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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Trabalho 2 de Língua Portuguesa I

Nome do Estudante: Evaltina Valmora Raul Bila


Código: 708163218
Nome do Docente: Maura Cristina Mamade Rodrigues

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Língua Portuguesa I
Ano de Frequência: 1º Ano

Quelimane, Junho, 2020


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Categorias Indicadores Padrões Classificação


Pontuação Nota Subtotal
Máxima do
Tutor
Estrutura Aspectos  Capa 0.5
organizacionais  Índice 0.5
 Introdução 0.5
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução  Contextualização 1.0
(indicação clara do
problema)
 Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia adequada 2.0
ao objecto de trabalho

Análise e  Articulação e domínio 2.0


discussão do discurso académico
(expressão escrita
cuidada,
coerência/coesão
textual)
 Revisão bibliográfica 2.0
nacional e internacional
relevantes na área de
estudo
 Exploração de dados 2.0
Conclusão  Contributos teórico 2.0
práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
parágrafo, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas edição em citações/referências
citações e bibliográficas
bibliografia
Recomendações para melhoria:

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Índice
Introdução...................................................................................................................................1

Objectivo geral:...........................................................................................................................1

Objectivos específicos:...............................................................................................................1

Metodologia................................................................................................................................1

Unidade 13..................................................................................................................................2

Unidade 15..................................................................................................................................2

Unidade 16..................................................................................................................................2

Unidade 18..................................................................................................................................4

Unidade 19..................................................................................................................................5

Unidade 20..................................................................................................................................8

Unidade 21..................................................................................................................................8

Unidade 22..................................................................................................................................9

Unidade 23................................................................................................................................10

Bibliografia...............................................................................................................................17
Introdução
A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva ocidental
originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a
criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul como parte da Reconquista
deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas
portuguesas, para o Brasil, África (incluindo Moçambique) e outras partes do mundo. O
português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses,
mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros
poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas.

Objectivo geral:
Analisar a sumula das unidades da cadeira de Língua Portuguesa.

Objectivos específicos:
 Dar respostas ao questionário previsto na cadeira;
 Abordar com exemplos assuntos relevantes na língua portuguesa;

Metodologia
Para o alcance destes objectivos foi adoptada uma metodologia assente numa pesquisa
bibliográfica baseada em diversos autores que aparecem devidamente citados ao longo do
texto e mencionados na bibliografia final deste trabalho.

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Unidade 13
1. Composição e derivação são ambas processos morfológicos de criação de novas
palavras. Diga em que consiste cada uma delas.
Derivação  Consiste na formação de palavras novas (derivadas) a partir de palavras já
existentes na língua (primitivas) enquanto Composição Ocorre quando a palavra é formada
pela união de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer por justaposição ou por
aglutinação.
2. Indique o processo de formação de palavras dos seguintes vocábulos: aguardente,
passaporte e fidalgo.
 Aguardente (aglutinação);
 Passaporte (justaposição);
 Fidalgo.

Unidade 15
1. Com base em exemplos distinga a coordenação da subordinação.
Orações coordenadas: são aquelas “independentes” sintaticamente entre si, ou seja, uma não
depende da outra para fazer sentido. Exemplo: Eu deitei e dormi profundamente.
(Veja que as orações “eu deitei” e “dormi profundamente” fariam sentido se ficassem
separadas).
Orações subordinadas: são sintaticamente dependentes da oração principal. Ex:
É preciso que você estude.
(Veja que as orações “é preciso” e “que você estude” não fariam sentido se ficassem
separadas.)

