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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA

Preparação e uso de eletrodos nanoestruturados de TiO2 em processo fotocatalítico


eletro-assistido para o tratamento de fármacos: comparação de eficiência

Aluno: Belisa Lima Soares RA:141467


Aluno: Lucas Ribeiro de Oliveira RA: 156402
Orientador: Prof. Dr. Peterson Bueno de Moraes

LIMEIRA – SP
2019
SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................. 1

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2

2 OBJETIVO ................................................................................................... 3

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................... 4

3.1 Presença de fármacos no meio ambiente............................................... 4

3.2 O diclofenaco sódico ............................................................................. 5

3.3 O citrato de sildenafil (Viagra®) .......................................................... 6

3.4 O propranolol ........................................................................................ 7

3.5 Processos oxidativos avançados ............................................................ 8

3.6 Degradação de fármacos por fotocatálise heterogênea ......................... 8

3.7 Nanoestruturas de dióxido de titânio ................................................... 10

4 MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................... 11

4.1 Preparo do eletrodo de Ti .................................................................... 12

4.2 Anodização do eletrodo de Ti ............................................................. 12

4.3 Cristalização do eletrodo ..................................................................... 13

4.4 Estudo da forma das nanoestruturas do eletrodo de TiO2 ................... 13

4.5 Preparo das soluções contendo os compostos farmacêuticos.............. 14

4.6 Tratamento dos fármacos via fotocatálise eletroassistida ................... 14

4.7 Procedimento analítico ........................................................................ 15

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 15

6 CONCLUSÕES .......................................................................................... 22

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 23

2
RESUMO

Compostos farmacêuticos, mesmo em baixas concentrações, podem causar efeitos


deletérios ao homem e ao meio ambiente. Tendo em vista que tratamentos biológicos
convencionais ou físico-químicos apresentam limitações para este tipo de efluente ou geram
lodo, pesquisa de novas tecnologias mostram-se atraentes como os Processos Oxidativos
Avançados. Este trabalho tem como objetivo aplicar um sistema fotocatalítico eletro-
assistido composto por radiação artificial e eletrodos nanoestruturados (TiO2) para tratar
soluções contendo Citrato de Sildenafil (Viagra®), Diclofenaco de sódio e Propranolol. A
partir de diferentes condições experimentais verificou-se a melhor tratabilidade para cada
fármaco. Pode-se observar que os fármacos apresentam perfis cinéticos semelhantes e sua
degradação ocorre em etapas, no entanto, seu tratamento ocorre em tempos diferentes. Foi
possível obter uma redução percentual de 100 % para soluções de 10 ppm dos fármacos
Citrato de Sildenafil em 120 minutos, do fotoproduto do Diclofenaco de Sódio em 240
minutos e para o Propanolol em 30 minutos através do método proposto, fotocatálise
eletroassistida utilizando eletrodos nanoestruturados de TiO2 anodizado com Ni 30 V em 1
V min-1 irradiados por lâmpada de vapor de mercúrio.

1
1 INTRODUÇÃO

Produtos farmacêuticos podem ser adsorvidos em partículas suspensas, solos e


sedimentos, permanecer em fase aquosa ou se aderirem a lipídios e entrar na cadeia alimentar.
Pesquisas indicam a presença destes compostos na faixa de ng-mg L-1 no solo, em águas
superficiais, águas subterrâneas e águas de abastecimento. Este nível já é suficiente para
muitos estrógenos, por exemplo, causar efeitos endócrinos (SOARES, 2018).

O efluente gerado pela indústria farmacêutica é de difícil biodegradação devido à


sua estabilidade metabólica necessária para a ação farmacológica (DIETRICH et al., 2002).
A grande preocupação da presença de fármacos residuais na água são os potenciais efeitos
adversos para a saúde humana, animal e de organismos aquáticos como os peixes (PONEZI,
et al., 2004). Seu descarte sem tratamento prévio vem contribuindo para o agravamento dos
problemas ambientais de contaminação de águas, provocando redução do oxigênio
dissolvido, aumento da turbidez, mudanças do pH, entre outros efeitos. Muitos destes
poluentes emergentes apresentam estabilidade à decomposição natural e persistência
(AQUINO, BRANDT e CHERNICHARO, 2013; ARAUJO et al., 2016).

