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CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA ESAF

PROFESSOR: RAFAEL ENCINAS

Aula 05
Olá, Pessoal!

Esta é a quinta aula do curso, chegamos na metade. O conteúdo proposto para a aula
foi o seguinte:

Aula 05 – 11/05: Ciclo de Gestão do Governo Federal. Controle da Administração


Pública. Ética no exercício da função pública. Sistema de
Planejamento e Orçamento do Governo Federal: gestão por
programas; integração planejamento e orçamento; eficiência do
gasto público; custos.

Porém, decidi adiar para outra aula a parte da eficiência do gasto público, pois esta
aula ficaria muito grande e ainda quero corrigir algumas coisas desses itens. Veremos o
Sistema de Planejamento e Orçamento, a Gestão de Programas e a integração entre
planejamento e orçamento dentro do Ciclo de Gestão.

Boa Aula!

SUMÁRIO

1 ÉTICA NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA ........................................................................................................2

1.1 ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA................................................................................................................................. 3


1.2 SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL ............................................................................................ 11
1.3 CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL ................................................................................................. 12
1.4 CÓDIGO DE ÉTICA DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL ..................................................................... 16

2 CICLO DE GESTÃO DO GOVERNO FEDERAL........................................................................................................ 22

2.1 GESTÃO POR PROGRAMAS ........................................................................................................................................... 24


2.2 PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO .................................................................................................................................... 28
2.3 EXECUÇÃO ................................................................................................................................................................ 38
2.4 AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................................... 41
2.5 REVISÃO ................................................................................................................................................................... 41

3 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA........................................................................................................ 44

3.1 CONTROLE EXTERNO ................................................................................................................................................... 46


3.2 CONTROLE INTERNO ................................................................................................................................................... 49

4 RESUMO.......................................................................................................................................................... 53

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5 QUESTÕES ....................................................................................................................................................... 54

5.1 ÉTICA NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA ...................................................................................................................... 54


5.2 CICLO DE GESTÃO ....................................................................................................................................................... 71
5.3 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................................................................ 87
5.4 GABARITO ............................................................................................................................................................... 106
5.5 LISTA DAS QUESTÕES ................................................................................................................................................ 106

6 LEITURA SUGERIDA........................................................................................................................................ 125

7 BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................ 125

1 Ética no exercício da função pública


Pessoal, neste item do edital pode cair muita coisa, mas o que tem mais chances de
cair é o Código de Ética do servidor Público Federal. Por isso, concentrem suas
atenções nele, leiam ele atentamente. Eles gostam de cobrar a letra da lei mesmo.
Contudo, também podem cair conceitos ligados à ética, como veremos aqui.

Para entrarmos neste novo tópico, vamos começar conceituando o termo “ética”. Ele é
derivado da palavra grega Ethos, que significa modo de ser, caráter. Ética significa o
que é bom para o indivíduo e para a sociedade. O termo grego ethos tem como
correlato no latim o termo morale, com o mesmo significado de conduta, ou relativo
aos costumes. Ética e moral são termos com uma relação muito próxima. Muitas vezes,
moral e ética são empregadas como sinônimos. Ambas, num sentido amplo, são
consideradas como de caráter normativo ou prescritivo, definindo quais
comportamentos são aceitáveis. O caráter prescritivo significa que elas definem
previamente, por meio de normas, preceitos, regras, o que é aceitável ou não.

Contudo, temos que tomar cuidado, porque ética e moral, num sentido restrito, deixam
de ser a mesma coisa. Em um sentido mais estrito a moral diz respeito aos costumes,
valores e normas de conduta específicos de uma sociedade ou cultura, enquanto que a
ética constitui o estudo da moral. Marcondes, no Dicionário Básico de Filosofia, afirma
que:

A moral está mais preocupada na construção de um conjunto de


prescrições destinadas a assegurar uma vida em comum justa e
harmoniosa

A moral nasceu do termo “costumes” em latim. Isso porque ela está ligada às
prescrições que determinada sociedade foi construindo ao longo de sua evolução. Uma

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aplicação disso no direito administrativo pode ser observada no princípio da


moralidade, que defende que, quando a Administração Pública adota determinada
conduta costumeiramente, rotineiramente, mesmo que não prevista em lei, esta
conduta se transforma em um direito do administrado, que a administração continue a
agir dessa forma.

Como a moral está ligada aos costumes, ela varia com o tempo – o que é considerado
aceitável hoje no Brasil, não o era há 50 anos – e com o lugar – o que é aceitável no
Brasil não é no Afeganistão.

Já a ética, num sentido restrito, diferentemente da moral, trata de estudar sobre a


aceitação de alguns comportamentos como legítimos. Assim, a ética pode ser entendida
como Filosofia da Moral, ou seja, um pensamento reflexivo sobre os valores e as
normas que regem a sua conduta. Segundo o Dicionário Aurélio:

Ética é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta


humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do
mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo
absoluto.

Portanto, a ética constitui aqui a ciência da moral, buscando analisar como em


determinados momentos em determinadas sociedades se formou a moral, quais os
valores por trás dela, e o que pode ser considerado como universalmente válido.

José Matias-Pereira enumera as seguintes diferenças entre a moral e a ética:

ƒ Ética é princípio; moral são aspectos de condutas específicas.

ƒ Ética é permanente; moral é temporal;

ƒ Ética é universal; moral é cultural;

ƒ Ética é a regra; moral é a conduta da regra;

ƒ Ética é teoria; moral é prática.

1.1 ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Um texto usado pela ESAF nas questões é “O aprimoramento da conduta ética no
serviço público federal”, de João Geraldo Piquet Carneiro, que está na leitura sugerida
desta aula. O autor afirma que “O trabalho de prevenção pressupõe:

a) a fixação de regras claras de conduta geral, a serem observadas em toda a


administração;

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b) a identificação pormenorizada, por setor, órgão e função, de quais são os


padrões éticos a serem observados pelos detentores de cargos de confiança
e pelo corpo funcional de cada órgão de governo;

c) o acompanhamento sistemático, através de instrumentos próprios de


auditoria, da observância dessas regras de conduta;

d) a criação de instrumentos institucionais pedagógicos de esclarecimento


sobre o conteúdo de normas éticas;

e) o estabelecimento de regras flexíveis para correção de desvios verificados,


principalmente quando se tratar de transgressões de menor potencial;

f) a transparência desses instrumentos, de tal forma que a opinião pública


possa acompanhar a evolução dos trabalhos realizados”.

Ao analisar as medidas no campo da ética no serviço público que estão sendo tomadas
por diferentes países, Carneiro agrupa-as em três grandes categorias:

ƒ alguns países direcionam sua estratégia para a revisão abrangente do quadro


institucional e de procedimentos, com vistas a identificar as deficiências
existentes na administração das questões éticas; é o caso da Inglaterra, da
Noruega, dos Países Baixos, da Finlândia e dos Estados Unidos;

ƒ outros países — em particular a Austrália e a Nova Zelândia — dirigiram suas


estratégias para o contexto de reformas da administração pública, nas quais a
questão ética é tratada apenas como parte de novos modelos gerenciais e de
novas políticas de recursos humanos;

ƒ numa terceira categoria, estão países como México e Portugal, que adotaram
medidas no campo ético, a partir de um contexto em que inexistia o arcabouço
jurídico necessário, ou em que este não era observado.

Podemos observar que no primeiro grupo estão os países que primeiro investiram no
modelo pós-burocrático, ou seja, a reforma do Estado, a mudança das formas de
controle deve abranger também uma mudança nas concepções de ética. No segundo
grupo, estão países que reformaram o sistema de ética dentro da reforma da
administração pública.

Alguns fatores são importantes para que estas medidas sigam em frente. O
compromisso político é o primeiro deles. Inglaterra, Estados Unidos, Noruega e Países
Baixos trataram de dar certa envergadura às iniciativas políticas, como forma de
mobilizar o funcionalismo e sensibilizar a opinião pública. Nessa mesma direção, a
Austrália lançou um “Guia de Responsabilidades Ministeriais” para ser distribuído às
autoridades empossadas na cúpula dos ministérios. Outra manifestação tangível do

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compromisso político é a alocação de recursos materiais e humanos adequados para


garantir a montagem e sustentação de uma estrutura gerencial no campo ético.

Outro fator é o Arcabouço jurídico. No campo jurídico, há diferenças importantes entre


os países. Em todos, porém, existe a preocupação de distinguir as transgressões de
natureza penal daquelas apenas de caráter administrativo ou civil. Em todos os países,
o tratamento processual da infração ética observa a separação entre o processo penal,
de um lado, e o administrativo, de outro. Há, no entanto, diferenças em relação a
quem cabe investigar ou acionar a justiça.

Outra preocupação compartilhada pelos países é no sentido de criar ou valorizar


dispositivos legais e procedimentais destinados a conferir crescente transparência às
ações governamentais, de forma a permitir que a sociedade delas tome conhecimento
mais fácil. Com isto reforça-se a prestação de contas (accountability) inclusive no plano
ético.

Em certos países, a capacidade de controle externo foi reforçada pela figura do


Ombudsman, que tem a incumbência de receber e investigar denúncias. Numa linha
paralela, há iniciativas destinadas a permitir que o próprio funcionário possa denunciar
irregularidades, com garantias de confidencialidade e proteção (whistle-blowing), ou
buscar aconselhamento.

Em relação aos Códigos de conduta, o tratamento varia de país para país. Alguns
países editaram códigos de conduta de caráter geral nos últimos anos (Austrália, Nova
Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e Portugal). Noruega e Países Baixos
descentralizaram suas iniciativas e determinaram que cada órgão preparasse seu
próprio código.

Programas de treinamento no campo ético têm recebido crescente atenção nos países
pesquisados. Relatórios apresentados indicaram que nem a legislação, nem os
procedimentos administrativos, nem os padrões de conduta exigidos são do pleno
conhecimento do servidor — fato que revela a necessidade de um trabalho pedagógico
de difusão das normas éticas entre os servidores.

Há grande variedade de órgãos encarregados de questões éticas nos países


pesquisados: comitês parlamentares e ministeriais ou mesmo agências independentes.
Suas funções podem variar entre fiscalização, aconselhamento ou promoção, assim
como a combinação de todas elas. Mais comuns são as instâncias de aconselhamento
ou consultoria, havendo um órgão coordenador de assuntos éticos que supervisiona a
função dos órgãos setoriais.

O último fator é a lnfraestrutura Ética, composta dos seguintes elementos:

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ƒ arcabouço legal;

ƒ mecanismos referentes à responsabilidade (accountability mechanisms);

ƒ participação e escrutínio público (vigilância da sociedade e dos meios de


comunicação);

ƒ compromisso político;

ƒ códigos de conduta;

ƒ socialização profissional (educação e treinamento);

ƒ condições de serviço (ambiente e moral do serviço público);

ƒ existência de órgão coordenador de ética.

Contar com uma adequada “infraestrutura ética” é a base para o desenvolvimento de


um programa de promoção da ética eficaz, que pressupõe transparência e
accountability e envolve:

1. Gestão – Condições sólidas para o serviço público, por meio de uma política
efetiva de recursos humanos e que contemple uma instância central voltada
para a ética.

2. Orientação – Engajamento das lideranças, códigos que exprimam valores e


padrões e socialização profissional, por meio de educação e treinamento.

3. Controle – Quadro normativo que garanta a independência dos


procedimentos de investigação e processo, prestação de contas e
envolvimento do público.

Não obstante a diversidade histórica e cultural e as diferenças de caráter político e


administrativo, podem ser identificadas algumas características comuns que constituem
a espinha dorsal da gestão da ética, que tem por objetivo o estabelecimento de um
padrão ético efetivo. A gestão da ética transita em um eixo bem definido, constituído
por:

1. Valores éticos – Representam a expectativa da sociedade quanto à conduta


dos agentes públicos.

2. Normas de conduta – Desdobramento dos valores, funcionam como um


caminho prático para que os valores explicitados sejam observados, muitas
vezes sob a forma de códigos de conduta.

3. Administração – Tem o objetivo zelar pelos valores e normas de conduta,


assegurando sua efetividade.

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Quanto se fala em ética no sentido mais estrito, tal qual aparece em expressões com
“ética do servidor público”, está-se em geral referindo a um padrão que serve de guia
para a conduta de um determinado grupo. A aprovação de um código de conduta é o
meio pelo qual um dado grupo explicita seus compromissos de relacionamento com
suas partes (clientes, fornecedores, colaboradores, etc.).

Não há receita para um código de conduta, contudo, ele costuma reunir valores éticos,
regras de conduta e aspectos diversos de sua administração. Em geral todo código de
conduta apresenta um conjunto de deveres e obrigações na área cinzenta que vai além
do simples cumprimento do que já está disposto nas leis. Assumindo que o
cumprimento da lei é o mínimo da ética, ou ainda que o objetivo não é o mero
cumprimento da lei, mas seu “bom” cumprimento, a área por excelência dos códigos de
conduta é o terreno cinzento entre o que é legal, mas não é moral.

Entre os valores éticos mais frequentes nas administrações públicas podemos


encontrar: imparcialidade, legalidade, integridade, transparência, eficiência, equidade,
responsabilidade, justiça.

Princípios para a gestão ética no serviço público:

O Conselho da OCDE adotou, em 23 de abril de 1998, uma Recomendação sobre o


Aperfeiçoamento da Conduta Ética no Serviço Público. A Recomendação baseia-se em
um conjunto de Princípios para a Gestão da Ética no Serviço Público estabelecido pelo
Comitê de Gestão Pública, preparados para auxiliar os países membros a revisarem
seus sistemas de gestão da ética.

ƒ Os padrões éticos para o serviço público devem ser claros:

Os servidores públicos devem conhecer os princípios e padrões básicos que, espera-se,


sejam aplicados a seu trabalho, assim como os limites dos comportamentos aceitáveis.
Uma declaração de padrões e princípios éticos fundamentais, concisa e amplamente
difundida, que oriente o serviço público, por exemplo, na forma de um código de
conduta, pode atender a semelhante objetivo ao permitir uma compreensão comum no
âmbito do governo e da comunidade em geral.

ƒ Padrões éticos devem se refletir no arcabouço legal:

O arcabouço legal é a base para a comunicação dos padrões e princípios de


comportamento mínimos, obrigatórios a cada servidor público. Leis e regulamentos

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devem estipular os valores fundamentais do serviço público e prover os aparatos


necessários de orientação, investigação, ação disciplinar e execução judicial.

ƒ Deve-se proporcionar orientação ética aos servidores públicos:

A socialização profissional deve contribuir para o desenvolvimento do discernimento e


das habilidades necessárias, que permitam aos servidores públicos aplicar os princípios
éticos em circunstâncias concretas. Atividades de treinamento fomentam a consciência
ética e podem desenvolver habilidades essenciais para a análise ética e o raciocínio
moral. O aconselhamento imparcial pode contribuir para a criação de um ambiente no
qual os servidores públicos sintam maior disposição para enfrentar e solucionar tensões
e problemas éticos. Mecanismos de orientação e de consulta interna devem ser
disponibilizados, de modo a ajudar os servidores públicos a aplicar os padrões éticos
básicos no ambiente de trabalho.

ƒ Os servidores públicos devem conhecer seus direitos e obrigações ao denunciar atos


ilícitos:

Os servidores públicos devem conhecer seus direitos e obrigações, no momento da


denúncia de atos ilícitos efetivos ou suspeitos cometidos no serviço público. Tais
direitos e obrigações devem incluir regras e procedimentos claros a serem seguidos
pelos funcionários, e uma cadeia formal de responsabilidade. Os servidores públicos
também precisam saber que tipo de proteção lhes será disponibilizada em caso de
denúncia de atos ilícitos.

ƒ O compromisso político com a ética deve reforçar a conduta ética dos servidores:

Os líderes políticos têm por responsabilidade manter elevado padrão de decoro no


cumprimento de seus deveres oficiais. Seu compromisso é demonstrado pelo exemplo
e pela adoção de ações somente disponíveis no nível político. São exemplos: por meio
da negociação de arranjos legislativos e institucionais que reforcem o comportamento
ético e prevejam sanções para atos ilícitos, pela provisão de apoio e recursos
adequados para a execução, no âmbito do governo, de atividades relacionadas à ética,
e ao evitar a exploração de regras éticas e leis para fins políticos.

ƒ O processo de tomada de decisões deve ser transparente e aberto à fiscalização:

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O público tem o direito de saber como as instituições públicas aplicam o poder e os


recursos conferidos às mesmas. A fiscalização pela população deve ser facilitada por
processos transparentes e democráticos, supervisão pela legislatura e acesso à
informação pública. A transparência deve ser promovida por meio de medidas como
sistemas de divulgação de informações e pelo reconhecimento do papel de uma mídia
ativa e independente.

ƒ Devem ser definidas diretrizes claras para a interação entre os setores público e
privado:

Regras claras que definam os padrões éticos devem orientar o comportamento dos
servidores públicos com respeito ao relacionamento com o setor privado, por exemplo,
no tocante a licitações públicas, contratação externa de serviços ou condições de
emprego público. A crescente interação entre os setores público e privado demanda
maior atenção aos valores do serviço público e a exigência de que os parceiros
externos respeitem esses mesmos valores.

ƒ Os gestores devem demonstrar e promover a conduta ética:

Um ambiente organizacional no qual elevados padrões de conduta sejam encorajados,


por meio do provimento de incentivos apropriados para o comportamento ético, tais
como condições de trabalho adequadas e avaliações de desempenho eficazes, exerce
impacto direto sobre a prática corriqueira dos valores e padrões éticos do serviço
público. A este respeito, os gestores desempenham um papel importante, ao
proporcionarem a seus subordinados um padrão de liderança consistente e adotarem
um comportamento exemplar, em termos de ética e conduta em seu relacionamento
profissional com líderes políticos, outros servidores públicos e os cidadãos.

ƒ As políticas, procedimentos e práticas de gestão devem promover a conduta ética:

As políticas e práticas de gestão devem demonstrar o comprometimento da


organização com padrões éticos. Não basta aos governos possuir estruturas baseadas
unicamente em regras ou no compromisso. Os sistemas de compromisso por si só
podem encorajar inadvertidamente alguns servidores públicos a simplesmente agir nos
limites da ilicitude, argumentando que, se não estão violando as leis, sua conduta é
ética. As políticas governamentais devem não somente delinear os padrões mínimos,
determinantes dos limites de tolerância para as ações de certo funcionário, mas

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também articular claramente um conjunto de valores do serviço público aos quais os


funcionários devem aspirar.

ƒ As condições do serviço público e a gestão de recursos humanos devem promover a


conduta ética:

As condições de emprego no serviço público, tais como perspectivas de carreira,


ascensão profissional, remuneração adequada e políticas de gestão dos recursos
humanos, devem estimular um ambiente que propicie o comportamento ético. A
utilização consistente de princípios básicos, tais como o mérito, no processo contínuo
de recrutamento e ascensão profissional, contribui para operacionalizar a integridade
do serviço público.

ƒ Mecanismos de prestação de contas adequados devem estar disponíveis no serviço


público:

Os servidores públicos devem prestar contas por suas ações a seus superiores e, de
modo mais amplo, à população. A prestação de contas deve enfocar tanto o
comprometimento com as regras e princípios éticos como a consecução dos resultados.
Mecanismos de prestação de contas podem ser internos a uma agência ou aplicáveis a
todo o governo, ou podem ser providos pela sociedade civil. Mecanismos que
promovam a prestação de contas podem ser concebidos para prover controles
apropriados, permitindo ao mesmo tempo uma gestão adequadamente flexível.

ƒ Devem existir procedimentos e sanções apropriados aplicáveis a condutas ilícitas:

Mecanismos para a detecção e a investigação independente de atos ilícitos, tais como a


corrupção, são parte necessária de uma infraestrutura ética. São necessários
procedimentos e recursos fidedignos para o monitoramento, a denúncia e a
investigação de situações de desrespeito a regras do serviço público, assim como
sanções administrativas ou disciplinares proporcionais que desencorajem a conduta
ilícita. Os gestores devem exercer apropriadamente sua capacidade de discernimento
ao lançar mão desses mecanismos para a adoção de ações necessárias.

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1.2 SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL


O Sistema de gestão da ética do Poder Executivo Federal brasileiro deve ser entendido
de forma separada dos demais poderes e esferas de governo, uma vez que estes têm
independência e gestão própria.

Este sistema pode ser relacionado com o art. 30 do DL 200, que vimos na página 07 da
aula 03. Vimos que o DL organizou a administração pública na forma de sistemas,
buscando coordenar as atividades-meio dos diferentes órgãos. Haveria um órgão
central do sistema, que teria as funções de orientação normativa, supervisão técnica e
fiscalização.

O Sistema de gestão ética evoluiu, especialmente na última década, a partir do


momento em que houve a criação da Comissão de Ética Pública (CEP), através do
Decreto sem número de 26 de maio de 1999.

Inicialmente, a CEP procurou definir um padrão ético focado na Alta Administração


Pública Federal, representado pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal. A
razão para que se iniciassem os trabalhos pela alta administração se baseia no fato de
que a conduta dessas autoridades, ocupantes dos mais elevados postos da estrutura do
Estado, serve como exemplo a ser seguido pelos demais servidores públicos. Estes,
embora sujeitos às diversas normas fixadoras de condutas exigíveis, tais como o
Estatuto do Servidor Público Civil, a Lei de Improbidade e o próprio Código Penal
Brasileiro, além de outras de menor hierarquia, ainda assim, sempre se sentirão
estimulados por demonstrações e exemplos de seus superiores.

