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entortou a sua mandíbula para sempre. Foi eletrocutada nua com fios de alta tensão
desencapados nos seios, na vagina, dentro da boca. A pessoa fica amarrada de ponta
cabeça e o choque faz os olhos revirarem e a boca espumar até ela desmaiar
completamente de dor. Um médico vem avaliar se a pessoa ainda está viva e, depois que
ela acorda, começa tudo de novo. Dilma ficou numa cela escura com as próprias fezes e
sangue por meses, apodrecendo e sendo mais torturada. O torturador Ustra foi
homenageado no Congresso Nacional por Jair Bolsonaro. Milhões de brasileiros o
aplaudiram. Somos um povo que gosta de linchamento. Físico ou político, não importa, o
que vale é ter alguém no lugar do Judas. Seja amarrado no poste ou julgado por corruptos
com transmissão ao vivo na TV."
"Nilda Carvalho Cunha os 17 anos, fazia o curso secundário e trabalhava como bancária
quando passou a militar no MR-8. Presa em agosto de 1971, em Salvador (BA), junto com
Jaileno Sampaio, também militante, foi levada para o Quartel do Barbalho e, depois, para a
Base Aérea de Salvador, onde foi torturada. Liberada no início de novembro,
profundamente debilitada em conseqüência das torturas sofridas, morreu no mesmo mês,
com sintomas de cegueira e asfixia. No seu prontuário constava que não comia, via
pessoas dentro do quarto, sempre homens, soldados, e repetia incessantemente que ia
morrer, que estava ficando roxa. A causa da morte nunca foi conhecida. O atestado de óbito
diz: edema cerebral a esclarecer. Sua mãe, Esmeraldina Carvalho Cunha, que denunciou
incessantemente a morte da filha como consequência das torturas, foi encontrada morta em
sua casa, enforcada por um fio de telefone. Resistência pela história feminina!
#emmemóriadelas"