Os problemas ocasionados pelos efluentes farmacêuticos vêm do fato de as


substâncias que estão presentes nos efluentes serem biologicamente ativas, isto é, podem
provocar modificações do meio ambiente, mesmo quando estiverem presentes em
pequeníssimas concentrações (MELO et al., 2009). Dentre os fármacos mais encontrados em
nossas matrizes ambientais, pode-se citar:

O diclofenaco, medicamento anti-inflamatório não-esteróide, utilizado por seu


efeito antitérmico no tratamento de febre geralmente associada às infecções, e também como
analgésicos para aliviar dor de cólicas agudas ou renais, pós-operatória, entre outras
condições inflamatórias (PREVITAL, 2014; PPDB, 2015; CHEMSPIDER, 2016). Segundo
Aguera et. al. (2005) através de experimentos fotolíticos de degradação do diclofenaco via
luz solar, sua máxima absorção ocorre no comprimento de onda de 276 nm.

O propranolol, medicamento beta-bloqueador largamente utilizado para o


tratamento de angina, arritmia e hipertensão; também receitado para tratar enxaquecas e
prevenção de problemas cardíacos em pessoas que sofreram anginas de peito (Gros et al.,
2010). Paschoal, Tomaya e Pietroneiro (2010) prepararam soluções de 100 mg L-1 do
fármaco propranolol em meio alcoólico 50% e procederam varreduras do espectro UV/VIS
verificando assim presentes bandas de absorção entre 200 e 350 nm.
2
O Viagra® (Citrato de Sildenafil), medicamento administrado por via oral para inibir
a impotência masculina. Obtém elevada aceitação pelos pacientes, alcançando seis milhões
de prescrições no primeiro semestre após sua introdução no mercado, sendo até hoje um dos
mais vendidos em todo o mundo, gerando bilhões de reais em lucro (ALANAC, 2018). Para
análise do Citrato de Sildenafil, Roque (2008) utilizou o método de espectrofotometria no
UV/VIS utilizado no doseamento do fármaco em varreduras de concentrações em toda a
região espectral para detectar o pico máximo de absorção, em 292 nm.

Devido à eficiência limitada dos processos convencionais de tratamento de água


residuais e efluentes de compostos orgânicos como os fármacos, que podem gerar lodo, além
da formação de uma gama de subprodutos de degradação, decorrente de uma incompleta
mineralização, houve a necessidade do desenvolvimento de novas tecnologias (JELIC et al.,
2015; ARAÚJO et al., 2016).

Podem-se salientar os Processos Oxidativos Avançados (POA) como alternativa de


remoção de poluentes persistentes no meio ambiente. São utilizados principalmente como
tratamento direto ou complemento aos processos convencionais, gerando radicais hidroxila
(●OH) que são espécies altamente reativas podendo atuar na oxidação química de uma vasta
gama de substâncias (MELO et al., 2009; OLIVEIRA e SILVEIRA, 2011).

Nos últimos anos, um grande número de investigações tem se concentrado sobre a


atividade fotocatalítica de nanomateriais e maneiras eficazes para aumento da eficiência dos
processos Oxidativos avançados. Os nanotubos de TiO2 se apresentam como nanomateriais
mais promissores, por proporcionarem maior área superficial, bem como relativo baixo custo
em relação a outros nanomateriais devido a sua alta eficiência, por ser quimicamente inerte
e fotoestável numa ampla faixa de pH, não ser um material tóxico e não apresentar
insolubilidade em água (BESSEGATO, GUARALDO e ZANONI, 2014; RAHIMI, PAX e
GRAY, 2016).

2 OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo utilizar um sistema fotocatalítico eletro-assistido


composto por radiação artificial (lâmpada de vapor de mercúrio) e eletrodos
nanoestruturados (TiO2 e TiO2 dopados com ZnO) para tratar soluções contendo Citrato de

3
Sildenafil (Viagra®), Diclofenaco de sódio e Propranolol. A partir de diferentes condições
experimentais estudar-se-ão as condições ótimas de tratamento para cada fármaco e uma
condição ótima global. Este trabalho dará continuidade a pesquisas realizadas em quatro
mestrados.

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Presença de fármacos no meio ambiente


A presença dos fármacos no meio-ambiente tornou-se uma preocupação a partir de
1990, quando estudos relacionados aos seus efeitos toxicológicos começaram a apontar as
consequências do consumo de águas contaminadas por esses compostos (MORENO-ORTIZ
et al., 2013).

Segundo Santos et al. (2010), dentre os principais fármacos detectados em meio


aquático, os anti-inflamatórios não-esteróide (AINE) são o grupo mais frequente (16%),
seguidos pelos antibióticos (15%), reguladores lipídicos (12%), hormônios sintéticos (9%),
antiepilépticos (8%) e bloqueadores beta-adrenérgicos (8%).