O Decreto que criou a CEP foi praticamente revogado pelo Decreto 6.029 de 2007, que
instituiu o Sistema de Gestão Ética do Poder Executivo Federal:

Art. 1º Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo


Federal com a finalidade de promover atividades que dispõem sobre a
conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo-lhe:

I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética


pública;

II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a


transparência e o acesso à informação como instrumentos
fundamentais para o exercício de gestão da ética pública;

III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a


compatibilização e interação de normas, procedimentos técnicos e de
gestão relativos à ética pública;

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IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos


de incentivo e incremento ao desempenho institucional na gestão da
ética pública do Estado brasileiro.

Fazem parte do Sistema:

Art. 2º Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo


Federal:

I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de


maio de 1999;

II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de


junho de 1994; e

III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e


órgãos do Poder Executivo Federal.

A CEP é integrada por sete brasileiros que preenchem os requisitos de idoneidade


moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública, designados
pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, não coincidentes, permitida
uma única recondução. A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração
para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de
relevante serviço público. O Presidente da CEP tem o voto de qualidade nas
deliberações da Comissão.

À CEP compete atuar como instância consultiva do Presidente da República e Ministros


de Estado em matéria de ética pública; administrar a aplicação do Código de Conduta
da Alta Administração Federal, devendo submeter ao Presidente da República medidas
para seu aprimoramento; dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas,
deliberando sobre casos omissos; apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas
em desacordo com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele
submetidas; dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal; coordenar, avaliar e
supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo Federal; aprovar
o seu regimento interno; e escolher o seu Presidente.

1.3 CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL


O Código de Conduta da Alta Administração Federal tem uma concentração expressiva
no tema conflito de interesses. A razão disso pode ser explicada no fato de que, de
modo geral, todos os países democráticos enfrentam crescente ceticismo da opinião

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pública a respeito do comportamento dos administradores públicos e da classe política.


Essa tendência parece estar ligada principalmente a mudanças estruturais do papel do
Estado como regulador da atividade econômica e como poder concedente da
exploração, por particulares, de serviços públicos antes sob regime de monopólio
estatal. Em consequência, o setor público passou a depender cada vez mais do
recrutamento de profissionais oriundos do setor privado, o que exacerbou a
possibilidade de conflito de interesses e a necessidade de maior controle sobre as
atividades privadas do administrador público.

As normas deste Código aplicam-se às seguintes autoridades públicas:

1. Ministros e Secretários de Estado;

2. Titulares de cargos de natureza especial, secretários-executivos,


secretários ou autoridades equivalentes ocupantes de cargo do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível seis;

3. Presidentes e diretores de agências nacionais, autarquias, inclusive as


especiais, fundações mantidas pelo Poder Público, empresas públicas e
sociedades de economia mista.

É previsto no CCAAF que no exercício de suas funções, as autoridades públicas devem


pautar-se pelos padrões da ética, sobretudo no que diz respeito à integridade, à
moralidade, à clareza de posições e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e a
confiança do público em geral. Os padrões éticos são exigidos da autoridade pública na
relação entre suas atividades públicas e privadas, de modo a prevenir eventuais
conflitos de interesses.

No CCAAF há diversas previsões relativas à situação patrimonial.

Art. 4º Além da declaração de bens e rendas de que trata a Lei no 8.730, de 10 de


novembro de 1993, a autoridade pública, no prazo de dez dias contados de sua
posse, enviará à Comissão de Ética Pública - CEP, criada pelo Decreto de 26 de
maio de 1999, publicado no Diário Oficial da União do dia 27 subsequente, na
forma por ela estabelecida, informações sobre sua situação patrimonial que, real ou
potencialmente, possa suscitar conflito com o interesse público, indicando o modo
pelo qual irá evitá-lo.

Art. 5º As alterações relevantes no patrimônio da autoridade pública deverão ser


imediatamente comunicadas à CEP, especialmente quando se tratar de:

I - atos de gestão patrimonial que envolvam:

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a) transferência de bens a cônjuge, ascendente, descendente ou parente na linha


colateral;

b) aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa; ou

c) outras alterações significativas ou relevantes no valor ou na natureza do


patrimônio;

II - atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substancialmente alterado por
decisão ou política governamental.

§ 1º É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por
decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha
informações privilegiadas, em razão do cargo ou função, inclusive investimentos de
renda variável ou em commodities, contratos futuros e moedas para fim
especulativo, excetuadas aplicações em modalidades de investimento que a CEP
venha a especificar.

Há previsões também no que se refere à remuneração.

Art. 7º A autoridade pública não poderá receber salário ou qualquer outra


remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber transporte,
hospedagem ou quaisquer favores de particulares de forma a permitir situação que
possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou honorabilidade.

Parágrafo único. É permitida a participação em seminários, congressos e eventos


semelhantes, desde que tornada pública eventual remuneração, bem como o
pagamento das despesas de viagem pelo promotor do evento, o qual não poderá
ter interesse em decisão a ser tomada pela autoridade.

O tema recebimento de presentes também foi previsto no Código.

Art. 9º É vedada à autoridade pública a aceitação de presentes, salvo de


autoridades estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade.

Parágrafo único. Não se consideram presentes para os fins deste artigo os brindes
que:

I - não tenham valor comercial; ou

II - distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia,


propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas
comemorativas, não ultrapassem o valor de R$ 100,00 (cem reais).

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As divergências entre autoridades públicas são resolvidas internamente, mediante


coordenação administrativa, não lhes cabendo manifestar-se publicamente sobre
matéria que não seja afeta a sua área de competência. É vedado à autoridade pública
opinar publicamente a respeito da honorabilidade e do desempenho funcional de outra
autoridade pública federal e do mérito de questão que lhe será submetida, para decisão
individual ou em órgão colegiado.

Em relação a expressar sua opinião:

Art. 12. É vedado à autoridade pública opinar publicamente a respeito:

I - da honorabilidade e do desempenho funcional de outra autoridade pública


federal; e

II - do mérito de questão que lhe será submetida, para decisão individual ou em


órgão colegiado.

Há regras ainda a respeito do momento posterior à saída do cargo, durante o período


de “quarentena”:

Art. 14. Após deixar o cargo, a autoridade pública não poderá:

I - atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato


ou associação de classe, em processo ou negócio do qual tenha participado, em
razão do cargo;

II - prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação


de classe, valendo-se de informações não divulgadas publicamente a respeito de
programas ou políticas do órgão ou da entidade da Administração Pública Federal a
que esteve vinculado ou com que tenha tido relacionamento direto e relevante nos
seis meses anteriores ao término do exercício de função pública.

Art. 15. Na ausência de lei dispondo sobre prazo diverso, será de quatro meses,
contados da exoneração, o período de interdição para atividade incompatível com o
cargo anteriormente exercido, obrigando-se a autoridade pública a observar, neste
prazo, as seguintes regras:

I - não aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo


profissional com pessoa física ou jurídica com a qual tenha mantido relacionamento
oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à exoneração;

II - não intervir, em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, junto a


órgão ou entidade da Administração Pública Federal com que tenha tido
relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anteriores à exoneração.

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Em relação às penalidades:

Art. 17. A violação das normas estipuladas neste Código acarretará, conforme sua
gravidade, as seguintes providências:

I - advertência, aplicável às autoridades no exercício do cargo;

II - censura ética, aplicável às autoridades que já tiverem deixado o cargo.

Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela CEP, que,
conforme o caso, poderá encaminhar sugestão de demissão à autoridade
hierarquicamente superior.

1.4 CÓDIGO DE ÉTICA DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER


EXECUTIVO FEDERAL
O Decreto 1.171 de 22 de junho de 1994 aprovou Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Portanto, ele aplica-se apenas ao
Poder Executivo Federal, e não se aplica aos Poderes Judiciário e Legislativo, nem a
Estados e Municípios. Contudo, o Código alcança, além da administração direta,
também a indireta: autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista.

Vamos dar uma olhada no Código de Ética:

Regras Deontológicas

A primeira seção trata das “regras deontológicas”. Segundo o Dicionário Houaiss,


deontológico significa:

Conjunto de deveres profissionais de qualquer categoria profissional


minuciados em códigos específicos

São as regras fundadas na moral e no tratado dos deveres. As regras deontológicas são
as seguintes:

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são


primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal.
Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra
e da tradição dos serviços públicos.

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II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
Constituição Federal.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o


mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que
poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

IV - A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou


indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida,
que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de
sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de
legalidade.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser


entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão,
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior
patrimônio.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra
na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na
conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
conceito na vida funcional.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior


do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do
hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a
dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público


caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos
direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano
a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má

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vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao


Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu
tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao


setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer
outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra
a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários
dos serviços públicos.

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente.
Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de
corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de


desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas
relações humanas.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional,


respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber
colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o
engrandecimento da Nação.

Podemos perceber que estas regras dão bastante atenção ao Princípio da Moralidade.
Não basta a atuação do servidor público ser legal, é preciso também que ela também
busque sempre o interesse público e que se baseie na honestidade.

Deveres do Servidor Público

A Seção II traz os deveres do servidor público. A Lei 8.112/90 também traz deveres do
servidor público, só que estatutário.

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que


seja titular;

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou


procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente

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diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo
setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
vantajosa para o bem comum;

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos


bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de


comunicação e contato com o público;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam
na adequada prestação dos serviços públicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as


limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de
preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho
político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados


e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em
decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida


e da segurança coletiva;

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao
trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário


ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais


adequados à sua organização e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício


de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

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q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação


pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas


de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez,
mantendo tudo sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam


atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários
do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com


finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais
e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste


Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Das Vedações ao Servidor Público

XV - É vedado ao servidor público;

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para


obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que


deles dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a


este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por


qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu


conhecimento para atendimento do seu mister;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de


ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados
administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

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g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,


gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar
outro servidor para o mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços


públicos;

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento,


livro ou bem pertencente ao patrimônio público;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em


benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade
ou a dignidade da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de


cunho duvidoso.

Comissões de Ética

O Decreto 1.171/94 dispôs sobre as comissões de ética:

Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta


e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências
necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a
Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego
permanente.

Já o Código de Ética dispôs que:

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta


autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada
de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as

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pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de


imputação ou de procedimento susceptível de censura.

XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da


execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética,
para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais
procedimentos próprios da carreira do servidor público.

XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
com ciência do faltoso.

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor


público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste
serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem
retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do
poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde
prevaleça o interesse do Estado.

2 Ciclo de Gestão do Governo Federal


Veremos na próxima aula, dentro do tópico da Qualidade Total, o Ciclo PDCA. Essa é
uma ferramenta bem simples, mas de extrema importância na administração. Ela traz
uma regra bem singela: as ações na gestão devem formar um ciclo que proporcione a
melhoria contínua. Este ciclo seria formado por quatro etapas:

1) To Plan = planejar;

2) To Do = implementar;
P D
3) To Check = avaliar;

4) To Act correctly = agir corretivamente. A C


Este ciclo tem como objetivo conscientizar o gestor de que sua ação deve estar
constantemente se retroalimentando por informações que demonstrem o que pode ser
melhorado. A presença da última etapa, agir corretivamente, não é necessária apenas
no caso de terem sido observados erros. Ela tem como objetivo identificar quais os
pontos que podem ser melhorados, mesmo que não tenham sido encontrados

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problemas. Parte-se do pressuposto de que jamais alcançamos a perfeição e sempre


podemos melhorar mais um pouco.

No poder público, este ciclo é totalmente aplicável. Podemos enumerar as fases daquilo
que seria o ciclo de gestão do setor público brasileiro: o plano, o orçamento, a
execução orçamentária e financeira, a avaliação de desempenho da ação
governamental e a revisão dos programas.

Uma coisa importante: não existe uma lei especificando quais são as etapas de um
ciclo de gestão do governo federal. Numa possível questão da ESAF, eles podem
colocar de forma mais ampla, com poucas fases, ou mais específica, com várias fases.
O importante é que contemple as etapas do PDCA.

No edital de Finanças Públicas, tem o item “7. Ciclo orçamentário”. Este ciclo está
dentro do ciclo de gestão, que é maior, abrange um número maior de momentos. O
ciclo orçamentário é o período em que se processam as atividades peculiares do
processo orçamentário, quais sejam:

ELABORAÇÃO APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO EXECUÇÃO CONTROLE

ƒ Elaboração: estudos preliminares em que são estabelecidas as metas e as


prioridades, a definição de programas, de obras e das estimativas das receitas,
incluindo-se, ainda, nesta fase, as discussões com a população e com as entidades
representativas.

ƒ Apreciação e votação: cabe ao Legislativo apreciar os termos da proposta enviada


pelo Executivo, podendo, sob certos critérios, emendá-la e, em situações
extremas, rejeitá-la.

ƒ Execução: com a publicação da LOA, nos termos do disposto na LRF, o Executivo


tem até 30 dias para estabelecer a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolso. Feito isto, os administradores começarão a
executar ou a realizar o orçamento.

ƒ Controle: uma vez executada a despesa, caberá aos órgãos de controle,


especialmente os órgãos incumbidos do Controle Externo, apreciar e julgar se a
aplicação de recursos se deu nos termos previstos nas leis orçamentárias e nas
demais espécies normativas que vinculam a gestão dos recursos públicos.

O ciclo de gestão terá uma etapa anterior a este ciclo orçamentário, que é a
identificação das necessidades da população e a elaboração de planejamentos de longo

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prazo, 10 a 20 anos. Também podemos colocar uma fase depois, que abrange a
avaliação e revisão dos programas.

O Programa é o ponto-chave do ciclo de gestão. É o seu elemento central. Vamos dar


uma olhada em uma questão do CESPE:

1. (CESPE/TCU/2009) A metodologia do PPA 2008/2011 define


o programa como o seu elemento organizativo central,
compreendendo um conjunto articulado de ações orçamentárias
e não-orçamentárias, com objetivo específico. Os programas são
unidades de integração entre o planejamento e o orçamento.
Todos os eventos do ciclo de gestão do governo federal estão
ligados a programas.

A questão é certa. Todos os eventos do ciclo de gestão, ações orçamentárias ou não-


orçamentárias, devem estar ligados a programas.

2.1 GESTÃO POR PROGRAMAS


A adoção da gestão por programas foi uma das principais mudanças ocorridas na
administração pública brasileira na última década. Os programas são uma forma de
gestão por resultados, em que a administração pública passa a orientar suas ações
para os resultados e não para os meios. A constituição dos programas pressupõe
orientar toda a ação do governo para a resolução de problemas ou demandas da
sociedade, rompendo com a visão departamentalizada das organizações do setor
público.

O modo tradicional da administração por funções (saúde, transporte, defesa, etc.) não
permite uma orientação voltada para o alcance de resultados. A gestão por programas
consiste em trabalhar de forma cooperativa, cruzando as fronteiras ministeriais,
estimulando a formação de equipes e de redes com um fim comum, sem ignorar o
ambiente organizacional em que as estruturas verticais conservam sua validade. A
transparência para a sociedade e a capacidade de instrumentar o controle social são
também contribuições do modelo, o que faz do programa o referencial ideal para a
discussão pública das propostas de Governo e a explicitação dos compromissos
assumidos com o cidadão.

O orçamento-programa foi difundido pela Organização das Nações Unidas (ONU) a


partir do final da década de 50, inspirado na experiência do orçamento de desempenho
nos Estados Unidos da América. Trata-se de um instrumento de planejamento que

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permite identificar os programas, os projetos e as atividades que o governo pretende


realizar, além de estabelecer os objetivos, as metas, os custos e os resultados
esperados. Para James Giacomoni, o orçamento-programa é aquele que enfatiza:

ƒ Os objetivos e propósitos perseguidos pela instituição e para cuja


consecução são utilizados os recursos orçamentários.

ƒ Os programas, isto é, os instrumentos de integração dos esforços


governamentais, no sentido de concretização dos objetivos.

ƒ Os custos dos programas medidos através da identificação dos meios ou


insumos (pessoal, material, equipamentos, serviços etc.) necessários à
obtenção de resultados. Tal análise pode, inclusive, projetar os custos para
mais de um exercício financeiro.

ƒ Medidas de desempenho, com a finalidade de medir as realizações, os


esforços despendidos na execução dos programas e a responsabilidade
pela execução.

O programa é um conjunto articulado de ações (relativas a investimentos, despesas


correntes e outras ações não orçamentárias), para o alcance de um objetivo. Esse
objetivo é concretizado em resultados — resultado é a solução de um problema ou o
atendimento de demanda da sociedade — mensurados pela evolução de indicadores no
período de execução do programa, possibilitando, assim, a avaliação objetiva da
atuação do governo.

Todos os recursos do orçamento são alocados aos programas que estão previstos no
PPA, na forma de ações orçamentárias, à exceção das transferências constitucionais
devidas aos Estados e municípios e do pagamento de dívidas do Governo Federal. Os
programas, contudo, são mais amplos e completos e integram também outras ações,
denominadas de “ações não orçamentárias”, que expressam outras fontes de recursos
do governo para financiar o cumprimento da sua missão.

O programa é conceituado no PPA como:

Instrumento de organização da atuação governamental com vistas ao


enfrentamento de um problema. Articula um conjunto coerente de
ações (orçamentárias e não-orçamentárias) que concorrem para
objetivos setoriais preestabelecidos, constituindo uma unidade básica
de gestão com responsabilidade pelo desempenho e transparência das
ações de Governo.

Existem dois tipos de programas:

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ƒ Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados


diretamente à sociedade, cujos resultados sejam passíveis de mensuração;

ƒ Programas de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais: são programas


voltados aos serviços típicos de Estado, ao planejamento, à formulação de
políticas setoriais, à coordenação, à avaliação ou ao controle dos programas
finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio Estado,
podendo ser composto inclusive por despesas de natureza tipicamente
administrativas.

Os programas são compostos de ações, que, conforme suas características, podem ser
classificadas como atividades, projetos ou operações especiais.

ƒ ATIVIDADE: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo


de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de
modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço
necessário à manutenção da ação de Governo.

ƒ PROJETO: é um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo


de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo,
das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o
aperfeiçoamento da ação de Governo.

ƒ OPERAÇÃO ESPECIAL: despesas que não contribuem para a manutenção,


expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um
produto, e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços.

No Brasil, a Lei 4.320 de 1964 adotou o orçamento-programa na esfera federal e o


Decreto-Lei no 200/67 reforçou a ideia de orçamento-programa ao estabelecer, em seu
art. 16, que em cada ano será elaborado um orçamento-programa que pormenorizará a
etapa do programa plurianual a ser realizado no exercício seguinte e que servirá de
roteiro à execução coordenada do programa anual.

No entanto, os avanços ocorridos para a efetiva implementação do orçamento-


programa ocorreram somente com a edição do Decreto 2.829/98 e demais normas que
disciplinaram a elaboração do PPA 2000-2003.

O PPA 2000-2003, denominado Avança Brasil, trouxe mudanças significativas no


sistema de planejamento e orçamento do governo federal, assim como na própria
gestão pública. O Decreto 2.829/98 constituiu a base legal para a reestruturação de
todas as ações finalísticas do governo e determinou que o programa seja a forma
básica de integração entre plano e orçamentos. Foram estabelecidos os princípios de
gerenciamento dos programas, criada a figura do gerente de programa e definidas suas

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principais responsabilidades, além de criada a obrigação de avaliação anual de


desempenho de todos os programas e do plano.

O conceito de planejamento adotado pelo PPA 2000-2003 vai além da sua função
clássica de formular planos. Incorpora, também, como essencial, o gerenciamento dos
programas e do plano. O modelo gerencial adotado tem o objetivo de atribuir
responsabilidades, orientar os esforços das equipes envolvidas na execução, para a
obtenção de resultados, e, por último, assegurar a atualização permanente do plano. A
forma encontrada para assegurar a qualidade do gerenciamento foi a de criar a figura
do gerente de programa, o monitoramento em rede, com o apoio de um sistema de
informações gerenciais, o gerenciamento intensivo dos programas estratégicos e a
avaliação anual de desempenho de todos os programas e do plano.

O processo de gestão do PPA é composto pelas etapas de elaboração, implementação,


monitoramento, avaliação e revisão dos programas. Essas etapas formam o ciclo de
gestão do PPA representado na figura abaixo.

ƒ Elaboração do PPA: Processo de concepção de orientações estratégicas,


diretrizes e objetivos estruturados em programas com vistas ao alcance do
projeto de Governo.

ƒ Monitoramento do PPA Processo contínuo de acompanhamento da


implementação do Plano Plurianual, referenciado na estratégia de
desenvolvimento e nos desafios, que objetiva subsidiar a alocação dos recursos,
identificar e superar restrições sistêmicas, corrigir rumos, sistematizar
elementos para subsidiar os processos de avaliação e revisão, e, assim,
contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados.

ƒ Avaliação do PPA Processo sistemático de aferição periódica dos resultados e da


aplicação dos recursos, segundo os critérios de eficiência, eficácia e efetividade,
permitindo sua implementação no âmbito das organizações públicas, o
aperfeiçoamento do Plano Plurianual e o alcance dos objetivos de governo.

ƒ Revisão do PPA Processo de adequação do Plano Plurianual às mudanças


internas e externas da conjuntura política, social e econômica, por meio da
alteração, exclusão ou inclusão de programa, resultante dos processos de
monitoramento e avaliação.

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O modelo de gestão do PPA 2008-2011, no âmbito dos órgãos e entidades responsáveis


pelos programas, preserva a unidade de responsabilidade para todas as etapas do
processo de gestão. Os agentes centrais na implementação, no monitoramento e na
avaliação dos programas são os gerentes de programa e os coordenadores de ação.