Unidade 16
1- Faça uma pequena pesquisa sobre o discurso directo e indirecto (máximo 1 página e
meia).
Discurso direto
Este é o mais comum e natural entre os tipos de discurso. Consiste na transcrição exata da fala
dos personagens, sem participação do narrador.
É uma forma de dar vida própria aos personagens, fazendo o leitor ficar mais interessado e
mergulhar na história. No discurso direto são utilizados dois pontos, aspas ou travessão de
diálogo. Exemplos:

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O aluno afirmou:
- Preciso estudar muito para a prova.
O réu afirmou: "Sou inocente!"
No discurso direto, são utilizados os "verbos de elocução", ou seja, relacionados ao verbo
"dizer", como por exemplo: falar, afirmar, perguntar, declarar, responder, indagar, entre
outros.
Características do discurso direto
 Consiste numa transcrição exata da fala das personagens na narração, onde não ocorre
a participação do narrador;
 Esse tipo de discurso geralmente é antecedido pelo travessão (sinal de pontuação que
aponta quando se inicia a fala de uma personagem, quando ocorre mudança de
interlocutores e quando existe mudança para o narrador por meio de um verbo de
elocução). Entretanto, muitos autores de narração preferem colocar o discurso direto
entre aspas (sinal de pontuação que indica uma transcrição ou citação);
 O discurso direto é introduzido por verbos de elocução, tais como: falar, dizer,
comentar, perguntar, responder, observar, murmurar, exclamar, gritar, aconselhar etc.
Os verbos de elocução são seguidos por dois pontos (sinal de pontuação).
Discurso indireto
O discurso indireto é caracterizado pela intervenção do narrador no discurso, ao utilizar as
suas próprias palavras para reproduzir as falas dos personagens. Esse tipo de discurso sempre
é feito na 3ª pessoa. Exemplos:
O aluno afirmara que precisava estudar muito para a prova.
O réu afirmou que era inocente.
Além disso, também são utilizados verbos de elocução para anunciar o discurso, além de
conjunções que separam a fala do narrador das falas dos personagens (que e se).
Características do discurso indireto
 A narração é construída em 3ª pessoa;
 Esse tipo de discurso é introduzido por verbos de elocução, como, por exemplo: dizer,
perguntar, falar, comentar, responder, replicar, exclamar, observar, exclamar, gritar
etc. Tais verbos são seguidos por conjunções (que ou se), exercendo a função de
separar a fala do narrador da fala da personagem;

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 Durante o discurso, o narrador atua como um intermediário, usando suas próprias
palavras para reproduzir a essência das falas das personagens, atuando também na
reprodução das personalidades e reações de tais personagens.

Unidade 18
1. Em que consistem os pronomes ou formas de tratamento?
As formas de tratamento se constituem nos modos pelos quais nos dirigimos às autoridades,
quer por meio de correspondência oficial, quer de forma verbal em atos solenes.
Inúmeras são as situações em que devemos nos expor ou apresentar os nossos saberes, perante
os outros.
O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento tem larga tradição na Língua
Portuguesa.
Entendemos por formas de tratamento, palavras ou sintagmas que o usuário da língua
emprega para dirigir-se e/ou referir à outra pessoa.
Estabelecemos quatro níveis para essas formas de tratamento, a saber:
 Formas pronominalizadas, isto é, palavras e expressões que equivalem a verdadeiros
pronomes de tratamento, como as formas você, o senhor, a senhora.
 Formas nominais, constituídas por nomes próprios, nomes de parentesco, nomes de
funções (como professor, doutor, etc.).
 Formas vocativas, isto é, palavras desligadas da estrutura argumental do enunciado e
usadas para designar ou chamar a pessoa com quem se fala. Normalmente, essas são
acompanhadas por pronomes pessoais explícitos ou implícitos.
 Outras formas referenciais, isto é, palavras usadas como referência à pessoa de quem
se fala.
2. Tendo como base exemplos por si criados, e organizados num quadro-sinóptico,
caracterize os diferentes tipos de pronomes de tratamento – intimidade, formalidade,
cortesia ou de reverência.

USADO PARA TRATAMENTO VOCATIVO


ALMIRANTE EXCELÊNCIA Exmo. Sr. Almirante
BRIGADEIRO EXCELÊNCIA Exmo. Sr. Brigadeiro
CÔNSUL Senhoria Ilmo. Sr. Cônsul
CORONEL Senhoria Ilmo. Sr. Coronel
DEPUTADO Excelência Exmo. Sr. Deputado
EMBAIXADOR Excelência Exmo. Sr.