Os fármacos são liberados no ambiente através de efluente hospitalar e da indústria


farmacêutica, da excreção de humanos e animais, do descarte de resíduos domésticos e outras
formas (MORENO-ORTIZ et al., 2013), como mostra a Figura 1:

Figura 1: Origem e destino dos fármacos no meio ambiente

4
FONTE: BILA e DEZOTTI, 2003.

De acordo com Melo et al. (2009), os fármacos consumidos podem ser excretados
como metabólitos, hidrolisados, ou em sua forma original. De modo geral, 40 a 90% do
fármaco consumido é excretado da forma original; a proporção varia de acordo com cada
fármaco e organismo.

As águas contaminadas por fármacos, na maioria das vezes, são submetidas a


processos convencionais de tratamento. Contudo, esses processos não são totalmente capazes
de promover sua degradação, permitindo, assim, que sejam descartados em corpos hídricos
(MELO et al., 2009).

3.2 O diclofenaco sódico

O diclofenaco sódico é um medicamento utilizado no tratamento de inflamações e


no alívio de sintomas como dores e febres. Suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas
e antipiréticas o enquadram no grupo dos anti-inflamatórios não-esteroides, considerado um
dos grupos mais difundidos do mundo por possuir medicamentos de fácil acesso à população
(SILVA et al., 2014). É comercializado em forma de comprimido, cápsula gelatinosa,
solução injetável, supositório retal e gel (BRASIL, 2012).

O diclofenaco sódico possui fórmula molecular C14H10Cl2NNaO2, nomenclatura


5
química sódio;2-[2-(2,6-dicloroanilino)fenil]acetato, massa molar igual a 318,13 g mol-1 e
solubilidade em água de, em média, 2,01.10-3 mol L-1 (CHEMISTRY DASHBOARD,
2019). A Figura 2 mostra a estrutura molecular do diclofenaco sódico:

Figura 2: Estrutura molecular do diclofenaco de sódio

FONTE: Open Chemistry Database (2019).

3.3 O citrato de sildenafil (Viagra®)


O Citrato de Sildenafil (princípio ativo do Viagra®) é um medicamento usado no
tratamento da disfinção erétil masculina, que inibe da enzima fosfodiesterase tipo 5 e, assim,
aumenta a circulação sanguínea e o relaxamento dos músculos do pênis (BACKES et al.,
2017).

É o primeiro medicamento de uso oral lançado para essa finalidade. Após seu
lançamento, teve grande aceitação e consumo em todo o mundo, incentivanto a concorrência
entre marcas e a diminuição do preço de venda (WELNERT et al., 2008).

O citrato de sildenafil possui fórmula molecular C28H38N6O11S, nomenclatura


química cloridrato de 1-[[3-(6,7-diidro-1-metil-7-oxo-3-propil-1H-pirazol-[4,3-d]pirimidin-
5-il)-4-etóxifenil]sulfonil]-4-metilpiperazina e massa molar 666,7 g mol-1. A Figura 3 mostra
a estrutura molecular do citrato de sildenafil (CHEMISTRY DASHBOARD, 2019).

Figura 3: Estrutura molecular do citrato de sildenafil

6
FONTE: Open Chemistry Database (2019).

3.4 O propranolol

O propranolol (ou cloridrato de propranolol, em denominação genérica) é um


bloqueador-beta não seletivo utilizado principalmente no tratamento de hipertensões,
arritmias cardíacas, anginas e enxaquecas. É um medicamento de baixo custo, que faz parte
da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) do Ministério da Saúde,
portanto, bastante acessível à população (CHEMISTRY DASHBOARD, 2019;
GUIMARÃES, 2016; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010)

O propranolol possui fórmula molecular C16H21NO2, nomenclatura química


cloridrato de 1-[(1-metiletil)amino]-3-(1-naftaleniloxi)-2-propanol, massa molar 259.34 g
mol-1 e solubilidade em água de aproximadamente 1,50.10-3 mol L-1. A Figura 4 mostra a
estrutura molecular do propranolol (CHEMISTRY DASHBOARD, 2019).

Figura 4: Estrutura molecular do propranolol

7
FONTE: Open Chemistry Database (2019).

3.5 Processos oxidativos avançados

Os Processos Oxidativos Avançados (POA) são considerados processos alternativos


sustentáveis para a degradação de poluentes encontrados no meio-ambiente. Apresenta, para
muitos compostos, maior eficiência de degradação em relação a outros métodos e menor
impacto ambiental (NOGUEIRA e JARDIM, 1998).

Nos POA, a degradação é promovida por radicais hidroxila, altamente oxidantes.


Esses radicais são responsáveis pela oxidação e ruptura de moléculas orgânicas e inorgânicas,
transformando-as em CO2, H2O e outras substâncias menos tóxicas, facilmente degradáveis
por processos comuns (GROTE, 2012).

O radical hidroxila pode ser produzido pela aplicação de radiação UV ou agentes


oxidantes como O3 e H2O2, ou pela combinação destes. O ●OH também se forma pela
oxidação eletroquímica ou ultrassom (ARAÚJO, 2016) e por catalisadores em
semicondutores (OLIVEIRA, 2012).

