
“né”, “sabe”)
Só estes eliminações já somam cerca de 10% a 20% do material fônico do texto falado,
dependendo do gênero textual e de seu grau de espontaneidade. É difícil que alguém faça
apenas este tipo de eliminação, de modo que a primeira operação se acha muito ligada à
terceira operação.
2ª operação: introdução da pontuação com base na intuição fornecida pela entoação das
falas.
É a sensação de que não se pode escrever sem pontuar, pois do contrário não se entende.
Parece que na escrita as unidades têm de ser visivelmente marcadas. Deve-se tomar muito
cuidado com essa 2ª operação porque ela é um forte indício de interpretação (dependendo
do sujeito que vai retextualizar).
Exemplo:
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Temos aqui uma entrevista de TV, gravada em 1998, de uma repórter com uma professora
universitária e doutoranda a respeito da Língua portuguesa. Faça a retextualização com base
nos 4 operações já vistas:
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Conclusão: transformar fala em escrita pode acarretar diminuição de texto, mas não
necessariamente por razões de seleção das informações mais importantes e sim pela
regularização lingüística que implica redução no volume de linguagem. Deve-se ter muito
cuidado de não descaracterizar aspectos identificadores relevantes (pois a fala é um fator de
identidade) ou produzir retextualizações implicitamente preconceituosas. Isto se dá
particularmente em entrevistas, quando se encobre ou se enfatiza a procedência sócio-
cultural do entrevistado por estratégias de substituição/manutenção lexical.
ANEXO
(*) ARISTOTELES: (384 a.C.-322 a.C.) Grego. Considerado o fundador da Lógica, sua obra
tem grande influência na Teologia cristã na Idade Média. Em 343 a.C. é chamado para ser
professor do príncipe Alexandre, da Macedônia. Quando Alexandre, o Grande assume o
trono, volta a Atenas e, em 335 a.C., organiza sua própria escola, o Liceu, Para ele, deve-se
procurar o conhecimento por meio do “intelecto ativo”, como chama a inteligência. Todas as
suas obras se perderam, salvo Constituição de Atenas. O pensamento aristotélico foi
preservado por seus discípulos e atinge várias áreas do conhecimento, como Lógica, Ética,
Política, Teologia, Metafísica, Poética, Retórica, Antropologia, Psicologia, Física e Biologia.
Seus escritos lógicos estão reunidos no livro Organon.
(1) Fernando Tavares Sabino, nasceu a 12/10/1923 em Belo Horizonte/MG. Com 12 anos
incompletos, em 1935, torna-se locutor do programa infantil "Gurilândia" da Rádio Guarani de
Belo Horizonte. Durante o curso secundário do Ginásio tem seu primeiro conto
policial publicado e a partir de então, vários de seus textos começam a ser publicados em
jornais e revista de renome. Recebeu o Prêmio Golfinho de Ouro na categoria de Literatura,
concedido pelos Conselhos Estaduais de Educação e Cultura do Rio de Janeiro.
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muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também
publicado diversos livros em prosa.Morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de
1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de
Andrade.
Em outras línguas: Alemão, Búlgaro, Chinês, Dinamarquês, Espanhol, Francês, Holandês,
Inglês, Italiano, Latim, Norueguês, Sueco, Tcheco.
(4) Paulo Mendes Campos nasceu a 28 de fevereiro de 1922, em Belo Horizonte – MG.
Muito moço ingressou na vida literária, como integrante da geração mineira, foi colaborador
em O Jornal, Correio da Manhã (de que foi redator durante dois anos e meio) e Diário
Carioca. Foi, durante muitos anos, um dos três cronistas efetivos da revista Manchete. Foi
repórter e, algumas vezes, redator de publicidade. Faleceu no Rio de Janeiro em
01/07/1991, aos 69 anos de idade.
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