2.2 PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO


Segundo Ariel Garces e José Paulo Silveira, o novo modelo de planejamento instituído
pela CF88 baseia-se na integração dos instrumentos de planejamento, orçamento e
gestão, organizados segundo três horizontes de tempo: oito anos; quatro anos e um
ano.

Para os autores, o primeiro horizonte de planejamento adotado oferece uma visão


estratégica do desenvolvimento a longo prazo, referenciado ao território, para os
próximos 8 a 20 anos. Trata-se de uma visão de futuro orientada também para
resultados concretos, por isso se traduz em portfólio de investimentos necessários ao
crescimento equilibrado e integrado de todas as regiões do país para os próximos oito
anos. Com essa ideia, cria-se o conceito de planejamento indicativo para as várias
esferas do setor público, como também subsidia as decisões microeconômicas de
investimento do setor privado, das agências de financiamento e das entidades do
terceiro setor.

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A mensagem presidencial do PPA 2008-2011 traz a relação desse planejamento de


longo prazo com o PPA, que é um instrumento de planejamento de médio prazo:

Segundo a mensagem presidencial do PPA 2008-2011:

O PPA é um instrumento de planejamento mediador entre o


planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais que consolidam
a alocação dos recursos públicos a cada exercício.

Portanto, o planejamento estruturador dos grandes rumos é o de longo prazo. Como


exemplos, temos o Projeto Brasil 3 Tempos, que se baseou em três marcos – em 2007,
iniciava-se um novo mandato de governo, em 2015 haverá a Conferência Mundial sobre
os Desafios do Milênio e em 2022 o Brasil comemora seus duzentos anos de
independência; e o projeto Brasil 2020, elaborado em 1998, consistiu num exercício de
reflexão, com o objetivo de traçar visões sobre o futuro do Brasil e, com isso, orientar a
elaboração de alguns cenários exploratórios para guiar o itinerário brasileiro de
desenvolvimento.

Assim, a CF concebe duas modalidades de planos. A primeira envolve os chamados


planos de desenvolvimento econômico e social. A outra modalidade é o plano
plurianual, voltado para a programação da Administração Pública e claramente
idealizado como guia plurianual para as autorizações orçamentárias anuais. O Plano
Plurianual será um planejamento de médio prazo, quatro anos, que fará a integração
desse planejamento de longo prazo com os orçamentos anuais. Segundo a CF88:

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§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma


regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada.

Portanto, o PPA define o DOM (diretrizes, objetivos e metas). Diretrizes são orientações
ou princípios que nortearão a captação, gestão e gastos de recursos durante um
determinado período, com vistas a alcançar os objetivos de Governo. Objetivos
consistem na discriminação dos resultados que se pretende alcançar com a execução
das ações governamentais que permitirão a superação das dificuldades diagnosticadas.
Metas são a tradução quantitativa e qualitativa dos objetivos.

O PPA estabelecerá o DOM para:

ƒ Despesas de capital (construção de escolas e hospitais);


ƒ Despesas correntes derivadas de despesas de capital (contratação de
pessoal necessário ao funcionamento de escolas e hospitais);
ƒ Programas de duração continuada (superior ao exercício financeiro).

Geralmente, as despesas de capital são aquisições de móveis, imóveis, construção de


estradas, prédios públicos, usinas etc. O governo planeja essas despesas no PPA
porque em geral são despesas a serem realizadas em períodos superiores a um ano ou
que beneficiarão a sociedade por longo tempo. Ao realizar um investimento, a exemplo
da construção de uma estrada, o governo realiza despesas de capital. Posteriormente,
para realizar a manutenção dessa estrada, realizam-se despesas correntes, por isso o
termo “e outras delas decorrentes”. Ainda segundo a CF/88:

§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos


nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

O PPA é o principal instrumento de planejamento de médio prazo para a promoção do


desenvolvimento. Ele foi concebido para ser o elemento central do novo sistema de
planejamento, orientando os orçamentos anuais, por meio da LDO. O tripé PPA-LDO-
LOA forma a base de um sistema integrado de planejamento e orçamento.

O DOM é estabelecido para o período que vai do segundo ano do mandato do


presidente até o primeiro ano do mandato subsequente. Assim, o atual PPA 2008-2011,
começou no segundo ano do segundo mandato do governo Lula e vai até o primeiro
ano do mandato do próximo presidente. Se o mandato do presidente for ampliado para
cinco anos, o PPA também terá um prazo de cinco anos.

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Veremos na próxima aula que existem três tipos de planejamento: estratégico, tático e
operacional. Vamos dar uma olhada em uma questão da ESAF:

2. (ESAF/APO/2008) O planejamento governamental


estratégico tem como documento básico o Plano Plurianual.

A questão é certa. Na minha visão, isto é um pouco equivocado, pois o planejamento


estratégico, que é um planejamento de longo prazo, teria como documentos básicos os
planejamentos de longo prazo. Contudo, o Decreto 6.601 de 2008, referente ao PPA
2008-2011, afirma o seguinte:

Art. 1º A gestão do PPA, para o quadriênio 2008-2011, orientada para


resultados, segundo os princípios de eficiência, eficácia e efetividade,
compõe-se dos níveis estratégico e tático-operacional.

§ 1º O nível estratégico do PPA compreende os objetivos de governo e


os objetivos setoriais.

§ 2º O nível tático-operacional do PPA compreende os programas e


ações.

Portanto, dentro do PPA temos os três níveis de planejamento: o estratégico e o tático.


O estratégico é constituído pelos objetivos de governo e os objetivos setoriais. Já o
planejamento tático envolve os programas e o operacional as ações. Isso é
representado na mensagem presidencial do PPA 2008-2011 pelo seguinte diagrama:

A integração entre plano plurianual e orçamento anual é feita por meio do papel
cumprido pela LDO, que, além de fornecer orientação para a elaboração dos

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orçamentos anuais, tem por finalidade destacar, da programação plurianual, as


prioridades e metas a serem executadas em cada orçamento anual. Segundo a CF88:

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e


prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

Assim, enquanto o PPA estabelece o DOM, a LDO compreende a MP (metas e


prioridades) para o exercício subsequente. A LDO conterá:

ƒ As despesas de capital para o exercício financeiro subsequente;


ƒ A orientação para a elaboração da LOA;
ƒ Alterações na legislação tributária;
ƒ Políticas para as agências financeiras oficiais de fomento.

Ainda segundo a CF/88, art. 169:

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração,


a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só
poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às


projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,


ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Além daquelas atribuições citadas acima, a LDO autorizará:

ƒ A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração de


servidores públicos;

ƒ A criação de cargos, empregos e funções ou alterações nas carreiras;

A LRF trouxe uma série de inovações em relação à LDO. Ela aumentou o seu conteúdo
e a transformou no principal instrumento de planejamento para uma administração
orçamentária equilibrada. Além das atribuições assinaladas no texto da CF, a LDO
deverá ainda, nos termos do art. 4º da LRF:

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ƒ Dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas;

ƒ Aprovar normas para o controle de custos e a avaliação dos resultados dos


programas financiados pelo orçamento;

ƒ Disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas;

ƒ Estabelecer critérios e formas de limitação do emprenho, caso ocorram os


seguintes fatos:

1. Arrecadação da receita inferior à estimada, de modo a comprometer


as metas de resultado primário e nominal;

2. Necessidade de se reconduzir a dívida aos limites estabelecidos;

Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal


elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com os Ministérios e
as unidades orçamentárias dos poderes Legislativo e Judiciário. Por determinação
constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei do Orçamento ao
Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de cada ano. Acompanha o projeto uma
Mensagem do Presidente da República, na qual é feito um diagnóstico sobre a situação
econômica do país e suas perspectivas.

Com a LDO e a LOA o legislador pretendeu ampliar a discussão orçamentária dividindo-


a em dois momentos. O primeiro, de natureza mais estratégica, centrado na definição
das diretrizes e prioridades para o exercício subsequente. Teria como alvo, também a
discussão antecipada dos grandes agregados macroeconômicos, permitindo escolhas
num ambiente de transparência fiscal. O segundo, de natureza mais operacional,
focado na distribuição dos recursos nas ações de governo.

Já a LOA Tem por finalidade a concretização dos objetivos e metas estabelecidos no


Plano Plurianual. É o que poderíamos chamar de orçamento por excelência ou
orçamento propriamente dito. É na lei orçamentária que o governo estima a
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,


órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta


ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto;

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III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades


e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

A LOA corresponde, na realidade, a três suborçamentos:

ƒ Orçamento fiscal: De toda a Administração Pública, direta e indireta (todos


os Poderes, MPU, TCU, órgãos, autarquias, fundações públicas, e sociedades
de economia mista), englobando a despesa e a receita de toda a
Administração para um exercício financeiro, menos os investimentos de
empresas estatais e despesas relativas à Seguridade Social;

ƒ Orçamento de Investimento das Empresas Estatais: Abrange as


empresas em que o Poder Público, direta ou indiretamente, detenha a maioria
do capital social com direito a voto (empresas públicas e sociedades de
economia mista)

ƒ Orçamento da Seguridade Social: Saúde, previdência e assistência social.


Abrangerá todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração
Direta e Indireta, bem como os fundos e as fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público. A razão da desvinculação dessas ações do orçamento fiscal
para um suborçamento específico da seguridade social é garantia de que esses
recursos não serão desviados para qualquer fim. Busca conferir maior
transparência à gestão da seguridade social.

Segundo a CF/88:

§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,


compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Importante guardar neste artigo: 1) que são os orçamentos fiscal e de investimento


das empresas estatais; 2) que eles serão compatibilizados com o PPA; 3) terão a
função de reduzir desigualdades INTER-REGIONAIS; 4) critério populacional.

Todos os Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público), e


demais órgãos (Unidades Orçamentárias) elaboram as suas propostas orçamentárias e
encaminham para o Poder Executivo (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
– MPOG), que faz a consolidação de todas as propostas e encaminha um projeto de Lei
de Orçamento ao Congresso Nacional. Nenhuma proposta orçamentária, nem mesmo a
do Poder Legislativo, pode ser encaminhada diretamente ao Congresso Nacional. Essa
competência é, conforme a CF/88, privativa do Presidente da República (art. 84, Inciso
XXIII, da CF). Para a doutrina, a competência é exclusiva e vinculada.

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A LRF também introduziu mudanças no conteúdo da LOA. A LRF estabeleceu que a LOA
deverá dispor sobre as seguintes matérias:

ƒ Conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos


orçamentos com os objetivos e metas constantes do Anexo de Metas Fiscais;

ƒ Será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da CF


(demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia), bem como das medidas de compensação a
renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter
continuado;

ƒ Conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido


com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei diretrizes
orçamentárias.

A reserva de contingência é uma dotação orçamentária não específica, ou seja, não é


destinada a nenhum órgão, fundo ou despesa. É um determinado valor (dotação) que
deverá estar contida na LOA e a sua forma de utilização e montante serão
estabelecidos na LDO.

Os prazos para envio dos projetos de lei pelo Executivo e devolução pelo Legislativo
são:

Prazos
Art. 35 do
Encaminhamento Devolução para
ADCT
ao Congresso Sanção

PPA 31 de agosto 22 de dezembro

LDO 15 de abril 17 de julho

LOA 31 de agosto 22 de dezembro

O não-envio da LOA caracteriza crime de responsabilidade do Presidente. A CF não dá


alternativa caso isto aconteça. Há uma previsão na Lei 4.320 de 1964:

Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas


Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo
considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

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Há quase um consenso na Doutrina acerca da impossibilidade jurídica de o Poder


Legislativo rejeitar o PPA e a LDO. Primeiro, porque a CF não previu essa possibilidade,
uma vez que estabeleceu, no art. 35 do ADCT, que ambas as leis devem ser devolvidas
ao Poder Executivo para sanção. Se é somente para sanção, não há como sancionar o
que foi rejeitado. O segundo argumento toma por base o disposto no art. 57, §2º,
segundo o qual a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da LDO.

Já em relação a LOA o raciocínio é diferente, já que a própria CF previu a possibilidade


de rejeição, ao assinalar em seu art. 166:

§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição


do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.

No caso de não-devolução da Lei Orçamentária, temos uma situação não regulada pelo
ordenamento jurídico atual. Antes, caso o Legislativo não devolvesse a proposta no
prazo legal, o Executivo poderia promulgá-la. Contudo, a CF/88 não diz nada a
respeito. Na falta de regra que regule esta não devolução, as LDOs vêm tratando desta
questão, na medida em que estabelece que o Poder Executivo fica autorizado a gastar
determinada proporção (X/12) da proposta que ainda está tramitando.

O PPA, a LDO e a LOA serão apreciados pelo Congresso Nacional de acordo com o
regimento comum.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes


orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum.

§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e


Deputados:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e


sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da
República;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais,


regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da
atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas,
criadas de acordo com o art. 58.

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A Comissão Mista de Orçamento examinará e emitirá um parecer sobre os projetos de


lei e também sobre as contas prestadas pelo Presidente anualmente. Além disso, esta
comissão examinará e emitirá parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais
e setoriais, além de exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.

§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre


elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário
das duas Casas do Congresso Nacional.

Os parlamentares poderão propor emendas aos projetos de lei, que serão examinadas
pela Comissão Mista Permanente e apreciadas pelo Congresso.

§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos


projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes


orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os


provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e


Distrito Federal; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

As emendas a LOA devem passar por algumas exigências. A primeira delas é que sejam
compatíveis com o PPA e com a LDO. A segunda é que indiquem os recursos
necessários. Mas não é qualquer recurso. Só se admite os provenientes de anulação de
despesa. Ou seja, não podem aumentar a despesa já existente no projeto de lei. Além
disso, não poderão ser recursos de:

ƒ Dotação para pessoal e seus encargos;


ƒ Serviço da dívida;
ƒ Transferências tributárias constitucionais para Estados e Municípios.

As emendas também poderão tirar seus recursos da correção de erros e omissões.


Além disso, elas poderão estar relacionadas com os dispositivos do texto do projeto de
lei.

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5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso


Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este
artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte
cuja alteração é proposta.

O Presidente da República poderá remeter mensagem ao Congresso Nacional, propondo


modificações nos projetos de lei, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista,
da parte cuja alteração é proposta. A mensagem deve ser enviada antes da votação na
Comissão Mista, e não da votação no plenário. A apreciação das leis orçamentárias será
em sessão conjunta entre as duas casas, mas a apuração de votos é feita
separadamente.

2.3 EXECUÇÃO
Segundo a LRF:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos
em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o
disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução
mensal de desembolso.

Trata-se do princípio da programação. A LRF aprimorou o sistema de planejamento e


controle da gestão das finanças públicas, introduzindo um ato novo pelo qual, dentro
de 30 dias contados da publicação da LOA, deve-se estabelecer um sistema legal de
fluxo de caixa com a previsão das despesas e também das receitas, como dispõe o art.
13 da LRF:

Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão


desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de
arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das
medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores
de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da
evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança
administrativa.

O art. 9º também trata da receita:

Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da


receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os
Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos

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montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de


empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
lei de diretrizes orçamentárias.

Aqui temos a limitação de empenho. Entre as novas atribuições da LDO está


estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de arrecadação
da receita inferior ao esperado, de modo a não comprometer as metas de resultado
primário e nominal, previstas para o exercício.

Ao final de cada bimestre, quando for constatado que a realização da receita poderá
não comportar as metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de
Metas Fiscais, os Poderes e o MP deverão promover a limitação de empenho e
movimentação financeira.

§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que


parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados
dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam


obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas
destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela
lei de diretrizes orçamentárias.

O parágrafo segundo retira da limitação de empenho algumas despesas, consideradas


essenciais. Há um certo exagero nesta obrigação quando determina que não pode
haver limitação de empenho para pagamento do serviço da dívida! Isso foi influência do
FMI. Significa que temos de pagar a dívida a qualquer custo, mesmo que as receitas
previstas estejam sendo frustradas. A LDO também pode definir despesas que estão de
fora da limitação de empenho.

A gestão do Programa é de responsabilidade do gerente de programa, que poderá


contar com o apoio de um gerente-executivo. O gerente de programa é o titular da
unidade administrativa, à qual o Programa está vinculado. Assim como ocorre no nível
do Programa, cada ação tem um responsável direto – o coordenador de ação.

Este modelo de responsabilidade se completa, preferencialmente, na forma colegiada,


exercida por meio de comitês gestores constituídos por representantes dos órgãos e
entidades que possuem ações em cada Programa, do qual participam coordenadores de
ação e gerentes de programa.

Todos os Programas Multissetoriais deverão contar com um Comitê Gestor formado


pelo Gerente, pelos Coordenadores das Ações e pelo Gerente Executivo, se existente. O
coordenador do Comitê Gestor de Programa é o Gerente. A principal função do Comitê

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é dar cumprimento ao objetivo do Programa, devendo para tanto, monitorar e avaliar o


desempenho do conjunto de suas respectivas ações. O Comitê deve constituir-se no
locus de articulação interna do Programa onde serão definidas e adotadas soluções
para a superação de eventuais restrições.

Neste Comitê Gestor de Programa também se viabilizam os mecanismos de


participação social envolvendo o público-alvo (como por exemplo, os instrumentos de
aferição da satisfação dos usuários dos serviços e outros), em consonância com as
diretrizes definidas pela Secretaria Geral da Presidência da República em conjunto com
o Ministério do Planejamento.

Ao longo da implementação do PPA, procede-se a uma revisão periódica do


planejamento, buscando manter o horizonte do planejamento em quatro anos. O PPA
2004-2007 implementou uma nova sistemática na gestão do PPA, ao adotar a
“programação deslizante”, ou “Rolling Plan”. Segundo a mensagem presidencial
daquele PPA, a programação deslizante consiste na inclusão de um exercício de
programação a cada revisão do Plano.

Visa evitar o que ocorre nos planos implantados até aqui, que se
ativeram a cobrir o horizonte de um exercício além do mandato que os
formulou. Em cada quadriênio de governo, ano a ano, o horizonte se
reduz e o Plano abrange cada vez menor período. Dessa forma, a ação
planejada de médio prazo vai deixando de existir. No último ano de
vigência de um PPA, quando já não se possui qualquer informação que
possa orientar o planejamento, inicia-se a elaboração de outro Plano
Plurianual, totalmente novo. Sem uma programação deslizante, ficaria
prejudicada a continuidade e a integração entre sucessivos
quadriênios, necessárias em muitos programas e ações.

A programação deslizante está prevista na Lei 11.653 de 2008, que trata do PPA 2008-
2011:

Art. 19. O Poder Executivo enviará ao Congresso Nacional, até o dia


15 de setembro de cada exercício, relatório de avaliação do Plano, que
conterá:

V - as estimativas das metas físicas e dos valores financeiros, para os


três exercícios subsequentes ao da proposta orçamentária enviada em
31 de agosto, das ações orçamentárias constantes desta Lei e suas
alterações, das novas ações orçamentárias previstas e das ações não-
orçamentárias, inclusive as referidas nos artigos 22 e 23 desta Lei.

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O objetivo é manter um planejamento de médio prazo ao longo de todo o PPA,


estendendo o horizonte a cada exercício. A cada ano é encaminhado o relatório de
avaliação do PPA com as metas para os três exercícios posteriores a LOA próximo
exercício. Assim, em 31 de agosto foi encaminha ao Congresso o Projeto da LOA 2010.
O relatório de avaliação do PPA, encaminhado até 15 de setembro, deve conter as
metas para os exercícios de 2011, 2012 e 2013. Assim, ao invés de acabar em 2011, o
PPA está se prolongando até 2013.

2.4 AVALIAÇÃO
Estudaremos a avaliação na Aula 10 do curso.

2.5 REVISÃO
A avaliação está orientada para a obtenção de resultados e se realiza uma vez por ano,
tendo como referência o exercício anterior. No ciclo de gestão, a avaliação é seguida da
revisão anual dos programas, da elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da
elaboração e execução da Lei Orçamentária Anual. Os resultados da avaliação
contribuem para a realização de cada uma dessas etapas, tornando mais consistente a
alocação de recursos públicos federais aos bens e serviços demandados pela sociedade.

O processo de revisão dos programas finalísticos será precedido de análise de seu


modelo lógico, de modo a avaliar o desenho do Programa e ajustá-lo no que for
necessário durante a execução para uma melhor gestão por resultados. Todo programa
tem por base uma teoria que o sustenta. Conhecê-la significa aprofundar o
conhecimento sobre a natureza, gravidade e extensão do problema ou demanda da
sociedade que originou o Programa. Do mesmo modo se avança no conhecimento
sobre o funcionamento do Programa, ou seja, como se pretende intervir e com que
recursos, estratégias e ações.

Além disso, a identificação das relações causais entre as ações dos programas e os
resultados pretendidos cria condições para que se possam avaliar melhor os efeitos do
Programa. Em suma, a análise do modelo lógico permite compreender como se origina
o problema ou demanda, como se desenvolve, como se explica, como se propõe
intervir de modo eficaz para mitigar suas causas, como monitorar sua execução e
avaliar seus resultados. Todos esses elementos são necessários para um bom desenho
de programa. Aprimorar a qualidade do desenho do Programa por meio da análise do
modelo lógico possibilitará avançar na capacidade de gestão por resultados e criar

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CURSO
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os em aco
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como era aplicado o dinheiro
o empresta
ado.