Devido ao alto potencial de oxidação do radical hidroxila, os POA costumam


apresentar rápidas reações. Outras vantagens desses processos são: a remoção de moléculas
tóxicas e a possibilidade de completa desinfecção sem subprodutos (GROTE, 2012).

3.6 Degradação de fármacos por fotocatálise heterogênea

A fotocatálise heterogênea é um dos processos oxidativos avançados que podem ser


usados para obter o radical hidroxila. Para isso, utiliza-se um semicondutor no estado sólido,
ativado por radiação ultravioleta (UV). O material geralmente utilizado como semicondutor
é o TiO2, devido à sua estabilidade, alta fotoatividade, não-toxicidade e baixo custo (SOUZA,
2015).

Ao serem irradiados, os elétrons que se encontram na banda de valência do


semicondutor recebem energia e passam para um estado eletronicamente excitado. Se a
energia fornecida for maior ou igual à energia de band-gap do semicondutor, os elétrons
passam para a banda de condução, gerando um par elétron-lacuna na banda de valência
(MELO et al., 2009).
8
O TiO2 possui energia de band-gap de 3,2 eV e pode ser ativado por radiações de
até 385 nm. Ocorre nas formas cristalinas anatase, rutilo e broquito, como mostra a Figura 5.
Das três, a anatase é a mais fotoativa e, por isso, a mais empregada em processos
fotocatalíticos (KISEN, 2017; SOUZA, 2015). A ativação do TiO2 está representada na
Figura 6.

Figura 5: Estruturas cristalinas do TiO2

FONTE: HAGGERTY et al. (2017).

Figura 6: Mecanismo de ativação do TiO2

FONTE: PANDOLI et al. (2015).

Segundo Yasmina et al. (2014), a irradiação do semicondutor provoca a fotólise das


9
moléculas de água por ele adsorvidas (equação 1), permitindo interação com os pares elétron-
lacuna e formando os radicais ●OH (equação 2). O mesmo ocorre com os íons OH- (equação
3).
− +
𝑇𝑖𝑂2 + ℎ𝑣 → 𝑇𝑖𝑂2 + 𝑒𝐵𝐶 + ℎ𝐵𝑉 (1)
+
𝐻2 𝑂𝑎𝑑𝑠 + ℎ𝐵𝑉 → 𝑂𝐻 ● + 𝐻 + (2)
+
𝑂𝐻 − 𝑎𝑑𝑠 + ℎ𝐵𝑉 → 𝑂𝐻 ● (3)

Para que a oxidação tenha sucesso, é preciso que as lacunas sejam mantidas até o
final da reação. Por isso, é necessário a presença de um doador e receptor de elétrons
adequado, que evite sua rápida recombinação.

Segundo Oliveira (2012), os elétrons da banda de condução podem reagir com


oxigênio e formar radicais superóxidos (O2●-), como mostra a equação 4. Isso permite a
sequência de reações que levam à formação de peróxido de hidrogênio, conforme as equações
5 a 8:

𝑂2 + 𝑒𝐵𝐶 → 𝑂2 ●− (4)
𝑂2 ●− + 𝐻 + → 𝐻𝑂2 ● (5)
𝐻𝑂2 ● + 𝐻𝑂2 ● → 𝐻2 𝑂2 + 𝑂2 (6)
𝐻𝑂2 ● + 𝑂2 ●− → 𝐻𝑂2 − + 𝑂2 (7)
𝐻𝑂2 − + 𝐻 + → 𝐻2 𝑂2 (8)

A partir das moléculas de peróxido de hidrogênio são obtidos mais radicais


hidroxila, como mostram as equações 9 e 10:

𝐻2 𝑂2 + 𝑒𝐵𝐶 → 𝑂𝐻 ● + 𝑂𝐻 − (9)
𝐻2 𝑂2 + 𝑂2 ●− → 𝑂𝐻 ● + 𝑂𝐻 − + 𝑂2 (10)

3.7 Nanoestruturas de dióxido de titânio

Em soluções aquosas, o TiO2 pode ser utilizado na forma de forma dispersa ou


imobilizada. Na primeira, as nanopartículas desse composto, dissolvidas na água, apresentam
grande área superficial exposta à radiação UV, o que é energeticamente vantajoso com
relação à outra forma. Contudo, faz-se necessário um método para separação do dióxido de
titânio da solução após seu uso (BARROS, 2014).

