Você está na página 1de 5

Universidade Save

Extensão de Massinga

Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitações em Ensino de História

Cadeira: Estudos Contemporâneos

Discentes: Francina Geraldo

Judite Da albertina Pacul

Lino Valentim Nhassengo

Docente: MSc. Inordine Khadry Muchanga

Ideia de Estado e Uma Nação

Bibliografia:
1.RENAN. Ernest. Que e uma nação? São Paulo: plural, 1997.
Pagina Tema: A ideia de estado-nação segundo Renan
s
Introdução
O trabalho fala da ideia de estado-nação segundo Renan onde
veremos que na óptica de Renan o termo nação e novo na história, e
que a essência de uma nação esta em que todos os indivíduos
tenham muitas características em comum.
A análise da concepção de Renan sobre Nação não pode ser
realizada de forma descontextualizada. Em outras palavras, o
trabalho de Renan “?Qué es una Nación?”, publicado em 1882,
trazia ínsita a necessidade de consolidação da unidade nacional
como forma de afrontar e justificar o imperialismo.
De acordo com Renan (1997) As nações são algo de muito novo na
história que a antiguidade não as conheceu.
Antiguidade

A antiguidade clássica teve repúblicas e monarquias municipais,


confederações de repúblicas locais assim como impérios, mas não
teve nações no sentindo em que as compreendemos.
O que caracteriza esses diferentes estados e a fusão das populações
que as compõe.
O esquecimento, e o mesmo erro histórico, são um factor
essencial na criação de uma nação, e é por isso que frequentemente
o progresso dos estudos históricos representa um perigo para a ideia
de nação.
A essência de uma nação nao esta em que todos os indivíduos
tenham muito em comum, e também que todos tenham esquecido
muitas coisas.

Modernidade

Seu conceito de nação conserva a modernidade da época em que foi


enunciado na cátedra de Milão. Em meados do século XIX
afirmava mancini que nação e uma sociedade natural dos homens
com unidade de território, costumes, e língua estruturados numa
comunhão de vida e consciência social.

A nação moderna e, portanto, um resultado histórico produzido por


uma série de factos convergentes. Por vezes a unidade foi
construída por uma dinastia, como no caso da Franca, ou então pela
vontade directa das províncias como na Holanda, na suíça ou na
Bélgica. Ou finalmente por um espírito geral que tardiamente vence
os caprichos feudais como na Alemanha e ma Itália.

Pressuposto Político Sobre Nação

 A se dar ouvidos a certos políticos uma nação e antes de


tudo uma dinastia, fruto de uma antiga conquista que a
massa do povo do início aceita e finalmente esquece.
De facto a maioria das nações modernas foi obra de alguma família
de origens feudais, que contraiu matrimónio com a terra em que de
alguma maneira se tornou um nó de centralização.
E necessário admitir que uma nação pode existir sem o princípio
dinástico, e mesmo que nações formadas por dinastias podem
separar-se delas sem por isso deixarem de existir. Não se pode mais
manter um princípio que só leva em conta o direito dos príncipes,
mas além do direito do monástico.
 Da raça respondem muitos sem sobra de dúvida.
O que permanece firme e fixo a raça das populações locais. O
principio das nações e justo na mesma medida em que o direito
primordial das raças e estreito e danoso ao verdadeiro progresso.
A consideração étnica não foi de qualquer importância na
construção das nações modernas.

Aspectos Que Não Constrói Uma Nação Segundo Renan

 Devemos estender as linguagens o que dissermos das raças.


A língua convida a reunião, mas não a torna forçosa.
 Tampouco a religião seria capaz de oferecer uma base
suficiente a nacionalidade moderna. Originalmente a região
estava ligada estreitamente a própria existência do grupo
social, o grupo social era uma extensão familiar. A região e
seus ritos eram ritos da família.
 A comunidade de interesses e certamente liame entre os
homens.
 A geografia- as assim chamadas fronteiras nacionais
decerto tem parte na divisão das nações, a geografia e um
dos factores essências na história. Os rios conduziram as
raças.
Factores que Proclama uma Nação

 Naturais: território, raça, e língua;


 Histórias: tradição, costumes, leis e religião;
 Psicológicos: consciência nacional que servem de
fundamento à nação.

Pressupostos de Estado-Nação Segundo Renan


Para Renan, a nação não se compõe apenas da população viva e
militarmente, dos quadros humanos que trazem história em curso.
Renan, em sua construção teórica alinha-se ao pensamento
colonialista e justifica as acções do poder estatal e a hegemonia da
nação a partir das lembranças, recordações, glórias e vitórias do
passado.
Renan afirma que a Nação é um sentimento, um princípio
espiritual, relacionado ao passado, às recordações, aos sacrifícios.
Nação é formada por um presente o consentimento em viver
juntos e o desejo de manter a herança histórica recebida ou seja
nação e um acto de vontade colectiva inspirado em sentimentos
históricos, que trazem lembranças tanto das épocas felizes como da
provocações das guerras, em revoluções e calamidades, acrescenta
se também a comunicação de interesses económicos e a vida dos
laços de parentesco espiritual, formando aquela plataforma de união
e solidariedade onde a consciência do povo torna um traço
irrevogável de permanência e dentição comum.

Conclusão

Para Renan, a Nação é um princípio espiritual, um princípio que


resulta de complicações profundas na história. Para Renan, os
factores subjectivos são bastante fortes para a definição do
conceito. Ele considera que a Nação é uma alma, um princípio
espiritual. Essa alma, esse princípio espiritual, é composta pelas
ricas lembranças e pelo consentimento actual, pelo desejo de juntos
viverem, pela vontade de fazer valer a herança histórica, recebida
em decorrência das glórias do passado.

Trata-se também da vontade de, no presente, realizar coisas em


conjunto, pois a Nação nada mais é do que esse sentimento de
pertencimento, de agregação, essa consciência moral que une os
homens em razão do passado e em função de um futuro comum.
Renan, em sua construção teórica, alinha-se ao pensamento
colonialista e justifica as acções do poder estatal e a hegemonia da
Nação a partir das lembranças, recordações, glórias e vitórias do
passado.
A Nação somente pode ser concebida como tal se revelar o valor da
igualdade entre os que nela habitam, e isso depende também da
inclusão dos que nela estão exclusos. Sob essa perspectiva e
considerando que o conceito de Nação deve ser revisado, a
igualdade, tão necessária para se viver em comunidade, depende
também da inclusão daqueles que vivem no país, mas ali não
nasceram.

Você também pode gostar