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Embaixador
GENERAL Excelência Exmo. Sr. General
GOVERNADOR DO ESTADO Excelência Exmo. Sr. Governador
JUIZ Excelência (Meritíssimo Exmo. Sr. Doutor
Juiz)
MAJOR Senhoria Ilmo. Sr. Major
MARECHAL Excelência Exmo. Sr. Marechal
MINISTRO Excelência Exmo. Sr.Ministro
PREFEITO Excelência Exmo. Sr.Prefeito
PRESIDENTE DA Excelência Exmo. Sr.Presidente
REPÚBLICA
REITOR DE UNIVERSIDADE MAGNIFICÊNCIA Exmo. Sr.
(Magnífico Reitor)
SECRETÁRIO DE ESTADO Excelência Exmo. Sr.
SENADOR Excelência Exmo. Sr.
TENENTE-CORONEL Senhoria Ilmo. Sr. Tenente
Coronel
VEREADOR Excelência Exmo. Sr. Vereador
DEMAIS AUTORIDADES, Senhoria Ilmo. Sr.
OFICIAIS E PARTICULARES

Unidade 19
1. O que distingue acta do relatório?
Um relatório é uma exposição escrita, minuciosa e circunstanciada relativa a um assunto ou
facto ocorrido. O objectivo de um relatório é comunicar uma actividade desenvolvida ou
ainda em desenvolvimento durante uma missão. Deve fornecer o relato permanente de um
estudo ou de uma pesquisa e a informação necessária, que deve ser global e coerente, capaz
de permitir tomadas correctas de decisões.
Ata ou Assembléia de Tramites Administrativos, um (livro) tipo caderno usa-se para
anotações de uma reunião de pessoas para provar o dito pelo não dito nessa e todos os
presentes deverão assinar para provas futuras.
2. Quais as características linguísticas que se exigem numa acta e num relatório?
Apresentam uma linguagem objectiva, mais pode conter sinais e exclamações e interrogações
que incitam a posição do reflexo favorável ao enfoque do autor.
Outros aspectos persuasivos são as orações no imperativo, (seja, ajude, favoreça) e a
utilização de conjunções que agem como elementos articuladores (e, mais, contudo, porem,
entre tanto) e dão maiores clarezas ideias. Geralmente é escrito no modo imperativo.
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3. A partir de uma reunião, em que tomar parte, redija a respectiva acta;
ACTA DO ENCONTRO DO ENCERRAMENTO DO ANO LECTIVO DE DOIS MIL E
DEZOITO
Aos oito dias do mês de Dezembro pelas oito horas e cinquenta e seis minutos teve lugar na
sala número dois o último encontro do colectivo da EPC Externato Pakiba em que
participaram todos os funcionários, com excepção do senhor Yuxel e professora Luísa por
motivos familiares. O encontro foi presidido pela senhora Directora. Após a introdução do
Director Adjunto a presidente saudou aos presentes.
De seguida o professor Bonde procedeu a leitura do relatório anual do ano lectivo de dois mil
e dezoito que abordou os seguintes pontos: Abertura do ano lectivo de dois mil e dezoito,
Direcção e pessoal docente e não docente, Efectivos escolares, Actividades psicopedagógicas,
Material escolar, Secretaria e administração; e Desafios.
Lido o relatório o professor Barros advertiu que o relatório espelhou a quase generalidade do
funcionamento da escola ao longo do ano sem detalhes minuciosos. Assim ressalvou que que
no período da manha as concentrações foram realizadas no segundo tempo. Acautelou ainda
que por insuficiência de dados não foi mencionada a questão da acção social.
A presidente questionou se havia algo por acrescentar ao relatório. O senhor Paporo sugeriu
que se acrescentasse a troca de experiência que a escola fez com uma escola de Caia.
O professor Mafuta apresentou a classificação feita aos professores. Após sua leitura houve
muito elogio tanto aos instrumentos de colecta de dados para a classificação quanto às
classificações feitas. A presidente não encontrou palavras para parabenizar aos trabalhos feito
pelos professores Mafuta e Viola. Depois foram feitas várias intervenções em torno dos itens
para melhorar onde se pode registar que as anotações dos membros de direcção tal como as
listas de presenças, as justificações das faltas, os contributos nas reuniões, o livro de turma, o
registo da assiduidade e pontualidade automáticos fossem incluídos na efectivação das
classificações. Quanto a periodicidade ficou marcada a avaliação trimestral para permitir
melhorias no desempenho dos funcionários.
Quanto ao aproveitamento pedagógico a professora Inês Higino citou a única aluna reprovada,
a Kiara Joel, resultante da sua fraca capacidade oral, escrita e relacional aliada ao facto de a
família não ter apoiado a aluna. Contou que a mãe propusera que a aluna passasse de classe
pois seria transferida para outra escola.
Igualmente o professor Rajabo indicou que o aluno Marchade Francisco apresentava poucas
habilidades para a classe demonstrando um atraso de duas classes anteriores como a segunda