Na forma imobilizada, o TiO2 ocorre fixado a um suporte sólido que pode ser
10
facilmente separado da solução e reciclado para utilização em outros ciclos (BARROS, 2014;
COSTA, 2009). A utilização de eletrodos nanoestruturados de TiO2 no lugar de somente
eletrodos de TiO2 permite aumentar mais de 3 vezes sua área superficial (chegando a 50 m²
g-1) e viabilizando a fotocatálise heterogênea (COSTA, 2009).

De acordo com Bagnara (2011), as três principais formas de sintetização de


nanotubos de TiO2 são: o método hidrotérmico, molde químico e oxidação anódica
eletroquímica.

Para obter nanotubos por síntese hidrotérmica, uma mistura de pó de TiO2 com
solução de NaOH (com concentração de 2,5 a 20 mol L-1) é aquecida num autoclave por
cerca de 20 horas, com temperatura entre 20 e 120 ºC. O crescimento dos nanotubos se dá
em seguida, quando o produto é lavado com uma solução de HCl (NUNES, 2011).

O método do molde químico consiste em depositar um material sobre outro de forma


conhecida, a fim de ajustá-lo ao formato desejado, separando-os ao final (BAGNARA, 2011).
Nesse método, a produção de nanotubos de TiO2 geralmente acontece pelo processo sol-gel,
que ocorre quando partículas coloidais de 1 a 100 nm são parcialmente precipitadas num
fluido onde elas são estáveis, formando um entrelaçado sólido e poroso de fibras
(BAGNARA, 2011; MAMANI, 2009).

Para promover o crescimento de nanotubos através da oxidação anódica


eletroquímica, é necessário a aplicação de uma corrente elétrica ou tensão entre o anodo
(placa de titânio) e um contraeletrodo mergulhados numa solução eletrolítica com flúor. A
corrente ou a tensão aplicada faz com que os ânions do eletrólito migrem para a interface
metal/óxido através do campo elétrico estabelecido, formando nanotubos de dióxido de
titânio (ARRUDA, 2018).

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Inicialmente, analisaram-se os dados experimentais dos trabalhos de Souza (2015),


Giorno (2016), Soares (2018) e Costa (2016). De cada trabalho, foi considerada somente a
condição do experimento de fotocatálise eltroassistida que apresentou o melhor percentual
de degradação dos fármacos propostos. As principais características identificadas nessas
condições são descritas na Tabela 1.

11
Tabela 1: Características dos processos de anodização e degradação por fotocatálise
eletroassistida dos experimentos que obtiveram maior percentual de degradação nos
trabalhos de Souza (2015), Giorno (2016) e Soares (2018)

Processo de anodização com Processo de degradação no reator


contra-eletrodo de Ni fotocatalítico
Autor Fármaco Potencial Taxa de
Potencial Tempo de Percentual de
final aumento do
aplicado degradação degradação
aplicado potencial
SOUZA E. Citrato de
20 V 2 V min-1 1,5 V - -
L. (2015) Sildenafil
GIORNO, L. Citrato de
20 V - 1,5 V 180 min 16,5%
S. (2016) Sildenafil
SOARES, Diclofenaco
30 V 1 V min-1 1,5 V 180 min 100%
B.L. (2018) Sódico

Dentre os percentuais de degradação da Tabela 1, o maior foi obtido por Soares


(2018), na degradação de Diclofenaco Sódico. Adotaram-se, então, os resultados da melhor
condição deste trabalho e realizaram-se novos experimentos seguindo os mesmos métodos
de preparo e anodização de eletrodos e construção e uso do reator para degradar os demais
fármacos propostos, Citrato de Sildenafil e Propranolol.

4.1 Preparo do eletrodo de Ti


Como feito por Soares (2018), cortou-se com tesoura uma chapa de Ti grau 1 medindo
4 x 4 cm. Submeteu-se o eletrodo a abrasão sob água corrente com folha de lixa de
granulometria 600 (T223 – Norton 600) e detergente neutro.

Preparou-se uma solução 1:3:6 de ácido fluorídrico (Merck), ácido nítrico (Synth) e
água destilada. Transferiu-se a solução para um becker de polietileno, onde o eletrodo de Ti
foi submerso e agitado por 2,5 minutos. O eletrodo foi retirado e lavado com água deionizada
por 30 segundos e, então, foi sonicado em álcool isopropílico em banho ultrassonico a 40
KHz (Unique USC 1400) por 10 minutos, e depois em água deionizada por mais 10 minutos.
Finalmente, o eletrodo foi lavado em água deionizada e seco em gás nitrogênio de pureza
99,99%.