O Marco Lógico con s entradas


uma matriz de duas
nsiste de u s 4x4, que e seus 16
e resume em
campos a estratégia do pro
ojeto, os possíveis riscos ex
xternos e os indica ue
adores qu
possibilite nho. Destta forma ele repre
em a aferição do desempen esenta um so
m poderos
nto de comunicação
instrumen o (interna na) do pro
a e extern m como o centro da
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gerência do projeto

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A princip co está em sua es
arco Lógic ógica, que obriga à
strutura ló
precisão no seu prreenchime
ento. O QL e é elaborada sucessivamentte
L é uma matriz que
num proc ção daqueles elementos cons
cesso de estruturaç
e es
siderados os mais importante
de um projeto e q
que permitem a su
ua apresen stemática, lógica e sucinta. O
ntação sis
Marco Lóg
gico é uma da seguinte
a matriz, fformada d e forma:

a) Resum
mo Narrativo de Objjetivos

ojeto é a resposta a um pro


Objetivo Superior: Cada pro vo
etectado. O Objetiv
oblema de
Superior de um projeto é uma
u descrrição da solução
s e um problema que
de ha
e se tenh
diagnostic
cado. Ex.:: Problema
a principal - alta tax
xa de morrtalidade m na
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2
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população de baixa renda ---> Objetivo superior - reduzir a taxa de mortalidade


materna e infantil nessa população.

Objetivo do Projeto: O objetivo do projeto é o resultado esperado ao fim do período de


execução do projeto. Cada projeto deve ter um único objetivo de projeto. Quando uma
operação tiver mais de um objetivo de projeto, devem ser elaborados mais de um
marco lógico: um marco mestre do programa, com seu objetivo superior e objetivo de
projeto e dois ou mais marcos subordinados. O objetivo superior de cada marco
subordinado é idêntico ao objetivo de projeto do programa (marco mestre), mas cada
um tem seu próprio objetivo de projeto. Deve haver apenas um objetivo de projeto. Se
houver outros objetivos, a cada um deve corresponder um projeto, o conjunto dos
quais corresponderá a um programa.

Produtos: Produtos (ou componentes) são as obras, estudos, serviços e treinamentos


específicos que se requer que o gerente de projeto produza com o orçamento que lhe é
alocado. Cada produto tem que ser necessário para atingir o objetivo do projeto.

Atividades: As atividades são as tarefas que o executor tem que levar a cabo para
produzir cada produto (componente).

b) Indicadores para Acompanhamento


Indicadores de objetivo superior e de objetivo de projeto: Os indicadores tornam
específicos os resultados esperados, na realidade, em três dimensões: quantidade,
qualidade e tempo.

Indicadores dos produtos: Os indicadores dos produtos (componentes) são descrições


breves dos estudos, treinamento e obras físicas gerados pelo projeto.

Indicadores de atividades: O orçamento do projeto é o indicador de atividade


correspondente a esta célula da matriz.

c) Fontes de Verificação
As fontes de verificação indicam ao executor ou ao avaliador onde é possível obter a
informação necessária para a construção dos indicadores. Obriga os planejadores a
identificar fontes existentes de informação ou a prever recursos para o levantamento
de informações. Nem toda a informação tem que ser estatística. A produção de
produtos (componentes) pode verificar-se mediante uma inspeção visual do
especialista. A execução do orçamento pode verificar-se com os recibos apresentados.

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d) Pressupostos
Cada projeto envolve riscos: ambientais, financeiros, institucionais, sociais, políticos,
climatológicos ou outros fatores que podem fazer com que o mesmo fracasse. O risco
se expressa como um pressuposto que tem que ser cumprido para avançar ao nível
seguinte da hierarquia de objetivos. Os pressupostos, por definição, estão fora do
controle direto do gerente de projeto.

3 Controle da Administração Pública


Segundo Zanela Di’Pietro, o controle da Administração Pública, seja ele interno ou
externo, é:

o poder de fiscalização e correção que sob ela exercem os órgãos dos


Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir
a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos
pelo ordenamento jurídico.

Esse controle é exercido não só sobre os órgãos do Poder Executivo, mas também do
Legislativo e do Judiciário, quando exerçam atividades administrativas. Portanto, este
controle abrange a Administração Pública em sentido amplo, ou seja, tanto os órgãos
governamentais quanto os administrativos.

A finalidade desse controle é garantir que sejam observados os princípios


administrativos, como os previstos no art. 37 da CF88 – legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

O controle pode ser classificado de acordo com o órgão que o exerce, como
administrativo, legislativo ou judicial. Também podemos falar em controle social, que é
o controle exercido diretamente pela sociedade.

Também pode ser classificado de acordo com o momento em que é exercido. O


controle prévio ocorre antes da prática dos atos administrativos. Também chamado de
preventivo ou a priori, ocorre quando a o ato ainda não entrou em vigor, ou seja,
encontra-se em processo de formação, através da autorização prévia. É o controle que
se exerce como condição para que o ato adquira eficácia. Como exemplo, temos os
seguintes dispositivos constitucionais:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

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II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a


paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território
nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos
previstos em lei complementar;

III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se


ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;

XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento


de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;

XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras


públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.

O controle concomitante é realizado durante a realização do ato administrativo,


acompanhando-o. Também chamado de Pari Passu, caracteriza-se pelo fato de o
controle ser efetuado no momento em que a conduta administrativa está sendo
praticada. Há nos dias atuais uma grande tendência de a fiscalização acompanhar –
quase em tempo real – o processamento da despesa pública. Temos como exemplo o
acompanhamento da execução orçamentária. O Tribunal de Contas da União prevê o
acompanhamento em seu Regimento Interno:

Art. 241. Acompanhamento é o instrumento de fiscalização utilizado


pelo Tribunal para:

I – examinar, ao longo de um período predeterminado, a legalidade e


a legitimidade dos atos de gestão dos responsáveis sujeitos a sua
jurisdição, quanto ao aspecto contábil, financeiro, orçamentário e
patrimonial; e

II – avaliar, ao longo de um período predeterminado, o desempenho


dos órgãos e entidades jurisdicionadas, assim como dos sistemas,
programas, projetos e atividades governamentais, quanto aos aspectos
de economicidade, eficiência e eficácia dos atos praticados.

Por fim, o controle a posteriori, ou repressivo, busca avaliar atos já praticados, quando
o ato já provoca seus efeitos. É a forma mais comum de controle dos gastos públicos.
Tal controle posterior tem como objetivo corrigir, desfazer ou apenas confirmar os atos
já praticados.

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Outra classificação importante do controle é a diferenciação entre interno e externo. O


primeiro se realiza dentro do próprio poder, já o segundo ocorre na relação entre os
três poderes, dentro do princípio da separação dos poderes.

3.1 CONTROLE EXTERNO


A teoria da divisão dos poderes, de Montesquieu, se baseia em dois pilares. De um
lado, parte-se da ideia central de que uma mesma unidade não pode exercer mais de
uma função estatal. O Executivo e o Legislativo não podem ser exercidos por uma
mesma unidade porque esta poderia instituir leis tirânicas para executá-las
tiranicamente. Se o Judiciário estivesse ligado ao Legislativo, o poder sobre a vida e a
liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria legislador. Estando ligado ao
Executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor.

Tudo isso corresponde à primeira dimensão da divisão dos poderes de Montesquieu:


atribuir as distintas funções estatais a distintas unidades decisórias. Mas, logo
Montesquieu se dá conta da limitação dessa formulação, porque simplesmente
mantendo a exclusividade das distintas funções estatais em favor de distintas unidades
decisórias, logo haverá a possibilidade de que uma das unidades se imponha às
demais. A solução que ele oferece é a criação de mecanismos que forneçam uma
necessária relação entre as unidades estatais no desempenho de suas funções. Assim,
por exemplo, o controle do Legislativo sobre a execução das leis, as interferências do
Executivo na duração e no momento da reunião da unidade legislativa, a realização de
certos julgamentos por parte do legislativo, e o poder, em favor do executivo, de vetar
as leis aprovadas no legislativo. Temos aqui o sistema de “freios e contrapesos”, que
visa a assegurar um equilíbrio na atuação dos três Poderes, sem sobreposição de
qualquer deles em relação aos demais.

Segundo a CF88:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.

Temos aqui o controle externo exercido pelo Congresso Nacional, que abrange a
fiscalização COFOP – contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial.

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A fiscalização Contábil está relacionada à aplicação dos recursos públicos conforme as


técnicas contábeis, verificando se os balanços e demonstrativos contábeis dos órgãos e
entidades da Administração Pública refletem as variações econômico-financeiras de seu
patrimônio, bem como o resultado financeiro do exercício, em conformidade com os
princípios da contabilidade pública.

Já o aspecto Financeiro está relacionado ao fluxo de recursos (ingressos e saídas)


geridos pelo administrador, independentemente de serem ou não recursos
orçamentários. Enquanto o aspecto Orçamentário analisa a aplicação dos recursos
públicos conforme as leis orçamentárias, acompanhando a arrecadação dos recursos e
sua aplicação.

A fiscalização Operacional está relacionada à verificação do cumprimento de metas,


resultados, eficácia e eficiência da gestão dos recursos públicos, busca analisar o
desempenho dos gestores públicos. Esta é uma novidade da CF88, pelo meio da qual é
feito o acompanhamento da execução dos projetos e programas governamentais. Com
este tipo de fiscalização, o TCU afastou-se do estrito controle de legalidade para
adentrar a aspectos ligados ao mérito das decisões dos gestores da Administração.
Assim, não basta verificar se a despesa cumpriu as formalidades legais e sim se a
gestão de recursos foi eficaz e eficiente.

Por fim, o aspecto Patrimonial está relacionado ao controle e conservação dos bens
públicos. Aqui o conceito de patrimônio é bastante amplo, envolvendo também, além
dos bens dominiais, os bens de uso do povo, neles incluído o próprio meio ambiente.
Também em relação ao aspecto patrimonial temos as privatizações, ou seja, de
alienações do Patrimônio Público, de sorte que caberá aos órgãos de controle avaliar a
regularidade da operação.

Ainda segundo a CF88:

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,


pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

Estes aspectos são os relacionados às pessoas sujeitas à fiscalização. Todas as


pessoas, FÍSICAS ou JURÍDICAS, PÚBLICAS ou PRIVADAS, estão obrigadas a prestar
contas em razão de UTLIZAREM, ARRECADAREM, GUARDAREM GERENCIAREM ou
ADMINISTRAREM bens e valores públicos.

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Não interessa se a pessoa que está administrando os recursos públicos pertença à


Administração Pública. O que importa, para efeito de incidência da fiscalização e do
controle, é que os recursos sejam públicos.

Voltando à CF88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

O controle externo do Congresso Nacional é realizado com o auxílio do Tribunal de


Contas da União. Mas então, o TCU é uma entidade subordinada ao Legislativo? Para o
concurso, temos que entender que o TCU é um órgão auxiliar, mas sem subordinação
ao Legislativo. É um órgão independente, integrante da administração direta.

Como competências do TCU, a CF88 estabelece:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,


mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de
seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,


bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações
e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal,
a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,


de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no
inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital


social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo;

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VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante


convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de


suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de
auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou


irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias


ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão


à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

A informação mais importante do inciso I é que o TCU não JULGA as contas do


Presidente. Ele somente emite parecer prévio sobre elas. O responsável pelo
julgamento é o Congresso Nacional, conforme o art. 49 da CF.

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da


República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de
governo;

3.2 CONTROLE INTERNO


Para José Afonso da Silva:

A constituição estabelece que os Poderes Legislativo, Executivo e


Judiciário, manterão, de forma integrada, o controle interno. Trata-se
de controle de natureza administrativa, exercido sobre funcionários
encarregados de executar os programas orçamentários e da aplicação
do dinheiro público, por seus superiores hierárquicos: ministros,
diretores, chefes de divisão etc.

Segundo Hely Lopes Meirelles:

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O controle Interno objetiva a criação de condições indispensáveis à


eficácia do controle externo e visa a assegurar a regularidade da
realização da receita e da despesa, possibilitando o acompanhamento
da execução do orçamento, dos programas de trabalho e a avaliação
dos respectivos resultados. É, na sua plenitude, um controle de
legalidade, conveniência, oportunidade e eficiência.

O controle interno é o que cada Poder exerce sobre seus próprios atos. Esse controle
normalmente é feito pelo sistema de auditoria, que acompanha a execução do
orçamento, verifica a legalidade na aplicação do dinheiro público e auxilia o Tribunal de
Contas no exercício de sua missão institucional.

Podemos observar que Meirelles inclui no controle interno o controle de conveniência e


oportunidade, que estão ligados ao mérito do ato administrativo. Segundo a Súmula nº
473 do STF:

A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de


vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em qualquer caso, a apreciação
judicial.

Temos aqui a autotulela administrativa. Já o sistema de controle interno consiste na


ação realizada por órgão com essa atribuição, integrante da estrutura administrativa.
Segundo a CF88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de


forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a


execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e


eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos
e entidades da administração federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,


bem como dos direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Assim, cada um dos poderes terá um sistema de controle interno, e esse sistema se
exercerá de forma integrada entre os três poderes.

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As competências dos órgãos e unidades do Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo Federal estão definidas no Decreto 3.591/2000:

Art. 11. Compete à Secretaria Federal de Controle Interno:

I - propor ao Órgão Central a normatização, sistematização e


padronização dos procedimentos operacionais dos órgãos e das
unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal;

II - coordenar as atividades que exijam ações integradas dos órgãos e


das unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal, com vistas à efetividade das competências que lhe são
comuns;

III - auxiliar o Órgão Central na supervisão técnica das atividades


desempenhadas pelos órgãos e pelas unidades integrantes do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo Federal;

IV - consolidar os planos de trabalho das unidades de auditoria interna


das entidades da Administração Pública Federal indireta;

V - instituir e manter sistema de informações para o exercício das


atividades finalísticas do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal;

VI - avaliar, no seu âmbito, o desempenho dos dirigentes e


acompanhar a conduta funcional dos servidores da carreira Finanças e
Controle;

VII - verificar a consistência dos dados contidos no Relatório de Gestão


Fiscal, conforme estabelecido no art. 54 da Lei Complementar no 101,
de 4 de maio de 2000;

VIII - elaborar a prestação de contas anual do Presidente da República


a ser encaminhada ao Congresso Nacional, nos termos do art. 84,
inciso XXIV, da Constituição Federal;

V - apoiar o Órgão Central na instituição e manutenção de sistema de


informações para o exercício das atividades finalísticas do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal; (Redação dada pelo
Decreto nº 4.304, de 2002)

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VI - prestar informações ao Órgão Central sobre o desempenho e a


conduta funcional dos servidores da carreira Finanças e Controle;

VII - subsidiar o Órgão Central na verificação da consistência dos


dados contidos no Relatório de Gestão Fiscal, conforme estabelecido no
art. 54 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000; (Redação
dada pelo Decreto nº 4.304, de 2002)

VIII - auxiliar o Órgão Central na elaboração da prestação de contas


anual do Presidente da República, a ser encaminhada ao Congresso
Nacional, nos termos do art. 84, inciso XXIV, da Constituição Federal;

IX - exercer o controle das operações de crédito, avais, garantias,


direitos e haveres da União;

X - avaliar o desempenho da auditoria interna das entidades da


administração indireta federal;

XI - planejar, coordenar, controlar e avaliar as atividades de controle


interno de suas unidades administrativas;

XII - verificar a observância dos limites e das condições para


realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar;

XIII - verificar e avaliar a adoção de medidas para o retorno da


despesa total com pessoal ao limite de que tratam os arts. 22 e 23 da
Lei Complementar no 101, de 2000;

XIV - verificar a adoção de providências para recondução dos


montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos limites de que trata
o art. 31 da Lei Complementar no 101, de 2000;

XV - verificar a destinação de recursos obtidos com a alienação de


ativos, tendo em vista as restrições constitucionais e as da Lei
Complementar no 101, de 2000;

XVI - avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no Plano


Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias;

XVII - avaliar a execução dos orçamentos da União;

XVIII - fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo,


inclusive ações descentralizadas realizadas à conta de recursos
oriundos dos orçamentos da União, quanto ao nível de execução das
metas e dos objetivos estabelecidos e à qualidade do gerenciamento;

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XIX - fornecer informações sobre a situação físico-financeira dos


projetos e das atividades constantes dos orçamentos da União;

XX - propor medidas ao Órgão Central visando criar condições para o


exercício do controle social sobre os programas contemplados com
recursos oriundos dos orçamentos da União;

XXI - auxiliar o Órgão Central na aferição da adequação dos


mecanismos de controle social sobre os programas contemplados com
recursos oriundos dos orçamentos da União;

XXII - realizar auditorias sobre a gestão dos recursos públicos federais


sob a responsabilidade de órgãos e entidades públicos e privados, bem
como sobre a aplicação de subvenções e renúncia de receitas;

XXIII - realizar auditorias e fiscalização nos sistemas contábil,


financeiro, orçamentário, de pessoal e demais sistemas administrativos
e operacionais;

XXIV - manter atualizado o cadastro de gestores públicos federais;

XXV - apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais ou irregulares,


praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos
públicos federais, dar ciência ao controle externo e ao Órgão Central e,
quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela
contabilidade, para as providências cabíveis.

4 Resumo
Ética e moral, num sentido amplo, são conceitos sinônimos, possuem caráter
prescritivo e normativo definindo quais comportamentos são considerados aceitáveis
em determinada sociedade. Já num sentido restrito, a ética constitui o estudo da moral.

A ética da convicção (do valor absoluto ou das últimas finalidades) determina que a
ação das pessoas considere determinados valores como absolutos, que jamais podem
ser desrespeitados. Já a ética da responsabilidade colocar os valores numa hierarquia e
defende que ação considere o meio mais adequado para se alcançar determinado
resultado.

O Programa é o instrumento de organização da atuação governamental com vistas ao


enfrentamento de um problema. Articula um conjunto coerente de ações

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(orçamentárias e não-orçamentárias) que concorrem para objetivos setoriais


preestabelecidos, constituindo uma unidade básica de gestão com responsabilidade
pelo desempenho e transparência das ações de Governo. Todos os eventos do ciclo de
gestão do governo federal estão ligados a programas.

O planejamento governamental pode ser dividido em três horizontes de tempo: oito


anos; quatro anos e um ano. O PPA realiza a mediação entre o planejamento de longo
prazo e os orçamentos anuais que consolidam a alocação dos recursos públicos a cada
exercício.

A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e


das entidades da administração direta e indireta, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, e
pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema


de controle interno com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no
plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; exercer o
controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
da União; apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

5 Questões

5.1 ÉTICA NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA

1. (ESAF/CVM/2010) O Decreto n. 1.171, de 22 de junho de 1994, aprovou o Código de


Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e, entre outras
providências, determinou que os órgãos e entidades da Administração Pública Federal
direta e indireta constituíssem as respectivas Comissões de Ética. A respeito dos
termos desse Código, assinale a opção incorreta.

a) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na
vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta
do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na
vida funcional.

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b) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a censura.

c) É vedado ao servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do


atendimento em serviços públicos.

d) É dever fundamental do servidor público abster-se, de forma absoluta, de exercer


sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo
que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à
lei.

e) O Código de Ética elenca apenas deveres negativos do servidor público.

Segundo o Código de Ética:

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e,


portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim,
os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a


de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer,
assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

XV - E vedado ao servidor público;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento


em serviços públicos;

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou


autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação
expressa à lei;

A letra “E” é errada, pois existem também deveres positivos. São exemplos:

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego


público de que seja

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento,


pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações
procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra

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espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça


suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do


seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o


processo de comunicação e contato com o público;

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência


provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em
todo o sistema;

Gabarito: E.

2. (ESAF/AFRFB/2009) Para ser eficaz, uma política de promoção da ética no serviço


público deve enfocar as seguintes ações, exceto:

a) identificação pormenorizada de padrões éticos a serem observados por detentores


de cargos de confiança.

b) criação de regras de quarentena extremamente rígidas.

c) criação de instrumentos institucionais pedagógicos de esclarecimento sobre o


conteúdo de normas éticas.

d) acompanhamento sistemático, por meio de instrumentos próprios de auditoria e da


observância de regras de conduta.

e) estabelecimento de regras flexíveis para o trato de transgressões de menor


potencial.

Vimos na aula o texto do João Carneiro, que está na leitura sugerida. O autor afirma
que “O trabalho de prevenção pressupõe:

a) a fixação de regras claras de conduta geral, a serem observadas em toda a


administração;

b) a identificação pormenorizada, por setor, órgão e função, de quais são os


padrões éticos a serem observados pelos detentores de cargos de confiança
e pelo corpo funcional de cada órgão de governo;

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c) o acompanhamento sistemático, através de instrumentos próprios de


auditoria, da observância dessas regras de conduta;

d) a criação de instrumentos institucionais pedagógicos de esclarecimento


sobre o conteúdo de normas éticas;

e) o estabelecimento de regras flexíveis para correção de desvios verificados,


principalmente quando se tratar de transgressões de menor potencial;

f) a transparência desses instrumentos, de tal forma que a opinião pública


possa acompanhar a evolução dos trabalhos realizados”.

Podemos observar que a letra “B” não está citada, as regras rígidas de quarentena.
Contudo, tomem cuidado porque as regras de quarentena são importantes sim. Elas
são usadas principalmente para funcionários do Banco Central, de Agências
Reguladoras e outras entidades. Vimos disposições de quarentena na parte do Código
de Conduta da Alta Administração Federal.

Gabarito: B.

3. (ESAF/EPPGGG-MPOG/2009) No exercício da função, o servidor público civil do Poder


Executivo Federal afronta o Código de Ética Profissional quando:

a) diante de duas opções, escolhe sempre a melhor e a mais vantajosa para o bem
comum.

b) exige de seus superiores as providências cabíveis contra ato ou fato contrário ao


interesse público de que lhes tenha dado ciência.

c) representa contra superior hierárquico, no caso de comprometimento indevido da


estrutura em que se funda o Poder Estatal.

d) apresenta-se ao trabalho com vestimentas inadequadas.

e) facilita a fiscalização, por quem de direito, de seus atos ou serviços.