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classe; assim o aluno foi retido após uma consulta com a encarregada tendo constatado que o
aluno melhorou mas não transitou. A seguir referiu-se ao caso da Wendy que veio transferida
no segundo trimestre e até hoje não apresenta notas do primeiro trimestre. Para se resolver a
situação da aluna ficou marcado que a escola vai contactar a família da Wendy para questões
da possibilidade de exames do primeiro ciclo ou aquisição dos documentos pedagógicos dos
anos anteriores.
Quanto as matriculas dos alunos internos a senhora Cecília afirmou que para a pré B se
inscreveram todos os alunos internos com excepção da Quizua que pode passar para a
primeira classe mas se encontra devedora de mensalidades. A terceira já estava trinta alunos e
as restantes classes apresentam um nível baixo de inscrição.
Em relação a limpeza os inventários foram entregues à Senhora Directora pelas mãos da dona
Esménia.
Com relação as férias dos guardas, uma vez que o senhor Calisto não tem direito a elas mas o
senhor Paporo tem direito a vinte e quatro dias de férias, ficou consignado que no Natal o
professor Calisto vai passar o Natal com a família e o professor Paporo vão passar o fim do
ano com a família.
As professoras afirmaram que todo o material foi entregue aos alunos excepto ao Keven,
irmão da Wendy, que depois dos testes não se fez mais presente as aulas. Dona Cecília
afirmou ter recebido o material da Maira e do Calide, alunos desistentes da pré-escolar.
Quanto as avaliações a presidente frisou que só poderiam ser entregues no dia da divulgação
final das notas.
No concernente aos encarregados de educação o professor Viola referiu que há ainda
encarregados que preferem interagir com a direcção no lugar do director da turma.
A professora Custódia quis saber se existia possibilidade de se arranjar batas para os
professores. A presidente respondeu que já existe o tecido e os bolsos para as batas
exclusivamente da escola Pakiba; assim os professores serão comunicados para receber uma
senha a apresentar ao alfaiate, no mês de Janeiro.
No referente as disciplinas de ofícios e de educação visual ficou proposto que as disciplinas
mantenham mas as avaliações para classificação qualitativa. A presidente sugeriu que se
usasse um projector de vídeos e fotos.
O professor Mafuta referenciou que desenvolveu um software que propôs que estes fossem
impressos no lugar das cadernetas normais. A directora apoiou a ideia e mencionou que esta
proposta vai estar inclusa no pacote online que a escola vai em breve aderir.

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Sobre a oitava classe a presidente referiu que já existe a autorização mas as instalações ainda
estão em processo de prontificação. Contudo o início é garantido. A única preocupação se
circunscreve somente ao número de candidatos.
A escola vai reabrir no dia oito de Janeiro de dois mil e dezanove, o retorno dos professores
ronda nos dias vinte de Janeiro para organizações do início do ano lectivo.
Nada mais havendo a tratar, quando eram doze hora e cinco minutos encerrou-se a sessão da
qual se lavrou a presente acta que depois de lida e aprovada vai ser assinada por mim e pela
presidente.