4.2 Anodização do eletrodo de Ti


Como feito por Soares (2018), a anodização ocorreu por meio de célula eletroquímica
de dois eletrodos, onde o Ti preparado foi usado como anodo e um eletrodo de Ni (5 x 5 cm)
foi usado como catodo. Os eletrodos foram submersos em 200 mL de uma solução com 0,3%
12
(v/v) de HF (preparada a partir de solução HF 48%), onde foi aplicada uma tensão crescente
à taxa de 1 V min-1 de 0 a 30 V durante 30 minutos, permanecendo por mais 90 minutos com
a tensão máxima.

4.3 Cristalização do eletrodo


Como feito por Soares (2018), para cristalizar o eletrodo à fase anatase, esse foi
aquecido em mufla de forma sequencial:

1. Até 350 ºC, à taxa crescente de 2 ºC min-1, permanecendo por mais 30 minutos
em temperatura máxima;

2. Até 450 ºC, à taxa crescente de 2 ºC min-1, permanecendo por mais 150
minutos em temperatura máxima.

Após isso, foi resfriado por 24 horas.

4.4 Estudo da forma das nanoestruturas do eletrodo de TiO2


Foram determinadas via micrografias adquiridas em Microscopia Eletrônica de
Varredura (MEV Shimadzu Vega3 SBU e software Vega3 Control) em 5 regiões distintas
dos regiões dos eletrodos e utilizando o software Fiji ImageJ (versão 1.51f) os parâmetros:
espessura, diâmetro interno, diâmetro externo, área da coroa circular, densidade e altura das
nanoestruturas contidas no filme de óxido dos eletrodos, assim como as Figuras de mérito
altura/diâmetro externo, altura/diâmetro interno, altura/espessura, para verificar a correlação
com a reduções percentuais dos fármacos e com as fotocorrentes medidas dos respectivos
anodos nanoestruturados.

Foram calculados os valores médios dos parâmetros e realizada a análise de


variância a 95% de nível de confiança, teste F (para investigar a existência ou não de uma
relação significativa entre as médias dos valores) e outros testes estatísticos, incluindo de
comparação múltipla (tais como Tukey, Bonferroni, Hsu, Dunett), que se mostrarem
adequados e necessários, conforme recomendados em literatura (WERKEMA e AGUIAR,
1996; BOX et al., 2005; MONTGOMERY, 2005; SKOOG et al., 2005; BABU et al.,
2009).

Paralelamente e simultaneamente à análise das nanoestruturas, os resultados obtidos


a partir da comparação entre os trabalhos foram submetidos a métodos de otimização

13
experimental, tais como: Método da Superfície de Resposta, Doehlert, Box-Behnken, entre
outros, conforme a adequação necessária. Estes métodos têm sido muito aplicados em
pesquisas básicas e tecnológicas, e são classificados como métodos do tipo simultâneo, onde
as variáveis de interesse que realmente apresentam influências significativas na resposta são
avaliadas simultaneamente (BRERETON, 1987; BARROS NETO et al., 2010; PEREIRA
FILHO, 2015).

4.5 Preparo das soluções contendo os compostos farmacêuticos

Citrato de sildenafil
Soluções contendo 10 mg L-1 do princípio ativo foram preparadas a partir da
pesagem em balança analítica (Shimadzu AUY-220) e dissolução dos comprimidos
comerciais da fabricante Pfizer em etanol/água deionizada a 20% V/V e sonicação por vinte
-1
minutos. Para os experimentos, foi acrescentado 0,1 mol L do eletrólito sulfato de sódio

(Synth).

Propranolol
-1
Soluções de Propranolol de 10 mg L foram preparadas a partir de pesagem e

dissolução da forma salina do fármaco puro, adquirida em farmácia de manipulação, em água


-1
deionizada e sonicação por 5 minutos. Para os experimentos, foi acrescentado 0,1 mol L

do eletrólito sulfato de sódio (Synth).

4.6 Tratamento dos fármacos via fotocatálise eletroassistida

O tratamento foi testado em reator de vidro com 685 mL de solução, à temperatura


constante em 20 ºC, mantida através de um sistema externo de recirculação. O sistema é
composto por um anodo e um catodo dispostos horizontalmente e paralelamente a 5,0 mm
entre si, submersos próximos à superfície do líquido dentro do reator sob agitação de 700
rpm. Como anodo, utilizaram-se eletrodos de Ti preparados por anodização, conforme a
método correspondente à melhor condição do trabalho de Soares (2018). Como catodo, foi
utilizado um eletrodo de Ni (5,0 x 5,0 cm). Os eletrodos foram polarizados em potencial
14
constante de 1,50 V, visando proporcionar a drenagem eletrônica para melhor desempenho
do processo fotocatalítico.

Para a irradiação das nanoestruturas foi utilizada lâmpada de vapor de mercúrio de


alta pressão de 250 W sem o bulbo (Brascorp). Os eletrodos foram dispostos paralelamente
a uma distância de 2,0 cm em relação à lâmpada.

