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CONTEÚDO

1. OBJETIVO...........................................................................................................................3
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS.........................................................................................3
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS...........................................................................................3
3.1. CONSIDERAÇÕES............................................................................................................3
3.2. CAMINHO DE ROLAMENTO PARA INSTALAÇÃO DE LINHA DE VIDA HORIZONTAL....................4
4. DESENHO ILUSTRATIVO..................................................................................................4
5. MEMORIAL DE CÁLCULO................................................................................................4
5.1. CÁLCULO DA ZONA LIVRE DE QUEDA (ZLQ)......................................................................4
5.2. DIMENSIONAMENTO DA LINHA DE VIDA HORIZONTAL FLEXÍVEL PARA CAMINHO DE
ROLAMENTO...........................................................................................................................5

6. CONCLUSÃO...................................................................................................................10

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1. OBJETIVO
O presente memorial de cálculo objetiva demonstrar a capacidade de carga e as condições
de segurança do sistema em análise – compreendido por uma sistema de linha de vida
horizontal a ser instalada sobre viga principal e carro ponte de ponte rolante já instalada na
empresa XXXXXXXXXX – do ponto de vista do dimensionamento estrutural e seus
componentes, bem como definir recomendações para a instalação do sistema.
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NR 35: Trabalho em altura;
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16325-12: Proteção contra
quedas de altura. Dispositivos de ancoragem tipos A. B e D.
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
3.1. Considerações
 A Tabela 1, cujos dados foram levantados após levantamento de campo, realizado pela
empresa XXXXXX, informa as dimensões principais para quais as ancoragens das
linhas de vida para os caminhos de rolamento deverão ser projetadas.
TABELA 1: DIMENSÕES PRINCIPAIS PARA PROJETO
Equipamento Vão da Vão entre Quantidade Vão entre Quantidade Altura da Usuários Altura
Ponte pontos de de pontos de de linha de simultâneos mínima da
Rolante ancoragem ancoragens ancoragem ancoragens vida até o linha de
(m) p/ viga p/ piso (m) vida à
principal cabeceiras superfície
(m) (m) de
passeio
(m)
PONTE 17 8,5 3 3 2 2 1,2
14-PT-01
PONTE 16,8 8,4 3 5 2 2 1,2
14-PT-501
PONTE 38,2 9,55 5 8 2 2 1,2
26-PT-501
PONTE 10,5 10,5 2 5 2 2 1,2
26-PT-502
PONTE 10,5 10,5 2 5 2 2 1,2
26-PT-503
PONTE 38,2 9,55 5 8 2 2 1,2
26-PT-505
PONTE 21 10,5 2 8 2 2 1,2
27-PT-501
PONTE 21 10,5 2 8 2 2 1,2
27-PT-502
PONTE 16,8 8,4 2 5 2 2 1,2
27-PT-504

3.2. Caminho de rolamento para instalação de linha de vida horizontal


Conforme Tabela 1, os vãos entre pontos de fixação em todos os locais de instalação
estão no intervalo de 8 a 10,5 metros.
4. MEMORIAL DE CÁLCULO
A linha de vida horizontal flexível é um sistema em que cada elemento deve resistir às
forças que serão submetidas desde o cinto de segurança, talabarte, argola D,

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absorvedores de energia, conectores, cabos de aço e finalmente o sistema de ancoragem.
O sistema deve assegurar um espaço mínimo após a queda de um metro (1,00 m) entre o
colaborador e o nível de impacto.
4.1. Cálculo da zona livre de queda (ZLQ)
A zona livre de queda é a região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo
inferior mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como
o nível do chão ou o piso inferior ver Figura 2.
Figura 1: Ambiente-padrão para ZLQ, utilização com talabarte com absorvedor de energia.

A zona livre de queda pode ser calculada pela equação 5.1, como:
ZLQ=f 3+ a+b+c + d (5.1)
Onde:
f3 é a flecha dinâmica de cálculo
a é o comprimento do talabarte.
b é o comprimento do absorvedor de energia totalmente aberto.
c é a distância do elemento de engate do cinturão até o pé da pessoa (1,5 m).
Adotamos 1,8 m para prevenir escorregamento do cinto.
d é a distância de segurança (1,0 metro; determinada nas normas NBR 14626,
14627, 14628, 14629, 15834).

4.2. Dimensionamento da linha de vida horizontal flexível para caminho de rolamento

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4.2.1. Premissas
As linhas de vida serão montadas com uma flecha igual a 3% do vão para diminuir o
impacto nas ancoragens.
4.2.2. Diagrama de linha de vida
O diagrama representado na Figura 3 apresenta a estrutura de uma linha de vida, objeto
deste memorial de cálculo.
Figura 2: Diagrama de linha de vida.

