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Aluno: Stélio André Feliciano Mazoio Turma: M11

Resumo

Autora: Paulina Chiziane

Título da Obra: Baladas de amor ao vento. 2ed.

“Balada de amor ao vento”, da escritora Paulina Chiziane, publicado em 1990, representa um


marco na literatura moçambicana, exatamente por retratar a situação feminina em um
Moçambique colonizado. A estória é contada pela personagem Sarnau, mulher marcada pelo
amor e pelo abandono. No início da sua juventude, Sarnau apaixona-se por Mwando que, com
características de um assimilado, estudava para ser padre e, como cristão, defendia a monogamia.
Ambos se apaixonam e vivem um romance, mas, Mwando Abandona Sarnau grávida, visto que
sua família arranjara-lhe um casamento monogâmico e lobolado com a Sumbi,todavia, por esta
não cumprir com as exigências de uma esposa nos padrões tradicionais, Mwando é julgado pelos
mais velhos, afasta-se da família para preservar o seu casamento e, mais tarde, é traído e
abandonado pela esposa.

Após ser abandonada pelo Mwando, a Sarnau é escolhida para se casar com o filho do rei que,
pelo costume, é polígano, e conseguiu o estatuto de rainha, porém, após dois anos o rei preferia
passar mais tempo com a amante, a Phati. Sarnau, infeliz, volta a ter relações com
Mwando(depois de ser abandonado pela Sumbi) e têm um filho. De seguida, a Sarnau abandona
o seu marido polígamo, deixa pela segunda vez o Mwando, engravida de outro homem que não
reconhece o filho,por se dizer cristão e bem casado, e vai se refugiar no mercado da Malanga em
Ressano Garcia. Enquanto isso, Mwando, ao envolver-se com a mulher de um sipaio (soldado
que defendia a administração colonial), é deportado para Angola e aproveita-se dos
conhecimentos adquiridos no seminário para livrar-se do trabalho pesado e ganhar dinheiro.

No seu regresso a Moçambique, Mwando procura de forma incansável por Sarnau e, finalmente,
encontra-a; num desabafo a sarnau diz: ” Tu foste para mim vida, angústia, pesadelo. Cantei para
ti baladas de amor ao vento. Eras para mim o mar e eu o teu sal. Nunca encontrei os teus olhos
nos momentos de aflição. No abismo, não encontrei a tua mão...” (CHIZIANE, 2003, p.145).
enfim, após se acalmar,com o tempo, o casal volta a unir-se e passa a viver junto: “Enterrei o
passado. Puxei o candeeiro, soprei, apagou-se. Mergulhámos na escuridão da paz, no silêncio da
paz, no esquecimento de todas as coisas, naquela ausência que encerra todas as maravilhas do
mundo. A solidão desfez-se. O vento espalha melodia em todo o universo. Continua a chover lá
fora” (CHIZIANE, 2003, p.147).

Aos 18 de Outubro de 2019

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