4.7 Procedimento analítico

Para as determinações dos parâmetros pertinentes ao monitoramento da solução


contendo o fármaco:

Absorbância: a mudança da solução e presença de compostos foi determinada


através de medições de absorbância em espectrofotômetro UV-VIS UV-1650 PC da
Shimadzu em varreduras de 190 a 800 nm.

Medida de pH e Temperatura a medida efetuada através do medidor de pH e


termômetro em ºC.

Medida de irradiância: entre 290 e 390 nm foi mensurada no radiômetro UV Light


Meter (MRU-201). A irradiância entre 400 e 780 nm foi medida com o radiômetro Solar
Light (PMA 2200).

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para avaliar o tratamento dos fármacos por fotocatálise eletroassistida, foi
necessário avaliar a banda máxima de absorção de cada fármaco aplicando o método analítico
de determinação via espectrofotometria UV/VIS para posterior análise do tratamento.

Através da espectrometria UV/VIS, pode-se confirmar através da Figura 7 que a


banda máxima de absorção do diclofenaco é em 276 nm, anteriormente afirmada por Aquera
et. al. (2005).

Figura 7: Espectro de absorção 276 nm para o diclofenaco de sódio a 10 mg L-1.

15
Ao realizar medições para o farmaco Propanolol, Paschoal, Tomaya e Pietroneiro
(2010) afirmaram que as varreduras do espectro UV/VIS mostraram bandas de absorção entre
200 e 350 nm. Pode-se confirmar através da Figura 8 esta condição, tendo em vista que foram
apresentadas bandas máximas espectrais de 213 e 290 nm para o Propanolol.

Figura 8: Espectro de absorção 213 e 290 nm para o propranolol a 10 mg L-1.

16
O Citrato de Sildenafil, quando analisado, apresenta comportamento similar ao já
verificado pela literatura em Roque (2008). Sua máxima absorção do espectro se encontra na
faixa de 292 nm, conforme a Figura 9.

Figura 9: Espectro de absorção no ultravioleta visível na faixa de 292 nm para o


Citrato de Sildenafil a 10 mg L-1.

A utilização do método da espectrofotometria UV/VIS por meio de um


espectrofotômetro que realize a varredura de espectro, devido às suas propriedades e
características, apresenta-se como ferramenta muito útil nas análises dos fármacos em sua
forma pura.

Para o tratamento dos fármacos, baseou-se na correlação da análise estatística de


Soares (2018), bem como na degradação do composto diclofenaco. O fármaco previamente
testado, diclofenaco, quando em contato com a luz UV apresentou deslocamento de banda,
sendo 234 nm para a formação do possível fotoproduto carbazol. Segundo Musa e Eriksson
(2009), em relação ao mecanismo de fotodegradação do diclofenaco e fotoprodutos, os
compostos carbazóis absorvem a radiação UV-VIS principalmente no comprimento de onda
de 234 nm.

Além do diclofenaco, os fotoprodutos derivados de sua degradação também podem

17
ser identificados via espectrofotometria UV-VIS. Como apresentado na Figura 10, Soares
(2018) testou condições distintas de anodização visando um tratamento adequado para o
fotoproduto.

Figura 10: Comparação da redução percentual do fotoproduto do diclofenaco


tratado por fotocatálise eletroassistida com anodo de TiO2 preparado com contra-eletrodo de
Ni em 10 V, 20 V e 30 min em uma taxa de 1 V min-1.

O Niquel apresentou melhor eficiência fotocatalítica na remoção do fotoproduto


para ser utilizado como contra-eletrodo ao longo do processo de anodização. Potenciais finais
de anodização também foram testados, a saber, 10 V, 20 V e 30 V para verificação da
influência do crescimento dos nanotubos no tratamento do fotoproduto. A melhor condição
se estabeleceu em 30 V a 1 V por minuto para o contra eletrodo de Níquel onde os nanotubos
possuem maior densidade, estruturas amorfas e maior diâmetro interno e externo. Por isso os
experimentos para remoção aquosa do Propranolol e do Citrato de Sildenafil foram
conduzidos nestas condições.

Foram testadas condições de degradação alternando entre um simulador solar e


lâmpada de vapor de Mercúrio de alta pressão. Como pode-se observar na Figura 11, para o
simulador solar, foi possível obter uma redução percentual duas vezes menor do que para a
lâmpada de vapor de mercúrio, portanto, não foi possível viabilizar o tratamento para uma
fonte de luz natural até o presente momento. Para os experimentos de fotocatálise, utilizou-
18
se uma distância de 2 cm da lâmpada de vapor de mercúrio até o centro dos eletrodos, assim
a potência de irradição aplicada aos experimentos foi de 119.303,69 µW cm-² (SOARES,
2019).