Onde:
L é o vão compreendido entre as ancoragens da linha de vida.
L 1 é o Comprimento total do cabo com uma flecha de montagem determinada.
f 1 é a flecha de montagem > 3% do vão (L). Quanto maior a flecha, menor o
esforço na ancoragem.
f 2 é a flecha considerando o comprimento L1 do cabo formando um triângulo
sem carga dinâmica..
f 3 é a flecha máxima quando a carga dinâmica atinge o seu máximo.
P é a carga dinâmica atuando na retenção da queda (600 kgf).
T 1 é a força de tração no cabo. Também é a força transmitida pelo cabo nas
ancoragens
f 3−f 2 é o espaço de frenagem do corpo.
q é o Peso do cabo (kg/m).
4.2.3. Cálculo de f1
Tomamos o valor da flecha igual a 3% do vão, calculado pela equação 5.2 igual a 0,24 m
para um vão de 8,0 m.
f 1=0,03 × L (5.2)
4.2.4. Cálculo de L1
O cabo com a flecha de montagem deve ser no mínimo 3% do vão. Quanto maior a flecha
de montagem, menor será a força de reação do cabo na ancoragem.
O comprimento do cabo montado entre vãos é calculado pela equação 5.3:

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2
2 f1
L 1=L 1+
( ( ))3 L/2
(5.3)

4.2.5. Cálculo de f2
A flecha triangular considerando o comprimento L1 do cabo, é calculada pela equação 5.4:
L1 2 L 2
f 2=
√( 2 ) ()

2
(5.4)

4.2.6. Cálculo de alongamento do cabo submetido a uma força de tração


Para se calcular a flecha dinâmica f3, é necessário saber o alongamento que o cabo irá
sofrer. Para isso, é preciso saber qual a força de tração no cabo (T1).
Essa força depende da carga dinâmica sobre o corpo P e do ângulo formado pelo cabo de
aço quando submetido a carga dinâmica, que depende de f3. Por isso deve-se fazer o
cálculo iterativo, iniciando com uma força T qualquer, por exemplo 1.500,00 kgf.
Calculamos então o alongamento do cabo com tal força arbitrada.
O cálculo é realizado conforme equação 5.5:
T ×L1
∆ L= (5.5)
E × AC
Onde:
∆L é o alongamento do cabo submetido a uma força T.
T é a força inicial adotada para o início do cálculo de iteração.
L1 é o comprimento do cabo com a flecha adotada. .
AC é a área metálica do cabo (informação obtida dos catálogos dos fabricantes
de cabo de aço).
E é o modulo elástico do cabo (retirado do manual técnico
CIMAF=9,5 x 105 kgf /cm² para o cabo 6x19).
4.2.7. Cálculo da flecha dinâmica f3 para a força adotada
A flecha dinâmica f 3 é calculada pela equação 5.6:
L1+ ∆ L 2 L 2
f 3=
√(
2

2 ) ()
4.2.8. Cálculo da carga dinâmica vertical sobre o cabo
(5.6)

Considera-se que a máxima carga dinâmica que se deve ter no corpo em queda na
desaceleração seja 600 kgf. As normas brasileiras de fabricação de absorvedores de
energia e de trava-quedas retráteis indicam que esses equipamentos com queda de
pessoas de 100 kgf não devem ultrapassar os 600 kgf de carga dinâmica no corpo durante
a desaceleração. Por isso, podemos tomar esse valor para o projeto. Vale ressaltar que
alguns trava-quedas retráteis não servem para trabalhos em linhas de vida, pois no retorno
do choque podem desacoplar e descer mais um tramo. Dessa forma, confira sempre com o
fabricante se o trava-quedas retrátil pode ser utilizado nessa aplicação.

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4.2.9. Cálculo da foça sobre o cabo
No início do cálculo, adotamos uma força qualquer T (força no cabo). Logo após,
calculamos
mesma força T1 por semelhança de triângulos, ver Figura 4.
Figura 3: Triangulo de forças.

A flecha máxima dividida pela metade do comprimento do cabo, tomando a metade do


alongamento, será igual à metade da força no corpo dividida pela força no cabo por
semelhança de triângulos, conforme equação 5.7:
P ( L1+ ∆ L )
T 1= (5.7)
4f 3

Compara-se a força de tração de T1 encontrada nos cálculos com a T adotada


inicialmente. Se forem diferentes, interpolam-se os dois valores. Esse valor é utilizado para
entrada no início do processo de cálculo com essa nova força adotada e assim
sucessivamente, até que o valor de força adotada T seja igual à força calculada T1, aí
teremos o ponto de trabalho do sistema.
4.2.10. Força de Tração T de Projeto e Fator de Segurança
Quando a força T1 calculada for de mesma magnitude que a força T (tentativa), ela será a
força de tração no cabo adotada no projeto para dimensionamento do cabo de aço e
ancoragens do sistema.
Para o dimensionamento do cabo de aço, adota-se um fator de segurança no mínimo de
2,0.
Essa sequência de cálculos é iterativa e fica mais fácil de ser visualizada através do
cálculo
utilizando uma planilha de cálculo.
4.2.11. Resultados
A Tabela 2, apresenta os resultados para o dimensionamento dos cabos de aço para a
linha de vida dos caminhos de rolamento para todas as pontes objeto de memorial de
cálculo.