Mocuba, 10 de Dezembro de 2018

Unidade 20
1. Com base nos conhecimentos que adquiriu sobre esta matéria (Texto Expositivo –
Agumentativo), elabore um texto expositivo-argumentativo com uma temática ligada à
necessidade de massificação da educação para pessoas da terceira idade.

Unidade 21
1. Em que consiste o texto narrativo?
Um texto narrativo é uma expressão escrita que relaciona uma série de eventos que acontecem
com determinados assuntos ou personagens; Podem ser seres humanos, animais e até objetos
ou seres antropomórficos (isto é, animais ou objetos com características humanas).
2. Com base numa obra de referência nacional e internacional da Língua portuguesa,
identifique e caracterize as categorias da narrativa nomeadamente o narrador, as
personagens, a acção, o espaço e o tempo.
Acção: Principal - constituída pelos acontecimentos principais; Secundária - constituída pelos
acontecimentos menos relevantes.
Espaço
 Físico- lugar onde se desenrola a acção.
 Social - meio ambiente onde a acção decorre.
 Psicológico - refere-se ao interior das personagens.
Tempo
 Cronológico (da história) - sucessão cronológica dos acontecimentos
 Histórico - corresponde à epoca ou ao momento em que decorre a acção.

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 Psicológico - tempo vivido pela personagem, de acordo com o seu estado de espirito.
 Do discurso - corresponde ao tempo em que a história é escrita.
 Ordem temporal (ordem linear - isocronia; ordem não linear - anisocronia: analespse /
prolepse)
 Ritmo temporal (relação entre a duração da história e o nº de linhas/páginas ->
isocronia / anisocronia)
Personagens
 Principal - papel preponderante, no qual é o centro da acção.
 Secundária - papel de menor relevo, auxiliando a personagem principal.
 Figurantes - não intervêm directamente na acção, servem como uma "decoração".
Narrador
 Autodiegético - quando é personagem principal.
 Homodiegético - quando é personagem secundária.
 Heterodiegético - quando é uma personagem exterior à acção.

Unidade 22
1. Em que consiste um texto descritivo?
O texto descritivo é um tipo de texto que envolve a descrição de algo, seja de um objeto,
pessoa, animal, lugar, acontecimento, e sua intenção é, sobretudo, transmitir para o leitor as
impressões e as qualidades de algo.
Em outras palavras, o texto descritivo capta as impressões, de forma a representar a
elaboração de um retrato, como uma fotografia revelada por meio das palavras.

2. Elabore um texto descritivo com recurso a elementos linguisticamente expressivos e


eufóricos.
Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta,
bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco
desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da
cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o
cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos,
dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.

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Unidade 23
1. Faça uma pesquisa em gramáticas e apresente todas as figuras de estilos existentes,
agrupando-as de acordo com os níveis existentes. Não se esqueça de apresentar os
seus respectivos exemplos.
Aliteração – Repetição de sons consonânticos.
Exemplo:
“Fogem fluindo à fina-flor dos fenos.” (Eugénio de Castro)
“Na messe, que enlourece, estremece a quermesse.” (Eugénio de Castro)
Assonância – Repetição de sons vocálicos.
Exemplo:
“Sino de Belém, pelos que inda vêm!
Sino de Belém bate bem-bem-bem.
Sino da Paixão, pelos que lá vão!
Sino da Paixão bate bão-bão-bão.”
(Manuel Bandeira, Poesia Completa e Prosa)
Onomatopeia – Conjunto de sons que reproduzem ruídos do mundo físico. Este
conjunto de sons pode formar palavras com sentido (palavras onomatopaicas).
Exemplo:
“Bramindo o negro mar de longe brada.” (Camões)
Anáfora – Repetição de uma ou mais palavras no início de verso ou de período.
Exemplo:
“Toda a manhã/fui a flor/impaciente/por abrir. /Toda a manhã/fui ardor/do sol/no teu
telhado. “ (Eugénio de Andrade)
“É brando o dia, brando o vento.
É  brando o Sol e brando o céu.” (Fernando Pessoa)
Assíndeto – Supressão das partículas de ligação (vírgula, virgula,)
Exemplo:
“Quero perder-me neste Pisão, nesta Pereira, neste Desterro.” (Vitorino Nemésio)
“Eu hoje estou cruel, frenético,  exigente.” (Cesário Verde)
Polissíndeto – Repetição dos elementos de ligação entre palavras.
Exemplo:
“Aqui  e no pátio  e  na rua e no vapor e no comboio e no jardim  e  onde quer que nos
encontremos.” (Sebastião da Gama)