Essa questão foi tirada dos deveres do servidor público:

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do


seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

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m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou


fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar


contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se
funda o Poder Estatal;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício


da função;

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

Essa questão foi bem fácil, já que somente a letra “D” fala de uma conduta que seria
ruim, imprópria.

Gabarito: D.

4. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) De acordo com a literatura, mais importante do que


novas iniciativas de natureza legislativa, a promoção da ética no serviço público
brasileiro requer medidas de cunho prático e ações efetivas — tanto de prevenção
quanto de repressão. O trabalho de prevenção pressupõe todas as medidas a seguir,
exceto:

a) a fixação de regras claras de conduta geral, a serem observadas em toda a


administração.

b) a identificação pormenorizada, por setor, órgão e função, de quais são os padrões


éticos a serem observados pelos detentores de cargos de confiança e pelo corpo
funcional de cada órgão de governo.

c) o acompanhamento sistemático, por meio de instrumentos próprios de auditoria, da


observância dessas regras de conduta.

d) o estabelecimento de regras flexíveis para correção de desvios verificados,


principalmente quando se tratar de transgressões de menor potencial.

e) a criação de canais de denúncia, facilitando a célere identificação e punição das


transgressões, reduzindo a convicção da impunidade.

Mais uma questão copiada do texto de João Geraldo Piquet Carneiro, que está na
leitura sugerida desta aula. O autor afirma que “O trabalho de prevenção pressupõe:

g) a fixação de regras claras de conduta geral, a serem observadas em toda a


administração;

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h) a identificação pormenorizada, por setor, órgão e função, de quais são os


padrões éticos a serem observados pelos detentores de cargos de confiança
e pelo corpo funcional de cada órgão de governo;

i) o acompanhamento sistemático, através de instrumentos próprios de


auditoria, da observância dessas regras de conduta;

j) a criação de instrumentos institucionais pedagógicos de esclarecimento


sobre o conteúdo de normas éticas;

k) o estabelecimento de regras flexíveis para correção de desvios verificados,


principalmente quando se tratar de transgressões de menor potencial;

l) a transparência desses instrumentos, de tal forma que a opinião pública


possa acompanhar a evolução dos trabalhos realizados”.

Podemos observar que somente a alternativa “E” não está no texto. Esta alternativa
traz um instrumento de repressão, já que as denúncias são feitas depois que o ilícito
aconteceu.

No entanto, é mais uma questão mal feita, que se utiliza do expediente de copiar
literalmente o texto de algum autor e o que ele fala está certo e o que ele não fala está
errado. Ao analisar a alternativa “C”, não vejo diferença na lógica dela em relação a
letra “E”. As auditorias podem ser feitas por controle a priori, concomitante e a
posteriori. Quando a alternativa fala em “acompanhamento da observância das regras
de conduta, me parece que ela está falando num controle a posteriori, se foram
observados ou não os padrões éticos, depois que o ato aconteceu. Não sei se a
intenção do autor era falar de um controle a priori ou se ele estava se referindo Às
auditorias como forma de mostrar que a fiscalização está presente, colocando o medo
naquele que talvez queira transgredir a norma. A Receita Federal chama isso de
presença fiscal. Às vezes, é mais importante se mostrar presente do que efetivamente
pegar alguma transgressão. Porque este tipo de controle não poderia ser considerado
prevenção? É o que está na letra “E”: canais de denúncia para reduzir a convicção de
impunidade.

Gabarito: E.

5. (ESAF/AFT/2006) Ética no Setor Público pode ser qualificada como:

I. agir de acordo com o que está estabelecido em lei e, também, com os valores de
justiça e honestidade.

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II. responsabilidade do servidor público por aquilo que fez e, também, por aquilo que
não fez mas que deveria ter feito.

III. equilíbrio entre a legalidade e finalidade do ato administrativo, visando à


consolidação da moralidade administrativa.

IV. não omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da Administração.

V. respeito ao cidadão, não protelando o reconhecimento dos seus direitos nem criando
exigências além das estritamente necessárias.

Estão corretas:

a) apenas as afirmativas I e V.

b) apenas as afirmativas I, III e V.

c) apenas as afirmativas III e V.

d) apenas as afirmativas II e V.

e) as afirmativas I, II, III, IV e V.

Segundo o Código de Ética:

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético


de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o
ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno
e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição
Federal.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que


compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação
de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do
serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos
serviços públicos.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção


entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade,
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade
do ato administrativo.

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VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la
ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer
ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da
opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade
humana quanto mais a de uma Nação.

Todas as afirmações trazem condutas éticas do servidor público.

Gabarito: E.

6. (ESAF/AFT/2006) De acordo com o Decreto n. 1.171/1994 (Código de Conduta do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal), é vedado ao servidor público:

I. determinar a um servidor que lhe é subordinado que vá ao banco pagar suas contas
pessoais (contas do mandante).

II. informar a um amigo sobre ato de caráter geral que está para ser publicado, cujo
teor o beneficia (o amigo), mas que ainda é considerado assunto reservado no âmbito
da Administração Pública.

III. exercer atividade no setor privado.

IV. ser membro de organização que defende a utilização de crianças como mão-de-obra
barata.

V. representar contra seus superiores hierárquicos.

Estão corretas:

a) apenas as afirmativas I, II e IV.

b) as afirmativas I, II, III, IV e V.

c) apenas as afirmativas I e IV.

d) apenas as afirmativas I, II, IV e V.

e) apenas as afirmativas II e IV.

Segundo o Código de Ética:

XV - É vedado ao servidor público;

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

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m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu


serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a


honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a


empreendimentos de cunho duvidoso.

O servidor público pode exercer atividade no setor privado, só não pode ser atividade
aética ou de cunho duvidoso

E é um dever representar contra superiores:

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra


qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder
Estatal;

Gabarito: A.

7. (ESAF/ANEEL/2006) Assinale a opção correta.

a) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-se aos valores
que regem a conduta humana, tendo caráter normativo ou prescritivo.

b) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-se ao estudo
dos princípios que explicam regras de conduta consideradas como universalmente
válidas.

c) A ética, num sentido restrito, está preocupada na construção de um conjunto de


prescrições destinadas a assegurar uma vida em comum justa e harmoniosa.

d) A ética, num sentido restrito, diz respeito aos costumes, valores e normas de
conduta específicas de uma sociedade ou cultura.

e) A moral, num sentido restrito, está preocupada em detectar os princípios que regem
a conduta humana.

A letra “A” é correta. Num sentido amplo, ética e moral são sinônimos, abordam os
padrões de conduta que são aceitos em determinada comunidade. A diferença está no
sentido restrito, em que a ética é vista como o estudo da moral, ou seja, o estudo dos
padrões de conduta. Por isso que a letra “B” é errada, já traz o conceito restrito de

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ética. A letra “E” é errada porque é a ética, num sentido restrito que procura detectar a
moral. As letras “C” e “D” estão erradas porque trazem o conceito de moral, e não ética
em um sentido restrito.

Gabarito: A.

8. (ESAF/EPPGG-MPOG/2005) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal, são deveres fundamentais do servidor público:

I. quando estiver diante de mais de uma opção, escolher aquela que melhor atenda aos
interesses do governo.

II. exigir de seus superiores hierárquicos as providências cabíveis relativas a ato ou


fato contrário ao interesse público que tenha levado ao conhecimento deles.

III. zelar pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva,


quando no exercício do direito de greve.

IV. materializar os princípios éticos mediante a adequada prestação dos serviços


públicos.

V. resistir às pressões ilegais ou aéticas e denunciá-las, mesmo que os interessados


sejam seus superiores hierárquicos.

Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.

b) apenas as afirmativas II, III, IV e V.

c) apenas as afirmativas I, II e V.

d) apenas as afirmativas I, IV e V.

e) apenas as afirmativas I, III e IV.

Segundo o Código de Ética:

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do


seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou


fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

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j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas


da defesa da vida e da segurança coletiva;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que
se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de


contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores,
benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais,
ilegais ou aéticas e denunciá-las;

Podemos ver que estão corretos os itens II, III, IV e V. O item I é errado porque deve-
se atuar de forma a atender ao interesse público, ao bem comum, e não ao interesse
do governo.

Gabarito: B.

9. (ESAF/EPPGG-MPOG/2005) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal:

I. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e


moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo.

II. atenta contra a ética o administrador que não adota as medidas necessárias a evitar
a formação de longas filas na repartição pública.

III. todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste
serviços de natureza temporária, ainda que sem retribuição financeira, mas desde que
ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, é considerado
servidor público.

IV. o servidor não deve deixar que simpatias ou antipatias influenciem os seus atos
funcionais.

V. incide em infração de natureza ética o servidor que deixar de utilizar os avanços


técnicos e científicos ao seu alcance.

Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.

b) apenas as afirmativas I, III, IV e V.

c) apenas as afirmativas I, II, III e IV.

d) apenas as afirmativas III, IV e V.

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e) apenas as afirmativas I, III e IV.

Segundo o Código de Ética:

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou


interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito
de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento
ético contra o bem comum, imputável a quem a negar.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que


compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação
de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do
serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos
serviços públicos.

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se


por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de
qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde
que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal,
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em
qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

XV - É vedado ao servidor público;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou


do seu conhecimento para atendimento do seu mister;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões


ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com
os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente
superiores ou inferiores;

Podemos observar que todas as afirmações são corretas. A primeira afirmação fala em
“qualquer ato administrativo”, mas traz a exceção do que estiver previsto em lei.

Gabarito: A.

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10. (ESAF/EPPGG-MPOG/2005) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor público:

I. prometer influenciar a decisão de outro servidor se o interessado nessa decisão


conseguir a requisição do seu filho para trabalhar na Câmara dos Deputados.

II. ser sócio de empresa que explore jogos de azar não autorizados.

III. efetuar determinado investimento que, em face de informação obtida em razão do


cargo e ainda não divulgada publicamente, sabe que será altamente lucrativo.

IV. participar de organização que divulgue, pela internet, fotografias pornográficas.

V. determinar a um outro servidor, que lhe seja subordinado, que vá a um banco pagar
suas contas pessoais (contas dele, mandante), salvo se o mandante ocupar cargo de
elevada posição na hierarquia funcional.

Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.

b) apenas as afirmativas II, III, IV e V.

c) apenas as afirmativas I, II, III e IV.

d) apenas as afirmativas III, IV e V.

e) apenas as afirmativas II e IV.

Segundo o Código de Ética:

XV - É vedado ao servidor público;

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e


influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a


empreendimentos de cunho duvidoso.

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu


serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a


honestidade ou a dignidade da pessoa humana;

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

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Mesmo ocupando ocupar cargo de elevada posição na hierarquia funcional, não é


permitido o desvio de servidor para atendimento de interesses pessoais. Por isso a
quinta afirmação é errada. As demais são corretas.

Gabarito: C.

11. (ESAF/APO-MPOG/2005) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:

I. o servidor que tratar mal o cidadão que paga seus tributos causa-lhe dano moral.

II. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e


moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo.

III. a moralidade do ato administrativo deve ser aferida não apenas em face da
legalidade, mas, também, da sua finalidade.

IV. as longas filas que se formam nas repartições públicas não podem ser qualificadas
como causadoras de dano moral aos usuários dos serviços públicos por não decorrerem
de culpa do servidor, mas, sim, da Administração.

V. a impessoalidade que deve nortear o exercício da função pública não pode ser
entendida como dever do servidor público de abdicar do amor próprio e tratar com
cortesia e urbanidade os seus desafetos.

Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.

b) apenas as afirmativas I, II, IV e V.

c) apenas as afirmativas II, IV e V.

d) apenas as afirmativas III, IV e V.

e) apenas as afirmativas I, II e III.

Segundo o Código de Ética:

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao


serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma
pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa
causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido
ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às
instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que

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dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus


esforços para construí-los.

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção


entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a
finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que


compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação
de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do
serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários
dos serviços públicos.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou


interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a
negar.

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a


capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço
público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça,
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição
social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

A afirmação IV é errada porque as longas filas caracterizam sim dano moral.

A afirmação V é errada porque a impessoalidade envolve tratar bem inclusive os


desafetos.

Gabarito: E.

12. (ESAF/CGU/2004) São autoridades submetidas ao Código de Conduta da Alta


Administração Federal:

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I. Ministros de Estado e Secretários Executivos do governo federal.

II. Presidentes e diretores de empresas públicas e de sociedades de economia mista.

III. Titulares de cargo de Secretário das secretarias de governo nos Estados.

IV. Presidentes e diretores de autarquias federais.

Estão corretos os itens:

a) I, II e III

b) II, III e IV

c) I, III e IV

d) I, II e IV

e) I, II, III e IV

As normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal aplicam-se às


seguintes autoridades públicas:

ƒ Ministros e Secretários de Estado;

ƒ Titulares de cargos de natureza especial, secretários-executivos, secretários


ou autoridades equivalentes ocupantes de cargo do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores - DAS, nível seis;

ƒ Presidentes e diretores de agências nacionais, autarquias, inclusive as


especiais, fundações mantidas pelo Poder Público, empresas públicas e
sociedades de economia mista.

Somente a afirmação III está errada, por que o Código é da Administração FEDERAL.

Gabarito: D.

13. (ESAF/CGU/2004) Para os fins do Código de Conduta do Servidor Público Civil do


Poder Executivo Federal, entende-se por servidor público:

I. os servidores públicos titulares de cargo efetivo.

II. os titulares de cargo em comissão.

III. os empregados de sociedades de economia mista.

IV. os que, temporariamente, prestam serviços à Administração Pública Federal, desde


que mediante retribuição financeira.

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Estão corretos os itens:

a) I, II, III e IV

b) II, III e IV

c) I, III e IV

d) I, II e IV

e) I, II e III

Segundo o Código de Ética:

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se


por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de
qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde
que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal,
como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais,
as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em
qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

Podemos observar que as afirmações I, II e III são corretas. A IV é errada porque fala
em “desde que mediante retribuição financeira”, quando o Código fala em “ainda que
sem retribuição financeira”. Ainda que atue voluntariamente, a pessoa também será
considerada servidor público.

Gabarito: E.

14. (ESAF/AFRF/2003) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal, “a moralidade da Administração Pública não se
limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do
servidor, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo”. Esse enunciado
expressa:

a) o sentido do princípio da legalidade na Administração Pública.

b) que o estrito cumprimento da lei conduz à moralidade na Administração Pública.

c) que o ato administrativo praticado de acordo com a lei não pode ser impugnado sob
o aspecto da moralidade.

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d) que todo ato legal é também moral.

e) um valor ético que deve nortear a prática dos atos administrativos.

Essa questão cobra a relação entre legalidade e moralidade. A ideia de imoralidade


administrativa surgiu e se desenvolveu ligada à de desvio de poder. Isso porque em
ambos os casos se entendiaa que a Administração se utiliza de meios lícitos para atingir
finalidades irregulares. A imoralidade estaria na intenção do agente. Um exemplo é o
caso do prefeito em fim de mandato que congela o IPTU com o objetivo de prejudicar
financeiramente a próxima administração. Apesar de legal, esta atitude fere o princípio
da moralidade.

Podemos diferenciar três aspectos no princípio da moralidade. No primeiro, o servidor


deve atuar de forma ética, não podendo, por exemplo, agir de má-fé fornecendo
informações incompletas para os administrados, levando-os a se equivocar perante
uma situação com a Administração. No segundo, o princípio cria para o agente a
obrigação de não limitar sua atuação a uma mera aplicação formal da lei, mas
respeitando os valores que a norteiam. Assim, o agente público deve agir não só dentro
da lei, mas também de forma a efetivar os valores nela consagrados. Terceiro, a
moralidade relaciona-se com os costumes administrativos. O princípio vincula a
validade da conduta administrativa a observância dos costumes administrativos.

O princípio da legalidade e o da moralidade não estão ligados. Algo considerado legal


pode ser imoral (letras “B” e “D” erradas). O enunciado traz o princípio da moralidade
(letra “A” errada), que pode sim servir como base para a impugnação de um ato
administrativo, mesmo que este obedeça aos ditames da lei (letra “C” errada). Se o
servidor público age de maneira legal, mas de forma a beneficiar alguém, o ato poderá
ser impugnado.

Na letra “E”, podemos observar que “ética” está sendo usada em seu sentido amplo,
como sinônimo de moral.

Gabarito: E.

5.2 CICLO DE GESTÃO

15. (ESAF/CVM/2010) Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que:

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a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar.

b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento fiscal, o orçamento de


investimento das estatais e o orçamento da seguridade social.

c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento de cada
trimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da administração pública


federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.

e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre outras, a função


de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

A letra “A” é errada porque o PPA, a LDO e a LOA são leis ordinárias.

A letra “B” é errada, pois os três fazem parte da LOA, e não da LDO.

A letra “C” é errada. Segundo a CF88:

Art. 165. § 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o


encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária.

A letra “D” é errada, a descrição é da LDO.

A letra “E” é certa. Segundo a CF88:

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,


órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta


ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades


e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,


compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

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Gabarito: E.

16. (ESAF/CVM/2010) Complete o texto abaixo, de modo a tornar a afirmação


correta.

Instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de


ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido,
a(o) ______________ é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento.

a) função

b) subfunção

c) programa

d) projeto

e) atividade.

Segundo o Manual Técnico co Orçamento 2011, do Ministério do Planejamento:

O programa é o instrumento de organização da atuação governamental


que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização
de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores
instituídos no plano, visando à solução de um problema ou o
atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. O
programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento.

Gabarito: C.

17. (ESAF/SUSEP/2010) Se o Congresso Nacional não receber no tempo devido a


proposta de lei orçamentária, será considerado como proposta:

a) a Lei de Orçamento vigente.

b) a proposta orçamentária enviada no exercício anterior.

c) a média dos valores constantes dos orçamentos dos dois últimos anos.

d) a despesa executada no exercício vigente até a data limite para o envio da proposta.

e) a proposta elaborada pela Comissão Mista de Orçamento.

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Segundo a Lei 4.320 de 1964:

Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas


Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo
considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.

Gabarito: A.

18. (ESAF/SUSEP/2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e tramitação da


lei que institui o Plano Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e da
Lei Orçamentária Anual – LOA, é correto afirmar:

a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do exercício
em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a LOA deve ser
encaminhada até quatro meses antes do término do exercício.

b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses
antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO deve ser
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa.

c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis meses antes
do término do exercício uma vez que há conexão entre eles.

d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são encaminhados ao


Congresso Nacional de acordo com as necessidades do Poder Executivo, exceto no
último ano de mandato do titular do executivo.

e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso Nacional até


seis meses antes do término do exercício e devolvidos para sanção até o encerramento
da sessão legislativa.

Segundo a CF88:

§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o


art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:

I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro


exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa;

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II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até


oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa;

III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até


quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

A letra “A” é errada porque é até quatro meses. O prazo da LOA está certo.

A letra “B” é certa.

A letra “C” é errada. Não são encaminhados juntos e nenhum deles é até seis meses.

A letra “D” é errada, tem prazo para encaminhar.

A letra “E” é errada, não é até seis meses (4 e 8). A LDO deve ser devolvida até o
encerramento do primeiro período da sessão legislativa.

Gabarito: B.

19. (ESAF/AFT/2010) Sobre o ciclo de gestão do governo federal, é correto afirmar:

a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional a inclusão, no


projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de despesa incompatível com o
Plano Plurianual.

b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do Judiciário é competência


privativa dos chefes dos respectivos Poderes.

c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República, presume-se


prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano Plurianual.

d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo para as áreas de


defesa, diplomacia e fiscalização.

e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias


e a Lei Orçamentária Anual são meras leis ordinárias.

A letra “A” é errada. Segundo a CF88:

§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos


projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:

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I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes


orçamentárias;

A letra “B” é errada, só existe uma lei orçamentária, que é de iniciativa do Executivo.

A letra “C” é errada, não existe nada disso, o PPA vai do segundo ano do mandato até
o primeiro do seguinte, independente de reeleição.

A letra “D” é errada. A LOA não possui caráter impositivo para ninguém, apenas
autorizativo.

A letra “E” é certa. Os três instrumentos são leis ordinárias.

Gabarito: E.

20. (ESAF/AFRFB/2009) A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo


federal implica saber que:

a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes


orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano plurianual
subsequente.

b) a função controle precede à execução orçamentária.

c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o recesso


parlamentar.

d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar.

e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o orçamento


de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual.

A letra “A” é errada. O PPA é o instrumento que irá balizar a formulação da LDO e da
LOA, e não o contrário. A elaboração do PPA no primeiro ano do mandato presidencial
não precisa seguir a LDO elaborada no ano anterior.

A letra “B” é errada. O controle pode ser prévio, concomitante ou posterior. Assim, não
é necessariamente errado falar que o controle precede a execução orçamentária.
Contudo, de forma geral, o controle normalmente vem no final do ciclo.

A letra “C” é certa. Segundo a CF88:

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ADCT, Art. 35, § 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a


que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes
normas:

II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até


oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa;

Assim, a LDO deve ser encaminhada até 17 de julho, quando se encerra o primeiro
período da sessão legislativa. Ainda segundo a CF88:

Art. 57, § 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a


aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

A letra “D” é errada. O PPA, a LDO e a LOA serão apreciados pelo Congresso Nacional
de acordo com o regimento comum. O PPA é uma lei ordinária. Segundo a CF88:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes


orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do
regimento comum

A letra “E” é errada. O orçamento de investimento das empresas estatais compõe a


LOA, e não o PPA. Segundo a CF88:

Art. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,


órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta


ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades


e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Gabarito: C.