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TABELA 2: PLANILHA DE CÁLCULO PARA LINHA DE VIDA PARA CAMINHO DE ROLAMENTO
Dados de entrada
  PONTE 14-PT-01 PONTE 14-PT-501 PONTE 26-PT-501 PONTE 26-PT-502 PONTE 26-PT-503 PONTE 26-PT-505 PONTE 27-PT-501 PONTE 27-PT-502 PONTE 27-PT-504
Peso do corpo (m) 100,00 kg 100,00 kg 100,00 kg 100,00 kg 100,00 kg 100,00 kg 100,00 kg 100,00 kg 100,00 kg
Vão (L) 8,50 m 8,40 m 9,55 m 10,50 m 10,50 m 9,55 m 10,50 m 10,50 m 8,40 m
Diâmetro do cabo (d) 11,50 mm 11,50 mm 11,50 mm 11,50 mm 11,50 mm 11,50 mm 11,50 mm 11,50 mm 11,50 mm
Força de ruptura do cabo (fu) 8300,00 kgf 8300,00 kgf 8300,00 kgf 8300,00 kgf 8300,00 kgf 8300,00 kgf 8300,00 kgf 8300,00 kgf 8300,00 kgf
Número de pessoas (n) 3,00 n 3,00 n 3,00 n 3,00 n 3,00 n 3,00 n 3,00 n 3,00 n 3,00 n
Comprimento do talabarte (a) 1,40 m 1,40 m 1,40 m 1,40 m 1,40 m 1,40 m 1,40 m 1,40 m 1,40 m
Comprimento do abs. estendido (c) 1,10 m 1,10 m 1,10 m 1,10 m 1,10 m 1,10 m 1,10 m 1,10 m 1,10 m
Uso de trava-quedas retrátil (A1) 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m
Espaço de frenagem trava-quedas retrátil (B1) 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m 0,90 m
Distância posição recolhida a posição de trabalho (b1) 1,00 m 1,00 m 1,00 m 1,00 m 1,00 m 1,00 m 1,00 m 1,00 m 1,00 m
                                     
FORÇA CABO - ITERAÇÃO 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf
 
Cálculos
FLECHA (%) 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3%  
Comprimento do cabo c 5% (L1) 8520,4 mm 8420,2 mm 9572,9 mm 10525,2 mm 10525,2 mm 9572,9 mm 10525,2 mm 10525,2 mm 8420,2 mm
DI alongamento cabo (ΔL) 51 mm 50 mm 57 mm 63 mm 63 mm 57 mm 63 mm 63 mm 50 mm
Flecha inicial parabólica (f1) 255 mm 252 mm 287 mm 315 mm 315 mm 287 mm 315 mm 315 mm 252 mm
Flecha inicial cabo reto (f2) 295 mm 291 mm 331 mm 364 mm 364 mm 331 mm 364 mm 364 mm 291 mm
Flecha total carga dinâmica (f3) 551 mm 545 mm 619 mm 681 mm 681 mm 619 mm 681 mm 681 mm 545 mm
Distância de frenagem 256 mm 253 mm 288 mm 317 mm 317 mm 288 mm 317 mm 317 mm 253 mm
Carga corpo (P) 800 kgf 800 kgf 800 kgf 800 kgf 800 kgf 800 kgf 800 kgf 800 kgf 800 kgf
Força no cabo (T1) 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf 3111 kgf
Força admissível (Fadm) 3320 kgf 3320 kgf 3320 kgf 3320 kgf 3320 kgf 3320 kgf 3320 kgf 3320 kgf 3320 kgf
Número de pessoas (n) 3 n 3 n 3 n 3 n 3 n 3 n 3 n 3 n 3 n
Hmim cabo/piso - talabarte (ZLQ1) 5,85 m 5,84 m 5,92 m 5,98 m 5,98 m 5,92 m 5,98 m 5,98 m 5,84 m
Hmim cabo/piso - trava-quedas (ZLQ2) 4,25 m 4,24 m 4,32 m 4,38 m 4,38 m 4,32 m 4,38 m 4,38 m 4,24 m
Dist. Piso trab/piso abaixo p/ trava-quedas (Hp) 1,20 m 1,19 m 1,23 m 1,27 m 1,27 m 1,23 m 1,27 m 1,27 m 1,19 m
Coeficiente de utilização do cabo (<100%) 94% % 94% % 94% % 94% % 94% % 94% % 94% % 94% % 94% %
FATOR DE SERVIÇO DO CABO (mín > 2) 2,13   2,13   2,13   2,13   2,13   2,13   2,13   2,13   2,13  

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5. CONCLUSÃO
Conforme demonstrado, as linhas de vida para instalação nas vigas e carros pontes das
pontes rolantes enumeradas pela Tabela 1, apresentam plenas condições de segurança do
ponto de vista de seu dimensionamento estrutural para operações de até dois
trabalhadores em altura.

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