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“E crescer e saber  e  ser e haver
E perder e sofrer  e  ter terror.” (Vinicius de Morais)
Anástrofe – Inversão da ordem directa das palavras.
Exemplo:
“Tirar Inês ao mundo determina.” (Camões)
Hipérbato – Inversão violenta da ordem dos elementos na frase.
Exemplo:
“Casos/Duros que Adamastor contou futuros.” (Camões)
“Estas sentenças tais o velho honrado Vociferando estava.” (Camões)
Paralelismo ou simetria – Repetição do esquema ou construção da frase ou do verso.
Exemplo:
“Meu  amor! Meu amante! Meu  amigo!” (Florbela Espanca)
 “E agora José? A festa acabou/a apagou/o povo sumiu/a noite esfriou/e agora  José? E
agora  Joaquim? /Está sem mulher/está sem discurso/está sem caminho…” (Carlos
Drummond de Andrade)
 “Ondas do mar de Vigo,
Se vistes o meu amigo,
E ai Deus se virá cedo!
Ondas do mar levado,
Se vistes meu amado,
Ai Deus se virá cedo!” (Martim Codax)
Pleonasmo – Repetição de uma ideia já expressa.
Exemplo:
“Vi, claramente  visto, o lume vivo.” (Camões)
 “Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!” (Fernando Pessoa)
Quiasmo – Estrutura cruzada de quatro elementos, agrupados dois a dois. Assim, o
segundo grupo apresenta os mesmos elementos do primeiro, mas invertendo a ordem
(J.M. Castro Pinto).
Exemplo:
“Joana flores colhia/Joana colhia cuidado.” (Bernardim Ribeiro)
 “Mais dura, mais cruel, mais rigorosa,
Mais rigoroso, mais cruel, mais duro.” (Jerónimo Baía)

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Antítese – Apresentação de um contraste entre duas ideias ou coisas. Repare-se nesta
sequência de antíteses:
Exemplo:
“Ganhe  um momento o que perderam anos/Saiba morrer o que viver não soube!” (Bocage)
“Ali, àquela luz ténue e esbatida, ele exalava a sua paixão crescente e escondia o seu fato
decadente.” (Eça de Queirós)
“O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
Paradoxo – Um mesmo elemento produz efeitos opostos.
Exemplo:
“Que puderam tornar o fogo frio.”
Que saudade, gosto amargo.”
Apóstrofe ou Invocação – Interpelação a alguém ou a alguma coisa personificada.
Exemplo:
“Ó glória de mandar, ó vá cobiça/Desta vaidade a quem chamamos fama. ” (Camões)
“Bem puderas, ó Sol, da vista destes…” (Camões)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!” (Fernando Pessoa)
Comparação – Consiste na relação de semelhança entre duas ideias ou coisas, através de
uma palavra ou expressão comparativa ou de verbos a ela equivalentes (parecer,
lembrar, assemelhar-se, sugerir).
Exemplo:
“O génio é humilde como a natureza.” (M. Torga)
“A rua […] parece um formigueiro agitado.” (Érico Veríssimo)
 “Eu toco a solidão como uma pedra.” (Sophia de Mello Breyner Andresen)
Eufemismo – Dizer de uma forma suave uma ideia ou realidade desagradável.
Exemplo:
“…Só porque lá os velhos apanham de quando em quando uma folha de couve pelas
hortas, fazem de nós uns Zés do Telhado!” (Aquilino Ribeiro)
Tirar Inês ao mundo determina.” (Camões)
Disfemismo – Dizer de forma violenta aquilo que poderia ser apresentada de uma forma
mais suave.
Exemplo:
“Esticar o pernil.”