Figura 11: Gráfico comparativo de redução percentual do fotoproduto por


fotocatálise eletroassistida utilizando eletrodos nanoestruturados de TiO2 anodizado com Ni
30 V em 1 V min-1 sob diferentes condições de irradiação: lâmpada de vapor de mercúrio
(V.M) e Simulador solar (S.S.).

Para o tratamento do fotoproduto do diclofenaco em 234 nm, como mencionado


anteriormente, foi possível realizar uma redução percentual de 100 % utilizando a lâmpada
de vapor de mercúrio de alta pressão como fonte de irradiação. Visando testar a eficiência
geral desta condição, realizou-se então o tratamento dos fármacos Citrato de Sildenafil
(Viagra) e Propanolol.

Para o Citrato de Sildenafil em 292 nm, foi possível obter redução percentual em seu
tratamento de 100 % em 120 minutos como se pode observar na Figura 12. O fármaco
apresentou uma ótima resposta ao tratamento proposto, apresentando uma cinética elevada
nos tempos 90 min – 120 min quando comparados ao início da reação (0 min – 30 min) e ao
final (120 min – 180 min).

Figura 12: Redução percentual por fotocatálise eletroassistida do fotoproduto


19
utilizando eletrodos nanoestruturados de TiO2 anodizado com Ni 30 V em 1 V min-1 do
Citrato de Sildenafil em 292 nm.

Para o propanolol, foram realizadas varreduras de 180 a 900 nm, visando observar
seu tratamento acompanhando o espectro de absorção no ultravioleta visível nas faixa de 213
e 290 nm conforme literatura mencionada anteriormente. Em 30 minutos, foi possível
observar pela figura 7, que houve um decaimento da absorbância para 0 u.a.. Testes foram
realizados em triplicata com a solução contendo 10 ppm de propranolol apresentando o
mesmo comportamento. No entanto, ainda se faz necessário um estudo mais aprofundado do
fármaco e suas propriedades.

20
Figura 7: Degradação do propranolol por fotocatálise eletroassistida por 180 min.

Os experimentos para o tratamento dos fármacos demonstraram perfis cinéticos de


pseudo-primeira ordem, foi então proposto um estudo cinético visando determinar a
constante aparente de remoção para cada fármaco. Utilizou-se a equação 11, válida para
perfis cinéticos de pseudo-primeira ordem, segundo Moraes (2004), para verificar o
comportamento de degradação dos três fármacos.
𝐴
𝑙𝑛(𝐴 ) = 𝛽 + (𝛼. 𝑡) (11)
0

Onde:

α : coeficiente angular; β: coeficiente linear;


A : valor de absorbância (u.a);
A0 : valor da absorbância inicial (u.a); t: tempo (min).

21
Tabela 2: Velocidade cinética de remoção de cada fármacos por fotocatálise
eletroassistida com TiO2 resultando em um valor de unidade de absorbância por minuto (u.a.
min-1).

A partir da Tabela 2 pode-se observar que os fármacos apresentaram um perfil


cinético de pseudo-primeira ordem, a degradação foi realizada em rampas, o que sugere que
a molécula do fármaco pode ter sofrido degradação em etapas. Para o Diclofenaco, a
velocidade de tratamento manteve-se constante, em 2,3. 10-2 u.a.min-1. No entanto, para o
Citrato de Sildenafil, seu tratamento ocorreu em três velocidades distintas, sendo os primeiros
30 minutos 7,6. 10-4 u.a.min-1, essa velocidade aumenta exponencialmente de 60 a 120
minutos, sendo 2,8. 10-2 u.a.min-1, e decai novamente para 8,3. 10-5 u.a.min-1. Para o
Propranolol, foi possível verificar sua velocidade apenas nos primeiros 30 minutos, onde
ocorreu uma degradação a uma velocidade de 5,5.10-2 u.a.min-1.

6 CONCLUSÕES
Foi possível obter uma redução percentual de 100 % para soluções de 10 ppm dos
fármacos Citrato de Sildenafil em 120 minutos, e para o fotoproduto do Diclofenaco de Sódio
em 240 minutos através do método proposto, por fotocatálise eletroassistida, utilizando
eletrodos nanoestruturados de TiO2 anodizado com Ni 30 V em 1 V min-1, irradiados por
lâmpada de vapor de mercúrio. Utilizando a mesma metodologia, foi possível obter remoção
de 100 % do Propranolol em 30 minutos. Os fármacos apresentam perfis cinéticos
semelhantes, mas a degradação em etapas dos três ocorreu em períodos diferentes. Não foi
possível obter o mesmo nível de tratamento utilizando a fonte de luz do simulador solar.

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