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21. (ESAF/PSS/2008) Segundo a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes


Orçamentárias – LDO deverá:

a) definir o montante dos créditos destinados a investimentos.

b) demonstrar os gastos de capital do exercício anterior.

c) autorizar a realização de operações de créditos pelos entes da federação.

d) definir as metas e prioridades da administração pública, para o exercício


subsequente.

e) determinar as alterações necessárias no Plano Plurianual.

Segundo a CF:

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e


prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

A LDO define as metas e prioridades para o exercício subsequente.

Gabarito: D.

22. (ESAF/APO-MPOG/2008) O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e


a Lei do Orçamento Anual são componentes básicos do planejamento governamental.
Identifique a única opção incorreta no que diz respeito ao planejamento
governamental.

a) O planejamento governamental estratégico tem como documento básico o Plano


Plurianual.

b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e, ainda, o orçamento das


autoridades monetárias e das empresas financeiras de economia mista.

c) O planejamento governamental operacional tem como instrumentos a Lei de


Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento.

d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de metas e prioridades da


Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente.

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e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito e possui a


denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição Federal.

A letra “A” foi dada como correta, mas não vejo desta forma. Segundo a mensagem
presidencial do PPA 2008-2011:

O PPA é um instrumento de planejamento mediador entre o


planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais que consolidam
a alocação dos recursos públicos a cada exercício.

Portanto, acima do PPA, existem os planos de longo prazo. O PPA é intermediário entre
esses planos e o orçamento. Assim, não vejo o PPA como o documento básico do
planejamento estratégico do governo.

A letra “B” é errada. Segundo a CF/88:

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,


órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta


ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades


e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

A letra “C” é certa. No entanto, dentro do próprio PPA temos planejamento operacional.
Segundo o Decreto 6.601/2008:

Art. 1º A gestão do PPA, para o quadriênio 2008-2011, orientada para


resultados, segundo os princípios de eficiência, eficácia e efetividade,
compõe-se dos níveis estratégico e tático-operacional.

§ 1º O nível estratégico do PPA compreende os objetivos de governo e


os objetivos setoriais.

§ 2º O nível tático-operacional do PPA compreende os programas e


ações.

A letra “D” é certa. Segundo a CF:

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§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e


prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração
da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.

A letra “E” é certa. Segundo a CF:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

III - os orçamentos anuais.

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

Gabarito: B.

23. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) Sobre o modelo de gestão do Plano Plurianual, não é


correto afirmar que:

a) atribui a função de gerente de programa ao titular da unidade administrativa, à qual


o programa está vinculado.

b) confere ao gerente de programa a função de buscar mecanismos inovadores para


financiamento do programa.

c) incorpora mecanismos de gerenciamento dos riscos envolvidos nos programas e


ações governamentais.

d) atribui ao coordenador da ação a função de estimar e avaliar o custo da ação e os


benefícios esperados.

e) considera o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social como o órgão que


coordena o monitoramento e avaliação das ações orçamentárias.

A letra “A” é correta. Segundo o Decreto 6.601/2008, que trata do PPA 2008-2011:

§ 2º O Gerente de Programa é o titular da unidade administrativa à


qual o programa está vinculado e o Coordenador de Ação, da unidade
administrativa à qual se vincula a ação nos termos do caput.

A letra “B” é correta. Compete ao gerente de programa:

a) gerenciar a execução do Programa, observando os seus objetivos e a execução


eficiente dos recursos alocados;

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b) monitorar a execução do conjunto das ações do Programa;

c) buscar mecanismos inovadores para financiamento e gestão do Programa;

d) gerir as restrições que possam influenciar o desempenho do Programa;

e) validar e manter atualizadas as informações da gestão de restrições e dos dados


gerais do Programa sob sua responsabilidade, mediante alimentação do Sistema
de Informações Gerenciais e de Planejamento (SIGPlan);

f) promover a avaliação do Programa quanto à sua concepção, implementação e


resultados.

A letra “C” é correta. A gestão de riscos assume um papel fundamental na gestão do


novo PPA. Uma ação com natureza de projeto, por exemplo, pode sofrer impactos na
sua execução de natureza legal, técnica, orçamentária, financeira, política, dentre
outras, capazes de gerar atrasos no seu cronograma ou mesmo inviabilizá-la. Nesse
caso, os prejuízos sociais são grandes, pois fica o Poder Público incapaz de cumprir com
o planejado e gerar o bem ou o serviço a população beneficiária. O sistema de
monitoramento das ações e dos programas do PPA incorporará a análise de risco para
evitar que isso ocorra. A análise compreende a identificação, análise qualitativa
(natureza, relevância e impacto potencial do risco), análise quantitativa (probabilidade
do risco), plano de resposta e monitoramento da evolução do risco.

A letra “D” é correta. Compete ao coordenador da ação:

a) viabilizar a execução e o monitoramento de uma ou mais ações do Programa;

b) responsabilizar-se pela obtenção do produto expresso na meta física da ação;

c) utilizar os recursos de forma eficiente, segundo normas e padrões mensuráveis;

d) gerir as restrições que possam influenciar a execução da ação;

e) estimar e avaliar o custo da ação e os benefícios esperados;

f) efetivar o registro do desempenho físico, da gestão de restrições e dos dados


gerais das ações sob sua responsabilidade no SIGPlan.

A letra “E” é errada, é o MPOG que coordena.

Gabarito: E.

24. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) As afirmativas a seguir se referem ao Plano


Plurianual (PPA).

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I. É um instrumento mediador entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos


anuais que consolidam a alocação dos recursos públicos a cada exercício.

II. O elemento organizativo central do PPA é o Programa, entendido como um conjunto


articulado de ações orçamentárias, na forma de projetos, atividades e operações
especiais, e ações não-orçamentárias, com intuito de alcançar um objetivo específico.

III. O impacto dos programas é analisado anualmente a partir de avaliações externas


conduzidas por uma equipe de especialistas independentes.

IV. É revisto periodicamente, adotando a estratégia de programação deslizante (Rolling


Plan).

Estão corretas:

a) As afirmativas I, II, III e IV.

b) Apenas as afirmativas I, II e IV.

c) Apenas as afirmativas I, II e III.

d) Apenas as afirmativas II, III e IV.

e) Apenas as afirmativas I e II.

A primeira afirmação foi tirada da mensagem presidencial do PPA 2008-2011, que está
na leitura sugerida. Segundo a mensagem:

O planejamento da ação governamental no horizonte de curto, médio e


longo prazos é uma exigência sem a qual a Estratégia de
Desenvolvimento não se viabiliza. O PPA, como um dos instrumentos
de planejamento previstos na Constituição Federal, organiza os
principais objetivos, diretrizes e metas da Administração Pública
Federal (APF) para o período de quatro anos e deve orientar os demais
planos e programas nacionais, regionais e setoriais. Nesse sentido, o
PPA é um instrumento de planejamento mediador entre o
planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais que consolidam
a alocação dos recursos públicos a cada exercício.

A segunda afirmação também está na mensagem presidencial:

O elemento organizativo central do PPA é o Programa, entendido como


um conjunto articulado de ações orçamentárias, na forma de projetos,
atividades e operações especiais, e ações não-orçamentárias, com
intuito de alcançar um objetivo específico. Os programas estruturam o
planejamento da ação governamental para promover mudanças em

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uma realidade concreta, sobre a qual o Programa intervém, ou para


evitar que situações ocorram de modo a gerar resultados sociais
indesejáveis. Os programas também funcionam como unidades de
integração entre o planejamento e o orçamento.

A terceira afirmação é incorreta. De acordo com o Decreto 5.233/2004, o PPA deve ser
permanentemente monitorado avaliado e revisto, se for o caso, por uma Comissão de
Monitoramento e Avaliação instituída no MPOG. Assim, o impacto dos programas
também é analisado anualmente a partir de avaliações internas conduzidas por uma
equipe de especialistas independentes daqueles que o elaboram.

Vimos que a programação deslizante foi introduzida com o objetivo de permitir que o
PPA seja revisto considerando o horizonte de quatro anos. A quarta afirmação é
correta.

Gabarito: B.

25. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) As frases a seguir referem-se à ordem orçamentária


e financeira estabelecida pela legislação vigente. Classifique as opções em Verdadeiras
(V) ou Falsas (F).

( ) As despesas a serem realizadas pelo governo devem fazer parte de um programa do


Plano Plurianual e não podem contrariar nenhuma das disposições da Lei de Diretrizes
Orçamentárias;

( ) É vedada a realização de qualquer despesa que não seja prevista explicitamente na


Lei Orçamentária Anual aprovada pelo Congresso Nacional;

( ) Após a aprovação da Lei Orçamentária Anual, será elaborado o decreto de


programação financeira e orçamentária pelo órgão central de programação financeira,
com o planejamento detalhado das despesas a serem realizadas em cada unidade
administrativa, inclusive suas unidades supervisionadas;

( ) Toda alteração em programa governamental deverá ser acompanhada de uma


estimativa do impacto orçamentário-financeiro no quinquênio subsequente, em
conformidade com os princípios da programação deslizante.

Indique a opção correta.

a) F, F, V, V

b) V, F, F, F

c) V, F, V, F

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d) V, V, F, V

e) V, F, V, V

A regra geral é que as despesas realizadas pelo governo devem estar alocadas em um
programa do PPA e não podem contrariar nenhuma das disposições da LDO. A primeira
afirmação é verdadeira.

A legislação veda a realização de despesa que não esteja prevista na LOA. Contudo,
essa regra não é absoluta, mesmo porque as despesas imprevisíveis e urgentes podem
ser realizadas mesmo não estando prevista na LOA. Nessa situação o governo abre
crédito adicional extraordinário por medida provisória, no caso da União ou nos estados
que a constituição permite a edição de MP.

Também os créditos adicionais especiais são abertos para a realização de despesas não
previstas na LOA. É importante entender que as despesas realizadas através de
créditos extraordinários podem ou não estar contempladas na LOA. Isso porque os
fundamentos para abertura de créditos extraordinários são a imprevisibilidade e
urgência do gasto. A segunda afirmação é falsa.

Segundo a LRF:

Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos
em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o
disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução
mensal de desembolso.

Após a aprovação da LOA, será elaborado o decreto de programação financeira e


orçamentária pelo Chefe do Poder Executivo, com o planejamento detalhado das
despesas a serem realizadas em cada unidade orçamentária, inclusive suas unidades
supervisionadas. A terceira afirmação é falsa.

Toda alteração em programa governamental deverá ser acompanhada de uma


estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício a que se refere e nos dois
subsequentes, em conformidade com os princípios da programação deslizante. A quarta
afirmação é falsa.

Gabarito B.

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26. (ESAF/CGU/2008) Considerando a premissa constitucional de elaboração do


Plano Plurianual – PPA, o Governo Federal desde 1998 vem adotando ações no sentido
de organizar a forma de elaboração e gestão do PPA e consolidou conceitos em relação
ao Ciclo de Gestão do PPA. Segundo o previsto na legislação federal, indique a opção
correta.

a) O Ciclo de Gestão do PPA é um conjunto de eventos integrados que viabilizam o


alcance dos objetivos de governo e compreende os processos de elaboração da
programação orçamentária, a implementação, o monitoramento, a avaliação e a
revisão dos projetos.

b) A Revisão do PPA se traduz no contínuo acompanhamento da implementação do


Plano, referenciado na estratégia de desenvolvimento e nos desafios, com o objetivo de
subsidiar a alocação dos recursos, identificar e superar restrições sistêmicas, corrigir
rumos, sistematizar elementos para subsidiar os processos de avaliação e revisão, e,
assim, contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados.

c) Na fase de Elaboração do PPA, acontece a definição de orientações estratégicas,


diretrizes e objetivos estruturados em programas com vistas ao alcance do projeto de
Governo.

d) O Monitoramento do PPA é o processo sistemático de aferição periódica dos


resultados e da aplicação dos recursos, segundo os critérios de efi ciência, efi cácia e
efetividade, permitindo o aperfeiçoamento do Plano Plurianual e o alcance dos objetivos
de governo.

e) Na fase da Avaliação do PPA, adequa-se o Plano às mudanças internas e externas da


conjuntura política, social e econômica, por meio da alteração, exclusão ou inclusão de
programa, resultante do processo de avaliação.

A letra “A” é errada. O ciclo de gestão do PPA é composto pelas etapas de elaboração,
implementação, monitoramento, avaliação e revisão dos programas. A elaboração da
programação orçamentária ocorre depois de aprovada a LOA.

A letra “B” é errada, traz o conceito de monitoramento.

A letra “C” é certa. A elaboração do PPA é o processo de concepção de orientações


estratégicas, diretrizes e objetivos estruturados em programas com vistas ao alcance
do projeto de Governo.

A letra “D” é errada, ela traz o conceito de avaliação do PPA, e não monitoramento.

A letra “E” é errada, traz o conceito de Revisão do PPA, e não avaliação.

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Gabarito: C.

27. (ESAF/TCU/2006) O orçamento-programa é entendido como o plano de trabalho


do governo no qual são especificadas as proposições concretas que se pretende realizar
durante o ano financeiro. Assinale a única opção incorreta em relação a orçamento-
programa.

a) A integração planejamento-orçamento é característica do orçamento-programa.

b) Orçamento-programa informa, em relação a cada atividade ou projeto, quanto vai


gastar, para que vai gastar e por que vai gastar.

c) O orçamento-programa identifica programas de trabalho, objetivos e metas,


compatibilizando-os com os planos de médio e longo prazos.

d) O orçamento-programa é o processo de elaboração do orçamento em que é


enfatizado o objeto de gasto.

e) Processo de elaboração do orçamento-programa é técnico e baseia-se em diretrizes


e prioridades, estimativa real de recursos e cálculo real das necessidades.

A letra “A” é correta. A característica principal do orçamento-programa é a integração


ou vinculação entre o planejamento (Plano Plurianual) e o orçamento (Lei Orçamentária
Anual).

A letra “B” é correta. Na elaboração da proposta orçamentária, todos as atividades e


programas de trabalho a serem executados devem contemplar obrigatoriamente:
quanto custa? (Dispêndio financeiro), para que os recursos são alocados? (finalidade) e
por quê fazer? (Fundamentação).

A letra “C” é correta. O orçamento atua em conformidade com o PPA, um plano de


médio prazo.

A letra “D” é a incorreta. No processo de elaboração do orçamento-programa é


enfatizado o objetivo do gasto e não, o objeto do gasto. A ênfase no objetivo do gasto
significa, por exemplo, se uma determinada despesa atende ou não aos objetivos do
órgão. A ênfase no objeto de gasto significa apenas o quanto gastou e em que foi gasto
o dinheiro público.

A letra “E” é correta. No processo de elaboração do orçamento-programa utiliza-se o


critério técnico e baseia-se em diretrizes e prioridades, estimativa real de recursos e
cálculo real das necessidades. As diretrizes são estabelecidas no plano plurianual e as
prioridades, na lei de diretrizes orçamentárias.

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Gabarito: D.

28. (ESAF/APO-MPOG/2003) O Orçamento-programa é definido como um plano de


trabalho expresso por um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos
necessários à sua execução. No Brasil, a Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento
propriamente dito. O orçamento-programa não permite:

a) estabelecer o conjunto de metas e prioridades da Administração Pública Federal.

b) proporcionar interdependência e conexão entre os diferentes programas do trabalho.

c) atribuir responsabilidade ao administrador.

d) atribuir recursos para o cumprimento de determinados objetivos e metas.

e) identificar duplicidade de esforços.

Todas as opções acima são premissas básicas do orçamento-programa, exceto


estabelecer o conjunto de metas e prioridades da Administração Pública Federal. A
função de metas e prioridades da Administração Pública Federal é da LDO.

Gabarito: A.

5.3 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

29. (ESAF/CVM/2010) Compete aos órgãos e às unidades do Sistema de Controle


Interno do Poder Executivo Federal:

a) julgar a execução dos orçamentos da União.

b) exercer o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da


União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

c) organizar a auditoria interna das entidades da administração indireta federal.

d) realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a


responsabilidade de órgãos e entidades privados.

e) apreciar a Prestação de Contas Anual do Presidente da República a ser encaminhada


ao Congresso Nacional.

Segundo o Decreto 3591/2000:

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Art. 11. Compete à Secretaria Federal de Controle Interno:

XVII - avaliar a execução dos orçamentos da União;

XXII - realizar auditorias sobre a gestão dos recursos públicos federais


sob a responsabilidade de órgãos e entidades públicos e privados, bem
como sobre a aplicação de subvenções e renúncia de receitas;

A letra “A” é errada porque o controle interno não julga a execução do orçamento, ele
avalia.

A letra “D” é certa.

A letra “B” é errada, é só da União. Segundo a CF88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de


forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,


bem como dos direitos e haveres da União;

A letra “C” é errada. Segundo o decreto 3.591/2000:

Art. 14. As entidades da Administração Pública Federal indireta


deverão organizar a respectiva unidade de auditoria interna, com o
suporte necessário de recursos humanos e materiais, com o objetivo
de fortalecer a gestão e racionalizar as ações de controle

A letra “E” é errada, que aprecia as contas do Presidente é o TCU:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da


República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em
sessenta dias a contar de seu recebimento;

Gabarito: D.

30. (ESAF/CVM/2010) De acordo com a Constituição Federal, ao Tribunal de Contas


da União compete, no exercício do Controle Externo:

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a) realizar, por determinação do Presidente da República, inspeções e auditorias de


natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

b) fiscalizar a aplicação das transferências constitucionais obrigatórias feitas pela União


aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessão de


aposentadorias, reformas e pensões, inclusive as melhorias posteriores que alterem o
fundamento legal do ato concessório.

d) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a


União participe, de forma direta ou indireta, ressalvados os casos em que a
participação não implique controle do capital votante.

e) apreciar as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra


irregularidade de que resulte prejuízo ao erário.

Segundo a CF88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do


Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções
e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão


de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta,
incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão,
bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo


capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos
do tratado constitutivo;

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II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por


dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário
público;

A letra “A” é errada porque o Presidente da República não pode determinar a realização de
fiscalizações pelo TCU.

A letra “B” é errada porque o TCU não fiscaliza a aplicação das transferências
constitucionais obrigatórias da União para estados e municípios. Ele apenas calcula o
quanto cada estado e município recebe, conforme o art. 161 da CF88:

Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das


quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II.

A letra “C” é certa. Só fiscaliza as melhorias posteriores quando alterem o fundamento legal
do ato concessório.

A letra “D” é errada, não existe essa ressalva.

A letra “E” é errada, o TCU julga as contas, não aprecia.

Gabarito: C.

31. (ESAF/SUSEP/2010) Segundo a Constituição Federal, tem competência para


realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União no que se refere à legalidade, legitimidade e economicidade:

a) a Comissão Mista de Orçamento e Planos e o Tribunal de Contas da União.

b) o Congresso Nacional e o sistema de controle interno de cada Poder.

c) o Congresso Nacional e as entidades representativas da sociedade organizada.

d) o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e as Comissões do Congresso Nacional.

e) a Câmara dos Deputados, por intermédio de suas comissões permanentes e o


Tribunal de Contas da União.

Segundo a CF88:

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Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.

Gabarito: B.

32. (ESAF/SUSEP/2010) Quanto à prestação de contas de pessoas jurídicas de


direito privado, é correto afirmar:

a) estão obrigadas a prestar contas quando utilizar, arrecadar, guardar, gerenciar ou


administrar dinheiros, bens e valores públicos.

b) prestam contas sempre que receber recursos provenientes da União, sejam eles em
dinheiro ou bens.

c) estão desobrigadas de prestar contas em razão de a natureza jurídica ser de direito


privado.

d) prestam contas, desde que gerenciem ou apliquem recursos arrecadados por elas
mesmas sem que tenha havido delegação para tal.

e) a apresentação de prestação de contas diretamente ao Tribunal de Contas da União


é condição essencial ao cumprimento da Constituição Federal.

Ainda segundo o art. 70 da CF88:

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,


pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária

Gabarito: A.

33. (ESAF/SUSEP/2010) Assinale a opção que, segundo a Constituição Federal,


indica uma exceção às atribuições do Tribunal de Contas da União.

a) Sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado.

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b) Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a


União participe direta ou indiretamente.

c) Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República.

d) Representar ao Poder competente sobre irregularidades e abusos.

e) Fiscalizar a aplicação de recursos transferidos a qualquer título aos Estados, Distrito


Federal e Municípios.

Segundo a CF88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,


comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo


capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos
do tratado constitutivo;

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da


República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em
sessenta dias a contar de seu recebimento;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos


apurados.

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União


mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres,
a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

A letra “E” é errada porque não é a qualquer título, são só transferências voluntárias.

Gabarito: E.

34. (ESAF/SUSEP/2010) O sistema de controle interno de que trata o art. 74 da


Constituição Federal tem como finalidade, exceto:

a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, da gestão orçamentária, financeira e


patrimonial nos órgãos e entidades.

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b) apoiar o controle externo na sua missão institucional.

c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

d) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal e


remetê-los ao Tribunal de Contas da União.

e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos da União.

Segundo a CF88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de


forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a


execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e


eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos
e entidades da administração federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,


bem como dos direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

A letra “D” é errada porque a competência é do TCU.

Gabarito: D.

35. (ESAF/SUSEP/2010) Segundo a Constituição Federal, os responsáveis pelo


controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,
dela dará ciência:

a) ao Ministério Público Federal, para que ajuíze a ação competente junto à Justiça
Federal de primeira instância.

b) à Polícia Federal, na qualidade de polícia judiciária, para abertura de inquérito e


investigação.