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“ – Foi. Enfurecendo-se, estourou. É dos livros…
– Se não se tivesse zangado hoje…
– Estourava amanhã. Estava nas últimas… Deixa em paz a criatura.
Está começando a esta hora a  apodrecer, não a perturbemos.” (Eça de Queirós)
Enumeração – Apresentação sucessiva de vários elementos.
Exemplo:
“Deu sinal a trombeta castelhana/Horrendo, fero, ingente  e  temeroso.” (Camões)
Gradação – Disposição dos termos por ordem progressiva no seio de uma enumeração.
Pode ser crescente ou decrescente.
Exemplo:
“Duro, seco, estéril monte…” (Camões)
”O Chico Avelar é bom moço; mas o pai é tacanho, um bana bóia…! Tem medo de tudo; é
um  capacho debaixo dos pés de certos senhores da cidade. Quanto á fortuna de dona
Carolina Amélia, […] bem sabes como aquilo estava: capitais espalhados, rendas em
atraso,  casas a cair…” (Vitorino Nemésio)
Hipálage – Atribuição a um ser ou coisa de uma qualidade ou acção logicamente
pertencente a outro ser.
Exemplo:
“As  tias faziam meias sonolentas.” (Eça de Queirós)
 “Dá-me cá esses  ossos honrados.” (Eça de Queirós)
Personificação – Atribuição de qualidades ou comportamentos humanos a seres que o
não são.
Exemplo:
“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa)
 “Havia na minha rua/Uma árvore triste.” (Saúl Dias)
 “Também, choram [as ondas] todo o dia, /Também se estão a queixar. /Também, á luz das
estrelas, / toda a noite a suspirar!” (Antero de Quental)
Hipérbole – Ênfase resultante do exagero.
Exemplo:
“Se aquele mar foi criado num só dia, eu era capaz de  o escoar numa só hora.” (Agustina
Bessa - Luís)

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Ela só viu as lágrimas em fio/que duns e doutros olhos derivadas/se acrescentaram em
grande e largo rio.” (Camões)
Ironia – Figura que sugere o contrário do que se quer dizer.
Exemplo:
“Senhora de raro aviso e muito apontada em amanho da casa e ignorante mais que o
necessário para ter juízo.” (Camilo Castelo Branco)
“A Câmara Municipal do Porto, com uma nobre solicitude pelo peixe, para quem parece ser
uma  extremosa mãe, e  receando com um carinho assustado,  que o peixe se
constipasse […] construiu-lhe uma praça fechada.” (Eça de Queirós)
Metáfora – Comparação de dois termos, seguida de uma identificação.
Exemplo:
“A menina Vilaça, A loura, vestida de branco, simples, fresca, com o seu ar de gravura
colorida.” (Eça de Queirós)
Sinédoque – Variante de metonímia, pela qual se exprime o todo pela parte ou vice-
versa.
Exemplo:
“…a Ocidental praia Lusitana.” (Camões)
“…novo temor da Moura lança.” (Camões)
Sinestesia – Fusão de percepções relativas a dados sensoriais de sentidos diferentes.
Exemplo:
“Da luz, do bem, doce clarão irreal.” (Camilo Pessanha)
 “…delicioso aroma selvagem.” (Almeida Garrett)
“Tinha um sorriso amargo.” (Eça de Queirós)
Rima – Repetição de sons (não de letras) no fim dos versos ou no seu interior.
Ritmo – Rápido, lento, melancólico, binário, ternário…
Métrica – Pode não ser indiferente o número de sílabas métricas (contadas até à última
sílaba tónica). A métrica mais usada em Camões: redondilha maior e menor (versos de sete
e cinco sílabas, respectivamente) e decassílabo (no soneto e n’Os Lusíadas).
Elipse – Omissão de uma palavra (um adjectivo, um verbo, etc.) que subentende.
Exemplo:
“Quero perder-me neste Pisão, nesta Pereira, neste Desterro.” (Vitorino Nemésio)
Equivalente a: Quero perder-me neste Pisão, [quero perder-me] nesta Pereira, [quero
perder-me] neste Desterro.

