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EXPRESSO (/EXPRESSO/)

Este site mapeia os livros mais usados em


universidades pelo mundo
André Cabette Fábio 25 de jul de 2019 (atualizado 25/07/19 às 17h18)

Plataforma reúne mais de 6 milhões de programas de disciplinas, com origem em


instituições de ensino de 79 países

FOTO: REPRODUÇÃO
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 MAPA QUE ORGANIZA AS MAIS DE 160 MIL OBRAS POPULARES EM CURSOS UNIVERSITÁRIOS

Lançado em 2016 por pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, o


Open Syllabus Project (https://opensyllabus.org/) se dedica a coletar dados publicados em
sites de universidades e utilizá-los para descobrir quais referências vêm sendo mais usadas
nas salas de aulas.

Isso é feito a partir da análise de mais de 6 milhões de programas de disciplinas, coletados


nos sites das instituições de ensino, e organizadas no site do projeto, em inglês. Nos
programas, professores descrevem aquilo que planejam abordar no decorrer do semestre.

Cerca de metade das informações coletadas pelo Open Syllabus são dos Estados Unidos,
enquanto as demais se dividem por 79 países. É possível pesquisar os livros mais
requisitados por professores por universidade, campo de estudos ou país.

O levantamento não inclui (https://blog.opensyllabus.org/about-the-open-syllabus-project/)


, no entanto, o Brasil. Isso porque o país aparece em relatórios internacionais como um lugar
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em que há risco para a comunidade acadêmica.
Uma dessas bases de dados, o Academic Freedom Monitoring Project
(https://www.scholarsatrisk.org/academic-freedom-monitoring-project-index/?
_snk_keyword=&taxes%5Bregions%5D%5Bbrazil%5D=on&_snk_dt%5Bstart%5D=&_snk_
dt%5Bend%5D=) , lista entre os eventos preocupantes no Brasil as ações de autoridades
policiais em universidades durante as eleições presidenciais de 2018, no geral com a
justificativa de impedir suposta propaganda
(https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/10/universidades-de-todo-o-pais-sao-alvo-
de-acoes-policiais-e-da-justica-eleitoral.shtml) eleitoral irregular.

De acordo com o Syllabus Project, até julho de 2019 as cinco obras mais abordadas nos
programas de cursos foram:

”Os Elementos do Estilo”, de William Strunk Jr


"Referência do escritor”, de Diana Hacker
“Cálculo”, de James Stewart
“Anatomia e Fisiologia Humanas”, de Elaine Nicpon Mrieb
“A República”, de Platão

O livro no topo da lista, “Os Elementos do Estilo”, foi publicado pela primeira vez em 1919,
para uso interno na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, onde Strunk Jr. lecionava
inglês.

Trata-se de um guia de estilo que aborda formas de escrever melhor. Em um trecho famoso,
Strunk Jr. defende a concisão.

“A escrita vigorosa é concisa. Uma frase não


deve conter palavras desnecessárias, um
parágrafo não deve conter frases
desnecessárias, pelo mesmo motivo de que um
desenho não deva conter linhas
desnecessárias, e uma máquina, partes
desnecessárias. Isso não requer que o escritor
escreva apenas frases curtas, ou que evite
detalhes e trate seus temas apenas de forma
geral, mas sim que faça toda palavra dizer
Estealgo”
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William Strunk Jr, em “Os Elementos do Estilo”

Ao clicar no nome de cada um dos livros de sucesso, o Syllabus Project traz informações
sobre o tipo de disciplina em que as obras são usadas. “Os Elementos do Estilo”, por
exemplo, é muito recomendado em cursos de literatura inglesa, mas também nas disciplinas
de ciências políticas e ciências da computação.

O site também disponibiliza uma espécie de mapa interativo


(http://galaxy.opensyllabus.org/) , em que círculos representam os principais livros
utilizados em cada área. Mais de 164 mil obras são organizadas no mapa. Em economia, por
exemplo, é possível observar um grande círculo com a obra “Princípios da Microeconomia”,
de Gregory Mankiw, muito popular também no Brasil. Em literatura, “Frankenstein”, da
britânica Mary Shelley.

O 49º título mais indicado no conjunto de todas as disciplinas é “Pedagogia do Oprimido”, do


educador brasileiro Paulo Freire. Em 2016, Freire era o terceiro pensador mais citado em
trabalhos acadêmicos do mundo, segundo um levantamento da plataforma Google Scholar
(/expresso/2016/06/04/Paulo-Freire-é-o-terceiro-pensador-mais-citado-em-trabalhos-
pelo-mundo) .

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