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c) ao Tribunal de Contas da União, para que tome as providências no seu âmbito de


atuação.

d) à Comissão de Fiscalização e Controle do Congresso Nacional.

e) ao titular da entidade ou órgão para que represente ao Tribunal de Contas da União


e ao Ministério Público.

Segundo a CF88:

§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem


conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão
ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.

Gabarito: C.

36. (ESAF/AFT/2010) O estudo do tema ‘controle da administração pública’ nos


revela que:

a) submetem-se a julgamento todas as contas prestadas por responsáveis por bens ou


valores públicos, aí incluído o Presidente da República.

b) no exercício do poder de autotutela, a administração pública pode rever seus atos,


mas não pode declará-los nulos.

c) em respeito ao princípio da separação dos poderes, é vedado o controle transversal


de um Poder sobre os outros.

d) o controle interno é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de


Contas da União.

e) o Poder Judiciário exerce apenas controle jurisdicional sobre seus atos


administrativos.

A letra “A” é certa. Segundo a CF, compete ao TCU:

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por


dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda,

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extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário


público;

E compete ao Congresso Nacional:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da


República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de
governo;

A letra “B” é errada. Segundo a Súmula nº 473 do STF:

A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de


vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em qualquer caso, a apreciação
judicial.

A letra “C” é errada. A separação dos poderes corresponde à primeira dimensão da


teoria de Montesquieu: atribuir as distintas funções estatais a distintas unidades
decisórias. Mas, logo o autor se dá conta da limitação dessa formulação, porque
simplesmente mantendo a exclusividade das distintas funções estatais em favor de
distintas unidades decisórias, logo haverá a possibilidade de que uma das unidades se
imponha às demais.

A solução que ele oferece é a criação de mecanismos que forneçam uma necessária
relação entre as unidades estatais no desempenho de suas funções. Assim, por
exemplo, o controle do Legislativo sobre a execução das leis, as interferências do
Executivo na duração e no momento da reunião da unidade legislativa, a realização de
certos julgamentos por parte do legislativo, e o poder, em favor do executivo, de vetar
as leis aprovadas no legislativo. Temos aqui o sistema de “freios e contrapesos”, que
visa a assegurar um equilíbrio na atuação dos três Poderes, sem sobreposição de
qualquer deles em relação aos demais.

A letra “D” é errada. Segundo a CF88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

A letra “E” é errada. O Judiciário exerce controle jurisdicional sobre os demais poderes.

Gabarito: A.

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37. (ESAF/ATRFB/2009) O controle externo da Administração Pública, no que está


afeto ao Tribunal de Contas da União (TCU), compreende:

a) o julgamento das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República.

b) a fiscalização da aplicação dos recursos financeiros repassados pela União para os


Estados, mediante convênio.

c) o julgamento das contas relativas à aplicação das cotas dos Fundos de Participação
transferidas para os Estados e Municípios.

d) o registro prévio das licitações e respectivos contratos, para compras, obras e


serviços.

e) o registro prévio dos atos de admissão dos servidores públicos federais, bem como o
das concessões de aponsetadorias, reformas e pensões.

Como competências do TCU, a CF88 estabelece:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,


mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de
seu recebimento;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante


convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal,
a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;

O TCU não julga as contas do Presidente, apenas emite parecer prévio. Quem julga é o
Congresso. A letra “A” é errada.

O TCU fiscaliza a aplicação de recursos federais repassados mediante convênio. Trata-


se de transferência voluntária. A letra “B” é certa. Contudo, no caso de transferências
obrigatórias, como os fundos de participação de estados e municípios, o TCU não tem
competência para fiscalizar a aplicação desses recursos. A letra “C” é errada. O TCU

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tem a competência apenas de calcular as quotas dos fundos e de fiscalizar a entrega


dos recursos, conforme está na CF88.

Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das


quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II.

O Regulamento Interno do TCU complementa:

IX – efetuar, observada a legislação pertinente, o cálculo das quotas


referentes aos fundos de participação a que alude o parágrafo único do
art. 161 da Constituição Federal, fiscalizando a entrega dos respectivos
recursos, conforme previsto no inciso I do art. 253 e no art. 290;

Portanto, o TCU fiscaliza apenas a entrega dos recursos, e não a sua aplicação.

O TCU não faz registro prévio nem de contratos nem de atos de admissão de pessoal.
Ele apenas aprecia estes últimos para fins de registro, que não é prévio.

Gabarito: B.

38. (ESAF/AFRFB/2009) O controle externo da administração pública federal é


exercido:

a) pelo Senado Federal.

b) pela Câmara dos Deputados.

c) pelo Tribunal de Contas da União.

d) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.

e) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do sistema de controle interno de


cada Poder.

Segundo a CF88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

Gabarito: D.

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39. (ESAF/ANA/2009) Dado o seu caráter regulador, é correto afirmar que os


seguintes aspectos inerentes à atividade da Agência Nacional de Águas estarão sujeitos
à atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, exceto:

a) o conteúdo das decisões regulatórias emitidas.

b) os atos referentes a pessoal e sua remuneração.

c) os dispêndios, licitações e contratações produzidos.

d) os processos em que houver dispensa ou inexigibilidade de licitação.

e) os sistemas administrativos e operacionais de controle interno administrativo


utilizados na gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal.

As decisões regulatórias fazem parte da atividade fim das agências reguladoras, enquanto
as demais alternativas trazem atividades-meio.

Gabarito: A.

40. (ESAF/APO/2008) Acompanhando as mudanças do papel do Estado e dos


modelos de gestão, a função controle vem se desenvolvendo nas últimas décadas,
levando ao fortalecimento das instituições encarregadas do controle interno e externo.
No Brasil, o sistema de controle não inclui:

a) os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios.

b) o Congresso Nacional.

c) as agências regulatórias.

d) a supervisão ministerial.

e) o Ministério Público.

Das alternativas, a única que não traz uma forma de controle da administração pública
é a letra “C”. As agências reguladoras controlam o setor privado, e não o setor público.

Gabarito: C.

41. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) Marque a opção incorreta quanto às atribuições dos


órgãos de controle externo.

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a) Compreende a realização de inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial.

b) Fiscaliza a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante


convênio a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.

c) Acompanha o movimento dos Cartões de Pagamento do Governo Federal mediante


realização periódica do diagnóstico do sistema de pagamentos de varejo no Brasil.

d) Analisa as contas das autarquias e fundações instituídas e mantidas pela União.

e) Apura denúncias apresentadas por qualquer cidadão, sobre irregularidades ou


ilegalidades.

Como competências do TCU, a CF88 estabelece:

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,


de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no
inciso II;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante


convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,


bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações
e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;

O controle externo também pode ser feito a partir de denúncias, tanto que os Tribunais
de Contas são considerados instrumentos de controle social. Ainda segundo a CF88:

§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima


para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal
de Contas da União.

Também fiscaliza os gastos com os cartões corporativos, mas essa fiscalização não vai
ser feita no sistema de pagamentos do varejo, mas sim nos bancos de dados do
governo.

Gabarito: C.

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42. (ESAF/CGU/2008) Sobre o tema ‘controle externo’, nos termos da Constituição


Federal, é correto afirmar que:

a) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de


Contas da União.

b) é exercido, no âmbito federal, pelo Senado Federal com o auxílio do sistema de


controle interno dos demais Poderes.

c) é exercido, no âmbito estadual, pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal


de Contas da União.

d) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de Contas da


União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelas respectivas Assembleias
Legislativas e Câmaras de Vereadores.

e) é exercido, no âmbito federal, exclusivamente pelo Tribunal de Contas da União e,


no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelos Tribunais de Contas Estaduais e
Municipais.

A letra “A” é certa. Segundo a CF88:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo


Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle
interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o


auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos
Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas


Municipais.

As demais alternativas são erradas. Na letra “B”, é pelo Congresso como um todo, e
não somente pelo Senado. Na letra “C”, no âmbito estadual, é pelo Legislativo estadual
com o auxílio do tribunal de contas do estado. Na letra “D”, no nível estadual não é só
pela assembleia legislativa, existe o tribunal de contas estadual No nível municipal que
não há tribunal de contas, foi vedada a criação de novos tribunais, permanecendo os

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que já existiam no Rio de Janeiro e São Paulo. Nos demais, o controle é feito com o
auxílio do tribunal de contas estadual. Na letra “E”, faltou o Legislativo.

Gabarito: A.

43. (ESAF/AFRF/2005) Não inclui na finalidade do sistema de controle interno


federal, constitucionalmente previsto, a atividade de:

a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e efetividade, da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da Administração.

b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias da União.

c) comprovar a legalidade da aplicação de recursos públicos por entidades de direito


privado.

d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

Segundo a CF88:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de


forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a


execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e


eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos
e entidades da administração federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias,


bem como dos direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

A única diferença da letra “A” para o texto constitucional é que eles incluíram a
efetividade na alternativa e que não está na CF88. É questionável se o controle interno
não deve avaliar a efetividade, mas realmente não está entre as suas finalidades.

Gabarito: A.

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44. (ESAF/TCE-RN/2000) O controle externo da Administração Pública Federal,


especificamente no que concerne à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, é
também exercido pelo Tribunal de Contas da União, ao qual, neste contexto, compete:

a) julgar as contas anuais do Presidente da República

b) dar parecer sobre as planos e programas anuais federais

c) julgar contas de administradores federais

d) apreciar, para fim de registro prévio, os contratos administrativos

e) dar parecer prévio sobre o projeto de lei orçamentária

Como competências do TCU, a CF88 estabelece:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,


mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de
seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros,


bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações
e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal,
a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,


de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no
inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital


social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado
constitutivo;

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VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante


convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de


suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de
auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou


irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre
outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias


ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão


à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

A informação mais importante do inciso I é que o TCU não JULGA as contas do


Presidente. Ele somente emite parecer prévio sobre elas. O responsável pelo
julgamento é o Congresso Nacional, conforme o art. 49 da CF.

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da


República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de
governo;

Gabarito: C.

45. (ESAF/TCE-RN/2000) Os sistemas de controle externo, próprios para o exercício


das funções de fiscalização contábil, financeira e orçamentária, nas áreas federais e
estaduais, estão compreendidos na organização estrutural.

a) do Poder Legislativo

b) do Poder Executivo

c) do Poder Judiciário

d) de cada um dos Poderes Públicos

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e) dos Poderes Legislativo e Executivo

De forma ampla, o controle externo é aquele exercido por um Poder sobre o outro.
Como exemplos, temos o controle do Legislativo sobre a execução das leis, as
interferências do Executivo na duração e no momento da reunião da unidade
legislativa, a realização de certos julgamentos por parte do legislativo, e o poder, em
favor do executivo, de vetar as leis aprovadas no legislativo. Temos aqui o sistema de
“freios e contrapesos”, que visa a assegurar um equilíbrio na atuação dos três Poderes,
sem sobreposição de qualquer deles em relação aos demais.

Contudo, de forma restrita, o controle externo da administração pública, nos aspectos


contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial, está a cargo do
Congresso Nacional, como afirma a CF88:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.

Portanto, temos que tomar cuidado aqui. De forma ampla, controle externo é aquele
exercido por um poder sobre o outro. Assim, todos os poderes exercem controle
externo. Contudo, num conceito mais restrito, quando falamos em fiscalização contábil,
orçamentária, financeira, operacional e patrimonial (COFOP), este controle externo será
exercido pelo Congresso Nacional.

Portanto, os sistemas de controle externo, próprios para o exercício das funções de


fiscalização contábil, financeira e orçamentária, nas áreas federais e estaduais, estão
compreendidos na organização estrutural do Poder Legislativo.

Gabarito: A.

46. (ESAF/TCU/1999) O controle externo da Administração Pública Federal, por


disposição constitucional expressa, é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, decorrendo desse contexto normativo que:

a) o TCU é um órgão subordinado e dependente do Congresso Nacional.

b) o Congresso nacional é que detém o poder absoluto e exclusivo de controle externo.

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c) o TCU detém e exerce algumas funções de controle que lhes são próprias e
privativas.

d) as funções de controle do TCU são de caráter opinativo e subsidiárias.

e) o Congresso Nacional não exerce nenhuma competência efetiva e própria de controle


externo.

A posição institucional do TCU no sistema jurídico brasileiro bastante polêmica. Existem


aqueles que defendem que o TCU possui autonomia, se situando fora de qualquer
Poder. Os Tribunais de Contas seriam órgãos constitucionais dotados de autonomia
administrativa e financeira, sem subordinação em relação a qualquer dos Poderes.
Assim, apesar de as competências dos TC’s estarem na Constituição inseridas no
capítulo dedicado ao Poder Legislativo, isso não representa que haja qualquer
subordinação administrativa. O TC é órgão de permeio, agindo ora numa posição de
colaboração com o Poder Legislativo, ora no exercício de competências próprias.

Do outro lado, estão aqueles que entendem que o TCU faz parte do Legislativo,
configurando-se como um órgão auxiliar. Para o concurso, temos que entender que o
TCU é um órgão auxiliar, mas sem subordinação ao Legislativo. É um órgão
independente, integrante da administração direta. A letra “A” é errada.

A letra “B” é errada. Todos os poderes podem realizar algum tipo de controle externo. E
o TCU também tem funções próprias e privativas. A letra “C” é certa. Segundo a Lei
Orgânica do TCU

Art. 4º O Tribunal de Contas da União tem jurisdição própria e


privativa, em todo o território nacional, sobre as pessoas e matérias

A jurisdição do TCU são as pessoas sobre as quais ele exerce suas competências. Desse
dispositivo, é importante reparar nas expressões “própria e privativa” e “sobre as
pessoas e matérias sujeitas à sua competência”. Elas indicam que somente o Tribunal
pode dizer o direito, em matérias de sua competência. Assim, o Poder Judiciário não
poderá adentrar no mérito das questões afetas ao Tribunal de Contas da União.

Vimos as competências do TCU e que entre elas estão o julgamento das contas dos
administradores e demais responsáveis, aplicação as sanções previstas em lei,
sustação, se não atendido, da execução do ato impugnado. Portanto, as funções de
controle do TCU não são de caráter opinativo e subsidiárias. A letra “D” é errada.

A letra “E” é errada. Óbvio que o Legislativo possui inúmeras competências de controle
externo.

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Gabarito: C.

5.4 GABARITO
1. E 9. A 17. A 25. B 33. E 41. C

2. B 10. C 18. B 26. C 34. D 42. A

3. D 11. E 19. E 27. D 35. C 43. A

4. E 12. D 20. C 28. A 36. A 44. C

5. E 13. E 21. D 29. D 37. B 45. A

6. A 14. E 22. B 30. C 38. D 46. C

7. A 15. E 23. E 31. B 39. A

8. B 16. C 24. B 32. A 40. C

5.5 LISTA DAS QUESTÕES


1. (ESAF/CVM/2010) O Decreto n. 1.171, de 22 de junho de 1994, aprovou o Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e, entre outras
providências, determinou que os órgãos e entidades da Administração Pública Federal
direta e indireta constituíssem as respectivas Comissões de Ética. A respeito dos
termos desse Código, assinale a opção incorreta.

a) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na
vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta
do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na
vida funcional.
b) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a censura.
c) É vedado ao servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do
atendimento em serviços públicos.
d) É dever fundamental do servidor público abster-se, de forma absoluta, de exercer
sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo

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que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à


lei.
e) O Código de Ética elenca apenas deveres negativos do servidor público.

2. (ESAF/AFRFB/2009) Para ser eficaz, uma política de promoção da ética no serviço


público deve enfocar as seguintes ações, exceto:

a) identificação pormenorizada de padrões éticos a serem observados por detentores


de cargos de confiança.
b) criação de regras de quarentena extremamente rígidas.
c) criação de instrumentos institucionais pedagógicos de esclarecimento sobre o
conteúdo de normas éticas.
d) acompanhamento sistemático, por meio de instrumentos próprios de auditoria e da
observância de regras de conduta.
e) estabelecimento de regras flexíveis para o trato de transgressões de menor
potencial.

3. (ESAF/EPPGGG-MPOG/2009) No exercício da função, o servidor público civil do


Poder Executivo Federal afronta o Código de Ética Profissional quando:

a) diante de duas opções, escolhe sempre a melhor e a mais vantajosa para o bem
comum.
b) exige de seus superiores as providências cabíveis contra ato ou fato contrário ao
interesse público de que lhes tenha dado ciência.
c) representa contra superior hierárquico, no caso de comprometimento indevido da
estrutura em que se funda o Poder Estatal.
d) apresenta-se ao trabalho com vestimentas inadequadas.
e) facilita a fiscalização, por quem de direito, de seus atos ou serviços.

4. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) De acordo com a literatura, mais importante do que


novas iniciativas de natureza legislativa, a promoção da ética no serviço público
brasileiro requer medidas de cunho prático e ações efetivas — tanto de prevenção
quanto de repressão. O trabalho de prevenção pressupõe todas as medidas a seguir,
exceto:

a) a fixação de regras claras de conduta geral, a serem observadas em toda a


administração.

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b) a identificação pormenorizada, por setor, órgão e função, de quais são os padrões


éticos a serem observados pelos detentores de cargos de confiança e pelo corpo
funcional de cada órgão de governo.
c) o acompanhamento sistemático, por meio de instrumentos próprios de auditoria, da
observância dessas regras de conduta.
d) o estabelecimento de regras flexíveis para correção de desvios verificados,
principalmente quando se tratar de transgressões de menor potencial.
e) a criação de canais de denúncia, facilitando a célere identificação e punição das
transgressões, reduzindo a convicção da impunidade.

5. (ESAF/AFT/2006) Ética no Setor Público pode ser qualificada como:

I. agir de acordo com o que está estabelecido em lei e, também, com os valores de
justiça e honestidade.
II. responsabilidade do servidor público por aquilo que fez e, também, por aquilo que
não fez mas que deveria ter feito.
III. equilíbrio entre a legalidade e finalidade do ato administrativo, visando à
consolidação da moralidade administrativa.
IV. não omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da Administração.
V. respeito ao cidadão, não protelando o reconhecimento dos seus direitos nem criando
exigências além das estritamente necessárias.
Estão corretas:
a) apenas as afirmativas I e V.
b) apenas as afirmativas I, III e V.
c) apenas as afirmativas III e V.
d) apenas as afirmativas II e V.
e) as afirmativas I, II, III, IV e V.

6. (ESAF/AFT/2006) De acordo com o Decreto n. 1.171/1994 (Código de Conduta do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal), é vedado ao servidor público:

I. determinar a um servidor que lhe é subordinado que vá ao banco pagar suas contas
pessoais (contas do mandante).
II. informar a um amigo sobre ato de caráter geral que está para ser publicado, cujo
teor o beneficia (o amigo), mas que ainda é considerado assunto reservado no âmbito
da Administração Pública.
III. exercer atividade no setor privado.

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IV. ser membro de organização que defende a utilização de crianças como mão-de-obra
barata.
V. representar contra seus superiores hierárquicos.
Estão corretas:
a) apenas as afirmativas I, II e IV.
b) as afirmativas I, II, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I e IV.
d) apenas as afirmativas I, II, IV e V.
e) apenas as afirmativas II e IV.

7. (ESAF/ANEEL/2006) Assinale a opção correta.

a) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-se aos valores
que regem a conduta humana, tendo caráter normativo ou prescritivo.
b) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-se ao estudo
dos princípios que explicam regras de conduta consideradas como universalmente
válidas.
c) A ética, num sentido restrito, está preocupada na construção de um conjunto de
prescrições destinadas a assegurar uma vida em comum justa e harmoniosa.
d) A ética, num sentido restrito, diz respeito aos costumes, valores e normas de
conduta específicas de uma sociedade ou cultura.
e) A moral, num sentido restrito, está preocupada em detectar os princípios que regem
a conduta humana.

8. (ESAF/EPPGG-MPOG/2005) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, são deveres fundamentais do
servidor público:

I. quando estiver diante de mais de uma opção, escolher aquela que melhor atenda aos
interesses do governo.
II. exigir de seus superiores hierárquicos as providências cabíveis relativas a ato ou
fato contrário ao interesse público que tenha levado ao conhecimento deles.
III. zelar pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva,
quando no exercício do direito de greve.
IV. materializar os princípios éticos mediante a adequada prestação dos serviços
públicos.

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V. resistir às pressões ilegais ou aéticas e denunciá-las, mesmo que os interessados


sejam seus superiores hierárquicos.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II e V.
d) apenas as afirmativas I, IV e V.
e) apenas as afirmativas I, III e IV.

9. (ESAF/EPPGG-MPOG/2005) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal:

I. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e


moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo.
II. atenta contra a ética o administrador que não adota as medidas necessárias a evitar
a formação de longas filas na repartição pública.
III. todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste
serviços de natureza temporária, ainda que sem retribuição financeira, mas desde que
ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, é considerado
servidor público.
IV. o servidor não deve deixar que simpatias ou antipatias influenciem os seus atos
funcionais.
V. incide em infração de natureza ética o servidor que deixar de utilizar os avanços
técnicos e científicos ao seu alcance.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
d) apenas as afirmativas III, IV e V.
e) apenas as afirmativas I, III e IV.

10. (ESAF/EPPGG-MPOG/2005) De acordo com o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor público:

I. prometer influenciar a decisão de outro servidor se o interessado nessa decisão


conseguir a requisição do seu filho para trabalhar na Câmara dos Deputados.
II. ser sócio de empresa que explore jogos de azar não autorizados.