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Alegoria – Coisificação de um conceito abstracto: «o polvo» (=a hipocrisia e traição), no
Sermão de Santo António (Pe. António Vieira), é uma alegoria.
Exemplo:
“…tão grande sandice é […] desprezar o estado das  virtudes, e escolher o estado
dos  pecados, como seria se algum quisesse passar algum rio perigoso e tormentoso e
achasse duas barcas: uma forte e segura e mui bem aparelhada, e em que raramente algum
se perde, […] e outra velha, fraca, podre, rota em que todos se perdem, e alguns poucos se
salvam”. (D.Duarte)
Animismo – Atribuição de vida a seres inanimados.
Exemplo:
“Plácida, a planície adormece, lavrada ainda de restos de calor.” (Virgílio Ferreira)
Imagem – Recurso a aspectos sensoriais para, a partir daí, provocar uma forte evocação
afectiva (José M. de Castro Pinto).
Exemplo:
“Para os vales poderosamente cavados, desciam bandos de arvoredos, tão copados e
redondos, de um verde tão moço, que eram como um musgo macio onde apetecia cair e
rolar.” (Eça de Queirós)
“Um polvo de pânico desdobra-se pelos fios.” (José Gomes Ferreira)
Interrogação – Questão retórica, isto é, não visa uma resposta, antes procura dar ênfase
e criar expectativa.
Exemplo:
“Sou por ele [retrato] possuído? /Ou ele me possui?” (Raul de Carvalho)
Metonímia – Emprego de um vocábulo por outro, com o qual estabelece uma relação de
contiguidade (o continente pelo conteúdo; o lugar pelo produto, o autor pela sua obra,
etc.).
Exemplo:
Tomar um copo (=um copo de vinho). Beber um Porto (=um cálice de vinho do Porto).
Ando a  ler Eugénio de Andrade (=a obra de…)
[Os madeireiros] “trabalham nesta praça contra a clorofila.” (Carlos de Oliveira)
“O excomungado não tem queda para as letras.” (=estudo) (Aquilino Ribeiro)
Perífrase – Figura que consiste em dizer por muitas palavras o que poderia ser dito em
algumas ou alguma.
Exemplo:

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“Tenho estado doente. Primeiramente, estômago – e depois, um incómodo, um
abcesso naquele sítio em que se levam os pontapés…” (Eça de Queirós)

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Bibliografia
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história do desenvolvimento durante o período de 1974-1992. Maputo: Padrigu/CEEI-
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Mudança". In: Zacarias, A. (Ed.). Repensando estratégias sobre Moçambique e África
Austral. Maputo: INFOTEN-ISRI.
ERASMUS, G. (2003). "The sustainable sharing of water in Southern Africa: Towards an
integrated approach?" In: Monitoring regional integration in Southern Africa.
Yearbook, v.3, p.81-93. Windhoek: Gamsberg Macmilan Publishers (Pty).
MOÇAMBIQUE. Ministério da Indústria e Comércio -MIC. (2005). Estratégia de
Moçambique para o processo de integração regional na SADC. Maputo.
MOSCA, J. (2005). Economia de Moçambique. Lisboa: Instituto Piaget.
MUAGERENE, A. (2005). "SADC regional integration: assessing the role of Angola and
Mozambique." In: Hansohom, D. et al. (Ed.). Monotoring regional integration in
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ROTCHILD, D. (1997). Managing Ethnic Conflict in África. Pressures and Incentives for
Cooperation. Washington, D.C.: Brooking Institution Press.

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