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A priori, Fiorin introduz, de forma sucinta, o papel dos gêneros que vem
de longa data sendo teorizados. Além disso, ele ressalva a instituição desse,
no âmbito pedagógico, como forma normativa em relação ao estabelecimento
do ensino do Português no Brasil. Contudo, é necessário reforçar que nem
Bakhtin nem Fiorin buscam entender o gênero por seus resultados, mas sim
sua funcionalidade com relação a sua produção, seja esta escrita ou oral.
“Os gêneros são meios de aprender a realidade. Novos modos de ver e conceptualizar a
realidade implicam no aparecimento de novos gêneros e a alteração dos já existentes. Ao
mesmo tempo, novos gêneros ocasionam novas maneiras de ver a realidade.”
Por fim, apresenta o autor mais uma divisão dos gêneros, sendo essa
relação a sua utilização. Entende-se a partir daqui de que enunciado não é
apenas produzido por meio escrito, mas que a formulação de textos é possível
a partir da oralidade. Com isso em mente, Bakhtin faz uma clivagem,
separando os gêneros em dois: os primários e os secundários. Aqueles,
referem-se ao âmbito do cotidiano, de predominância oral. Nestes encontram-
se e-mails, SMSs, bilhetes, chats. No que diz respeito ao segundo, este
apresenta-se de forma mais formal, sendo em sua maioria na forma escrita,
tendo uma função mais séria, tais como os textos jornalísticos, jurídicos ou
religiosos. Entende-se também que esse segundo tem predominância sobre o
primeiro. Isso ocorre pelo desgarramento da realidade na forma que se
apresenta.