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III. efetuar determinado investimento que, em face de informação obtida em razão do


cargo e ainda não divulgada publicamente, sabe que será altamente lucrativo.
IV. participar de organização que divulgue, pela internet, fotografias pornográficas.
V. determinar a um outro servidor, que lhe seja subordinado, que vá a um banco pagar
suas contas pessoais (contas dele, mandante), salvo se o mandante ocupar cargo de
elevada posição na hierarquia funcional.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas II, III, IV e V.
c) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
d) apenas as afirmativas III, IV e V.
e) apenas as afirmativas II e IV.

11. (ESAF/APO-MPOG/2005) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal:

I. o servidor que tratar mal o cidadão que paga seus tributos causa-lhe dano moral.
II. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e
moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo.
III. a moralidade do ato administrativo deve ser aferida não apenas em face da
legalidade, mas, também, da sua finalidade.
IV. as longas filas que se formam nas repartições públicas não podem ser qualificadas
como causadoras de dano moral aos usuários dos serviços públicos por não decorrerem
de culpa do servidor, mas, sim, da Administração.
V. a impessoalidade que deve nortear o exercício da função pública não pode ser
entendida como dever do servidor público de abdicar do amor próprio e tratar com
cortesia e urbanidade os seus desafetos.
Estão corretas:
a) as afirmativas I, II, III, IV e V.
b) apenas as afirmativas I, II, IV e V.
c) apenas as afirmativas II, IV e V.
d) apenas as afirmativas III, IV e V.
e) apenas as afirmativas I, II e III.

12. (ESAF/CGU/2004) São autoridades submetidas ao Código de Conduta da Alta


Administração Federal:

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I. Ministros de Estado e Secretários Executivos do governo federal.


II. Presidentes e diretores de empresas públicas e de sociedades de economia mista.
III. Titulares de cargo de Secretário das secretarias de governo nos Estados.
IV. Presidentes e diretores de autarquias federais.
Estão corretos os itens:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) I, II e IV
e) I, II, III e IV

13. (ESAF/CGU/2004) Para os fins do Código de Conduta do Servidor Público Civil do


Poder Executivo Federal, entende-se por servidor público:

I. os servidores públicos titulares de cargo efetivo.


II. os titulares de cargo em comissão.
III. os empregados de sociedades de economia mista.
IV. os que, temporariamente, prestam serviços à Administração Pública Federal, desde
que mediante retribuição financeira.
Estão corretos os itens:
a) I, II, III e IV
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) I, II e IV
e) I, II e III

14. (ESAF/AFRF/2003) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal, “a moralidade da Administração Pública não se
limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do
servidor, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo”. Esse enunciado
expressa:

a) o sentido do princípio da legalidade na Administração Pública.


b) que o estrito cumprimento da lei conduz à moralidade na Administração Pública.

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c) que o ato administrativo praticado de acordo com a lei não pode ser impugnado sob
o aspecto da moralidade.
d) que todo ato legal é também moral.
e) um valor ético que deve nortear a prática dos atos administrativos.

5.5.1 Ciclo de Gestão

15. (ESAF/CVM/2010) Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que:

a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar.


b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento fiscal, o orçamento de
investimento das estatais e o orçamento da seguridade social.
c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento de cada
trimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da administração pública
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre outras, a função
de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

16. (ESAF/CVM/2010) Complete o texto abaixo, de modo a tornar a afirmação correta.

Instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de


ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido,
a(o) ______________ é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento.
a) função
b) subfunção
c) programa
d) projeto
e) atividade.

17. (ESAF/SUSEP/2010) Se o Congresso Nacional não receber no tempo devido a


proposta de lei orçamentária, será considerado como proposta:

a) a Lei de Orçamento vigente.


b) a proposta orçamentária enviada no exercício anterior.

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c) a média dos valores constantes dos orçamentos dos dois últimos anos.
d) a despesa executada no exercício vigente até a data limite para o envio da proposta.
e) a proposta elaborada pela Comissão Mista de Orçamento.

18. (ESAF/SUSEP/2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e tramitação da


lei que institui o Plano Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e da
Lei Orçamentária Anual – LOA, é correto afirmar:

a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do exercício
em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a LOA deve ser
encaminhada até quatro meses antes do término do exercício.
b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro meses
antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO deve ser
devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa.
c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis meses antes
do término do exercício uma vez que há conexão entre eles.
d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são encaminhados ao
Congresso Nacional de acordo com as necessidades do Poder Executivo, exceto no
último ano de mandato do titular do executivo.
e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso Nacional até
seis meses antes do término do exercício e devolvidos para sanção até o encerramento
da sessão legislativa.

19. (ESAF/AFT/2010) Sobre o ciclo de gestão do governo federal, é correto afirmar:

a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional a inclusão, no


projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de despesa incompatível com o
Plano Plurianual.
b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do Judiciário é competência
privativa dos chefes dos respectivos Poderes.
c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República, presume-se
prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano Plurianual.
d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo para as áreas de
defesa, diplomacia e fiscalização.
e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias
e a Lei Orçamentária Anual são meras leis ordinárias.

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20. (ESAF/AFRFB/2009) A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo


federal implica saber que:

a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes


orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano plurianual
subsequente.
b) a função controle precede à execução orçamentária.
c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede o recesso
parlamentar.
d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar.
e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o orçamento
de investimento das empresas estatais passou a integrar o plano plurianual.

21. (ESAF/PSS/2008) Segundo a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes


Orçamentárias – LDO deverá:

a) definir o montante dos créditos destinados a investimentos.


b) demonstrar os gastos de capital do exercício anterior.
c) autorizar a realização de operações de créditos pelos entes da federação.
d) definir as metas e prioridades da administração pública, para o exercício
subsequente.
e) determinar as alterações necessárias no Plano Plurianual.

22. (ESAF/APO-MPOG/2008) O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a


Lei do Orçamento Anual são componentes básicos do planejamento governamental.
Identifique a única opção incorreta no que diz respeito ao planejamento
governamental.

a) O planejamento governamental estratégico tem como documento básico o Plano


Plurianual.
b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e, ainda, o orçamento das
autoridades monetárias e das empresas financeiras de economia mista.
c) O planejamento governamental operacional tem como instrumentos a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de metas e prioridades da
Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente.

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e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito e possui a


denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição Federal.

23. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) Sobre o modelo de gestão do Plano Plurianual, não é


correto afirmar que:

a) atribui a função de gerente de programa ao titular da unidade administrativa, à qual


o programa está vinculado.
b) confere ao gerente de programa a função de buscar mecanismos inovadores para
financiamento do programa.
c) incorpora mecanismos de gerenciamento dos riscos envolvidos nos programas e
ações governamentais.
d) atribui ao coordenador da ação a função de estimar e avaliar o custo da ação e os
benefícios esperados.
e) considera o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social como o órgão que
coordena o monitoramento e avaliação das ações orçamentárias.

24. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) As afirmativas a seguir se referem ao Plano Plurianual


(PPA).

I. É um instrumento mediador entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos


anuais que consolidam a alocação dos recursos públicos a cada exercício.
II. O elemento organizativo central do PPA é o Programa, entendido como um conjunto
articulado de ações orçamentárias, na forma de projetos, atividades e operações
especiais, e ações não-orçamentárias, com intuito de alcançar um objetivo específico.
III. O impacto dos programas é analisado anualmente a partir de avaliações externas
conduzidas por uma equipe de especialistas independentes.
IV. É revisto periodicamente, adotando a estratégia de programação deslizante (Rolling
Plan).
Estão corretas:
a) As afirmativas I, II, III e IV.
b) Apenas as afirmativas I, II e IV.
c) Apenas as afirmativas I, II e III.
d) Apenas as afirmativas II, III e IV.
e) Apenas as afirmativas I e II.

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25. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) As frases a seguir referem-se à ordem orçamentária e


financeira estabelecida pela legislação vigente. Classifique as opções em Verdadeiras
(V) ou Falsas (F).

( ) As despesas a serem realizadas pelo governo devem fazer parte de um programa do


Plano Plurianual e não podem contrariar nenhuma das disposições da Lei de Diretrizes
Orçamentárias;
( ) É vedada a realização de qualquer despesa que não seja prevista explicitamente na
Lei Orçamentária Anual aprovada pelo Congresso Nacional;
( ) Após a aprovação da Lei Orçamentária Anual, será elaborado o decreto de
programação financeira e orçamentária pelo órgão central de programação financeira,
com o planejamento detalhado das despesas a serem realizadas em cada unidade
administrativa, inclusive suas unidades supervisionadas;
( ) Toda alteração em programa governamental deverá ser acompanhada de uma
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no quinquênio subsequente, em
conformidade com os princípios da programação deslizante.
Indique a opção correta.
a) F, F, V, V
b) V, F, F, F
c) V, F, V, F
d) V, V, F, V
e) V, F, V, V

26. (ESAF/CGU/2008) Considerando a premissa constitucional de elaboração do Plano


Plurianual – PPA, o Governo Federal desde 1998 vem adotando ações no sentido de
organizar a forma de elaboração e gestão do PPA e consolidou conceitos em relação ao
Ciclo de Gestão do PPA. Segundo o previsto na legislação federal, indique a opção
correta.

a) O Ciclo de Gestão do PPA é um conjunto de eventos integrados que viabilizam o


alcance dos objetivos de governo e compreende os processos de elaboração da
programação orçamentária, a implementação, o monitoramento, a avaliação e a
revisão dos projetos.
b) A Revisão do PPA se traduz no contínuo acompanhamento da implementação do
Plano, referenciado na estratégia de desenvolvimento e nos desafios, com o objetivo de
subsidiar a alocação dos recursos, identificar e superar restrições sistêmicas, corrigir
rumos, sistematizar elementos para subsidiar os processos de avaliação e revisão, e,
assim, contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados.

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c) Na fase de Elaboração do PPA, acontece a definição de orientações estratégicas,


diretrizes e objetivos estruturados em programas com vistas ao alcance do projeto de
Governo.
d) O Monitoramento do PPA é o processo sistemático de aferição periódica dos
resultados e da aplicação dos recursos, segundo os critérios de efi ciência, efi cácia e
efetividade, permitindo o aperfeiçoamento do Plano Plurianual e o alcance dos objetivos
de governo.
e) Na fase da Avaliação do PPA, adequa-se o Plano às mudanças internas e externas da
conjuntura política, social e econômica, por meio da alteração, exclusão ou inclusão de
programa, resultante do processo de avaliação.

27. (ESAF/TCU/2006) O orçamento-programa é entendido como o plano de trabalho do


governo no qual são especificadas as proposições concretas que se pretende realizar
durante o ano financeiro. Assinale a única opção incorreta em relação a orçamento-
programa.

a) A integração planejamento-orçamento é característica do orçamento-programa.


b) Orçamento-programa informa, em relação a cada atividade ou projeto, quanto vai
gastar, para que vai gastar e por que vai gastar.
c) O orçamento-programa identifica programas de trabalho, objetivos e metas,
compatibilizando-os com os planos de médio e longo prazos.
d) O orçamento-programa é o processo de elaboração do orçamento em que é
enfatizado o objeto de gasto.
e) Processo de elaboração do orçamento-programa é técnico e baseia-se em diretrizes
e prioridades, estimativa real de recursos e cálculo real das necessidades.

28. (ESAF/APO-MPOG/2003) O Orçamento-programa é definido como um plano de


trabalho expresso por um conjunto de ações a realizar e pela identificação dos recursos
necessários à sua execução. No Brasil, a Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento
propriamente dito. O orçamento-programa não permite:

a) estabelecer o conjunto de metas e prioridades da Administração Pública Federal.


b) proporcionar interdependência e conexão entre os diferentes programas do trabalho.
c) atribuir responsabilidade ao administrador.
d) atribuir recursos para o cumprimento de determinados objetivos e metas.
e) identificar duplicidade de esforços.

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5.5.2 Controle da Administração Pública


29. (ESAF/CVM/2010) Compete aos órgãos e às unidades do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal:

a) julgar a execução dos orçamentos da União.


b) exercer o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
c) organizar a auditoria interna das entidades da administração indireta federal.
d) realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a
responsabilidade de órgãos e entidades privados.
e) apreciar a Prestação de Contas Anual do Presidente da República a ser encaminhada
ao Congresso Nacional.

30. (ESAF/CVM/2010) De acordo com a Constituição Federal, ao Tribunal de Contas da


União compete, no exercício do Controle Externo:

a) realizar, por determinação do Presidente da República, inspeções e auditorias de


natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades
administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
b) fiscalizar a aplicação das transferências constitucionais obrigatórias feitas pela União
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessão de
aposentadorias, reformas e pensões, inclusive as melhorias posteriores que alterem o
fundamento legal do ato concessório.
d) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a
União participe, de forma direta ou indireta, ressalvados os casos em que a
participação não implique controle do capital votante.
e) apreciar as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário.

31. (ESAF/SUSEP/2010) Segundo a Constituição Federal, tem competência para


realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União no que se refere à legalidade, legitimidade e economicidade:

a) a Comissão Mista de Orçamento e Planos e o Tribunal de Contas da União.


b) o Congresso Nacional e o sistema de controle interno de cada Poder.
c) o Congresso Nacional e as entidades representativas da sociedade organizada.

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d) o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e as Comissões do Congresso Nacional.


e) a Câmara dos Deputados, por intermédio de suas comissões permanentes e o
Tribunal de Contas da União.

32. (ESAF/SUSEP/2010) Quanto à prestação de contas de pessoas jurídicas de direito


privado, é correto afirmar:

a) estão obrigadas a prestar contas quando utilizar, arrecadar, guardar, gerenciar ou


administrar dinheiros, bens e valores públicos.
b) prestam contas sempre que receber recursos provenientes da União, sejam eles em
dinheiro ou bens.
c) estão desobrigadas de prestar contas em razão de a natureza jurídica ser de direito
privado.
d) prestam contas, desde que gerenciem ou apliquem recursos arrecadados por elas
mesmas sem que tenha havido delegação para tal.
e) a apresentação de prestação de contas diretamente ao Tribunal de Contas da União
é condição essencial ao cumprimento da Constituição Federal.

33. (ESAF/SUSEP/2010) Assinale a opção que, segundo a Constituição Federal, indica


uma exceção às atribuições do Tribunal de Contas da União.

a) Sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado.


b) Fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a
União participe direta ou indiretamente.
c) Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República.
d) Representar ao Poder competente sobre irregularidades e abusos.
e) Fiscalizar a aplicação de recursos transferidos a qualquer título aos Estados, Distrito
Federal e Municípios.

34. (ESAF/SUSEP/2010) O sistema de controle interno de que trata o art. 74 da


Constituição Federal tem como finalidade, exceto:

a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, da gestão orçamentária, financeira e


patrimonial nos órgãos e entidades.
b) apoiar o controle externo na sua missão institucional.
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União.

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d) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal e


remetê-los ao Tribunal de Contas da União.
e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União.

35. (ESAF/SUSEP/2010) Segundo a Constituição Federal, os responsáveis pelo controle


interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dará
ciência:

a) ao Ministério Público Federal, para que ajuíze a ação competente junto à Justiça
Federal de primeira instância.
b) à Polícia Federal, na qualidade de polícia judiciária, para abertura de inquérito e
investigação.
c) ao Tribunal de Contas da União, para que tome as providências no seu âmbito de
atuação.
d) à Comissão de Fiscalização e Controle do Congresso Nacional.
e) ao titular da entidade ou órgão para que represente ao Tribunal de Contas da União
e ao Ministério Público.

36. (ESAF/AFT/2010) O estudo do tema ‘controle da administração pública’ nos revela


que:

a) submetem-se a julgamento todas as contas prestadas por responsáveis por bens ou


valores públicos, aí incluído o Presidente da República.
b) no exercício do poder de autotutela, a administração pública pode rever seus atos,
mas não pode declará-los nulos.
c) em respeito ao princípio da separação dos poderes, é vedado o controle transversal
de um Poder sobre os outros.
d) o controle interno é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de
Contas da União.
e) o Poder Judiciário exerce apenas controle jurisdicional sobre seus atos
administrativos.

37. (ESAF/ATRFB/2009) O controle externo da Administração Pública, no que está afeto


ao Tribunal de Contas da União (TCU), compreende:

a) o julgamento das contas prestadas anualmente pelo Presidente da República.

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b) a fiscalização da aplicação dos recursos financeiros repassados pela União para os


Estados, mediante convênio.
c) o julgamento das contas relativas à aplicação das cotas dos Fundos de Participação
transferidas para os Estados e Municípios.
d) o registro prévio das licitações e respectivos contratos, para compras, obras e
serviços.
e) o registro prévio dos atos de admissão dos servidores públicos federais, bem como o
das concessões de aponsetadorias, reformas e pensões.

38. (ESAF/AFRFB/2009) O controle externo da administração pública federal é


exercido:

a) pelo Senado Federal.


b) pela Câmara dos Deputados.
c) pelo Tribunal de Contas da União.
d) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
e) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do sistema de controle interno de
cada Poder.

39. (ESAF/ANA/2009) Dado o seu caráter regulador, é correto afirmar que os seguintes
aspectos inerentes à atividade da Agência Nacional de Águas estarão sujeitos à atuação
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, exceto:

a) o conteúdo das decisões regulatórias emitidas.


b) os atos referentes a pessoal e sua remuneração.
c) os dispêndios, licitações e contratações produzidos.
d) os processos em que houver dispensa ou inexigibilidade de licitação.
e) os sistemas administrativos e operacionais de controle interno administrativo
utilizados na gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal.

40. (ESAF/APO/2008) Acompanhando as mudanças do papel do Estado e dos modelos


de gestão, a função controle vem se desenvolvendo nas últimas décadas, levando ao
fortalecimento das instituições encarregadas do controle interno e externo. No Brasil, o
sistema de controle não inclui:

a) os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios.


b) o Congresso Nacional.

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c) as agências regulatórias.
d) a supervisão ministerial.
e) o Ministério Público.

41. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008) Marque a opção incorreta quanto às atribuições dos


órgãos de controle externo.

a) Compreende a realização de inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial.
b) Fiscaliza a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante
convênio a Estado, ao Distrito Federal ou a Município.
c) Acompanha o movimento dos Cartões de Pagamento do Governo Federal mediante
realização periódica do diagnóstico do sistema de pagamentos de varejo no Brasil.
d) Analisa as contas das autarquias e fundações instituídas e mantidas pela União.
e) Apura denúncias apresentadas por qualquer cidadão, sobre irregularidades ou
ilegalidades.

42. (ESAF/CGU/2008) Sobre o tema ‘controle externo’, nos termos da Constituição


Federal, é correto afirmar que:

a) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de


Contas da União.
b) é exercido, no âmbito federal, pelo Senado Federal com o auxílio do sistema de
controle interno dos demais Poderes.
c) é exercido, no âmbito estadual, pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal
de Contas da União.
d) é exercido, no âmbito federal, pelo Congresso Nacional e pelo Tribunal de Contas da
União e, no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelas respectivas Assembleias
Legislativas e Câmaras de Vereadores.
e) é exercido, no âmbito federal, exclusivamente pelo Tribunal de Contas da União e,
no âmbito estadual e municipal, exclusivamente pelos Tribunais de Contas Estaduais e
Municipais.

43. (ESAF/AFRF/2005) Não inclui na finalidade do sistema de controle interno federal,


constitucionalmente previsto, a atividade de:

a) avaliar os resultados, quanto à eficácia, eficiência e efetividade, da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da Administração.

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b) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias da União.


c) comprovar a legalidade da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado.
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
e) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual.

44. (ESAF/TCE-RN/2000) O controle externo da Administração Pública Federal,


especificamente no que concerne à fiscalização contábil, financeira e orçamentária, é
também exercido pelo Tribunal de Contas da União, ao qual, neste contexto, compete:

a) julgar as contas anuais do Presidente da República


b) dar parecer sobre as planos e programas anuais federais
c) julgar contas de administradores federais
d) apreciar, para fim de registro prévio, os contratos administrativos
e) dar parecer prévio sobre o projeto de lei orçamentária

45. (ESAF/TCE-RN/2000) Os sistemas de controle externo, próprios para o exercício


das funções de fiscalização contábil, financeira e orçamentária, nas áreas federais e
estaduais, estão compreendidos na organização estrutural.

a) do Poder Legislativo
b) do Poder Executivo
c) do Poder Judiciário
d) de cada um dos Poderes Públicos
e) dos Poderes Legislativo e Executivo

46. (ESAF/TCU/1999) O controle externo da Administração Pública Federal, por


disposição constitucional expressa, é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, decorrendo desse contexto normativo que:

a) o TCU é um órgão subordinado e dependente do Congresso Nacional.


b) o Congresso nacional é que detém o poder absoluto e exclusivo de controle externo.
c) o TCU detém e exerce algumas funções de controle que lhes são próprias e
privativas.
d) as funções de controle do TCU são de caráter opinativo e subsidiárias.
e) o Congresso Nacional não exerce nenhuma competência efetiva e própria de controle
externo.

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6 Leitura Sugerida
João Geraldo Piquet Carneiro, “O aprimoramento da conduta ética no serviço público
federal”
http://www.enap.gov.br/index.php?option=com docman&task=doc download&gid=27
22

Mensagem presidencial do PPA 2008-2011:


http://www.sigplan.gov.br/download/avisos/001-mensagempresidencial internet.pdf

7 Bibliografia
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 20ª Ed. São Paulo: Atlas,
2007.

GIACOMONI, James. Orçamento Público. São Paulo: Atlas, 2005.

GIAMBIAGI, Fábio e ALÉM, Ana Cláudia. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil.
Rio de Janeiro: Campus Ltda, 2001.

MATIAS-PEREIRA, J. Curso de Administração Pública. São Paulo: Editora Atlas, 2008.

MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 23.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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